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Relatório de Estágio em Clínica Veterinária

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47
	
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
 ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 				 MATHEUS SGANZERLA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
CAXIAS DO SUL
2019
 MATHEUS SGANZERLA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
Relatório de Estágio Curricular em Clínica de Pequenos Animais apresentado como exigência para conclusão de curso em Medicina Veterinária pela Universidade de Caxias do Sul. Orientadora. Prof.ª Karina Affeldt Guterres.
CAXIAS DO SUL
2019
Dedico este trabalho a minha família, por todo o incentivo e auxilio em todos os momentos desta jornada. 
Dedico também a todos os animais que um dia passaram pela minha vida; são eles que me proporcionam alegria e me fornecem o estímulo em seguir essa linda área que é a medicina veterinária.
 AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, pois sem eles essa longa caminhada e sonho não teria se concretizado.
A minha irmã pelo apoio e incentivo em todos os momentos, principalmente quando achei que não conseguiria superar algumas situações de dificuldade.
A todos os animais que passaram até hoje pela minha vida, sejam eles meus animais de companhia, pacientes atendidos, e até mesmo, aqueles que cederam seus corpos para estudos e práticas durante minha formação acadêmica.
Agradeço também a médica veterinária Luana Azzolini, por ter aberto as portas de sua clínica para eu poder realizar meu estágio, e ao mesmo tempo, me sentir em casa, graças ao carinho que sempre teve comigo. A minha coordenadora de estágio Vanusa Israel, pela paciência e dedicação em me passar parte de seu conhecimento teórico e prático, fazendo com que eu concluísse o meu estágio mais preparado para encarar a profissão de Médico Veterinário.
Agradeço aos demais veterinários e funcionários do Centro Veterinário São Francisco, pela atenção que me foi dada e pelo companheirismo durante esse período.
Aos docentes da Universidade de Caxias do Sul, e a minha orientadora Karina Affeldt Guterres por todo o conhecimento transmitido.
Obrigado a todos.
RESUMO
O Presente relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas no Estágio Curricular Obrigatório em Medicina Veterinária com ênfase em Clínica Médica de Pequenos Animais durante o período de 19 de Agosto de 2019 a 1º de Novembro de 2019. Realizado no centro veterinário São Francisco, localizado na Rua Victorio Carraro, 1031, Bairro Santa Marta, na cidade de Bento Gonçalves. Descreve-se o local de estágio com sua infraestrutura, e os serviços ofertados. Durante o estágio foram acompanhados 120 casos, sendo 86 cães e 32 gatos. Em cães, a maior enfermidade apresentada foi a parvo virose com 15 casos e a cinomose com 8, já em felinos a maior casuística foi o vírus da Leucemia Felina (FeLV) com 10 casos. Contempla-se o relatório com a discussão de dois casos. O primeiro de um cão fêmea, Buldogue Frances de 10 meses que ingeriu um corpo estranho gástrico, sendo necessário a realização de uma gastrotomia e enterotomia para sua retirada. Já o segundo caso refere-se a um cão, fêmea da raça Daschund de 2 anos de idade, que apresentou hérnia de disco do tipo Hansen I, de grau 5, tendo que ser realizada a descompressão medular através das técnicas de pediculectomia e corpectomia.
Palavras chaves: Corpectomia, Enterotomia, Gastrotomia, Pediculectomia. 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1– Apresentação da parte externa do local de estágio. Centro Veterinário São Francisco	12
Figura 2- Auditório do Centro Veterinário São Francisco	13
Figura 3- Exemplo de um dos consultórios do Centro Veterinário São Francisco	14
Figura 4- Consultório de atendimento exclusivo para felinos do Centro Veterinário São Francisco	14
Figura 5- Consultório de fisioterapia do Centro Veterinário São Francisco, equipado com hidro esteira e outros aparelhos	15
Figura 6- Imagem de um dos blocos cirúrgico do Centro Veterinário São Francisco, equipado com mesas cirúrgicas, monitor multiparamétrico, oxímetro e aparelho de anestesia inalatória	16
Figura 7- Sala de pré e pós cirúrgico	17
Figura 8-Sala de esterilização de materiais	18
Figura 9- Canil do Centro Veterinário São Francisco	188
Figura 10- Gatil do Centro Veterinário São Francisco	18
Figura 11- Sala de radiografia do Centro Veterinário São Francisco	20
Figura 12- Imagens ultrassonográficas do paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco	313
Figura 13- Animal após receber MPA e sendo preparado para o procedimento cirúrgico de enterotomia e gastrotomia	33
Figura 14- Realização de incisão pré umbilical em linha media ventral para o procedimento de enterotomia	33
Figura 15- Exposição de área do duodeno do paciente submetido a enterotomia	34
Figura 16- exposição do estomago para realizaçao de gastrotomia	35
Figura 17 -. Area de dierese em gastrotomia (A,B)	35
Figura 18- Retirada de corpo estranho (A,B), e fechamento do estômago com padrão de sutura seromuscular de duas camadas invertidas (C)	36
Figura 19 - Sintese da musculatura com padrão de sutura em x ou sultan	37
Figura 20- Dermorrafia com pontos isolados simples e colocação de dreno de penrose	38
Figura 21 -Teste de reflexo cutâneo do tronco realizado em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco	41
Figura 22 - Teste de Nocicepção realizado em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco	42
Figura 23 - Realização de mielografia em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco (A, B)	43
Figura 24- Resultados do exame de mielografia (A e B) constatando hérnia discal em T13-L1-L2 (setas)	43
Figura 25– Preparo do paciente para realização do procedimento cirúrgico	44
Figura 26 - Incisão em linha média dorsal	44
Figura 27 – Ilustração demonstrativa do procedimento de pediculectomia (A) Realização de pediculectomia (B)	45
Figura 28 - Realização de fenestração com utilização de broca cirúrgica	46
Figura 29 - Parte do conteúdo discal removido após fenestração	46
Figura 30 - Acesso ao canal vertebral através de corpectomia (A, B)	47
Figura 31 - Sutura da pele em modo sultan	48
Figura 32 - Realização de seções de fisioterapia, fototerapia (A) laser terapia (B) magneto terapia (C)	49
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Gráfico geral de atendimentos, separados por sistemas.	21
Gráfico 2- Gráfico das casuísticas em cães, divididos por sistemas.	24
Gráfico 3- Gráfico das casuísticas em gatos, divididos por sistemas.	26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Relação total de atendimentos em cães.	21
Tabela 2- Total de atendimentos em Gatos.	27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇAO	11
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO	12
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	20
4 RELATO DE CASO	28
4.1 CORPO ESTRANHO GÁSTRICO E INTESTINAL	28
4.1.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	28
4.2 CASO CLÍNICO	30
4.3 DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL (DDIV)	39
4.3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	39
4.4 CASO CLÍNICO	40
CONCLUSÃO	51
REFERÊNCIAS	52
 				
1 INTRODUÇAO
O Estágio Curricular Obrigatório em Medicina Veterinária com ênfase em Clínica Médica de Pequenos Animais pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) tem como objetivo, proporcionar a vivencia e rotina do Médico veterinário em uma clínica veterinária, desde as consultas, internações e cirurgias, proporcionando novas experiências profissionais, estimulando o desenvolvimento de habilidades na área de atuação profissional. O estágio curricular foi realizado no Centro Veterinário São Francisco, no período de 19 de Agosto de 2019 a 1 de Novembro de 2019 totalizando 440 horas, sob a supervisão da Médica Veterinária Vanusa Israel e orientação da professora Karina Affelt Guterres.
Este relatório descreve as atividades acompanhadas no Estágio Curricular, bem como a infraestrutura do local onde ocorreu o estágio, apresentando a casuística dos atendimentos acompanhados durante o período além da revisão bibliográfica com o relato clínico dedois casos de maior interesse na área de clínica médica de pequenos animais. Sendo o primeiro o caso de um cão que passou por um procedimento de gastrotomia e enterotomia após ingerir um corpo estranho, e o segundo de um cão com hérnia discal, onde foi realizado os procedimentos de pediculectomia e corpectomia para descompressão medular.
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
O estágio curricular foi realizado no Centro Veterinário São Francisco (fig.1), no período de 19 de Agosto de 2019 a 1º de Novembro de 2019, totalizando 440 horas de estágio. A clínica estava localizada na Rua Victório Carraro, 1031, Bairro Santa Marta, na cidade de Bento Gonçalves. O Centro Veterinário São Francisco atende Cães e Gato, realizando atendimento clínico e cirúrgico, e, em casos de demanda era solicitado um veterinário para atendimento de animais silvestres.
Figura 1– Apresentação da parte externa do local de estágio. Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
O Centro Veterinário São Francisco tem como objetivo a prestação de serviços médico-veterinários, os quais incluem plantão 24 horas para emergências e consultas, imunização, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias, internação e área de fisioterapia.
Oferece também atendimentos com especialistas nas áreas de cardiologia, oftalmologia, Endocrinologia, Neurologia, Dermatologia, Ortopedia, Gastrologia, Nefrologia, Urologia e Animais Silvestres.
A infraestrutura do centro veterinário no primeiro andar engloba: A recepção, um laboratório aonde são realizados exames como hemograma, bioquímicos, histopatológicos, culturas fúngicas e bacterianas, entre outros.
Um auditório (fig.2), onde são administradas palestras e cursos de auxiliares de Veterinária
Totalizam 5 consultórios, sendo um consultório para cães (fig.3), um para gatos (fig.4), e os outros 3 de uso para atendimento de especialistas. O Centro Veterinário também conta com uma sala de fisioterapia (fig.5), equipada com hidro esteira, aparelhos de Magneto terapia, bolas terapêuticas, entre outros.
Além disso ainda no primeiro andar, possui-a uma biblioteca para que os veterinários possam fazer pesquisas e desenvolver trabalhos.
Figura 2- Auditório do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 3- Exemplo de um dos consultórios do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 4- Consultório de atendimento exclusivo para felinos do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 5- Consultório de fisioterapia do Cento Veterinário São Francisco, equipado com hidro esteira e outros aparelhos
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Já no segundo andar do Centro Veterinário encontravam-se o gatil, canil e isolamento, além de sala de antissepsia, sala para esterilização de materiais (fig.8), 2 blocos cirúrgicos (fig.6) equipados com mesas cirúrgicas, colchão térmico, monitor multiparamétrico, oxímetro e aparelho de anestesia inalatória; uma sala para pré e pós operatório (fig.7), aonde é preparado o paciente que irá passar por procedimento, e, após o procedimento, volta a essa sala até acordar da anestesia e ter uma boa recuperação para ser encaminhado para as internações.
Figura 6- Imagem de um dos blocos cirúrgico do Centro Veterinário São Francisco, equipado com mesas cirúrgicas, monitor multiparamétrico, oxímetro e aparelho de anestesia inalatória
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 7- Sala de pré e pós cirúrgico
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 8-Sala de esterilização de materiais
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
As internações são divididas em canil (fig.9) e gatil (fig.10), sendo o gatil com capacidade para até 30 gatos e o canil para até 40 cães, além disso há uma sala para internados em isolamento para onde são encaminhados os pacientes com doenças contagiosas.
Ainda no segundo andar temos uma sala equipada com raio x (fig.11) e uma sub-sala para a revelação das imagens; Por fim o segundo andar possui uma sala de estoque, onde encontram-se seringas, equipamentos, soros e demais medicações.
Figura 9- Canil do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 10- Gatil do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 11- Sala de radiografia do Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Durante o período de estágio, foram desenvolvidas atividades na área clínica, como acompanhamento de consultas, contenção dos animais, auxílio em coletas de materiais para exames laboratoriais como hemograma, bioquímico, entre outros.
Nas áreas de internação foi realizado o preparo das baias onde os pacientes ficavam internados, também era feito aferição dos padrões como frequência cardíaca, respiratória, temperatura retal, pressão arterial, mucosas, tempo de preenchimento capilar (T.P.C.) e glicemia; preparo e aplicação de medicações.
Na área cirúrgica foi realizado o auxílio de contenção do animal e a, e monitoramento de padrões, preparo da sala de cirurgia e esterilização dos materiais cirúrgicos.
Para animais que necessitavam de imagens radiográficas era solicitado ao estagiário o posicionamento do animal conforme a exigência do médico veterinário, e, posteriormente, a revelação dos filmes.
O atendimento ao paciente iniciava-se na recepção, onde eram coletados os dados do tutor e do paciente, após, ele era pesado e encaminhado para um dos consultórios: de cães, de gatos, no atendimento com especialista ou fisioterapia.
No atendimento era obtido o histórico do animal, seguido da anamnese e exame clínico completo, sendo que todas essas informações foram para um software que podia ser acessado pelos veterinários e estagiários através de tablets e computadores da clínica. Além dessas informações também era lançado nesse software as medicações e horários que seriam administradas em caso de internação do paciente.
Além disso, era realizado a coleta sanguínea para hemograma e bioquímico, realização de raspados de pele para pesquisas citológicas e cultura.
A internação do paciente se deve conforme o estado em que se encontrava, a sua ficha de internação era lançada em um software, contendo nome do animal, espécie, idade, peso, nome do tutor e histórico clínico. Além disso, contava com mapa de execução dos procedimentos que deviam ser feitos nos pacientes, como: mantelos em fluidoterapia, manter aquecido, administração das medicações, indicando o nome do fármaco, dosagem, via de administração, tipo da alimentação que seria ofertada e horário para realização de ambos.
Animais com suspeitas de doenças infecto contagiosas, eram encaminhados para isolamento.
O atendimento ao pacientes em estado crítico dava-se em um dos blocos cirúrgicos, onde possui máscaras de oxigênio, farmácia completa e demais instrumentos para a estabilização desse paciente.
Durante o período de estágio, que ocorreu de 19 de Agosto de 2019 a 1º de Novembro de 2019 foram atendidos 120 casos, (gráf.1) sendo 88 cães (tab.1) e 32 gatos (tab.2), onde as doenças infectocontagiosas tiveram a maior ocorrência em ambas as espécies.
Gráfico 1- Gráfico geral de atendimentos, separados por sistemas
Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Tabela 1- Total de atendimentos em cães
		Afecções
	Casos
	n
	 
	 
	 
	Ortopédicas
	Fratura de rádio e ulna
	2
	 
	Fratura de ilho
	1
	 
	Fratura de mandíbula
	1
	 
	Displasia coxofemoral
	1
	 
	Fratura de metatarso
	1
	 
	Ruptura de ligamento cruzado
	2
	 
	 
	 
	Gastrointestinais
	Corpo estranho gástrico
	3
	 
	Dilatação gástrica
	1
	 
	Gastrite aguda
	1
	 
	Gastroenterite
	5
	 
	Pancreatite
	1
	 
	Fecaloma
	1
	 
	Giardíase
	1
	 
	Hérnia inguinal
	1
	 
	Prolapso retal
	1
	 
	Intoxicação por AINES
	  3Infecciosas
	Traqueobronquite
	2
	 
	Cinomose
	8
	 
	Parvovirose
	15
	 
	Rangeliose
	5
	 
	Botulismo
	2
	 
	 
	 
	Tegumentar
	Otite
	1
	 
	Dermatite Seboreica
	1
	 
	Malassesia
	1
	 
	DAP
	1
	 
	Dermatofitose
	1
	 
	Hérnia umbilical
	1
	 
	 
	 
	Neurológico
	Trauma crânio encefálico
	1
	 
	Instabilidade atlanto axial
	1
	 
	Doença do disco intervertebral
	1
	 
	Luxação em vertebra cervical
	1
	 
	Meningoencefalite granulomatosa (Meg)
	1
	 
	 
	 
	Oncológico
	 Neoplasia mamaria
	3
	 
	Tumor hepático
	1
	 
	Tumor em adrenal
	1
	 
	Tumor em mesentério
	1
	 
	Tumor prostático
	3
	 
	 
	 
	Cardiológico
	Endocardiose
	3
	 
	 
	 
	Endocrino
	Diabetes Mellitus
	1
	 
	 
	 
	Nefrológico e Urológico
	IRA
	1
	 
	 
	 
	Respiratório
	Colapso traqueal
	1
	 
	 
	 
	Oftamológico
	Ceratoconjutivite seca
	1
	 
	Tumor ocular
	1
	 
	Glaucoma
	1
	 
	Catarata
	1
	TOTAL
	 
	88
Entre as patologias mais prevalentes, as infectocontagiosas apresentaram as maiores casuísticas com 55 casos, representando 36.36% entre cães e 45.83% das casuísticas gerais. Sendo a Parvovirose a doença que apresentou o maior número de acometidos, com 15 casos.
Gráfico 2- Gráfico das casuísticas em cães, divididos por sistemas
	
	
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
O mecanismo de lesão da Parvovirose é a morte das células epiteliais das criptas e dos linfócitos, incluindo aqueles da medula óssea. Dentre as lesões macroscópicas, são observadas áreas mucosas irregulares e granulares (necrose de enterócitos, atrofia de vilos) e áreas de hemorragia, inflamação aguda e exsudação de fibrina (ZACHARY, McGAVIN, 2013).
Os cães entram em contato com o parvovírus em fomites de fluidos corpóreos contaminados por material fecal, por meio do contato direto com os animais infectados. O vírus é inalado ou ingerido, depositado na mucosa das cavidades oral, nasal e faríngea e aprisionado na camada de muco. O vírus se replica nestas células e é, então, disseminado, por meio do trafego leucocitário, e sistemicamente, ao baço, ao timo, aos linfonodos, a medula óssea e aos tecidos linfoides associados a mucosa, como as placas de peyer do intestino delgado (ZACHARY, McGAVIN, 2013).
Entre os sinais clínicos da parvovirose encontram-se a diarreia. hemorrágica pelo sangramento dos capilares subjacentes do revestimento da mucosa. Outras alterações causadas pelo vírus são a enterite necrótica grave, vômitos, linfopenia pela necrose linfoide e choque circulatório (FLORES, 2007). Não há tratamento específico para parvovirose canina, recomendasse a terapia de suporte e vacinação preventiva dos filhotes (NELSON; COUTO, 2015).
Outra doença que se apresentou em grande número foi a Cinomose com 8 casos.
O mecanismo de lesão da cinomose canina é a disfunção e morte de células epiteliais, mesenquimatosas, neuroendócrinas e hematopoiética de muitos tecidos e órgãos. Na medula óssea e no sistema linfoide e linfático, há linfo adenopatia seguida por atrofia, há aumento de volume de linfonodos, acompanhado por hemorragia e edema, rapidamente seguido por morte celular, resultando em perda de linfócitos T e B de baço, linfonodos, tonsila e timo (ZACHARY, McGAVIN, 2013).
Os animais acometidos pela cinomose canina expelem o agente nas excreções corporais, como urina, fezes, saliva, placenta e secreção respiratória, podendo ou não apresentar sinais clínicos, tornando-se importantes na cadeia epidemiológica da doença como fonte de contaminação para animais saudáveis (NEGRÃO et al., 2007) Os sinais sistêmicos podem incluir diarreia, febre, emese, hiporexia, anorexia, tenesmo, secreção nasal, tosse, dispneia, Apatia e ceratoconjuntivite seca (GREENE & APPEL, 2006). 
A ceratoconjuntivite seca é uma enfermidade ocular causada por insuficiência na porção aquosa do filme lacrimal ou pela evaporação excessiva da lágrima resultado da produção inadequada da camada lipídica, que causa mudanças inflamatórias progressivas na córnea e conjuntiva, de gravidade variada podendo ocasionar cegueira, Casos agudos podem produzir ulcerações superficiais, profundas e até a perfuração da córnea (LAUS e ORIÁ, 1999, RIBEIRO et al., 2008).
Dentre os sinais neurológicos, incluem-se mioclonia, convulsão, rigidez cervical, hiperestesia, tremores musculares, paresia, paralisia, ataxia, mudanças comportamentais, depressão e desorientação (NEGRÃO et al., 2007).
A doença tem sido controlada com o uso de vacinas com vírus atenuado, porém alguns cães têm apresentado sinais típicos da doença dentro de uma população canina já vacinada, uma vez que as vacinas utilizadas não induzem a uma imunidade absoluta, porém, é o melhor método para redução do risco de aparecimento da enfermidade. A ausência de vacinação pode aumentar em torno de 100 vezes a ocorrência da doença numa população canina (BORBA et al., 2002).
Dentre os 120 atendimentos 32 foram felinos, tendo como a enfermidade de maior prevalência o vírus da Leucemia Felina (FeLV), com 10 casos.
Gráfico 3- Gráfico das casuísticas em gatos, divididos por sistemas
 
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Tabela 2- Total de atendimentos em Gatos.
	Afecções
	Casos
	n
	 
	 
	 
	Infecciosas
	FIV
	5
	 
	FELV
	10
	 
	Calicivirose
	5
	 
	 
	 
	Gastrointestinais
	Prolapso retal
	1
	 
	 
	 
	Cardiorrespiratório secundário a metahemoglobinemia
	Intoxicação por paracetamol
	2
	
	
	 
	
	 
	 
	Ortopédico
	Poliartrite
	2
	 
	Lesão em mandíbula
	1
	 
	 
	 
	Neurológico
	Trauma cranioencefalico
	1
	 
	 
	 
	Nefrologia e Urologia
	Doença renal crônica
	2
	TOTAL
	 
	29
Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Os mecanismos de lesão na leucemia felina são a disfunção e morte induzida por vírus e a transformação neoplásica de células linfoides (hematopoiéticas), provocando linfoma e leucemia, disfunção de órgãos, tecidos linfoides ou da medula óssea, geralmente por atrofia compressiva das células parenquimatosas, nas quais há proliferação de células neoplásicas e imunossupressão aumentando a suscetibilidade a outras doenças microbianas. 
Dentre as lesões macroscópicas, são observadas proliferação de células neoplásicas, aumento de volume e palidez de órgãos afetados, além disso pode causar atrofia compressiva de tecidos como axônios da medula espinhal, células hematopoiéticas da medula espinhal, e a retina (ZACHARY, McGAVIN, 2013). 
Os gatos entram em contato com o vírus em fômites de fluidos corpóreos, como secreções salivares e nasais, por meio do contato direto com indivíduos infectados.
4 RELATO DE CASO 
4.1 CORPO ESTRANHO GÁSTRICO E INTESTINAL
4.1.1 Revisão Bibliográfica
Um corpo estranho gástrico é qualquer material ingerido por um animal que não pode ser digerido como pedras e plásticos, ou digerido lentamente como os ossos. E que Nestes quadros, pode haver obstrução intraluminal total ou parcial (RADLINSKY, 2014) sendo os cães animais que ingerem corpos estranhos de forma indiscriminada podendo-se citar, brinquedos de plásticos, tecidos, entre outros. 
Animais jovens ingerem mais comumente corpos estranhos que animais velhos devendo-se suspeitar de corpos estranhos gástricos ou intestinais, quando há sinal clínico de vômito agudo persistente. Corpos estranhos gástricos geralmente causam vômito como resultado de obstrução de escoamento, distensão gástrica ou irritação da mucosa ou ainda a associação destes. No entanto, ocasionalmente, corpos estranhos gástricos constituem achados acidentais e assintomáticos em radiografias abdominais (FOSSUM, 2005).
O vômito persistente é o sinal clínico mais comum além de dor abdominal, anorexia e secreção gástrica. (HOBDAY et al., 2014; FAZIO, 2006). Conforme o passar do tempo o quadro pode se agravar, evoluindo para desequilíbrios eletrolíticos, desidratação e consequente choque hipovolêmico, que se não for tratado poderá levar o animal ao óbito (PAPAZOGLOU et al., 2003; MATTIOLI, 2014; ALBERNAZ et al, 2017; FACHADA, 2017)
Segundo Slatter (2007) também pode ser observado melena ou hematêmese e sinais em sistemanervoso central secundarias a toxicidade
Hayes (2009) explica que as principais regiões de obstrução por corpos estranhos são o jejuno proximal e médio. As obstruções proximais e completas causam sinais clínicos mais graves e agudos que as obstruções parciais e distais, que ainda permitem a passagem de certa quantidade de conteúdo, pois há maior risco de comprometimento vascular da alça intestinal, pela distensão com gás e líquido causando isquemia do local afetado.
Entre tanto nem todos os corpos estranhos causam sinais clínicos. A menos que o objeto esteja obstruindo a eliminação do conteúdo intestinal ou irritando a mucosa, ele poderá permanecer no estomago do animal sem qualquer sintoma (ETTINGER e FELDMAN, 1997).
Os achados laboratoriais podem ser normais em casos agudos ou assintomáticos, ou podem demonstrar: hemoconcentração causada pela desidratação; anemia associada a ulceras gástricas; leucocitose devido a processos inflamatórios, azotemia pré-renal (secundária a desidratação); alcalose metabólica; e anormalidades de eletrólitos (hipocalemia, hipocloremia ou hipernatremia (SLATTER 2007).
A ultrassonografia é o método não invasivo mais indicado para situações de obstruções por corpo estranho, na qual é possível identificar a maioria dos objetos, além de fornecer informações não disponíveis nas radiografias simples ou contrastadas, como avaliação da motilidade intestinal e presença de líquidos (SHARMA et al., 2010; ALMEIDA, 2015).
O tratamento é baseado no tamanho e forma do objeto. Objetos pequenos e lisos podem ser expelidos durante o vômito induzido. Corpos estranhos pequenos podem ser removidos com pinças durante a endoscopia. Corpos estranhos ásperos, longos ou grandes podem ser removidos por gastrotomia (HARARI, 1999).
É de grande importância a administração de protetores de mucosa gástrica. Pode se administrar sucralfato (33 mg/kg por via oral) para ligar-se a áreas desnudas da mucosa e estimular a reepitelizaça. Inibidores sistêmicos do ácido gástrico, como cimetidina, ranitidina, e omeoprazol, aumentam o ph gástrico e previnem maior lesão epitelial relacionada ao ácido (SLATTER, 2007).
A gastrotomia e a enterotomia são realizadas para remoção de corpo estranho causador de obstrução simples, parcial ou completa. A ressecção e anastomose de alças intestinais são utilizadas quando ocorre envolvimento vascular com isquemia e necrose de segmentos (ELLISON, 1998; FOSSUM 2003).
Normalmente se preconiza um jejum alimentar de 12 horas, entretanto há uma variação considerável nos protocolos de restrição alimentar conforme a idade do animal e o procedimento cirúrgico. Diminuição do volume do conteúdo gastrointestinal antes da anestesia, mediante a realização do jejum alimentar e hídrico, é o procedimento mais comumente utilizado para reduzir o risco de refluxo durante o processo anestésico (MUIR, 2007).
O monitoramento e tratamento durante a recuperação são orientados para a correção das anormalidades preexistentes de líquidos e eletrólitos, bem como para a promoção da motilidade gastrointestinal e apetite normais. Diante da abundante irrigação sanguínea e rápida cicatrização do estomago, é raro ocorrer deiscência das incisões de gastrotomia. A motilidade gastrointestinal é importante depois de uma cirurgia abdominal, mas sobretudo depois de uma cirurgia gastrointestinal (SLATTER, 2007).
4.2 CASO CLÍNICO 
Relata-se o caso de um canino fêmea, da raça buldogue Frances, com 10 meses de idade, atendido no centro veterinário São Francisco.
Durante a anamnese o tutor relatou como sinais clínicos apresentados pelo cão vômitos diversas vezes durante o dia, relatou também que o paciente não havia urinado, nem defecado, e que no dia anterior as fezes estavam normais. 
No exame clinico através da palpação da região abdominal observou-se distenção de alça intestinal. Os demais parâmetros encontraram-se normais. A palpação abdominal permite determinar o espessamento e distensão das alças intestinais por acúmulo de fluído ou gás, presença de massas abdominais ou corpos estranhos, sensibilidade dolorosa e identificar o local de obstrução 
Após a consulta foi administrado Citrato de maropitant, na dose de 1mg/kg por via subcutânea.
Três dias após a consulta o proprietário voltou à clínica relatando que o animal não estava querendo comer desde a consulta passada, estava mais prostrado, e as fezes apresentavam-se escuras e pastosas, e que seu animal tinha o hábito de roer objetos, e não sabia se o animal havia ingerido um desses objetos.
O paciente então foi encaminhado para ultrassonografia, considerado o método não invasivo mais indicado para situações de obstruções por corpo estranho, na qual é possível identificar a maioria dos objetos, além de fornecer informações não disponíveis nas radiografias simples ou contrastadas, como avaliação da motilidade intestinal e presença de líquidos (FAZIO, 2006; CAHUA & DÍAZ, 2009; SHARMA et al, 2010; ALMEIDA, 2015) onde foram encontrados: Bexiga pouco repleta, conteúdo e paredes preservadas, Rins de dimensões mantidas, contornos lisos. Relação e definição corticomedular preservadas.
 Corticais normoecogênicas, Baço de contornos regulares, parênquima normoecogênico homogêneo, Fígado dentro dos limites do gradil costal, contornosregul ares, parênquima, hipoecogênico homogêneo (hepatopatia/toxemia) vasos hepáticos de calibre mantido. Vesícula biliar com conteúdo anecogênico e discreto material ecodenso suspenso (lama biliar). 
Paredes preservadas, Paredes espessadas: estômago mediu até 0,48cm, duodeno 0,64cm, sendo que as paredes de duodeno se encontraram onduladas. Jejuno e íleo até 0,52cm, Estômago preenchido por discreta quantidade de conteúdo pastoso e estruturas formadoras de sombra acústica, figura (A), de difícil delimitação, sendo que a maior mediu aproximadamente 4cm. Esta estrutura continuou-se pelo piloro e foi visibilizada pelo lúmen de todo duodeno descendente, figura (B). As imagens foram compatíveis com corpo(s) estranho(s) (KEALY, J et al., 2012). Demais alças de jejuno e íleo vazias, Figura (C); Estratificação parietal mantida, Glândulas adrenais com formato, parênquima e dimensões mantidas. A direita mediu 1,92cm x 0,52cm e a esquerda 2,05cm x 0,53cm.
Figura 12- Imagens ultrassonográficas do paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco
(A) Estômago preenchido por conteúdo formador de sombra acústica, conforme indicado na seta. 
(B) Estruturas formadoras de sombra acústica em piloro e pelo lúmen de todo o duodeno conforme indicado na seta.
(C)Alças de jejuno e íleo vazias.
Fonte: Centro Veterinário São Francisco (2019).
Após constatar a presença de corpo estranho em região de estômago e duodeno foi solicitada a internação do paciente e a realização dos procedimentos de gastrotomia e enterotomia.
Segundo Fossum (2014), a desidratação e a hipocalemia são comuns em animais com vomito e devem ser corrigidas antes da indução da anestesia. A alcalose pode ocorrer secundariamente a perda de fluidos gástricos.
 O animal foi mantido na fluidoterapia com ringer lactato e administrou-se ceftriaxona na dose de 25mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas.
Radlinsky (2014) explica que a estabilização prévia do animal é recomendada no intuito de corrigir alterações hidroeletrolíticas e acidobásicas com uso de soluções cristaloides como Ringer Lactato ou NaCl 0,9%. A cirurgia intestinal é considerada limpo-contaminada ou contaminada, com isso a antibiótico profilaxia deve ser instituída previamente à cirurgia, devido à possibilidade de crescimento bacteriano ou de extravasamento do conteúdo durante o procedimento (RADLINSKY, 2014; VASCONCELOS, 2014).
O animal passou por jejum de 12 horas antes da cirurgia, para assegurar que o estômago estivesse vazio. Normalmente se preconiza um jejum alimentar de 12 horas, entretanto há uma variação considerável nos protocolos de restrição alimentar conforme a idade do animal e o procedimento cirúrgico (MUIR, 2007) Diminuição do volume do conteúdo gastrointestinal antes da anestesia, mediante a realização dojejum alimentar e hídrico, é o procedimento mais comumente utilizado para reduzir o risco de refluxo durante o processo anestésico (GALATOS & RAPTOPOULOS, 1995, MUIR, 2007, SAVVAS et al.2009).
O Refluxo gastresofágico é considerado a causa mais comum de esofagite no cão (ADAMAMA-MORAITOU et al., 2002). Podendo muitas vezes o conteúdo regurgitar para a orofaringe (SLATTER, 2007).
Foram utilizados como MPA (fig.13) para esse paciente as seguintes medicaçoes: Midazolan 0,15 mg/kg e Metadona 0,3 mg/Kg, por via Intramuscular.
A indução foi feita com Cetamina 1 mg/ Kg, Propofol 4 mg/kg por via intravenosa. 
A manutenção foi feita com isoflurano ao efeito por via inalatória. 
Figura 13- Animal após receber MPA e sendo preparado para o procedimento cirúrgico de enterotomia e gastrotomia
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 14- Realização de incisão pré umbilical em linha media ventral para o procedimento de enterotomia
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Realizou-se uma incisão na linha média ventral abdominal pré umbilical, foi exposto e isolado a área de duodeno da área do abdome (fig.15) por colocação de compressas cirúrgicas, fez-se uma incisão distal ao corpo estranho. 
Prolongou-se a incisão pelo eixo longo do intestino com tesoura Metzenbaum para facilitar a remoção do corpo estranho.
Figura 15- Exposição de área do duodeno do paciente submetido a enterotomia
Fonte: Matheus Sganzerla (2019)
Para a enterorrafia (fig.16) utilizando a sutura simples interrompidas. 
Com fio de sutura monofilamentado, poliglactina 3-0. Após aplicou-se pressão digital suave para observar se houve fuga de conteúdo pelas suturas.
Após realizou-se a exposição do estômago (fig 17) e foi realizada gastrotomia visto que a maior parte do corpo estranho apresentava-se em região de estômago, a incisão foi feita em uma área hipovasculada (fig.18 A e B) do aspecto ventral do estômago, entre as curvaturas menor e maior. (KONIG & LIEBICH, 2011; FOSSUM, 2014).
Figura 16- Exposição do estomago para realizaçao de gastrotomia
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 17 -. Área de dierese em gastrotomia (A,B)
B
A
 Fonte: (A) Fossum (2014); (B) Matheus Sganzerla (2019)
Fossum (2014) sugere verificar se a incisão não está próxima a piloro pois o fechamento da incisão poderá causar excessiva invaginação do tecido dentro do lúmen gástrico, resultando em obstrução da saída gástrica.
Após a retirada do corpo estranho (fig 19 A) A gastrorrafia com poliglactina 2-0 em um padrão de sutura seromuscular de duas camadas invertidas (fig 19 B)
A gastrorrafia em duas camadas tem a vantagem, de a primeira camada proporcionar hemostasia contra sangramentos intraluminais, pelos vasos mucosos e submucosos seccionados, e a segunda camada aumenta a segurança contra o vazamento do conteúdo gástrico (SLATTER, 2007).
Os fios mais indicados para se utilizar em órgãos ocos e feridas contaminadas são os de monofilamentos, sintéticos, absorvíveis como polidioxanona, poligliconato, poliglecaprona 25 ou glicômero 631, pois causam reação tecidual mínima (PAPAZOGLOU et al., 2003; BERNISFILHO et al., 2013; PRATSCHKE, 2017).
Figura 18- Retirada de corpo estranho do estomago (A,B), gastrorrafia com padrão de sutura seromuscular de duas camadas invertidas (C)
C
B
A
Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Para o primeiro camada de gastrorrafia, realizou-se sutura padrão cushing com fio absorvível sintético 3-0 e para o segundo plano foi realizado com pontos tipo Lembert, utilizando-se fio absorvível sintético 2-0.
 Para o fechamento da musculatura (fig.20) utilizou-se o padrão de sutura em X ou sultan.
Figura 19 - Fechamento da musculatura com padrão de sutura em x ou sultan
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019)
Para fechamento da incisão abdominal foi utilizado fio nylon 3-0 com pontos isolados simples (fig.21).
Foi colocado um dreno de penrose (fig 21) sendo este o dreno, comumente utilizado na drenagem do espaço subcutâneo (HEDLUND,2007).
O dreno de Penrose pode ser utilizado como dreno de saída única, que apresenta somente uma extremidade emergente na face distal do ferimento. Sua fixação pode ocorrer na área proximal do dreno que se encontra sob a pele, pode ser fixada com uma única sutura de pele e uma segunda sutura utilizada para fixar o dreno em sua saída ventral/distal (BORJRAB,1996, PAVLETIC, 2010).
Figura 20- Sutura de pele com pontos isolados simples e colocação de dreno de penrose
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019)
As possíveis complicações pós-cirúrgicas incluem choque endotóxico por translocação bacteriana, deiscência das suturas devido ao uso inadequado do fio de sutura ou incisão em tecido não viável, peritonite por extravasamento de conteúdo intestinal, necrose intestinal, todas podendo levar o paciente à morte (NASH, 2006; HAYES, 2009; RADLINSKY, 2014).
No pós operatório foi administrado as seguintes medicações: dipirona na dose de 0,25 mg/kg, por via sub cutânea, Metadona 0,2 mg/kg, por via subcutânea ceftriaxona 25 mg/kg, por via intramuscular e meloxican 0,1 mg/kg por via subcutânea. 
A água foi oferecida aos poucos, e iniciada a dieta pastosa por três dias. A introdução precoce da alimentação ajuda no peristaltismo intestinal, previne úlceras, estimula a cicatrização e minimiza a ocorrência de íleo paralítico (NASH, 2006, RADLINSKY, 2014). O Dreno foi retirado 3 dias após sua colocação.
Durante o período em que a paciente ficou internada recebeu as seguintes medicações: Metronidazol lento e diluído 35,4 ml, via intravenosa, b.i.d, 5 dias; Citrato de maropitant 1,2 ml via subcutânea, S.I.D, 5 dias; tramadol 1,2 ml via subcutânea, a cada 12 horas/B.I.D. 5 dias.
A paciente recebeu alta da internação 5 dias após o procedimento cirúrgico, aonde foi prescrito: Citrato de maropitant 24 mg,1 comprimido, sid por via oral e espiramicina + metronidazol 10mg, s.i.d por via oral para administração em casa durante 7 dias.
Dez dias após o procedimento cirúrgico, o paciente voltou ao centro veterinário para revisão e retirada dos pontos de pele, apresentando melhora do quadro clínico.
4.3 DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL (DDIV) 
4.3.1 Revisão bibliográfica
Doença do disco intervertebral (DDIV) é a condição neurológica mais frequentemente descrita em cães (Toombs2007). É provocada pela degeneração do disco intervertebral, podendo ocorrer extrusão (Hansen tipo I) ou protusão (Hansen tipo II) do disco, levando a compressão da medula ou das raízes nervosas, e até concussão medular (SHARP E WHEELER, 2005).
As extrusões afetam predominantemente cães de raças condrodistróicas, entre três e seis anos de idade, mais frequentemente na região toracolombar (T11- -L3) (Brisson 2010).
Os protocolos terapêuticos variam desde tratamentos conservativos até cirurgias descompressivas (BERGKNUT et al., 2013).
Os discos intervertebrais possuem como funções a conexão entre as vértebras e absorção de impactos, e contém em seu interior material gelatinoso denominado núcleo pulposo, envolto pela região mais externa fibrosa, chamada de ânulo fibroso. Dois ligamentos recobrem as superfícies dos corpos vertebrais, o ligamento longitudinal ventral e o dorsal. Nas regiões, torácica caudal e lombar, da coluna vertebral, este ligamento apresenta-se mais delgado, facilitando assim a herniação dorsal do material nuclear e consequente compressão medular (SHARP & WHEELER, 2005).
A gravidade do dano à medula espinhal causado por extrusão de disco intervertebral tipo I está relacionada com a velocidade de extrusão, a duração da compressão e a quantidade de material de disco extruido (CW DEWEY, RC DA COSTA, 2017).
Os animais com DDIV toracolombar podem apresentar dor, alteração dos reflexos espinhais segmentares, variação no tônus muscular, atrofia muscular por desuso, disfunção sensorial e motora, perda do controle voluntário da defecação e micção (LECOUTEUR& CHILD, 1997).
Com base na severidade da disfunção neurológica, a doença do disco intervertebral pode apresentar graus variados, que variam de zero a seis. Animais normais, ou seja, sem alterações clínicas, se enquadram dentro do grau zero; animais com hiperestesia espinhal são classificados como grau um; cães com paresia ambulatória como grau dois; com paresia não ambulatória como grau três; paraplegia como grau quatro; cães com paraplegia e incontinência urinária ou fecal como grau cinco; e como grau seis, animais com paraplegia e perda total da nocicepção profunda (SRUGO et al., 2011).
O diagnóstico exige a confirmação radiográfica contrastada no intuito de serem observadas a presença de compressão em massa e a evidência de alterações características no canal medular (BRAUND, 1996).
Achados consistentes de hérnia de disco incluem diminuição do espaço intervertebral, diminuição no tamanho do forame do disco intervertebral, redução do espaço articular entre as facetas articulares e material mineralizado no canal vertebral (OLBY et al. 2001).
As indicações para o tratamento cirúrgico da DDIV são a falta de resposta ao tratamento clínico, sinais clínicos recidivantes ou progressivos, paraparesia não-ambulatória, paraplegia com preservação (grau IV) ou ausência da dor profunda (grau V) com duração inferior a 48 horas (FINGEROTH & THOMAS 2015). Existem várias técnicas cirúrgicas para a descompressão da medula espinhal na DDIV, sendo a hemilaminectomia, pediculectomia, laminectomia dorsal e corpectomia lateral as mais utilizadas (SHARP & WHEELER 2005, BRISSON 2010).
4.4 CASO CLÍNICO 
Através dessas informações, relata-se o caso de um cão, fêmea, da raça Daschund, castrada, com a idade de 2 anos atendido no centro veterinário São Francisco.
Durante a anamnese o tutor relatou que havia saído para trabalhar, e ao voltar se deparou com o cão paralisado, sem os movimentos dos membros posteriores.
A avaliação neurológica iniciou observando o estado mental do cão, onde o mesmo apresentou-se em alerta, ou seja respondia adequadamente aos estímulos do ambiente.
Na avaliação de postura o paciente mantinha-se ereto apenas com os membros anteriores. 
Na avaliação de locomoção foi observado paraplegia em membros posteriores.
No exame de propriocepção consciente, foi flexionada a pata do cão de forma com que a superfície dorsal dela entre em contato com a mesa; o cão não retornou a posição normal, quando este teste foi realizado nos membros posteriores. O animal normal posiciona corretamente o membro em 1 a 3 segundos (FEITOSA, 2004).
O reflexo cutâneo do tronco foi avaliado mediante leve pinçamento da pele, lateral a coluna vertebral (fig 22), iniciando na região lombossacral e prosseguindo no sentido cranial, um nível vertebral de cada vez. A resposta normal consiste em uma contração bilateral do músculo cutâneo do tronco, resultando em um espasmo da pele sobre o tórax e o abdome (CW DEWEY, RC DA COSTA, 2017). O paciente perdeu panículo em L3-L4. Em casos de lesões da medula espinhal ao longo da região toracolombar, a via ascendente do reflexo cutâneo do tronco é interrompida e o reflexo fica ausente cerca de dois corpos vertebrais caudais à lesão (CW DEWEY, RC DA COSTA, 2017).
Figura 21 -Teste de reflexo cutâneo do tronco realizado em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco
Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
O paciente também não apresentava controle da urina, tendo que ser comprimida a bexiga para urinar; A inervação simpática da bexiga origina-se na substância cinzenta de L2-L5, sai da medula espinhal pelos nervos esplâncnicos lombares, faz sinapse no gânglio mesentérico caudal e chega a bexiga por meio dos nervos hipogástricos. O nervo hipogástrico também promove inervação simpática do músculo liso da uretra proximal e produz dilatação uretral (FEITOSA, 2004).
Durante o teste de nocicepção (fig.23), o paciente apresentou ausência de dor profunda; este teste determina se os estímulos nocivos aplicados aos membros estão atravessando ou não o segmento lesionado da medula espinhal até chegar ao encéfalo para a percepção consciente da dor (CW DEWEY, RC DA COSTA, 2017).
Figura 22 - Teste de Nocicepção realizado em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco
 Fonte: Matheus Sganzerlal (2019).
Os testes e a anamnese foram sugestivos à hérnia de disco de Grau 5.
Foi solicitado a realização do exame de mielografia (fig.24) onde constatou-se hérnia discal em T13-L1-L2 (fig.25). 
Figura 23 - Realização de mielografia em paciente atendido no Centro Veterinário São Francisco (A, B)
B
A
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Figura 24- Resultados do exame de mielografia (A e B) constatando hérnia discal Hansen tipo 1 em T13-L1-L2 (setas)
B
A
 Fonte: Centro Veterinário São Francisco (2019).
Após observado o resultado da mielografia, o cão foi encaminhado para procedimento cirúrgico (fig 26).
Para a medicação pré anestésica utilizou-se Metadona na dose de 0,3 mg/kg por via Sub cutânea, também realizou-se antibioticoprofilaxia utilizando-se ceftriaxona na dose de 25 mg/kg por via intravenosa. 
A indução foi feita com propofol ao efeito, e a manutenção com isoflurano ao efeito. 
Figura 25– Preparo do paciente para realização do procedimento cirúrgico
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
O animal foi posto em decúbito external, realizou-se a incisão na linha media dorsal (fig. 30), correspondente a três vértebras craniais e caudais ao local de interesse. A fáscia e o tecido subcutâneo foram incididos até a fáscia toracolombar.
Figura 26 - Incisão em linha média dorsal
 
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Após foi realizado procedimento de pediculectomia (fig 28) em T13-L2, a pediculectomia tem por objetivo realizar a descompressão da medula espinhal por abordagens menos invasivas, pois removem menos osso vertebral.
Este procedimento proporciona acesso aos aspectos ventrais e laterais do canal medular para remoção do material de disco, criam menos trauma nos tecidos moles e menos instabilidade vertebral, com uma recuperação mais rápida no pós operatório (BRISSON, 2010). Essa abordagem preserva os processos articulares e remove apenas os pedículos cranial e caudal. Juntamente com o processo acessório (CW DEWEY, RC DA COSTA, 2017).
Figura 27 – Ilustração demonstrativa do procedimento de pediculectomia (A) Realização de pediculectomia (B)
A
B
 Fonte: (A) CW Dewey, RC Da Costa (2017); (B) Arquivo pessoal (2019)
.
Foi retirada uma pequena porção de disco através da pediculectomia e realizado fenestração em disco de L1-L2 (fig 29). LAHUNTA (2009) definiu a fenestração, como a remoção cirúrgica do núcleo pulposo degenerado, mediante cuidadosa incisão do ânulo fibroso. 
Figura 28 - Realização de fenestração com utilização de broca cirúrgica
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
A fenestração do disco é feita criando um acesso no anel fibroso, com uma broca cirúrgica ou uma lâmina de bisturi, permitindo a remoção mecânica do núcleo pulposo. A eficácia da fenestração depende da quantidade de material removido (fig.30) e o acesso lateral confere melhor ângulo e profundidade para a fenestração do que os acessos dorsal e dorsolateral. A fenestração dos espaços discais adjacentes ao local de herniação pode ser feita profilaticamente na prevenção de futuras herniações, que na maioria dos casos ocorrem no espaço discal imediatamente adjacente à lesão inicial ou no espaço discal seguinte (BRISSON, 2010; DEWEY, 2013; FORTERRE et al 2008).
Figura 29 - Parte do conteúdo discal removido após fenestração
 Fonte: Matheus Sganzerla(2019).
Pela dificuldade de remoção do disco em T13-L1 foi realizado uma corpectomia parcial, de baixo para cima.
A corpectomia consiste na criação de um “slot” lateral através das apófises de dois corpos vertebraisadjacentes e do disco intervertebral (MOISSONNIER et al., 2004); A profundidade do “slot” é um fator que influencia potencialmente no grau de descompressão. (FLEGEL et al., 2011). descreve que uma profundidade igual a 55% da largura da vértebra está associada a uma menor descompressão, já uma profundidade em torno de 65,5% da largura do corpo vertebral resultou numa completa a boa descompressão medular. Recomenda-se não estender a profundidade do “slot” maior que 75% da largura do corpo vertebral para manter uma boa margem de segurança 
	
Figura 30 - Acesso ao canal vertebral através de corpectomia (A, B)
B
A
 Fonte: A) CW Dewey, RC Da Costa (2017); B) Matheus Sganzerla (2019)
A corpectomia está indicada para hérnias Toracolombares Hansen tipo II, e Hansen tipo I crónicas, nas quais é improvável a remoção completa do material extrudido. Esta técnica envolve o acesso lateral à medula espinhal para a remoção de parte dos corpos das vértebras adjacentes ao disco herniado (BRISSON, 2010; DEWEY, 2013; KERWIN, 2012).
A sutura foi realizada com pontos contínuos simples, utilizando fios nylon 3-0 em musculatura e tecido subcutâneo; para a pele utilizou-se a sutura em modo Sultan com fios nylon 3-0 (fig.32).
Figura 31 - Sutura da pele em modo sultan
 Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
No pós operatório foram administradas as seguintes medicações: Dexametasona na dose de 0,5 mg/kg, por via Intravenosa, Metadona na dose de 0,3 mg/kg por via sub cutânea, Cetamina na dose de 1 mg/kg por via intravenosa
Tramadol 2mg/kg por via sub cutânea e Dipirona 25mg/kg por via subcutânea
Durante o período em que o animal esteve internado foi medicado com: Tramadol 0,3 ml via subcutânea, B.I.D, Metadona 0,23ml via subcutânea B.I.D
Cetamina 0,07 ml, Via subcutânea B.I.D, Dipirona 0,4 ml, via intravenosa, B.I.D
Ceftriaxona 1ml via intravenosa, B.I.D, Dexametasona 0,9 ml, via intravenosa, S.I.D. 
Após 3 dias da cirurgia o paciente recebeu alta médica, e foi prescrito as seguintes medicações para serem administradas em casa: Amoxicilina tri hidratada + clavulanato de Potássio 250 mg, ½ do comprimido por via oral, B.I.D, por 14 dias, Dipirona 500 mg, ¼ do comprimido por via oral, Q.I.D, por 7 dias, Cloridrato de tramadol 40 mg, ½ comprimido B.I.D por 5 dias, Meloxicam 1mg, ½ comprimido S.I.D por 5 dias.
Foi indicado a fisioterapia duas vezes por semana para auxiliar na recuperação do animal; nas 3 primeiras sessões foi realizado laser terapia ( fig 33 A) perpendicular às vértebras e varredura no local onde foi realizada a incisão; Magneto terapia (fig B) 30 minutos, frequência 75, intensidade 7; Fototerapia( fig C) na frequência 500, intensidade 9.
Figura 32 - Realização de seções de fisioterapia, fototerapia (A) laser terapia (B) magneto terapia (C)
B
A
C
Fonte: Matheus Sganzerla (2019).
Foi instruído ao tutor realizar em casa escovação dos coxins, e beliscões interdigitais para estimular a propriocepção.
Após 20 dias da realização da cirurgia o animal começou a apoiar-se e permanecer em estação por alguns minutos, como também apresentou os primeiros passos, porem o animal não recuperou a percepção de dor profunda, o que pode classificar essa situação como o desenvolvimento de caminhar espinhal.
O caminhar espinal é um reflexo originado do mecanismo de plasticidade neuronal, da formação de circuitos de regulação central medular induzidos por movimentos repetitivos, do desenvolvimento de espasticidade muscular ou da ação de axônios sobreviventes que atravessam o sítio da lesão e permitem que o animal execute movimentos deambulatórios de forma involuntária (WITTLER, 2014; DEWEY, 2016). Este evento corresponde a sequências estereotipadas de movimentos como o caminhar, nos quais a eferência motora é estável, repetível e previsível de um ciclo de atividade para outro (HILL et all. 2012). É estimulado pelo reflexo em massa, uma resposta à estimulação medular excessiva, pela ausência de inibição dos neurônios motores superiores, resultando na ativação de grandes áreas medulares que se caracteriza por movimentação dos membros pélvicos e cauda (FITZMAURICE, 2011).
O reflexo em massa estimula os reflexos de endireitamento, extensor cruzado e de sustentação positiva, que realizados em conjunto e de forma sincronizada pelo estímulo repetitivo, permitem o caminhar espinhal (DIETZ, 2001).
Embora diversos mecanismos possam contribuir para o desenvolvimento do caminhar espinal, o de comportamento rítmico dos membros pélvicos é o que melhor explica esse fenômeno (DIETZ, 2001).
O cão do presente trabalho continua realizando as sessões de fisioterapia e tem apresentado melhoras significativas a cada sessão.
CONCLUSÃO
De acordo com o objetivo a que se propõe esse relatório: apresentar as atividades desenvolvidas no Estágio dentro da infraestrutura do Centro Veterinário São Francisco, onde o mesmo se realizou, e, apresentando mais detalhadamente dois casos específicos de atendimento, pode-se concluir que o objetivo do estágio em proporcionar um maior preparo na vivência da profissão de Médico Veterinário foi alcançado.
Com base nos resultados obtidos durante o estágio no Centro Veterinário São Francisco, observou-se que as doenças Infectocontagiosas foram as de maior ocorrência, tanto em cães, como em felinos, acometendo principalmente filhotes não vacinados, o que nos leva a afirmar a importância da vacinação para a melhor qualidade de vida dos animais.
A prática aliada à teoria nos remete à essência da profissão, cujo foco são os animais, e para os quais nos preparamos para atender da melhor forma possível.
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