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Trabalho Psicopatologia Filme Estamira

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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONA – APS
Diana Lopes Ferreira 5°P
Nome do paciente: Estamira Gomes de Souza 
Sexo: Feminino Idade: 65 Estado civil: Casada filhos: 3 
Quem acompanha o paciente: Filha Carolina
 Procedência/endereço: Prado Verde / Aterro metropolitano Gramancho 
Há quantos anos mora no local atual de residência: 12anos 
Profissão: Catadora de lixo Tipo de residência: Madeira e piso de terra
Segundo Estamira sua mãe também era perturbada. E seu marido Leopoldo a obrigou internar no Engenho de Dentro. Quando foi visita-la numa quinta-feira a encontrou com os braços todo roxo, e perguntou o que aconteceu, e ela relata que eles bateram nela, e deram choque. Quando vai embora sua mãe fica gritando me tira daqui, me tira daqui. Quando separa de Leopoldo a primeira coisa que faz é buscar a mãe, e vive com ela até a morte. Estamira conta que o que mais sente falta é da mãe, que ela lembra dela de minuto a minuto. O Pai da mãe de Estamira, seu avó estuprou sua mãe e também abusou dela. Com 12 anos a levou para um bordeu, e lá se prostitui. Nesse bordeu conheceu o pai de Hernani, Miguel Antonio que a tirou de lá e colocou em uma casa. Miguel era cheio de mulher, Estamira não aguentou pegou Hernani e foi embora para Brasília. Ai apareceu o Italiano pai de Carolina e de um que nasceu invisível, que a levou para a casa dele, e foram morar juntos por 12 anos. 
Segundo Carolina filha do meio de Estamira, O pai e a mãe viviam em uma casa boa, que o pai Leopoldo era mestre de obras, ganhava bem, tinha uma combi, que ela e sua mãe andavam com o ouro que seu pai dava. Carolina conta que eles vivam bem, mas que seu pai judiou muito dela, levando mulheres para dentro de casa, dizendo que eram colegas, ai Estamira não aceitou, começou a brigar, xingar e ele puxou a faca pra ela, e ela pra ele, e ele colocou eles pra fora de casa. Ai a luta começou. Carolina conta que logo quando a mãe começou a trabalhar no Gramancho, os filhos a convenceram a sair de lá, pois achavam que lá era perigoso, que ela podia se furar com algo contaminado. Ela saiu e foi trabalhar no Mariterma. Nos finais de semana sexta ou sábado saia com os amigos da firma para tomar uma cervejinha, e quando acabava cada um ia pro seu canto, e sua mãe vinha embora sozinha. A primeira vez que ela foi estuprada foi no centro de Campo Grande, a segunda vez foi na rua da casa da sua filha Carolina. Carolina conta que nem luz tinha na rua ainda, e que sua mãe relata que o homem fez sexo anal com ela, e que ela gritava pra ele parar pelo amor de Deus, e que ele disse: Que Deus? Esquece Deus. Que fez sexo com ela de todos as formas e quando terminou mandou ela se adiantar, ir embora. Carolina diz que ela contou esse caso chorando muito e muito revoltada. Até essa época, não tinha alucinações e acreditava muito em Deus, era muito religiosa. Carolina diz que as alucinações começaram quando um dia ela chegou para sua sogra Maria, e falou “vê que quando eu cheguei lá no meu quarto hoje pra trabalhar tinham feito um trabalho de macumba pra mim, ai joguei fora, pisei e disse que não ia acreditar que Deus a protegia, Deus que me guia e me guarda”. Ai 1 mês depois começou, “eu tenho a impressão que tem gente do FBI atrás de mim, só que tem pessoas quando eu pego o ônibus tem pessoa me filmando dentro do ônibus eu não sei pra que, com a câmera escondida”. Um dia sentou no quintal da sogra de Carolina, e ficou olhando prós pés de coqueiro, olhou, olhou, olhou ai virou e falou “isso aqui é o poder, isso tudo que é real”. Carolina diz que foi naquele dia que ela desistiu mesmo de Deus “eu e eu e o poder real e acabou”.
Segundo seu filho Hernani o mais velho, relata que seu pai de criação Leopoldo não deu nenhum dinheiro para ajudar a mãe, que foi ele quem ficou a semana toda ligando para os hospitais, para saber se tinha vaga para a internar. Ele foi no Duque de Caxias, no carro de Leopoldo, e conseguiu uma ambulância e foi até o lixão buscar sua mãe. Hernani relata que até os bombeiros Bombeiros tiveram medo dela, pois ela queria morder todo mundo e gritava identidade de macumba, e que ela parecia um bicho, ai pegaram ela com uma corda a amarrarão com as mãos para trás e a levaram para o hospital de Caxias, e que quando chegou lá falaram que não dava para internar pois lá não tinha tratamento para ela, ai pegaram ela e a levaram para o Engenho de Dentro, Hernani diz que quem entra ali não sai, só com autorização do responsável, e quem era o responsável era ele. Não à aceitaram no Engenho de Dentro e voltaram com ela pra Caxias. Hernani conta que esperou ela acordar, mas que quando acordou já veio mordendo, ai deixou ela pra lá. 
Estamira teve 3 filhos, Hernani, Carolina e Maria Rita, a mais nova Maria Rita não foi criada com ela, ela foi adotada por uma mulher com quase 9 anos, essa decisão de tirar Maria Rita da mãe foi de Hernani, pois queria uma vida melhor para a irmã.
Carolina diz, que não tem coragem de internar sua mãe Estamira, pois sabe o sofrimento que ela carrega por ter feito isso com sua mãe.
Estamira relata que sente um choque na cabaça, que faz tum, tum. Quando Estamira está tendo alucinações faz um movimento repetitivo com as mãos e os pés, e tem um olhar fixo pro nada. As vezes deliria que conversa em alemão com alguém. Estamira diz que escuta os astros. Faz o uso de cigarro e bebe cerveja. Frequenta o Posto da Prefeitura de Nova Iguaçu, Centro de Assistência Psicossocial José Mille, A Dra. Aline a pergunta se ela ainda escuta as vozes, e passa um remédio, Diazepam. Estamira diz que que não gosta de beber o remédio, que ela fica mais louca, que ela não pode beber o mesmo o mesmo remédio que isso é errado, viciante, dopante (para que ela queira Deus), e quando toma o remédio sente uma dormência na língua.

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