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AULAS 6 A 10 - PRODUCAO DO CONHECIMENTO JURIDICO

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Metodologia da pesquisa em Direito
Aula 6: A construção do projeto de pesquisa II: A construção do
embasamento teórico, levantamento preliminar e metodologia
Apresentação
Nesta aula, construiremos o embasamento teórico, levantamento preliminar para
uma pesquisa e metodologia a ser aplicada.
Objetivos
Listar as atividades que devem ser realizadas para a revisão da literatura;
Desenvolver um marco teórico que contextualize o seu objeto de pesquisa;
Elaborar o seu embasamento teórico;
Definir a metodologia adequada ao seu objeto de pesquisa.
Revisão de literatura e
Embasamento Teórico
Imaginemos um fenômeno da natureza que seja visto, simultaneamente, por
pessoas de formação cultural diversa:
“Uma maçã cai de um galho de uma árvore".
Para um físico
manifestação da lei da gravidade.
Para um religioso
a maçã representa a simbologia bíblica.
Para um advogado
a maçã caiu num terreno contíguo, deve-se argüir de quem é a propriedade
do fruto.
Para um biólogo
a queda da maçã representa o ciclo da vida no Reino vegetal.
Para uma criança
Oba! Fruta! Vou comer a maçã!

Comentário
Moral da História?
O olhar humano é mediado por experiências diversas diante dos
fenômenos. E nesse aspecto, percebemos diferentes olhares sobre um
mesmo fenômeno. A revisão da literatura relativa ao problema elaborado
nos revela isso.

O pesquisador, ao iniciar uma pesquisa, indaga a si
mesmo: quem já escreveu sobre o tema? O que disse?
Como disse? Suas indagações decorrem da necessidade
de sustentar teoricamente o seu estudo. Para tanto,
elege um marco teórico, ou seja, analisa teorias e
pesquisas anteriores para selecionar o que será útil
como ponto de partida para suas investigações. O
marco teórico fornece uma referência para o problema
científico.
SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2006.
Quais as vantagens de se buscar um marco teórico?
Podemos destacar algumas, tais como:
1
Ajuda a prevenir erros cometidos em outros estudos.
2
Serve de orientação para realização do estudo.
3
Aperfeiçoamos habilidades percebendo como os autores trabalharam seu
problema científico.
4
Expandimos nossas ideias sobre o objeto da pesquisa.
5
Inspira na construção das hipóteses.
O marco teórico é construído a partir de dois momentos importantes na
pesquisa:
1. A revisão da literatura.
2. Posterior escolha de uma perspectiva teórica como referência.
Por revisão de literatura entende-se a tarefa de
identificar, obter e consultar a bibliografia, bem como
outros materiais disponíveis e úteis ao objeto de estudo.
Um processo seletivo das referências na nossa área de
atuação.

Atenção
Deve-se selecionar as obras mais importantes e recentes, bem como
aquelas que tenham abordado o tema com enfoque similar ao que
pretendemos na pesquisa. Assim, o pesquisador deverá apresentar o
resultado desta tarefa no seu embasamento teórico ou fundamentação
teórica da pesquisa (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2006). 
 
O termo embasar significa servir de fundamento a ou ser
fundamento de; basear (-se), fundar (-se). O item embasamento
teórico é a parte do projeto de pesquisa em que o pesquisador
expressa determinado ponto de vista sobre o problema
formulado.
Revisão de literatura: o que já se
publicou sobre o tema?
Estudamos que após a escolha do tema e sua delimitação em um problema
científico, realiza-se uma pesquisa bibliográfica. Além da bibliografia geral e
específica, devem-se buscar outras visões em monografias, dissertações e
teses, porque muito se aprende com outros pesquisadores que apresentam
produção recente sobre o tema do seu interesse. A leitura inicial é seguida de
uma releitura exploratória para um maior aprofundamento nos conteúdos
pertinentes ao objeto da pesquisa.
Dessa maneira, o pesquisador poderá apurar o sentido de palavras-chave,
definições, a situação histórica do seu objeto de investigação, eventuais
classificações etc. Enfim, o conhecimento inicial é substituído por um
aprofundamento na literatura disponível que viabilizará a delimitação do
conteúdo a ser investigado. Por cautela não deve desviar o olhar do problema
proposto e seus objetivos para que a revisão de literatura seja seletiva
(SANTOS, 2007).
 A leitura inicial é seguida de uma releitura exploratória para um maior aprofundamento. Fonte:
Shutterstock.
Importa esclarecer que revisão de literatura não é um amontoado de
informações lidas, nem resumos de autores, mas uma discussão do que foi
encontrado e relacionado com o problema da pesquisa. Um processo de
análise das informações contidas em documentos que colaboram para a
eficácia da pesquisa.
Por isso, muitos autores afirmam que a revisão de literatura:

Objetiva demonstrar o que foi escrito sobre o tema.
Consiste na análise e síntese das informações, visando
definir as linhas de ação para abordar o assunto ou
problema e gerar ideias novas e úteis.
BOAVENTURA, 2009, p. 46.
Após a revisão da literatura, o que
se deve inserir no embasamento
teórico?
No embasamento teórico deve-se inserir o resultado da revisão da literatura
realizada pelo estudante e, nesse sentido, inclui a referência aos principais
autores e obras pertinentes ao objeto da pesquisa. Dentre os pontos de vista
apresentados, deve-se escolher uma linha a partir da qual responderá à sua
questão de partida.
Como assim?
O embasamento teórico é uma parte do projeto de pesquisa em que o
estudante procede à análise da bibliografia escolhida, observando como os
autores têm tratado a questão. Apresenta a que disciplina ou ramo do
conhecimento o seu problema científico está vinculado. Não é apenas uma
relação bibliográfica, mas uma revisão crítica do que se produziu no plano do
pensamento sobre aquele tema. Apresenta-se uma releitura crítica das obras
elencadas, com vistas a se posicionar, do ponto de vista teórico, sobre o
objeto de investigação.
 A revisão da literatura não é apenas uma
relação bibliográfica. Fonte: Shutterstock.
É neste ponto que se percebe a maturidade intelectual do
estudante frente ao tema selecionado e ao problema
formulado. 
 
Desta maneira, o embasamento teórico permite ao
estudante posicionar-se ante o objeto de investigação,
tomando como referência uma linha de abordagem.
E podemos afirmar que:

É fundamental que os aspectos teóricos embasadores
de sua perspectiva no tratamento do objeto sejam
apontados de forma clara e extensiva nesse ponto,
para que fique manifesto o seu marco teórico ou o
conjunto de referenciais teóricos que irão embasar seu
enfoque ou o conjunto dos critérios categoriais
fundamentais para tratar de seu tema.
MEZZAROBA; MONTEIRO, 2003, p. 207.

Dica
Nenhum assunto pode ser abordado numa visão onisciente;
O olhar da ciência é sempre direcionado: parte de um determinado
conceito e procura interpretar os fenômenos, à luz de paradigmas;
Outro pesquisador pode buscar fundamentos teóricos diferentes;
O pesquisador precisa eleger um marco teórico para abordar o seu
problema;
A literatura relacionada é a base da procura sobre o que já se publicou
sobre o tema.
Vamos conhecer um pequeno
roteiro para construção do
embasamento teórico?
1. Apresentar a bibliografia sobre o tema que você irá
pesquisar, destacando:
• A riqueza ou escassez de obras sobre o assunto escolhido; 
 
• O caráter polêmico do assunto; 
 
• As principais linhas de abordagem sobre o assunto.
2. Apresentar os autores e as obras que compõem cada uma
das linhas de abordagem:
• Apresentar o autor em um pequeno parágrafo (três linhas no máximo –
dizer qual a especialização, ramo de atividade principal) 
 
• Resumir sua ideia em dois ou três parágrafos (parafrasear) 
 
• Citar uma passagem mais significativa do texto do autor, procurando ilustrar
o que falou o autor.
3. Posicionar-se elegendo uma das linhas de abordagem
especificadas anteriormente.
Metodologia
Como o estudante desenvolverá o trabalho?
Uma vez realizada a revisão de literatura, o passo seguinte consiste em
decidir a metodologia a seradotada para a pesquisa. Nesta parte do projeto
de pesquisa devem-se apontar os procedimentos a serem adotados para a
resolução do problema proposto. 
 A metodologia de um trabalho de pesquisa
deve ser prevista e analisada no projeto. Fonte:
Shutterstock.
Em linhas gerais, representa o conjunto de meios materiais e humanos
empregados pelo investigador para concretizar a pesquisa. Este momento é
bastante importante. É por meio dele que as questões de natureza prática
relativas à execução do trabalho serão devidamente analisadas.
Metodologia vem do termo método que significa:

A ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um certo fim ou resultado
desejado.
CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 29
O método a ser adotado decorre do objeto da pesquisa que exigirá
procedimentos para que se alcance os resultados previstos. 
 
Nesse sentido, a pesquisa poderá ser exploratória , descritiva , 
explicativa , estudo de caso , pesquisa de campo , bibliográfica ,
documental, quantitativa ou qualitativa. Poderá misturar os tipos, pois nada
impede que apresente uma abordagem qualitativa e quantitativa ao mesmo
tempo.

Exemplo
Vejamos um exemplo de estudo de caso que envolve a dimensão
exploratória e descritiva: A construção de um plano estratégico de
marketing para uma empresa de pequeno porte: o caso do recanto do
sorvete - Tiago Nemuel Custódio.
Resumo: 
A pesquisa objetivou analisar a importância do planejamento estratégico
para as organizações, principalmente às empresas de pequeno porte,
caracterizando o plano de marketing como um elemento fundamental
conectado às diretrizes do plano global da empresa. A metodologia
utilizada na primeira etapa constituiu-se de caráter exploratório. 
 
O modelo desenvolvido por Westwood foi selecionado pelo autor e
adaptado como referencial para confecção do plano de marketing
sugerido ao Recanto do Sorvete. 
 
A segunda etapa da pesquisa foi de caráter descritivo, apontando a
organização como exemplo de estudo de caso. Verificou-se que o plano
de marketing é possível de ser implementado, desmistificando o
paradigma de que os planos são aplicados somente às organizações de
grande porte, pois a pequena empresa também deve crescer baseada na
cultura do planejamento. 
1 2
3 4 5 6
Dicas
Se minha pesquisa é bibliográfica, o que devo
mencionar?
O estudante deve mencionar criteriosamente os tipos de livros e
documentos que estudará, para em seguida prever em quais bibliotecas
e arquivos pesquisará. Mas só falará dos tipos de livros, não havendo
necessidade de relacioná-los um a um.
Posso inserir pesquisa de campo?
Podem ser consideradas como forma complementar ao estudo
documental e bibliográfico. A técnica da entrevista só deverá ser
realizada quando o assunto da pesquisa estiver amadurecido pelo
estudante, para que ele possa extrair do entrevistado o máximo de
informações que seu conhecimento permitir.
O que é uma pesquisa empírica? Como difere da
pesquisa teórica?
É aquela que se refere à experiência no mundo material. Já a pesquisa
teórica se situa no nível conceitual e prescinde de uma experimentação.
Como devo nomear uma pesquisa sobre as decisões nos
tribunais?
Podemos nomear de pesquisa documental, pois a análise das decisões
configura o que se entende por documentos, fontes primárias.
 Fonte: Shutterstock.
Atividade
Após a escolha do tema e definido o problema, a etapa atual envolve a
construção do seu embasamento teórico pela revisão da literatura. Realize as
leituras necessárias, com caráter exploratório e, em seguida, relacione as
principais obras que servem de suporte ao seu objeto de pesquisa. 
 
Para começar, investigue e leia a bibliografia da disciplina em que se situa o
problema da sua pesquisa. Indique as citações relevantes com as indicações
precisas das referências bibliográficas e fontes consultadas. 
 
A busca de novas fontes deve ser incessante! Deve-se ir além dos livros que
você já identificou como importantes.
Notas
Exploratória 
“O objetivo é examinar um tema ou problema de pesquisa pouco estudado, do qual
se tem muitas dúvidas ou não foi abordado antes” (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO,
2006, p. 99).
Descritiva 
“O objetivo do examinador é descrever situações, acontecimentos, e feitos, isto é,
dizer como é e como se manifesta determinado fenômeno” (SAMPIERI; COLLADO;
LUCIO, 2006, p. 100). Exemplo: o censo nacional da população é um estudo
descritivo.
1
2
Explicativa 
“Destina-se a responder as causas dos acontecimentos, fatos, fenômenos físicos ou
sociais. Seu interesse está em responder por que ocorre um fenômeno e em quais
condições ou por que duas ou mais variáveis estão relacionadas” (SAMPIERI;
COLLADO; LUCIO, 2006, p. 107).
Estudo de caso 
Inicia-se com a formulação de um problema, com a definição pormenorizada de uma
unidade-caso. Poderá integrar diferentes abordagens para coleta de dados:
bibliografia, documentos, entrevista etc. (GIL, 2010)
Pesquisa de campo 
É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno.
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações.
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em
seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os
fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados” (2007, p. 123).
Bibliográfica 
No caso de uma pesquisa bibliográfica de cunho teórico, por exemplo, a metodologia
consistirá basicamente na escolha do material bibliográfico e documental com o qual
o pesquisador trabalhará para desenvolver a investigação. Pode-se dizer que a
pesquisa bibliográfica configura o primeiro passo a ser dado em qualquer tipo de
pesquisa, porque pesquisa alguma poderá prescindir de um marco teórico.
Referências
BARRAL, Welber O. Metodologia da pesquisa jurídica. 4. ed. Belo Horizonte: Del
Rey, 2010.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
KAHLMEYER-MERTENS, R. et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem
e método. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
3
4
5
6
MAIA, Paulo Leandro. O abc da metodologia. 2. ed. São Paulo: Universitária de
Direito, 2008.
SAMPIERI, Roberto H.; COLLADO, Carlos F.; LUCIO Pilar B. Metodologia da
pesquisa. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do
conhecimento. 7. ed. Rio de Janeiro: lamparina, 2007.
SANTOS, G. do R. C. M.; MOLINA, N. L.; DIAS, V. F. Orientações e dicas práticas
para trabalhos acadêmicos. Curitiba: IBPEX, 2007.
Próximos Passos
• As regras para citação: quando e como citar referenciando a fonte da informação.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem.
Metodologia da pesquisa em Direito
Aula 7: A redação do projeto de pesquisa I: Regras para citações
Apresentação
Nesta aula, conheceremos as regras sugeridas pela ABNT para citações.
Objetivos
Aplicar as normas para uso da citação no seu trabalho de Conclusão de Curso.
Citações
É de se esperar um cuidado especial, por parte do aluno, ao elaborar o seu
texto.

O propósito de um texto científico é comunicar os
resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e
análise dos dados.
Azevedo, 1997, p. 109.
É, nesse sentido, que se afirma que a linguagem escrita deve estar baseada
em regras, que a diferencia do agir espontâneo. 
 
É muito comum recorrer aos autores quando realizamos nossas pesquisas. 
 
Mas como fazer isso de maneira adequada?
Num trabalho cuidadoso, o estudante deve ler diferentes autores sobre o
assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando
melhor as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. Deve-se citar pouco,
mas reescrever muito.
Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura, configuram fasesimprescindíveis para a elaboração de um trabalho acadêmico.
 Somente após uma leitura cuidadosa, poderemos destacar as citações-chave que iremos utilizar.
Fonte: Shutterstock.
Mas o que significa citar? 
Como devo organizar uma citação?
As citações são trechos transcritos ou informações
extraídas de publicações consultadas e devem ser
inseridas num texto com a finalidade de esclarecer ou
complementar as ideias. Em qualquer hipótese, a fonte
deve ser mencionada. Segundo ABNT, entende-se por
citação a “menção a uma informação extraída de outra
fonte” (NBR 10520:2002).
Vamos conhecer os três tipos de citação:

1
Citação direta

2
Citação indireta

3
Citação de citação
Citação direta
As citações diretas são aquelas transcritas no texto tal como se apresentam
na fonte consultada. Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a
referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou
dar como prova uma autoridade no assunto”.
É importante observar que este tipo de citação só se
justifica quando o pensamento expresso pelo autor
consultado é efetivamente significativo, claro e necessário
à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas,
gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de
comunicação, comprometendo o trabalho.
A citação direta exige alguns cuidados. Vamos conhecê-los?
As transcrições com até três (03) linhas permanecem no corpo do parágrafo.
São denominadas citações diretas curtas.
As transcrições com mais de três (03) linhas são destacadas com um recuo
em relação à margem da esquerda. São chamadas de citações diretas longas.
Vamos conferir alguns exemplos?
Com até três (03) linhas
João Medeiros (2003, p. 189) observa que “a citação direta exige alguns
cuidados elementares com o texto, salientando-se entre outros:
pontuação, maiúscula, destaques.” Assim, as citações diretas, com até
três linhas, devem ser transcritas no seu próprio parágrafo, entre aspas
duplas. 
 
Trecho para citação: 
“Quem sabe a felicidade seja uma medida que resume, em geral, o
significado pessoal da vida e o lugar que o indivíduo ocupa nela.” (GIELE,
1999, p. 235) 
 
Citação inserida em um parágrafo: 
Segundo Giele (1999, p. 235), “Quem sabe a felicidade seja uma medida
que resume, em geral, o significado pessoal da vida e o lugar que o
indivíduo ocupa nela.” Todos os seres humanos buscam a felicidade...
 
Você observou que nos dois exemplos acima o trecho citado não
ultrapassou três linhas? Então sempre que você desejar transcrever um
trecho de algum autor lido deve respeitar essa regra (até três linhas
ficará no corpo do seu parágrafo entre aspas duplas. A fonte da citação
deve ser referenciada. As aspas simples devem ser usadas para indicar
citação no interior da citação).
Citação com mais de três linhas
Os trechos transcritos acima de três linhas são apresentados em
parágrafos separados, em espaço simples, letra menor que a utilizada no
texto e sem aspas duplas. Embora não seja obrigatório o uso de tipologia
diferente, deve haver um recuo de 4 cm da margem da esquerda.
 
Trecho para citação: 
A Filosofia é uma atividade resultante da inquietação cognitiva do ser
humano. E por, esta razão, a Filosofia é inerente ao Ser Humano como
ser racional, mesmo quando o filosofar ocorre inconscientemente. Nisto
consiste a razão e não se pode ensinar a Filosofia. Só é possível se
ensinar o método filosófico de pensar, ou seja, só é possível se ensinar a
filosofar. (SANTOS, 2000, p.13).
 
Citação inserida em um texto: 
Segundo Santos (2000, p. 13),
A Filosofia é uma atividade resultante da inquietação cognitiva do ser
humano. E por, esta razão, a Filosofia é inerente ao Ser Humano como
ser racional, mesmo quando o filosofar ocorre inconscientemente. Nisto
consiste a razão e não se pode ensinar a Filosofia. Só é possível se
ensinar o método filosófico de pensar, ou seja, só é possível se ensinar a
filosofar.
Você observou que no exemplo acima o trecho citado ultrapassou três
linhas? Então, sempre que você desejar transcrever um trecho de algum
autor lido deve respeitar essa regra (Citações diretas com mais de três
linhas devem figurar em parágrafo autônomo, com recuo de 4 cm da
margem da esquerda, espaço simples e sem aspas duplas).
Atividade
Observe os trechos abaixo e organize-os segundo as regras da ABNT. 
 
“O conhecimento científico procura alcançar a verdade dos fatos
(objetos), independentemente da escala de valores e das crenças dos
cientistas” (FACHIN, 2006, p. 16).
“A literatura metodológica mostra que o conhecimento científico é
adquirido pelo método científico e, sem interrupção, Pode ser submetido
a teste e aperfeiçoar-se, reformular-se ou até mesmo avantajar-se
mediante o mesmo método. Para melhor entendimento, segue exemplo
da evolução científica na área da genética, especificamente no que se
refere à clonagem, que é o processo da cópia idêntica de outro ser vivo
produzido artificial e assexuadamente” (FACHIN, 2006, p. 17).
Citação Indireta
As citações indiretas apresentam formatação diferente, por trata-se de um texto
baseado na obra de um autor consultado. Nesta hipótese não é necessário o emprego
das aspas duplas, porque a citação indireta mantém o conteúdo original do texto lido,
mas é reescrita com outras palavras. A citação indireta é também denominada de
paráfrase. Segundo a ABNT, configuram uma transcrição livre do texto do autor (NBR
10520:2002).
João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um
resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando
outras palavras. Recomenda-nos que mo parafrasear é preferível à citação direta.1

Exemplo
Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de
acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa.
Você observou que no exemplo acima o trecho citado foi reescrito e mencionou-
se a fonte da informação?
O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usa aspas duplas. Em
qualquer caso devemos respeitar as ideias do autor.
Citação da citação
Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta
de outro autor, o qual você não tem acesso à obra. Estamos diante de uma citação da
citação que exige o uso da sigla apud que significa citado por.
Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o
autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de
outro autor. Não abuse deste recurso.

Exemplo
Segundo Warde (1990 apud ALVES-MAZZOTTI, 2003, p. 35), o conceito de
pesquisa se ampliou tanto que hoje tudo cabe: “os folclores, os sensos comuns,
os relatos de experiência, para não computar os desabafos emocionais e os
cabotinismos.”
Você observou que, no exemplo acima, o trecho citado é uma citação direta que
a autora ALVES-MAZZOTTI fez de outro autor (Warde)? Na sua lista de
referências deve-se inserir a obra da autora ALVES-MAZZOTTI. Então sempre
que você desejar transcrever um trecho de algum autor que figura em obra de
outro, deve-se respeitar essa regra (Usar a sigla apud, inserindo a referência
completa do autor que você pesquisou e não do autor citado, cuja citação
pretende mencionar. Na lista de referências deverá inserir o autor a que você
teve acesso).
Segundo a ABNT, quando os dados forem obtidos em palestras, debates, seminários
etc., deve-se indicar entre parênteses, a expressão ‘informação verbal’,
mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé (NBR 10520:2002).
Ademais, para enfatizar trechos da citação direta, deve-se destacá-los indicando esta
alteração em relação ao original com a expressão ‘grifo nosso’ entre parênteses, após
a referência da citação, ou ‘grifo do autor’ caso o destaque tenha sido feito pelo
próprio autor da obra.
Vamos ver dois exemplos?
“[...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer físicos quer morais,
misérias, verdadeiras ameaçasà sociedade” (SOUTO, 1916, p. 46, grifo nosso).
“[...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que aparecendo
o classicismo como manifestação de passado colonial” (CÂNDIDO, 1993, p. 12, grifo
do autor).
Exercícios
Observe as citações abaixo e responda: quais os tipos de citações expressam? 
1: “Francis Bacon (apud LAHR, 1958, p. 377; JOLIVET, 1957, p. 88) sugeriu
algumas regras para a experimentação:”
 a) citação de citação
 b) citação direta curta
c) citação indireta
2: “Cada ciência ou área de conhecimento em particular possui um vocabulário
técnico específico que precisa ser de domínio comum de seus praticantes”
(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 19)
 a) citação de citação
 b) citação direta curta
c) citação indireta
3: “Kant (1996) concebia a intuição como o conhecimento que se relaciona
imediatamente com os objetos, ou seja, que mostra realidades singulares e que
não depende da abstração, isto é, aquilo que se sabe, sem precisar deduzir para
concluir.”
 a) citação de citação
 b) citação direta curta
 c) citação indireta
Algumas regras para compor citações
diretas e notas
Acréscimos ou interpolações
Significa a inserção de expressões que não constam do original – entre
colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto
citado, para torná-lo mais compreensível – 
Exemplo: [Resumo] Envolve uma redação simplificada do texto pesquisado,
substituindo a linguagem do autor por expressões diretas e com sentenças
inteligíveis. A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio
estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das
informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão (FACHIN,
2006, p. 127).
Supressões
Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais, basta inserir o que
realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação
das ideias. Deve-se apresentar entre colchetes/parênteses e com uso de
reticências (...) ou [...]. 
 
Exemplo: “A física moderna (...) considera a lei da inércia sua lei mais
fundamental” (KOYRÉ, 1982, p. 182).
Incorreções
Na hipótese de o texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente
incorreta ou equívoco gramatical, entre outros, chame a atenção, pelo uso, ao
lado da palavra, da sigla sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico. 
 
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic]. Ele costumava
palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico” [sic .]
(MANNION, 2008, p. 48). A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é
pra mim [sic] fazer”!

Atenção
Suprimir parágrafos: linha pontilhada – Exemplo: 
O conhecimento, o modo de compreender a realidade, muda de acordo com a
época, à medida que coloca em dúvida o conceito de verdade estabelecido.
2
Quando conhecemos um fato, sempre nos perguntamos se ele corresponde ou
não à realidade. Assim, a verdade é uma atividade histórica, e o homem foi
dando fundamentos a essa verdade de acordo com sua vivência, conhecimento e
crenças.
Para explicar a realidade ou ainda os fenômenos da natureza, os povos
primitivos criavam histórias nas quais utilizam as figuras dos deuses na tentativa
de compreender a origem das coisas (SANTOS MOLINA; DIAS, 2007, p.21).
Quais são os erros mais comuns?
01
Excesso ou escassez de citações diretas. O melhor é reescrever o texto utilizado,
creditando a passagem ao seu autor.
02
Uso de bibliografia inadequada.
03
Presença no texto de informações que deveriam estar em notas de rodapé.
04
Citações sem discussão.
05
Não há necessidade de se citar frases ou parágrafos completos, longos demais, mas
transcreva apenas a unidade de pensamento que realmente interessa. Para tanto, use
a supressão.
06
Inserir os títulos das obras citadas no texto sem colocá-las em itálico.
Sistema de chamada
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de
chamada: numérico ou autor data. Qualquer que seja o sistema adotado deve ser
seguido ao longo de todo o trabalho.
Numérico
A fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso a
numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos. Todas
as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho.
A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas. 
Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia. – Podemos usar: (1), [1],
1
Quando escolhemos o sistema numérico não devemos usar
notas explicativas em rodapé para informações adicionais. Estas
são aquelas que aparecem ao pé das páginas em que são
mencionadas e servem para abordar pontos que não devem ser
incluídos no texto.

Exemplo
Segundo Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva, “A pesquisa é uma
atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio
do emprego de processos científicos.”1 
 
Segundo Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva, “A pesquisa é uma
atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio
do emprego de processos científicos.” (1) 
 
Segundo Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva, “A pesquisa é uma
atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio
do emprego de processos científicos.” [1]
Você observou que o número da nota de rodapé ficou após o
espaço do parágrafo? Percebeu que as notas obedecem a uma
sequência numérica e em algarismos arábicos (1, 2, 3, 4...)?
Como deve figurar na nota de rodapé?
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser inseridos na
sequência sugerida pela ABNT: SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Cidade:
editora, ano. (página na hipótese de citação direta).
1 CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007. p. 57.
As aspas devem aparecer antes ou
depois da pontuação?
Segundo a ABNT, devem-se colocar as aspas antes da pontuação, exceto nos casos
de pontos de interrogação e exclamação que façam parte do texto citado.
Expressões latinas no sistema
numérico
Há um conjunto de expressões latinas que são usadas no sistema numérico. Após
inserir as notas de rodapé no sistema numérico observe a sequência das obras e
substitua pela expressão latina correspondente.
Idem id. 
(o mesmo autor):
Ocorre quando duas obras de um mesmo autor forem sequenciais.
Exemplo:
SILVA, Tomaz Tadeu da. Que produz e o que reproduz em educação: ensaios de
sociologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. p.121.
Id. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo
Horizonte: Autêntica, 2000. p. 305.
Ibidem ou ibid. 
(na mesma obra):
Deve ser usada quando ocorre a citação da mesma obra do mesmo autor
sequencialmente no texto.
Exemplo:
SILVA, Tomaz Tadeu da. Que produz e o que reproduz em educação: ensaios de
sociologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. p.121. Ibid., p.139.
Opus citatum, opere citato ou op.cit. 
(obra citada):
Deve ser usada quando uma mesma obra aparecer mais de uma vez no texto,
independente da sequência das citações.
Exemplo:
1 SILVA, Tomaz Tadeu da. Que produz e o que reproduz em educação: ensaios de
sociologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. p.121.
2 NEY, João Luiz. Prontuário de Redação Oficial. 15. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2000. p. 24.
3 SILVA, op.cit., p. 151.
Passim 
(aqui e ali, em diversas passagens):
Usa-se essa expressão apenas quando há referências a passagens, sem identificação.
Exemplo:
1 SILVA, Tomaz Tadeu da. Que produz e o que reproduz em educação: ensaios de
sociologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992, passim.
Cf. 
(confira, conforme, confronte):
Usa-se para recomendar a consulta a notas do mesmo trabalho ou obra de outros
autores.
Exemplo:
1 Cf. SILVA,1992.
 Fonte: Shuttestock.
Sistema autor data
Consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável,seguido pelo
ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre
parênteses.
Vejamos alguns exemplos de citação direta pelo sistema autor data:
Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é
uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio
do emprego de processos científicos.”
Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma
atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do
emprego de processos científicos.”
Você observou que no sistema de chamada autor data o nome do autor pode ser
incluído na sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes
próprios ou entre parêntesis com todas as letras do último sobrenome em
maiúsculas.

Leitura
Leia Algumas observações
<galeria/aula7/docs/algumas_observacoes.pdf> .
Notas
Parafrasear 
“Parafrasear é, pois, traduzir as palavras de um texto por outras de sentido
equivalente, mantendo, porém, as ideias originais. A paráfrase inclui o
desenvolvimento de um texto, o comentário, a explicitação.” (MEDEIROS, 2003, p.
182, grifo nosso)
Sic 
Com o novo acordo ortográfico não se usa mais o acento dos ditongos
abertos éi e ói das palavras paroxítonas. Como estamos diante de uma citação direta,
devemos usar a sigla sic.).
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
_____.NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
1
2
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para
elaboração de trabalhos acadêmicos. 5. ed. Piracicaba: Unimep, 1997.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1994.
HUHNE, L. M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000.
FOLSCHEID, D. Metodologia filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1982.
LAKATOS, E. M. MARCONI, M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlas, 1992.
KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1982.
Próximos Passos
• Referências.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem.
Metodologia da pesquisa em Direito
Aula 8: A redação do projeto de pesquisa II: Regras para
referências
Apresentação
Nesta aula, conheceremos as regras sugeridas pela ABNT para citações.
Objetivos
Aplicar o modelo correto de referências na forma da ABNT.
Referências
O interesse dos estudantes diante do saber levam-no a investigar e toda
pesquisa começa com uma pesquisa bibliográfica em que são observadas
referências teóricas em documentos que podem ser livros, artigos, trabalhos
de conclusão de curso. Assim, as obras citadas e consultadas para elaboração
dos trabalhos acadêmicos devem ser organizadas na forma de lista de
Referências que deve ser apresentada no formato orientado pela ABNT, ao
final de qualquer trabalho (NBR 6023, 2002).
Entende-se pelo termo referências o conjunto padronizado
de informações que permitem a identificação de
documentos consultados para a elaboração de um
trabalho acadêmico.
Há diferença entre referência, bibliografia e referências bibliográficas?
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, indica que pelo termo referência
devemos considerar uma nota informativa de remissão em uma publicação. A
origem etimológica do termo nos remete à palavra inglesa reference que
significa ato de referir ou consultar; sinal ou indicação que remete o leitor a
outra fonte de informação. Quanto ao termo bibliografia, relação das obras
consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto, ou
seção onde se arrolam livros e outras publicações.
A ABNT observa que a referência é o conjunto padronizado de elementos
descritivos, retirados de um documento. Assim, deve ser constituída de
elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos
complementares, permanecendo silente sobre uma possível diferença entre os
termos. Importa mencionar que na ABNT, NBR 14724, encontramos a
indicação do termo Referências como elemento pós-textual, o que nos
legitima a usar o referido termo nos trabalhos acadêmicos.
Alguns autores entendem que num trabalho acadêmico devemos mencionar
apenas as obras efetivamente citadas, o que reforça o uso do termo
referências.
Não se usa mais o termo referências bibliográficas. Portanto, ao final de um
trabalho elaboramos uma lista de referências em que as obras são alinhadas
somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar
individualmente cada documento, em espaço simples, separadas entre si por
espaço duplo.
Exemplos de uma lista de referências:
01
02
1
Elementos Essenciais e Complementares
Os elementos que compõem a referenciação devem ser obtidos na ficha
catalográfica do documento, ou seja, retirados do próprio documento e
inseridos conforme a sequência sugerida pela ABNT.
2
Elementos essenciais
São aqueles indispensáveis na identificação do documento, tais como:
autor(es), título, edição, local, editora e data da publicação.
3
Elementos complementares
São opcionais e podem ser acrescentados para uma melhor identificação do
documento, tais como: coleção, série, número do ISBN, número de páginas
(43 p.), Edição exclusiva para assinantes, inclui algum brinde, etc.
Vamos aprender a Referenciar?
Vamos iniciar com o nome do(s) autor(es):
Na lista de referências, os autores são indicados pelo último SOBRENOME,
escrito em caixa alta, seguidos dos nomes, por extenso ou abreviados. O
sobrenome é separado do nome por vírgula. Veja:
GOMES, L. F.
GARCIA, Othon M.
SEVERINO, A. J.
MEDEIROS, João Bosco.
 
 
Mas são três autores. O que devo fazer?
Na hipótese de obra escrita por até três autores todos devem ser
mencionados na mesma ordem em que aparecem na publicação, veja a
ficha catalográfica, no verso da folha de rosto. Os nomes de cada autor
devem ser separados por ponto e vírgula.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. MACEDO, Luiz Roberto Dias de;
CASTANHEIRA, Nelson Pereira; ROCHA, Alex.
Não são apenas três! Como devo proceder?
Na eventual hipótese de a obra ter mais de três autores, somente o
primeiro deve ser indicado, seguido da expressão et al ( e outros). Veja:
ALVES, João et al.
Atenção!
Se for hipótese de autoria coletiva são indicados o nome dos
responsáveis, seguidos da abreviatura da palavra que caracteriza a
responsabilidade, entre parêntese como: editor (Ed.), coordenador
(Coord.), organizador (Org.), compilador (Comp.).
ALVES, João (Org.)
ALVES, João (Coord.)
ALVES, João (Ed.)
Algumas observações interessantes!
1 Sobrenomes que indicam parentesco: acompanham o último
sobrenome. GARCIA LLAMAS, J. L. Título.
2. Sobrenomes compostos, a entrada é feita por expressão composta.
CASTELLO BRANCO, H. A. Título: subtítulo.
3. Sobrenomes ligados por hífen e com prefixos: devem ser transcritos
por extenso. ALVES-MAZZOTTI, A. J. Título. LAS CASAS, A. Título.
E quando a autoria é desconhecida?
Nesta hipótese, inicia-se pela primeira palavra do título em caixa alta. Se
a palavra for precedida por um artigo este também deve ser escrito em
caixa alta.
Veja dois exemplos: A EDUCAÇÃO ambiental no séc. XX.
AUDITORIA interna de empresas.
Quando não há autor pessoa física, mas uma
instituição?
Os documentos de responsabilidade de entidades (instituições,
organizações, empresas) têm entrada pelo nome delas, escrita por
extenso e em CAIXA ALTA. Observe:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:
informação e documentação: referências e elaboração. Rio de Janeiro,
2002.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a
políticaambiental do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993. 35 p.
Como faço a referência quando se tratar de publicações
técnicas?
Quando se tratar de publicações técnicas e administrativas, indica-se o
nome da entidade. No caso de entidades governamentais, quando se
tratar de órgãos da administração direta (Ministérios, Secretarias),
indica-se o nome geográfico antes do nome da entidade.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia.
Uma regrinha importante!!!
Nos casos em que foram usadas várias fontes do mesmo autor, estes
podem ser substituídos por um traço equivalente a seis toques seguido
de um ponto (______.), nas referências subsequentes.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022:
informação e documentação: artigo em publicação periódica científica
impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p. _______. NBR 6023:
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
2002. 3p.
Como devo escrever os títulos na referência?
Os títulos devem ser escritos na forma em que se apresentam no
documento, sendo apenas a primeira palavra iniciada com letra
maiúscula. Os títulos devem ter destaque gráfico: negrito, itálico ou
sublinhado. Os subtítulos, ou seja, informações apresentadas em seguida
ao título visando complementá-lo devem ser precedido por dois pontos e
não recebem qualquer destaque gráfico.
RUCH, Gastão. História geral da civilização: da antiguidade ao século
XX.
E quando há tradutor? Deve ser mencionado?
Quando há tradutor, atualizador, revisor, ilustrador entre outros deve ser
mencionado logo após o título.
Veja o modelo:
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Tradução. Edição. Local:
Editora, data.
Atividade
1 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
Tradução, prefácio e notas de Hernâni Donato.
São Paulo:
A divina comédia.
Círculo do Livro, [1983].
ALIGHIERI, D.
Preciso mencionar a edição?
Quando houver a indicação da edição, esta deve ser inserida na sua
referência, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra
edição.
4ª edição = 4. ed.
5ª edição = 5. ed.
PATACO, Vera Lúcia P.; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, Érica dos
Santos. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de
apresentação gráfica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Como devo mencionar o nome da editora?
O nome da editora é indicado conforme aparece na publicação, seguido
de vírgula, eliminando-se as palavras que identificam sua natureza
comercial ou jurídica como: S/A, Ltda, Editora, Livraria etc.
: Atlas,
: Ibpex,
: Campus,
Quando houver duas editoras ambas devem ser indicadas com seus
respectivos locais, seguidas de dois pontos e separadas por ponto e
vírgula. Se tiver mais que duas editoras, indica-se somente a primeira ou
a que estiver em destaque na publicação.
Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP,
E se não há identificação da editora?
Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão latina
sine nonime, que significa sem nome, de forma abreviada entre colchetes
[s.n.].
FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de1993. Brasília,
DF: [s.n.], 1993. 107 p.
E se a editora for a própria instituição?
Quando a editora for a própria instituição ou pessoa responsável pela
autoria da obra e já tiver sido mencionada, não é necessário ser
indicada.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação, 1994-
1995. Viçosa, MG, 1994. 385 p.
Preciso mencionar o ano da publicação?
O ano de publicação do documento deve ser indicado em algarismos
arábicos (1,2,3..), mesmo que nele apareça em algarismos romanos.
LEITE, C. B. O século do desempenho. São Paulo: LTr, 1994.
Se não constar data de publicação, o que faço?
Você poderá inserir uma data provável entre colchetes. Veja as regras
para cada caso:
[2003 ou 2004] – ou um ou outro.
[2004?] – data provável
[2003] – data certa, porém não indicada na obra.
[entre 1998 e 2000] – o intervalo deve ser inferior a 20 anos.
[ca. 1997] – data aproximada.
[199..] – década certa.
[199-?] – década provável.
[19--] século certo
[19--?] – século provável.
FLORENZANO, Everton. Dicionário de ideias semelhantes. Rio de
Janeiro: Ediouro, [1993?]. 383 p.
A obra não menciona local e editora! Como devo
referenciar?
Na impossibilidade de local e editor da publicação, emprega-se a notação
S.l. (ausência de local – letra “S” em maiúscula seguida de ponto e letra
“l” em minúscula).
GONÇALVES, F. B. A história de Mirabor. [S.l.: s.n.], 1993.
Preciso mencionar o volume?
Nas referências com vários volumes, o número de volumes da obra deve
ser indicado após a data e o ponto final, com a palavra volume
abreviada. Não confundir:
2 v. (dois volumes)
v. 2 (volume 2)
Exemplo: RUCH, Gastão. História geral da civilização: da Antiguidade
ao século XX. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1940. 4 v.
Como referenciar livros?
Modelo:
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, ano de
publicação.
Atividade
2 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
GARCIA, Othon M.
Fundação Getúlio Vargas,
Rio de Janeiro:
Comunicação em prosa moderna.
13. ed.
1986.
Atividade
3 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
Autores: Vera Lúcia P. Pataco/, Magda Maria Ventura/ Érica dos
Santos Resende.
Título: Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de
apresentação gráfica.
Edição: 4ª Cidade: Rio de Janeiro Editora: LTC
Comunicação em prosa moderna.
Ano da publicação: 2008.
Como referenciar capítulos de
livros? Temos duas regras!
Quando a autoria do capítulo diferente da autoria do livro:
SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título. In: SOBRENOME, Prenome
(autor da obra). Título: subtítulo. Local: Editora, ano. Página inicial e final.
Exemplo:
ROMANO, Giovani. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.;
SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. São
Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
Quando a autoria do capítulo igual à autoria da obra:
SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título (do capítulo). In: ______.
Título: subtítulo. Local: Editora, ano. Número do capítulo (se houver), página
inicial e final.
Exemplo:
SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: ______. História do
Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. Cap. 3. P. 15-24.
Atividade
4 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
Instrucionismo e nova mídia.
Edições Loyola, 2003. p. 73-88.
In: SILVA, M. (Org.).
DEMO, P.
Educação online: teorias, práticas, legislação, formação
corporativa.
São Paulo:
Atividade
5 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
A nova cultura docente e discente em EaD.
In: ______.
MARTINS, O.B.
Curitiba: Ibpex,
2002. p. 21-30.
Teoria e prática tutorial em educação a distância.
Como referenciar publicações em
meio eletrônico?
As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências
bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do
meio ou suporte.
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o
endereço eletrônico, apresentado entre , precedido da expressão:
“Disponível em:”
A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve
conter o dia, o mês abreviado e o ano (04 abr 2010.).
Modelo:
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Cidade: Editora, ano. Disponível em: .
Acesso em: dia mês ano.
 Acesso em meio eletrônico. (Fonte:
Shutterstock)
1
Atividade
6 - Organize as informações abaixo usando a forma estabelecida pela
ABNT!
Acesso em: 13 out. 2017.
A onda maldita: como nasceu a Fluminense FM.
MELLO, Luiz Antonio.
Niterói: Arte & Ofício, 1992.
Disponível em:
http://www.actech.com.br/aondamaldita/créditos.html
<http://www.actech.com.br/aondamaldita/créditos.html> .
Mês abreviado 
 
Tabela com os meses abreviados 
Português Abreviatura
Janeiro Jan.
Fevereiro Fev.
Março Mar.
Abril Abr.Maio Maio
Junho Jun.
Julho Jul.
Agosto Ago.
Setembro Set.
1
Outubro Out.
Novembro Nov.
Dezembro Dez.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
____.NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
Próximos Passos
Reconhecer a importância do trabalho de conclusão de curso.
Identificar os tipos de trabalho de conclusão de curso.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem.
Metodologia da pesquisa em Direito
Aula 9: O trabalho de conclusão de curso I: Importância do Trabalho
conclusão de curso. A ética e legitimidade do saber
Apresentação
Nesta aula, conheceremos as regras sugeridas pela ABNT para citações.
Objetivos
Reconhecer a importância do trabalho de conclusão de curso;
Identificar os tipos de trabalho de conclusão de curso.
 Mulher usando um caderno. | Fonte: stockfour / shutterstock
Importância do Trabalho conclusão
de curso
O trabalho de conclusão de curso é parte integrante da atividade curricular de
muitos cursos de graduação, consistindo assim uma iniciativa acertada e de extrema
relevância para o processo de aprendizagem dos alunos (SEVERINO, 2007, p. 202).
Nos últimos tempos experimentamos mudanças culturais e comportamentais
significativas em nossa sociedade. Vivemos um mundo inteiramente novo com
muitos saberes, informações e tecnologias, o que expressa com propriedade à
exigência de uma boa formação acadêmica em consonância com os novos tempos.
Nessa dinâmica da era da informação não é fácil acompanhar as mudanças, mas
uma coisa é certa:
É preciso compreender as novas formas de conduta e relações
que estabelecemos em sociedade, porque nenhuma área do
conhecimento pode se esquivar dessa tarefa.
Como afirmam alguns autores, é preciso saber muito de tantas coisas que
temos a sensação constante de estarmos desatualizados. Logo, no decorrer
de nossa formação acadêmica desenvolvemos muitas habilidades
importantes tais como: a leitura reflexiva, a elaboração de fichamentos,
resumos, resenhas, pesquisas temáticas, organização de seminários e
relatórios de pesquisa, dentre outros. Tudo com o propósito de
conhecermos conceitos, teorias que estão na base de nossas ações na
esfera social e profissional.
É este pensamento que norteia a necessidade de uma reflexão crítica acerca de
nossos saberes e práticas. É por isso que é preciso capacitar pessoas para a
pesquisa e elaboração de trabalhos científicos. Capacitá-los para o conhecimento
científico.

O conhecimento científico é um aprendizado ordenado e
contínuo que se adquire por meio de estudos incessantes. É
algo que vai acontecendo aos poucos e é considerado um
processo de longo prazo, ou seja, não acontece por acaso ou
por intuição. A aquisição de conhecimentos não ocorre de
imediato ou a curto prazo, e sim por meio de pesquisa
constante e intensa nas áreas específicas da formação
acadêmica.
Fachin, 2006, p.189.
Qual a relação entre a educação
superior e a construção do
conhecimento?
Sabemos que na vida universitária, ensino , pesquisa e extensão se
articulam através da pesquisa, ou seja, “só aprende, só se ensina, pesquisando”.
Portanto, só podemos prestar um bom serviço à sociedade, através de atividades de
extensão, se há um compromisso com o conhecimento através da pesquisa.
Professores e alunos precisam da pratica da pesquisa para ensinar/aprender de
maneira eficiente. Por outro lado, a sociedade também necessita da pesquisa para
dispor novos recursos (SEVERINO, 1996, P.63).
Assim, se compreendermos a pesquisa relacionada ao termo conhecer como
construir e reconstruir significados continuamente, mediante o estabelecimento de
relações de múltipla natureza, individuais e sociais, então é preciso refletir e
observar o caminho que você escolheu para sua formação acadêmica. Bem como as
competências e habilidades que desenvolveu nesse percurso.
 A fase de construção de um trabalho de conclusão
de curso é o momento mais importante do acadêmico. |
Fonte: ESB Professional / shutterstock

Atenção
É importante porque provará que aprendeu a dialogar com a realidade e que
agora substitui a curiosidade de escutar seus mestres pela de produzir com
autoria uma pesquisa. Contribuindo assim, para a ampliação da produção
científica em sua área de saber.
1 2 3
 Congresso em universidade. | Fonte: Matej Kastelic / shutterstock
Mas o que podemos entender por
produção científica?
Podemos entender como produção científica o conjunto de atividades
acadêmicas desenvolvidas nas instituições de ensino superior, cuja
publicidade acontece através de publicações especializadas, congressos,
fóruns que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam
informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas
áreas de saber.

Atenção
É importante mencionar neste ponto que a produção científica estimulada nas
universidades tem como objetivo o pleno exercício da nossa capacidade de
pensar e discernir, motivar a criatividade e a produção própria. Nos dizeres de
Pedro Demo (2009, p. 16), “Se ensinar a pesquisar significa motivar a
criatividade, é para que surja um sujeito verdadeiramente autônomo”.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Considera-se trabalho de conclusão de curso todo aquele que é exigido ao final de
cursos de graduação, de especialização, mestrado ou doutorado. Consiste num
estudo baseado em pesquisa rigorosa para atualizar o estado da arte sobre
determinado tema de interesse profissional. Pressupõe a elaboração de um
anteprojeto/projeto de pesquisa, como antecedente de um trabalho final, como
resultado, por vezes apresentado diante de uma banca examinadora.
O anteprojeto/projeto de pesquisa apresenta o que será pesquisado e como a
pesquisa será desenvolvida. Não configura o trabalho em si, mas um plano de
estudos no qual o estudante esboça um experimento antes mesmo de iniciar a
pesquisa propriamente dita.
Quais são os tipos mais
comuns?
Artigo científico
Denomina-se artigo científico o texto destinado a divulgar, em publicações
especializadas, os resultados de uma pesquisa científica, podendo abordar um
dos vários aspectos de uma pesquisa mais complexa exposta em dissertações
de Mestrado ou teses de Doutorado. Pode, também, divulgar os resultados de
um trabalho investigativo mais modesto. Em qualquer hipótese, os artigos
devem seguir um modelo determinado pelas normas da ABNT (NBR 6022).
O artigo científico deve tratar de temas acadêmicos, mas sem o
aprofundamento típico das monografias. Geralmente são destinados a
publicações em revistas especializadas, em anais de congressos, páginas da
internet ou em outras formas de divulgação de trabalhos científicos disponíveis
na universidade.
Monografia
A palavra monografia decorre de um termo de origem grega (monos + grafo =
único + escrever) e significa um escrito que trata de um único assunto, único
problema. O trabalho monográfico se caracteriza pela delimitação do tema e
pela profundidade do tratamento (RAMPAZZO, 2005). Em geral é exigido ao
final de um curso de graduação em que o estudante demonstra que realizou
investigações mais profundas sobre determinado tema, atualizou-se na
polêmica teórica que o cerca e aprendeu a elaborar uma pesquisa com precisão
conceitual e nas regras metodológicas. O trabalho deverá apresentar uma
contribuição interessante, devendo ser redigido pelo estudante, embora
contenha citações diretas e indiretas de outros autores, sempre devidamente
referenciadas. Nos dizeres de Antônio Joaquim Severino (2007, p. 200),
Os trabalhos científicos serão monográficos na medida em que satisfizerem à
exigência da especificação, ou seja, na razão direta de um tratamento
estruturado de um único tema,devidamente especificado e delimitado. O
trabalho monográfico caracteriza-se mais pela profundidade do tratamento do
que por sua eventual extensão, generalidade e ou valor didático.
Dissertação de mestrado
A dissertação de mestrado é um tipo de trabalho apresentado no final do curso
de pós-graduação, visando obter o grau acadêmico de mestre. Como estudo
teórico, de natureza reflexiva, requer sistematização, ordenação, autonomia e
criatividade na interpretação dos dados. Envolve também uma dedicação muito
intensa à pesquisa, fazendo parte da vida do pesquisador (SEVERINO, 2007).
Tese de doutorado
A tese é o trabalho científico, escrito, original, sobre um tema específico, cuja
contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. Representa, portanto,
um avanço na área científica em que se situa. A tese possui a mesma estrutura
da monografia e da dissertação, mas distingue-se no que concerne à
profundidade, à originalidade, extensão e objetividade(RAMPAZZO, 2005).
Neste ponto cabe uma diferenciação entre o curso de mestrado e do de
doutorado: enquanto no mestrado há, ainda, uma iniciação à pesquisa
científica, no doutorado já se exige plena autonomia intelectual, sendo exigido
certo grau de originalidade, inventividade e maior elaboração no que se refere à
construção teórica do trabalho. Sendo certo dizer que a originalidade exigida
refere-se a um “esclarecimento original sobre o assunto, até então não
percebido” (SEVERINO, 2007, p. 218).
A norma NBR 14724 (Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos –
Apresentação), publicada em 2002 pela ABNT, especifica os princípios gerais
para a elaboração de trabalhos acadêmicos, visando sua apresentação à
instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas
designados e/ou outros). Assim, a norma divide os trabalhos acadêmicos em:
teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso (TCC).
01
O conhecimento científico, sem dúvida, é o resultado da articulação lógica entre a
realidade e as teorias, por isso deve ultrapassar o nível do simples levantamento de
dados, mas apresentar uma interpretação teórica consistente e com autoria.
02
Em trabalhos de pesquisa, seja em que nível for, exige-se rigor porque envolve o
desenvolvimento do raciocínio lógico quando se busca demonstrar discursivamente
alguma resposta ao problema proposto.
Nesse sentido, observa Umberto Eco (1994), que citamos muitos textos alheios,
porque configuram a fonte primária de toda pesquisa. É claro que podemos citar um
texto de alguém e, em seguida interpretá-lo ou podemos citar um texto para que
sirva de fundamento para nossas interpretações. Sendo certo dizer que as citações
diretas devem ser feitas com muita parcimônia, pois poderá denotar que o estudante
“não quer ou não é capaz de resumir as ideias de um autor” (1994, p. 122). Se a
citação direta é muito longa, isso não é bom!
Ao usá-la temos que estar com muita certeza de que é realmente importante, na
verdade, vital para nossos argumentos.
Todas as citações devem apresentar a referência completa na forma da ABNT (NBR,
6023), usando-se o sistema de chamada escolhido pelo estudante. A remissão ao
autor e à obra é uma boa prevenção contra o plágio. Convém destacar que cópia não
autorizada de trabalhos alheios é considerada plágio. Plagiar significa apresentar
como sua a ideia de outrem, porque qualquer autor é digno de menção.
Podemos nos prevenir contra o plágio trabalhando com
paráfrases, ou seja, quando se escreve usando as próprias
palavras resumindo ou interpretando as ideias de um autor.
Um bom critério para se evitar uma falsa paráfrase e correr o risco de ser acusado
de plágio, acontece quando reescrevemos o texto “sem tê-lo diante dos olhos,
significando que não só não o copiamos como o entendemos” (ECO, 1994, p. 128).

Saiba mais
A Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, Lei de Direitos Autorais, estabelece
em seu artigo 46, que não constitui ofensa aos direitos autorais a reprodução
ou citação de pequenos trechos com a menção do nome do autor e da
publicação de onde foram transcritas, sendo livre o uso de paráfrases. Mas
antes de figurar na lei, o respeito à produção alheia é um princípio ético que
confere legitimidade ao saber produzido.
Assim temos que pensar na responsabilidade que o estudante/pesquisador
assume na construção de sua pesquisa científica.
Para refletir sobre o tema assista ao vídeo: Garoto Folgadão
4

Garoto Folgadão Geração Coca Cola. | Fonte: https://charges.uol.com.br/
<https://charges.uol.com.br/2015/01/05/garoto-folgadao-geracao-coca-cola-3> .
https://www.youtube.com/watch?time_continue=69&v=cNwV40R8F0Y
Ensino 
Compromisso com a transmissão do conhecimento.
Pesquisa 
Processo de construção do conhecimento com o propósito de gerar novos conhecimentos.
Extensão 
Ações da Universidade junto à comunidade, disponibilizando o conhecimento adquirido.
Legitimidade 
Por legitimidade entende-se aquilo que tem o caráter, o estado ou qualidade do que é
legítimo. Também denota conformidade à lei, às regras.
Referências
BARRAL, Welber O. Metodologia da pesquisa jurídica. 4. ed. Belo Horizonte: Del Rey,
2010
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 11. ed. São Paulo: Perspectiva, 1994.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2007.
BRASIL. Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação
sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm> . Acesso em: 5 jun. 2018.
1
2
3
4
Próximos Passos
• Estrutura e formatação do artigo científico, da monografia e do Projeto Final.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.
Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis
no ambiente de aprendizagem.
Metodologia da pesquisa em Direito
Aula 10: O trabalho de conclusão de curso II
Apresentação
É importante mencionar que as dificuldades iniciais, típicas de todo neófito, aos
poucos será superada. A atividade pensante se desenvolverá com mais liberdade e de
forma mais prazerosa, desvelando a disciplina intelectual necessária para a
experiência científica. Assim, em nossa última aula vamos observar as regras
específicas para formatação dos trabalhos acadêmicos conforme estabelece a ABNT.
Cabe lembrar que não basta ter na mente o que se pretende fazer, importa colocar no
papel, o que configura o primeiro esforço para ação ordenada e eficiente. O termo
Planejamento significa ato ou efeito de planejar, serviço de preparação de um
trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos convenientes, ou
determinação de um conjunto de procedimentos, de ações, visando à realização de
determinado projeto. O planejamento se afigura como tarefa essencial para o
desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e científicos, por isso ao longo da nossa
disciplina estudamos as etapas que integram um projeto de pesquisa.
Agora, está em suas mãos!
Objetivos
Reconhecer a importância do uso das regras para formatação;
Identificar os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que integram os
trabalhos de conclusão de curso;
Elaborar o seu trabalho de conclusão de curso, na forma sugerida pela ABNT.
Regras gerais para formatação de
trabalhos científicos
Os trabalhos acadêmicos devem ser estruturados, sequencialmente, em
grupos de elementos, a saber: pré-textuais, textuais e pós-textuais. As
normas da ABNT para apresentação do Projeto de Pesquisa e Trabalhos
Acadêmicos (dissertação, tese e outros trabalhos monográficos de conclusão
de curso) apresentam os componentes da estrutura destas publicações.Primeiramente temos que observar algumas regras gerais. Vejamos.
Os trabalhos de conclusão de curso dividem-se em três partes:
1
Elementos pré-textuais
Elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na
identificação e utilização do trabalho.
2
Elementos textuais
Parte do trabalho em que é exposta a matéria.
3
Elementos pós-textuais
Elementos que complementam o trabalho.
Formatação
O formato do papel utilizado deve ser A4 (21 cm x 29,7 cm), de cor branca e
com letras de cor preta, salvo em gravuras, gráficos ou tabelas, que podem
ser de cores diferenciadas.
 
 
As margens terão, em todas as páginas, 3 cm para a superior, 2 cm para a
inferior, 3 cm para a esquerda e 2 cm para a direita.
 
 
 
 
Espaçamento
O espaçamento entre linhas será de 1,5 em todo o trabalho, com exceção de
citações com mais de três linhas, nas quais o espaço será simples, também,
na natureza do trabalho e no resumo.
1
Títulos
Antes e depois dos títulos e subtítulos deve haver dois espaços de 1,5 cm.
2
Texto, Sumário e Listas
Espaço de 1, 5 cm.
3
Resumo e Abstract
Espaço simples.
4
Notas de rodapé e Citações 
com mais de três linhas
Espaço simples.
5
Referências
Espaço simples entrelinhas e separadas entre si por espaço duplo.
Fonte
A fonte a ser utilizada será Arial ou Times, tamanho 12, com exceção de
citação com mais de três linhas, em que o tamanho da fonte será de 11.
 
 
Títulos
Toda a parte pré-textual e pós-textual apresentarão seus títulos na fonte
escolhida, tamanho 14, caixa alta, em negrito, mantido na margem esquerda
da página, diferente das partes textuais. Para trabalhos acadêmicos,
geralmente de menor porte, fica a critério de o professor solicitar a introdução
e a conclusão numeradas.
Caso o professor opte por não numerá-las, ambas deverão ser centralizadas,
pois a ABNT esclarece que títulos sem indicação numérica deverão ser
centralizados como:
 Agradecimentos 
 Resumo, Abstract ou Resumen 
 Lista de Ilustrações 
 Lista de Tabelas 
 Lista de Abreviaturas e Siglas 
 Lista de Símbolos 
 Referências 
 Glossário
Alinhamento
Os parágrafos devem iniciar alinhados a 1,25 cm da margem esquerda com
espaço de 1,5 cm entre eles. Os parágrafos do texto devem ser justificados.
As referências devem ser alinhadas à esquerda e não devem ser justificadas.
Exemplo:
 
 
 
 
Numeração progressiva
Deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto.
1 SEÇÃO PRIMÁRIA 
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA 
1.1.1 Seção terciária 
1.1.1.1 Seção quaternária

Comentário
Escrever-se-á o primeiro nível em negrito, caixa alta, fonte escolhida,
tamanho 12 e à esquerda. O segundo nível será em caixa alta, fonte
escolhida 12, sem negrito; o terceiro nível também será fonte escolhida
12, em negrito, porém em modo versal (primeira letra maiúscula e o
restante minúsculo).
Do quarto nível em diante escrever-se-á em fonte escolhida 12, sem
negrito, a primeira letra maiúscula e o restante minúsculo.
Paginação
Localização do número da
página
Canto superior direito, fonte Arial ou Times New Roman e
tamanho 10.
Quanto ao tipo de número
Arábico (1, 2, 3, 4, dentre outros). Ressalta-se que nos
números até 9, não se indica o 0 na frente do número (ex.: 1
e não 01).
Quanto às páginas que
devem ser contadas, porém
não paginadas
A capa não é contada e nem paginada; os demais elementos
pré-textuais (folha de rosto, errata, folha de aprovação,
dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, lista de
ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista
de símbolos e sumário) são contados e não paginados. 
Quanto às páginas que
devem ser paginadas
São contados e paginados sequencialmente os elementos
textuais (introdução, desenvolvimento e conclusão) e pós-
textuais (referências, glossário, apêndices, anexos e índice). 
 
 
 
 
Critérios textuais
O trabalho todo deve ser escrito fazendo uso do verbo no modo impessoal, ou
seja, não se deve utilizar a 1ª pessoa do singular nem a 1ª pessoa do plural.

Dica
Ilustrações, tabelas e equações 
Em relação às ilustrações (fotos, desenhos, gráficos) sua identificação
aparece na parte inferior, com sua especificação (Figura), seguida de seu
número e nome, em negrito e tamanho 12. A fonte de onde foi retirada
aparece abaixo da identificação, sem negrito e em tamanho 12.
A ABNT não especifica o desenho da tabela, sugere que se contate o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Capa
Tem a finalidade de identificar o trabalho. Deve conter: Nome da instituição,
nome do autor, Título e subtítulo, se houver, local e ano de entrega.

Dica
Dicas para formatar a capa do seu trabalho!
Fonte Times ou Arial, tamanho 14. Entre linhas com espaço simples.
Marco 1 da régua vertical do word - Identificação da Instituição de
Ensino (caixa alta).
No marco 1,5 - Identificação do curso (caixa alta).
No marco 2 - Projeto de Pesquisa (caixa alta).
No marco 7 - Nome do acadêmico (caixa alta).
No marco 12 - Título do projeto (caixa alta).
No marco 23 - Local, ano. (caixa alta).
 
 
 
 
 
 
 
 
Lombada
Trata-se de elemento opcional. Deve conter o nome do autor, título do
trabalho e elementos alfanuméricos, impressos longitudinalmente e legível do
alto para o pé da lombada.
Folha de rosto
É composta do anverso e do verso. No anverso deverá conter: nome do autor,
título do trabalho, subtítulo, se houver. Natureza do trabalho (trabalho de
conclusão de curso, dissertação ou tese); objetivo (aprovação em disciplina,
graus pretendido e outros); nome da instituição e área de concentração;
nome do orientador, local (cidade), ano de depósito. No verso da folha de
rosto deve figurar a ficha catalográfica com as seguintes dimensões: 12,5 cm
x 7,5 cm.

Dica
Dicas para a formatação da folha de rosto!1º - Nome do acadêmico
(caixa alta – marco 1).
2º - Título do projeto (caixa alta – marco 7).
3º - Nota indicativa do tipo de trabalho: em recuo esquerdo de 8 cm,
espaço simples, alinhamento justificado e fonte 12. nota: (marco 13) –
texto sugerido. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito para obtenção do título de Bacharel no curso de XXXXXXXX, da
Instituição de ensino X. Professor(a) Orientador(a): nome do Professor.
4º - LOCAL, ano. (marco 23).
 
 
 
 
 
 
 
 
Formatação de artigos científicos
Elementos pré-textuais
Título e subtítulo do artigo 
Autor(es) – breve currículo em nota de rodapé indicado por asterisco. 
Resumo – máximo 500 palavras. 
Palavras-chave – até no máximo 4.
Elementos textuais
Introdução do artigo 
Desenvolvimento 
Conclusão
Elementos pós-textuais
Notas explicativas (opcional) 
Referências 
Glossário 
Apêndice e Anexo (opcionais)
Formatação de Projetos de pesquisa
Elementos pré-textuais
1
Capa
Nome da entidade para a qual deve ser submetido; nome do autor; título; subtítulo
precedido de dois pontos (:) ou distinguido tipograficamente. Será seguido o mesmo
exemplo para um trabalho acadêmico ou TCC, com margem de 3 cm superior, 3 cm à
esquerda, 2 cm inferior e 2 cm à direita, fonte escolhida em tamanho 12 e em
negrito, onde aparecerá o nome da instituição, o nome do autor do projeto (aluno), o
nome do projeto, o depósito (versal) e o ano, toda a página de forma centralizada.
2
Folha de rosto
Elemento obrigatório. Deverá conter: nome do autor; título; subtítulo precedido de
dois pontos (:) ou distinguido tipograficamente; tipo de projeto de pesquisa e nome
da entidade a que deve ser submetido; local (cidade) da entidade onde deve ser
apresentado; ano de depósito (entrega).
3
Lista de ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas (opcional)
Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página.
Sumário - Representa a estrutura orgânica do trabalho. Deve ser apresentado por
uma numeração coerente que evidencie as principais partes do documento (capítulosou seções e subseções). Tem como objetivo apresentar o conteúdo do trabalho e
orientar sua localização no texto.

Dica
No Word há a ferramenta “tabelas”. Crie uma tabela com três colunas: uma para
numerar os itens; outra para o título de cada capítulo; a última para inserir o
número da página. Em seguida, clique sobre a tabela com o lado direito do
mouse e escolha a opção “Bordas e sombreamento”. Em seguida, marque a
opção “Bordas”, item “Definição” e clique na opção “Nenhuma”. As linhas de sua
tabela ficarão invisíveis. Esse recurso ajudará na formatação do sumário.
Elementos textuais
Representa a principal parte do trabalho em que é exposto o conteúdo do documento.
Os elementos textuais são constituídos pelos seguintes elementos:
 Introdução 
 Desenvolvimento 
 Objetivos 
 Justificativa 
 Referencial teórico 
 Metodologia 
 Conclusão
Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais são compostos de Referências, Glossários, Apêndices e
Anexos. Destinam-se a esclarecer ou complementar o texto, sem, contudo, fazer
parte deste.
Referências
As referências indicam ao leitor os nomes dos livros, artigos, sites, documentos
e demais fontes usadas na elaboração do artigo científico. É o que antigamente
era chamada de Bibliografia. Ele deve ser organizado em ordem alfabética,
segundo estabelece a ABNT.
Glossário (opcional)
Lista organizada em ordem alfabética que fornece o significado ou tradução de
palavras ou expressões técnicas pouco conhecidas utilizadas no texto.
Apêndice (opcional)
São textos ou documentos elaborados pelo próprio autor que servem para
fundamentar, comprovar ou ilustrar o trabalho. Porém, por serem extensos e
para não quebrar a sequência lógica de exposição do texto, não foram incluídos
no corpo do trabalho.
Anexo (opcional)
São materiais (textos, documentos, figuras, tabelas, formulários, mapas,
desenhos etc.) produzidos por outras fontes que não o autor, que servem para
fundamentar, comprovar ou ilustrar seu trabalho. Os apêndices e anexos devem
ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e
pelos respectivos títulos. Ao se esgotar as 23 letras do alfabeto, caso o trabalho
possua mais que esta quantidade de apêndices ou anexos, as letras devem ser
dobradas.

Saiba mais
Veja aqui tabela com as partes integrantes do Projeto de Pesquisa
<galeria\aula10\docs\a10_17_01.pdf> .
Monografia
São elementos pré-textuais:
a) capa; 
b) folha de rosto (anverso); 
c) folha de rosto (verso); 
d) folha de aprovação; 
e) dedicatória; 
f) agradecimentos; 
g) epígrafe; 
h) resumo em língua vernácula; 
i) abstract (Inglês) ou resumen (Espanhol); 
j) lista de ilustrações; 
k) lista de tabelas; 
l) lista de abreviaturas e siglas; 
m) lista de símbolos; 
n) sumário.
São elementos textuais:
a) introdução; 
b) desenvolvimento; 
c) conclusão.
São elementos pós-textuais:
a) referências; 
b) glossário; 
c) apêndices; 
d) anexos.
Projeto Final
Título
O título deve passar uma ideia geral do trabalho. É recomendável a presença de
um subtítulo explicativo, que dê conta, brevemente, da delimitação espaço-
temporal e da questão central a ser investigada, caso tais informações não
estejam presentes no título.
Introdução
Delimitação do objeto: Neste item, deve ser exposto, com clareza, o objeto de
pesquisa, ou seja, a formulação do(s) problema(s). Cabe estabelecer, nesse
sentido, a delimitação espacial e temporal, dentro do tema mais geral da
pesquisa. 
 
Discussão bibliográfica: Este item consiste num debate crítico sobre as principais
obras relacionadas ao tema da pesquisa. Não se trata de uma simples
enumeração de obras, mas da apresentação de um debate entre autores ou
correntes historiográficas (ou de outros campos das ciências sociais). Não se
deve incluir, aqui, a discussão das obras referidas às bases teóricas ou
conceituais do projeto.
Objetivos
Trata-se da definição das metas da investigação. É ideal que a cada objetivo
corresponda uma hipótese. Este item deve ser, de preferência, exposto em
tópicos (iniciados por verbos no infinitivo: demonstrar, estabelecer, comparar
etc.), podendo conter um objetivo geral e outros específicos.
Quadro teórico
Neste item devem ser expostos os principais conceitos e ferramentas teóricas a
serem mobilizados na pesquisa. Nesse sentido, devem ser discutidos as
concepções, os pressupostos e os conceitos que podem estar mais
especificamente relacionados a uma tendência ou corrente da historiografia
contemporânea.
Hipóteses
As hipóteses de uma pesquisa histórica são "afirmações provisórias", enunciados
prévios a serem verificados, ou seja, possíveis pontos de chegada que o
pesquisador mantém em seu horizonte. Dessa forma, correspondem aos
objetivos a serem alcançados. Este item deve ser exposto, de preferência, em
tópicos, podendo conter uma hipótese central e sub-hipóteses.
Metodologia e fontes
Por metodologia entende-se a descrição dos meios, instrumentos e atividades
técnicas necessários ao tratamento do problema a partir das fontes. Vale notar
que as fontes não são 0repositórios neutros, exigindo tratamento adequado em
função de sua especificidade. Para isso, é necessário apresentar uma tipologia
das fontes, ou seja, dos diversos materiais (orais, iconográficos, textuais), nas
suas diversas formas (processos jurídicos, registros de óbito, jornais,
correspondência, pinturas, gravuras etc.). Esta tipologia é a condição para a
exposição do tratamento mais apropriado das fontes para dar conta do
problema.
Bibliografia
A bibliografia deve ser apresentada segundo as normas da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
Acabou! Muito bem, agora começa o seu trabalho. Lembre-se que o seu leitor
merece o melhor. É preciso ofertar um trabalho bem-feito, o que significa
dizer que está bem planejado, fundamentado sob o ponto de vista teórico,
corretamente escrito e formatado para uma comunicação eficiente.
Um bom dicionário resolve muitos problemas, conhecer as regras é sempre
importante, mas o fundamental está no hábito de ler. Como nos adverte João Álvaro
Ruiz, quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá tomar apontamentos e,
finalmente, não saberá como estudar.

Quem lê constrói sua própria ciência.
RUIZ, 2002, p.34-35.
Atividade
Agora que você já alcançou a etapa final desta disciplina, organize no seu bloco
de notas e, divulgue para seus colegas, as atividades realizadas nos fóruns para
a construção de um projeto de pesquisa, na seguinte ordem: 
 
1.Elabore uma lista de temas possíveis para sua pesquisa; 
2. Decida-se por um tema desta lista; 
3. Formule uma lista de questões que envolvem o tema escolhido; 
4. Certifique-se de que tem clareza sobre os conceitos, teorias e autores que
trabalham o tema selecionado; 
5. Elabore um mapa conceitual; 
6. Separe a bibliografia pertinente (pelo menos cinco referências) e inicie a
tarefa de fichamento. 
 
Realize as tarefas acima listadas no seu bloco de notas.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e
documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio
de Janeiro, 2003. 5p
_____.NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de
Janeiro, 2002. 3p.
_____.NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções
de um documento. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
_____.NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem.

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