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Inquérito Policial VII
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
INQUÉRITO POLICIAL VII 
Direito de Defesa, Devolução ao Delegado, Arquivamento, Prosseguimento 
das Investigações.
Doutrina referência para a aula:
• Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
• Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
• Nestor TÁVORA e Fábio ROQUE – Código de Processo Penal para Con-
cursos.
• Renato BRASILEIRO – Manual de Processo Penal.
• Bruno CABRAL e Rafael SOUZA – Manual Prático de Polícia Judiciária.
DIREITO DE DEFESA EM SEDE DE INQUÉRITO POLICIAL
Conforme o mandamento da Súmula Vinculante 14 do STF.
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elemen-
tos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito 
de defesa.
OObs:� prova já documentada é a prova que já está nos autos principais do inqué-
rito. Ou seja, nesse cenário, a diligência policial, que é a diligência de 
busca da prova, está concluída. 
DEVOLUÇÃO DO INQUÉRITO AO DELEGADO DE POLÍCIA
Trata-se de hipótese excepcional e indibpenbável ao oferecimento da 
denúncia (formação da opinio delicti) quando as investigações forem encerra-
das pelo Delegado de Polícia, que remete os autos ao fórum acompanhado de 
seu Relatório. Vide arts 16, CPPs
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Inquérito Policial VII
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Arts 16s O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à auto-
ridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da 
denúncia. 
OObs:� se a diligência não é imprescindível, não deve haver devolução do inqué-
rito policial. 
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O MP tem a prerrogativa legal de requerer o arquivamento do IPL, dando por 
encerradas as possibilidades de investigação. 
O órgão juribdicional é quem manda arquivar os autos do IPL. Conforme o 
que se extrai do art. 28, CPP.
Arts 28s Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, re-
querer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, 
o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa 
do inquérito ou peças de informação ao Procurador Geral, e este oferecerá a de-
núncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no 
pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
De outra margem, a Autoridade Policial pode be manifebtar em bede de 
Relatório (em face do exaurimento dos esforços investigativos sem êxito quanto 
ao estabelecimento da autoria e materialidade delituais, ou pela ausência de 
justa causa para o IP, v.g., ascensão da prescrição pretensão punitiva) em prol 
do arquivamento do IPL, e o Parquet, se for o caso, poderá requerer à Autori-
dade Judicial o arquivamento do IP. Vide art. 17, CPP.
Arts 17s A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
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Inquérito Policial VII
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Atenção!
Arquivamento requerido pelo MPF sob o argumento de que a conduta 
investigada é atípica. Na hipótese de existência de pronunciamento do chefe 
do MPF pelo arquivamento do inquérito, tem-se, em princípio, um juízo negativo 
acerca da necessidade de apuração da prática delitiva exercida pelo órgão que, 
de modo legítimo e exclusivo, detém a opinio delicti a partir da qual é possível, 
ou não, instrumentalizar a persecução criminal. Precedentes do STF. Apenas 
nas hipóteses de atipicidade da conduta e extinção da punibilidade poderá 
o Tribunal analisar o mérito das alegações trazidas pelo procurador-geral da 
República. (...) Pet 3.927, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-6-2008, 
Plenário, DJ de 17-10-2008.) Vide: Pet 2.509-AgR, rel. min. Celso de Mello, 
julgamento em 18-2-2004, Plenário, DJ de 25-6-2004; Inq 1.604-QO, rel. min. 
Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-11-2002, Plenário, DJ de 13-12-2002.
Atenção!
A decisão que determina o arquivamento de inquérito policial, a pedido do 
Ministério Público e determinada por juiz competente, que reconhece que o 
fato apurado está coberto por excludente de ilicitude, não afasta a ocorrência 
de crime quando surgirem novas provas, suficientes para justificar o 
desarquivamento do inquérito, como autoriza a Súmula 524/STF. HC 95.211, 
rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 10-3-2009, Primeira Turma, DJE de 
22-8-2011.
OObs:� se existe arquivamento por causa de excludente de ilicitude, mas depois 
surgem novas provas que afastam essa excludente, pode haver desar-
quivamento, e portanto o inquérito policial pode ser reaberto. Ou seja, 
essa decisão de arquivamento não gera coisa julgada material. 
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Atenção!
Inquérito policial: arquivamento com base na atipicidade do fato: eficácia de coisa 
julgada material. A decisão que determina o arquivamento do inquérito policial, 
quando fundado o pedido do Ministério Público em que o fato nele apurado não 
constitui crime, mais que preclusão, produz coisa julgada material, que – ainda 
quando emanada a decisão de juiz absolutamente incompetente –, impede a 
instauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio. (...) HC 83.346, 
rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 17-5-2005, Primeira Turma, DJde 
19-8-2005. No mesmo sentido: Inq 2.934, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 
25-11-2011, Plenário, DJE de 22-2-2011; Inq 2.607-QO, rel. min. Cármen Lúcia, 
julgamento em 26-6-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008; Pet 4.420, rel. min. Cezar 
Peluso, julgamento em 19-12-2008, Plenário, DJE de 13-2-2009.
Atenção!
Inquérito Policial e Arquivamento Implícito. I. Alegação de ocorrência de 
arquivamento implícito do inquérito policial, pois o MP estadual, apesar de já 
possuir elementos suficientes para a acusação, deixou de incluir o paciente 
na primeira denúncia, oferecida contra outros sete policiais civis. II. (...), o 
fato é que não existe, em nosso ordenamento jurídico-processual, qualquer 
dispositivo legal que preveja a figura do arquivamento implícito, devendo ser 
o pedido formulado expressamente, a teor do disposto no art. 23 do CPP. III. 
Incidência do postulado da indisponibilidade da ação penal pública que decorre 
do elevado valor dos bens jurídicos que ela tutela. HC 104356, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, julgamento em 19/10/10, Primeira Turma.
PROSSEGUIMENTO DAS INVESTIGAÇÕES, APÓS O ENCERRAMENTO DO INQUÉ-
RITO POLICIAL
Para reavivar o IP, há de haver provas substancialmente novas, ex vi Súmula 
524 do STF:
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de 
justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
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OObs:� se não há novas provas, não há reabertura do inquérito policial. Deve 
existir o chamado fato novo que justifique a reabertura do inquérito. 
Se houver arquivamento com fundamento na atipicidade da conduta sob 
escrutínio, é possível gerar coisa julgada material da decisão que manda arqui-
var o IP. Vide art. 18, CPP:
Arts 18s Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, 
por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas 
pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
OObs:� outras provas são as chamadas provas novas ou fatos novos, que são 
fatos que surgem depois de encerrado o inquérito. Exs: supondo que foi 
instaurado inquérito policial para investigar um homicídio e as pessoas 
ficaram com medo de testemunhar. Por essa razão, o Delegadode Polícia 
acaba sugerindo o arquivamento, o Ministério Público concorda, requer e 
o juiz decide pelo arquivamento. Passados um ou dois anos, o autor do 
fato está preso, e a vítima, sabendo da prisão do criminoso, se sente 
mais segura para prestar o depoimento. A vítima então procura a polícia 
e afirma que presenciou e filmou o homicídio, e mostra a filmagem. Essa 
nova prova será hábil para que haja a reabertura do inquérito para novas 
diligências, tendo em vista que houve um evento a posteriori ao próprio 
arquivamento do inquérito, que trouxe vida a esse inquérito, que demanda 
reabertura. Assim, pode haver a reabertura das investigações criminais.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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