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CONTEÚDO 2 - BREVE HISTÓRIA DA ANATOMIA

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CONTEÚDO 2 – BREVE HISTÓRIA DA ANATOMIA
"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo
nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o
agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou
e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele
se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o
destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou
indiferente" (Rokitansky, 1876).
Durante séculos, o mérito conatural dos indivíduos nos seus próprios corpos e as competências físicas deparou diversas maneiras de
expressão. Os gregos estimulavam as competições atléticas, e apregoavam a beleza do corpo nas suas esculturas. Vários dos
grandes mestres do Renascimento retrataram os contornos humanos em suas artes. Verdadeiramente, alguns destes artistas eram
exímios anatomistas porque o desassossego com as minúcias demandava que o fossem. Michelangelo foi um artista extraordinário
que deteve a pompa dos contornos humanos com as esculturas, como por exemplo, David, esculpido em um único bloco sólido de
mármore de carrara branco, e em pinturas como as da Capela Sistina.
A veneração de Shakespeare pelas estruturas anatômicas do corpo humano é deparada em declarações de seus escritos:
“Que obra-prima é um ser humano! Como é nobre pela razão! Infinito em competência! Como é expressivo e
admirável na forma e no movimento! Nas ações assemelha-se a um anjo! Na percepção assemelha-se a um
deus! A maravilha do mundo! O modelo de perfeição entre os animais!” (Hamlet 2.2. 315-319).
A anatomia pode ser dividida em três fases principais: a primeira fase cabe à antiguidade, aos precursores. A segunda fase sucedeu
com o declínio do Império Romano, que afetou as ciências, as artes, e também a anatomia. A terceira fase é a restauração, datada do
Renascimento das ciências na Itália. O começo da anatomia, geralmente, retrocede para as primícias da existência humana, e diz
respeito à pré-história. A anatomia teve princípio com a singela análise de animais debilitados, dos sacrifícios, do embalsamento de
cadáveres, dos ferimentos extensos de paredes, alcançando as cavidades, e exibindo os seus órgãos. Primeiramente foram anotações
destacadas, realizadas sem qualquer propósito de conhecer os órgãos.
O Período Pré-Científico
As ações de descarnar os animais em seguida da morte, proveram abundantes e preciosas lições de anatomia para os habitantes pré-
históricos. Eles compreendiam quais as partes de um animal que seriam capazes de serem utilizadas como alimento, como
vestimentas, ou como utensílios. Incontestavelmente, os habitantes pré-históricos conheciam que os músculos trabalhavam na
locomoção, e que também, oportunizavam a essencial fonte de alimento. A pele dos mamíferos agregada a seus anexos prestava
como abrigo protetor para a sua pele precária de pelos. Os habitantes pré-históricos utilizavam os ossos dos animais dos quais se
nutriam para adaptar uma diversidade de utensílios e de armas. Os habitantes pré-históricos compreendiam que os seus próprios
ossos poderiam despedaçar em acidentes, e que a cura imprópria procederia em inépcia eterna. Apresentavam a sabedoria que se um
animal estivesse machucado, sangraria, e aquele prejuízo descomunal de sangue ocasionaria a sua morte. De modo óbvio, os
habitantes pré-históricos notaram as dessemelhanças anatômicas entre os sexos, conquanto não conseguissem compreender os
papéis elementares da reprodução. A percepção que esses indivíduos traziam era do tipo prático-básico, uma percepção
imprescindível para a sobrevivência.
Figura-se agora, qual poderia ter sido um dos primitivos utensílios dos habitantes pré-históricos, para observar o sistema nervoso
central. Os habitantes pré-históricos, quiçá, elaboraram um porrete com uma extremidade distal esférica e uma extremidade proximal
cilíndrica para empunhá-lo e erguê-lo. Ao abaixá-lo com energia sobre o cume da cabeça de algum desafeiçoado, abria-lhe o crânio
mais como arma do que como um utensílio cirúrgico. Presumivelmente, emaram muitos séculos antes que os utensílios mais
apropriados, como o trepano, fossem elaborados para abrir os crânios com efeitos mais ilustres, curativo, para comodidade, e
sobrevivência dos indivíduos. Contudo, a anatomia tão somente ostentou um estilo de ciência, quando ela se congregou a
necessidade médica, ou seja, a arte de curar.
O Período Científico
A Mesopotâmia e o Egito
A Mesopotâmia era o nome concedido à longa e acanhada cunha de terra entre o rio Tigre e o rio Eufrates, que nos dias de hoje é
ampla parte do Iraque. Primeiramente, muitas averiguações sobre o corpo humano concebiam um ensaio para referir as forças
fundamentais da vida. Por exemplo, os indivíduos almejavam indagar qual órgão do corpo humano formava a alma. Alguns
documentos cuneiformes da Mesopotâmia Antiga referiam os órgãos do corpo humano que, segundo se conjecturava, convinham para
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este papel. O fígado, que foi exaustivamente observado em animais sacrificados, era o “guardião da alma e dos sentimentos que nos
fazem homens”. Esta era uma pressuposição coesa por custas do seu tamanho e de sua inerente agregação com o sangue, que era
acatado indispensável para a vida.
Imagina-se que os egípcios apresentassem sabedoria da anatomia em face das cirurgias cumpridas, e que tranquilamente remontam
aproximadamente há 5000 anos. Foram revelados diversos trabalhos registrados sobre a anatomia no Egito Antigo, porém nenhum
dos trabalhos entusiasmou as culturas que os advieram. Menés, médico do rei durante a primeira dinastia egípcia aproximadamente
de 3400 a. C., até mesmos antes das pirâmides existirem, registrou o que é acatado o primeiro manual de anatomia. Entre os egípcios
um dos postos mais relevantes era o de “Abridor de Crânio do Faraó”. Este era o trepanador, que, podia abrir o crânio do rei, com o
propósito de libertar Aam, acatado o monstro devorador que regia a aniquilamento da alma do morto, condenado pelo tribunal de
Osíris, ali preso, ou com maior constância, com o desejo de liberar o próprio espírito do rei.
Os procedimentos egípcios de embalsamento poderiam ter colaborado imensamente para a ciência da anatomia se houvessem
documentos. Claramente, contudo os embalsamentos, não eram bem vistos pela população, em geral, do Egito Antigo. Na prática, os
embalsamadores eram repetidamente caçados, até mesmo apedrejados, e mortos. Embalsamar era uma arte simbólica mais arrolada
com a religião do que com a ciência.
Os embalsamentos são ponderados o procedimento mais antigo para a manutenção de cadáveres. Na verdade é uma maneira
antiquada de desidratação sucedida de um tratamento químico, com a utilização de substâncias das quais não se tem informação
primorosa. O procedimento mais utilizado pelos egípcios durante diversos milênios não foi bem registrado em nenhum dos papiros
deparados até o tempo presente. No papiro Rhind, depara-se a menção de algumas substâncias utilizadas no procedimento de
mumificação, contendo: água de Elefantine, soda de Eleityaspolis, e leite da cidade de Kim. O médico e biógrafo alemão Sudhiff soube
praticar com todo triunfo o procedimento dos egípcios, aplicando procedimentos originais em cadáveres destinados à anatomia.
No procedimento original, o embalsamador adota, em primeiro lugar, um fragmento de ferro em formato de gancho, e com o fragmento
de ferro afasta-se o contento do crânio, o encéfalo e as meninges, por meio das cavidades nasais; limpam-se o remanescente do
crânio com uma soluçãode soda cáustica, recebendo, após, essências balsâmicas. Este procedimento nem sempre era aplicado, pois
algumas múmias foram deparadas com encéfalo. A seguir, realiza-se um corte, no tronco, na região lombar esquerda, enquanto no
períneo era efetuada uma incisão circular em torno do ânus. Por meio das incisões circulares enfiavam a mão que através do
fragmento de ferro, removiam todas as vísceras, exceto o coração. O coração raramente era extraído por se crer que o coração era a
sede da alma. A cavidade torácica era atenciosamente limpa e tratada com a mais genuína das mirras socada em pilão, e toda a sorte
de especiarias, exceto o incenso. As vísceras eram atentamente banhadas e mergulhadas em vasos, abrangendo vinho de palmeiras,
e outras substâncias dedicadas aos deuses. Em algumas situações, as vísceras, de tal modo tratadas eram outra vez postas no
interior do corpo. Em outras, as vísceras eram maceradas em solução de soda, e o material injetado por meio do ânus. As demais
cavidades corporais eram completadas com terra, areia, algodão, ou tecido, sendo esses materiais embebidos com essências
balsâmica.
Completada a evisceração e o enchimento das cavidades, os cadáveres eram submergidos durante 70 dias em uma solução de soda,
ou outra mistura de sais minerais, e, em seguida de removidos dessa solução, postos para secar ao ar livre. Os egípcios parecem ter
usado o procedimento de desidratação pelo calor, pois algumas múmias descobertas exibiam queimaduras. 
A China e o Japão
Na China Antiga, a preocupação pelo corpo humano era especialmente, filosófica. Pensamentos sobre a anatomia estavam
fundamentados em pressupostos em lugar de dissecações ou análises diretas. O chinês reverenciava o corpo humano, e abominava
sua extirpação. Uma visível exceção era a prática de apertar os pés das meninas, e das mulheres jovens, como tentativa de deixá-los
mais suntuosos. A sabedoria dos órgãos internos acontecia simplesmente por meio de feridas, ou de lesões, e tão somente em
tempos contemporâneos foram consentidas dissecações de cadáveres nas escolas médicas chinesas.
O Imperador Xen Nung (2737 a. C.) é acatado como sendo o criador da medicina chinesa. Ao Imperador se adjudica o Pentsao, O
Grande Herbário; e o Imperador Huang-Ti (2697 a. C.) se abona a autoria do Neiching, O Cânon da Medicina. Estes livros foram
registrados a goma-laca, em tiras de bambu. O ideograma designativo de “médico” era como o hieróglifo egípcio, uma lanceta, na
parte superior, e um copo de aparar sangue de sangria, na parte inferior. No Neiching está registrado: “todo o sangue do corpo se
depara sob a influência do coração: o sangue dimana em círculo contínuo, e nunca para”. Isto foi registrado 4300 anos antes que
William Harvey desvendasse o feitio da circulação do sangue. No Neiching a fisiologia é exótica. O coração é o rei; os pulmões são os
seus ministros executivos; o fígado o seu general; a vesícula biliar, o seu procurador-geral; o baço, que monitora os cinco paladares,
além dos “três lugares queimantes”, que eram o tórax, o abdome, e a pelve, responsáveis pelo sistema de esgoto do corpo. A
avaliação do pulso era muito apreciada.
Em “Os Espelhos de Ouro da Medicina”, enciclopédia de 40 volumes, elaborada sobre saberes do Imperador Quien Lung (1644 d. C.),
os séculos de informações médicas foram arrolados; nessa obra se produziram apontamentos de ampla quantidade de procedimentos
de tratamento, de modo inclusivo, a massagem e a acupuntura. A acupuntura, visto que ela sugeria na ação de inserirem agulhas para
dentro de 365 pontos explicitados do corpo humano, adequou à antiga medicina chinesa, a sua inusitada sabedoria de anatomia,
assim como as suas medidas antropométricas, cuja precisão não pode ser apurada atualmente.
O crescimento da anatomia no Japão foi entusiasmado intensamente pelos chineses e pelos holandeses. Os registros mais remotos
de relevância anatômica no Japão datam de depois do século VI. Os monges budistas japoneses instruídos na China eram norteados
conforme a filosofia chinesa, de tal modo, as persuasões chinesas concernentes ao corpo humano tornaram-se predominantes no
Japão. Por volta do século XVIII, às inspirações ocidentais, principalmente a holandesa eram tais, que os japoneses buscaram
constituir qual variante da anatomia estaria apropriada. Em 1774, uma obra de cinco volumes designada de Kaitai Shinsho, “Um Novo
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Livro de Anatomia” publicada pelo médico japonês Genpaku Sugita, reconheceu inteiramente as apreciações holandesas do corpo
humano, e apontou o começo da era moderna na anatomia, e na medicina para a população japonesa.
O Período Grego
Foi na Grécia Antiga que a anatomia, primeiramente, granjeou maior anuência como ciência. Até então a medicina era uma arte
sagrada ligada a magia, a astrologia, e a religião. Os atenienses tinham ampla cautela com os seus falecidos, e de certa feita
condenaram a morte um dos seus generais bem-sucedidos, porque após uma batalha, a caça ao oponente, o fez deslembrar os
falecidos que permaneceram para trás sem sepultamento. Era dever religioso entre os gregos e os romanos acobertar com terra
qualquer osso humano achado porventura. Tão somente os injustiçados e os suicidas poderiam permanecer sem sepultamento. Deste
jeito, o desenvolvimento da anatomia foi arrastado, e a cada passo atravancado em face ao objeto da ciência, o cadáver rodeado de
inúmeras crendices e superstições. Entre os gregos existia a fé de que as almas dos falecidos haviam de perambular pelas margens
do rio Estige ou rio Styx, o rio da imortalidade até que seus corpos tivessem sido sepultados. Entre os hebreus creram-se que o
contato com um falecido ficava o indivíduo pecaminoso por sete dias, coibindo até seu acesso no templo.
Segundo Galeno foi Alcméon de Cróton (535 a. C.?) discípulo de Pitágoras quem registrou a primeira obra de anatomia. Porém, é
sabido que os raros homens que a história aceita desses tempos, tão somente esses indivíduos realizaram a dissecção dos cadáveres
de animais, e por isso pouco colaboraram para a anatomia humana. Para Alcméon, o ser humano é um ser pneumático, cujas fontes
de vida são quatro órgãos: o cérebro, o coração, o umbigo, e os genitais. Em dissecções de animais, Alcméon encontrou os nervos
ópticos e as tubas auditivas, assegurando que as cabras respiravam pelas orelhas. Reconheceu o encéfalo como a sede da vida
intelectiva do ser humano, e como receptor da visão e da audição, o cérebro é o centro da vida e da inteligência, e não o coração e o
diafragma como se conjecturava anteriormente. Alcméon cria que o espermatozoide era parte do cérebro do homem desde os 14
anos de idade.
Nesse período a medicina era entusiasmada por um ensinamento sugerido por Pitágoras, e prosseguida por Anaxágoras,
Empédocles, Demócrito e Aristóteles. Surge agora a imagem fabulosa de Hipócrates de Cós (460-370 a. C.), acatado o Pai da
Medicina; no campo da anatomia nada executou de relevante. Confere-se a Hipócrates uma ampla coleção de trabalhos médicos, cuja
autoria é muito contestável. Os desiguais tipos de crânio, as modificações das suturas são marcadas para Hipócrates. Concretizou a
classificação das raças humanas por meio das propriedades físicas e a influência dos distintos tipos de meio ambiente sobre as
diferenças físicas. Possivelmente foi o predecessor do estudo da anatomia constitucional. Expôs o pericárdio como uma capa lisa,
abrangendo o coração, e contendo líquido parecido à urina. Na coleção Hipocrática existem registros sobre o coração, no qual são
descritos os átrios, como também as valvas atrioventriculares. Concebe o cérebro como o mensageiro do pensamento. Hipócrates foi
o primeiro a constituir uma correlação entre o cérebro e a doença sagrada, a epilepsia.
Aristóteles (384-322 a. C.) um discípulo de Platão, era escritor exímio, filósofo,e zoologista. Era também professor conceituado,
contratado pelo Rei Filipe da Macedônia para ensinar seu filho, Alexandre, que posteriormente ficou conhecido como Alexandre, o
grande. Aristóteles é o primeiro a usar a palavra “Anatomé”, termo Grego, que significa cortar ou dissecar. Aristóteles não dissecou
cadáveres humanos, pensava que os apontamentos em animais eram correspondentes nos homens, à analogia Aristotélica. Refere às
meninges, e afirma que o cérebro apresenta cavidades. Designou a aorta, e distinguiu as artérias das veias. Aristóteles escreveu o
primeiro relato conhecido de embriologia, em que expôs o desenvolvimento do coração em um embrião de galinha. Aristóteles é
reconhecido como o fundador da anatomia comparada. Apesar de suas admiráveis concretizações, Aristóteles propagou algumas
teorias equivocadas concernentes à anatomia. Por exemplo, o princípio dos humores instituía os limites do seu pensamento. Platão
tinha exposto o cérebro como o “assento do sentimento e do pensamento”, porém Aristóteles divergiu. Ele estabeleceu a sede da
inteligência no coração, e interpretou que o papel do cérebro que era banhado por um líquido, apenas seria resfriar o sangue
bombeado pelo coração, conservado assim, a temperatura corpórea.
O Período Alexandrino
No ano de 334 a. C. assinala o começo do Período Alexandrino na História da Grécia. Alexandre Magno fundou a cidade de
Alexandria aproximadamente entre os anos de 331-323 a. C. Além de uma ampla biblioteca, existia também, uma escola de medicina
em Alexandria. O estudo da anatomia prosperou porque eram consentidas as dissecções de cadáveres e vivissecções. Infelizmente,
as contribuições sapientes e o desenvolvimento científico de Alexandria não persistiram. A destruição da maioria dos registros ocorreu
quando a ampla biblioteca foi incendiada pelos romanos ao invadirem a cidade em 30 a. C.
Herófilo da Macedônia
Em 300 a. C., aproximadamente Ptolomeu I permitiu a efetuação de dissecção de cadáveres a Herófilo (335-280 a. C.). Esta
concessão dura aproximadamente 30 a 40 anos. Herófilo pode ser acatado o Pai da Anatomia, o maior anatomista grego antes de
Galeno, e a sua determinação por dissecções levaram o nome de “devorador de cadáveres”, crê-se que ele dissecou mais de 100
cadáveres. Expôs descrições fantásticas do crânio e dos olhos. Duas obras extraordinárias de Herófilo são designadas de “Sobre a
Anatomia” e “Dos Olhos”.
Erasístrato de Chio
Erasístrato (304-250 a. C.) preocupava-se mais pelas funções do corpo humano do que pela estrutura, e muitas vezes, é chamado de
“Pai da Fisiologia”. Aperfeiçoou as informações sobre o cérebro e o cerebelo, o qual ponderou estes órgãos como a sede da alma.
Distinguiu a substância cerebral, e não a dura-máter como a origem dos nervos cranianos. Determinou o cérebro e o cerebelo como
órgãos parenquimatosos. Erasístrato referiu os ventrículos encefálicos. Junto com Herófilo estabeleceram que o número de giros esta
relacionado com a inteligência humana.
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Todavia, o brilhantismo das descobertas anatomopatológicas de Herófilo e Erasístrato caiu em desgraças. A desconfiança de que
escravos e condenados a morte tinham sido dissecados vivos, após a autorização de Ptolomeu. Relata uma passagem em Machado
de Assis – “Contos Alexandrinos”, a história de dois filósofos: Stroibus e Pítias.
“Tinham sido escalpelados cerca de cinquenta réus, quando chegou à vez de Stroibus e Pítias. Vieram buscá-los;
eles supuseram que era para a morte judiciária, e encomendaram-se aos deuses. De caminho, furtaram uns
figos, e explicaram o caso alegando que era um impulso da fome; adiante, porém, subtraíram uma flauta, e essa
outra ação não a puderam explicar satisfatoriamente. Todavia, a astúcia do larápio é infinita, e Stroibus, para
justificar a ação, tentou extrair algumas notas do instrumento, enchendo de compaixão as pessoas que os viam
passar, e não ignoravam a sorte que iam ter. A notícia desses dois novos delitos foi narrada por Herófilo, e
abalou a todos os seus discípulos.”
Os anatomistas desejavam saber se nervo do furto habitava na palma das mãos. Pelo que se diz, Herófilo dissecou primeiro Stroibus,
e a seguir Pítias durante oito dias. 
O Império Romano
Em muitos enfoques, o Império Romano conteve os progressos científicos, e as bases para a Idade do Obscurantismo. A abordagem
científica supriu a teoria pela prática durante esse período. Foram efetuadas algumas dissecções de cadáveres humanos, tendendo
mais estabelecer o motivo da morte em casos criminais. A medicina não era preventiva, porém restringia-se, quase sem exceção, ao
tratamento de soldados lesados em combates. Nos últimos tempos da história romana, as leis eram colocadas atestando o prestígio
da igreja na prática médica. Conforme as leis romanas, por exemplo, nenhuma gestante morta poderia ser sepultada sem a retirada
do feto do útero de maneira que pudesse ser batizado.
Cornelius Celsius
A maior parte do que se sabe, hoje em dia, sobre a escola médica da Alexandria fundamenta-se nos registros do enciclopedista
romano Celsius (30 a. C.- 30 d. C.). Ele reuniu estes dados em um trabalho de oito volumes: “Dere medicina”. Entretanto, Celsius teve
crédito tão somente restrito em sua própria época, possivelmente devido da utilização do latim em lugar do grego.
Claudius Galeno
Galeno (130-201 d. C.) nasceu em Pérgamo, cidade grega da Ásia menor, médico de Marcus Aurelius Antoninus e Imperador de
Roma. Foi médico da Escola de Esgrima, e exerceu a medicina em Roma. As descrições de Galeno esporadicamente se adaptam aos
órgãos humanos, as suas descrições foram efetuados em macacos, bois, e porcos. Quanto não haveria realizado Galeno se lhe fosse
possibilitada a dissecção de cadáveres humanos, uma vez que ele viveu em um período, onde milhares de coitados eram sacrificados
pela excentricidade selvagem da população romana, especialmente pelos seus imperadores, mas que não consentiam a anatomia
servir-se de um cadáver. As essenciais efetivações de Galeno deparam-se no campo do sistema nervoso. Os nervos medulares foram
divididos segundo as regiões, e os nervos cranianos em número de nove pares: o nervo óptico, o nervo oculomotor, o nervo troclear, o
nervo trigêmeo, o nervo palatino, o nervo acústico, o nervo facial, o nervo auditivo, e o nervo hipoglosso. Já conhecia o infundíbulo da
hipófise, que cria comunicar-se com a cavidade nasal. Galeno descreve o esterno com sete peças, tanto como as costelas com as
quais se articula. Realizou diversas trepanações do esterno, em especial de um homem jovem com presumível mediastinite séptica.
Parece ter sido o primeiro a realizar uma ressecção do pericárdio. Descreveu a cartilagem tireóidea com o nome de “O Chondros
thyreoides”, semelhante ao escudo cretense. Jamais, o renome de um homem trinfou de forma tão extensa em uma ciência como a de
Galeno na medicina. Suas inspirações alongam-se pelos próximos 13 séculos através da Idade Média até o século XVI, sendo que as
obras de Galeno estabelecem o fundamento das informações anatômicas.
Concepções de corpo na tradição judaico-cristã
O homem é imagem e semelhança de Deus, sendo por Ele modelado como composto de argila do solo e do sopro divino. No
Cristianismo, principalmente nas obras teológicas de Paulo de Tarso, Justino (110-167), Tertulliano (155-240), Irineu (140-200), o
homem é definido como um composto de corpo, alma, e o espírito. Segundo Irineu, por exemplo, quando o homem se torna o corpo
espiritual, ele atinge o estado de sua plena efetivação:
A natureza corpórea foi modelada segundo a imagem de Deus. Se prescindirmos da substância material, ou
seja, da obra modelada por Deus, e levarmos em consideração somente o espírito, então não falaríamos mais de
um homem espiritual, mas do espírito em si. Os elementos que compõem o homem perfeito são três: corpo, alma
espírito. (IRINEU apud MASSIMI,2005).
A Idade Média
Esse período prolongou quase 1000 anos até Constantinopla ser conquistada pelos turcos em 1453. A dissecção de cadáveres foi
completamente impedida durante a Idade Média, e a violação de cadáver era ponderada uma atitude criminosa, comumente castigada
com a condenação à fogueira enlaçada a uma estaca. Caso acontecessem mortes incompreensíveis, os exames por inspeção e
palpação eram benquistos. Durante a peste negra no século XVI, contudo, foram efetivadas algumas dissecções na expectativa de
estabelecer o motivo desta aterrorizante doença. Durante as Cruzadas Religiosas, os soldados cozinhavam os ossos de seus
parceiros mortos, de tal modo, que os soldados pudessem retornar para as suas moradias, e ter um enterro digno. Contudo, até
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mesmo esta ação foi ponderada uma profanação, e duramente censurada pela Igreja. Um disparate da Idade Média já que os
camponeses eram menos respeitados, e tinham menos direitos enquanto viventes do que quando falecidos.
A Contribuição do Islame
Os povos da língua árabe deram intensas colaborações à história da anatomia da uma maneira mais incomum. Foi o mundo islâmico
que preservou ampla parte da cultura ocidental dos escombros do Império Romano, da exploração da Igreja Cristã, e das
perseguições da Idade Média. Com a ampliação do Islame pelo Oriente Médio e Norte da África durante o século VIII, foram trazidos
de volta os documentos remanescentes de Alexandria para os países árabes onde foram traduzidos do grego para o árabe. Quando a
Idade do Obscurantismo imperava a Europa, a Igreja Cristã buscou reprimir qualquer declaração cultural ou informação profana que
não fossem aceitos pelos dogmas cristãos. A exploração do corpo humano foi acatada herege, e a Igreja proibiu as escritas sobre
anatomia. Tão somente no século XIII as traduções árabes voltaram à Europa e, por seu lado, foram traduzidas para o latim. Dessa
maneira, os médicos árabes, cujas habilidades são hoje redescobertos, tinham introduzido mudanças sábias nas ideias galênicas.
Entre eles, o persa Avicena (980-1037) tinha bons conhecimentos sobre o bulbo ocular, e dizia que a cegueira não era por causa do
cristalino, contudo pelo nervo óptico. Descreveu o hímen, como sendo um aglomerado de vasos de sangue e delgados ligamentos.
Outro médico, alquimista e filósofo persa, Rhazes (850-923) diretor do hospital de Bagdá, também tinha conhecimento do bulbo do
olho. Já, Ibn al-Nafis descreveu caprichosamente a circulação pulmonar. Em sua explicação do Cânon de Avicena, Ibn al-Nafis
descreve: “depois que o sangue foi refinado no ventrículo direito, é necessário que o sangue passe para a cavidade esquerda, onde
se compõem os espíritos vitais. Nesse nível, a substância do coração, é especialmente sólida, e não há nenhuma passagem visível
nem passagem invisível adequada de possibilitar a circulação desse sangue como cria Galeno. Não obstante, a substância é espessa,
e não existem poros permeáveis. Por conseguinte, o sangue, após de ter sido refinado, deve basicamente passar para a ‘veia arterial’
– a ‘artéria pulmonar’, ir de tal modo até os pulmões, difundir-se na sua substância, e lá se misturar com o ar para que sua parte mais
perspicaz seja purificada, e possa passar para ‘artéria venosa’ – a ‘veia pulmonar’ para atingir a cavidade esquerda do coração,
tornando competente a constituir os espíritos vitais”. Por fim, Avenzahar é acatado o pioneiro da plástica de períneo. Todos eles foram
extraordinários médicos para o período, contudo poucos colaboraram para a anatomia.
O Renascimento
O período conhecido como Renascimento foi caracterizado pela vida nova das ciências. O Renascimento foi inserido nas amplas
universidades europeias situadas em Bolonha, Salerno, Pádua, Montpellier, e Paris. Tão somente no Renascimento seriam
consentidos, ainda que com certa precaução e decência, os procedimentos de invasão do corpo por meio de estudos de cadáveres.
No desenvolver desta que, por certo, representou uma contestação em relação ao seu tempo, em 1482 o Papa Sisto IV consentiu a
dissecção de cadáveres, a qual foi aprovada, em 1525, pelo Papa Clemente VII, demolindo os danos religiosos que atalhavam o
desenvolvimento da ciência médica. A primeira dissecção de cadáveres realizada nestas universidades foi obra do cirurgião William
de Saliceto (1215-1280) da Universidade de Bolonha. O estudo da anatomia espalhou-se velozmente para as outras universidades, e
pelo ano de 1300, as dissecções de cadáveres tinham se tornado uma parte complementar do currículo médico. Entretanto, o
ensinamento Galênico de que a anatomia humana era o bastante conhecida permanecia. O ensino da anatomia humana com
demonstração dos órgãos executadas em cadáveres pelo próprio professor, principiou-se em Bolonha, em 1315, com Mondino de’
Luzzi, que é designado o restaurador da anatomia.
Os professores de anatomia pronunciavam as suas aulas de cátedras um pouco distante do local do cadáver. A frase: “eu não devo
tocá-lo com uma vara de 10 pés” possivelmente originou-se durante esse período em menção ao odor de um cadáver em
deterioração.
Entre os primeiros livros de anatomia a serem impressos estava o de Jacopo Berengario de Carpi (1470-1530) professor de cirurgia
em Bolonha e Paris durante 25 anos, antecedendo a Vesalius. Conta à história ter Berengario de Carpi dissecado mais de 100
cadáveres. Ele descreveu diversas estruturas anatômicas, como por exemplo, o apêndice vermiforme, o timo, a membrana do
tímpano, a comunicação do seio esfenoidal com o meato nasal superior, e a laringe. Descreve a medula espinal, terminando no adulto
ao nível de L2.
Por causa da acelerada putrefação de um cadáver não embalsamado, os livros de anatomia do começo do Renascimento eram
arranjados de maneira que a partes mais perecíveis do corpo fossem descritas primeiramente. As dissecções iniciavam pela cavidade
abdominal, a seguir, o tórax, a cabeça, e por fim os membros superiores e inferiores. Uma dissecção durava, em média quatro dias.
Com o aumento pelo mérito na anatomia durante o Renascimento, a aquisição de cadáveres para a dissecção se tornou um problema
grave. Estudantes médicos cometiam repetidamente a invasão de sepulturas para saqueá-los, até que um decreto oficial foi expedido,
possibilitando utilizar os corpos de criminosos executados com espécimes.
O estudo da anatomia prosperava em Paris, com Jacobus Dubois, Sylvius (1478-1555). Sylvius foi professor de anatomia e cirurgia no
Colégio da França. Foi o primeiro a dar uma apropriada descrição dos músculos, que receberam nomes conforme a sua forma e a sua
situação. Sylvius falava impecavelmente o latim, o grego, e o hebraico. Deve-se a Sylvius uma reconsideração da nomenclatura dúbia,
tendo passado do árabe para o grego. Manteve os equívocos de Galeno contra Vesalius seu discípulo. Chegou a garantir que um
equívoco de Galeno estava fora de contestação. Dizia que a espécie humana estava se alterando, e sofrendo uma “degenerescência”,
como por exemplo, o encurtamento do esterno, quando escreveu que ele apresentava sete partes, conforme Galeno.
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni
Uma das mais apreciadas imagens plásticas do Renascimento, pintada na Capela Sistina por Michelangelo (1475-1564) entre 1508 e
1512, em “A Criação do Homem” encontra-se a imagem das mãos aproximadas, como sendo as de “Adão” e de “Deus”. Ao analisar
estas pinturas que integram o teto da capela erguida por Sisto IV, Marco Bussagli vê que seu pintor, também apresentava informações
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da musculatura de antebraços, sendo que na pintura do membro superior de “Deus” assinalam-se os seguintes músculos: o músculo
palmar longo,o músculo extensor longo do polegar, o músculo extensor curto do polegar, e o músculo abdutor longo do polegar. Em
relação ao membro superior esquerdo do “Homem” é possível o reconhecimento das seguintes estruturas anatômicas: o músculo
flexor ulnar do carpo, o músculo braquiorradial, e o músculo palmar longo.
Leonardo da Vinci
Em seu tratado de anatomia nunca acabado, projetado para ser escrito em cooperação com o jovem professor de anatomia
Marcantonio Della Torre (1481-1512), Leonardo da Vinci (1452-1519) assumiu que ajudou a dissecar 30 cadáveres junto a escolas de
medicina.
A escrita invertida é uma característica das observações do canhoto da Vinci, em seus desenhos. No desenho de da Vinci, intitulado o
“Coito”, os vasos de sangue também surgem, assim como um canal que, saindo da medula espinal do homem atinge ao testículo. O
ducto que deixa a medula espinal, e que chega ao pênis trata-se de um incremento inexistente que se deve à pérfida atribuição da
medula espinal de uma virtude generativa, isto é, da Vinci fundamentado em Galeno, cria que a parte ativa, a reprodutiva, e densa do
espermatozoide produzido na medula espinal, seriam o responsável pela nova vida a ser gerada no ventre feminino.
Outra obra a ser considerada do ponto de vista anatômica e fisiológica é o “Embrião no útero”, de da Vinci que, ainda que, o processo
de placentação seja de uma vaca, pode tratar-se de uma falha, ou puramente, uma imagem de da Vinci pôr o homem no centro da
natureza típica do antropocentrismo, tônico no Renascimento. Ele ponderou o homem como o centro do universo, distendendo a figura
humana em duas formas geométricas, uma em relação ao quadrado, e a outra em relação ao círculo, sendo que a unidade melodiosa
seria dada pelo conjunto. Seu ponto de partida foram os escritos do arquiteto e do engenheiro militar Marco Vitrúvio, o qual constituíra
no século I antes de Cristo a doutrina que relacionava a proporcionalidade da soberba arquitetura com as do homem de boa
conformação. De tal modo, reassumindo aos estudos remotos, e checando as proporções humanas com as das construções, da Vinci
determinava que o centro do corpo humano, era a sínfise púbica, e não o umbigo.
Andreas Vesalius
Andreas Vesalius (1514-1564), de Bruxelas, médico flamengo, Flandres, região da Bélgica e França, e professor de Anatomia em
Pádua, Itália. Vesalius foi o responsável por uma revolução, ao fundar a moderna ciência da Anatomia, publicando sua extraordinária
obra intitulada “De Humani Corporis Fabrica Libri Septem”, em 1543, e ilustrada por um artista, Johannes Calcar. Vesalius
acompanhou as doutrinas de Galeno, abreviados no seu pensamento “dissecar e observar”, que levou Vesalius, a derrubar a
Anatomia Galênica, fundamentada em dissecção de animais. Vesalius padronizou a terminologia anatômica, realizou contribuições em
osteologia e miologia, e renunciou, em cardiologia, o conhecimento de Galeno do septo pérvio, ou seja, intercomunicante. A revolução
contra Galeno, e a sua Anatomia gerou ondas de críticas. Vesalius foi extremamente censurado pelos seus mais proeminentes
concorrentes Sylvius seu mestre, e Bartolomeu Eustáquio. Vesalius viveu num período em que o pensamento e a inovação eram
graves, quando muitos tiveram que pagar com a vida a liberdade intelectual. Não resta dúvida que Vesalius foi o primeiro pensador
anatômico que ousou criticar Galeno, e soube rescindir a cega adoração a Galeno, contestando seus equívocos. Estes fatos levaram
Vesalius à Espanha, onde foi indicado como médico do Imperador Carlos V.
Conta à história que Vesalius caiu em infortúnio perante a corte e o clero. O Imperador Carlos V, utilizando a sua reputação foi capaz
de subtrair Vesalius das suplicias da Inquisição, fazendo com que o mesmo fizesse uma andança à Terra Santa. O crime praticado por
Vesalius era irredimível. Estava ele ocupado em dissecar um cadáver humano de um nobre cavaleiro da corte do rei ferido em duelo,
quando um de seus assistentes testemunhou o coração bater. Segundo consta, o assistente amparando-se sobre o cadáver fez o
sangue venoso refluir para os átrios. Contudo, na realidade, é que o renome europeu que receberia em virtude de seus trabalhos de
anatomia, assim como a devoção de Carlos V, e posteriormente, de Felipe II, que conquistara com suas vocações de médico, valeram
a Vesalius, a cobiça e a aversão de diversos contemporâneos, e para explicitar Sylvius, seu mestre, que o chamou de “Vesano” – “o
Louco”. Aos 50 anos de idade, em 1564, Vesalius retorna à Itália após uma andança a Jerusalém, sofreu um naufrágio em Zante, ilha
nas costas da Grécia, onde faleceu de fome e fadiga depois de errar solitário durante três dias após ter sido lançado na ilha.
Tal a relevância das práticas e das informações indicadas por Vesalius que, no século seguinte, seus estudos ganharam visibilidade
em telas, como por exemplo, “Lição de Anatomia do Dr. Tulp” pintada por Rembrandt em 1632, onde aos pés do cadáver surge um
livro de anatomia de sua autoria, evidenciando uma dissecção dos músculos flexores dos dedos, enquanto realiza o movimento
explicativo com a sua mão esquerda. Na realidade, esta aula com sete alunos anatomistas é de demonstração, não acontecendo cá
uma dissecção anatômica, e que a tela abrange dois erros anatômicos: o comprimento do membro superior esquerdo é bem maior
que o membro superior direito, e os músculos flexores superficiais do antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo lateral,
ao invés do epicôndilo medial, o que indica o insciência de Rembrandt sobre anatomia. Além disso, Dr. Tulp não era cirurgião nem
anatomista, porém um médico preocupado em distinguir as sequelas dos incômodos nos diversos órgãos do corpo humano.
Entretanto, o legado do Renascimento, o ensino como demonstração sugere a relevância da anatomia no ensino médico.
Após muitos séculos de marasmos profundos, decadência e omissão das ciências, diversos anatomistas surgiram, deixando seus
legados em nome da história da anatomia e da medicina. O sucessor de Vesalius, em Pádua, foi Matteo Realdo Colombo
(1516-1559), que viu a concomitância entre a sístole e a expansão arterial; e a diástole com a contração arterial. Confirmou a ausência
de poros no septo interatrial e no septo interventricular, assim como a teoria de Servet, no livro De Re Anatomica, publicado em 1559,
pouco depois de sua morte.
Realdo Colombo, por sua vez foi sucedido por Gabriele Fallopius (1523-1562) para quem Vesalius era “um médico esplêndido e
professor divino”. Fallopius, conhecido pela sua versatilidade, um “scholar” no sentido dos anglo-saxônicos, era ponderado um
professor diversificado de anatomia e maravilhado pelas abundantes colaborações realizadas a quase todos os sistemas e aparelhos
do corpo humano. Foi professor de anatomia em Pisa e Pádua, onde acumulou as cadeiras de anatomia e cirurgia. Diversas
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colaborações relevantes para a anatomia foram descritas por Fallopius: a tuba uterina, o clitóris, o hímen, o ligamento redondo do
útero, a vagina, a placenta, órgãos da audição e do equilíbrio, o ligamento inguinal, a papila ileal. Conta à história que Fallopius, em
Pisa, realizou pesquisas sobre a medicação de venenos em criminosos condenados.
Fallopius, por sua vez teve como contemporâneo, Miguel Servet (1509-1555), nascido na Espanha, estudou medicina, em Paris. Junto
à Vesalius, à Servet, também foi atribuída à descoberta da circulação pulmonar. Condenou impetuosamente os mandamentos
cristãos, atacando os católicos e os protestantes, exaltando uma religião naturalista. De tal modo, Servet obteve uma soberba
reputação de herege, sendo duramente perseguido. Aos 42 anos de idade foi queimado vivo, em 1555, por determinação do arcebispo
de Viena, João Calvino.Fallopius era habitual que tivesse seduzido discípulos excelentes, entre os quais, um dos mais brilhantes anatomistas de todos os
tempos: Girolamo Fabrizio, ab Acquapendente (1533-1619), cidade onde nascera na região de Piemonte. Fabrizio, médico e cirurgião
excepcional, de rara habilidade, que cuidou dos mais ricos personagens da república vienense, recusando-se sempre a aceitar
qualquer pagamento em dinheiro, porém foi alvo de diversos presentes. Fabrizio concentrou todo o conhecimento de Fallopius, e
chegou a ultrapassá-lo. Ele recebeu a condecoração máxima, Professor Supraordinarius, da Universidade de Pádua, e se diferenciou,
também, por realizar jus ao mais alto salário pago, “em peças de ouro”, a um professor de Anatomia.
Os séculos XVII, XVIII e XIX
Durante os séculos XVII e XVIII, a anatomia alcançou uma aprovação incomparável. Em alguns enfoques, adotou também uma
qualidade um pouco teatral. Anfiteatros magníficos eram construídos em diversas partes da Europa para demonstrações públicas de
dissecções. Ingressos eram vendidos a preços descomunais, e as dissecções eram realizadas por anatomistas graciosamente
vestidos, e que também eram majestosos discursadores. Os cadáveres eram geralmente, de prisioneiros executados, e as exposições
eram marcadas durante o inverno devido da natureza perecível dos cadáveres.
William Harvey (1578-1657) médico inglês instituiu um marco histórico com a publicação do seu trabalho intitulado “Exercitatio
Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus”, ao prover os embasamentos da circulação do sangue. De forma irônica, nas
críticas e nas discussões que se seguiram, a palavra latina circulator era usada, pelos oponentes, difamador, com o significado de
charlatão. Demonstrou de maneira definitiva, por meio de observação direta da circulação de animais de laboratório, que o sangue
oriundo do ventrículo direito seguia pela artéria pulmonar em direção aos pulmões, e retornava ao coração por meio das veias
pulmonares. Suas observações sepultaram terminantemente a teoria da presença de poros interventriculares. Contudo, Harvey
ignorava a fisiologia da circulação pulmonar: a dissipação de CO2 e absorção de O2.
A invenção do microscópio óptico composto, por Hans (pai), e Zacharias (filho) Janssen, ocorreu na Holanda, em 1590, foi utilizado
por Robert Hooke, e por Anton van Leeuwenhoek. Este inventou o fotomicroscópio simples, na Holanda, em 1673, que lhe possibilitou,
com uma lente, realizar extraordinárias descobertas sobre micro-organismos. Hooke, na Inglaterra, e Leeuwenhoek, na Holanda,
utilizando simples microscópios, fizeram fantásticas contribuições em Biologia e Zoologia. Na Itália, o médico Marcello Malpighi
(1628-1694), anatomista, botânico, e dono de uma individualidade plurifacetada. Malpighi era considerado também, microanatomista e
morfologista. Graças à esmiuçada utilização do microscópio composto, Malpighi comprovou com a sua descoberta dos capilares, em
anastomoses de arteríolas e vênulas, a previsão realizada por completo, de tal modo, o conhecimento da “circulação do sangue”.
Portanto, tão somente com o progresso da tecnologia munida pelo microscópio foi admissível provar a ideia revolucionária de Harvey.
No século XVIII as técnicas de conservação de cadáveres conheceram relevante desenvolvimento devido especialmente aos
seguintes investigadores: Guilhermo Hunter (1718-1783), que usava o álcool como meio de fixação e conservação. Pierrento Dionis
aplicava o ácido tânico para se impedir o desenvolvimento de fungos. Francois Chaussier (1742-1828) aplicou o biocloreto de
mercúrio para impedir a putrefação e melhorar a mumificação. Johann Jacob Ritter (1714-1784) usou o arsênico. Karl Wilhelm Sheele
(1742-1786) um farmacêutico sueco, que descobriu a glicerina. Na ocasião, Sheele a batizou de “o doce princípio das gorduras”.
Coube ao anatomista italiano Carlo Giacomini (1840-1898), o primeiro uso da glicerina para preservar cadáveres, cuja técnica ganhou
o seu nome. Posteriormente, August Wilhem V. Hoffmann (1818-1892) químico alemão, descobriu e passou a usar o formol como
substância para a conservação de cadáveres.
A fundamental colaboração científica do século XIX foi à formulação da teoria celular. Pode-se até discutir que esta teoria teria sido a
descoberta mais relevante na história da biologia e da medicina porque todas as funções do corpo humano foram enfim explicadas
como consequência da função celular.
Dentre os nomes relevantes da anatomia do século XIX destacaram-se William Sharpey (1802-1880) e Henry Gray (1827-1861), os
dois reconhecidos por suas colaborações tanto na organização de algumas das edições do Quain’s Anatomy quanto na publicação
do Gray’s Anatomy, obras dedicadas ao progresso do conhecimento da anatomia humana por parte de médicos cirurgiões, cujas
atividades foram excitadas pela chegada da anestesia.
Os séculos XX e XXI
As contribuições para a ciência anatômica durante o século XX não foram tão magníficas quanto o eram no período em que pouco se
sabia sobre a estrutura do corpo humano. O estudo da anatomia se aperfeiçoa cada vez mais por meio das especializações, e as
pesquisas se tornaram mais minudenciadas e mais complexas.
Infelizmente, um ponto negativo ocorreu no período da 2ª Grande Guerra Mundial, período em que as polêmicas bioéticas,
abrangendo as experiências com seres humanos tomavam corpo com o processo de Nuremberg, anatomistas alemães foram
denunciados de utilizar corpos de vítimas do holocausto para as pesquisas anatômicas, de tal modo como foram realizadas diversas
acusações da presença da suástica nazista nas páginas de alguns atlas anatômicos do período.
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Após especificar alguns dos enfoques históricos, sociais, e culturais que possibilitaram a exaltação da anatomia humana como esfera
de conhecimento organizado nos padrões constituídos pela ciência moderna. No âmbito brasileiro, e mais especificamente paulista, foi
instituída e sustentada uma escola de anatomia ilusoriamente clássica, orientada por ritos e tributos ao seu fundador, o anatomista
italiano Alfonso Bovero.
A proposta de ensino e pesquisa estabelecida por Bovero manifestou-se inovadora na conjuntura brasileira. Contudo, uma visão mais
esmiuçada acerca de suas propostas e vantagens sugere que o seu padrão de ensino/pesquisa fora parecido ao explorado por
Mondino, no século XIV, e Vesalius, no século XVI, contemplados os “reformadores” da anatomia e que, ao dar preferência à prática
da dissecção, e a utilização de compêndios e de livros textos, instauraram uma metodologia clássica de ensino e pesquisa que
individualiza a disciplina de anatomia humana.
Quanto ao enfoque nas técnicas de preparação de peças anatômicas, com o tempo, elas foram se modificando. Diversas formas de
conservação das peças anatômicas com o uso substâncias que evitam a proliferação de micro-organismos foram utilizadas. As mais
habituais são: o formaldeído, a glicerina, o álcool etílico, e o fenol. O formaldeído é o fixador e conservante mais usado, por ser barato
e adentrar velozmente nos tecidos, mas está sendo desconsiderada pelo seu cheiro enjoativo e a deterioração das peças anatômicas.
A partir de 1977 uma nova técnica de preparação de peças anatômicas foi elaborada. Essa descoberta foi realizada pelo médico e
professor da universidade de Heidelberg na Alemanha, Gunther Von Hagens, o qual se intitula “Vesalius do século XXI”, que inventou
e desenvolveu o processo batizado por Gunther de plastinação, que incide numa maneira moderna de mumificação, fazendo com que
os cadáveres tenham uma elevada resistência.
Assim, a plastinação, é outro aspecto que envolve polêmicas bioéticas, onde os "espécimes" inodoros, secos, e quase eternos estão
sendo vastamente utilizados como modelos de anatomia em exposições e faculdadesde medicina. Milhões de desconhecedores já
testemunharam corpos dissecados em uma das “fantásticas” exposições de anatomia pelo mundo, e um novo mercado on-line de
"espécimes" humanos plastinados está aumentando.
Por fim, a anatomia humana sempre será uma ciência relevante. Não tão somente aperfeiçoa nosso entendimento individual do
funcionamento do corpo humano, entretanto, também é fundamental no diagnóstico clínico e no tratamento das doenças. A anatomia
humana já não está mais restringida à observação e a descrição das estruturas isoladamente, porém se ampliou para compreender as
complexidades de como o corpo humano age como um todo integrado. A ciência da anatomia é dinâmica, e permanecerá ativa porque
os dois aspectos do corpo humano, a estrutura e a função, são inseparáveis.
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Exercício 1:
A figura abaixo ilustra a pintura a óleo “Lição de Anatomia do Dr. Tulp” retratada por Rembrandt em 1632, onde aos pés do cadáver
surge um livro de anatomia de sua autoria, evidenciando uma dissecção dos músculos flexores dos dedos, enquanto realiza o
movimento explicativo com a sua mão esquerda. Na realidade, esta aula com sete alunos anatomistas é de demonstração, não
acontecendo cá uma dissecção anatômica, e que a tela abrange dois erros anatômicos.
“Lição de Anatomia do Dr. Tulp”
Fonte: https://pixabay.com/pt/rembrandt-van-rijn-artistas-pintor-67747/
Com base nos fatos históricos e em seus conhecimentos sobre a anatomia humana, quais são os erros anatômicos da tela?
A)
O comprimento do membro superior esquerdo é bem maior que o membro superior direito, e os músculos flexores superficiais do
antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo lateral, ao invés do epicôndilo medial.
B)
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O comprimento do membro superior esquerdo é bem maior que o membro superior direito, e os músculos flexores profundos do
antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo medial, ao invés do epicôndilo lateral.
C)
O comprimento do membro superior esquerdo é bem maior que o membro superior direito, e os músculos flexores superficiais do
antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo medial, ao invés do epicôndilo lateral.
D)
O comprimento do membro superior esquerdo é bem maior que o membro superior direito, e os músculos flexores profundos do
antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo lateral, ao invés do epicôndilo medial.
E)
O comprimento do membro superior esquerdo é bem menor que o membro superior direito, e os músculos flexores superficiais do
antebraço estão surgindo incorretamente do epicôndilo lateral, ao invés do epicôndilo medial.
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Exercício 2:
A figura abaixo representa “A Criação do Homem”, onde se encontra a imagem das mãos aproximadas, como sendo as de “Adão” e
de “Deus”. Ao analisar estas pinturas que integram o teto da capela erguida por Sisto IV, Marco Bussagli vê que seu pintor, também
apresentava informações da musculatura de antebraços, sendo que na pintura do membro superior de “Deus”, assim como, o membro
superior esquerdo do “Homem” é possível o reconhecimento de determinados músculos.
“A Criação do Homem”
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Fonte: https://pixabay.com/pt/criação-do-homem-dedo-deus-1159966/
Baseado nas informações contidas no texto e na imagem acima, os músculos do membro superior de “Deus”, e do
membro superior esquerdo do “Homem” são REPECTIVAMENTE:
A)
membro superior de “Deus”, o músculo flexor ulnar do carpo, o músculo braquiorradial, e o músculo palmar longo; e do membro
superior esquerdo do “Homem, o músculo palmar longo, o músculo extensor longo do polegar, o músculo extensor curto do polegar, e
o músculo abdutor longo do polegar.
B)
membro superior de “Deus”, o músculo palmar longo, o músculo extensor longo do polegar, o músculo extensor curto do polegar, e o
músculo abdutor longo do polegar; e do membro superior esquerdo do “Homem”, o músculo flexor ulnar do carpo, o músculo
braquiorradial, e o músculo palmar longo.
C)
membro superior de “Deus”, o músculo palmar longo, o músculo flexor longo do polegar, o músculo flexor curto do polegar, e o
músculo adutor do polegar; e do membro superior esquerdo do “Homem”, o músculo extensor ulnar do carpo, o músculo
braquiorradial, e o músculo palmar longo.
D)
membro superior de “Deus”, o músculo extensor ulnar do carpo, o músculo braquiorradial, e o músculo palmar longo; e do membro
superior esquerdo do “Homem”, o músculo palmar longo, o músculo flexor longo do polegar, o músculo flexor curto do polegar, e o
músculo adutor do polegar.
E)
membro superior de “Deus”, o músculo extensor radial do carpo, o músculo braquiorradial, e o músculo palmar longo; e do membro
superior esquerdo do “Homem”, o músculo palmar longo, o músculo flexor longo do polegar, o músculo flexor curto do polegar, e o
músculo adutor do polegar.
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Exercício 3:
Durante séculos, o mérito conatural dos indivíduos nos seus próprios corpos e as competências físicas deparou diversas maneiras de
expressão. Osgregos estimulavam as competições atléticas, e apregoavam a beleza do corpo nas suas esculturas. Vários dos
grandes mestres do Renascimento retrataram os contornos humanos em suas artes. Verdadeiramente, alguns destes artistas eram
exímios anatomistas porque o desassossego com as minúcias demandava que o fossem. A imagem abaixo mostra a obra de um
artista extraordinário que deteve a pompa dos contornos humanos com as esculturas, como por exemplo, David, esculpido em um
único bloco sólido de mármore de carrara branco.
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“David”
Fonte: https://pixabay.com/pt/
O artista em questão é:
A)
Michelangelo
B)
Shakespeare
C)
Da Vinci
D)
Rembrandt
E)
Rafael
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Exercício 4:
Descreveu o homem como o centro do universo, distendendo a figura humana em duas formas geométricas, uma em relação ao
quadrado, e a outra em relação ao círculo, sendo que a unidade melodiosa seria dada pelo conjunto. Seu ponto de partida foram os
escritos do arquiteto e do engenheiro militar Marco Vitrúvio, o qual constituíra no século I antes de Cristo a doutrina que relacionava a
proporcionalidade da soberba arquitetura com as do homem de boa conformação.
“O Homem Vitruviano”
Fonte: https://pixabay.com/pt/
Qual é o nome desse anatomista?
A)
Tintoretto
B)
Leonardo
C)
Caravaggio
D)
Ticiano
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E)
Masaccio
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Exercício 5:
William Harvey (1578-1657) médico inglês instituiu um marco histórico com a publicação do seu trabalho intitulado “Exercitatio
Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus”, ao prover:
A)
a estrutura microscópica dos espermatozoides.
B)
a correlação entre o cérebro e a doença sagrada, designada de epilepsia.
C)
o desenvolvimento do coração em um embrião de galinha.
D)
a circulação contínua do sangue.
E)
a plástica de períneo.
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Exercício 6:
Qual das relações seguintes está na ordem cronológica CORRETA?
A)
Hipócrates, Aristóteles, Galeno, Vesalius, Harvey, Gunther
B)
Aristóteles, Hipócrates, Vesalius, Galeno, Harvey, Gunther
C)
Aristóteles, Hipócrates, Galeno, Vesalius, Gunther, Harvey
D)
Hipócrates, Aristóteles, Galeno, Vesalius, Gunther, Harvey
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E)
Aristóteles, Hipócrates, Galeno, Vesalius, Harvey, Gunther
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Exercício 7:
O órgão do corpo humano que para Aristóteles era o local onde residia à inteligência era:
A)
o cérebro
B)
o coração
C)
o fígado
D)
o pulmão
E)
o intestino
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Exercício 8:
O conhecimento anatômico sobre o corpo humano iniciou com as dissecções em animais. Quem foi o pioneiro dessa prática?
A)
Aristóteles de Estagira, na Grécia.
B)
Herófilo da Macedônia, na Alexandria.
C)
Erasístrato de Chio, na Alexandria.
D)
Alcméon de Crotona, na Itália.
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E)
Fabrizio, ab Acquapendente, na região de Piemonte.
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Exercício 9:
Machado de Assis em “Contos Alexandrinos”, narra a história de dois filósofos: Stroibus e Pítias: “Tinham sido escalpelados cerca de
cinquenta réus, quando chegou à vez de Stroibus e Pítias. Vieram buscá-los; eles supuseram que era para a morte judiciária, e
encomendaram-se aos deuses. De caminho, furtaram uns figos, e explicaram o caso alegando que era um impulso da fome; adiante,
porém, subtraíram uma flauta, e essa outra ação não a puderam explicar satisfatoriamente. Todavia, a astúcia do larápio é infinita, e
Stroibus, para justificar a ação, tentou extrair algumas notas do instrumento, enchendo de compaixão as pessoas que os viam passar,
e não ignoravam a sorte que iam ter.”
A notícia desses dois novos delitos foi narrada por determinado ANATOMISTA, e abalou a todos os seus discípulos. Qual é o nome
desse ANATOMISTA?
A)
Herófilo da Macedônia
B)
Hipócrates de Cós
C)
Galeno de Pérgamo
D)
Paulo de Tarso
E)
Vesalius de Flandres
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Exercício 10:
“A religião cristã despontou durante o Império Romano. Por séculos se desenvolveu, difundindo poder e amplo número de
simpatizantes. Em 313 adquiriu do governo romano o direito à liberdade de culto; em 391 foi transformada em religião oficial do
Império. Contudo, o poder da Igreja tão somente se firmaria com o convertimento dos povos germânicos ao catolicismo. Com isso, a
Igreja escaparia à desagregação do Império Romano do Ocidente, simultaneamente se transformava na mais influente instituição de
sua época. Em uma sociedade despedaçada, a Igreja Católica assegurava não tão somente a unidade religiosa, mas também a
política e a cultural. Com o domínio da fé, a Igreja Católica determinava a maneira de nascer, de morrer, de festejar, de pensar, por
fim, de todos os enfoques da vida dos seres humanos no mundo medieval”. Qual afirmativa você assinalaria como INCORRETA
referente ao texto acima?
A)
Os soldados cozinhavam os ossos de seus parceiros mortos, de tal modo, que eles pudessem retornar para as suas moradias, e ter
um enterro digno. Contudo, até mesmo esta ação foi ponderada uma profanação.
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B)
O Papa Sisto IV consentiu a dissecção de cadáveres, a qual foi aprovada, em 1525, pelo Papa Clemente VII, demolindo os danos
religiosos que atalhavam o desenvolvimento da ciência médica.
C)
Michel Servet obteve uma soberba reputação de herege, sendo duramente perseguido. Aos 42 anos de idade foi queimado vivo, em
1555, por determinação do arcebispo de Viena, João Calvino.
D)
Os embalsamentos são ponderados o procedimento mais perfeito para a manutenção de cadáveres. Na verdade é uma maneira
utilizada na Idade Média de desidratação sucedida de um tratamento químico, perfeitamente aceito pela Igreja Católica.
E)
No Cristianismo, principalmente nas obras teológicas de Paulo de Tarso, Justino (110-167), Tertulliano (155-240), Irineu (140-200), o
homem é a imagem e semelhança de Deus, sendo por Ele modelado como composto de argila do solo e do sopro divino.
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Exercício 11:
No âmbito brasileiro, e mais especificamente paulista, foi instituída e sustentada uma escola de anatomia ilusoriamente clássica,
orientada por ritos e tributos ao seu fundador. Qual é o nome desse anatomista italiano?
A)
Realdo Colombo
B)
Alfonso Bovero
C)
Marcantonio Della Torre
D)
Berengario de Carpi
E)
Mondino de’ Luzzi
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Exercício 12:
Professor Supraordinarius, da Universidade de Pádua, e se diferenciou, também, por realizar jus ao mais alto salário pago, “em peças
de ouro”, a um professor de Anatomia. O professor em questão é:
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A)
Fabrizio d’Acquapendente
B)
Gabriele Fallopius
C)
Bartolomeu Eustáquio
D)
SylviusE)
Andreas Vesalius
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Exercício 13:
Enfoques históricos, sociais, e culturais possibilitaram a exaltação da anatomia humana como esfera de conhecimento organizado nos
padrões constituídos pela ciência moderna. Entretanto, alguns aspectos envolvem polêmicas bioéticas. Assim, considere as
afirmações abaixo:
I. Na plastinação, uma maneira moderna de mumificação, os corpos dissecados são demonstrados em uma das “fantásticas”
exposições de anatomia pelo mundo, e num novo mercado on-line de "espécimes” humanos.
II. As experiências com seres humanos tomaram formas com o processo de Nuremberg, onde os anatomistas alemães foram
denunciados de utilizar corpos de vítimas do holocausto para as pesquisas anatômicas, de tal modo foram realizadas diversas
acusações da presença da suástica nazista nas páginas de alguns atlas anatômicos do período.
III. Herófilo da Macedônia e Erasístrato de Chio desejavam saber se o nervo do furto habitava na palma das mãos. Os anatomistas
utilizaram o método de vivissecção, sendo que criminosos eram dissecados até oito dias. 
Podemos considerar como aspectos bioéticos:
A)
apenas I.
B)
apenas I e II.
C)
apenas III.
D)
I, II e III.
E)
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apenas II e III.
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Exercício 14:
Considere as duas colunas abaixo:
I. Avicena A. Apresentava bons conhecimentos sobre o bulbo ocular.
II. Galeno B. Descreveu os nervos cranianos em número de nove pares.
III. Fallopius C. Descreveu a tuba uterina, o hímen, a vagina, e o clitóris.
IV. Harvey D. Descreveu a circulação sanguínea.
V. Aristóteles E. Concebeu a sede da inteligência no coração.
A associação CORRETA entre os elementos das duas colunas é
A)
I – C; II – D; III – A; IV – E; e V – B.
B)
I – C; II – D; III – E; IV – A; e V – B.
C)
I – E; II – D; III – A; IV – C; e V – B.
D)
I – D; II – C; III – B; IV – E; e V – A.
E)
I – A; II – B; III – C; IV – D; e V – E.
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Exercício 15:
Dissecou mais de 100 cadáveres e descreveu diversas estruturas anatômicas, como por exemplo, o apêndice vermiforme, o timo, a
membrana do tímpano, a comunicação do seio esfenoidal com o meato nasal superior, e a laringe. Os seus livros estão entre os
primeiros livros de anatomia a serem impressos. Os fatos históricos pertencem:
A)
William de Saliceto
B)
Mondino de’ Luzzi
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C)
Berengario de Carpi
D)
Andreas Vesalius
E)
Bartolomeu Eustáquio
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