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PARECER JURIDICO

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UNIP 
Universidade Paulista 
 
 
Atividade Prática Supervisionada – APS 
Curso: Direito – 4°/5º Semestre 
Título: "Parecer Jurídico” 
 
 Ana Luiza S.Rozalez RA: N991DC-2 
 Brenda Pellisson B. Martoni RA: D12EDG0 
 Giovanna Costa Alvarenga RA: C914FA-0 
 Rosa Maria Silva de Araújo RA: D014GA-0 
 Stefany Vitoria D. Augusto RA: D063GE3 
 
 
 
 
 
Limeira, 2018 
 
PARECER JURIDICO 
 
 
1-EMENTA 
 
DIREITO CÍVIL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. FATO GERADOR DO NEGOCIO 
JURIDICO. CONTRATO DE CREDITO BANCARIO. NÃO CUMPRIMENTO DA 
OBRIGAÇÃO POR PARTE DO CONTRATANTE. ARTIGO 1.647 DO CÓDIGO CÍVIL. 
NÃO PAGAMENTO DE NENHUMA DAS PRESTAÇOES. DESAPARECIMENTO DO 
CONTRATANTE. OBRIGAÇÕES E DIREITOS DO FIADOR. CASAMENTO SOB O 
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. NÃO CONSENTIMENTO DO 
CONJUGE. ARTIGO 818 CODIGO CIVIL. OUTORGA UXÓRIA. 
 
 
2-RELATÓRIO 
 
Trata-se de consulta feita pelo Sr. Nestor Augusto, ele relatou que tinha um 
amigo de longa data, Sr. José Sussico, pessoa está com quem mantinha um bom 
relacionamento, quase como irmãos, fato é que, o Sr. José Sussico pediu a Sr. Nestor 
Augusto que fosse fiador em um contrato de crédito junto ao Banco Moderno S/A e 
ele aceitou ao pedido do seu amigo e assinou o contrato em 13/02/2017. 
O problema começou quando Sr. José Sussico assumiu junto ao Banco 
Moderno S/A um empréstimo, com o pagamento em 24 parcelas, e seu amigo Sr. 
Nestor Augusto acabou por sendo o seu fiador no negócio. Houve que o Sr. José 
Sussico sumiu com o dinheiro, não pagou a ninguém e muito menos não fez o 
pagamento de nem uma das 24 parcelas do empréstimo obtido com o Banco Moderno 
S/A e além do mais, abandonou a sua esposa e filhos, seu emprego e segundo o que 
comentam é que ele viajou para o Norte do país com uma moça, com quem está tendo 
um relacionamento extraconjugal. 
Por isso, como conseqüência o Banco Moderno S/A está cobrando do Sr. 
Nestor Augusto a dívida e comunicou de que ira ajuizar uma ação judicialmente, por 
ele ser o fiador e por ter o Sr José Sussico desaparecido. Devido à conduta do seu 
amigo e preocupado com a possível ação, veio buscar uma orientação jurídica para 
solucionar a questão. O Sr. Nestor Augusto relatou que é casado há 28 anos, em 
regime parcial de bens e que assinou o contrato sem consultar a sua esposa. 
 
É O RELATÓRIO. PASSO A OPNIAR 
 
 
3-FUNDAMENTAÇÃO 
 
Primeiramente será analisada a possibilidade de anulação do contrato de fiança 
e a consequente desvinculação da relação obrigacional. Conforme o artigo 1.647, III 
do Código Civil somente diante do regime de separação absoluta se pode prestar 
fiança sem a autorização do cônjuge, se não vejamos: 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam 
integrar futura meação. 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem 
ou estabelecerem economia separada. 
A Súmula 332 do Superior Tribunal de Justiça para proteger o patrimônio 
formado pelo casal corrobora determinando a necessidade de concordância do 
cônjuge, na ausência de autorização de um dos cônjuges a garantia do fiador não 
possui eficácia. Vejamos: 
 Súmula 332 STJ, com a seguinte redação: “Fiança prestada sem autorização de 
um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.” 
A lei n° 10.406 de 10 de janeiro de 2002 determina que diante da falta de 
consentimento deverá o juiz tornar o ato anulável, sendo possível ao cônjuge pedir a 
anulação em até dois anos depois da separação conjugal. No parágrafo único do artigo 
1.649 se encontra como requisito de validade da aprovação o documento escrito, 
público ou privado, autenticado. 
 
 
4-CONCLUSÃO 
 
Ante o exposto, não há no que se falar em responsabilidade por parte do Sr. 
Nestor Augusto de cumprir como fiador a obrigação junto ao Banco. 
Conforme o artigo 1.647 Código Civil, inciso III, nem um dos cônjuges sem 
autorização ou outorga do outro pode prestar: Aval ou Fiança, no caso, a lei prevê a 
necessidade de concordância do outro cônjuge, manifestada por uma autorização para 
o ato e como consequência da falta da outorga conjugal a nulidade ou anulação do ato 
correspondente conforme art. 1.649 do CC. Há também o posicionamento do STJ na 
sumula 332 que trás o mesmo sentido do código, sem a autorização de um dos 
cônjuges a fiança se torna ineficaz totalmente, ou seja, o ato pode ser anulado. 
 O Banco cometeu um equivoco ao não verificar se o fiador era casado e em 
que regime ele se encontrava. Assim, cabe ao Banco dar continuidade na tentativa de 
localizar o Sr. José Sussico, para ajuizar uma ação judicialmente. Para que isso ocorra, 
basta que o cônjuge que não deu a sua autorização ajuíze uma ação pedindo a nulidade 
da garantia prestada pelo fiador, por não respeitar os requisitos necessários para a 
garantia. 
 
 
É O PARECER 
 
 
Limeira, 06 de Junho de 2018. 
 
 
Ana Luiza 
OAB: 428.789 
 
Brenda M. 
OAB: 429.008 
 
Giovanna Costa 
OAB: 428.674 
 
Rosa M. 
OAB: 427.777 
 
Stefanny Vitória 
OAB: 429.956
 
REFERENCIAS 
 
https://www.conjur.com.br/2014-jan-19/conheca-posicionamento-stj-questoes-envolvendo-
contrato-fianca - em 05/03/2018 as 22:30 
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça. Procedimento Comum. Defeito, nulidade ou anulação. São 
Paulo. 21 de Março de 2014. Disponível em: http://esaj.tjsp.jus.br/cjpg 
SARAIVA. Vade Mecum Saraiva 17ª Ed., 2017- Código Civil e Súmulas. 
 
 
1. 
1. 
 
 
https://www.conjur.com.br/2014-jan-19/conheca-posicionamento-stj-questoes-envolvendo-contrato-fianca%20-%20em%2005/03/2018%20as%2022:30
https://www.conjur.com.br/2014-jan-19/conheca-posicionamento-stj-questoes-envolvendo-contrato-fianca%20-%20em%2005/03/2018%20as%2022:30
http://esaj.tjsp.jus.br/cjpg

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