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LITERATURA POPULAR

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LITERATURA POPULAR REGIONAL
DACHIENE DE CARVALHO GOMES
MATRÍCULA: 201703419821
Objetivo- Descobrir novos poetas e produções populares do cenário cultural brasileiro da atualidade. 
Competências / Habilidades - Desenvolver olhar crítico e eclético acerca da poesia popular. 
Produto / Resultado - Ampliação do repertório artístico e poético e contato com a poesia das diversas regiões brasileiras.
Literatura de Cordel
A Literatura de Cordel é uma manifestação literária tradicional da cultura popular brasileira, mais precisamente do interior nordestino.
Os locais onde ela tem grande destaque são os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte e Ceará.
No Brasil, a literatura de Cordel adquiriu força no século XIX, sobretudo, entre 1930 e 1960. Muitos escritores foram influenciados por este estilo, dos quais se destacam: João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Guimarães Rosa, dentre outros.
Origem do Cordel
O termo “Cordel” é de herança portuguesa. Essa manifestação artística foi introduzida por eles no país em fins do século XVIII.
Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros países, tais qual França, Espanha, Itália, popularizando-se com o Renascimento.
Em sua origem, muitos poetas vendiam seus trabalhos nas feiras das cidades. Todavia, com o passar do tempo e o advento do rádio e da televisão, sua popularidade foi decaindo.
Principais Características
Esse tipo de manifestação tem como principais caraterísticas a oralidade e a presença de elementos da cultura brasileira. Sua principal função social é de informar, ao mesmo tempo em que diverte os leitores.
Oposta à literatura tradicional (impressa nos livros), a literatura de cordel é uma tradição literária regional.
Cordel nordestino
O cordel nordestino é uma expressão popular que se caracteriza pela declamação de poemas. Esses textos rimados são impressos em folhetos e pendurados em cordas - os cordéis! - e vendidos em feiras livres.
Esse tipo de arte costuma trazer temas regionais, personagens locais, lendas folclóricas, além de questões sociais.
Normalmente são textos são um pouco longos, por isso selecionamos trechos e poemas de cordel pequenos. São 8 obras que representam o Brasil (principalmente o nordeste), seja por seus personagens, situações ou questionamentos.
1 BRÁULIO BESSA
O poeta cearense Bráulio Bessa, nascido em 1985, vem fazendo muito sucesso ultimamente. Usando vídeos na internet, Bráulio conseguiu chegar a milhares de pessoas e difundir a arte da literatura e declamação de cordéis.
Nesse texto, ele discorre sobre a honra de ser nordestino e também sobre as dificuldades e preconceito que esse povo sofre. O autor cita personalidades importantes nascidas nessa região do Brasil, inclusive Patativa do Assaré, que é para ele uma referência.
Ser nordestino
Sou o gibão do vaqueiro, sou cuscuz sou rapadura
Sou vida difícil e dura
Sou nordeste brasileiro
Sou cantador violeiro, sou alegria ao chover
Sou doutor sem saber ler, sou rico sem ser granfino
Quanto mais sou nordestino, mais tenho orgulho de ser
Da minha cabeça chata, do meu sotaque arrastado
Do nosso solo rachado, dessa gente maltratada
Quase sempre injustiçada, acostumada a sofrer
Mais mesmo nesse padecer eu sou feliz desde menino
Quanto mais sou nordestino, mais orgulho tenho de ser
Terra de cultura viva, Chico Anísio, Gonzagão de Renato Aragão
Ariano e Patativa. Gente boa, criativa
Isso só me dá prazer e hoje mais uma vez eu quero dizer
Muito obrigado ao destino, quanto mais sou nordestino
Mais tenho orgulho de ser.
2 RAIMUNDO SANTA HELENA
Raimundo Santa Helena pertence à chamada segunda geração de cordelistas nordestinos. O poeta veio ao mundo em 1926, no estado da Paraíba.
A produção literária de Raimundo é muito voltada para os questionamentos sociais e denúncias das mazelas do povo, sobretudo o nordestino.
Aqui, o autor questiona a democracia e defende o poder popular, citando como exemplo de rebeldia Jesus Cristo. Raimundo se coloca ainda como dono de sua arte e avesso aos desmandos de patrões. O poeta também convoca, de certa forma, outras pessoas a unirem-se a ele na luta contra as opressões.
REGIÃO NORTE
1 RAIMUNDO ROCHA
O poeta da fronteira, como também é chamado nascido no dia 1 de setembro de 1951 na cidade de Rio Branco (Acre), filho de BELCHIOR ROCHA e de DONA FRANCISCA GUEDES DA ROCHA é um dos melhores poetas populares do acre dono de obras invejáveis como a letra do hino de BRASILEIA em 1979 e EPITACIOLÂNDIA em 1992 uma de suas obras que que hoje faz parte do folclore acreano é a BALSA DA AMARGURA que em 1994 encantou o acre com destaque no estado. Com poesias bastante conhecidas por todas as camadas sociais principalmente pelos menos favorecidos para os quais sempre escreveu, no final da década de 70 produziu seus famosos cordéis revolucionários.
A GUERRILHA DO ARAGUAIA – ESPARTACUS – NÓS OS POBRES VOCÊS OS RICOS e muitas outras, publicada em vários JORNAIS do acre também na IMPRENSA NACIONAL uma de suas mais originais e populares poesia é ALVORADA TROPICAL um verdadeiro HINO AMAZONICO como a classificou um critico de RENOME NACIONAL, foi vereador de BRASILEIA no período de (1984/ 1988) chefe da CASA DA AGRICULTURA por vários anos hoje conhecido como IDAF, se destacando com uma boa administração CRIADOR DAS FEIRAS LIVRES se destacou ajudando o homem do campo a trazer sua produção para a cidade com transportes e feiras livres para os agricultores, ou seja um homem conhecido tanto no campo como na cidade.
2 ANÍBAL BEÇA
Aníbal Beça é o nome literário de Aníbal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto, nasceu em Manaus em 1946, e faleceu em agosto de 2009. Fora poeta, compositor, tradutor, teatrólogo e jornalista. 
Trabalhou como repórter, redator e editor, em todos os JORNAIS de Manaus. Foi diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, Conselheiro de Cultura, consultor da Secretaria de Cultura do Amazonas. Vice-presidente da UBE-AM União Brasileira de Escritores, presidente da ONG “Gens da Selva”, onde exercia o cargo de vice-presidente, bem como de presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas e presidente do Conselho Municipal de Cultura era membro da Academia Amazonense de Letras.
Ao lado de seus afazeres literários e musicais, destacou-se também em prol da causa da integração cultural latino-americana, seja traduzindo escritores de países vizinhos, ou participando e organizando festivais e encontros de poesia. Representou o Brasil no IX Festival Internacional de Poesia de Medellín, no III Encontro Ulrika de escritores em Bogotá e no VI Encuentro Internacional de Escritores de Monterrey. Sua produção poética tem sido contemplada em importantes revistas.
No ano de 2007 completa 41 anos de atividade literária e 45 de atuação na música popular, tendo vencido inúmeros festivais de MPB por todo o Brasil.
Em 1994 recebeu o Prêmio Nacional Nestlé, em sua sexta versão, com o livro Suíte para os Habitantes da Noite concorrendo com 7.038 livros de todo o Brasil.
REGIÃO SUL
1 MARIO QUINTANA
Um dos poetas mais populares do Brasil: Mario Quintana. O gaúcho, que nasceu na pequena Alegrete, interior do Rio Grande do Sul, em 1906, deixou seu nome marcado na história da literatura brasileira do século XX. Os poemas de Quintana são permeados por um intenso lirismo, característica que deu ao poeta a alcunha de “o poeta das coisas simples”. As coisas simples, encontradas nos versos do gaúcho, contudo, não são menos importantes, mas sim deixam revelar a grandiosidade do olhar de quem percebeu a importância das singelezas da vida.
Mario viveu uma vida simples: não casou ou teve filhos. Viveu solitário grande parte da vida na cidade que escolheu: Porto Alegre. Sequer tinha casa, o poeta viveu seus dias em quartos de hotel, e chegou a ser despejado de um deles quando se viu desempregado. Tentou por três vezes uma vaga à Academia Brasileira de Letras, mas em nenhuma das ocasiões foi eleito. Quando foi convidado a candidatar-se pela quarta vez, sob a promessa de que seu nome seria escolhido por unanimidade, o poeta recusou. Emboranão tenha se tornado um dos imortais da ABL, Quintana recebeu aquele que é considerado o maior prêmio para um escritor: o reconhecimento e o carinho do povo brasileiro, o que mantém viva sua memória.
Depois de mais de vinte anos de sua morte, o poeta figura entre os escritores mais populares entre os leitores, ao lado de nomes como Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector. Seus versos são compartilhados à exaustão nas REDES SOCIAIS, o que permite que as novas gerações tenham acesso à sua poesia profundamente lírica e sublime. 
Os Poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
2 PAULO BENZ
Paulo Benz, poeta nascido no Rio Grande do Sul, mas que se deu muito bem no Rio Grande do Norte, vivendo atualmente na cidade de Natal.
Pra quem ainda não sabe, PAULO BENZ foi um dos premiados no Concurso de Poesia Luís Carlos Guimarães, de 2004, o qual gerou o livro “Poetas do RN”, chegando em terceiro lugar na edição de 2006 do mesmo concurso.
Embora sua especialidade não seja o Cordel, é uma honra trazer hoje uma de suas poesias publicadas na obra citada acima:
NOITE DESSAS
Se ao menos causassem os olhares esse modo
Estulto que tenho de carregar as minhas frases na alma...
Mas nada, quanto menos, menos,
Se não sombreia a vontade, quem dirá a dor de mundo...
Nas mesas recurvadas de alguns desses lares noturnos
Os garçons não atendem só aos desesperados,
Quando as vagas lembranças são garrafas na vitrine
E massas de delicados lábios se encontram sem plano,
Se teu gosto... ah, esqueça,
Vinhos não são iguais, como poderíamos...
E as margens eternas do rio sem suas águas
Perenizam qualquer motivo.
Gestos, para quem deles depende,
E uma suave atenção ao suceder de esquinas
Quando o ponteiro da velocidade
Ultrapassa o razoável...
Mas amanhã estarei sentado em minha sala
Como mesmo se nada em mim houvesse
Além da fronte suada...
REGIÃO SUDESTE
O Instagram, habitat virtual de "semideuses" e "príncipes na vida", cada vez mais tem virado palco para a figura nada poética dos poetas.
 As poesias saíram das estantes empoeiradas e hoje cabem nas telas brilhantes dos celulares. Isaias Magiezi Junior, 35, não imaginava que as fotos das poesias curtas, de no máximo uma página, batidas em uma velha máquina de escrever e postadas em suas redes sociais como hobby poderiam ter o poder de parar os dedos ágeis dos usuários em seus versos, que de seus celulares rolam os feeds violentamente em busca fácil de distração e interação. Dos olhos que pararam surgiram seguidores, likes e compartilhamentos, ao ponto de fazer com que Magiezi pedisse as contas do cargo administrativo em uma escola particular em que trabalhava há 4 anos para investir por completo na carreira de escritor.
Natural de São Paulo, ele vivia em Salvador, e retornou à cidade natal cerca de 15 anos depois, quando assinou o contrato do seu primeiro livro 'Estranheirismo'. Os versos falam sobre amor, relacionamento e sentimentos indefinidos que só podem ser descritos na prosa poética. “Eu tinha cerca de 50 mil seguidores”. E foi pelas redes sociais que a editora me encontrou e fez a proposta da publicação.
Hoje, Magiezi reúne um milhão de seguidores no Instagram, mais de 600 mil no Facebook e três livros publicados. Ele posta nas redes com a mão tatuada com a frase 'carne, osso e caos', o aforismo marcado na pele também dá título a uma de suas curtas poesias. Mas o poeta sabe diferenciar quem é quem no meio da multidão da era da hiperconectividade. "Há quem me siga apenas para encontrar uma legenda para suas fotos nas redes. Talvez tenha uma diferença entre seguidor e leitor." Dos três livros que tem publicado cerca de 30 mil exemplares foram vendidos. Uma garrafa de uísque e uma velha máquina de escrever o conectam com os leitores e seguidores.
Pronto para encarar o horário do rush no metrô paulistano, Lucas Lins, 21, troca as telas em que atende dezenas de clientes diariamente em uma central de callcenter pela tela de seu celular. Ele encontrou inspiração para escrever o seu livreto de poesias "Declínio e Esplendor da Bicicleta" em um momento complexo no relacionamento de seus pais, em que chegaram a ficar separados por algum tempo em 2016. 
O livro é costurado à mão com barbante e cola, que unem as frágeis folhas de uma impressão econômica. Mas é na tela do smartphone que ele encontra o espaço para vender e divulgar o seu trabalho poético. É lá que sai da multidão de anônimos e torna-se o poeta.
"Não existiria Lucas Lins sem as redes sociais, as páginas de Lucas Lins nas redes sociais caminham em passos tímidos, são pouco mais de 800 seguidores no Instagram e menos de 300 no Facebook. Mas com a divulgação e venda de seus livretos (que custam 15 reais) feita nessas redes ele consegue até um terço dos 900 reais líquidos que recebe mensalmente trabalhando como telemarketing. Foi no letreiro "Cabaré dos radiadores", que estampa o nome de um comércio automotivo de peças usadas e na abertura de quiosque do McDonalds em Cidade Tiradentes, distrito da extrema Zona Leste em que reside, que ele se inspirou para entrar ainda mais de cabeça nas redes com seus versos e apostou em seu primeiro 'vídeo-poema’.
Cenários da periferia, a dificuldade para conseguir emprego e os sentimentos fraternos que nutre pelo pai também fazem parte da inspiração do poeta. Lins diz que irá investir cada vez mais nas redes sociais, porque sente que o futuro está nelas e comemora que seu 'vídeo-poema' tenha alcançado 20 mil visualizações em uma página do Facebook sobre o bairro Cidade Tiradentes que o compartilhou. No entanto, segue na esperança de que alguma editora o encontre pelas redes.
REGIÃO CENTRO-OESTE
1 SÔNIA FERREIRA
Poetisa, cronista, ensaísta, animadora cultural. Filha do folclorista e animador cultural Joaquim Luiz Ferreira, e da artesã Leolina Gonzaga Ferreira, nasceu na Fazenda Samambaia, Orizona/GO. Diplomada em Línguas Neolatinas e em Orientação Educacional, com Mestrado em Educação. Especialista em Dinâmica de Grupos Comunitários e em Psicometria. Professora Universitária, Jornalista, Consultora em Educação e Cultura, Pesquisadora.
Pertence á UBE/GO, ao Instituto Histórico e Geográfico/GO, á Associação Goiana de Imprensa, ás Academias de Letras, Ciências e Artes de Trindade/GO, de Caldas Novas/GO, de Orizona/GO, á Associação Nacional de Escritores/DF. Integra o Grupo de Cultura Popular João-de-barro e a Comissão Goiana do Folclore. É Presidente e fundadora do Centro de Cultura da Região Centro-Oeste / CECULCO. Atuou nos seguintes órgãos de comunicação: Jornal Atual-GO; Jornal do Consumidor-GO; TV Goiás Rural; Programa de TV “ Brasília Urgente”-DF. Dentre outras homenagens, recebeu o Prêmio Bolsa de Publicação Zequinha da Costa/GO. Como presidente do CECULCO, criou os seguintes Troféus: Índio Brasileiro, Pedra da Terra, Serenata. Dentre as dez  publicações brasileiras, verbetes e antologias de que faz parte, destaca-se Poesia no Brasil, 2005, org. por Ademir A. Bacca, RS. 
Obra poética: Janelas de Campo Formoso,1991; Bucólica, 1991; Licores de Outros Quintais, 2001; Compotas de Poesias e Caldas,2005;Chuva de   Poesias, Cores e Notas no Brasil Central, 2005/2006 (1.a e 2.a edições ); Labaredas do Fogão -  poemas e panelas (inédito); Dinâmica do Potencial Criador nas Escolas (inédito); Ação Pedagógica para Áreas Rurais (Tese de Mestrado).
2 JOSÉ GODOY GARCIA
José Godoy Garcia ( Jataí (GO), 3 de junho de 1918 - Brasília, 20 de junho de 2001), foi um advogado e escritor brasileiro.
Filho de Pedro Garcia de Freitas e Aladina Godoy Garcia. Órfão ainda na infância, foi criado, com outros cinco irmãos, pela avó Maria Rita Guimarães. Teve diversos empregos antes de se formar em Direito, tais como de garçom, lanterninha de cinema, agente de polícia e de publicidade.
Aprendeu as primeiras letras com oprofessor Nestório Ribeiro em sua cidade natal, também em Uberlândia (MG), Cidade de Goiás (GO) e Goiânia (GO), onde concluiu o clássico e o curso de Direito (1948). Nesta fase ou pouco depois, teria convivido com o "Príncipe da Poesia Goiana" e introdutor da corrente modernista na poesia de Goiás, Cyllenêo (Leo Lynce).
Transferiu-se para Brasília em 1957. Marxista convicto, militou no Partido Comunista Brasileiro de 1945 a 1957, durante 12 anos, principalmente com trabalhos advocatícios e de gestão de finanças do partido.
Detentor do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, da Prefeitura Municipal de Goiânia, pelo livro Rio do Sono.
Três anos antes de seu falecimento, auxiliado pelos amigos Herondes Cezar e Salomão Sousa, organizou e publicou livro Poesia (1999), edição da Thesaurus Editora (DF), que ele considerava o compêndio definitivo de sua produção poética.
Faleceu de infarto fulminante, em Brasília.
Sua obra sólida e esteticamente bem construída não conquistou cadeira cativa no meio intelectual brasileiro. Isso nos surpreende pelo fato de encontramos autores e críticos que, em momentos diferentes no século passado, aplaudiram a obra de Godoy. Sérgio Buarque de Holanda foi um dos entusiastas da obra Rio do sono, como nos atesta uma nota introdutória do cinquentenário da poesia de José Godoy (1999, p. 10). Em sua própria terra, Goiás, porém, viu seus poemas quase relegados ao esquecimento. O autor resolveu se afastar um pouco do meio literário goiano e de algumas polêmicas relacionadas à sua participação no Partido Comunista do Brasil. Para isso, mudou-se para Brasília onde, desde o início da construção de nossa capital federal, fixou-se como um dos promotores da vida poético-literária brasiliense, participando de saraus, produzindo crítica literária e apoiando autores mais jovens, como nos atesta o crítico Salomão de Sousa9 , uma das pessoas mais próximas ao nosso autor. Mesmo assim, a obra de Godoy Garcia tem qualidade e valor literários para ser analisada por um número maior de críticos literários. Haja vista o fato de que seus livros eram reiteradamente avaliados por grandes nomes da crítica literária goiana do século passado, como Antônio Geraldo Gomes Jubé, Darci França Denófrio e Gilberto Mendonça Telles, para citar alguns dos mais conhecidos estudiosos da produção literária de nosso Estado.
CONCLUSÃO
Dentro destas manifestações percebe-se que a literatura de cordel vinha com um destaque, pois a população do estado é formada em grande parte por pessoas do norte e nordeste onde o cordel tem sua maior força.
Se antes os autores mandavam os calhamaços de originais às editoras na esperança de serem publicados, essa lógica também parece estar mudando com a presença digital.
 A poesia e os autores que apostam nas redes sociais hoje, encararam o obstáculo de vencer o entretenimento rápido que prende a atenção dos potenciais leitores desses espaços virtuais e os algoritmos que levam os versos, ou os fazem morrer sem serem lidos, como nas páginas amarelas de um livro esquecido.

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