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Carta Magna (2)

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Carta magna: Em 1215, depois do Rei João da Inglaterra ter violado um número de leis antigas e costumes pelos quais Inglaterra tinha sido governada, os seus súbditos forçaram–no a assinar a Carta Magna, que enumera o que mais tarde veio a ser considerado como direitos humanos. Entre eles estava o direito da igreja de estar livre da interferência do governo, o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade, e serem protegidos de impostos excessivos. Isto estabeleceu o direito das viúvas que possuíam propriedade a decidir não voltar a casar–se, e estabeleceu os princípios de processos devidos e igualdade perante a lei. Isto também contém provisões que proíbem o suborno e a má conduta oficial.
Amplamente visto como um dos documentos legais mais importantes no desenvolvimento da democracia moderna, a Carta Magna foi um ponto de viragem crucial na luta para estabelecer a liberdade
A carta magna garantia aos nobres um comando mais justo por parte da realeza. Apesar de os reis estarem em uma posição superior a todas as classes no período, eles precisavam manter o controle da população e ter o apoio de parte dela, principalmente os que tinham acesso à informação e armamento.
 
Sendo assim, o documento tinha objetivo de servir como uma “balança” entre os diferentes interesses da realeza e dos nobres, um acordo para que o rei não cometesse tantas injustiças. 
A Idade Média era organizada da seguinte forma: o rei tinha total poder sobre seus domínios e os nobres decidiam por seus feudos. Para mostrar autoridade, os reis utilizavam de tributação real e juramentos de fidelidade, mas isso não garantia a falta de ambição da nobreza de alcançar mais espaço social.
Como a vontade da nobreza de crescer e arrecadar cada vez mais riqueza, eram normais os combates entre a própria classe nos reinados. Para conter a situação, a realeza adotava estratégias, entre elas, o treinamento para combater um inimigo comum.
A luta pela instituição da carta magna fez com que grandes guerras acontecessem no norte da França. Com a ambição dos ingleses de conquistar terras francesas, o acordo e incentivo de guerrear resultou em combates desastrosos. Para fúria do rei João sem Terra, que governava a Inglaterra na época, os objetivos propostos não foram alcançados. 
Sem limites e considerado como um homem cruel, João sem Terra mantinha os aliados a base de ameaças de chantagens. Ele foi acusado de mandar a própria esposa para prisão e assassinar o sobrinho. 
O rei não media esforços para alcançar seus objetivos. A carta magna só funcionou na sociedade que ele governava até certo momento, o rei não fazia questão de ser popular e agia por vontade própria. Dessa forma, os barões se organizaram e exigiram que João sem Terra seguisse a carta nobre, o que foi em vão.
Como a nobreza representava uma quantidade significativa da população, o grupo dominou Londres e forçou João a negociar. Em junho de 1215, a carta magna foi assinada e o rei passou a ter os poderes limitados. 
Vigência do documento
 
Apesar de assinar a carta magna, a natureza autoritária e ambiciosa de João sem Terra não sossegou. Historicamente, seria a primeira vez que um rei teria seus poderes limitados e João não aceitava isso. Ele acreditava que um rei só deveria ser nivelado com Deus, e não com homens como ele. Então uma guerra civil foi desencadeada. 
A estrutura do documento colocava limites entre a vontade do rei. Algumas leis foram criadas e inseridas na carta magna, são elas:
•    Para ser preso um cidadão livre deveria passar porjulgamento;
•    Quando preso o cidadão passou a ter direito ahabeas-corpus;
•    Não é porque foi preso, que seria condenado a morte ou a permanecer assim para sempre. O princípio da presunção de inocência passou a existir;
•    Para pagar impostos era necessário haver representação.
A Idade Média tinha basicamente dois pilares de sustentação: suserania e vassalagem. Os senhores feudais estavam na classe da suserania, possuíam terras, e para produzir nelas fazia uma seleção deservos para morar e realizar o trabalho braçal. Esses trabalhadores integravam a classe da vassalagem.
Como característica, os vassalos deveriam prestar fidelidade e ajudar ao seu suserano. A fidelidade era o pilar dessa relação, além do trabalho, em troca de proteção e moradia. 
Os poderes jurídico, econômico e político eram estabelecidos e determinados pelos senhores feudais, donos de lotes de terras. Em poucos casos, as decisões jurídicas eram decididas com a participação do clero (principalmente papas e bispos).
A sociedade medieval era dividida em camadas sociais estáticas e bem definidas. 
•    A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) – eram os donos de terras e arrecadava impostos dos camponeses. 
•    O clero (membros da Igreja Católica) - tinha um grande poder, pois era responsável pela "proteção espiritual" da sociedade. Eram isentos de impostos e arrecadavam o dízimo. 
•    A terceira camada da sociedade era formada pelosservos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos pagavam várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção) e banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal). 
A economia feudal era baseada principalmente naagricultura. 
Divisor de Águas
O abuso da autoridade política foi se diluindo graças a carta magna, que inspirou filósofos, pensadores e opositores a aceitar tudo que a realeza determinava. 
Contexto Histórico
Durante a Baixa Idade Média, os reis eram considerados como “primus inter pares” ou seja: o primeiro entre seus iguais. Sem dúvida eram mais importantes que os nobres, porém precisavam negociar o apoio deles através de casamentos e alianças militares.
Assim, o rei exercia poder efetivo somente em seus domínios e os nobres, em seus respectivos feudos. Havia a tributação real e os juramentos de fidelidade e vassalagem, mas isso não era garantia que a nobreza seria sempre fiel ao soberano. Uma estratégia usada pelos reis medievais para evitar as guerras entre os nobres era engajá-los num combate contra um inimigo comum. O rei João sem Terra, que reinou na Inglaterra de 1199 a 1216, usou este artifício em numerosas guerras contra os franceses. No entanto, o plano não deu certo.
As guerras no norte da França se revelaram um desastrosas, caras e não trouxeram as terras que os nobres ingleses esperavam. Longe de procurar outro objetivo, o rei João sem Terra exigia cada vez mais dinheiro, homens e armas da nobreza inglesa, a fim de continuar a guerra contra os franceses. Se eles se recusassem, confiscava suas propriedades e riquezas.
Também o caráter do rei não o fazia muito popular entre seus aliados. Ele enviou sua ex-mulher à prisão, matava de fome seus adversários e foi acusado de assassinar o próprio sobrinho.
Assim, vários barões se uniram contra o rei exigindo que ele passasse a respeitar leis elaboradas por um grupo de nobres. O rei João sem Terra negou, alegando que um rei não deveria submeter-se às leis humanas, somente às divinas. Desta maneira, os barões sitiaram Londres e forçaram o rei a negociar.
Era a primeira vez na história do Ocidente que o rei tinha seu poder limitado pelas leis dos homens e não de Deus.
Na verdade, a Carta Magna não trouxe a paz desejada. Ao contrário: desencadeou a guerra civil entre os barões e o rei João Sem-Terra. Somente após a morte do rei e da Magna Carta ter sido reeditada três vezes ao longo do século 13 foi possível sua aceitação por parte da sociedade inglesa.
Na verdade, a Carta Magna não trouxe a paz desejada. Ao contrário: desencadeou a guerra civil entre os barões e o rei João Sem-Terra. Somente após a morte do rei e da Magna Carta ter sido reeditada três vezes ao longo do século 13 foi possível sua aceitação por parte da sociedade inglesa. Principais Artigos da Carta Magna
Os artigos principais da Carta Magna, para a Era Moderna, são:
· nenhum “homem livre” poderia ser preso sem julgamento;· a instituição do habeas-corpus;
· o princípio da presunção de inocência;
· para pagar impostos era necessário haver representação (no taxation without representation).
O primeiro item deve ser lido de acordo com a sociedade da época, pois só a nobreza era considerada livre. Os trabalhadores rurais estavam sujeitos à lei do senhor local. Desta maneira, a liberdade era apenas para uma pequena parcela da população.
Já o último exemplo servirá de argumento, no século XVIII, aos colonos americanos para pedir mais direitos às Treze Colônias. Afinal, os colonos pagavam impostos, mas não estavam representados no Parlamento britânico.
Legado
. Apesar disso, inspirou diferentes pensadores nos séculos posteriores para lutar contra os abusos da autoridade política.
A Carta Magna, por exemplo, inspirou os americanos a escreverem a Constituição dos Estados Unidos. Igualmente é invocada como a primeira tentativa de impedir os abusos de uma autoridade por constitucionalistas de todo mundo.
— a Magna Carta, imposta ao rei britânico João I, conhecido como João sem Terra. Após sucessivos fracassos em seu governo e abusos na cobrança de impostos, o Rei João I foi obrigado pelos barões ingleses e pela Igreja a assinar o documento que limitava seus poderes, pondo fim ao poder absolutista. Pela primeira vez o Poder do Estado estaria sujeito a um freio, devendo obedecer o que estava previsto na lei. Em seu texto, o tratado trazia trechos que protegiam o indivíduo, sua propriedade e garantiam o devido processo legal.
A importância da Magna Carta foi destacada por Winston Churchill, na obra Uma História dos Povos de Língua Inglesa: "Sua importância não está nos detalhes, mas no princípio de que existe uma lei à qual a própria Coroa está sujeita — Rex non debet esse sub homine; sed sub Deo et lege”.
Ainda que tenham se passado oito séculos e a realidade hoje seja outra, a Carta Magna ainda é atual. Até hoje algumas disposições da versão original ainda integram as leis inglesas. Além disso, muitos países, como o Brasil, utilizaram ideias do tratado ao criarem suas próprias constituições e leis. Em sua coluna, publicada na revista eletrônica Consultor Jurídico nesta quarta-feira (10/6), o professor e advogado Heleno Taveira Torres, a Carta Magna influencia até mesmo a nossa legislação tributária.
Além disso, o tratado também é lembrado com frequência em debates jurídicos e em julgamentos, como aconteceu no julgamento do Recurso Extraordinário 564.225, pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em maio deste ano. Na ocasião, o ministro Luis Roberto Barroso citou a Carta Magna: “A proteção ao contribuinte remonta à origem do próprio constitucionalismo, quando passou a constar da Carta ao Rei João Sem-Terra que o povo é quem determina a medida do seu esforço. As garantias contra o poder de tributar evoluem e hoje o povo tem o poder de decidir e o direito de se preparar”.
Um dos legados modernos da Magna Carta é sua influência sobre os Direitos Humanos. No documento, ficou garantido entre outras coisas o direito da igreja de estar livre da interferência do governo e o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade. Além disso, o tratado garantiu a liberdade circulação, o julgamento por júri e impediu a detenção arbitrária.
De acordo com o documento se o rei não respeitasse a Carta Magna os barões teriam direito de declarar guerra, então não poderia sem a aprovação da nobreza criar impostos por exemplo.
 É considerada o primeiro documento constitucional do mundo ocidental, percursor dos Direitos Humanos e símbolo da liberdade, a Carta Magna ou Magna Carta, foi assinada em 15 de junho de 1215 na Inglaterra, reeditada três vezes ao longo do século XIII, na própria carta, as clausulas não são numeradas, o texto original é lido continuamente, a tradução da carta busca transmitir o sentido e não a redação precisa do latim original para o inglês, consta então 63 cláusulas em que mais de um terço tratam dos direitos feudais, definindo e limitando a extensão da autoridade do rei, muitas dessas clausulas foram omitidas em todas as reedições posteriores da carta, outras com pequenas alterações passando a ser um documento legítimo por parte da sociedade inglesa somente após a morte do Rei João sem Terra
.
. Os menos privilegiados financeiramente estavam sujeitos a lei do nobre que comandava a região que viviam.
A carta magna deixou um legado que perdura até hoje. Porém, foi o início da resistência contra as injustiças cometidas contra as diferentes camadas da sociedade.
. com o intuito de beneficiar apenas uma parte da população, não sendo acessíveis a todos da sociedade, sendo vigente apenas para a nobreza pois a carta garantia certa limitações do poder do rei em relação aos nobres ingleses,

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