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Atelectasia Pulmonar

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Atelectasia 
Pulmonar 
 
 
DEFINIÇÃO 
Atelectasia ou colapso pulmonar é uma 
complicação respiratória decorrente da 
obstrução de um brônquio, ou pulmão, seja 
por secreção ou ainda objeto ou corpo 
sólido, impedindo dessa forma a passagem 
do ar e levando à diminuição do número de 
alvéolos funcionantes. 
 
FATORES DE RISCO 
A atelectasia atinge indivíduos de ambos os 
sexos , todas as idades, em igual proporção, 
sendo a complicação pulmonar mais 
comumente encontrada em 25% dos 
pacientes submetidos à cirurgia abdominal 
alta e entre 50% a 90% em pacientes 
adultos submetidos a anestesia geral, 
obesidade, idade avançada, tabagismo e 
ainda história de doença cardíaca e 
pulmonar.    
 
Atelectasia é uma condição clínica 
caracterizada pela perda do volume de ar do 
parênquima pulmonar, de parte ou de todo 
o pulmão, que ocorre por um bloqueio na 
passagem de ar em brônquios de maior ou 
de menor calibre, resultando na diminuição 
da capacidade residual e da complacência 
pulmonar, ocasionando uma alteração na 
distribuição do gás inalado impedindo as 
trocas gasosas, levando a um colabamento 
alveolar 
Frequentemente é causada por obstrução 
das vias aéreas, força inadequada de 
distensão pulmonar e insuficiência ou 
ausência de surfactante, ou seja, ocorre uma 
alteração direta ou indireta na difusão da 
membrana alvéolo capilar.   
A força de distensão pulmonar depende da 
atividade dos músculos respiratórios para 
gerar uma pressão negativa intrapleural. O 
enfraquecimento dessa musculatura diminui 
a efetividade da pressão negativa 
inspiratória , ocasionando uma força 
inadequada de distensão, reduzindo a 
insuflação pulmonar. 
 A obstrução das vias aéreas acarreta o 
bloqueio por tampão mucoso dos brônquios 
principais, bloqueando a ventilação da 
região. Esse acúmulo de secreção pode 
ocorrer quando o transporte mucociliar está 
diminuído ou se o volume de secreção se 
apresenta com aspecto excessivo ou 
espesso. 
A insuficiência do surfactante gera 
instabilidade, colapso alveolar e a 
quantidade deste pode ser reduzidas por 
edema pulmonar, inalação de fumaça, 
 
inalação de agentes anestésicos e 
respiração prolongada de baixos volumes. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Atelectasia ​obstrutiva​ que ocorre em função 
da obstrução completa da via aérea por 
processo intrínseco como tampão mucoso, 
tumor, ou por processo extrínseco causado 
por tumores ou gânglios, vasos sanguíneos 
dilatados ou anômalos, que podem levar a 
absorção de oxigênio alveolar pelos 
capilares sanguíneos. O gás dos alvéolos 
obstruídos é absorvido na circulação 
pulmonar num processo que pode levar 
algumas horas. Uma vez que todo o gás 
alveolar tenha sido absorvido na circulação, 
os alvéolos agora sem gás colabam. 
Outro tipo é a atelectasia ​compressiva​ que 
decorre da pressão local direta no 
parênquima pulmonar devido a um aumento 
da área cardíaca, tumores ou deslocamento 
de vísceras, como na hérnia diafragmática, 
pressão intrapleural aumentada ocasionada 
por transudato, exsudato ou ar no espaço 
pleural. 
Atelectasia por ​contração​ ocorre na 
presença de alterações fibróticas 
localizadas, ocasionando aumento da 
retração em uma determinada área 
pulmonar.  
A atelectasia ​difusa​ ocorre na presença de 
instabilidade alveolar e alteração das 
propriedades elásticas do pulmão, 
geralmente observadas na Síndrome da 
Angústia Respiratória Aguda 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Os sinais e sintomas da atelectasia variam 
de acordo com o tamanho da área pulmonar 
afetada, sendo a ​dispnéia​ o mais comum 
dos sintomas.   
O ​padrão respiratório​ do paciente costuma 
aumentar proporcionalmente com a área do 
pulmão envolvida com atelectasia. 
 
EXAME FÍSICO 
PERCUSSÃO :​ macicez na região colapsada. 
MURMÚRIO VESICULAR ​: diminuído ou 
abolido, as crepitações inspiratórias são 
ouvidas em uma inspiração profunda e 
representam a abertura de regiões 
atelectasiadas.   
PALPAÇÃO : ​redução do movimento 
torácico no hemitórax afetado 
  
RADIOLOGIA 
Redução do volume pulmonar, 
deslocamentos das fissuras, desvio da área 
cardíaca e mediastino no lado acometido, 
deslocamento hilar, elevação do diafragma 
no lado afetado e radiopacidade  
 
 
  
FISIOTERAPIA 
OBJETIVO:​ recrutamento alveolar para que 
o gradiente ventilação/perfusão seja 
normalizado, assim como a atuação na 
eliminação de secreções, reexpansão da 
área atelectasiada e aumento da 
complacência pulmonar. 
Técnicas Desobstrutivas  
Drenagem Postural: Ela envolve o uso da 
gravidade para auxiliar a movimentação da 
secreção pelo trato respiratório distal até o 
proximal, de onde pode ser eliminada pela 
tosse ou pela aspiração mecânica.  
Terapia Manual Expiratória Manual por 
Pressão (TEMP): Consiste em uma variação 
da compressão torácica, na qual é realizado 
um aumento do fluxo expiratório no final da 
expiração, proporcionando um fluxo aéreo 
turbilhonar, favorecendo a mobilização de 
secreção brônquica.  
Compressão: A técnica consiste em deprimir 
passivamente o gradil costal do paciente, 
além daquilo que ele consegue realizar 
ativamente, durante uma expiração normal 
ou forçada. ( desinsuflar o tórax e os 
pulmões, diminuir o volume residual, 
aumentar o volume corrente, aumentar a 
mobilidade da caixa torácica e estimular a 
expectoração). 
Vibração : A técnica consiste em realizar 
uma vibração no tórax a fim de proporcionar 
o deslocamento das secreções brônquicas. 
A secreção brônquica se deslocar para VA.  
Tosse : eliminação da secreção 
 ​Terapia de Reexpansão Pulmonar  
Padrão Ventilatório com Inspiração 
Fracionada / Soluços Inspiratórios: Na 
inspiração fracionada, o fisioterapeuta deve 
solicitar ao paciente que realize uma 
inspiração seguida de uma apnéia (pausa 
inspiratória) e assim sucessivamente até a 
capacidade pulmonar total (CPT) ser 
alcançada. Nos soluços inspiratórios, o 
fisioterapeuta vai solicitar ao paciente que 
realize uma inspiração subdividida em 
inspirações curtas e sucessivas, sem apnéia, 
até alcançar a CPT. Nos soluços 
inspiratórios, a última incursão inspiratória 
deve ser realizada pela boca, de forma 
semelhante a um soluço. As duas técnicas 
podem ser realizadas associadas à 
cinesioterapia de membros superiores e 
inferiores, não esquecendo de realizar uma 
pausa no movimento dos membros no 
momento da apnéia ou do soluço. É possível 
dividir a inspiração em vários números, 
porém, na prática, a fração utilizada em 
ambas as técnicas é até três  
Sustentação Máxima da Inspiração: É a 
técnica que pode ser utilizada associada a 
incentivadores respiratórios. A técnica 
consta em se manter uma apnéia (pausa ao 
final da inspiração) por, aproximadamente, 5 
a 10 segundos.  
Pressão Positiva Expiratória nas Vias Aéreas 
(EPAP): EPAP é um aparelho composto por 
uma máscara, uma válvula unidirecional e 
um gerador de PEEP, geralmente uma 
válvula spring loaded. Os efeitos da EPAP 
são semelhantes aos efeitos da PEEP, a 
técnica pode ser usada com intuito de 
 
facilitar a desobstrução brônquica, por meio 
da ventilação de áreas hipoventiladas 
através da ventilação colateral e como forma 
de prevenção ao colapso das vias aéreas no 
final da expiração.  
Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas 
(CPAP): É uma técnica que promove a 
manutenção de uma pressão positiva nas 
vias aéreas tanto na inspiração quanto na 
expiração. A CPAP aumenta a capacidade 
residual funcional e reduz o trabalho 
respiratório. A redução do trabalho 
respiratório é provavelmente devido ao 
aumento na complacência pulmonar, com o 
paciente respirando com volume pulmonar 
mais alto.

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