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Valeska Portela Lima Onde ocorre a transcrição e a tradução? Em 1957, Elliot Volkin e Lawrence Astrachan descobriram que uma das mais marcantes mudanças quando a E. coli é infectada pelo fago T2 é um rápido surto de síntese de RNA; O RNA induzido por fago "renova-se" rapidamente; isto é, seu tempo de vida é curto; RNA: intermediário da transferência de informação RNA: intermediário da transferência de informação O seu rápido aparecimento e desaparecimento sugeriu que o RNA pode ter algum papel na expressão de genoma de T2 necessária para fazer mais partículas de vírus. Volkin e Astrachan demonstraram a rápida renovação do RNA usando um experimento de pulso-caça; Bactérias infectadas com uracilas radioativas RNA sintetizado é formado por uracila radioativa (primeiro pulso) A uracila radioativa é removida (segundo pulso) RNA: intermediário da transferência de informação RNA = ácido ribonucléico. Açúcar = Ribose. Bases nitrogenadas: Adenina, Guanina, Citosina, Uracila. O RNA Apresenta-se em fita única; Mais flexível que o DNA; Apresenta uma ribose ao invés de desoxirribose; O RNA - Propriedades Pode catalisar reações biológicas; Ribozima: denomina moléculas de RNA que funcionam como enzimas; O RNA - Propriedades Além das funções de mensageiro entre DNA e os ribossomos, formador dos ribossomos, e transportador de aminoácidos, os RNAs podem ainda desempenhar a função de catálise e de regulação gênica. Existem três tipos de RNA os quais participam da síntese de proteínas, dos quais dois participam da classe de RNAs funcionais (RNAr e RNAt): RNAm (mensageiro) – Transcrição RNAr (ribossômico) – Tradução RNAt (transportador) - Tradução O RNA RNAs funcionais específicos de eucariotos RNAsn (pequenos RNA nucleares): parte de um sistema que processa os RNAs transcritos nas células eucariotas, participa do spliceossomo; RNAmi (microRNA): apresentam um papel importante na regulação da quantidade de proteínas produzidas; RNAsi (pequenos RNA de interferência): ajudam a proteger a integridade dos genomas de plantas e animais. O RNA O RNA mensageiro (mRNA) transporta informação genética do DNA ao citosol, onde é usado como molde para síntese de proteínas. O RNA será uma cadeia de nucleotídeos complementar ao molde do segmento do DNA de interesse, porém a base Adenina torna-se Uracila. O mRNA Iniciação. Alongamento. Término. Estágios da Transcrição Transcrição nos procariotos Nos procariotos a transcrição é feita pela enzima RNApolimerase que separa os pares de base do DNA, desenrolando-o, dando início a síntese de RNA, formando uma bolha de transcrição no DNA. A RNA polimerase se liga a uma região específica do DNA (promotor), situada no início da região a ser transcrita. Iniciação em procariotos 5’UTR-região não traduzida AGT A RNA polimerase apresenta cinco subunidades: 2 α, 1β, 1β’ e ω, além do fator σ. 2α: montam a enzima e promovem interação com outras proteínas; β: ativa na catálise; β’: liga-se ao DNA; ω : monta a enzima e regula a expressão gênica; fator σ: dissocia o filamento de DNA. Iniciação em procariotos Alongamento em procariotos Mecanismo intrínseco: 3’ terminal tende ser rica em AU p/ romper facilmente durante pausa. Leva a disassociação do complexo RNA polimerase. Término em procariotos Mecanismo dependente de rô: a proteína reconhece uma região rica em C e pobre em G. Término em procariotos A transcrição nos eucariotos é mais complexa que nos procariotos, principalmente na iniciação; Diferem na presença de núcleo; Transcrição em procariotos x eucariotos Existem 3 classes de RNAs polimerases: Polimerase I: sintetiza o precursor de grandes RNAs ribossômicos; Polimerase II: sintetiza precursores dos RNAs mensageiros que serão traduzidos para produzir proteínas; Polimerase III: sintetiza os RNAs pequenos, incluindo os tRNAs, o RNA ribossômico pequenos e alguns snRNAs. Transcrição nos eucariotos Transcrição nos eucariotos Há áreas transcritas do DNA, em alguns genes, que não codificam para proteínas (íntrons) e que são clivados para que haja apenas seqüências codificantes na hora da tradução. Transcrição nos eucariotos Para iniciar a transcrição, os eucariotos necessitam de um complexo protéico (GTF: fatores gerais de transcrição) que se ligam a RNA polimerase II; Esse complexo reconhece uma região denominada TATA boxe na qual a proteína de ligação a TATA (TBP) se liga para iniciar a transcrição; Componentes TFAIIA, TFAIIB do halo enzima complexo RNA polimerase II; TFIID – fator de iniciação, contém TATA ligados a subunidades proteína (TBP), Reconhecimento caixa TATA; TFIIF – decresce afinidade a não-promotores do DNA; Iniciação em eucariotos Iniciação em eucariotos: complexo protéico Iniciação em eucariotos Uma vez iniciada a fase de alongamento maioria dos fatores de transcrição se disassociam da DNA e RNA polimerase II (mas TFIIF pode permanecer ligada); TFIIS –Fator de elongamento. Iniciação em eucariotos Molécula recém sintetizada- transcrito primário: contém regiões não codificadoras (introns) e regiões codificadora (éxons); Uma estrutura chamada capacete é colocada na extremidade 5´, a extremidade 3´ é clivada e 80 a 250 resíduos de adenilato são adicionados para criar uma cauda poli A; Iniciação em eucariotos: processamento do RNA Iniciação em eucariotos: processamento do RNA mRNA eucaríóticos maduros possuem características estruturais diferentes nas duas extremidades: A maioria possui um capacete 5´, um resíduo da 7- metilguanosina unida ao resíduo terminal 5´do RNA por meio de uma ligação 5´,5´- trifosfato; Na extremidade 3´, a maioria dos mRNAs eucarióticos possui uma cauda poliA (80- 250 resíduos de adenilato); Iniciação em eucariotos: íntron e éxon Iniciação em eucariotos: processamento do RNA Iniciação em eucariotos: processamento do RNA, “splicing”. marcação dos locais de corte ocorre precocemente. O corte pode ocorrer bem mais tarde, e não segue a ordem de aparecimento; Exons: tamanho médio 150 –200 pb Aparentemente, 60% dos genes humanos sofrem “splicing” de modos variados (“splicing” alternativos), produzindo diferentes moléculas de mRNAs, e conseqüentemente, diferentes proteínas a partir de um mesmo gene; Iniciação em eucariotos: processamento do RNA, “splicing alternativo”. Iniciação em eucariotos: processamento do RNA, “splicing alternativo”. Iniciação em eucariotos: processamento do RNA, “splicing alternativo”. Cada íntron é cortado em uma ponta 5’ que apresenta GU e 3’ tem AG; snRNA: apresentam papel importante na recomposição das junções; RNAs funcionais Estrutura e função do spliciossomo Fire & Mello 1998: mostraram que injeção de dsRNA na célula causava supressão de sequências homologas; Embora este fenômeno fosse conhecido em plantas há alguns anos em plantas, somente recentemente foi caracterizado como um mecanismo geral do mundo animal RNA de interferência (RNAi) 1- Clivagem de dsRNA; 2- Criação de um complexo RNA- proteína; 3- Interação com o mRNA e sua degradação. RNA de interferência (RNAi) RNA de interferência (RNAi) Prevenir defesa do organismo contra vírus ou infecções; Ação de transposons; Regulação da expressão gênica nas células. RNA de interferência (RNAi): principais funções Questões 01) Defina íntron e éxon? 02) Qual a RNA polimerase sintetiza RNAm nos eucariotos? 03) Descreva, de forma sucinta, a transcrição em procariotos e eucariotos. 04) Qual a importância do fator σ da RNA polimerase dos procariotos?
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