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Auditoria II - UNIGRAN 35 Depois de estudar os conceitos desta aula você conhecerá os objetivos da amostragem de auditoria. DirEÇÃo DoS tEStES Para Crepaudi (2000), o saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da aula 04 aMoStraGEM EM auDitoria - CoNtiNuaÇÃo Aula resumida dos livros, “Auditoria Contábil”, de Silvio Aparecido Crepaudi, “Auditoria” e “Auditoria Interna”, de William Attie, “Código de Ética do Profi ssional Contabilista”, do Decreto Lei 9.295 de maio de 1946 – Resolução 1.012/05 – NBC T – 11.11, “Auditoria”, de Marcelo Cavalcanti Almeida e material disponível em www.furb.br /Cunha, Paulo Roberto da; Hein, Nelson, “Amostragem de Auditoria”, acesso em 26/09/2008, 15h56’. Auditoria II - UNIGRAN 36 demonstração do resultado do exercício pode estar errado para mais (superavaliado) ou para menos (subavaliado). Devido a esse risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para superavaliaçao e para subavaliação. A experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas do ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente, contas de passivo e receitas). Devido ao fato de as transações na contabilidade serem registradas pelo sistema de partidas dobradas, Crepaudi (2000) afirma que, quando se testam as contas devedoras para superavaliação, as contas credoras também estão sendo testadas indiretamente nesta mesma direção. Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nesta mesma direção. Teste para Superavaliação Neste teste, segundo Almeida (2003), o auditor parte do valor registrado no razão geral para o documento inicial da operação. São demonstrados os passos de auditoria no teste para superavaliação. O registro final representa o último registro contábil antes do razão geral. O registro inicial é elaborado com base no documento e representa o primeiro registro contábil em função de uma operação. O registro intermediário representa qualquer registro contábil elaborado entre o registro inicial e o registro final. Para Crepaudi (2000), os procedimentos básicos de auditoria do teste para superavaliação são os seguintes: • Conferir a soma da conta do razão geral; • Selecionar o débito e conferir o seu valor com o valor total do registro final; • Conferir a soma do registro final; • Selecionar parcela no registro final e conferir seu valor com o valor total do registro intermediário; • Conferir a soma do registro intermediário; • Selecionar parcela no registro intermediário e conferir seu valor com o valor total do registro inicial; • Conferir a soma do registro inicial; • Selecionar parcela no registro inicial e conferir o seu valor com a documentação comprobatória. Teste para Subavaliação Para Crepaudi (2000), os procedimentos básicos de auditoria do teste para subavaliação são os seguintes: Auditoria II - UNIGRAN 37 • Selecionar e inspecionar o documento-suporte; • Verificar a inclusão do valor do documento no registro inicial; • Conferir a soma do registro inicial; • Verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro intermediário; • Conferir a soma do registro intermediário; • Verificar a inclusão do valor total do registro intermediário no registro final; • Conferir a soma do registro final; • Verificar a inclusão do valor total do registro final no registro geral; • Conferir a soma do razão geral. tEStES EM auDitoria Segundo Attie (1998), a finalidade dos testes em auditoria consiste em obter provas de auditoria suficientes que permitam aos auditores chegarem às conclusões sobre a avaliação de desempenho da organização. Para atingir esse objetivo, os testes de auditoria são realizados por grupo de duas ou três pessoas, em que os auditores inspecionam documentos, verificam os valores dos documentos nos registros iniciais da contabilidade, conferem cálculos, somas e inclusões no registro geral. Reunindo assim provas de auditoria, usando procedimento por meio do qual o auditor consegue a exatidão dos fatos contábeis, através de uma quantidade menor que o total geral do conjunto de dados. São poucas as situações nas quais os auditores precisam fazer uma verificação total. EViDÊNCia EM auDitoria Para Cunha e Hein (2006), evidência em auditoria é um conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes, e por definição, mais consistentes que os achados. Sem evidência um auditor não tem nenhuma base para fazer julgamento, formar opinião ou efetuar um relatório. A evidência é um componente vital no processo de auditoria. Existência física De acordo com Crepaudi (2000), o exame físico consiste na verificação física de um bem, se há existência de uma propriedade, prédio, equipamento, máquina, dinheiro, joias, quadros de valor, instalações e etc. O auditor examina pessoalmente o bem, constatando sua existência. Subsidiariamente, outras constatações também são possíveis. Dessa forma, para Crepaudi (2000), o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa Auditoria II - UNIGRAN 38 técnica é limitada a bens corpóreos, que possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer, o auditor deve ter a confiança nos dados, deve ter a certeza de que os registros estão corretos e os valores são adequados em função da qualidade do bem examinado. Declaração de fontes consultadas Para Almeida (2003), o auditor deve obter uma declaração que evidencie a responsabilidade da administração quanto às informações e dados e a preparação e apresentações contábeis submetidas aos exames de auditoria. Declaração de fontes consultadas é aquela obtida dos exames de ofício, contrato, documentos comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e informações prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes externas é de mais confiança que a obtida na própria organização sob auditoria. Documentos Comprobatórios Acolhendo estudos oriundos do Direito Comercial, para Crepaudi (2000), a prova documental, é a preferida por todos aqueles em busca da comprovação de um fato. Nas transações comerciais sempre existirá um tipo de documento que lhe explicará as origens, como, por exemplo, cheques, notas fiscais, faturas, recibos e duplicatas. Logo podemos ver que na Auditoria não é difícil concluir que as evidências constituídas por documentos são poderosas. Quanto ao poder de convicção, segundo Crepaudi (2000), existem documentos externos que produzem um efeito maior, por serem produzidos por fontes independentes da empresa. Já os documentos produzidos internamente e que têm circularização externa, como cheques, atas de reuniões registradas e arquivadas na junta comercial, notas fiscais de vendas, embora não proporcionem o mesmo grau de convicção, também são bem aceitos nos exames de auditoria. ProCEDiMENtoS DE CoNtroLE iNtErNo Um sistema de controle interno eficiente para Crepaudi (2000), é uma garantia de que as demonstrações contábeis foram preparadas de forma cuidadosa. O auditor nesse, caso, vale- se das evidências que se formam com base na explicação pela empresa, dos procedimentos de controle interno, tais como: autorização, conferência processual, registros etc. Para usar os procedimentos de controle interno como evidência, é fundamental que o auditor avalie seu grau de efetividade, conforme tópico anterior, e se realmente estão funcionando como previsto. É comum o caso de funcionários que tomam atalhos a título de simplificar o trabalho, deixando de executar tarefas fundamentais para a segurança do sistema. Auditoria II - UNIGRAN 39 CirCuLariZaÇÃo Segundo Almeida (2003), esse procedimento é utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de carta, bens depropriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações conforme exemplificada abaixo: • Dinheiro em conta corrente bancária; • Contas a receber de clientes; • Estoque em poder de terceiros; • Títulos em poder de terceiros; • Contas a pagar a fornecedores; • Empréstimos a pagar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração escrita, junto a fontes externas capacitadas para tanto. O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da empresa auditada. Para Crepaudi (2000), o pedido de informações a fontes externas deve ser preparado por um funcionário da empresa, sob atenta supervisão do auditor. Isso se justifica em face do relacionamento da empresa com a fonte externa. Esse tipo de técnica permite reunir evidências sobre a fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldo bancário, conta de empréstimos, estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral. aVEriGuaÇÃo Embora o auditor seja um profissional experiente de acordo com Crepaudi (2000) e Almeida (2003), surgem várias dúvidas a respeito de transações e procedimentos de controle, que ele esclarece por meio de formulação de perguntas aos funcionários da empresa do cliente. Não pode existir qualquer constrangimento por parte do auditor em fazer perguntas, sob a alegação de que está mostrando pouco conhecimento técnico. Para Crepaudi (2000), a técnica de auditoria da averiguação consiste, justamente, em fazer perguntas e obter respostas favoráveis de certas questões, que podem conduzir a um incremento na profundidade dos exames ou, em sentido oposto, a não-realização de determinado teste de auditoria. Pois é normal o auditor fazer perguntas ao pessoal do cliente sobre quaisquer aspectos dos quais o auditor tenha dúvidas ou queira simplesmente confirmar seu pensamento. CoNSiDEraÇÕES FiNaiS Conclui-se com esta aula que, de acordo com Attie (1998), Almeida (2003) e Auditoria II - UNIGRAN 40 Crepaudi (2000), para que seja feita a auditoria em uma empresa não é necessário examinar todos os registros devido ao fato de as empresas possuírem grande volume de documentos, o tempo ser curto e pelo custo do serviço, dificultando ainda mais o andamento do trabalho do auditor. Assim, o auditor opta pela utilização de amostras para concluir sobre o universo de transações examinadas e testadas. De acordo com o Código de Ética do Profissional Contabilista, o uso da amostragem é importante, pois o auditor necessita realizar, de forma objetiva e prática, conclusões de acordo com as necessidades de informações e respostas solicitadas, observando sempre o tamanho da amostra, sua precisão e confiabilidade, os critérios utilizados na determinação e métodos de seleção. Para Cunha e Hein (2006), a amostragem nos testes de observância tem por objetivo verificar a taxa de desvio aplicada a um determinado tipo de controle. Os testes são realizados nas áreas que estão expostas a um risco maior, em termos de distorção nos saldos das demonstrações contábeis, sendo que a finalidade dos testes em auditoria consiste em obter provas para que o auditor possa formar sua opinião quanto à avaliação de desempenho da organização sobre as empresas auditadas. atiViDaDES As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta “Atividades”. Após respondê-las, envie-nas por meio do Portfólio- ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas apropriadas para se comunicar com o professor.
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