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TORTURAS DE UM CORAÇÃO

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TORTURAS DE UM CORAÇÃO
A peça
Torturas de Um Coração é um texto de Ariano Suassuna para o teatro de bonecos. Nesta montagem, os bonecos são atores de verdade. O Grupo interpreta o universo da cultura popular, através de personagens típicos do teatro de mamulengo nordestino que, como na comedia dell'arte, são sempre recorrentes: o esperto negro Benedito, o valente Vicentão, o meganha Cabo Setenta, o bonitão Afonso Gostoso e a bela Marieta, a mulher mais cobiçada da cidade.
A estrutura de Torturas compreende, antes da peça propriamente dita, um prólogo iniciado e encerrado peloapresentador Manuel Flores, intercalado pela apresentação dos personagens e pela explicaçãoem flashback dos motivos que levam à atual supremacia de Benedito. O prólogo, assim concebido, provoca um efeito nítido de peça dentro da peça e antecipa a ação do espetáculo.
Como nos outros textos de Suassuna, a comicidade das situações, dos gestos, das frases e do linguajar expressivo dos personagens são constantes. Ele parte de sua vivência na cultura popular e elabora um texto da melhor literatura universal.
Sinopse
Na cidade de Taperoá, Marieta "Tortura" os corações dos homens, provocando uma acirrada disputa pelo seu amor. O malandro Benedito dá a Marieta, como se fossem seus, presentes enviados por Cabo 70 e Vicentão. A fim de notabilizar-se diante da amada por coragem maior que a propalada pelos rivais, amedronta-os sob o disfarce de malassombro e lhes dá uma suja de pau. Mas, na hora de fazer jus a Marieta, ela está apaixonada por "seu" Afonço Cabeleira (coração não se governa...).
O autor
Ariano Suassuna, advogado, professor , teatrólogo e romancista, nasceu em Nossa Senhora das Neves, na Paraíba, hoje João Pessoa, em 16 de junho de 1927.
A infância passada no serão familiarizou o futuro escritor com os temas e as formas de expressão artística que viram mais tarde constituir seu unive4rsoficcional, ou como ele próprio o denomina, seu "mundo mítico". Não só as estórias e casos narrados e cantados em prosa e verso foram aproveitados como suporte de suas peças e romances. Também as próprias formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram assimiladas e reelaboradas.
Criador do Movimento armorial (1970), expressa no conceito dessa empreitada intelectual, a filosofia que define sua obra: "O armorial é a criação de uma arte brasileira erudita baseada na raiz popular de nossa cultura".

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