Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERMODINÂMICA QUÍMICA 2016 1 Imagem: Zanone Frassat/Folhapress 2 TERMODINÂMICA Estuda a diferença entre as transformações espontâneas e não espontâneas, definida como o estudo das alterações ou transformações de energia que acompanham as transformações físicas e químicas da matéria. Fornece meios para prever se uma transformação química tem possibilidade de ocorrer ou não, sob um dado conjunto de condições. PROCESSO ESPONTÂNEO PROCESSO NÃO ESPONTÂNEO 3 • Governada por Leis: Lei Zero da Termodinâmica Primeira Lei da Termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica Terceira Lei da Termodinâmica TERMODINÂMICA 4 • Sistema: qualquer quantidade de matéria, ou região do espaço, que se escolhe com o objetivo de e s t u d a r o s e u comportamento. • Vi z i n h a n ç a : r e g i ã o exterior ao sistema. DEFINIÇÕES – SISTEMA TERMODINÂMICO Imagem: Atkins et al. (2013) 5 EM UM SISTEMA ISOLADO A ENERGIA SE CONSERVA, OU SEJA, ELA É SEMPRE A MESMA. ENTÃO PODE-SE DIZER QUE A ENERGIA DO UNIVERSO É CONSTANTE. DEFINIÇÕES – SISTEMA TERMODINÂMICO • Potencial ou capacidade de mover a matéria. • É uma propriedade da matéria. 6 Imagem: Ebbing; Gammon, 2007. • Existem muitas formas de energia, como por exemplo, mecânica, elétrica, nuclear, química e radiante, todas interconversíveis. DEFINIÇÕES – ENERGIA 7 Energia é a capacidade de um sistema em realizar trabalho (ex: levantar um peso, forçar uma mola). Energia interna é a somatória da energia cinética com a energia potencial das partículas que constituem uma substância. pk EEU += Ek: Energia cinética Ep: Enegia potencial DEFINIÇÕES – ENERGIA INTERNA (U) Energia potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema e tem a capacidade de ser transformada em energia cinética 8 DEFINIÇÕES • A temperatura de um objeto mede a energia cinética média de suas partículas. (Energia cinética é chamada de energia de movimento) • Algumas vezes, a transferência de calor para um objeto não provoca o aumento da temperatura. Isto significa que a energia cinética média não está aumentando. Em tal situação, o que ocorreu com a energia calorífica transferida? Esta energia está aumentando a energia potencial média das partículas do objeto. 9 DEFINIÇÕES – TEMPERATURA • A adição de calor ao gelo a 0°C, por exemplo, não causa aumento de temperatura (a energia cinética média das moléculas permanece constante). O gelo funde, contudo, formando água líquida, ainda a 0°C. A energia potencial média das moléculas na água líquida é maior do que a das moléculas de gelo, na mesma temperatura. Imagem: brasilescola.com 10 DEFINIÇÕES – TEMPERATURA 11 DEFINIÇÕES – CALOR (q) • Tal energia não está na forma de calor antes ou depois da transferência, somente durante a transferência. Em outras palavras, calor é energia em trânsito. • Após a absorção de energia calorífica por um objeto, não é correto dizer que o objeto "contém mais calor". Neste caso, o objeto contém mais energia, mas não calor. 12 DEFINIÇÕES – CALOR (q) Transferência e equilíbrio térmico Estuda as variações de energia que ocorrem junto a uma reação química Ao ocorrer uma reação química sempre haverá uma variação de energia. Essa energia provém de um novo arranjo das ligações químicas 13 TERMOQUÍMICA 14 DEFINIÇÕES – TRABALHO (w) Exemplos: - A reação química em uma bateria realiza trabalho quando empurra uma corrente elétrica em um circuito. - O gás em um cilindro – a mistura de gases quentes de um motor de automóvel, por exemplo – realiza trabalho ao empurrar o pistão. Trabalho (w) é uma medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento, isto é, o movimento contra uma força oposta. W = F . L W: trabalho (J) F: força (N) L: deslocamento (m) 1 J = 1 kg m2 s-2 1 N = 1 kg m s-2 15 Trabalho de Expansão é o trabalho provocado pela variação de volume do sistema contra uma pressão externa. Este tipo de trabalho é realizado pelo gás ao se expandir e deslocar a atmosfera. TRABALHO DE EXPANSÃO W = - PΔV O gás está num cilindro equipado com um êmbolo móvel e sem peso. Como ΔV>0, o trabalho realizado é uma quantidade negativa. Imagem: Chang et al. (2013). Processo Sinal Trabalho realizado pelo sistema sobre a vizinhança - Trabalho realizado sobre o sistema pela vizinhança + 16 Seja o pistão de área A , se deslocando numa distância infinitamente pequena dl sob o efeito da força aplicada F , temos: F dl TRABALHO DE EXPANSÃO dw = - F.dL F = Pexterna.A dw = - Pexterna.A.dL A . dL = dV dw = - Pexterna . dV (negativo pois é expansão) w = - Pexterna . dVVinicial Vfinal∫ 1) Expansão contra pressão constante E, portanto, geralmente, simplifica-se a escrita na forma: VPw Δ−= . ∫= final inicial V Vexterna dV P- w Grandeza Medida Trabalho Joule (J) Pressão Pascal (Pa) Volume metros cúbicos (m3) 17 TRABALHO DE EXPANSÃO ∫= final inicial V V externa dV . P- w 2) Expansão isotérmica reversível de um gás ideal Em termodinâmica, um processo reversível é aquele que pode ser revertido por uma mudança infinitamente pequena de uma variável. A pressão externa é igual à pressão do gás no sistema. dwrev = - Pext . dV V nRTdVdwrev −= Como: PgasV= nRT Então: Pext = nRT / V inicial final rev V V nRTw ln−=Integrando: 18 Se o processo é reversível, durante a expansão pext≈pgas. TRABALHO DE EXPANSÃO 1) O volume de um gás aumenta de 2,0 L para 6,0 L à temperatura constante. Calcule o trabalho realizado pelo gás se ele se expandir (a) contra o vácuo (P = 0 atm) (b) contra uma pressão constante a 1,2 atm. (1 L.atm = 101,3 J) 19 Imagem: Chang et al. (2013). EXERCÍCIOS 2) Uma amostra de 6,56 g de argônio gasoso ocupa o volume de 18,5 L a 305 K . (massa molar Ar = 40 g mol-1) (a) Calcule o trabalho feito quando o gás se expande isotermicamente contra a pressão externa constante de 7,7 kPa até o seu volume aumentar de 2,5 L. (1 atm = 101 325 Pa = 1,013x105 Pa) (b) Calcule o trabalho realizado se a mesma expansão fosse reversível. 20 EXERCÍCIOS 3) Calcular o trabalho desenvolvido por uma substância quando ela se expande, passando seu volume de 14,00 a 18,00 litros, contra uma pressão externa constante de 1,00 atm. Apresente sua resposta em: a) litros-atmosfera b) joule (1 litro-atm = 101,3 J) 21 EXERCÍCIOS 4) Uma amostra de 1,00 mol de Ar que se expande isotermicamente a 0 oC, de 22,4 L até 44,8 L. Calcule o trabalho realizado por este gás nas seguintes condições: a) Expansão isotérmica reversível b) Expansão contra uma pressão externa de 5,50 kPa c) Expansão livre (pressão externa nula) Dado: Massa molar Ar = 40 g mol-1 22 EXERCÍCIOS 23 LEI ZERO DA TERMODINÂMICA • Quando dois corpos (sistemas) de temperaturas diferentes são postos em contato, o corpo com temperatura maior esfria, enquanto que o corpo com temperatura menor esquenta, até que não ocorra mais mudanças. Quando as mudanças térmicas terminam, diz-se que os dois sistemas estão em equilíbrio térmico. Equilíbrio Térmico: Quando dois ou mais corpos em contato térmico atingem a mesma temperatura. Lei Zero: Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então eles estão em equilíbrio térmico entre si. Imagem: Jhone Ramsay Andrez 24 CALORIMETRIA O APARELHO QUE MEDE O CALOR LIBERADO (PELA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA) OU ABSORVIDO DURANTE AS TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS É DENOMINADO CALORÍMETRO. O processo de medida do fluxo de calor de reação é denominado CALORIMETRIA. Imagem: Atkins et al. (2013) Termômetro Copos de espuma de poliestireno Agitador Mistura de reação A energia absorvida ou liberada na forma de calor em uma reação em pressão constante pode ser medida neste calorímetro simples.O copo externo de poliestireno age como uma camada extra de isolamento para garantir que não entre ou saia calor do copo interno. A quantidade de energia liberada ou absorvida na forma de calor é proporcional à variação de temperatura do calorímetro. 25 CAPACIDADE CALORÍFICA (C) A capacidade calorífica é utilizada para converter uma mudança de temperatura em energia. Representa a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um sistema em 1 °C. Quanto maior for a amostra, mais calor é necessário para aumentar sua temperatura e, portanto, maior sua capacidade calorífica. É comum, portanto, registrar a Capacidade Calorífica Específica ou a Capacidade Calorífica Molar. ra temperatuda aumento fornecidocalor calorífica Capacidade = T q C Δ = 26 Capacidade Calorífica Específica (CS) Também denominada de calor específico. m C CS = CS: Capacidade calorífica específica C: capacidade calorífica m: massa da amostra TCq Δ= Δ = T q C TmCq SΔ= q = quantidade de calor (J ou cal) m: massa da amostra (g ou kg) CS: Capacidade calorífica específica (cal g-1 oC-1 ou J g-1 oC-1) ΔT = variação de temperatura (oC) O calor específico de uma substância é a quantidade de calor necessária para aumentar de 1 oC a temperatura de 1 g da substância. 1 g 20° C 21° C calor específico O calor específico é típico da substância. Quanto maior o calor específico da substância, mais calor é necessário fornecer para aumentar a temperatura ou mais calor é necessário retirar para diminuir a temperatura. Imagem: www.fisicaatual.com.br 27 Capacidade Calorífica Específica (CS) 28 Capacidade Calorífica Molar (Cm) Representa a capacidade calorífica dividida pela quantidade (em mols) da amostra. T Cn q m Δ= n C Cm = Cm: Capacidade calorífica molar C: capacidade calorífica n: número de mols da amostra q = quantidade de calor (J ou cal) n: número de mols da amostra (mol) Cm: Capacidade calorífica molar (cal mol-1 K-1 ou J mol-1 K-1) ΔT = variação de temperatura (K) 1 cal = 4,18 J 1 kcal = 1000 cal 1 kJ = 1000 J 29 Capacidade Calorífica Imagem: Atkins et al. (2013) 30 5) Uma amostra de 15,0 g de ouro (capacidade calorífica molar 25,4 J °C-l mol-1) é aquecida de 16,1 °C para 49,3 °C. Na hipótese de que a capacidade calorífica molar do ouro seja constante neste intervalo, calcule a quantidade de calor absorvida pelo ouro. (massa molar do ouro = 197 g mol-1) EXERCÍCIOS 31 6) Um pedaço de cobre de 75,0 g é resfriado de 128,2 para 24,l °C. Sabendo que a capacidade calorífica molar do cobre é 24,4 J °C-l mol-1, calcule quanto calor é liberado pelo cobre. (massa molar do cobre = 63,55 g mol-1) EXERCÍCIOS 1a Lei da Termodinâmica 32 • Em um sistema isolado não há passagem de matéria ou energia para dentro ou para fora do sistema. Logo, se a energia não pode nem entrar ou sair, a energia interna do sistema não varia. • Logo, pode-se afirmar que: • Cuidado!!!!! Isto não significa que o sistema permanece estático ou imutável. A energia interna de um sistema isolado é constante. 33 • Através de investigações de variações de energia em sistemas não isolados, verificou-se que a energia total de um sistema varia como trabalho e/ou calor. • Portanto a 1a Lei da Termodinâmica, aplicada em um sistema fechado, relaciona a energia interna (U) deste sistema com o calor (q) e o trabalho (w): ΔU = q + w q: calor w: trabalho ΔU = q – PΔV 1a Lei da Termodinâmica 34 1a Lei da Termodinâmica CONVENÇÃO DE SINAIS • q representa o calor ganho por um sistema (das vizinhanças) • w representa o trabalho realizado sobre um sistema (pelas vizinhanças) Quantidade Sinal Algébrico Significado q + (q > 0) O calor é absorvido pelo sistema das vizinhanças (processo endotérmico) - (q < 0) O calor é perdido do sistema para as vizinhanças (processo exotérmico) w + (w > 0) O trabalho é realizado sobre o sistema pelas vizinhanças - (w < 0) O trabalho é realizado pelo sistema sobre as vizinhanças ΔU + (ΔU > 0) A energia do sistema aumenta - (ΔU < 0) A energia do sistema diminui 35 7) Um motor de automóvel realiza 520 kJ de trabalho e perde 220 kJ de energia como calor. Qual é a variação da energia interna do motor? Tratar motor, combustível e gases do escapamento como um sistema fechado. Imagem: aprenderesds.wikispaces.com/Motor EXERCÍCIOS 36 8) Quando uma bateria elétrica aciona um tocador de CD, realiza 250 J de trabalho em um dado período. Enquanto a bateria está operando, 35 J de energia são perdidos como calor. Qual é a variação de energia interna da bateria? EXERCÍCIOS 37 Entalpia (H) Conteúdo energético do sistema, medido à pressão constante. H = U + PV H: entalpia U: energia interna P: pressão do sistema V: volume do sistema trabalho.de forma na w"" e calor, de forma na sistema ao fornecida energia a é q"" onde, :wqU que Sabendo VPwqH VPUH Δ++=Δ +=Δ Δ+Δ=Δ - Em um sistema, à pressão constante, no qual ocorre variação de energia e de volume, tem-se: 38 ΔH = q qH VPVPqH ext =Δ = Δ+Δ−+=Δ :então ,PP atmosfera, a para aberto está sistema o Como )( :expansão de rabalhorealizar t possa só sistema o que Supondo ext Para um sistema que só pode realizar trabalho de expansão, à pressão constante: Tendo em vista que, normalmente, as reações químicas ocorrem em reatores abertos para a atmosfera e em pressão constante, o calor que elas fornecem ou utilizam pode ser igualado à variação de entalpia do sistema. Entalpia (H) 39 A variação de entalpia de um sistema é como a medida da a l tura da água de um reservatório. Quando uma reação exotérmica libera 208 kJ de calor sob pressão constante, o “reservatório” diminui em 208 kJ e ΔH = -208 kJ. Imagem: Atkins et al. (2013) Entalpia (H) 40 Imagem: Atkins et al. (2013) Se uma reação endotérmica absorve 100 kJ de calor sob pressão constante, a altura d o “ r e s e r v a t ó r i o ” d e entalpia aumenta em 100 kJ e ΔH = + 100 kJ. Entalpia (H) 41 HP é a entalpia dos produtos HR é a entalpia dos reagentes A + B → C + D HR Entalpia de Reações HP ΔH = ΣHP – ΣHR 42 A variação de entalpia é igual ao calor fornecido ao sistema em pressão constante. Entalpia (H) Para um processo endotérmico ΔH > 0 Para um processo exotérmico ΔH < 0 43 Reações Químicas e o calor Em relação às trocas de calor, as reações químicas podem ser classificadas em: Reações Exotérmicas Reações Endotérmicas Equação geral A + B AB + Calor Exemplos: Processos de queima (Combustão) Respiração Animal 44 Reações Exotérmicas Ocorre liberacão de energia na forma de calor Sistema Ocorre a reação Calor Calor Calor C (s) + O2 (g) → CO2 (g) ΔH = - 94,0 kcal/mol ou C (s) + O2 (g) → CO2 (g) + 94,0 kcal/mol ou C (s) + O2 (g) - 94,0 kcal → CO2 (g) Representação 45 Reações Exotérmicas Entalpia (H) Caminho da Reação Reagentes HR Produtos HP ΔH HP < HR ΔH < 0 46 Reações Exotérmicas Equação geral Exemplos: Fotossíntese Cozimento de alimentos 47 Ocorre absorção de energia na forma de calor Sistema Ocorre a reação Calor Calor Calor Reações Endotérmicas N2(l) + O2(g) → 2NO (g) ΔH = + 42 kcal/mol ou N2(l) + O2(g) + 42 kcal → 2 NO(g) ou N2(l) + O2(g) → 2 NO (g) - 42 kcal Representação: 48 Reações Endotérmicas 49 Entalpia (H) Caminho da Reação HR Reagentes Produtos HP ΔH HP > HR ΔH > 0 Reações Endotérmicas 50 Reações Exotérmicas x Endotérmicas (Resumo) REAÇÃO ENDOTÉRMICA: - Absorção de calor - Vizinhança resfria - ΔH > 0 REAÇÃO EXOTÉRMICA: - Liberação de calor - Vizinhança aquece - ΔH < 0 HP > HR HP < HR 51 Equações TermoquímicasUma equação termoquímica é formalmente uma equação química com a correspondente variação na entalpia para os números estequiométricos de mols de substâncias. Fonte: Atkins, 2001 A entalpia de reação é a variação de entalpia por mol de substância, expressa pelos números estequiométricos na equação química. • Valores de variação de entalpia são apresentados após a equação. CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(l) ΔΗ = - 890,4 kJ/mol A unidade do ΔH indica que quando 1 mol de CH4 reagem com 2 mols de O2 para produzir 1 mol de CO2 e 2 mols de H2O, são liberados 890,4 kJ de energia para a vizinhança. Este valor de ΔH não se refere a um reagente ou a um produto específico e, sim, a todas as espécies na reação em quantidades molares. 52 Equações Termoquímicas 53 Equações Termoquímicas • CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(l) ΔΗ = - 890,3 kJ/mol • CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(g) ΔΗ = - 802,4 kJ/mol Ao escrever equações termoquímicas, deve-se especificar os estados físicos • H2O(s) à H2O(l) ΔΗ = + 6,0 kJ/mol • 2H2O(s) à 2H2O(l) ΔΗ = + 12,0 kJ/mol Se multiplicarmos ambos os membros da equação termoquímica, o valor de ΔH também deve variar pelo mesmo fator • H2O(s) à H2O(l) ΔΗ = + 6,0 kJ/mol • H2O(l) à H2O(s) ΔΗ = - 6,0 kJ/mol Ao inverter uma equação, o sinal do ΔH também inverte 54 9) Dada a equação termoquímica abaixo, calcule o calor liberado quando 87,9 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3. 2SO2(g) + O2(g) à 2SO3(g) ΔH = - 198,2 kJ/mol EXERCÍCIOS 55 10) Calcule a quantidade de calor liberada durante a combustão de 266 g de fósforo branco (P4) de acordo com a equação termoquímica (massa molar do fósforo: 30,98 g/mol): P4(s) + 5O2(g) à P4O10(s) ΔH = - 3013 kJ/mol EXERCÍCIOS * Convencionou-se entalpia zero para determinadas substâncias simples, em razão de não ser possível medir o valor real da entalpia de uma substância. * Foram escolhidas condições-padrão para estabelecer medidas relativas. * Terá entalpia zero qualquer substância simples que se apresente nos estados físico e alotrópico mais comum, a 25 ºC e 1 bar de pressão (1 bar = 105 Pa = 0,987 atm). 56 Substância simples: formadas apenas por um único tipo de elemento químico Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) e de Reação 57 Condições Padrão • Temperatura de 25°C • Pressão de 1 bar (≈ 1 atm) • Estado físico usual da substância • Estrutura cristalina ou alotrópica mais estável (se for o caso) Elemento Forma alotrópica mais estável Oxigênio O2 Carbono Cgrafite Enxofre Srômbico Fósforo Pvermehlo 58 • Transferência de calor que resulta quando 1 mol do composto é formado a partir de seus elementos simples constituintes no estado padrão (estado mais estável do elemento a 25 oC e 1 bar). ΔHof = - 68 kcal mol-1 ΔHof = - 393,3 kJ mol-1 ΔHof O índice sobrescrito º significa estado padrão. O índice subscrito f significa formação. Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) 59 SUBSTÂNCIA ΔH°f kJ/mol SUBSTÂNCIA ΔH°f kJ/mol C2H2(g) + 226,8 C diamante + 2,1 CH4(g) - 74,8 NH3 (g) - 45,9 CO(g) - 110,3 NaCl (s) - 412,1 CO2(g) - 393,3 O3 (g) + 143 H2O(v) - 242 SO2 (g) - 297 H2O(l) - 286 SO3 (g) - 396 Valores de Entalpia de Formação Padrão de Algumas Substâncias Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) ENTALPIA ZERO Hº = 0 ENTALPIA DIFERENTE DE ZERO Hº ≠ 0 H2(g), N2(g) e etc O2(g) C(grafite) S(rômbico) P(vermelho) --- O3(g) C(diamante) S(monoclínico) P(branco) * A forma alotrópica menos estável tem entalpia diferente de zero. 60 Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) 61 Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) • Através das entalpias padrão de formação pode-se calcular a entalpia padrão de reação (ΔHºreação), definida como a entalpia de uma reação que ocorre a 1 atm. Imagem: Chang et al. (2013). Observe a reação de formação (síntese) de um mol de água, a 25ºC e 1 atm de pressão. H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(l) Cálculo da entalpia de formação: ΔHºreação = ΣΔHº(produtos) - ΣΔHº(reagentes) 62 Entalpia Padrão de Formação (ΔHºf) ΔHºreação = ΔHºH2O(l) – (ΔHºH2(g) + 1/2 ΔHºO2(g)) ΔHºH2(g) = zero ΔHºO2(g) = zero ΔHºf = ΔHºH2O(l) como: ΔHºreação = – 286 kJ/mol então: 63 11) Calcule o ΔHºreação da equação termoquímica, com base nos dados dispostos na tabela abaixo: C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(g) SUBSTÂNCIA C 3 H 8(g) CO 2(g) H 2 O (g) O 2(g) ΔHºf -24,8kcal/mol -94,1kcal/mol -57,8kcal/mol zero EXERCÍCIOS ΔH= - 1207 kJ 64 C2H5OH(l) + 3O2(g) à2CO2(g) + 3H2O(l) 12) Calcule o ΔHºreação da equação termoquímica, com base nos dados abaixo: EXERCÍCIOS 65 Calor Padrão de Combustão ou Entalpia Padrão de Combustão • ΔH observada na combustão total de 1 mol de moléculas da substância no estado padrão (25ºC e 1 atm) C2H5OH(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(l) ΔHº = – 325 kcal/mol • Combustão: reação de uma substância com o oxigênio (O2) em que ocorre liberação de energia ( reação exotérmica) C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l) ΔHº = – 2.220 kJ/mol ΔH= - 562,03kJ 66 13) A equação termoquímica para a combustão do butano está representada abaixo. Que massa de butano necessita ser queimada para fornecer 350 kJ de calor? (massa molar do carbono = 12 g/mol; massa molar do hidrogênio = 1,0 g/mol) 2 C4H10(g) + 13 O2(g) à 8 CO2(g) + 10 H2O(l) ΔHo = -2.878,6 kJ/mol EXERCÍCIOS ΔH= - 1207 kJ 67 Tipos Especiais de Variação de Entalpia-Padrão Imagem: Lewis (2014). 68 Lei de Hess • Germain Henri Hess • Em 1840, enunciou a lei que permite calcular ΔHº teórico de uma transformação química qualquer Quando os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma, quer a reação ocorra em uma só etapa ou em uma série de etapas. Imagem: www.infopedia.pt A entalpia total da reação é a soma das entalpias de reação das etapas em que a reação pode ser dividida. 69 • Somar equações: como se fossem equações matemáticas, visando obter a equação desejada. • Inverter equações, e com isso, invertendo o sinal do ΔHº da reação. • Multiplicar ou dividir equações por um número diferente de zero, multiplicando ou dividindo também o valor do ΔHº. Lei de Hess – Observações – C(grafite)+ O2(g) → CO2(g) ΔHºreação = ? kcal/mol OBSERVE AS EQUAÇÕES: C(grafite)+ 1/2O2(g) → CO(g) ΔHºreação = – 26,4 kcal/mol CO(g) + 1/2O2(g) → CO2(g) ΔHºreação = – 67,6 kcal/mol 70 14) Calcule a entalpia da reação de formação do gás carbônico: EXERCÍCIOS EFETUAMOS A SOMA ALGÉBRICA DAS MESMAS. 1ª etapa: C(grafite)+ 1/2O2(g) → CO(g) ΔHºreação1 = – 26,4kcal/mol 2ª etapa: CO(g) + 1/2O2(g) → CO2(g) ΔHºreação2 = – 67,6kcal/mol ΔHºreação = – 94,0kcal/mol CONCLUINDO ΔHºreação = ΔH1 + ΔH2 ΔHºreação = – 94,0kcal/mol Note que os termos semelhantes em membros opostos se anulam. Etapa final: C(grafite)+ O2(g) → CO2(g) 71 EXERCÍCIOS C(grafite )+ O2(g) → CO2(g) ΔHºreação1 = – 94,0kcal/mol H2(g) + 1/2 O2(g) → H2O(l) ΔHºreação2 = – 68,4kcal/mol C(grafite)+ 2H2(g) → CH4(g) ΔHºreação3 = – 17,9kcal/mol Calcule a entalpia da reação: CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g)+ 2 H2O(l) 72 15) Dadas as equações: EXERCÍCIOS EX. Para romper um mol de ligação H – O são necessárias 110 kcal. Para romper um mol de ligação H – C são necessárias 100 kcal. Para romper um mol de ligação O = O são necessárias 118 kcal. . * esses valores são tabelados 73 Energia de Ligação • Energia necessária para romper (quebrar) 1,0mol de ligações, supondo todas as substâncias no estado gasoso a 25ºC e 1 atm. H2O(g) → 2H(g) + O(g) ΔHº = ? kcal O H H 110Kcal 110kcal H2O(g) → 2H(g) + O(g) ΔHº = 220 kcal 74 16) Determine o ΔHº para romper um mol de água no estado gasoso. EXERCÍCIO Resolvido A quebra de ligação envolve absorção de calor Processo endotérmico A formação de ligação envolve liberação de calor Processo exotérmico H H — H H — 75 Maior agitação à rompimento da ligação Moléculas muito agitadas se chocam e liberam energia (ex. faísca) Energia de Ligação 76 ∆Hºreação = ∑ ∆Hº reagentes + ∑ ∆Hº produtos Energia de Ligação 17) Observe a reação em que todos os participantes estão no estado gasoso: H | C— O — H + 3/2O2 → O = C = O + 2H2O | H H— Para romper as ligações intramoleculares do metanol e do oxigênio, serão absorvidos, para: 1 mol de O — H ⇒ +464,0 kJ + 464,0 kJ/mol 1 mol de C — O ⇒ +330,0 kJ + 330,0 kJ/mol 3 mols de C — H ⇒ 3 (+413,0 kJ) + 1.239,0 kJ /mol 3/2 mols de O = O ⇒ 3/2 (+493,0 k) + 739,5 kJ/mol TOTAL ABSORVIDO + 2.772,5 kJ/mol 77 EXERCÍCIO Resolvido H | C— O — H + 3/2O2 → O = C = O + 2H2O | H H— Para formar as ligações intramoleculares do CO2 e da água, serão liberadas: 2 mols de C = O ⇒ 2 (-744,0 kJ) -1.488,0 kJ/mol 4 mols de H — O ⇒ 4 ( - 464,0 kJ) -1.856,0 kJ/mol TOTAL LIBERADO -3.344,0 kJ/mol Cômputo dos produtos: 78 EXERCÍCIO Resolvido O cálculo final será: ΔHºreação = 2.772,5 kJ - 3.344,0 kJ ΔHºreação = - 571,5 kJ/mol CALOR LIBERADO CALOR ABSORVIDO 79 EXERCÍCIO Resolvido Processos não-espontâneos = são aqueles que apenas são possíveis através do fornecimento contínuo de energia. Processos espontâneos = uma vez iniciados prosseguem sem a necessidade de ajuda externa. Ex = A dissolução do sal em água, a queima de carvão Ex = O cozimento de alimentos, a obtenção de metais 80 ESPONTANEIDADE Imagens: brasilescola.com 81 ESPONTANEIDADE Imagem: Chang et al. (2013). (a) Um processo espontâneo. Depois de a válvula ser aberta, as moléculas distribuem-se uniformemente entre os dois balões. (b) Um processo não espontâneo. Depois de a válvula ser aberta, as moléculas reúnem-se preferencialmente em um dos balões. 82 2Na(s) + Cl2(g) à 2NaCl(s) (espontânea) 2NaCl(s) à 2Na(s) + Cl2(g) (não espontânea) Pode-se “forçar” a segunda reação, assim como pode-se erguer-se um livro do chão para a mesa, fornecendo energia. Inicialmente realiza-se a fusão do NaCl(s) Após, aplica-se corrente elétrica sobre o líquido Desta maneira, há produção de Na(s) e Cl2(g) ESPONTANEIDADE Princípio de Thompsen e Berthelot (1867) • A reação mais exotérmica é aquela que libera maior quantidade de energia na forma de calor. • Nesta época cientistas pensavam que uma reação química acontece espontaneamente se, e somente se, os produtos fossem menos energéticos que os reagentes, ou seja, mais estáveis. Portanto: – Quanto mais estável um composto, menos energético ele é; – Quanto menos energético um composto, menor a variação de entalpia da sua reação de formação; – Quanto menor a variação da entalpia de formação, mais espontânea ela é. "Dentre um conjunto de reações químicas possíveis, ocorrerá primeiro, espontaneamente, aquela que for mais exotérmica." 83 ESPONTANEIDADE A constatação de que a maioria dos processos espontâneos ocorre com liberação de energia, levou à idéia de que apenas processos exotérmicos, que ocorriam com diminuição de energia do sistema, eram espontâneos. De fato, isto é verdade para muitas reações; existem, no entanto, processos espontâneos que absorvem calor. 84 ESPONTANEIDADE Imagem: grupoescolar.com 85 ESPONTANEIDADE Portanto, não podemos concluir se uma reação química ocorrerá ou não espontaneamente considerando apenas a variação da energia do sistema. Além do fator energia, existe um outro que influencia a espontaneidade de um processo. Entropia (S). Imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Entropia/ 86 ENTROPIA (S) Medida do espalhamento ou da dispersão da energia de um sistema entre as várias maneiras que sistema pode utilizar para conter energia • Quanto maior for a dispersão, maior será a entropia. • Entropia padrão (Sº): entropia de uma substância a 1 atm e geralmente a 25 ºC • É uma função de estado (depende somente de seu estado atual e é independente de como este estado foi atingido) • Unidades: – J/K – J/K.mol 87 ENTROPIA (S) • Diferentemente do valor de ΔHºf para substâncias elementares que é zero, a entropia padrão para estas substâncias apresenta valor positivo (Sº > 0). Valores de entropia padrão (Sº) para algumas substâncias a 25ºC. Imagem: Chang et al. (2013). A entropia do universo aumenta em um processo espontâneo e mantêm-se invariável em um processo de equilíbrio. 88 Segunda Lei da Termodinâmica Para um processo espontâneo: Para um processo de equilíbrio: Para um processo não espontâneo: ΔSuniv = ΔSsis + ΔSviz > 0 ΔSuniv = ΔSsis + ΔSviz = 0 ΔSuniv = ΔSsis + ΔSviz < 0 • Quando comparada com a mesma substância ou com substâncias similares, valores de entropia de gases são muito maiores do que de líquidos e os líquidos maiores do que de sólidos Sº H2O(l) > Sº H2O(s) • Valores de entropia de moléculas mais complexas são maiores do que de moléculas mais simples, especialmente em séries relacionadas S0 C3H8(g) > S0 C2H6(g) > S0 CH4(g) • Geralmente, a entropia aumenta quando um líquido puro ou um sólido puro é dissolvido em um solvente; 89 Entropia (S) • A dissolução de qualquer substância em um líquido também produz um sistema em que a desorganização é maior. Ex: C6H12O6 (s) à C6H12O6 (aq) ΔS > 0 • O aumento do número de moléculas aumenta a entropia do sistema. Ex: CaCO3 (s) à CaO(s) + CO2(g) ΔS > 0 90 Entropia (S) 91 Variação da Entropia Padrão de Reação (ΔSºreação) ∑∑=Δ ji reação o )( - )( S j o ji o i reagenteSprodutoS νν ΔSºreação: variação da entropia padrão de reação (J/K) Sº: entropia padrão (J/K) υ(nu): coeficiente estequiométrico i e j: referem-se às espécies individuais do produto e do reagente 92 18) Determine o ΔSºreação da reação abaixo: CaCO3(s) à CaO(s) + CO2(g) Substância Sº (J/K.mol) CaO(s) 39,8 CO2(g) 213,6 CaCO3(s) 92,9 EXERCÍCIOS 93 Variação da Entropia nas Vizinhanças do Sistema • Se o sistema realiza um processo exotérmico, o calor transferido para as vizinhanças acentua os movimentos das moléculas da mesma, aumentando a entropia das vizinhanças. • Em um processo endotérmico, a entropia das vizinhanças diminui. sistemasvizinhança H- S Δ∝Δ • Processo exotérmico possui ΔHsistema negativo e, logo, ΔSviz > 0. • Processo endotérmico possui ΔHsistema positivo e, logo, ΔSviz < 0. 94 Variação da Entropia nas Vizinhanças do Sistema • Quanto maior for a temperatura em que a reação ocorre, menor será ΔSviz e vice-versa, portanto: T H- S sistemasvizinhança Δ =Δ ΔSuniv = ΔSsis + ΔSviz T ΔH ΔS ΔS sistemasistemauniverso −= 95 19) Determine ΔSsistema e ΔSvizinhanças na reação de síntese da amônia, e verifique se a reação é espontânea a 25 ºC. N2(g) + 3H2(g) à 2NH3(g) ΔHºreação = - 92,6 kJ/mol Substância Sº (J/K.mol) NH3(g) 193 N2(g) 192 H2(g) 131 EXERCÍCIOS 96 A entropia de um cristal perfeito de qualquer substância pura aproxima-se de zero à medida que a temperatura aproxima-se do zero absoluto. Terceira Lei da Termodinâmica Sabendoque a entropia é uma medida de desordem, pode-se imaginar um estado perfeitamente ordenado da matéria que corresponde à um “zero absoluto” da entropia. 97 Terceira Lei da Termodinâmica Tendo em vista que todas as substâncias (em princípio) poderiam ser resfriadas até temperaturas próximas de zero, é possível estimar a entropia de um mol de qualquer substância sob condições padrão, determinando a variação na entropia (ΔS) a 0 K e a 298 K, fornencendo a entropia padrão (So) da substância. ΔS = Sfinal – Sinicial Sendo Sinicial = 0 ΔS = Sfinal Em condições padrões, temos Sfinal = Sº 98 Terceira Lei da Termodinâmica Composto So (J mol-1 K-1) H2(g) 130,6 O2(g) 205,0 H2O(l) 69,91 H2O(g) 188,7 NH3(g) 213,6 CH4(g) 186,2 C2H4(g) 219,5 C4H10(g) 310,03 99 A energia de Gibbs é a energia disponível para produzir trabalho. • Esta grandeza, que é uma função de estado, dada pela equação: Energia Livre de Gibbs TS - H G = • Gibbs percebeu que as variações nessa função poderiam prever se um processo é ou não espontâneo, sob condições de pressão e temperatura constantes. sissis ST - H G ΔΔ=Δ 100 Energia Livre de Gibbs • Com a energia livre de Gibbs e, considerando somente o sistema, podemos prever se a reação será espontânea. Anteriormente verificou-se que, para um processo à pressão e temperatura constantes: espontâneoser para 0 T ΔH - S S sistemasistemauniverso >Δ=Δ 0 T ΔHT - ST ST sistemasistemauniverso >Δ=Δ 0ΔH - ST ST sistemasistemauniverso >Δ=Δ 0ΔH ST- ST- sistemasistemauniverso <+Δ=Δ sistemasistema ST-ΔH G Δ=ΔuniversoST- G Δ=Δ 101 Fatores que Favorecem a Espontaneidade ΔHsistema ΔSsistema Espontâneo? - + Sim, ΔG < 0 - - Sim, se |TΔS| < |ΔH|, ΔG < 0 + + Sim, se |TΔS| > |ΔH|, ΔG < 0 + - Não, ΔG > 0 Os processos espontâneos à temperatura e pressão constantes são acompanhados por uma diminuição da energia livre de Gibbs. sistemasistema ST-ΔH G Δ=Δ 0 G =Δ O sistema está em equilíbrio. 102 Energia Livre de Gibbs Padrão de Reação (ΔGºreação) Imagem: Chang et al. (2013). Substância ΔGof (kJ mol-1 ) H2(g) 0 O2(g) 0 H2O(l) -237,2 H2O(g) -228,6 NH3(g) -16,3 CH4(g) -50,75 C2H4(g) 68,12 C4H10(g) -15,71 103 Energia Livre de Gibbs Padrão de Reação (ΔGºreação) ∑∑ ΔΔ=Δ ji reação o )( - )( G j o ji o i reagenteGprodutoG ff νν ΔGoreação: energia livre de Gibbs padrão de reação ΔGof: energia livre padrão de formação υ(nu): coeficiente estequiométrico i e j: referem-se às espécies individuais do produto e do reagente 104 20) Determine ΔGºreação para a reação abaixo. 2 C2H4(g) + H2(g) à C4H10(g) Substância ΔGof (kJ mol-1 ) C2H4(g) 68,12 H2(g) 0 C4H10(g) -15,71 EXERCÍCIOS 105 Energia Livre de Gibbs e Equilíbrio Químico • Durante uma reação química, nem todos os reagentes e produtos estarão em seus estados padrão, portanto, podemos calcular a energia livre de Gibbs fora das condições padrão: lnQ T R ºG G +Δ=Δ R (constante dos gases): 8,314 J/K.mol T (temperatura): K Q (Quociente de reação) • No equilíbrio químico, por definição, ΔG=0 e Q=K lnK T R ºG 0 +Δ= KRT ln ºG −=Δ Nesta equação, KP é utilizado para gases e Kc para reações em solução. 106 21) A Energia livre-padrão de formação da amônia a 25 ºC é -16,5 kJ mol-1. calcular a constante de equilíbrio nesta temperatura para a reação: N2(g) + 3H2(g) à 2NH3(g) EXERCÍCIOS
Compartilhar