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TCC - LETRAS INGLES - OS DESAFIOS E SUAS POSSIVEIS SOLUÇÕES DO ENSINO DA LINGUA INGLESA NO 1º ANO DO ENSINO MEDIO - RAVENA BEZERRA

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OS DESAFIOS E SUAS POSSÍVEIS SOLUÇÕES NO ENSINO DA 
LÍNGUA INGLESA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 
Ravena de Melo Bezerra1 
Márcia Pereira da Veiga Bucheb2 
RESUMO 
O presente trabalho visa fazer uma análise dos desafios apresentados no ensino da 
Língua Inglesa durante a transição de alunos vindos do 9º ano no Ensino 
Fundamental II para a 1º série do Ensino Médio em escolas públicas, bem como as 
possíveis soluções destes obstáculos. Considerando-se que no século atual é de 
extrema importância o aprender do inglês como uma segunda língua para o 
desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos, preparando-os e dando 
oportunidades de trabalho, além de ser uma competência importante e exigida para 
a inclusão social do aluno, ante ao mundo globalizado do século XXI. O artigo 
destaca ainda soluções possíveis para a resolução de problemas apresentados 
durante o ensino de uma língua estrangeira no Ensino Médio com base em 
pesquisas recentes. Sendo assim, é importante a reflexão e a participação da 
sociedade em um todo para apresentar políticas públicas de melhorias na educação 
básica. 
Palavras-Chave: Análise. Língua Inglesa. Ensino Médio. Reflexão. Políticas 
Públicas. 
 
ABSTRACT 
This work aims to analyze the challenges presented in the teaching of the English 
language during the transition of students from the 9th grade of Elementary School II 
to the 1st grade of High School in public schools, as well as the possible solutions to 
these obstacles. Whereas in the current century, learning English as a second 
language is extremely important for the personal and professional development of 
individuals, preparing them and offering job opportunities, in addition to being an 
important and necessary competence for the students’ social inclusion, before the 
globalized world of the 21st century. The article also highlights possible solutions for 
solving problems presented during the teaching of a foreign language in high school 
based on recent research. Therefore, it is important to reflect and participate in 
society as a whole to present public policies for improvements in basic education. 
Keywords: Analysis. English language. High school. Reflection. Public policies. 
 
1
 Aluna concluinte do curso de Licenciatura em Letras – Inglês da Universidade Estácio de Sá. 
2
 Professor (a) Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O ensino do inglês nas escolas públicas vive com grandes desafios que 
parecem sem soluções ou perspectivas para professores de língua inglesa. 
Escolas sem estruturas físicas adequadas, salas superlotadas, material 
didático precário, falta de professores fluentes e/ou capacitados na língua, a pouca 
carga horária na disciplina e os problemas sociais da comunidade escolar como o 
preconceito com a língua, a desmotivação, a pobreza e a falta de perspectiva 
pessoal e profissional, são apenas alguns dos principais problemas aqui a serem 
apresentados das escolas públicas brasileiras na hora de se ensinar uma língua 
estrangeira. 
É sabido que a Língua Inglesa é um grande diferencial na vida do indivíduo, 
visto que é através de uma língua franca, globalizada, que a pessoa passa a ter 
acesso à outras culturas, conhecimento de mundo, socialização a nível global, além 
de acesso ao mercado de trabalho mais exigente, que necessita de pessoas 
capacitadas para exerceres funções em que utiliza-se da língua inglesa para 
alcançar mais pessoas. 
O domínio da língua inglesa não é só um privilégio de poucos, é uma 
necessidade básica para o indivíduo que, no mundo globalizado, está cercado de 
palavras e expressões em inglês, faladas por todas as classes da população, do 
pobre ao rico, da criança ao senhor de idade, do estudante ao trabalhador. 
A necessidade de aprender a língua inglesa tem se justificado por razoes 
que vão de status à real exigência de dialogar com um mundo sem 
fronteiras. O rápido processo de globalização tem exigido que as pessoas 
se qualifiquem e se preparem para acompanhar a evolução deste mundo, 
que vem se desenvolvendo a passos largos e que tem alcançado um 
patamar de sofisticação nunca visto na historia da humanidade. A 
aprendizagem da língua estrangeira, principalmente da língua inglesa, 
passa a ser uma exigência para que as pessoas possam lidar com essa 
rápida evolução e com esse crescente desenvolvimento. (LIMA, 2009, p. 9) 
É perceptível que alunos que ingressam do 9º ano do Fundamental para as 
classes de Ensino Médio, têm grandes dificuldades em leitura, escrita e 
interpretação de textos. Isto se agrava ainda mais na disciplina de Língua Inglesa, 
quando estes alunos apenas “aprenderam” o verbo To Be. O Ensino Médio, sendo 
uma etapa científica, acaba por exigir mais dos seus alunos e professores quanto à 
interpretação de textos e a utilização de um vocabulário mais apurado. 
De acordo com a BNCC (2018, p. 241): 
Aprender a língua inglesa propicia a criação de novas formas de 
engajamento e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais 
globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses 
pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez mais 
difusas e contraditórias. Assim, o estudo da língua inglesa pode possibilitar 
a todos o acesso aos saberes linguísticos necessários para engajamento e 
participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e 
para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de 
interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de 
conhecimentos e de continuidade nos estudos. É esse caráter formativo que 
inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de educação 
linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e 
políticas estão intrinsecamente ligadas. 
 
É nesta visão que o aluno do Curso de Letras em Inglês deve buscar a 
renovação das ideias e o conhecimento científico para um bom aproveitamento da 
experiência acadêmica, e posteriormente, utilizá-la no trabalho docente, contribuindo 
assim, para uma educação significativa na vida do indivíduo. 
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar quais os principais 
desafios apresentados pelos professores de inglês no momento de se ensinar uma 
língua estrangeira nas escolas públicas brasileira, bem como também apresentar 
possíveis soluções para a resolução dos problemas de aprendizagem dos alunos ao 
ingressarem no Ensino Médio. 
A fundamentação teórica deste artigo é baseada na BNCC (2018), PCN (1997), 
(2000), BRITISH COUNCIL (2015), (2019), LIMA (2019), PIAGET (1995), LIBÂNEO 
(2014), entre outros autores aqui abordados. 
Portanto, é através de políticas públicas e da conscientização da comunidade 
escolar que, o ensino da língua inglesa será mais acessível e valorizado, sendo que 
este é importante para a sociedade em um todo, tornando-se necessária tanto no 
mundo acadêmico como profissional do indivíduo. 
2. A TRANSIÇÃO E O ENSINO DO INGLÊS PARA ALUNOS DA 1º 
SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS PÚBLICAS 
2.1 OS DESAFIOS NA TRANSIÇÃO DE ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO 
FUNDAMENTAL II PARA A 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO 
A etapa de transição de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II para a 1º 
série do Ensino Médio é importante para a vida acadêmica do aluno. Nesta etapa 
surgem diversas dúvidas e tensões em relação às mudanças de escola, colegas, 
professores, disciplinas, modos de pesquisas e questionamentos existenciais 
durante a entrada na adolescência. 
Nas pesquisas do Censo Escolar dos últimos 10 anos foram comprovados que 
jovens da 1º série do Ensino Médio repetem ou abandonam a escola, fazendo dessa 
etapa do ensino a maior em reprovação e evasão escolar no Brasil. Isso se dá por 
inúmeros fatores, entre eles: a falta de estímulos, a necessidade de trabalhar, a 
dificuldade em aprender novas disciplinas, gravidez na adolescência,entre outros. 
No inicio do ano letivo em escolas do Ensino Médio, há o processo de 
ambientação que dura cerca de dois meses. Esse tempo é necessário para que o 
aluno passe a conhecer seus novos colegas e professores. No primeiro bimestre é 
necessário se fazer uma integração, que servirá de diagnóstico do nivelamento dos 
alunos e quais conteúdos foram aprendidos no Ensino Fundamental. Isto é 
importante porque a coordenação e professores devem revisar conteúdos já 
estudados pelos alunos para poderem introduzir um novo conteúdo. 
No ensino do inglês, esta etapa se torna desafiadora em relação aos novos 
conteúdos a serem abordados, que acabam exigindo competências e habilidades 
que deveriam ter sido adquiridas durante todo o Ensino Fundamental, exigidas pela 
nova BNCC. 
Por muitas vezes, as aulas tornam-se repetitivas, quando parte dos professores 
de inglês identificam que os alunos não sabem quase nada do idioma. Os alunos 
apenas estudaram a gramática básica, focada no verbo To Be e em vocabulários 
básicos. Quanto à interpretação de textos, speaking e o listening, a maior parte dos 
alunos tiveram poucas, ou quase nenhuma aula. 
Outro ponto a ser analisado, é a maturidade dos alunos. Estes estão em 
transição para a adolescência onde há mudanças físicas, hormonais e emocionais, 
que podem interferir no estudo e comportamento do aluno em sala de aula. Na 
adolescência o aluno tende a ficar mais preguiçoso e distraído, onde muitos têm o 
sentimento de mais liberdade, onde são menos cobrados por parte dos professores 
para o desenvolvimento do aprendizado. Já em relação à família, os adolescentes 
são cobrados a todo o momento para a procura de emprego para ajudar no sustento 
e nas despesas de toda família. 
A falta de empatia e o distanciamento dos professores do Ensino Médio 
também é outro detalhe a ser destacado. Os alunos vindos do Ensino Fundamental 
estão há 9 anos recebendo mais atenção dos seus professores, dos gestores da 
escola e da família. A partir da entrada do Ensino Médio isso muda. Os professores 
tendem a serem mais distantes, deixando os alunos por conta própria, com a 
preocupação apenas de passar os conteúdos e os trabalhos. A gestão busca 
somente o desempenho e notas altas dos alunos, não levando em conta a 
qualidade, a socialização ou autonomia de construção do próprio conhecimento por 
parte dos alunos. 
Os alunos também vêm com a cultura da antiga escola, em que não podem ser 
reprovados de ano, tendo várias oportunidades de refazer o trabalho até que se 
alcance a nota média para que se conclua o ano letivo. Eles também trazem a 
famosa “cola” como fonte de solução para conteúdos que não entenderam ou em 
que não se dedicaram a estudar. 
Todas essas dificuldades são perceptíveis quando o aluno ao se deparar com 
os novos conteúdos percebem que não estão preparados para este novo nível da 
educação básica. Os professores também acabam sofrendo durante este processo, 
pois tem que seguir o conteúdo proposto e exigido para o nível médio, além de 
tentar adaptar os livros didáticos à realidade local e a heterogeneidade entre os 
alunos de escola pública. 
2.2 O ENSINO DO INGLÊS NA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO: ESPECTATIVA X 
REALIDADE 
É na entrada do Ensino Médio que o aluno, vindo do Ensino Fundamental II, 
vai passar por sua maior dificuldade em absolver os conteúdos apresentados 
durantes as aulas. Esta situação também reflete nos professores do Ensino Médio 
na hora de ensinar. 
Como analisado no tópico anterior deste trabalho, no momento da transição 
dos alunos para a 1º série, os professores acabam por dar de frete com alunos com 
baixa compreensão em conteúdos básicos, incapaz de produzir ou interpretar textos, 
desestimulados, receosos quanto às novas disciplinas, e sem expectativas para com 
o futuro acadêmico. 
Grande parte desta culpa, infelizmente, está na cultura da educação brasileira 
que é ainda muito tradicional e atrasada. Os professores da rede pública, 
principalmente os concursados mais antigos, ainda trabalham com a “educação 
bancaria” onde o aluno é apenas um receptor da informação e o professor o que 
transmite a informação como única e verdadeira, sem que o aluno possa ter 
autonomia na construção do próprio conhecimento. Além de não buscarem por 
novas metodologias, conteúdo atualizado ou interação com o aluno. 
Logo quando estes estudantes iniciam na 1º série do Ensino Médio, eles não 
tem esclarecimentos quanto à nova fase em que estão entrando. No Ensino Médio, 
por ser científico, os alunos devem trabalhar de forma que busquem o 
conhecimento, pesquisem, sejam protagonistas, sempre procurando o conhecimento 
e a educação reflexiva como forma de libertação da educação tradicional e 
opressora. 
As escolas de nível médio, mantidas pelo governo estadual, são em sua 
maioria, abandonas pelo poder público. Estas não têm professores suficientes em 
nenhuma disciplina, fazendo com que alunos fiquem prejudicados durante o ano 
letivo por falta de aula em várias disciplinas. Também há a falta de material didático, 
merenda escolar e infraestrutura adequada. 
Todos esses problemas interferem na hora de ensinar, quanto de aprender, 
pois sem aulas, os alunos ficam atrasados ou deficientes em várias disciplinas. Sem 
material didático, não há como o professor ou o aluno trabalhar em sala de aula 
parte do conteúdo. A falta de merenda escolar também é outro ponto que afeta na 
aprendizagem e na concentração nas aulas, já que uma parte dos alunos de escola 
pública, vão com fome para a escola, e estes tendo alimentação limitada em casa, e 
acaba que é na escola que fazem uma das suas refeições principais. 
As novas tecnologias, que deveriam facilitar no ensino-aprendizagem, acabam 
se tornando ferramentas de distração e do chamado “copia e cola”, onde o aluno 
acaba utilizando da Internet apenas como reprodutor de conteúdo, sem se esforçar 
para pesquisar as fontes ou aprender o conteúdo passado em sala de aula. 
Com as tecnologias em rápido crescimento e evolução, deveriam ser mais 
aproveitadas e valorizadas dentro da sala de aula, utilizando na iniciação científica. 
Os professores de inglês podem pedir para alunos utilizarem aplicativos gratuitos de 
tradução, de videochamada, de mensagens, entre outros, para complementar as 
aulas de inglês de forma que o aluno coloque a “mão na massa” e possa construir o 
seu próprio conhecimento. É uma ótima oportunidade, pois o aluno pode utilizar a 
internet para pesquisar um tema de seu interesse, procurar textos em inglês, adquirir 
vocabulário do assunto a ser apresentado, e assim compartilhar com os colegas. 
Já se foi a era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma 
forma de ensino sistemática baseada em conceitos e ideias de séculos 
passados, não adaptadas a realidade atual nem utilizando de ferramentas 
de necessidade do cotidiano do século XXI. A má utilização das tecnologias 
com metodologias defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. 
BEZERRA; TAVARES; CARNEIRO; FARIAS (org.) (2017, p. 287). 
 
Portanto, o professor de inglês, como mestre em sala de aula, deve guiar 
seus alunos para a descoberta do conhecimento, incentivando-os a todo tempo, 
aumentando a sua fome de informação, deixar surgir no aluno o desejo de fazer 
parte do mundo, e o mundo fazer parte da sua realidade. Ter autonomia e construir 
o seu conhecimento, utilizando-se de métodos científicos, sem deixar de vivenciar a 
interação com sociedade, mas fazer parte dela por meio da educação inclusiva. 
2.3 A NOVA BNCC E O QUE MUDA NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO 
ENSINO MÉDIO 
Há anos o Brasil vem enfrentando dificuldades para elevar o baixo nível de 
qualidade na educação básica. Em todas as etapas de ensino, vemos a falta de 
investimentos mínimos necessários, a falta de capacitação dos professores, a 
estrutura escolar precária e a falta de cultura brasileira quanto à importância da 
educação parao indivíduo. 
Recentemente, um estudo do British Council (2015), (2019), nos mostra que 
grande parte da rede pública de todos os estados brasileiros, tem uma realidade 
bem longe do ideal para o ensino da língua inglesa. Neste levantamento feito entre 
2015 a 2017 com dados do censo escolar feito pelo INEP, apresenta grande 
defasagem nas escolas públicas brasileiras, onde os principais obstáculos foram: 
burocracia em excesso, os baixos salários, a falta de formação continuada, 
sobrecarga de horas de docência, salas de aulas lotadas, material didático precário, 
falta de tempo para planejamento das aulas, entre outros. 
Estes dados também corroboram com outra pesquisa que coloca o Brasil na 
59º posição do ranking de 100 países avaliados sobre proficiência, segundo uma 
pesquisa da EF Education First (2019). 
Para fazermos uma análise mais profunda sobre este quadro na educação 
brasileira, antes precisamos entender melhor o processo histórico do ensino do 
inglês no Brasil, e saber como funcionam as leis e regulamentações no país. 
O ensino do inglês no Brasil é regulamentado por diversas instancias, entre 
estas, há duas principais que articulam normas para a educação básica: a esfera 
Federal e as esferas Estaduais e Municipais. 
A esfera Federal é regida pela Constituição Federal pela Lei de Diretrizes e 
Bases, e por Parâmetros Curriculares Nacionais, as famosas PCNs. Dentro das 
atribuições, a Constituição Federal apesar de garantir o acesso à educação, 
universalizando o Ensino Básico no nosso país, ela não regula a sua oferta. Cabe 
esta função a LDB, a Lei de Diretrizes e Bases, que regula e estrutura a educação 
no Brasil, desde a sua ultima versão no ano de 1996. Com isso, a LDB define os 
papeis da União, Estados e Municípios sobre quais as suas responsabilidades na 
oferta do ensino. 
A esfera Federal também, através do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), 
regula a oferta de materiais didáticos a todas as escolas públicas do Brasil. A língua 
Inglesa está contemplada no PNLD desde o ano de 2011. Já os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes federais que orientam as secretarias 
estaduais e municipais, orientando e indicando os conteúdos a serem ofertados em 
cada disciplina e em cada ano letivo. 
Apesar disso, até o ano de 2018 não havia lei, nem diretriz em que 
determinasse a obrigatoriedade do ensino da Língua Inglesa. Entretanto, a LDB já 
determinava o ensino de, ao menos, uma língua estrangeira no Ensino Fundamental 
II ou Ensino Médio, mas isso ficava a cargo das Secretarias de Educação dos 
Estados ou dos Municípios, que definiam qual língua estrangeira seria ensinada. 
As esferas Estaduais e Municipais são pelas secretarias de Educação das 
mesmas. Estas têm autonomia para decidir o idioma ofertado, o número de aulas 
semanais, a duração, grade curricular e que habilidades devem ser trabalhadas com 
os alunos em sala de aula, desde que obedeçam aos PCNs e a LDB. 
Esse quadro mudou com a aprovação da nova BNCC em dezembro de 2018, 
em que estabeleceu o prazo de implementação de novas regras, já a partir do ano 
letivo de 2020. A BNCC teve como sua principal inspiração os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs) e Plano Nacional de Educação (PNE). Seu diferencial 
são pareceres mais claros e específicos, direcionando e regulamentando o que deve 
ser ensinado em todas as escolas do Brasil, tanto da rede pública, como também da 
rede privada. Este definiu os mesmos conteúdos mínimos em que os alunos deverão 
aprender em sala de aula, com objetivos importantes a serem alcançados em cada 
etapa do ensino básico. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter 
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens 
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e 
modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados 
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o 
que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). (BRASIL, 2018, p. 07). 
Com a reforma do Ensino Médio, o estudo da Língua Inglesa passa a ser 
obrigatório, de acordo com a LDB, Art. 35-A § 4º, além disso, “continua a ser 
compreendida como língua de caráter global – pela multiplicidade e variedade de 
usos, usuários e funções na contemporaneidade –, assumindo seu viés de língua 
franca, como definido na BNCC do Ensino Fundamental – Anos Finais.” Segundo a 
BNCC (2018, p. 484). 
Com isso, o inglês passou de língua estrangeira (nos PCNs) para ser língua 
franca (com a BNCC). A partir de agora, o inglês deve colaborar para desenvolver 
novas competências, não delimitando como era antes de apenas a ler, interpretar, 
escrever e resolver problemas. Com a nova base, os novos eixos incluíram no 
ensino-aprendizagem a oralidade, conhecimentos linguísticos e dimensão cultural. 
Dentro da sala de aula o ensino do inglês deve ser ampliado, envolvendo 
práticas da fala com a produção oral e a compreensão na escuta. Na parte da leitura 
e escrita, esta deve abordar a produção de textos que envolvam a interação do leitor 
com o texto. Nos conhecimentos linguísticos, o professor e o aluno devem analisar e 
refletir de modo contextualizado, através das praticas listening, speaking, reading e 
writing. Todos estes interligados com a dimensão cultural, que deve ser tema em 
sala de aula, visando o processo de interação e compreensão das culturas 
contemporâneas e em constante transformação. 
Na pratica, crianças e jovens terão contato com o inglês real. O ensino do 
inglês mudará, abordando novas praticas e formas de serem trabalhadas entre 
professor e aluno, na construção de novos significados, na compreensão e 
interpretação da língua inglesa em vários gêneros e esferas sociais. Com isso, o 
inglês é legitimado pela BNCC como ferramenta para o exercício da cidadania 
ampliando e possibilitando o acesso e a interação ao mundo globalizado. 
A BNCC torna-se importante, pois é esta que será um guia para a educação 
brasileira chegar ao tão desejado alto nível de qualidade da educação, sendo um 
dos grandes problemas enfrentados há décadas pelo Brasil. A partir desta nova 
normatização, será possível investigar e analisar de forma mais eficaz o problema da 
baixa qualidade da educação brasileira, bem como poder criar estratégias para 
serem executadas durante as intervenções no ensino básico. 
Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das 
políticas educacionais, enseje o fortalecimento do regime de colaboração 
entre as três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da 
educação. Assim, para além da garantia de acesso e permanência na 
escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar 
comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC 
é instrumento fundamental. (BRASIL, 2018, p. 08). 
 
Sendo assim, fica esclarecido que com a nova BNCC, a educação no Brasil 
passar a enxergar um novo patamar a ser alcançado, com objetivos concretos e 
claros a ser executado em todas as etapas do ensino, além de padronizar os 
conteúdos mínimos que devem ser aprendidos na educação básica, o que é 
importante para um país tão heterogênico como o Brasil, que desfavorecia a muitos 
e privilegiava a poucos, no tocante às oportunidades de crescimento social. 
3. OS PRINCIPAIS DESAFIOS E SUAS POSSIVEIS SOLUÇÕES 
NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA EM ESCOLAS PÚBLICAS 
 
3.1 OS PRINCIPAIS DESAFIOS 
No contexto brasileiro, o ensino da língua estrangeira, mais especificamente o 
inglês, tem sido desafiador para os profissionais de educação, se mostrando uma 
tarefa difícil. 
Ao relacionarmos alguns dos principais desafios para o ensino da língua 
inglesa na escola pública, não é surpresa nos depararmos com problemas já 
existentes desde a implementação da educação pública do Brasil imperial, quanto 
aos novos desafios do século atual. 
Usaremos como base a pesquisa realizadapela British Council (2015), (2019), 
para analisarmos as cinco principais dificuldades vivenciadas em sala de aula, e 
posteriormente, propostas para a melhoria do ensino do inglês com as possíveis 
soluções. 
Neste estudo, foram perguntados sobre as percepções dos professores, e os 
mesmos citaram ações importantes para melhoraria da qualidade do ensino da 
língua inglesa na rede pública. Alterações necessárias nas políticas públicas e no 
sistema de ensino são algumas das soluções apresentadas pelos professores que 
podem diminuir a desvalorização do ensino do inglês, além de padronizar a nível 
nacional conteúdos e avaliação. 
 
3.1.1 FALTA DE RECURSOS DIDÁTICOS 
A primeira dificuldade apresentada por alunos e professores é a falta de 
material didático. Os professores de inglês, bem como de outras disciplinas, não tem 
acesso a livros didáticos adequados e compatíveis com o público alvo, sendo que o 
conteúdo do material é considerado avançado tanto para professores, que não tem 
capacitação ou formação, quanto para os alunos que estão em níveis abaixo do 
esperado. Além disso, os livros abordam assuntos fora da realidade da escola e que 
sejam relevantes à cultura local. 
Segundo professores de inglês, os recursos didáticos com novas tecnologias 
são a principal demanda dos professores, pois a língua inglesa, por ser uma 
disciplina em que os alunos têm uma maior dificuldade, requer de mais interação 
através de atividades lúdicas e trabalho coletivo. 
De acordo com dados da British Council (2015) “81% dos professores afirmam 
que a maior dificuldade enfrentada em sala de aula é a falta ou a na adequação dos 
materiais didáticos.” Além da escassez desses materiais tecnológicos, os 
equipamentos da escola têm que ser compartilhados e disputados entre todos os 
alunos e professores da escola. Outro exemplo são aparelhos quebrados ou velhos, 
sem prazo para conserto ou perspectiva compra de novos pela escola. 
O recurso didático mais comum em sala de aula é o livro didático, mas este em 
língua estrangeira passa a ser um desafio para professores com formação em outra 
disciplina ou para alunos que estão abaixo do nível exigido para o Ensino Médio. Isto 
ocorre porque mais da metade dos alunos não sabem ler e interpretar a língua 
nativa, muito menos uma língua estrangeira, como o inglês, que é tão desvalorizado. 
O acesso à Internet também é precário. Apenas ¼ das escolas tem acesso, e a 
metade não é banda larga, fazendo com que as pesquisas se tornem lentas, 
tomando bastante tempo de professores e alunos durante as aulas de inglês. 
 
3.1.2 DESVALORIZAÇÃO E DISTANCIAMENTO DO IDIOMA 
O segundo aqui listado é a falta de interesse por parte dos alunos, pais e 
professores em aprender o inglês como uma língua estrangeira, tendo como a 
principal justificativa a não utilização da língua e o alto grau de dificuldade em 
aprendê-la. 
O idioma não é considerado importante pelos alunos, e isto vem desde o 
Ensino Fundamental, em que se acredita que não irá realmente utilizá-lo. Isto piora 
ao chegar ao Ensino Médio, visto que é o mesmo pensamento de grande parte da 
comunidade escolar pública, que considera irrelevante o ensino do idioma, buscando 
apenas a certificação de conclusão dos estudos para conseguir um emprego. 
Os professores de língua inglesa, muitas vezes, não são formados na área, e 
apenas estão completando a carga horária exigida pela escola. O que faz com que 
não se dediquem tanto ao ensino da disciplina, assim como também é um trabalho a 
mais, pois os professores teriam que fazer algum curso de inglês ou capacitação 
para poderem aprender algo e poder repassar o conteúdo para os alunos. 
É perceptível que os alunos nas escolas públicas, têm uma imagem negativa 
sobre a aprendizagem da língua inglesa em sala de aula, e isto é confirmado por 
Perin (2005, p. 150, apud Silva; Cheyerl; Lima (org.), 2009, p. 126): 
Apesar de reconhecer a importância de se saber inglês, os alunos tratam o 
ensino de língua inglesa na escola pública ora com desprezo, ora com 
indiferença, o que causa na maioria das vezes a indisciplina nas salas de 
aula [...]. o professor trabalha com a sensação de que o aluno não crê no 
que aprende, demonstrando [...] desprezo pelo que o professor se propõe a 
fazer durante a aula. 
 
O segundo maior desafio apontado pelos professores nos mostra a 
desvalorização do trabalho docente, deixando um sentimento de que as escolas, os 
alunos e o poder público tratam os professores apenas como um repassador de 
conteúdos. Segundo o British Council (2015) “59% dos professores sentem que o 
ensino do inglês é desvalorizado ou é distante da realidade dos alunos”. 
Isso também se prova pela vulnerabilidade social dos alunos de escola pública, 
que não entendem que o aprendizado do inglês é importante e necessário para a 
sua formação acadêmica e como indivíduo. Visão esta, que também é compartilhada 
pela maioria dos gestores públicos, que se omitem ou colocam dificuldade para 
oferecer um ensino de qualidade para a população. 
O português e a matemática são disciplinas priorizadas nas escolas, colocando 
o inglês com menos importância, pois para parte da comunidade escolar ela não 
contribui de forma significativa na formação dos alunos. O inglês acaba sendo uma 
disciplina com status de “luxo” e que somente é alcançada e aprendida em escolas 
de idiomas e por famílias da classe alta, porque precisam utilizá-lo em viagens 
internacionais e em negócios. Nisto, a visão do inglês como privilégio de poucos 
reforça a exclusão social dos alunos de baixa renda em escolas públicas. 
 
3.1.3 DIFICULDADES NO PLANEJAMENTO 
O planejamento é de grande importância para a preparação da aula. Sem um 
bom planejamento, o professor não terá objetivo ou roteiro na hora de ministrar uma 
aula boa e proveitosa. 
A grande dificuldade encontrada é o pouco tempo para preparar as aulas, 
principalmente quando estas são realizadas por professores que tem dupla jornada 
em sala de aula ou que lecionam mais de uma disciplina na escola. O pouco tempo 
para os afazes domésticos, vida pessoal, preparação e leitura de conteúdo didático, 
relatórios e avaliação dos alunos, dificultam ainda mais para o professor conseguir 
dar conta de preparar uma aula individual para cada série/turma, trazendo novos 
elementos e metodologias para dentro da sala de aula. 
Muitos professores afirmam que se sentem pouco amparados na hora de 
estruturar os conteúdos que serão ensinados. Menos da metade dos professores 
seguem o planejamento repassado pela Secretaria de Educação. Parte dos Estados 
não possuem diretrizes curriculares para a disciplina de Língua Inglesa. “Cerca de 
37% acabam fazendo o planejamento inteiramente sozinhos, tendo que combinar 
diversos elementos didáticos para cada aula.” Detalha a British Council (2015). 
As escolas não dão apoio para o planejamento. Os diretores e os 
coordenadores pedagógicos, em sua maioria, não falam nada em inglês e apenas 
aderem às propostas do planejamento realizado pelo professor. 
A heterogeneidade das turmas da 1º série do Ensino Médio também dificulta na 
hora do planejamento das aulas. Os alunos vêm de escolas municipais com a 
aprendizagem atrasada, além de conteúdos não padronizados, pois cada escola e 
professor seguem conteúdos e avaliação diferentes. 
A maioria dos alunos apresentam dificuldades básicas de leitura e escrita em 
português, o que dificulta na hora de passar conteúdos e instruções, resultando em 
turmas compostas por alunos de diversos níveis de aprendizado do idioma. 
Nisto, os conteúdos a serem transmitidos acabam por apresentar só os níveis 
mais básicos do inglês, como a gramática e vocabulário simples, fazendo que os 
alunos fiquem estagnados na aprendizagem, com a sensação de que nunca irão 
aprender e que o idioma é difícil. 
 
3.1.4 REMUNERAÇÃO E CONTRATO RUINS 
O desafio a tratar é a estrutura de carreira, remuneração e formaçãodos 
professores. No Nordeste, o número de professores temporários é o dobro da média 
nacional, cerca de 24% do total de professores de inglês são contratados. 
Professores da rede pública ganham, em média R$15,00 por hora-hora, já os 
da rede privada este valor é de R$26,00. Essa diferença é enorme e cruel, quando 
levamos em conta que estes valores só contam o que é trabalhado dentro da sala de 
aula, o que não conta o tempo de pesquisa, o planejamento e a correção de provas. 
De acordo com o British Council (2015) “Na região Nordeste também está a 
menor remuneração média por hora-aula, cerca de R$11,10 na rede estadual. A 
região Sudeste segue em segundo lugar, com apenas R$12,20 de remuneração 
média por hora-aula trabalhada na rede estadual.” Esse dado nos mostra a realidade 
do profissional de educação. O baixo salário acaba por desmotivar os educadores e 
terem um sentimento de desvalorização por parte do poder público. 
Outro dado importante é que “O salário dos professores da rede pública é em 
média 42% abaixo ao dos professores da rede privada.” relata a pesquisa do British 
Council (2015). Este é um obstáculo que as escolas e professores vem enfrentando 
há décadas. A desvalorização dos profissionais de educação ajuda no abandono de 
carreira de professores experientes e capacitados na língua, partindo para as 
escolas particulares ou seguindo carreira fora da educação, onde tem mais 
oportunidades de crescimento e são mais bem remunerados e valorizados. 
Quanto à formação continuada, necessária para a atualização dos professores, 
é desprezada por parte do poder público. Os professores também sofrem em busca 
de melhores qualificações e condições de trabalho nas escolas públicas. Estes 
investem com recursos próprios em sua formação e a grande maioria não tem a 
formação específica para a área de língua inglesa. 
 
3.1.5 CARGA HORÁRIA 
Referente à carga horária, temos dois contrapontos: o baixo número de hora-
aula da Língua Inglesa em comparação com outras disciplinas e a sobrecarga dos 
professores, que em grande maioria, ensinam mais de uma disciplina ou trabalham 
em outros turnos em várias escolas. 
Os alunos de escolas públicas brasileira têm menos de 2 horas de aula de 
inglês por semana, e em algumas escolas, nem aulas de inglês têm pela falta de 
professores. Enquanto outras disciplinas têm de 4 a 6 aulas de português ou 
matemática por semana, a disciplina de Língua Inglesa tem somente entre 1 e 2 
aulas semanais. 
As aulas de inglês também acabam não sendo dadas ou sendo utilizadas como 
horários em outras atividades curriculares, como em reforço de disciplinas e/ou a 
não participação dos alunos nas aulas. Em muitas escolas há regras em que os 
professores não podem reprovar os alunos com notas baixas em inglês, já que a 
mesma é considerada uma disciplina secundária. 
Não o bastante, a desvalorização e a pouca carga horária para a disciplina, as 
escolas acabam por sobrecarregar e exigir mais dos professores para o ensino de 
outras disciplinas. O ensino do inglês acaba sendo comprometido, atrapalhando na 
formação dos alunos, já que aulas de inglês caem de rendimento qualidade. 
 
3.2 AS POSSIVEIS SOLUÇÕES 
Buscando as possíveis soluções para o ensino da língua inglesa nas escolas 
públicas, especificamente no Ensino Médio, foi realizada leitura de artigos, livros e 
pesquisas recentes sobre políticas públicas e práticas de ensino relevantes que 
podem ajudar na resolução das dificuldades principais apresentadas por professores 
de inglês de escolas públicas brasileira. 
 
3.2.1 ACESSO A RECURSOS DIDÁTICOS 
Quanto à solução da primeira dificuldade, temos em vista que é um processo 
complexo e que não depende somente da comunidade escolar local. 
A falta de recursos em escolas públicas brasileiras já se arrasta há anos. Em 
pleno século XXI temos escolas que ainda não tem computadores, impressoras e 
muito menos Internet instalada. Os professores e alunos teriam nas aulas mais 
opções de conteúdo, ajudando a ambos no processo de ensino-aprendizagem, pois 
as aulas se tornariam mais lúdicas, significativas e proveitosas. 
Quando trazemos novos recursos, principalmente para os alunos da 1º série do 
Ensino Médio, quebramos com a ideia de que as aulas de inglês são chatas, 
tradicionais, sem recursos que chamem a atenção do aluno ou que sejam produtivas 
e relevantes para os mesmos. 
Cabe ao professor, bem como a gestão escolar, utilizar de todos os meios em 
favor da educação como principal objetivo de aprendizagem do indivíduo. É nessa 
ideia que PIAGET (1970, p. 28) afirma: 
[...]criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas e não 
simplesmente repetir o que outras gerações fizeram; homens que sejam 
criativos, inventores e descobridores; o segundo objetivo é formar mentes 
que possam ser críticas, que possam analisar e não aceitar tudo que lhes é 
oferecido. 
 
A utilização de livros didáticos adequados para o público alvo é extremamente 
complicado, sendo que o material segue toda uma serie de requisitos do MEC, 
sendo a cargo das editoras quais assuntos a serem abordados nos livros didáticos 
ofertados. Mais complicado ainda é a adaptação do material para o público alvo. Os 
livros devem ser utilizados como norte para que conteúdo possa subsidiar no 
programa da escola, tendo como base os objetivos da BNCC. 
Os livros didáticos, em sua maioria, editados e produzidos na região sul do 
Brasil, não levam em conta o contexto regional de alunos do Norte e Nordeste, 
trazendo muitas vezes assuntos e informações fora da cultura local da escola e até 
mesmo do país, o que dificulta na assimilação do conteúdo a ser aprendido. 
Os professores consideram os equipamentos tecnológicos como recursos 
didáticos fundamentais para desenvolver as aulas de inglês. As utilizações desses 
equipamentos complementam e diminuem as aulas tão tradicionais, além dos alunos 
do Ensino Médio se identificar e se engajar, aproveitando melhor o conteúdo das 
aulas. 
Alguns dos materiais que podem ajudar nas aulas são: computadores com 
acesso à internet para os alunos e professores; Projetor para apresentação de 
trabalhos e vídeos; Aparelho de som para ouvir e praticar a pronúncia; Livros, 
revistas e jogos compatíveis com o nível dos alunos. 
A inovação pedagógica consiste na implantação do construtivismo sócio-
interacionista, ou seja, a construção do conhecimento pelo aluno mediador 
por um educador. Porem, se o educador dispuser dos recursos da 
informática terá muito mais chance de entender os processos mentais, 
conceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno, é com essa informação, 
poderá intervir e colaborar de mo do mais efetivo nesse processo de 
construção de conhecimento. (VALENTE, 1999, p. 22) 
 
Vale atentar que não adianta em nada apenas repassar o material já pronto 
dos livros, sendo que os mesmos são fora da realidade do aluno, ou de usar 
equipamentos de última geração sem uma conscientização e reflexão que podem 
tornar a aprendizagem sem referências e significados para a promoção da 
autonomia do ser. 
[...]é necessário que o professor não seja um mero reprodutor das lições 
ditadas por materiais didáticos elaborados por editoras que ignoram o 
contexto real de ensino, nem sejam apenas um cumpridor de programas ou 
currículos, mas contribua para a transformação do mundo social dos seus 
alunos. (LIMA, 2009, p. 130) 
 
3.2.2 INTRODUZIR O INGLÊS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A primeira possível solução é de incentivar e transformar o pensamento local 
dos alunos, pais, professores e direção da importância da aprendizagem da língua 
inglesa para a vida indivíduo e sua introdução no ensino infantil. 
Há exemplos de países desenvolvidos que incluíram o inglês como segunda 
como a Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega, Dinamarca, entre outras. O Brasil 
também deveria seguir por esse caminho em incluir uma língua estrangeira desde o 
ensino infantil. Isto porque a introduçãono ensino infantil de uma língua franca, por 
exemplo, o inglês, seria um avançado na educação básica brasileira. 
Com as facilidades vindas do avanço das novas tecnologias da informação e 
comunicação, o inglês é uma nova exigência, já que com a globalização estão 
sumindo as fronteiras linguísticas. Além disso, também podemos ter acesso a outras 
culturas e conhecimentos, que antes eram acessíveis somente a poucos. 
O contato com o inglês na educação infantil trás para a criança um novo 
universo, a fim de expandir seu conhecimento de mundo, proporcionando acesso a 
um novo currículo e socialização maior com pessoas ao redor do mundo. 
Não existe ainda uma idade certa para iniciar o ensino de outro idioma. O certo 
é que quanto mais cedo, a criança tiver acesso a este novo idioma, mais rápido ela 
pode aprender, já que o cognitivo das crianças está em pleno desenvolvimento. 
Crianças que aprendem um segundo idioma desenvolvem habilidades de solucionar 
problemas lógicos, dobrar o vocabulário e lidar com múltiplas tarefas. 
Para isso, a aprendizagem do inglês precisa de uma abordagem correta, 
específicos para cada criança, levando em conta o contexto social e o 
desenvolvimento cognitivo da criança. É na infância que as crianças têm mais 
facilidade em aprender. Aproveitar este momento é crucial para introduzir o inglês 
durante as atividades lúdicas em sala de aula. 
Levamos em conta também as possibilidades de crescimento pessoal e 
profissional que podem ser alcançadas ao incentivar os alunos desde pequenos a 
aprenderem uma segunda língua. Os alunos se habituariam com mais facilidade à 
língua quando ainda na primeira infância, e iriam se desenvolvendo conforme iam 
assimilando as palavras novas com o seu dia a dia. 
Podemos destacar a necessidade de habilidades a serem adquiridas durante 
os quatro primeiros anos do Ensino Fundamental, os PCNs (BRASIL, 1997, p. 66-
67): 
Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma 
língua estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de 
ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e 
as visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um 
mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo. 
 
A aprendizagem do inglês traz inúmeros benefícios para a vida social e 
acadêmica do aluno. Alguns dos benefícios no ensino do inglês no ensino infantil 
são: 
 Aproveitamento escolar; 
 Aprendizado mais rápido; 
 Bilinguismo e Fluência na vida adulta; 
 Diminuição da timidez; 
 Torna-se um cidadão global. 
Cada criança tem o seu próprio ritmo e processo de aprendizado, por isso o 
professor deve pensar que a aprendizagem deve ser gradativa e constante, pois são 
estímulos específicos que estimulam e impulsionam as crianças. 
Com isso, devemos adotar uma abordagem no ensino do inglês de forma como 
as crianças aprendem a língua materna, a partir da sonoridade, primeiro falando e 
depois entendendo o que se ouve. O ler o escrever vem após a criança passar pelo 
processo de alfabetização. 
A utilização de atividades lúdicas promove uma aprendizagem significativa e 
eficaz, quando a relacionamos ao cotidiano da criança. A utilização de músicas em 
sala de aula, ouvindo e repetindo palavras, na contação de historias e na realização 
de jogos e brincadeiras. 
De acordo com LIMA (2019, p. 6): 
Como a Língua Inglesa está presente no cotidiano da criança, fica mais fácil 
estudá-la, pois se imagina quantas expressões a criança já conhece quando 
inicia sua vida escolar, como por exemplo, hot-dog, hello, boy, hamburger, 
dentre outras que a criança adquire com sua vivência, ouvindo outras 
pessoas falarem. É partindo desse pressuposto que se pretende 
desenvolver um trabalho pedagógico tão importante como esse, que é 
trabalhar a Língua Inglesa nas séries iniciais. 
 
O ensino da gramática inglesa não é importante nesta fase, pois somente com 
o tempo a criança entenderá, pela própria aquisição e utilização de termos em 
inglês, regras gramaticais de forma inconsciente e natural. 
Portanto, a implementação do inglês já no ensino infantil pode ajudar no 
processo de aprendizagem do idioma, quebrando barreiras que atrapalham aos 
alunos em todo o desenvolvimento na educação básica, chegando assim no Ensino 
Médio, aptos para manejar o idioma de forma consciente e fluente. 
 
3.2.3 AUMENTO DA CARGA HORÁRIA NA DISCIPLINA DE LÍNGUA INGLESA 
O aumento da carga horária da disciplina de língua inglesa é uma solução 
significativa e eficaz para o ensino do inglês. Com esse aumento, o professor de 
inglês terá mais liberdade para passar conteúdo, praticar com os alunos o listening e 
o speaking, utilizando métodos lúdicos e inovadores dentro da sala de aula. Ao invés 
de apenas duas aulas semanais, esta seja entre quatro e seis aulas semanais, 
assim como são as disciplinas de português e matemática. 
É necessário também que seja introduzido o inglês em atividades 
extracurriculares, como por exemplos cursos de inglês online, oficinas, feiras do 
conhecimento, viagens e intercâmbios de alunos com escolas de idiomas. 
Usar de forma interdisciplinar o inglês também é uma solução. O professor de 
inglês pode usar termos e vocabulário de outras disciplinas e vice e versa, fazendo 
uma troca de conhecimento entre elas, podendo dar um significado e assimilação de 
conteúdo. Como exemplos, temos a disciplina de geografia, utilizando vocabulário 
em inglês com palavras como Business e Globalization. Já no português, podemos 
utilizar de dialetos regionais ou palavras em inglês incorporadas à língua portuguesa 
como: Delivery, Internet, Facebook e etc. 
Em casos mais ousados, introduzir a língua inglesa como uma segunda língua, 
tal qual sabemos já se é fortemente adotadas em escolas particulares internacionais. 
Esta proposta parece um sonho distante, mas com o uso da interdisciplinaridade, 
todos os professores podem introduzir textos de determinados assuntos de suas 
disciplinas em inglês e permitir que os alunos os leiam, traduzam e interpretem, 
sendo eficaz na hora de se conseguir fontes internacionais de conteúdo científico. 
 
3.2.4 TURMAS MENORES E/OU DIVIDIDAS POR NÍVEL DE CONHECIMENTO DO 
IDIOMA 
O quarto desafio, o mais desafiador para os professores: o número elevado de 
alunos dentro da mesma sala de aula, impedindo tanto ao professor de ensinar, 
quanto ao aluno de aprender de maneira eficaz e com qualidade. 
Uma ação necessária para mudar este quadro seria de dividir as turmas por 
nível de aprendizado, facilitando no conteúdo repassado, que seria de igual 
dificuldade para todos os alunos em sala de aula, fazendo com que o professor 
apenas foque em um só nível e método eficaz para alcançar a todos os alunos. 
A diminuição da superlotação nas salas de aula também é necessária. Este 
problema vai depender da estrutura física da escola e da disponibilidade de 
professores para que se divida uma turma em dois. As políticas das escolas também 
têm que serem levadas em conta, pois algumas escolas só aceitam classes abertas 
com no mínimo 40 alunos por sala, o que é um problema para qualquer professor. 
Com isso, os professores conseguiriam fazer o planejamento das aulas a partir 
das necessidades e realidade dos alunos. Se preocupando menos em pedir para 
que os alunos façam silêncio na aula de aula, e dar mais atenção individual para 
cada um dos alunos em suas dificuldades e dúvidas. 
 
3.2.5 MELHOR SALÁRIO, PLANO DE CARREIRA E FORMAÇÃO CONTINUADA 
A carreira de professor é desvalorizada em todas as etapas do ensino. Um 
professor ganha até 39% menos que um profissional com escolaridade igual, numa 
jornada de trabalho de 40 horas semanais. 
Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) tem como prazo até 
2020, tornar a profissão de professor mais atrativa, com o objetivo de equiparar o 
salário dos professores com as dos demais profissionais. Esta metaé importante, 
pois traz uma luz ao fim do túnel, para quem é ser professor da educação básica. 
Outro ponto é que os novos professores demonstram interesse em atualizar 
sua formação por meio de capacitações na língua inglesa. Por muitos trabalharem 
em escolas públicas, cobram que as capacitações devem ser ofertadas pelos órgãos 
públicos. Estes profissionais destacam pontos importantes para as capacitações: 
estas devem ser presenciais, com nativos do idioma inglês, ter maior foco em 
conversação, bem como novas metodologias de ensino e intercâmbios que 
ajudariam a ter uma visão global no uso do inglês. 
 Enquanto estas ideias não são levadas em conta pelos órgãos públicos, a 
capacitação de professores se torna fraca, inutilizada e gera uma deficiência na 
formação, gerando desigualdade social. Segundo LIBÂNEO (2014, p. 227): 
O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação 
inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e 
práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. A 
formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o 
aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de 
trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além 
do exercício profissional. 
 
Em contrapartida, muitos dos fracassos em relação ao ensino da língua inglesa 
nas escolas públicas se dão no momento da preparação de professores. Muitos 
fazem a graduação buscando apenas o diploma, não tendo o real propósito de 
aprender sobre a utilização do ensino do idioma. Nas especializações, o foco maior 
dos professores mais velhos é o aumento salarial, não se levando a sério a procura 
de inovação no ensino do inglês. 
É extremamente sério que a formação, antes de tudo, não deve ser utilizada 
como sinônimo de status e progressão profissional, mas sim de transformação do 
indivíduo e preparação para o ensino do idioma como forma de libertar o aluno, 
dando-o oportunidade de socialização, tendo a reflexão do seu papel em sociedade. 
Para LIBÂNEO (2014, p. 227): 
[...] a formação continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança 
nas práticas docentes, ajudando os professores a tomarem consciência das 
suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. 
De fato, não basta saber sobre as dificuldades da profissão, é preciso refletir 
sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações coletivas. 
 
 
Para a resolução deste desafio, é necessário por parte de políticas públicas, o 
incentivo na formação e capacitação dos profissionais da educação quanto à 
formação na disciplina de língua inglesa. Além disso, vale destacar que a melhoria 
de salário e um plano de carreira incentivariam aos professores da rede pública, 
bem como atrairia profissionais de inglês evadidos para outras áreas e os novos 
formandos. É certo que os professores se sentiriam mais motivados a ensinar em 
escolas públicas. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No presente trabalho foram abordados diversos autores e estudos que 
contribuíram na analise e possíveis soluções para as problemáticas apresentadas. 
Estas, voltadas para os desafios e soluções nos primeiros anos do Ensino Médio nas 
escolas públicas brasileiras. 
É sabido que no Brasil os professores e alunos em transição para o Ensino 
Médio enfrentam inúmeros problemas durante o processo de ensino-aprendizagem, 
devido à baixa qualidade do ensino da Língua Inglesa, já vindo do Ensino 
Fundamental II. A nova BNCC e as PCNs também foram de uma grande importância 
para o auxilio na elaboração de possíveis intervenções a serem executadas nas 
escolas, que podem contribuir para a melhoria da educação e ensino da língua 
inglesa como língua franca. 
Este trabalho sugere, com base em pesquisas realizadas por outros autores, 
que o ensino e aprendizagem da língua inglesa, só alcançarão o nível de excelência 
quando o Governo Federal, junto com estados e municípios se unirem para oferecer 
uma formação e capacitação de qualidade para os professores de língua inglesa, a 
melhoria salarial e reconhecimento da profissão, também do incentivo da 
importância de se aprender uma segunda língua no século atual, bem como oferecer 
material didático adequado ao contexto escolar e regional. Esse diferencial só será 
alcançado quando a carga horária da disciplina for maior e as exigências da língua 
estrangeira estiverem inclusas de forma interdisciplinar dentro e fora da escola. 
Conclui-se que as experiências adquiridas durante todo o processo do Curso 
de Letras em Língua Inglesa foi fundamental para o crescimento pessoal e 
profissional quanto à vivência com a educação básica obrigatória. Foi de grande 
importância, e necessárias, as reflexões e intervenções junto aos professores 
orientadores, colegas e toda comunidade escolar, buscando o objetivo principal: a 
transformação social por meio da excelência na educação. 
5. REFERENCIAS 
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COUNCIL, British. Políticas Públicas para o Ensino de Inglês – Um Panorama 
das Experiências na Rede Pública Brasileira. 1. ed. São Paulo, 2019. Disponível 
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Disponível em: <https://www.ef.com.br/__/~/media/centralefcom/epi/downloads/full-
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Conversas com Especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
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VALENTE, José Armando. Informática na educação: uma questão técnica ou 
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1999.

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