Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
PEDAGODIA
ELLEN DE FÁTIMA CUSTÓDIO CUMPRI – RA 2434946701
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
ATIVIDADE INTERDISCPLINAR
CINTHIA GOMÇALVES MAZIERO
VALINHOS - SP
2019
ELLEN DE FÁTIMA CUSTÓDIO CUMPRI - RA 2434946701
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
PEDAGODIA
ATIVIDADE INTERDISCPLINAR
CINTHIA GOMÇALVES MAZIERO
VALINHOS - SP
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. A QUESTÃO DE GÊNERO NA ESCOLA	4
2.1 DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES	4
2.2 GÊNERO E A ADOLESCÊNCIA	5
2.3 GÊNERO E OS ESPORTES	6
2.4 UM EXEMPLO A SEGUIR	7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
4. REFERÊNCIAS	9
1. INTRODUÇÃO
A desigualdade de gênero é questão ser tratada, a fim de amenizar os preconceitos estabelecidos de nossa cultura patriarcal, onde foi estabelecido que homens e mulheres tem definições diferentes no âmbito escolar, profissional, cultural.
Identificar algumas atividades como sendo para homens, ou para mulheres, caracteriza essa imposição que é feita há anos pela sociedade.
A constituição federal de 1988, Título II Dos Direitos e Garantias Fundamentais em seu Capitulo I Dos Direitos e Deveres individuas e coletivos afirma:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Um dos significados da palavra gênero no dicionário Michaels é "Agrupamento de indivíduos que possuem características comuns".
E segundo o dicionário online de Português Dicio a palavra gênero também pode significar diferença entre homens e mulheres que, construída socialmente, pode variar segundo a cultura, determinando o papel social atribuído ao homem e à mulher e às suas identidades sexuais.
Diante dessas afirmações podemos entender que a lei garante a todos direito de igualdade. E se gênero é um agrupamento de indivíduos que possuem características comuns, a desigualdade de gênero foi construída socialmente ao longo dos anos.
Assim é possível entender a importância de se falar sobre a igualdade de gêneros na construção de uma sociedade mais justa. 
 2. A QUESTÃO DE GÊNERO NA ESCOLA
Ensinar como uma mulher ou como um homem deve se comportar, faz parte da cultura do Brasil.
Gênero é uma construção histórica e social, então falar de gênero é produção de conhecimento cientifico. Portanto se é uma construção social, podemos desconstruir e pensar nas relações sociais, refletindo sobre nossas práticas. Não existe um momento adequado para iniciar esse processo, mas uma adaptação, partindo do princípio que os brinquedos qualificam a maior divisão de gêneros. O papel da escola é fazer com que o adolescente aprenda a viver numa relação de igualdade e equidade dentro da sociedade. 
Ensinar gênero é uma forma cientifica de promover respeito e igualdade em nossa sociedade e não uma doutrinação ideológica.
Os assuntos abordados pela escola são de total relevância para conhecimento dos alunos: Diferenças salariais, poucas representatividade política ou de altos cargos para mulheres, abordar assuntos como estupro, assédios, que tem entre suas vítimas o maior número de mulheres, que não existe esporte masculinos e femininos, participação de homens e mulheres nos assuntos relacionados a casa ou cuidados com crianças e idosos.
2.1 DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES
Em 20 de outubro de 2016, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, publicou a Resolução Nº 180, sobre a igualdade de direitos entre meninas e meninos nas políticas públicas de atenção, proteção e defesa de crianças e adolescentes. É uma importante resolução que vem para contribuir com a superação das situações como a as violações e violências motivadas por questões de gênero.
É importante falar sobre igualdade de gênero, pois as diferenças sociais que diferem homens e mulheres são inúmeras.
Abaixo alguns dos motivos publicados pelo Caderno Prático Para Integração de Igualdade de Gênero na Caritas em Portugal:
- A participação de homens e mulheres no mercado de trabalho é desigual, isso reflete no faixa salarial.
- Cargo de chefia ainda é maior o número entre homens. Seja no poder público ou privado.
- Definição de cargos como sendo masculinos ou cargos femininos, e ou esportes masculinos e femininos.
 - A mulher é a maior responsável pelo cuidado de casa, filhos e idosos no contesto familiar.
No Brasil, a realidade fica ainda mais grave se analisamos dados referentes às mulheres negras:
– As mulheres negras representam o principal grupo de pessoas pobres: 7,4% delas vivem em extrema pobreza, 34% vivem na pobreza.
 – As mulheres negras são o grupo com menos representação política no Brasil, apenas 3% dos municípios brasileiros tiveram mulheres negras eleitas.
 2.2 	GÊNERO E A ADOLESCÊNCIA
A adolescência é marcada por mudanças nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Nessa fase se busca a autonomia diante da sociedade e surgem os questionamentos.
Falar sobre gênero na adolescência, desperta comportamentos necessários para que possam analisar as questões que envolvem nossa sociedade e tenham condições de tomar decisões para promover a igualdade. Ter uma base de ensino pautada com respaldos científicos faz com que a informação seja repassada ao adolescente de forma clara e objetiva, incentivando-os a questionar as tradições culturais que há anos são estabelecidas na sociedade. Levando-os a compreender que não é assunto do momento, mas uma estrutura que precisa ser modificada e bem sólida para as próximas gerações.
Algumas atitudes dos pais e dos professores podem ajudar em uma educação com mais igualdade e equidade: 
- falar sobre sexualidade, existem pesquisas que demonstram que quando um adolescente tem acesso a informação, começa sua vida sexual mais tarde e com mais responsabilidade.
- abordar assuntos como discriminação e racismo, ensina os adolescentes a não participar das “brincadeirinhas” que promovem a falta de respeito com o colega, respeitando as diferenças de cada um.
- acolher as diferenças; nessa fase os adolescentes começam a viver experiências novas, a fim de se conhecer. Acolher com carinho e orientação ajuda a ter direcionamento.
 2.3	GÊNERO E OS ESPORTES
“Isso não é lugar de mulher, não. “No contexto histórico da desigualdade de gênero, esse tipo de frase é usada para desmerecer a posição da mulher em alguns campos da sociedade”. O esporte é um deles, apesar do progresso das últimas décadas. Para se ter uma ideia das barreiras ainda a serem superadas, em meados de junho, a revista Forbes publicou a sua lista anual dos atletas mais bem pagos do mundo. Entre os 100 nomes, há apenas uma mulher. (Citação tirada do site: socioeconomia.org, Camila Nogaroli)
Um grande exemplo disso é o futebol, que já chegou a ser proibido para mulheres. A mulher ainda tem pouca representatividade no esporte, mas continua lutando por seus direitos; a falta de patrocínios falta de incentivo e diferença salariais exorbitantes entre homens e mulheres não são empecilhos pra que as mulheres mostrem que biologicamente o corpo humano feminino pode praticar esporte que são denominados como "esportes para homem".
O ambiente escolar é onde fica registrado de forma concreta essas diferenças, quando meninos escolhem jogar futebol e meninas vôlei, denominando os esportes como "coisas de meninos" ou "coisas de meninas. Daí a importância de trabalhar com o assunto, explicando que a desconstrução cultural vai ajudar a diminuir esse conceito estabelecido pela sociedade.
2.4 	UM EXEMPLO A SEGUIR
A jogadora Marta recebeu no dia 16 de outubro o prêmio por sua atuação na luta pela igualdade de gênero no esporte. Marta já recebeu seis premiações de melhor jogadora de futebol do mundo. Mas isso não garante a ela o direito a igualdade de gênero, considerando que os salários pagos asmulheres é menor que o salário pago a homens que exercem a mesma função. Mostrando que a discussão sobre igualdade de gênero é necessária na rotina escolar.
O prêmio Wilma Rudolph Courage Award foi concedido pela instituição Women’s Sports Foundation e premiou Marta “por sua perseverança diante das adversidades, trabalho incansável para derrubar as barreiras de gênero no esporte, e pelo inspirador trabalho como Embaixadora da Boa Vontade da ONU para mulheres e meninas no esporte e como Defensora das Metas de Desenvolvimento Sustentável da ONU”. (Citação do site https://www.huffpostbrasil.com - By ANSA)
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Igualdade de gênero é assunto de grande relevância pra todos, educadores tem um desafio importante pela frente.
Tratar do assunto com base e sem pré-conceitos vai levar as mudanças culturais na sociedade. 
É um assunto sério, que deve ser tratado com muita responsabilidade por todos, deve haver uma união entre pais e educadores, para nortear os adolescentes a buscar informações e desenvolver suas próprias conclusões. Para que tenham um olhar critico e livres de conceitos pré-estabelecidos ao longo de anos.
4. REFERÊNCIAS
REDEPSI. Gênero na adolescência, publicado em 24 de junho de 2008, disponível no site <http://www.redepsi.com.br/2008/06/24/evolu-o-do-conceito-e-vis-es-sobre-a-adolesc-ncia/>
Revista Beat. Gênero no esporte, publicado em 14 de agosto de 2017, disponível e site: <http://www.revistabeat.com.br/2017/08/14/genero-no-esporte/>
Socioeconomia.org. Gênero e as diferenças no esporte, publicado em 7 de julho de 2017, disponível em site: <https://socioeconomia.org/barreiras-genero-esporte/>
Believe Earth. Discussões sobre igualdade de gênero na escola, publicado em 20 de dezembro de 2018, disponível em site: <https://believe.earth/pt-br/o-caminho-para-igualdade-de-genero-passa-pela-adolescencia/>
Oxfam Brasil. Consequências sobre estudar gênero, publicado em 8 de março de 2017, dospnível no site: <https://oxfam.org.br/noticias/como-a-justica-de-genero-pode-combater-as-desigualdades>
BERNARDO FONSECA MACHADO, BEATRIZ ACCIOLY LINS E MICHELE ESCOURA. Diferentes, não desiguais - A questão de gêneros na escola. 1º Edição – São Paulo: Editora Reviravolta 2016.
Gov.br, Ministério da Mulher, da família e dos Direitos Humanos. Igualdade de gênero, disponível em <https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/igualdade-de-genero-e-empoderamento-de-meninas>
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