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Trabalho Filme ESTAMIRA e O ALIENISTA

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FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU
PSICOLOGIA
ATIVIDADE COMPLEMENTAR _ RESENHA CRÍTICA 
FILME “ ESTAMIRA”
LIVRO “O ALIENISTA”
BIANCA TATAGIBA DO CARMO
Disciplina: Psicopatologia semestre: 3º
Docente: Sandra Villa
 
.
Salvador
2020
BIANCA TATAGIBA DO CARMO
FILME: “ESTAMIRA”
ATIVIDADE COMPLEMENTAR _ RESENHA CRÍTICA
FILME “ ESTAMIRA”
LIVRO “O ALIENISTA”
Salvador
2020
SUMÁRIO
RESENHA CRÍTICA- ESTAMIRA	4
RESENHA CRÍTICA- O ALIENISTA	6
REFERÊNCIAS	8
1. RESENHA CRÍTICA – FILME: ESTAMIRA
FICHA TÉCNICA:
Categoria: Longa-metragem / Sonoro / Documentário.
Material original: 35mm, COR, 108min, 2.945m.
Ano: 2004.
País: Brasil.
Cidade: Rio de Janeiro – RJ.
Direção: Prado, Marcos.
Assistência de Direção: Lima, Alexandre.
Roteiro: Prado, Marcos.
Produção: Prado, Marcos; Padilha, José.
Assistência de Produção: Barreto, Helena; Carvalho, Gabriela; Campos, Aurora dos; Martins, Mari; Bon, Patrícia; Bentes, Mariana.
Elenco: Estamira.
Produtora: Zazen Produções Audiovisuais Ltda.
Fotografia: Prado, Marcos.
Câmera: Prado, Marcos.
Edição: Tuco.
Trilha Sonora: Rocha, Décio.
Produção Musical: Freitas, Roberto; Rocha, Décio.
(CINEMATECA BRASILEIRA, 2004).
O Documentário brasileiro “ESTAMIRA”, apresentado por Marcos Prado e José Padilha, relata a história de uma senhora de 63 anos diagnosticada com esquizofrenia, que vivia no aterro sanitário de Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias, na Baixada fluminense no Estado do Rio de Janeiro. O documentário foi gravado em 2004 e lançado oficialmente em 2006, sendo vencedor de 33 prêmios nacionais e internacionais. 
O Aterro Sanitário de jardim Gramacho, também conhecido como o Lixão de Gramacho, ganhou fama mundialmente por ser o maior Lixão da América Latina e por ser retratado em diversos documentários, filmes e novelas. Possuía vinte mil habitantes em total situação de miséria, vivendo em barracos de madeira e papelão e em palafitas. Cinquenta por cento da população vivia da reciclagem. (ALVES, 2019)
Marcos Prado, em sua primeira obra cinematográfica, “Estamira”, viaja numa exploração da vida diária da personagem titular, do seu passado e das suas filosofias. Prado acompanhou os passos da catadora de lixo por cinco anos, com mais de 120 horas de material filmado. (G1, 2006)
O documentário revela que Estamira sofrera abuso sexual pelo seu avô desde a sua infância, na sua adolescência foi forçada a se prostituir e a viver em um prostíbulo. Estamira casou-se duas vezes e se separou por não aceitar as traições dos seus esposos. Ela teve três filhos, porém, só criou dois, porque a mis nova foi dada a outra família para ser criada, por decisão do seu filho mais velho. 
Estamira começou a apresentar delírios e alucinações, e foi viver próxima ao lixão de Gramacho, sobrevivendo de alimentos que eram descartados e de material que vendia para reciclagem. Sua filha mais velha declara durante o filme, que prefere ver sua mãe vivendo no lixão e livre, do que internada no manicômio e infeliz, e que verificou que a sua mãe ficava melhor dentro do Aterro Sanitário. A filha que foi criada por outra família, diz com um ar ressentido que sente falta do convívio da sua mãe, entretanto, oscila entre a vontade de estar com a mãe e o medo que sente da mesma, quando entra em crise.
Em seus discursos, o personagem, busca explicar a desigualdade social, relacionando a religião ao conformismo, um mecanismo utilizado para controle das classes social menos favorecida. Declara ser revoltada com Deus, e descarrega todo o seu ódio através de palavrões, por acreditar que ele permitiu que ela fosse estuprada. Ocasionando um grande conflito com o seu filho mais velho, que é evangélico fanático, não acreditando que sua mãe esteja doente e sim possuída pelo demônio. 
Estamira também faz críticas quanto aos medicamentos prescritos pela médica, quando chama aos médicos de “copiadores” pelo fato de queixar-se nas consultas o mal-estar que sente pelos efeitos colaterais causados pelos psicofármacos que faz uso, e por receber sempre a mesma prescrição medicamentosa. Durante o filme, ela parece viver momentos de delírios para fugir da realidade que demonstra não suportar devido os traumas psicológicos vividos, pelos maus tratos sofridos e pelos estupros que fora vítima. Mas, principalmente pelo remorso por ter internando sua mãe, que também era doente mental e que ela permitiu a permanência dela no hospício, mesmo sabendo que era maltratada.
Sua casa é humilde, ela guarda e aproveita muitas coisas encontradas no lixão de Gramacho, até mesmo comida vencida como mostra o documentário. Apesar de sua vida ser difícil e ter que encarar essa realidade com muitos problemas, Estamira é forte e guerreira, tem seu distúrbio mental, mas, seu discurso é brilhantemente coerente e suas críticas são recheadas de total lucidez, porém, ela afirma ter como missão revelar a verdade ao mundo. 
Levando-se em conta o que foi observado, o filme traz um forte questionamento entre os que são considerados “loucos e os que são normais” e por fim, expõe magnificamente de forma nua e crua a desigualdade social e o preconceito de uma sociedade elitista e desinformada. 
 
2. RESENHA CRÍTICA, LIVRO: O ALIENISTA
Um livro escrito em forma de conto realista por Machado de Assis, a história se passa na cidade de Itaguaí, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro....
REFERÊNCIAS
ESTAMIRA. Direção de Marcos Prado. Produção de Marcos Prado e José Padilha. Intérpretes: Estamira. Roteiro: Marcos Prado. Música: Rocha, Décio... Rio de Janeiro: Zazen Produções Audiovisuais Ltda., 2004. (108 min.), 35mm, som, color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IcUKQNj3HEg>. Acesso em: 18 fev. 2020.
CINEMATECA BRASILEIRA (Brasil) (Org.). Filmografia- Estamira. 2004. Disponível em: <http://bases.cinemateca.gov.br/cgibin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=ID=029060&format=detailed.pft>. Acesso em: 18 fev. 2020.
ALVES, Marroni. Jardim Gramacho: a Bangladesh que se esconde no Rio de Janeiro. 2019. Disponível em: <https://diariodorio.com/jardim-gramacho-a-bangladesh-que-se-esconde-no-rio-de-janeiro/>. Acesso em: 18 fev. 2020.
G1 (Brasil) (Org.). A história de Estamira. 2006. Disponível em: http://g1.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL695842-15605,00-Ahitoriadeestamira.html... Acesso em: 18 fev. 2020.
ASSIS, Machado de. O Alienista. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1888. 96 p. Disponível em: <http://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/o-alienista--0/html/>. Acesso em: 18 fev. 2020.
Citação com autor incluído no texto: Assis (1888)
Citação com autor não incluído no texto: (ASSIS, 1888)

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