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O PENSAMENTO CURRICULAR NO BRASIL - Resumo

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14/05/2019 Currículo e suas tendências: O PENSAMENTO CURRICULAR NO BRASIL - Resumo
paulomarciosecundo.blogspot.com/2012/04/o-pensamento-curricular-no-brasil.html 1/4
Este blog é destinado a postagem de trabalhos, resumos, resenhas, comentários, etc, da disciplina Tendências
Conteporrâneas de Currículo ministrada pela professora Rita Stano na Universidade Federal de Itajubá,no curso de
Mestrado Profissional em Ensino de Ciências.
Currículo e suas tendênciasCurrículo e suas tendências
sexta-feira, 6 de abril de 2012
O PENSAMENTO CURRICULAR NO BRASIL - Resumo
 
 
Pós-Graduação em Ensino de Ciências – Mestrado Profissional 
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá
Disciplina: Tendências Contemporâneas de Currículo
Professora: Rita de Cássia M. T. Stano
Aluno: Paulo Márcio Secundo dos Santos Itajubá, 09 de março de 2012.
RESUMO 
O PENSAMENTO CURRICULAR NO BRASIL- 
Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo
 
 As preocupações com o currículo no Brasil iniciaram na década de
20 e foram construídas até 1980 com base na transferência instrumental de
teorizações americanas de viés funcionalista. A partir de 1980, com o início
da redemocratização do Brasil e o enfraquecimento da Guerra Fria,
ganharam força os questionamentos curriculares de tendências marxistas:
pedagogia histórico-crítica e pedagogia do oprimido. Essas tendências
passaram a conviver com a influência de pesquisas ligadas à Nova
Sociologia da educação Inglesa (Appple e Giroux) subsidiada por
pesquisadores brasileiros que buscavam novas referências teóricas. 
 A década de 1990 no campo da elaboração e questionamento sobre
currículo passou da superação das tendências psicologizantes (teoria de
aprendizagem) para a valorização das sociológicas ( currículo como espaço
de relações de poder).Autores como Freire, Apple, Giroux, Marx, Gramsci,
Bordieu, Lefébvre, Habermas e Bachelard direcionavam os debates sobre
currículo, conhecimento científico, saber popular, seleção de conteúdos,
superação das dicotomias entre conteúdo e vida, dentre tantos outros
questionamentos. Destacaram-se as pesquisas do Grupo de Trabalho (GT)
de Currículo e Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em
Educação(ANPE-D). Emergiu a compreensão do Currículo como
constructo teórico complexo e multirreferencial.
 No final da primeira metade da década de 90 os debates sobre
currículo passaram a incorporar enfoques pós-modernos e pós-
estruturais(Foucault, Deleuze, Guatari, Derrida e Morin) no questionamento
sobre a produção e incorporação do simbólico. Tais questionamentos
passam a conviver com as vertentes funcionalistas e com as orientações
marxistas.
 A convivência de diretrizes tão diversas levou tanto a um vigor
questionador sobre currículo quanto a uma certa indefinição a respeito de
sua conceituação. Lopes e Macedo asseguram que currículo pode ser
definido como um campo intelectual no qual intervém diferentes atores
sociais que legitimam concepções epistemológicas e sócio políticas. Essas
concepções por sua vez passam a influenciar a seleção de disciplinas,
conteúdos e métodos educacionais.
 O campo intelectual que orienta a teorização do que é currículo e sua
concretização como proposta educacional envolve diversos sujeitos
institucionalizados investidos da legitimidade de falar sobre currículo:
► ► 2015 (1)
▼ ▼ 2012 (10)
► ► Junho (3)
► ► Maio (2)
▼ ▼ Abril (5)
Resumo: Quem defende os PCN para o
Ensino Médio?
A CRISE DA MUDANÇA DOS
CURRÍCULOS -Resumo
O PENSAMENTO CURRICULAR NO
BRASIL - Resumo
NASCEM OS ESTUDOS SOBRE
CURRICULO:AS TEORIAS TRADI...
CURRÍCULO: ENTRE A POESIA E O
CONCEITO - Resenha
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instituições de ensino e de pesquisa, agencias de fomento e de pesquisa. As
negociações desses diferentes sujeitos envolvem relações de poder em
função de interesses específicos.
HIBRIDISMO: a marca do campo do currículo
 Lopes e Macedo identificam três grupos de orientações curriculares
em fins do século XX: a perspectiva pós-estruturalismo, o currículo em rede
e a história do currículo e a constituição do
conhecimento escolar.
1- A perspectiva pós-estruturalista
Essa perspectiva defendida por Tomas Tadeu da Silva e
colaboradores (da Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS)
incorpora as contribuições de Bordieu, Foucault, Derrida, Deleuze e
Guatari. Silva focaliza os processo de seleção, organização e distribuição
dos currículos escolares e a dinâmica de produção e reprodução da
sociedade capitalista.
Posteriormente, Silva busca relacionar teorizações críticas e pós-
modernidade sugerindo que há continuidades e rupturas entre ambas. Os
pontos de continuidade referem-se a preocupação em integrar em integrar
análise e ação política, e a superação da dicolomia entre conhecimento e
conhecimento escolar.
As rupturas implicam em ampliar a questão das relações de poder
(centralizada pela política e pela economia no pós-estruturalismo) para
todas as demais relações humanas (gênero, etnia, sexual, etc) e para a crítica
à idéia de supremacia da razão, do progresso e da ciência. Além disso, para
Silva, o pós-estruturalismo
não oferece uma possibilidade de superação da opressão, uma visão
libertadora, justa e igualitária de sociedade.
 Outra descontinuidade apontada pelo autor é o conceito de ideologia
que as teorias críticas definiam como visão falsa do mundo que se opõe a
um discurso verdadeiro. Para o pós-estruturalismo, a linguagem constitui a
realidade dentro de um contexto sócio-histórico. Não existem discursos
falsos ou verdadeiros (Althusser), mas apenas discursos que legitimam um
contexto (Foucault).
 Silva também trabalha o conceito de sujeito que nas teorias críticas é
pressuposto como uma consciência homogênea e capaz de superar a
alienação. O pós-estruturalismo defende a idéia de uma subjetividade
fragmentada e contraditória. Isso coloca em cheque a concepção do
educador como ser iluminado, neutro, acima do bem e do mal.
 Em síntese, Silva argumenta que não há critério universal da verdade,
mas discursos diferentes que sustentam currículos e relações de poder.
Assim as teorias criticas constituem-se um discurso conservador porque não
conseguem avançar na compreensão da complexidadedas relações de
poder. Por outro lado, o pós-estruturalismo pode levar as micronarrativas
relativas e isoladas, que ignoram as estruturas (econômicas e políticas que
mantém a dominação. É indispensável não perder na proposta curricular o
vínculo entre o saber, a política, a regulação social e a epistemologia social.
 Com base em Foucault ao demonstrar que todas as relações humanas
são relações de poder, que essas relações se conjugam numa rede de
micropoderes e que a linguagem constitui o sujeito e legitima as orientações
sócio-políticas de um dado contexto, Silva adverte que não existe sujeito
autônomo e nem o saber como fonte de libertação.
 O que existe é a constante luta contra posições de poder nas quais é
possível entrever e combater os mecanismos de dominação e regulação
social numa permanente desconstrução (Derrida) das dicotomias que
separam teoria e prática, sujeito e objeto, por exemplo, mas jamais explicam
com que fim eles são constituídos e se interrelacionam. No currículo como
proposta pedagógica isso se expressa pela defesa de um processo lógico do
conhecimento e da epistemologia por uma linguagem coerente que torna
esse currículo neutro e transparente. A linguagem configura sistemas de que
são epistemologias sociais (condiciona).
 O currículo entrelaça o saber e o poder, é produto e determinante das
identidades sócias e se objetiva por meio de uma linguagem (práticas
discursivas) comprometida como contexto social.
 
2- Currículo e conhecimento em rede 
A partir da metade dos anos 1990 Nilda Alves e Regina Leite Garcia,
entre outros pesquisadores do currículo no Brasil, apoiados em bibliografia
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francesa, centralizaram o cotidiano e a formação do professor na gênese de
uma proposta curricular como rede de conhecimento e de relações humanas.
Rede na qual se articulam a formação acadêmica, a ação governamental, a
prática pedagógica e a política.
Alves e Garcia defendem a superação do enfoque disciplinar que
constitui a base do currículo tradicional. Defendem o principio de eixos
curriculares como espaços coletivos que criaram campos de ação
pedagógica interdisciplinares. Na reunião da ANPED (1992) recusam a
idéia de linearidade e hierarquização e defendem a idéia de redes
diferenciadas na prática social.
Os princípios orientados de uma proposta curricular, de acordo com
Alves e Garcia, incorporando alguns preceitos curriculares já elaboradas na
década de 1980, tais como os eixos curriculares da base nacional e as
disciplinas como uma espiral de complexidade crescente que integra o saber
e o cotidiano, o individual e o coletivo.
De 1990 em diante a compreensão de que há uma crise generalizada
no mundo moderno (trabalho, produção científica e na razão como
instrumento de entendimento) engendrou a defesa de maior fluidez,
horizontalidade e criatividade que superem das disciplinas como áreas
específicas e isoladas do saber, e impõe o conhecimento como tecido
rizomaticamente. Ou seja, o conhecimento tem múltiplas raízes
estabelecidas e nas várias disciplinas e no cotidiano escolar.
Revalorizou-se o espaço social como construção cotidiana do
conhecimento e das relações de poder, como múltiplos contextos que
constituem o sujeito e suas práticas de formação atuação e sobrevivência.
 
História do currículo e constituição do conhecimento escolar
Os estudos sobre conhecimento escolar e currículo no final da década
de 1980 no Brasil apoiaram-se nos trabalhos de Apple e Giroux. Moreira
liderou algumas pesquisas sobre o tema enfocando a constituição das
propostas de currículo no Brasil, as influências internacionais
(transferências cultural) e as intencionalidades políticas. Moreira termina
por argumentar a concepção de currículo como texto político no Brasil,
convive tanto com o viés psicologizante quanto com a tensão entre a
flexibilização e o controle.
Para Moreira o pesquisador e o professor podem ser definidos como
intelectuais capazes de questionar, aceitar e ou recusaros modelos
curriculares existentes. Nos trabalhos de Moreira aparece uma certa
preocupação com a preservação da especificidade de cada disciplina e sua
dimensão utilitária 9 aplicação na atividades cotidianas) da proposta
curricular atual.
Na base de consolidação das disciplinas existem padrões de
estabilidade que asseguram a vigência de uma proposta curricular: a
autonomia da instituição frente aos mecanismos de controle curricular, o
papel das lideranças disciplinares(teorias psicopedagógicas e socio-
políticas) e a formação profissional do educador.
A objetivação do currículo dependeria portanto dos processo de
transposição didática(Chevallard) e de disciplinarização(Goodson) que
transformam o conhecimento sistematizado em conhecimento e
comportamento apropriado.
 
Tendências
 
Lopes e Macedo evidenciaram ao longo do texto analisado que as
teorias e as propostas curriculares no Brasil são marcadas pela hibridização:
associação de diversas tendências teóricas. Uma das principais marcas desse
hibridismo é o entrelaçamento entre o discurso pós-moderno e o foco
político na teorização crítica que enfocam: o ser humano como sujeito
histórico e social, a valorização do conhecimento como produtor do sujeito
crítico e autônomo, a constituição discursiva da realidade e a relação entre
saber e poder.
A definição ou redefinição do currículo (teoria e prática) termina por
desenvolver-se com a contribuição de vários campos do saber que
ultrapassam a área meramente educacional e se inscreve nas discussões
sobre a cultura e os projetos sociais mais amplos.
 
 
 
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Postado por Paulo Márcio Secundo dos Santos às 12:24 
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3 comentários:
Rita Stano 19 de abril de 2012 10:20
Fez um bom resumo...coloque as referências, ok?!
Responder
Paulo Márcio Secundo dos Santos 23 de abril de 2012 19:32
Ok!!!Obrigado.
Responder
Mazé Albuquerque 22 de maio de 2016 17:54
O texto resume muito bem o pensamento das autoras dando - nos a compreensão do percurso
histórico do Currículo aqui no Brasil
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