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DIREITO PENAL

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DIREITO PENAL
A respeito dos crimes contra a fé pública, dos crimes previstos na Lei de Licitações, bem como dos princípios e conceitos gerais de direito penal, julgue os itens a seguir.
71 No quadro geral das teorias do delito, a consciência da ilicitude ora pertence à estrutura do dolo, ora, à estrutura da culpabilidade; no entanto, sua eventual ausência, desde que inevitável, conduz à isenção de pena.
72 É crime próprio, que somente pode ter como sujeito ativo o servidor público, falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou atestado, para produzir prova de fato que habilite alguém a obter cargo público.
73 A falsificação de moeda e a falsificação de documento particular, bem como a falsidade ideológica e a falsidade de atestado médico, são crimes contra a fé pública. Os dois primeiros dizem respeito à forma do objeto falsificado, que é criado ou alterado materialmente pelo agente; os dois últimos referem-se à falsidade do conteúdo da declaração contida no documento, que, entretanto, é materialmente verdadeiro.
74 Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a nova lei penal, independentemente de ser mais ou menos benéfica ao acusado, será aplicada aos fatos ocorridos a partir do momento de sua entrada em vigor, mas a lei revogada, desde que mais benéfica ao acusado, continua a ser aplicada a fato anterior, ou seja, a fato praticado durante o período de sua vigência.
75 A autoridade judiciária poderá impor, na sentença condenatória, a senador ou a deputado federal ou estadual que tenha cometido crime previsto na Lei de Licitações, a perda do mandato eletivo, como efeito da condenação passada em
julgado pela prática desse crime. Acerca dos crimes contra a administração pública definidos no Código Penal, julgue os itens de 76 a 80.
76 Se um funcionário público se apropria de dinheiro ou de qualquer outra utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outra pessoa, pratica o crime denominado peculato por erro de outrem; se, no entanto, o erro daquele que entregou o dinheiro ou qualquer outra utilidade foi provocado dolosamente pelo próprio funcionário que recebeu a coisa, o crime será o de corrupção passiva.
77 O crime de concussão se consuma com o recebimento, por parte do agente, da vantagem indevida que foi por ele exigida, para si ou para outrem, diretamente ou por interposta pessoa, mesmo que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela.
78 Pratica o crime de peculato doloso o funcionário público que se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou o desvia, em proveito próprio ou alheio, assim como o funcionário que, embora não tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtraia ou concorra intencionalmente para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
79 Não pratica crime de corrupção ativa, definido como crime contra a administração pública, aquele que, sem ter oferecido ou prometido anteriormente vantagem indevida a um funcionário público, dá-lhe essa vantagem, cedendo a seu pedido.
80 O crime de prevaricação pode ser praticado por ação ou por omissão; o delito de condescendência criminosa, apenas na modalidade omissiva. O primeiro exige o elemento subjetivo especial para satisfazer interesse ou sentimento pessoal; o segundo exige o elemento subjetivo especial por indulgência, ou seja, por tolerância ou condescendência.
71C 72E 73C 74C 75E 76E 77E 78C 79C 80C
Pedro, esposo ciumento, ao chegar em casa, surpreendeu sua esposa, Maria, na cama com outro homem. Maria, ao ser apanhada em flagrante, ofendeu verbalmente Pedro, com palavras de baixo calão. Em choque, o marido traído, completamente enraivecido e sob domínio de violenta emoção, desferiu dois tiros de revólver, matando Maria e ferindo seu amante. O laudo de exame cadavérico atestou não só o óbito de Maria, mas também que ela estava grávida de dois meses, circunstância desconhecida por Pedro.
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens a seguir, a respeito dos crimes contra a pessoa.
109 O ciúme, por si só — que, nesse caso, não está acompanhado por outras circunstâncias —, não caracteriza o motivo torpe, qualificador do homicídio.
110 Na hipótese em apreço, a incidência da qualificadora do motivo fútil no homicídio seria descabida.
111 Na situação em apreço, Pedro praticou um homicídio consumado, uma tentativa de homicídio e um aborto consumado.
112 Por ter cometido homicídio logo após injusta provocação da vítima, tendo agido sob domínio de violenta emoção, Pedro estará isento de pena.
Mário havia encomendado uma geladeira em uma loja de departamento. No dia da entrega do produto, o empregado da transportadora equivocou-se quanto ao número do apartamento de Mário, entregando o bem, por engano, a José, síndico do prédio, que, na ocasião, se ofereceu para guardá-lo e entregá-lo a seu real destinatário, já com o objetivo de ficar com o bem para si; e assim o fez. Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, no que se refere aos crimes contra o patrimônio.
113 Em razão de ter recebido a coisa na qualidade de síndico, a pena de José será aumentada em um terço.
114 José praticou o crime de apropriação indébita, visto que se apropriou de coisa alheia móvel, com a intenção de ficar com o objeto para si.
115 No crime de apropriação indébita, o bem jurídico protegido tem por objeto material o direito de propriedade.
116 O crime de apropriação indébita somente pode ser praticado dolosamente, não existindo previsão para a modalidade de natureza culposa. 
Francisco, advogado, tendo encontrado Carlos no tribunal de justiça onde este trabalhava, percebeu que Carlos estava utilizando a impressora do cartório judicial para imprimir os rascunhos de sua monografia de final de curso. Indignado, Francisco ofendeu Carlos e afirmou que ele era um servidor público desonesto, que não merecia integrar os quadros do tribunal. Indignado com essa acusação, Carlos chamou a polícia judiciária, que prendeu o causídico. Ao encaminhar Francisco à delegacia, Antônio, um policial militar, exigiu que Francisco lhe pagasse R$ 500,00 para ser solto. Contudo, Francisco não atendeu à exigência e permaneceu preso. Por sua vez, César, diretor de secretaria e chefe de Carlos, ao tomar conhecimento de que seu subordinado havia usado a impressora do cartório para fins particulares, por pena, deixou de comunicar a ocorrência à corregedoria do tribunal. Com base na situação hipotética acima, julgue os itens subsequentes, a respeito dos crimes contra a administração pública.
117 Antônio praticou o crime de corrupção passiva ao exigir de Francisco vantagem indevida.
118 Ao utilizar a impressora da repartição pública em que trabalhava para fins particulares, Carlos cometeu o crime de peculato.
119 Francisco praticou o crime de desacato, porque ofendeu, sem razão, Carlos, um servidor público que estava no exercício de suas funções no tribunal.
120 César cometeu o crime de prevaricação, porque, indevidamente, para satisfazer sentimento pessoal, deixou de praticar ato de ofício contra disposição expressa em lei.
109C 110C 111E 112E 113E 114E 115E 116C 117E 118C 119E 120E
Alberto, que já ostentava condenação anterior transitada em julgado por crime de furto, praticou outro crime de furto, foi preso em flagrante, confessou o delito e, posteriormente, foi condenado a pena privativa de liberdade de um ano e três meses de reclusão sob o regime fechado. Ao prolatar a sentença, o juiz agravou a pena base tão somente por força da condenação anterior. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
101 O juiz poderia ter aplicado pena privativa de liberdade inferior a um ano de reclusão porque a confissão é preponderante à reincidência.
102 O juiz poderia substituir a pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos,desde que a medida fosse socialmente adequada à reinserção social de Alberto.
103 O juiz poderia estabelecer o regime semiaberto para o início de cumprimento da pena.
Jonas, policial militar em serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em estacionamento público próximo a uma casa de eventos, onde ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que já ostentava condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um automóvel e neste ingressou rapidamente. Fábio, com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se evadir do local na condução do veículo. Jonas informou sobre o fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o portador não tinha qualquer registro ou porte legalmente válido em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio.
Com referência à situação hipotética acima relatada, jugue os itens que se seguem.
104 Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, previsto na lei que dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo e munição.
105 Mauro cometeu crime de furto na modalidade tentada, admitida a redução da pena de um sexto a dois terços, conforme consta no CP.
106 Mauro cometeu crime de corrupção de menores previsto no ECA.
107 Fábio praticou apenas ato infracional análogo ao crime de furto qualificado mediante emprego de chave falsa, previsto no CP.
Em uma área rural, Lucas, reincidente em crime de lesão corporal de natureza grave, apontou uma arma de fogo do tipo pistola de calibre 380, municiada com um cartucho, na direção de Flávia, determinou que ambos caminhassem para o interior de um matagal existente na localidade, e ali ele praticou o crime de estupro na forma consumada. Antes de fugir do local, Lucas ainda revistou a roupa de Flávia e levou seu aparelho de telefone celular, que custava duzentos reais. Flávia conseguiu abrigo em uma residência próxima ao local do fato, onde relatou o ocorrido a Roberta, que ligou para policiais militares do posto mais próximo, os quais conseguiram localizar Lucas e prendê-lo na posse da arma de fogo, mas não localizaram o aparelho de telefone celular. Na delegacia de polícia, constatou-se que a arma de fogo era produto de furto registrado na semana anterior por Rodrigo, detentor do respectivo registro da arma. Lucas foi denunciado pelo MP e, no curso da instrução criminal, comprovou-se que ele, ao tempo do crime, por força de desenvolvimento mental incompleto, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. Considerando o caso hipotético acima, julgue os itens subsequentes.
108 Na sentença, o juiz poderá reduzir a pena de um a dois terços e, caso Lucas necessite de especial tratamento curativo, poderá substituí-la por internação ou tratamento ambulatorial.
109 Após ser condenado a pena pelo crime de estupro, Lucas deverá cumpri-la inicialmente em regime fechado, podendo a progressão de regime ocorrer após o cumprimento de dois quintos da pena.
110 Na sentença, o juiz poderá proferir sentença absolutória imprópria e impor a Lucas medida de segurança de internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico pelo prazo mínimo de um a três anos. 
Ricardo, de dezoito anos de idade, convidou seu irmão Flávio, de dezesseis anos de idade, para ir a uma casa noturna. Já no interior desse estabelecimento, Ricardo subtraiu de uma mulher — enquanto Flávio perguntava-lhe as horas, distraindo-a — sua bolsa pessoal, com dinheiro e documentos, que estava em cima de uma mesa atrás da vítima. Ao tentarem sair do estabelecimento comercial, foram abordados pelo segurança da casa noturna, que apreendeu a bolsa da vítima, que estava na posse de Ricardo, e deteve os irmãos até a chegada de policiais militares acionados por outros empregados da casa noturna. Os policiais militares que abordaram Ricardo e Flávio encontraram, em poder de Flávio, uma arma de fogo municiada com um cartucho não deflagrado. A arma de fogo era legalmente registrada em nome de um policial militar que, cinco meses antes, registrou ocorrência policial por crime de furto em sua residência. No curso da instrução criminal, foi realizado exame médico-legal para verificar a integridade mental de Ricardo, por meio do qual se constatou que o acusado tinha inteira capacidade de entender o caráter ilícito do fato. Foi verificado que Flávio não havia cometido anteriormente nenhum ato infracional análogo à prática de crime.
Com relação ao caso hipotético relatado acima, julgue os itens de 111 a 114, à luz do Código de Processo Penal.
111 Encerrada a instrução processual e não havendo requerimento de diligências, as partes poderão dispor de vinte minutos cada uma para apresentar alegações orais, tanto pela acusação como pela defesa, ou o juiz poderá conceder às partes o prazo sucessivo de cinco dias para apresentação de memoriais.
112 Após encerrada a instrução processual, o juiz que a presidiu a deverá proferir a sentença no prazo de cinco dias.
113 Na sentença, o juiz deverá decretar o perdimento da arma de fogo em favor da União Federal, em virtude de a arma consistir em instrumento do crime.
114 O laudo do exame médico-legal para verificar a integridade mental em Ricardo deverá ser expedido por perito oficial, portador de diploma de curso superior. João, condenado definitivamente pelo crime de violação de domicílio, foi preso em flagrante pelo crime de receptação de veículo, ocorrido no mês anterior. Pedro, o proprietário do veículo subtraído, registrou a ocorrência de roubo. João afirmou perante a autoridade policial que adquiriu o veículo de uma pessoa desconhecida no dia anterior à sua prisão, mediante o pagamento de trezentos reais, e que havia combinado com o vendedor que retornaria na semana seguinte para receber o licenciamento anual do veículo, que estava sem o estepe e sem o aparelho de som, tendo Pedro, por isso, sofrido prejuízo de novecentos reais. Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens a seguir.
115 Na sentença condenatória, o juiz poderá condenar de ofício João a pagar a Pedro a quantia de novecentos reais a título de danos materiais.
116 O Ministério Público pode oferecer proposta de suspensão condicional do processo desde que João repare o dano material a Pedro mediante o pagamento de novecentos reais.
117 A ação penal é de iniciativa pública do Ministério Público, mas condiciona-se à representação de Pedro.
Um juiz recebeu a denúncia de crime de estelionato oferecida pelo Ministério Público contra Juliano, que nunca havia respondido a inquérito policial ou à ação penal. O oficial de justiça, ao comparecer ao local informado por Juliano nos autos, a fim de citá-lo, foi recebido por Vinícius, que informou que residia naquele local havia dez anos e que não conhecia Juliano. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes.
118 Juliano deverá ser citado por edital e, se não comparecer ao juízo nem constituir advogado para o patrocínio de sua defesa, deverá ser julgado à revelia.
119 O fato de o endereço informado por Juliano não corresponder à sua residência configura a ocultação do denunciado para não ser citado, devendo o oficial de justiça, nessa situação, certificar a ocorrência e proceder à citação por hora certa na pessoa de Vinícius.
120 Caso Juliano compareça ao cartório judicial e, citado pessoalmente, informe ao juízo não ter condições de arcar com os custos de advogado particular, o juiz poderá nomear um defensor público para responder por Juliano, devendoo defensor apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.
101E 102E 103 C 104E 105E 106C 107C 108C 109 110E 111C 112E 113E 114C 115E 116E 117E 118E 119C 120C
Nero, trajando roupas características dos manobristas de uma churrascaria, se fez passar por funcionário do estabelecimento e, com isso, teve acesso ao quadro de chaves onde eram guardadas as chaves dos carros dos clientes. Nero, então, pegou a chave de um dos carros e saiu com o veículo sem ser importunado. Em seguida, cruzou a fronteira do Brasil com a Colômbia, onde vendeu o carro como se fosse seu. Na fuga, Nero ainda matou, a tiros, dois policiais que o perseguiam. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, que tratam dos crimes contra a vida e contra o patrimônio.
66 O transporte do veículo para o exterior qualifica o crime cometido por Nero.
67 Como enganou todos os funcionários do estabelecimento para levar o veículo de um dos clientes, Nero praticou o crime de estelionato.
68 Em decorrência das mortes dos policiais, Nero deverá responder pelo crime de duplo homicídio. Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do parto.
O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe, Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho. Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto.
Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a pessoa.
69 Augusto tem direito ao reconhecimento da figura do homicídio privilegiado, pois estava sob a influência de violenta emoção.
70 Como Augusto sofreu apenas lesão corporal leve quando atirou contra si, Severina não pode responder pelo crime de instigação ao suicídio.
71 Cláudio responderá pelo delito de homicídio, e não pelo delito de instigação, induzimento ou auxílio ao suicídio.
72 Caso Lia tivesse tentado contra a própria vida ingerindo veneno, responderia por tentativa de aborto, visto que, objetivando o suicídio, necessariamente causaria a morte do feto.
73 Lia praticou o crime de aborto, e o médico, de infanticídio.
74 Além do crime de homicídio contra a esposa, Augusto cometeu o crime de suicídio.
Heleno, empregado temporário da concessionária de serviço público de eletricidade, tendo verificado que Maurício possuía, em sua residência, uma ligação de eletricidade clandestina, realizada, fraudulentamente, mediante ligação direta entre o poste de energia e a casa, informou-o de que lavraria o auto de infração e iria à delegacia registrar a ocorrência de crime. Com a intenção de impedir a aplicação da multa, Maurício ofereceu a Heleno a quantia de R$ 100,00, que a aceitou. Heleno, entretanto, comunicou o fato à polícia, o que levou à prisão de Maurício. Na delegacia, o agente de polícia Pedro, amigo íntimo de Maurício, convenceu o delegado a reservar a melhor cela da repartição pública para o preso. A partir da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes, acerca de crimes contra o patrimônio e crimes contra a administração pública.
75 Maurício é, para os efeitos previstos no CP, funcionário público.
76 Como patrocinou interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário, Pedro cometeu o delito de tráfico de influência.
77 O crime de concussão caracteriza-se pela exigência de uma vantagem indevida, enquanto o de corrupção passiva consiste na solicitação de uma vantagem indevida.
78 Pode haver o crime de corrupção passiva sem que haja o de corrupção ativa.
79 Maurício cometeu o crime de corrupção ativa, e Heleno, o de corrupção passiva.
80 Em decorrência da ligação clandestina de eletricidade em sua residência, Maurício responderá pelo crime de estelionato.
66C 67E 68E 69E 70C 71C 72C 73E 74E 75C 76E 77C 78C 79C 80E
46 A tripulação de determinado navio africano de propriedade privada, quando a embarcação já se encontrava em águas territoriais brasileiras, percebeu a presença de um passageiro clandestino que, jogado ao mar antes de a embarcação atracar no porto de Maceió, morreu afogado. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal.
A A lei penal brasileira só será aplicada ao caso se os responsáveis pelo delito não forem julgados em seus países de origem.
B Nesse caso, aplica-se a lei penal brasileira para a punição dos responsáveis pelo delito, ainda que todos sejam de nacionalidade estrangeira.
C Deve ser aplicada ao caso exclusivamente a lei penal do país de origem do navio, já que não se trata de embarcação que estava a serviço de país estrangeiro.
D Aplica-se a essa situação a lei penal do país onde se localizava o último porto em que a embarcação havia atracado antes de ingressar em águas marinhas brasileiras.
E Segundo previsão expressa do Código Penal, a lei brasileira será aplicada ao caso narrado apenas se a vítima for de nacionalidade brasileira.
QUESTÃO 47
47 Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade, da lei penal no tempo e no espaço e da contagem de prazo, assinale a opção correta.
A Conforme previsão do Código Penal, o tempo do crime é o
momento da ação ou omissão que coincida com o momento do resultado.
B Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, sendo irrelevante o lugar onde ocorreu o resultado.
C Se determinada pessoa tiver sido vítima de homicídio no dia 1.º/8/2012, a contagem dos prazos penais, nesse caso, terá iniciado em 1.º/8/2012.
D Segundo o princípio da legalidade, no ordenamento jurídico brasileiro determinada conduta só será considerada crime caso seja publicada lei posterior definindo-a como tal.
E Exceto se já decididos por sentença transitada em julgado, a lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores.
48 Determinado cidadão brasileiro praticou delito de genocídio na Argentina, tendo matado membros de um grupo étnico daquele país, onde foi condenado definitivamente à pena máxima de oito anos de reclusão, segundo a legislação argentina. Após ter cumprido integralmente a pena, esse cidadão retornou a Maceió, cidade onde sempre estabeleceu domicílio. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta em relação à extraterritorialidade da lei penal, à pena cumprida no estrangeiro e à eficácia da sentença estrangeira.
A A hipótese revela situação de extraterritorialidade da lei penal brasileira, que seria aplicada apenas se o brasileiro não tivesse sido condenado na Argentina.
B Se tivesse sido absolvido pela justiça argentina, o brasileiro não deveria ser submetido à aplicação da lei penal brasileira, sob pena de violação do princípio da anterioridade.
C Nesse caso, o brasileiro poderá ser condenado novamente pela justiça do Brasil e, se a pena aplicada no Brasil for superior àquela cumprida na Argentina, será atenuada.
D A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, não pode ser homologada no Brasil para fins de reparação civil.
E Por se tratar de delito de genocídio, a utilização da lei penal argentina afasta a aplicação da lei penal brasileira, que só seria aplicada caso as vítimas fossem brasileiras.
QUESTÃO 49
49 Determinado motorista, embriagado, que percorria, a 150 km/h, trecho demovimentada via pública onde a velocidade máxima permitida era de 50 km/h, atropelou e feriu gravemente um pedestre que circulava pela calçada. Única vítima, o pedestre faleceu cinco dias após o acidente, em consequência das lesões sofridas com o atropelamento. Nessa situação hipotética, o motorista deverá ser responsabilizado pelo crime de
A lesão corporal grave.
B lesão corporal culposa.
C lesão corporal seguida de morte.
D homicídio culposo.
E homicídio doloso.
QUESTÃO 50
50 Assinale a opção correta acerca dos delitos contra o patrimônio e do crime de homicídio.
A Quem se apropria de coisa alheia móvel de que tem a posse ou a detenção pratica o delito de furto qualificado.
B Tratando-se de delito de furto, equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico, como o sinal de TV a cabo.
C Independentemente de ter praticado o crime sozinho ou de ter contado com a ajuda de um comparsa, o agente condenado pela prática do delito de furto receberá a mesma pena.
D Aquele que, com a intenção de roubar, empregar violência que resulte na morte da vítima responderá pelo delito de homicídio.
E Aquele que, com o fim de obter qualquer vantagem como condição do resgate, sequestrar alguém deverá responder pelo delito de extorsão indireta.
QUESTÃO 51
51 Acerca dos delitos de estelionato e outras fraudes e do crime de receptação, assinale a opção correta.
A Constitui crime o ato de lesar o próprio corpo com o intuito de receber valor de seguro, mas não o ato de agravar, com o mesmo fim, as consequências de lesão já sofrida.
B Aquele que faz refeição em restaurante, se aloja em hotel ou se utiliza de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento pratica o delito de estelionato.
C No que se refere ao delito de receptação qualificada, não se equipara à atividade comercial o comércio irregular ou clandestino.
D Só se admite a punição pela prática do delito de receptação caso seja conhecido e punido o autor do crime de que proveio a coisa ilícita.
E Tratando-se do delito de estelionato, se o criminoso é primário e é de pequeno valor o prejuízo causado, o juiz poderá aplicar somente a pena de multa.
52 Assinale a opção correta a respeito dos delitos contra a administração pública.
A Pratica o delito de condescendência criminosa o diretor de penitenciária que deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico que permita a comunicação com o ambiente externo.
B O delito de peculato consiste na apropriação por funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, necessariamente públicos, de que tem a posse em razão do cargo.
C Patrocinar indiretamente interesse privado legítimo perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público, configura o delito de advocacia administrativa.
D O funcionário público que exige para si ou para outrem, ainda que fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida, pratica o delito de excesso de exação.
E O funcionário público que exige tributo que sabe ser indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório, que a lei não autoriza, pratica o delito de concussão.
QUESTÃO 53
53 Considerando as disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta.
A Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas a obrigação de reparar o dano pode ser estendida ilimitadamente aos sucessores.
B O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado caso, após a naturalização, pratique crime comum.
C O delito de racismo, apesar de admitir fiança, é imprescritível
e sujeito a pena de reclusão. D O terrorismo é crime inafiançável e imprescritível, mas suscetível de graça ou anistia.
E Constitui crime imprescritível a ação de grupos armados civis contra a ordem constitucional e o Estado democrático.
46B 47C 48C 49E 50B 51E 52C 53E
01. Sobre as vedações constitucionais referentes às penas, indique a única alternativa correta:
a) admite-se em relação ao brasileiro nato a pena de banimento mediante extradição.
b) admite-se a pena de trabalhos forçados nos termos da Lei das Execuções Penais.
c) a vedação a pena de morte é de natureza absoluta.
d) a vedação a pena perpétua é de natureza absoluta.
02. Pode alguém, simultaneamente, ser sujeito ativo e passivo do mesmo crime? 
a) Não pode.
b) Pode, na lesão do próprio corpo com intuito de receber seguro.
c) Pode, no crime de incêndio, quando o agente ateia fogo à própria casa.
d) Pode, no crime de rixa.
03. É princípio constitucional elementar ao Direito Penal:
a) Princípio da presunção de culpabilidade antecipada.
b) Princípio da responsabilidade objetiva.
c) Princípio da Legalidade.
d) Princípio da retroatividade das normas penais.
04. O princípio da legalidade penal pode ser expresso pela regra:
a) Não há crime sem lei anterior que o defina.
b) Os atos são regidos pela lei em vigor no momento em que foram praticados.
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
d) A lei penal não retroage em prejuízo do réu.
05. Com relação ao sujeito ativo e passivo do crime, é correto afirmar que: 
a) a pessoa jurídica, como titular de bens jurídicos protegidos pela lei penal, pode ser sujeito passivo de determinados crimes.
b) sujeito ativo do crime é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa.
c) sujeito passivo do crime é aquele que pratica a conduta típica descrita na lei, ou seja, o fato típico.
d) o Estado, pessoa jurídica de direito público, não pode ser sujeito passivo de crime, sendo apenas o funcionário público diretamente afetado pela conduta criminosa.
06. Indique a única afirmativa correta:
a) Qualquer pessoa natural pode ser sujeito ativo de crime.
b) É possível a imputação de crime a menor de 18 anos, civilmente emancipado.
c) Pessoa jurídica não pode figurar como sujeito passivo no crime de injúria.
d) Todo crime possui sujeito passivo material.
07. João, dirigindo uma motocicleta sem capacete, foi interceptado por um policial em serviço de trânsito, o qual lhe deu ordem para parar o veículo. João, no entanto, desobedecendo a ordem recebida, fugiu em alta velocidade. Cerca de uma hora depois, arrependeu-se de sua conduta e voltou ao local, submetendo-se à fiscalização. Nesse caso, em relação ao crime de desobediência, ocorreu
a) tentativa. b) consumação. c) arrependimento eficaz.
d) desistência voluntária. e) crime impossível.
08. Para fins de Direito Penal, entende-se por criança, adolescente e idoso, respectivamente;
a) menores de 14 anos, menores de 18 anos e maiores de 65 anos.
b) menores de 12 anos, menores de 16 anos, maiores de 70 anos.
c) menores de 12 anos, menores de 18 anos e maiores de 60 anos.
d) menores de 12 anos, menores de 18 anos e maiores de 65 anos.
09. No caso do cidadão Beta disparar arma de fogo em direção ao cidadão Alfa com intenção de matar, mas não logrando seu intento, tem-se a figura do tipo penal:
a) doloso tentado
b) culposo consumado
c) doloso consumado
d) culposo tentado
10. No dolo eventual,
a) o agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado.
b) o sujeito prevê o resultado, mas espera que este não aconteça.
c) o sujeito não prevê o resultado, embora este seja previsível.
d) o agente quer determinado resultado.
11. O filho intervém, energicamente, a favor da mãe, diante das ameaças que o pai, embriagado, fazia à esposa. O pai, bêbado, não se conforma. Vai até ao guarda-roupa, retira de lá uma pistola e, pelas costas, aciona várias vezes o gatilho, sem que nada acontecesse, pois a mãe, pressentindo aquele desfecho, havia retirado todas as balas da arma. 
Qual instituto penal pode ser reconhecido em favor do pai? 
a) Tentativa imperfeita.
b) Crime hipotético.
c) Crime impossível.
d) Crime falho.
12. No que tange às causas excludentes de ilicitude, após apontar quais são as assertivas verdadeiras (V) e falsas (F), assinale a única sequência CORRETA: 
( ) Não há crime quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, em legítima defesa,em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
( ) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
( ) O agente, em qualquer das hipóteses do artigo 23 do Código Penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito), responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
( ) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, pretérita, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
a) V,V,V,V
b) V,F,V,F
c) F,F,V,V
d) V,V,V,F
1-D 2-A 3-C 4-A 5-A 6-C 7-B 8-C 9-A 10-A 11-C 12-D
Márcio, investigador de polícia exige propina a Paulo, para não indiciar este no crime de estupro. Márcio comete o crime de:
a) extorsão
b)corrupção passiva 
c)concussão
d)prevaricação
e)n.d.a
RESPOSTA: LETRA A - INVESTIGADOR DE POLÍCIA NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA INDICIAR, SIM O DELEGADO, COMO ELE ESTÁ EXIGINDO VANTAGEM INDEVIDA, PARA DEIXAR DE FAZER ALGO, CAI NA EXTORSÃO. vejamos a definição do crime de Extorsão: Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa.
Durante um pleito eleitoral em uma cidade X, o candidato Alfa, segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos para prefeito da cidade, ao realizar um comício em praça pública, afirmou durante o seu discurso, com intenção de atingir a honra e demover alguns eleitores a votarem no seu oponente, que o candidato Beta tinha frequentado durante muitos anos casas de tolerância e que tinha sido traído várias vezes pela esposa e mesmo sabendo do fato, nada tinha feito nem tão pouco se divorciado da mesma.
Sabendo-se que efetivamente o candidato Beta fora traído pela esposa e que este tinha frequentando casas de tolerância durante boa parte da sua vida adulta, pergunta-se:
1- Seria possível a tipificação da conduta de Alfa? Em caso afirmativo, em qual dispositivo normativo?
2- Caberia, caso a conduta de Alfa possa ser caracterizada como crime, exceção de verdade?
REPOSTAS:
1- No caso em apreço temos o crime de difamação eleitoral, tipificado ao teor do art. 325 da lei 4737/65 - Código Eleitoral Brasileiro. Destaque-se que é cabível aplicar o aumento de pena de 1\3 previsto ao teor do art. 327, III, do mesmo dispositivo normativo.
2- No caso em apreço, não cabe exceção de verdade.
Segue o texto normativo.
Art. 325 do CEB. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5 a 30 dias-multa.
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Art. 327 do CEB. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326, aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa.
Em tempo: mais uma vez estamos diante da aplicação do princípio da especialidade, onde lei especifica têm primazia perante lei genérica.
21 João, ao sair do mercado, pega uma bicicleta idêntica à sua, que havia estacionado do lado de fora do estabelecimento, e deixa o local conduzindo-a. Ao fazer isso, incide em erro
a) de direito
b) na execução
c) de tipo
d) de proibição
 
22 João, que nunca usou uma arma de fogo, manuseia uma e acaba por dispará-la, matando José, que a tudo assistia ao seu lado. Ao fazer isso, pratica uma conduta culposa
a) imprudente
b) negligente
c) imperita
d) inconsciente
23 Sobre o crime de lesão corporal, verifica-se o seguinte:
a) por tratar-se de crime material, a consumação ocorrerá quando a ofensa incidir apenas sobre a saúde física da vítima.
b) será gravíssima a lesão se dela resultar o abortamento, desde que este tenha sido o resultado visado.
c) será reconhecida a qualificadora da deformidade permanente quando a ofensa ocorrer no rosto da vítima.
d) a diferença entre a contravenção penal de vias de fato e a lesão corporal está na inexistência de dano à incolumidade física da vítima.
24 Sobre o crime de posse de drogas para consumo pessoal, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, tem-se que
a) a admoestação verbal é medida prevista como pena principal a ser aplicada nos casos de posse para consumo pessoal.
b) a pena de prestação de serviços à comunidade poderá ter a duração máxima de 10 (dez) meses, em caso de reincidência.
c) a prescrição ocorrerá em 3 (três) anos, ou seja, no prazo mínimo previsto para essa causa extintiva de punibilidade prevista no Código Penal.
d) em caso de descumprimento injustificado pelo agente, o juiz poderá converter diretamente a pena de prestação de serviços à comunidade em multa.
25 Sobre o crime de ameaça praticado no contexto de violência doméstica (Lei n. 11.340/2006), segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, verifica-se que a ação penal é
a) privada personalíssima
b) condicionada a representação da ofendida
c) pública incondicionada
d) privada
26 O oficial de justiça que,acompanhando o cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreensão pela polícia, diante da recusa do morador em facultar a entrada na residência, determina o arrombamento da porta pelos agentes policiais, atua em
a) estado de necessidade
b) obediência hierárquica
c) exercício regular de um direito
d) estrito cumprimento do dever legal
27 No que respeita ao crime de injúria, verifica-se que
a) a consumação ocorre quando a emissão do conceito negativo chega ao conhecimento da vítima.
b) a retorsão imediata é causa de diminuição de pena, de observância obrigatória pelo magistrado quando da prolação da sentença.
c) é admitida a exceção da verdade, quando ocorrer ofensa à dignidade e ao decoro da vítima.
d) a pessoa jurídica pode ser vítima do crime de injúria, tendo em conta gozar de reputação perante o mercado.
28 Sobre os crimes contra o patrimônio, verifica-se que
a) para o aperfeiçoamento do crime de receptação, necessária se faz a existência de anterior crime contra o patrimônio.
b) no roubo próprio,a violência ou grave ameaça deve ser empregada depois da efetiva subtração do objeto.
c) a simples relação de emprego ou hospitalidade não é bastante para configurar a majorante do abuso de confiança no crime de furto.
d) no delito de apropriação indébita a reparação do dano antes do oferecimento da denúncia é causa de extinção da punibilidade.
21C 22 A 23D 24B 25B 26D 27 A 28C
ESSA QUESTÃO FOI DA PROVA PARA DELEGADO DO ESPÍRITO SANTO DE 2010.
35 – Em tema de aplicação da lei penal no espaço, tem- se como princípio reitor, o da
a) Personalidade passiva
b) Personalidade ativa
c) territorialidade
d) Proteção
36 – Em relação às lei temporárias, o principio aplicável é o da
a) Sucessão de leis no tempo
b) Continuidade delitiva
c) Retroatividade
d) ultratividade
COMENTARIO: A plicação direta do Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
37 – Quanto às qualificadoras no crime de homicídio, tem-se que
a) O homicídio privilegiado-qualificado não é admitido, tendo em conta a incompatibilidade entre a hediondez e o privilégio.
b) A tortura não pode ser considerada qualificadora, uma vez que possui tratamento próprio em legislação específica.
c) torpe é motivo vil, moralmente reprovável, repugnante, como no caso do homicídio mercenário.
d) O motivo fútil não se comunica em caso de concurso de agentes, em razão de sua natureza objetiva.
COMENTARIO:
a)Errado - existe homicídioqualificado e privilegiado, desde que as qualificadoras sejam objetivas.
b) Errado - tortura é qualificadora prevista no inciso III do par. 2o. do art. 121 CP.
c) Certo - o homicídio mercenário, realizado mediante paga ou promessa de recompensa enquadra-se genericamente em motivo torpe.
O inciso diz:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Como temos o termo OU, a lei considera paga ou promessa de recompensa como modalidades de motivo torpe.
d)O motivo fútil é elementar do homicídio qualificado. As circunstâncias elementares são comunicadas aos coautores e partícipes conforme dispõe o art. 30 do CP e entende a jurisprudência dominante.
38 – Sobre o crime de furto, verifica-se que
a) O elemento subjetivo exigido é genérico, bastando a conduta dirigida à subtração
b) Para sua configuração, é necessário que a conduta ocorra de forma clandestina
c) A primariedade não tem relevância para a classificação do delito
d) as coisas perdidas não podem ser objeto de furto
39 – Sobre o sujeito da infração penal, tem-se que
a) nos denominados crimes vagos, não se faz possível determinar o sujeito passivo
b) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo nos crimes contra o sistema financeiro, tendo em vista regulamentação legal
c) Os crimes de concurso necessário são aqueles que necessitam da participação de mais de um autor, todos imputáveis
d) Sujeito passivo do crime e prejudicado pelo crime sempre se reúnem na mesma pessoa
COMENTARIO: Entendo que esta questão podia ter sido mais específica em relação ao gabarito correto.
Crimes vagos são aqueles em que não é possível indicar o SUJEITO PASSIVO MATERIAL.
Existem duas modalidades de sujeito passivo; material e formal. O sujeito formal sempre será o Estado, enquanto representante do interesse coletivo e difuso, independentemente da natureza do delito.
Todavia, não acredito em alteração de gabarito ou anulação da questão, visto que todas as outras alternativas estão erradas de pleno. 
b) Pessoa jurídica só pode figurar como sujeito ativo de crimes ambientais.
c) Nos crimes de concurso necessário de agentes, nem todos os envolvidos precisam ser imputáveis.
Ex: formação de quadrilha, nos termos do art. 288 do CP.
O crime é de concurso necessário pois a caracterização do delito depende do concurso de no mínimo 04 agentes associados para fins de praticar crimes. Todavia pode acontecer de algum ou alguns destes agente serem menores de 18 anos, logo inimputáveis.
d)Podemos ter o prejudicado e o sujeito passivo caracterizado por pessoas distintas.
40 – Em relação ao concurso de crimes, verifica-se que
a) A lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade
b) A existência do concurso de crimes não interfere na aplicação do instituto da transação penal
c) no concurso formal perfeito o sistema adotado pelo código penal foi o da exasperação
d) A teoria subjetiva foi adota pelo Código Penal ao tratar do concurso formal
COMENTARIO: Aplicação direta da parte inicial do art. 70 do CP.
a) Errada, nos termos da súmula 711 do STF.
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Atentem que no enunciado temos uma negativa.
b) Interfere, pois pode fazer exceder o limite de pena para a proposta da transação penal.
d) A teoria adotada é a objetiva.
41 – O tipo penal objetivo é composto, além do núcleo, por elementos secundários ou circunstanciais explícitos ou implícitos. Neste contexto, qual das expressões típicas abaixo constitui um elemento normativo do tipo?
a) O “documento”, no crime de falsidade documental
b) O “assenhoramento definitivo”, no crime de furto
c) A “coisa móvel”, no crime de roubo ou furto
d) O “alguém”, no crime de homicídio
COMENTARIO: Entendo que esta questão deve ser ANULADA pois não indica a natureza do Elemento Normativo ao qual ela se refere.
Os elementos normativos podem ser primários, quando fazem referência a conduta, secundários, quando fazem referência ao complemento desta conduta ou sancionadores, quando fazem referência a pena cominada em lei.
Ex: art. 121 do CP - Matar alguém - Pena de reclusão de 06 a 20 anos.
Elemento normativo primário - matar
Elemento normativo secundário - alguém
Elemento sancionador - pena de reclusão de 6 a 20 anos.
Assim sendo, como o enunciado fala de forma genérica em elemento normativo do tipo, as alternativas a), c) e d) estariam corretas, o que deve ensejar, em minha opinião, a anulação da questão.
42 – No que respeita ao crimes de abuso de autoridade, previsto na Lei n.4898/65, verifica-se que
a) A ação penal é condicionada à representação, de modo que eventual medida investigatória somente ocorrerá em caso de manifestação do ofendido
b) Em algumas hipóteses admite-se a figura culposa, em razão da inobservância do dever objetivo de cuidado na ação da autoridade
c) a incolumidade pública tutelada na referida lei não abrange o crime de lesões corporais, admitindo-se o concurso entre delitos
d) O autor do delito pode ser qualquer pessoa, não exigindo, qualquer qualidade especial do agente
COMENTARIO:
a) A ação penal é incondicionada.
b) Não temos figura culposa para o crime.
c) Trata-se de jurisprudência consolidada.
d) É necessário que o agente enquadre-se no conceito de autoridade pública, nos termos do art. 5o. da lei.
35C 36D 37C 38D 39 A 40C 41 A 42C 
João, namorado de Ana, acha que ela um dia, no passado, o traiu com Pedro, seu vizinho, que é muito forte. Em uma ocasião, chegando à casa de Ana, encontrou Pedro no portão e imediatamente passou a agredi-lo verbalmente. Em seguida, atracaram-se e, na briga, João, que estava apanhando, usou uma navalha que carrega sempre consigo para furar Pedro na barriga. Pedro não morreu, mas ficou internado em hospital por dois meses.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os 4 itens que se seguem. (V/F)
1. A conduta de João configura tentativa de homicídio ou lesão corporal de natureza grave, a depender do elemento subjetivo de João, a ser revelado com base em elementos fáticos apurados na investigação e no processo.
2. Caso caracterizada a tentativa de homicídio, a pena aplicada será reduzida de um a dois terços da pena correspondente ao crime consumado.
3. O homicídio e a lesão corporal são classificados como crimes contra a pessoa.
4. João não poderá alegar legítima defesa, pois utilizou navalha para revidar agressões de homem desarmado.
A respeito de princípios gerais do direito penal, julgue os itens a seguir.
5. Em caso de urgência, a definição do que é crime pode ser realizada por meio de medida provisória.
6. Cessado o estado de guerra, as leis excepcionais editadas para valer durante o referido período tornam-se ineficazes, devido à abolitio criminis.
7. A teoria da atividade, adotada pelo Código Penal Brasileiro, considera praticado o crime no momento em que ocorre o resultado.
8. As leis penais devem ser interpretadas sem ampliações por analogia, salvo para beneficiar o réu.
9. A lei penal mais severa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente iniciados antes da referida lei, se a continuidade ou a permanência não tiverem cessado até a data da entrada em vigor da lex gravior.
1 – C 2 – C 3 – C 4 – E 5 – E 6 – E 7 – E 8 – C 9 – C
QUESTAO CABULOSA: Uma mulher grávida, prestes a dar à luz, chorava compulsivamente na antessala de cirurgia da maternidade quando uma enfermeira, condoída com a situação, perguntou o motivo daquele choro. A mulher respondeu-lhe que a gravidez era espúria e que tinha sido abandonada pela família. Após dar à luz, sob a influência do estado puerperal, a referida mulher matou o próprio filho, com o auxílio da citada enfermeira. As duas sufocaram o neonato com almofadas e foram detidas em flagrante. Nessa situação hipotética,
a) a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de infanticídio; a primeira na qualidade de autora e a segunda na qualidade de partícipe, conforme prescrevea teoria monista da ação.
b) a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de infanticídio; a primeira na qualidade de autora e a segunda na qualidade de coautora, visto que o estado puerperal consiste em uma elementar normativa e se estende a todos os agentes.
c) a mulher deverá ser autuada pelo crime de infanticídio e a enfermeira, pelo crime de homicídio, já que o estado puerperal é circunstância pessoal e não se comunica a todos os agentes.
d) a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de homicídio, consoante as determinações legais estabelecidas pelas reformas penais de 1940 e 1984, que rechaçam a compreensão de morte do neonato por honoris causae.
e) a mulher deverá ser autuada pelo crime de infanticídio e a enfermeira, pelo crime de homicídio, uma vez que o estado puerperal é circunstância personalíssima e não se comunica a todos os agentes.
( CESPE - 2010 - MPE-RO) O pai que dolosamente matar o filho recém-nascido, após instigação da mãe, que está em estado puerperal, responderá por homicídio e a mãe, partícipe, por infanticídio. GABARITO OFICIAL: CERTO
(CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Criminal) 
Determinada mãe, sob influência do estado puerperal e com o auxílio de terceiro, matou o próprio filho, logo após o parto. Nessa situação, considerando que os dois agentes são maiores e capazes e agiram com dolo, a mãe responderá pelo delito de infanticídio; o terceiro, por homicídio. GABARITO OFICIAL: ERRADO
Existem 3 situações:
a) a mãe mata o filho:
b) a mãe mata o filho com auxílio de terceiro;
c) terceiro mata o filho à mando da mãe.
Para a doutrina majoritária em todos os exemplos citados tanto a mãe quanto o terceiro, desde que saiba do estado de puerpério, respondem pelo infanticídio.
No entanto, de acordo com o que temos visto no CESPE, a banca adota para a terceira hipótese que a mãe responde por infanticídio e o terceiro por homicídio.
Letra B.
I - O infanticídio é crime próprio, admitindo coautoria e participação. (diferente dos crimes de mão própria, que só admite participação).
II - As elementares do crime se comunicam a terceiros. 
No caso do infanticidio são elementares: "matar" ; "proprio filho" ; "sob influencia do estado puerperal"; e "logo após o parto". Ou seja, se essas elementares se comunicam, é como se a enfermenra tivesse "matado", o "próprio filho", "sob influencia do estado puerperal", "logo após o parto".
Obs: Para saber se uma circunstância é elementar ou não basta suprimi-la. Caso a conduta se torne atípica ou pelo menos seja desqualificada para outro delito, a circunstância é ELEMENTAR.
a resposta é letra B, O estado puerperal, por ser elementar do crime, comunica-se à enfermeira, nos termos do art. 30. E como ela praticou atos executórios se enquadra como coautora, e nao partícipe
Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
O artigo descreve exatamente a teoria monista. De acordo com esta teoria há identidade de infração para todos os participantes, isto é, todos responderão pelo mesmo crime, diferenciando-se apenas na quantidade da pena, pois cada um responde na medida de sua culpabilidade.
1) João, José e Joaquim, policiais civis, saíram em perseguição ao condutor de um veículo que não havia atendido ordem de parar em uma blitz, desfechando, cada um, vários tiros de revólver em direção ao veículo perseguido, tendo um dos projéteis deflagrados da arma de Joaquim atingido o motorista, causando-lhe a morte. Nessa situação, excluída a possibilidade da existência de alguma excludente de antijuridicidade, de acordo com o STJ, todos os policiais responderão pelo crime de homicídio: Joaquim, como autor, e João e José em coautoria.
2) Admite-se a participação nos tipos culposos ante a existência de vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta culposa de outrem.
3)Em sede de concurso de pessoas, o simples ajuste, a instigação ou o auxílio são puníveis a título de participação, mesmo que o autor não tenha iniciado a execução do delito.
4) Os requisitos para o concurso de pessoas incluem a pluralidade de agentes e de condutas, identidade da infração penal e a existência de prévio acordo entre os agentes.
5) Verifica-se, nos parágrafos do art. 29 do CP, que determinam punibilidade diferenciada para a participação no crime, aproximação entre a teoria monista e a teoria dualista, o que sugere que, no CP, é adotada a teoria monista temperada.
6) Juca, transtornado, após ter flagrado seu pai praticando violência sexual com sua irmã de apenas 05 anos de idade, que vem a falecer em razão da violência praticada, desfere uma facada contra a cabeça do seu genitor que também vem a falecer. Após desferir o golpe contra seu pai, e certificar-se da morte deste, Juca foge levando o relógio que a vítima usava na ocasião. O agressor sexual era solteiro e possuía somente estes dois filhos. Mais tarde, com a prisão de Juca, o fato foi levado ao conhecimento da autoridade policial. 
Com base no exposto, assinale a alternativa que apresenta a tipificação correta. 
a) Juca deverá responder por homicídio qualificado pelo meio cruel (Art. 121, § 2º, III, do CP) e por furto simples (Art. 155, do CP).
b) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por furto simples (Art. 155, do CP).
c) Juca não deverá responder por qualquer crime por ter agido escorado pela excludente de ilicitude da legítima defesa de terceiro.
d) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP).
e) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por roubo simples (Art. 157, do CP).
GABARITO:
1-ERRADA: o STJ entende que na hipótese em que, por ser a perseguição aos fugitivos desobedientes fato normal na atividade de policiamento, não se pode tomá-la como suficiente a caracterizar a necessária unidade do elemento subjetivo dirigido à causação solidária do resultado. Assim, nessa hipótese, os disparos de arma de fogo devem ser examinados em relação a cada um dos responsáveis por esses disparos, caracterizando-se, na espécie, a denominada autoria colateral.
2-ERADO
3-ERRADO: (de acordo com o intercriminis so é punivel as fases execuçao e consumaçao, se nao chegou a fase de execuçao nao sera punivel e assim a participaçao tbm nao será. Baseado na teoria da acessoriedade limitada, o participe so sera punido se a conduta do autor do crime for tipica e ilicita)
4-ERRADO: ( nao precisa de previo acordo,basta que a vontade de um deles adira )aos demais
5-CERTO: Questão Certa. O Código Penal Brasileiro, tal como o Código Penal Italiano, adota a Teoria Monista Temperada em sede de concurso de pessoas (art. 29 do CP), não ocorrendo distinção entre os diversos sujeitos que podem participar de um delito (autor, instigador, cúmplice, etc), através das mais variadas condutas, sendo legalmente tratados todos como coautores do crime.
6- LETRA: D. Complementando o que o amigo Thiago Rodrigues disse, ele não responderá pelo furto, não simplesmente pelo fato de a vítima estar morta, mas pelo fato de que a res subtraída era de sua propriedade, tendo em vista que único herdeiro do falecido (sua irmã está morta também). Logo, não poderia furtar uma coisa que é sua, o que torna o fato atípico. Assim, não há que se falar em escusa absolutória.
EXERCICIOS
Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico Tício, que a atendera no hospital, onde chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depoisde matar a esposa, Augusto, decidido a cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe, Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho. Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio atirou em Augusto, mas não consegui produzir a sua morte, gerando na vítima lesões corporais leves. Considerando a situação hipotética acima, tipifique, em sendo possível, as condutas de Tício, Augusto, Severina e Claudio.
COMENTARIO: Tício praticou o crime de Aborto praticado por terceiro com consentimento da gestante (Art. 126, CP), tendo em vida que tirou a vida do ser durante o parto, e não após.
Augusto praticou o crime de homicídio privilegiado (Art. 121, § 1° CP).
Severina não praticou crime algum, pois, embora tenha instigado seu filho a cometer suicídio, os atos praticados pelo mesmo não lhe causaram a morte ou lesão grave.
Cláudio, por sua vez, responderá pelo crime de homicídio privilegiado em sua forma tentada, pois, por motivos alheios a sua vontade, não conseguiu matar seu amigo Augusto.
EXERCICIO 3
1) CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa
Considere a seguinte situação hipotética. 
Um indivíduo, conhecido apenas por Índio, réu em ação penal pela suposta prática do delito de homicídio doloso, afirmou, durante interrogatório judicial, não ter residência fixa e não forneceu elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Nessa situação, é cabível a prisão temporária do réu sob o argumento de sonegação de informações imprescindíveis à continuidade da ação penal.
2) CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área Judiciária 
Não é exigida capacidade processual para a impetração de habeas corpus, pois qualquer pessoa pode fazê-lo, em seu favor ou de outrem, conforme disposto no Código de Processo Penal.
3) Tratando-se de crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, a pena será duplicada se a vítima for menor de quatorze anos ou incapaz, por qualquer causa, de impor resistência ao agente.
4)Caso o delito de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio seja praticado por motivo egoístico ou caso seja a vítima menor ou, ainda, por qualquer causa, seja sua capacidade de resistência eliminada ou diminuída, a pena será duplicada.
5) No homicídio culposo, se o autor do crime imagina que a vítima já está morta e por isso não lhe presta socorro, não responde pela causa de aumento de pena decorrente da omissão de socorro.
6) Aplica-se a teoria do domínio do fato para a delimitação entre coautoria e participação, sendo coautor aquele que presta contribuição independente, essencial à prática do delito, não obrigatoriamente em sua execução.
7) Um motorista de táxi conduz um passageiro até o seu destino. Durante o trajeto o passageiro fala ao telefone celular com uma terceira pessoa e diz estar indo de táxi até o local determinado para matar a esposa. O taxista ouve a conversa e, mesmo assim, leva o passageiro até o local. Posteriormente, o taxista tomou conhecimento pelos jornais de que o tal passageiro de fato matara a esposa.” Nesse caso, a conduta do taxista é exemplo do princípio da proibição do regresso, que, segundo os seus fundamentos, afastará a responsabilidade dele por seu ato
COMENTARIOS:
1-E a prisão temporária é cabível somente na fase de investigação policial, como ele se encontra na ação penal, não se pode decretar a prisão temporária.
2-E A lei fala que não é exigida capacidade postulatória. Não concordei com o gabarito, mas, em consequência, pode-se dizer que para a CESPE é necessária a capacidade processual.
3-E olha que bacana, a pegadinha: Se a vítima for menor de idade com menos de 14 anos, o agente passa a responder por HOMICÍDIO, pela reduzida capacidade de discernimento da vítima. Ou seja:
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio:
Quem tenha 18 anos completos = caput do art. 122 do CP;
Menor entre 14 e 18 anos incompletos = pena duplicada;
4- E
5- Errada! É inviável a desconsideração do aumento de pena pela omissão de socorro, se verificado que o réu estava apto a acudir a vítima, não existindo nenhuma ameaça a sua vida nem a sua integridade física.
A prestação de socorro é dever do agressor, não cabendo ao mesmo levantar suposições acerca das condições físicas da vítima, medindo a gravidade das lesões que causou e as consequências de sua conduta, sendo que a determinação do momento e causa da morte compete, em tais circunstâncias, ao especialista legalmente habilitado.
6 CERTO
7- A questão está Certa. "Existe proibição de regresso quando um conjunto de atitudes consideradas inofensivas resulte numa conduta posterior ilícita, como por exemplo, a venda de uma arma de fogo a um homicida confesso. Aquele que vendeu a arma, mesmo tendo conhecimento da prática do crime a ser realizado, não pode ser co-autor ou partícipe do homicídio, certo que praticou uma conduta estereotipada e socialmente adequada e permitida. Se o vendedor tivesse negado a venda da arma, o crime não ocorreria, havendo, então, nexo de causalidade. Entretanto, não incumbe ao mesmo custodiar as ações de todos os compradores de armas vendidas legalmente. A punição neste caso afetaria o mero conhecimento do vendedor, e não se deve punir o saber".
EXERCICIO 4
(Prova: CESPE - 2011 - PC-ES ) Acerca dos crimes praticados contra a administração pública, cada um dos itens de 1 a 6 apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
1- Um policial se deparou com uma situação de flagrante delito por crime de tráfico de drogas, todavia, percebendo, logo em seguida, que o autor era um antigo amigo de infância, deixou de efetivar a prisão, liberando o conhecido. Nessa situação, a conduta do policial caracterizou o crime de prevaricação.
2- Um funcionário dos Correios se apropriou indevidamente de cheque contido em correspondência sob a sua guarda em razão da função, utilizando o título para compras, em proveito próprio, em um supermercado. Nessa situação, a conduta do funcionário caracterizou o crime de furto simples, pois o objeto material do delito, do qual o agente detinha a posse em razão do cargo, era particular.
3-Um policial civil, ao executar a fiscalização de ônibus interestadual procedente da fronteira do Paraguai, visando coibir o contrabando de armas e produtos ilícitos, deparou-se com uma bagagem conduzida por um passageiro contendo vários produtos de origem estrangeira de importação permitida, todavia sem o devido pagamento de impostos e taxas. Sensibilizado com os insistentes pedidos do passageiro, o policial civil deixou de apreender as mercadorias, liberando a bagagem. Nessa situação, o policial civil, por descumprir dever funcional, será responsabilizado pelo crime de facilitação de contrabando ou descaminho.
4- Paulo, delegado de polícia, exigiu de Carlos certa quantia em dinheiro para alterar o curso de investigação policial, livrando-o de um possível indiciamento. Quando da exigência, se encontrava acompanhado de Joaquim, que não era funcionário público, mas participou ativamente da conduta, influenciando a vítima a dispor da importância exigida, sob o argumento de que o policial civil poderia beneficiá-lo. Nessa situação, Paulo e Joaquim, mesmo que Carlos não aceite a exigência, responderão pelo crime de concussão.
5-Geraldo, imputável, após ser abordado por 3 policiais militares em uma blitz, com a clara intenção de menosprezar e desprestigiar a função do agente público, passou a ofender verbalmente toda a guarnição policial, tendo, em decorrência disso, recebido voz de prisão e sido conduzido à presença da autoridade policial competente. Nessa situação, Geraldo responderá pelo crime de desacato por três vezes, considerando-se o número de policiais que foram ofendidos,sujeitos passivos principais do delito.
6-Um particular, nos termos dos dispositivos do Código de Processo Penal que disciplinam a prisão em flagrante, desacompanhado de funcionário público, efetuou a prisão de determinado cidadão que acabou de cometer um homicídio. O autor do delito, mediante violência, se opôs à execução do ato, produzindo lesões graves em seu executor. Nessa situação, o referido cidadão, além das penas relativas à conduta que ensejou a prisão, responderá pelo crime de resistência sem prejuízo das correspondentes à violência.
1- C 2-E 3- C 4- C 5-E 6-E
EXECICIO 5
1) Laura, funcionária pública a serviço do Brasil na Inglaterra, cometeu, naquele país, crime de peculato. Nessa situação, o crime praticado por Laura ficará sujeito à lei brasileira, em face do princípio da extraterritorialidade.
2) Em São Paulo, um norte americano comete homicídio contra um japonês. O autor deve ser julgado pela Justiça brasileira.
3) Considere a seguinte situação hipotética. Peter, de nacionalidade norte-americana, desferiu cinco tiros em direção a John, também norte-americano, matando-o. O crime aconteceu no interior de uma embarcação estrangeira de propriedade privada em mar territorial do Brasil. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira ao crime praticado por Peter.
1- CERTO. Crime contra a administração pública praticado por quem está a seu serviço. Extraterritorialidade incondicionada.
2- CERTO
3- CERTO
EXERCICIO 6
1. Os princípios constitucionais aplicáveis ao processo penal incluem
A) a publicidade.
B ) a verdade real.
C) a identidade física do juiz.
D) o favor rei.
E) a indisponibilidade.
2. Os efeitos causados pelo princípio constitucional da presunção de inocência no ordenamento jurídico nacional incluem a inversão, no processo penal, do ônus da prova para o acusador. (V/F)
3. Entende-se por devido processo legal a garantia do acusado de não ser privado de sua liberdade em um processo que seguiu a forma estabelecida na lei; desse princípio deriva o fato de o descumprimento de qualquer formalidade pelo juiz ensejar a nulidade absoluta do processo, por ofensa a esse princípio. (V/F)
4. Não se admite, por caracterizar ofensa ao princípio do contraditório e do devido processo legal, a concessão de medidas judiciais inaudita altera parte no processo penal. (V/F)
5. O princípio da inocência está expressamente previsto na Constituição Federal de 1988 e estabelece que todas as pessoas são inocentes até que se prove o contrário, razão pela qual se admite a prisão penal do réu após a produção de prova que demonstre sua culpa. (V/F)
1A- 2- C 3-E 4-E 5-E
EXERCICIO 7
1) Tício e Mévio eram antigos desafetos. Tício resolve, então, ceifar a vida de Mévio e contrata Semprônio, matador de aluguel, acertando duas parcelas de R$5.000,00, uma antes e outra após a realização do “serviço”. Ficou combinado que este seria realizado em cinco dias do encontro, mediante um único disparo de arma de fogo. Ao chegar em casa, Tício arrepende-se e liga para Semprônio, cancelando a empreitada. Este se recusa a deixar de realizar o serviço, argumentando ser um profissional e que, após a contratação, o negócio não poderia ser desfeito. Tício pondera a Semprônio que este poderia, então, quedar-se com o “sinal” e não realizar a empreitada criminosa, o que é rechaçado por Semprônio que diz que faria um “abatimento do preço” e deixaria todo “contrato” pelos R$5.000,00 já pagos, não havendo a necessidade de outro pagamento após a efetivação. Tício retoma sua vida normal e, após cinco dias, Semprônio efetivamente mata Mévio com emprego de veneno.
Como Delegado de Polícia da comarca, analise a questão e informe a solução jurídica para o caso:
a) Tício não responde pelo evento, em virtude de não ter aumentado o risco da ocorrência do resultado, enquanto Semprônio responde por homicídio qualificado pela paga e pelo emprego de veneno.
b) Tício não responde pelo evento, em virtude de ter cessado seu dolo de homicídio antes do início da execução (iter criminis preparatório), enquanto Semprônio responde por homicídio qualificado apenas pelo emprego de veneno.
c) Tício responde apenas por tentativa de homicídio, em virtude de ser sua omissão relevante, enquanto Semprônio responde por homicídio qualificado pela paga e pelo emprego de veneno.
d) Tício responde apenas por homicídio qualificado pela paga, em virtude de ser sua omissão relevante, enquanto Semprônio responde por homicídio qualificado pela paga e pelo emprego de veneno.
e) Tício e Semprônio respondem em concurso de agentes por homicídio qualificado pela paga e pelo emprego de veneno.
2) São princípios relacionados à jurisdição, exceto:
a) Princípio do juiz natural.
b) Princípio da delegabilidade da jurisdição.
c) Princípio da correlação.
d) Princípio da inércia.
GABARITO: 1-B ou C 2-B
EXERCICIO 8
Francisco, advogado, tendo encontrado Carlos no tribunal de justiça onde este trabalhava, percebeu que Carlos estava utilizando a impressora do cartório judicial para imprimir os rascunhos de sua monografia de final de curso. Indignado, Francisco ofendeu Carlos e afirmou que ele era um servidor público desonesto, que não merecia integrar os quadros do tribunal. Indignado com essa acusação, Carlos chamou a polícia judiciária, que prendeu o causídico. Ao encaminhar Francisco à delegacia, Antônio, um policial militar, exigiu que Francisco lhe pagasse R$ 500,00 para ser solto. Contudo, Francisco não atendeu à exigência e permaneceu preso. Por sua vez, César, diretor de secretaria e chefe de Carlos, ao tomar conhecimento de que seu subordinado havia usado a impressora do cartório para fins particulares, por pena, deixou de comunicar a ocorrência à corregedoria do tribunal.
Com base na situação hipotética acima, julgue os itens subsequentes, a respeito dos crimes contra a administração pública.
1- Antônio praticou o crime de corrupção passiva ao exigir de Francisco vantagem indevida.
2- Ao utilizar a impressora da repartição pública em que trabalhava para fins particulares, Carlos cometeu o crime de peculato.
3- Francisco praticou o crime de desacato, porque ofendeu, sem razão, Carlos, um servidor público que estava no exercício de suas funções no tribunal.
4- César cometeu o crime de prevaricação, porque, indevidamente, para satisfazer sentimento pessoal, deixou de praticar ato de ofício contra disposição expressa em lei.
GABARITO: 1- E – concussão 2- C 3- E – injúria 4- E - condescendência criminosa.
EXERCICO 9
91.Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e culpável
92.Em relação à menoridade penal, o CP adotou o critério puramente biológico, considerando penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos de idade, ainda que cabalmente demonstrado que entendam o caráter ilícito de seus atos
93.De acordo com o CP, considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu seu resultado.
94.Se determinada pessoa, querendo chegar rapidamente ao aeroporto, oferecer pomposa gorjeta a um taxista p/ que este dirija em velocidade acima da permitida e em razão disso o taxista atropelar e consequentemente matar uma pessoa, a pessoa que oferecer a gorjeta participará de crime culposo.
95. Aquele que se utiliza de menor de dezoito anos de idade para a prática de crime é considerado seu autor mediato
96.Considere que Carlos tenha ameaçado seu amigo Maurício de mal injusto e grave, razão por que Mauricio na delegacia de policia, representou contra ele. Nessa situação hipotética, sendo o crime de ação penal pública condicionada, se assim, desejar, Mauricio poderá retratar a representação ate o oferecimento da denuncia pelo MP.
97.A anistia representa o esquecimento do crime, afastando a punição por fatos considerados delituosos e constitui ato privativo do presidente da república.
98. Não é possível a concessão de anistia, graça ou indulto àqueles que tenham praticado crime hediondos
99. As causas de extinção da punibilidade, como a prescrição, a morte do autor do fato e a decadência do direito de queixa, podem ser reconhecidas de oficiopelo juiz.
GABARITO: 91-C 92-C 93-E 94-E 95-C 96-C 97-E 98-C 99-C
EXERCICIO 10
26 Crisântemo não possuía as pernas e utilizava uma cadeira de rodas para se locomover. Em um determinado dia, estando em seu sítio, percebeu quando elementos furtavam frutas em seu pomar. Gritou e pediu insistentemente que se afastassem e fossem embora. Como os elementos continuassem a subtrair-lhe as frutas, efetuou um disparo com sua espingarda, calibre 38, contra os mesmos, tendo o disparo transfixado um deles e lesionado outro que, em razão dos ferimentos, permaneceram quarenta dias internados em um hospital público da cidade. Após restar provado todo esse episódio, pode-se afirmar que Crisântemo:
A) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo torpe, tendo ocorrido aberratio ictus.
B) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil, tendo ocorrido aberratio ictus.
C) não praticou crime, pois se utilizou do meio necessário, portanto excluindo a ilicitude.
D) praticou o crime de lesão corporal grave consumada, tendo ocorrido aberratio ictus.
E) praticou o crime de lesão corporal gravíssima consumada, tendo ocorrido aberratio delicti.
27 Maria, a pedido de sua prima Joana, por concupiscência desta, convenceu sua vizinha Pauliana, de 12 anos de idade, a assistir Joana e seu namorado Paulo em intimidades sexuais. Assim, pode-se concluir que Maria obrou para o delito de:
A) submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento.
B) aliciar criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.
C) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável.
D) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
E) corrupção de menores.
28 João morava em uma comunidade onde havia comércio ilegal de drogas, razão por que era constante a ação da polícia no local. “Dedinho”, responsável pelo comércio ilegal de drogas na comunidade, objetivando não ser incomodado em suas vendas, e buscando não perder a sua mercadoria, contratou João para soltar rojões quando os policiais chegassem à entrada da comunidade, o que se deu por muitas vezes. Assim, João:
A) praticou o crime de associação para o tráfico de drogas ilícitas (artigo 35 da Lei n° 11.343/2006). 
B) praticou o crime de quadrilha ou bando (artigo 288 do CP).
C) colaborou como informante do tráfico de drogas ilícitas (artigo 37 da Lei n° 11.343/2006).
D) deve responder como partícipe do tráfico de drogas ilícitas (artigo 33 da Lei n° 11.343/2006).
E) deve responder como coautor do tráfico de drogas ilícitas (artigo 33 da Lei n° 11.343/2006).
29 Lauro lançou detritos orgânicos em um rio que corta a sua fazenda tornando impróprio o consumo das águas dos lençóis subterrâneos pela população vizinha que deles se utilizava através de poços, pois na localidade não existia distribuição pública de rede de abastecimento de águas. Por constatação dos órgãos de Saúde Pública, o consumo das águas dos poços poderia causar danos à saúde humana. Assim, a Lauro:
A) deve ser imputado o crime de causar poluição, preconizado no artigo 54 da Lei n° 9.605/1998.
B) deve ser imputado o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, preconizado no artigo 132 do CP.
C) deve ser imputado o crime de lesão corporal tentada, preconizado no artigo 129 c/c artigo 14, II, ambos do CP.
D) deve ser imputado o crime de envenenamento de água potável, preconizado no artigo 270 do CP.
E) não pode ser imputado crime, uma vez que os lençóis são subterrâneos.
30 A Portaria nº 104/2011, do Gabinete do Ministério da Saúde, definiu a relação de doenças de notificação compulsória em todo o território nacional. Joaquim, médico, ao tomar conhecimento de um paciente que estava com uma patologia descrita na referida normativa, por amizade ao mesmo, não comunicou a doença aos órgãos competentes, motivo pelo qual, ao ser descoberto tal fato, foi processado criminalmente. Na hipótese de antes do julgamento, ser editada nova normativa, retirando a referida patologia do rol de doenças de notificação compulsória, pode-se afirmar que:
A) deve incidir a retroatividade da, considerando que alterou a matéria da proibição.
B) deve incidir a retroatividade do, considerando que se alterou a matéria da proibição.
C) trata-se de lei excepcional ou temporária, portanto pode ser condenado, consoante preconiza o artigo 3º do CP.
D) não há como incidir a retroatividade da lei penal, em face de não ter sido alterado a matéria da proibição.
E) deve ocorrer a ultra-atividade da lei penal, pois se trata de norma penal em branco .
lex mitior abolitio criminis stricto sensu
31 Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida por dois homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de: 
A) cárcere privado (artigo 148 do CP).
B) roubo (artigo 157, § 2, V, do CP).
C) extorsão simples (artigo 158, caput do CP).
D) extorsão qualificada (artigo 158, § 3º do CP).
E) extorsão mediante sequestro (artigo 159 do CP).
32 Joseval, no calor de uma discussão com Marinalda, sua namorada, por divergências esportivas, pois torcem para times distintos, desferiu um soco no rosto desta, que resultou em lesão, após o que Marinalda passou a não sentir mais paladar.Assim, Joseval: 
A) deve responder pelo crime de lesão corporal simples.
B) deve responder pelo crime de lesão corporal grave.
C) deve responder pelo crime de lesão corporal gravíssima.
D) deve responder pelo crime de violência doméstica.
E) não deve responder por crime algum, pois a imputabilidade fica excluída pela emoção ou pela paixão.
33 Geraldino permitiu seu encarceramento pelo patologista André, para se submeter a uma experiência científica. Ao terminar o período da experiência, Geraldino procurou a delegacia de polícia da circunscrição de sua residência, alegando que fora vítima de crime, em face do seu encarceramento. Do relato apresentado, conclui-se:
A) Não há crime, pois o consentimento do ofendido excluiu a ilicitude.
B) André praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no artigo 148,§ 1º, II (se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital) do CP.
C) André praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no artigo 148, § 2º (se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral) do CP.
D) André praticou o crime de lesão corporal, que absorve o crime de sequestro ou cárcere privado. 
E) André praticou os crimes de lesão corporal e de sequestro ou cárcere privado, em concurso material.
34 Quanto à aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto afirmar:
I. O princípio da universalidade, preconizado no artigo 7º, II, a, do CP não obsta a concessão da extradição ao Estado no qual ocorreram às práticas delituosas.
II. Em razão do princípio da personalidade passiva, o brasileiro nato não pode ser extraditado, entretanto é submetido à lei brasileira quando pratica crime no estrangeiro, mesmo que já tenha cumprido pena ou tenha sido absolvido no país onde praticou o crime.
III. A legislação brasileira adota de forma irrestrita o princípio da justiça universal; inclusive nos crimes de tráfico de pessoas esse princípio prevalece em prejuízo do princípio da territorialidade.
IV. O território onde estão instaladas as embaixadas estrangeiras passam a constituir território do Estado da embaixada.
Indique a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s).
A) I, II, III e IV.
B) II, III e IV, apenas.
C) III e IV, apenas.
D) I e IV, apenas.
E) I, apenas.
35 Quanto às organizações criminosas, preconizadas na Lei nº 9.034/1995, pode-se afirmar:
I. A expressão “organização criminosa” preceituada

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