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Relação de Trabalho, Emprego e Características da Relação de Emprego Diferença entre Relação de Trabalho e Relação de Emprego Relação de Trabalho: Há relação de trabalho toda vez em que houver vínculo jurídico mediante o qual uma pessoa física (não pessoa jurídica) execute, para outrem, obra ou serviços, e receba, em contrapartida, determinado pagamento. Ex: são considerados exemplos de relação de trabalho o trabalho autônomo, trabalho eventual. O trabalhador Autônomo .O trabalhador autônomo trabalha por conta própria, NÃO É SUBORDINADO. As relações jurídicas entre o autônomo e sua freguesia são de cunho civil ou comercial. . Desta forma, AUTÔNOMO é todo aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A prestação de serviços é de forma eventual e não habitual. Exemplo: um contabilista, que mantém escritório próprio, e atende a diversos clientes Trabalhador Eventual O trabalhador eventual NÃO é empregado e sua atividade é regulada pelo Direito Civil (locação de serviços). Ele presta trabalho subordinado, mas OCASIONALMENTE, APENAS para um evento determinado, em atividade diversa da atividade-fim do empregador. Ex: jardineiro, boia-fria , chapa, etc. Relações Trabalhistas para a atividade empresarial Relações Trabalhistas referem-se ao relacionamento entre a organização, os seus membros e os sindicatos que os representam. As relações de trabalho são os vínculos que se estabelecem no âmbito do trabalho. De uma forma geral, fazem referência às relações entre o trabalho/a mão-de-obra (que presta o trabalhador) e o capital (pago pela entidade empregadora) no âmbito do processo de produção. As relações de trabalho são reguladas por meio de um contrato de trabalho, que estipula os direitos e as obrigações de ambas as partes Relação de Emprego: Há relação de emprego quando uma pessoa física ou natural, pessoalmente e de forma não eventual, por pagamento de salário e sob subordinação executa seus serviços ao empregador. Ex: A relação de emprego tem natureza contratual exatamente porque é gerada pelo contrato de trabalho Conceito de Empregado – Art. 3º da CLT ‘Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. São elementos essenciais do conceito de empregado: Dessa definição da CLT, conseguimos retirar 5 características importantes: 1. Pessoalidade - É personalíssimo, isto é, o empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa, por exemplo: eu sou contratada para dar aulas, mesmo que minha irmã seja capacitada ela não pode me substituir. 2. Prestar serviço – Que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador. Trata-se de uma proteção ao empregado, visto que este até pode participar dos lucros da empresa, porém, não pode participar dos prejuízos. 3. Não-eventualidade – habitualidade ou continuidade – ou seja, não é uma coisa eventual, tem que ser habitual, cumprir carga horária combinada em contrato. 4. Subordinação – “deve” o empregado ser subordinado a seu empregador, deve obedecer a suas ordens. 5. Onerosidade, ou seja, mediante pagamento de salário. Relações Trabalhistas são onerosas para a atividade empresarial Na relação de emprego surgem, por parte do empregado e do empregador, direitos e obrigações. O empregado deve prestar os serviços para os quais foi contratado, da forma mais técnica possível, enquanto o empregador possui, por dever, pagar a contraprestação devida, que é a remuneração. Tal fato advém da onerosidade do contrato de trabalho. Trata-se de vínculo que gera direitos e obrigações recíprocas. Conceito de Empregado – Art. 3º da CLT ‘Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998 Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. (Redação dada pela Lei nº 13.297, de 2016) Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício. Art. 2º, § 1º – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A relação de emprego será configurada quando estiverem presentes seus requisitos: pessoa física, pessoalidade, subordinação, onerosidade, não eventualidade. Temos que ter em mente que entes sem fins lucrativos, como a “Rede de Combate ao Câncer em Jovens”, que é uma instituição de beneficência, quando se utilizam da força de trabalho empregatícia contratada se equiparam aos demais empregadores. Exercícios Exercícios do Portfólio do Estudante – pág. 25 1)-Como se estabelecem as relações de trabalho e emprego e qual sua diferença? 2)- O que reflete as relações trabalhistas para a atividade empresarial? 3)- Por que as relações trabalhistas são onerosas para a atividade empresarial? José é um contabilista, Mário é jardineiro de uma casa. CITE E EXPLIQUE os tipos de trabalhadores segundo a lei de José e Mário? Portfólio – pág. 27 Marcela, vendedora na Empresa de Cosmético Ltda. foi injustamente dispensada, alegando a empresa que se encontrava em dificuldades financeiras. Marcela recebia seu salário em comissão que variava entre ½ e 2 salários mínimos. Marcela, embora não tivesse nem salário fixo nem horário de trabalho determinado, ela se subordinava a demandas nas vendas que era determinada pelo gerente de vendas. Diante dessa situação hipotética, é possível apontar se existe relação de emprego entre Marcela e a Empresa de Cosmético? Sim. A relação de emprego será configurada quando estiverem presentes seus requisitos: pessoa física, pessoalidade, subordinação, onerosidade, não eventualidade. Resposta: Joaquim poderá́ ser contratado como empregado na Instituição de Beneficência, ora mencionada, desde que estejam presentes os elementos caracterizadores: pessoalidade, pessoa física, onerosidade, subordinação e não eventualidade. Portfólio – pág. 27 Joaquim foi contratado para trabalhar na Instituição de Beneficência “Rede de Combate ao Câncer em Jovens” na função de psicólogo, realizando acompanhamento psíquico e emocional aos enfermos cadastrados no programa, que é de cunho gratuito aos seus usuários. A instituição em questão vive de doações para a manutenção do local. Em relação às peculiaridades da relação de trabalho e emprego e os sujeitos no contrato de trabalho, é correto afirmar que a “Rede de Combate ao Câncer em Jovens”, por ser uma instituição beneficente, não pode figurar como empregadora de Joaquim?
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