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Resumo dos capítulos 7,8 e 9 - Livro Como Ler Artigos Cientificos

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Resumo dos capítulos 7, 8 e 9 
do livro Como ler artigos científicos
Cindy Freire Alves (Med31 A)
Em Artigos que relatam ensaios de intervenções complexas, Trisha Greenhalgh discorre que uma intervenção complexa é aquela que não está bem demarcada e que impõe desafios à implementação para os pesquisadores. Ela destaca que geralmente, as intervenções complexas envolvem múltiplos componentes que interagem e podem operar em mais de um nível (tanto individual como organizacional), incluindo: orientação ou educação para pacientes, educação ou treinamento para o pessoal de atenção à saúde, intervenções que buscam contribuições ativas e continuadas do participante (atividade física, intervenções dietéticas, grupos leigos de apoio ou terapia psicológica realizada pessoalmente ou via internet) e intervenções organizacionais com o objetivo de aumentar a utilização de prática baseada em evidências (auditoria e feedback).
A autora comenta que a professora Penny Hawe e colegas afirmaram que uma intervenção complexa pode ser pensada como um “núcleo teórico” (os componentes que fazem dela o que é e que os pesquisadores devem, portanto, implementar fielmente) e aspectos adicionais não fundamentais que podem (na verdade, devem) ser flexivelmente adaptados às necessidades ou circunstâncias locais. Greenhalgh elucida que em geral, as intervenções complexas precisam passar por uma fase de desenvolvimento para que os diferentes componentes possam ser otimizados antes de serem testados em um ECR de grande escala. Em geral, diz que existe uma fase de desenvolvimento inicial de entrevistas ou observações qualitativas e talvez um pequeno levantamento para descobrir o que as pessoas achariam aceitável, que é incluído ao delineamento da intervenção. Isso é seguido por um ensaio-piloto de pequena escala (efetivamente, um “ensaio geral” para um ensaio de grande escala, no qual um pequeno número de participantes é randomizado para saber quais aspectos práticos e operacionais aparecem) e, finalmente, pelo ensaio completo e definitivo.
Por fim, fala que a analise de um artigo que descreve uma intervenção complexa, está baseadas nestas dez questões: Qual é o problema para o qual esta intervenção complexa seria uma possível solução? O que foi feito na fase de desenvolvimento da pesquisa para informar o delineamento da intervenção complexa? Quais eram os componentes fundamentais e os não fundamentais da intervenção? Qual era o mecanismo teórico de ação da intervenção? Quais medidas de desfecho foram usadas e eram razoáveis? Quais foram os achados? Que processo de avaliação foi feito e quais foram os achados-chave disso? Se os achados foram negativos, o quanto isso pode ser explicado por falha na implementação e/ou otimização inadequada da intervenção? Se os achados variaram entre diferentes subgrupos, quanto os autores explicaram isso refinando sua teoria de mudança? Que pesquisas adicionais os autores acreditam ser necessárias e isto está justificado?
Em Artigos que relatam testes diagnósticos ou de rastreamento, evidencia-se que muitos estudantes ficam confusos com a dimensão de sensibilidade/especificidade de um teste e a dimensão do valor preditivo positivo/negativo. Como regra, a sensibilidade ou a especificidade dizem sobre o teste em geral, e o valor preditivo diz o que o resultado de um determinado teste significa para o paciente a sua frente. Assim, a sensibilidade e a especificidade geralmente são usadas mais por epidemiologistas e especialistas em saúde pública, cujo trabalho no dia a dia envolve a tomada de decisões sobre populações.
Greenhalgh esclarece que existem dez questões a serem feitas sobre um artigo que pretende validar um teste diagnóstico ou de rastreamento, sendo elas: Este teste é potencialmente relevante para minha prática? O teste foi comparado com um verdadeiro padrão-ouro? Este estudo de validação incluiu um espectro apropriado de participantes? O viés de investigação foi evitado? O viés de expectativa foi evitado? O teste mostrou ser reprodutível tanto intra quanto entre observadores? Quais são as propriedades do teste determinadas a partir deste estudo de validação? Os intervalos de confiança para sensibilidade, especificidade e outras propriedades do teste foram fornecidos? Foi obtida uma “variação normal” sensível com estes resultados? Este teste foi colocado no contexto de outros testes potenciais na sequência de investigação diagnóstica para o problema?
Em Artigos que resumem outros artigos (revisões sistemáticas e metanálises), Greenhalgh desenvolve que revisão sistemática é uma visão geral de estudos primários que: contém uma descrição de objetivos, materiais e métodos, foi realizada de acordo com uma metodologia explícita, transparente e reprodutível. As revisões sistemáticas mais duradouras e úteis, notadamente as realizadas pela Cochrane Collaboration são regularmente atualizadas para incorporar novas evidências. 
Este capítulo tratou da abordagem mais comumente usada em revisão sistemática – sintetizar ensaios clínicos sobre tratamento. Logo, autora induz o leitor a querer começar a explorar a literatura sobre formas mais desafiadoras de revisão sistemática, como estudos diagnósticos e a emergente ciência da revisão sistemática de pesquisas qualitativas (e estudos qualitativos e quantitativos mistos). Ela ainda revela que tem trabalhado com colegas para desenvolver novas abordagens às revisões sistemáticas que ressaltem e explorem (em vez de tentar “calcular a média”) as diferenças fundamentais entre estudos primários – uma abordagem que considera particularmente útil ao desenvolvimento de revisões sistemáticas na elaboração de políticas em atenção à saúde.

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