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GUILLAIN BARRÉ

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AULA 05 - NEUROLOGIA
GUILLAIN BARRÉ
O QUE É
A síndrome de Guillain Barré (SGB), também nominada de polineurite idiopática aguda, polineuropatia inflamatória aguda, polineurite infecciosa, é uma neuropatia periférica progressiva autoimune, que afeta os músculos do organismo humano.
(SOUZA; SOUZA,2007)
· É uma neuropatia sensoriomotora aguda, inflamatória idiopática, por um processo de desmielinização focal e segmentar atingindo os nervos em toda sua extensão.
· Acomete os gânglios espinhais, nervos periféricos mistos, raízes anteriores e posteriores. Os axônios são relativamente preservados.
FISIOPATOLOGIA
Desmielinização dos neurônios ocorre por 2 fatores:
1. Infiltração multifocal da bainha de mielina por inflamatórias mononucleares;
2. Destruição da bainha de mielina mediada por anticorpos autoimunes.
· Ocorre a produção de anticorpos contra sua própria mielina, nervos periféricos, raízes nervosas proximais e de nervos cranianos.
· O quadro Inflamatório é precedido de um processo infeccioso severo que acomete a sinapse que ocorre entre a raiz motora e os nervos periféricos.
· Acomete homens e mulheres, em todos os ciclos de vida, em uma proposção média de 2 a 4 casos por 100 mil habitantes.
Pode estar associado as com:
· Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti (Chikungunya);
· Malária;
· Procedimentos cirúrgicos;
· Vacinas;
· Doenças linfomatosas e autoimunes;
· Infecção de vias respiratórias altas, de gastrenterite aguda;
· Portadores de herpes zoster;
· HIV, citomegalovirus – CMV;
· Câncer, lupus e etc
O diagnóstico clínico ampara-se em:
· Exame e avaliação clínica e neurológica; 
· Provas séricas e do líquido cefalorraquiano – LCR;
· Eletroneuromiografia.
OBS: É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e neuropatias, como a poliomielite e o botulismo, que também podem provocar déficit motor.
SINAIS E SINTOMAS
· Sensação de formigamento dos membros;
· Atonia muscular;
· Diminuição dos reflexos;
· Diminuição da sensibilidade;
· Movimentos incoordenados;
· Dor muscular;
· Visão embaçada;
· Dificuldade para respirar;
· Mal-estar (tontura, cansaço, fadiga, taquicardia;
· Alterações esficterianas (secreção inapropriada de ADH);
· Paresia ou Plegia dos membros;
· Fraqueza Muscular;
· Atrofia Muscular – tônus flácido;
· Fasciculações;
· Marcha Neuropática ou Claudicante;
· Disfagia – difuculadade para deflutir;
· Anidrose;
· Miose – contração da pupila.
OBS: Os sintomas regridem no sentido inverso aos que começaram, isto é, de cima para baixo.
EVOLUÇÃO E QUADRO CLÍNICO
1ª Fase: instalação da doença;
2ª Fase: alterações motoras – MMII, tronco, MMSS e face – 10 dias/4 semanas (é a mais severa);
3ª Fase: estabilização;
4ª Fase: regressão dos sintomas;
· A síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autolimitado, no entanto, carece de assistência imediata, conduzindo a pessoa acometida ao hospital assim que apresentar os primeiros sintomas, uma vez que pode precisar de atendimento de urgência;
· Como ainda não foram determinadas as causas da doença, não foi possível também estabelecer as formas de preveni-la.
PARTE II – ARTIGO
Neuropatias: Síndrome de Guillain Barré: reabilitação
· A SGB enquanto inflamação aguda adquirida leva à desmielinização dos nervos periféricos, consequentemente à fraqueza motora e alterações sensoriais.
· A causa não foi identificada (idiopática), no entanto se observa em parte dos pacientes, a relação com doenças agudas causadas por bactérias ou vírus.
· SGB normalmente ocorre 01 a 03 semanas após o evento infeccioso. 
· A evolução clínica se caracteriza por:
· 1ª Fase: instalação da doença;
· 2ª Fase: alterações motoras – MMII, tronco, MMSS e face – 10 dias/4 semanas;
· 3ª Fase: estabilização;
· 4ª Fase: regressão dos sintomas;
- Progressiva perda motora simétrica ascendente e hiporreflexia ou arreflexia, com comprometimento do nervo craniâno;
- Estabilização da desmielinização;
- Recuperação (pode durar cerca de 2 anos) com a remielinização e regeneração dos axônios.
· Há dois tipos principais de SGB:
· Polineutopatia Inflamatória Aguda Desmielinizante (PIAD) - afeta a bainha de mielina;
· Neuropatia Motora Axonal Aguda (NMAA) - puramente motora.
· As terapias mais utilizadas para tratar SGB em sua fase aguda são a Plasmaferese (PE) e a Imunoglobulina Intravenosa (IVIg):
· Na PE é realizada a diálise do sangue do paciente, ou seja, separa anticorpos do plasma. Esses anticorpos são retirados e substituídos por 5% de albumina.
· Na IVIg, é injetado no paciente uma matriz de anticorposo com sorologia normal.
· O envolvimento do sistema autonômico é frequente e pode causar:
· Retenção de urina;
· Taquicardia;
· Hipertensão;
· Hipotensão postural;
· Arritmia cardíaca. 
Outras complicações associadas à fase aguda da doença são: insônia, formação de úlceras de pressão, dificuldade de comunicação, deficiência nutricional, imobilismo e trombose venosa.
TRATAMENTO NA FISIOTERAPIA
1. Quais técnicas de estímulo da movimentação ativa e fortalecimento são indicadas para a melhora da função e diminuição das sequelas motoras em pacientes com síndrome de Guillain-Barré?
Para pacientes adultos, com SGB crônica e sem realizar atividades reabilitativas nos últimos 2 anos, foi recomendado fisioterapia por 3 meses, duas vezes ao dia (30 min por dia divididos em 2 blocos) com exercícios para fotalecimento, resistência muscular e treino de marcha afim de ganhar a funcionalidade do paciente, sendo comprovado que exercícios de alta intensidade são mais eficazes do que exercícios de baixa intesindade. Além disso, o trabalho interdisciplinar (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional) é importante para melhorar o desempenho nas AVD’s do paciente.
· O uso de órteses pode auxiliar o tratamendo do paciente que apresenta SGB. Ajuda a prevenir contraturas musculares, deformidades nas extremidades e auxilia funcionalodade, como por exemplo a deambulação em pacientes que aprsentam “pé caído”.
2. O uso de órtese de posicionamento para punho e dedos em pacientes com síndrome de guillain-barré previne deformidades e contribui para a melhora funcional?
Não há determinado o tipo de órtese a ser utilizado, mas sim a finalidade da mesma na fase aguda da Sindrome de Guillan-Barré: promover o posicionamento da articulação em posição neutra como opção preventiva e/ou corretiva para contraturas musculares quer para tornozelo e pé ou mesmo para punho e dedos. Esta conduta busca reduzir as sequelas da perda de força muscular inerente a Síndrome de Guillan- Barré e a manutenção adequada das estruturas para otimizar a reabilitação do paciente.
3. O uso de órtese para MMII de pacientes com síndrome de Guillain-Barré favorece a deambulação e contribui para a melhora funcional?
O uso de órtese para estabilizar pé e tornozelo em pacientes que apresentam quadro de “pé caído” visa melhorar a função do sistema musculoesquelético. Esta é uma condição comum a parte da população com Síndrome de Guillain-Barré (SGB) que pode ser beneficiada com a utilização de órtese que promova a dorsiflexão aplicada externamente ao tornozelo e pé, melhorando a função de marcha. O uso de órtese visando manutenção da articulação de pé e tornozelo em posição neutra, garante a prevenção e/ou correção de contraturas musculares e deformidades.
· O uso de tecnologia assistiva podem contribuir para a maior independência, autonomia e inclusão de pacientes com SGB. Contudo, não há evidências científicas de que o uso de tecnologias assistivas e adaptações possam melhorar o desempenho funcional de pacientes com Síndrome de Guillain-Barré (SGB).
· A fisioterapia regular com abordagem precoce, incluindo exercícios de mobilização passiva articular e exercícios isométricos e isotônicos, auxilia tanto na prevenção de contraturas e de deformidades, como nas complicações relacionadas ao imobilismo e na redução da perda de força muscular e manutenção do trofismo muscular em pacientes com SGB na fase aguda. 
4. As abordagens para alongamento e mobilização passiva são eficazes paraa prevenção de contraturas e promoção da melhora funcional em pacientes com síndrome de Guillain-Barré na fase aguda?
A mobilização precoce do paciente permite diminuir os níveis de serum calcium e evitar a hipercalcemia por imobilidade. Essa imobilidade vivenciada pelos pacientes de SGB, devido à paralisia e fraqueza muscular, também os expõem a desenvolver trombose venosa profunda. Entre os tratamentos preventivos, a mobilização passiva tem sido utilizada para reduzir a incidência da trombose venosa nesta população. A fisioterapia regular, incluindo exercícios de mobilização passiva, também auxilia na prevenção de contraturas e, somado a exercícios isométricos e isotônicos, promove redução da perda de força muscular em pacientes com SGB na fase aguda.
Entre os fenômenos que podem ser dar neste curso agudo da doença e período de internação, temos:
· hipotensão postural;
· aumento nos níveis de serum calcium;
· as úlceras de pressão, a compressão de nervos e a calcificação heterotópica com o aumento do nível de cálcio.
· A mudança frequente de decúbito somada à avaliação da condição cutânea é recomendada, assim como os exercícios de movimentação passiva realizados por terapeutas ou pelos cuidadores.
Entre as medidas utilizadas para manter a integridade da pele, pontua-se:
· frequente mudança de decúbito e posicionamento (a cada 30 minutos);
· aplicar loções em proeminências ósseas;
· massagem;
· realização de movimentos e exercícios passivos,;
· manter a pele dos pacientes secas;
· uso de lençóis sem rugas e colchões de ar;
· camas especiais e almofadas para calcanhar e cotovelos;
· encorajar o paciente a mudar sua posição frequentemente desde o início do tratamento e internação;
· fixação de um cronograma de mudanças de posicionamento pode ser colocado próximo a cama e à vista do paciente e familiares.
5. A mudança de decúbito do paciente com síndrome de Guillain-Barré durante a fase aguda é eficaz para prevenir o desenvolvimento de úlcera de pressão?
A frequente mudança de decúbito, a cada 30 minutos, é indicada como método principal para prevenir a formação de úlceras de pressão em pacientes com Síndrome de Guillain-Barré.
· Sobre a ventilação mecânica, quando utilizar:
I. A presença de pelo menos um sinal de disfunção cardiovascular autonômica e de incapacidade para levantar ativamente a cabeça quando deitado são fatores preditores da necessidade de ventilação mecânica em pacientes com SGB.
II. Para predizer a realização da ventilação mecânica por período prolongado, recomenda-se considerar a combinação entre a ausência da flexão em pé, na admissão à UTI e ao término do tratamento imunoterápico, e a presença da condução nervosa motora em bloco do nervo ciático com sensitividade diminuida.
· Sobre o uso do FES:
6. A aplicação da estimulação elétrica funcional (functional electrical stimulation - fes) em membros superiores ou inferiores é indicada para estimular movimentação ativa e ganho de força pacientes com síndrome de Guillain-Barré?
Não há evidências que comprovem o uso de FES (Functional Electrical Stimulation), aplicada a musculatura de Membros superiores ou inferiores em pacientes com Síndrome de Guillain-Barré.

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