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ACADEM IA MILITAR SAMORA MOISÉS MACHEL Assane Sualê Ossufo (Mestrado em Administração e Regulação De Educação) Igualdade e Equidade de Género Nampula 2019 i Assane Sualê Ossufo Igualdade e Equidade de Género Exame do Módulo de Gestão de equidade e das aprendizagens nas escolas, do curso de Mestrado em Administração e Regulação de Educação, a ser apresentado ao Departamento do Curso de Pós-laboral ministrado pela Academia Militar Samora Moisés Machel. Orientador: Prof. Dr. Adérito Gomes Barbosa Nampula 2019 i Índice 1 Introdução .................................................................................................................................. 2 2 Breve análise sobre história de Género e seu conceito ................................................................. 3 2.1 Origem do conceito e dos movimentos feministas ................................................................... 3 2.2 Noção de Género .................................................................................................................... 4 2.3 Diferença entre sexo e Género ................................................................................................ 5 2.4 Relação de género .................................................................................................................. 6 3 Violência de Baseada no Género ................................................................................................ 7 3.1 Efeito da violência do género.................................................................................................. 8 3.2 Mecanismos de protecção da mulher contra a Violência Baseada no Género ........................... 9 4 Promoção de género ..................................................................................................................11 4.1 Justiça de Género ..................................................................................................................12 5 Empoderamento feminino .........................................................................................................13 5.1 Novas concepções sobre o empoderamento ............................................................................14 5.2 Processo de emporedamento ..................................................................................................15 6 Conclusão .................................................................................................................................18 Referências bibliográficas .................................................................................................................19 2 1 Introdução Os debates sobre género nas comunidades se arrastam já à longos anos. Mas, só no período da Revolução Francesa surgem as iniciais exterioridades sobre o assunto. Nos anos 60 até surgem ao redor do mundo primários movimentos feministas e que culminaram actualmente em quase todos os países a criação de organizações com o objectivo de defender os interesses do género menos empoderado (mulheres). E em Moçambique, estes temas começaram a ser focos nos anos 60 com os movimentos nacionalistas de libertação em África. E com a libertação de Moçambique em 1975 começam a nascer juntamente organizações como, a Organização da Mulheres moçambicanas e mais tarde O Fórum Mulher que foram fundadas com objectivo de defender os direitos particularmente das mulheres moçambicanas. O presente trabalho é resultado de uma revisão bibliográfica sobre Género. Tem como tema Igualdade e Equidade De Género. O objectivo deste é abordar os diferentes pensamentos sobre o conceito de Género, a promoção da justiça de género, a violência e o empoderamento das mulheres e fazer uma análise sobre esses assuntos aqui mencionados. Com estes subtemas, percebe-se que podem ajudar na reformulação do pensamento social, político e económico dos actores envolvidos e fazer com que se crie mais espaços abertos às mulheres nos serviços públicos e particulares, principalmente ligadas a Educação, a economia, a produção na escala nacional. É certo que nenhum tipo de dominação é pura ou natural, com isso, as ideias socialmente aceites sobre a existência de desigualdades entre homens e mulheres que culminam em dominação das mulheres pelos homens através da restrição de actividades ou posições de liderança constituem uma injustiça que resultam em violência com base no género. Para isso, é trabalho da comunidade em geral, junto das instituições competentes, refere-se aqui a família, a escola, o Governo e outros, criar mecanismos para extinguir a descriminação da mulher, o tráfico das mulheres, o desempoderamento da mulher e mais outros casos de inferiorizam a esta camada. Portanto, para fazer face a estes assuntos neste trabalho, houve a necessidade de estrutura-lo em três partes a citar: A parte pré-sexual, a parte textual organizada em cinco capítulos nomeadamente, Capitulo I: Breve análise sobre a história de género e seu conceito, Capitulo II: Violência baseada no Género, Capitulo III: Promoção de Género, Capitulo IV: Empoderamento feminino e Capitulo V: Processo de empoderamento, seguida da conclusão e as referências bibliográficas. 3 2 Breve análise sobre história de Género e seu conceito 2.1 Origem do conceito e dos movimentos feministas As desigualdades entre as pessoas não têm origem nas sociedades modernas ou globalizadas. É desde os primórdios uma matéria que preocupa as sociedades desfavorecidas em particular a mulher na qual, pela natureza física é subjugada a negação dos seus anseios sociais, psicológicos e culturais. É originária da diferenciação entre povos por meio do sexo biologicamente adquirido. É construída desde os antigos sacramentos mais acreditados no mundo (os livros sagrados), por exemplo, a Bíblia que diz… “e o teu desejo [da mulher] será para o teu e marido, e ele [o homem] te dominará” (Gn, 3,16), enquanto, o Alcorão Sagrado refere que…”E elas têm direitos iguais, às suas obrigações convenientemente. E há para os homens um degrau acima delas [as mulheres]. E Allah é todo-poderoso e Sabio” Al-Baqaran (228), pelo que segundo Nasr, que faz a tradução literal do livro, faz entender que este privilégio refere ao divórcio e não genericamente em todos os assuntos da vida (p.62). Entretanto, nota-se que existe um “crédito” de que a selecção natural predestina um grupo para determinadas actividades físicas ou comportamentais ou estabelece a relação inata entre o homem e a mulher, onde uns devem receber ordens dos outros. Mesmo com a criação de instituições sociais onde o liberalismo pairava perante massas, este mal, não mudou de cenário. As escolas e instituições controladas por sistemas economicamente posicionados através da industrialização das sociedades que procuravam a mão-de-obra capaz de responder as suas necessidades por via da meritocracia adicionaram a mulher à classe dominada. Silva (2007), considera que a mulher passou a ter um papel irrelevante na escolarização e na distribuição do poder porque no século XX eram a minoria nas escolas e convivendo com as ideologias do dom e meritocracia a grande massa considerada intelectualmente preparada para o mercado de trabalho era do sexo masculino. A procurar de justificar a existência da desigualdade no meio social entre o homem e a mulher, surgiram várias teorias em defesa das ideologias do dom e da meritocracia, destacando-se as teorias do determinismos cultura, funcionalista, capital humano, marxista de luta de classes, social neo-maxista, da deficiência cultural e linguística, da reprodução cultural, da produção ideológica e dos códigos linguísticos, as de resistência cultural, interaccionismo simbólico e as teorias de currículo, mas nenhuma delas conseguiu convenceros reais motivos que levam as desigualdades entre o homem e a mulher, na sociedade e no sistema educativo (Silva, 2007). 4 Diante de todas injustificações, surgiram em seu anuídos movimentos que buscavam lutar pelo lugar da mulher na sociedade. Segundo Silva (2007), a Revolução Francesa …deu origem a vários movimentos sociais de luta pela igualdade, nomeadamente o das mulheres, que não tendo sido beneficiárias directas da revolução, aproveitaram-se das transformações ideológicas então iniciadas (p.42). Dentre eles os movimentos feministas do ocidente, as gerações nascidas nos EUA e Europa no período pós-guerra mundial terminada em 1945, pelo que, a globalização e surgimento da comunicação social de acordo com (Silva, 2007) permitiu sobremaneira o assentamento dos movimentos de libertação no mundo que também se podem verificar na actualidade e em particular em Moçambique. Os movimentos para os direitos da mulher começam a surgir com o desencadear da guerra de libertação colonial, nas zonas libertadas para onde a necessidade de quadro qualificados nascia permitindo a criação de políticas educativas massificadoras e consequentemente a participação activa das mulheres nos interesses do país. A partir da data da independência, em 1975, a FRELIMO estende a todo o país a política educativa, até então desenvolvida nas zonas libertados. As mulheres adquirem então o direito de voto, e alcançam níveis de cidadania participativa, inclusivamente na luta armada, até então desconhecidos. O novo governo criou, assim, um sistema de ensino igualitário e extensivo a toda a população (deixando de haver escolas para negros e brancos, para rapazes e raparigas) e fez um grande esforço na construção de estruturas que permitiram o acesso da maior parte da população à educação (Silva, 2007, p.59). Associado a luta do mundo ocidental, os países africanos viraram seus esforços para os movimentos feministas e da luta pela igualdade de género que particularmente os homens e mulheres, esposas e mães buscavam pelo seu papel social e segundo Silva (2007), “para Moçambique, a igreja e as mudanças politicas tiveram o papel fundamental na promoção de novos e fortes estereótipos de género e reflectem a realidade” (p.61). 2.2 Noção de Género A palavra “género” nasce com os estudos feitos em Antropologia, Psicologia, Psicanálise e sociologia na qual se convencionou o uso do termo não para distinguir as características anatómicas e biológicas, sim para diferenciar características sociais entre os homens e mulheres. Diante disso, é necessário que toda a pessoa, desde os primeiros dias de vida seja ensinada e capacitada a perceber a diferenciação entre os termos sexo e género. Os pais desde cedo devem ensinar que, o ser menino ou menina é uma questão de diferenciação biológica não constitui uma selecção natural na diferenciação generalizada. 5 Entretanto, vários conceitos sobre o género são baseados a este principio do âmbito da sociologia como por exemplo: De acordo com Nhapulo (2011, p.5),“Género refere-se aos diferentes papéis que as mulheres e os homens desempenham em que são determinantes em função dos usos, costumes e desenvolvimento de uma sociedade.” Pode-se perceber nesta passagem que, o termo género não é sinónimo de ser mulher ou da feminidade, refere-se a todos, aos homens tanto as mulheres, nas suas convivências entre diferentes ou iguais sexos, nas conversas em casa, com amigos, familiares, colegas do trabalho, da escola, do laser, nos transportes semicolectivos e entre outros espaços que se podem realizar actividades. Significa que a percepção em relação ao termo género em diferentes regiões ou culturas pode sofrer mudanças, pela forma como as actividades são distribuídas. Por exemplo nas sociedades educativas, na vida militar, o homem e mulher não tem papéis distintos, todos são alunos ou militares respectivamente e compartilham o mesmo meio social. Assim as diferenças biológicas existem e as diferenças psicológicas (cognitivas e psicomotoras) determinam o desempenho de cada um perante a classe ou turma, isto é, todos são essências. Baticã (2015, p.6) refere que “Sexo e Género são fundamentalmente diferentes. Características sexuais são biologicamente determinadas e permanecem as mesmas através do tempo e entre as sociedades. Características de género são moldadas por relações sociais, mudam com o tempo e variam de sociedade em sociedade.” Como também Martins (2015), diz que quando falamos de género, evocamos uma das dimensões mais importantes da identidade de cada ser humano, em qualquer época e parte do mundo. Mas aquilo que caracteriza, ou que se permite, a cada género – sejam valores, expectativas, aspirações, aparências, comportamentos ou oportunidades – é diverso para cada contexto e para cada situação (p.11). 2.3 Diferença entre sexo e Género Falar de sexo é falar sobremaneira de género. A sexualidade é divina que define as diferenças entre o homem e a mulher. Pela natureza sexual o homem determina o número de filhos e a mulher tem a função de reproduzir os filhos. Neste sentido podemos ter segundo Nhapulo (2011, pp.7-8), “as funções sexuais, as que os homens ou mulheres assumem nas suas diferenças básicas (psicológicas e anatómicas) e as funções de género que ditam a 6 avaliação do comportamento pela sociedade.” O mesmo autor refere que as diferenças entre as funções sexuais e as funções de género estão em: As funções sexuais são as mesmas em todas as sociedades, são universais, isto é, só a mulher pode dar a luz em todo o mundo. Podem ser desempenhadas só por um dos sexos enquanto as funções de género podem diferir de sociedade para sociedade. Podem mudar com a história e são determinadas social e culturalmente (p.8). 2.4 Relação de género As relações de género são conformidades sociais entre pessoas do mesmo sexo que enquanto elementos de um grupo sexual criam e reproduzem as diferenças sociais que se vão traduzir em desigualdades, a falta de equidade, violência domestica, dependendo de cada sociedade e diferentes grupos de pessoas, de classes, raças etnia, idade, etc. (Nhapulo, 2011) refere que “essas diferenças e desigualdades influenciam muito na oferta de oportunidades em todas as áreas de actividades que começa a se fazer sentir na pessoa quando pequena” (p.9). Em Moçambique as relações se caracterizam pela desigualdade no acesso aos recursos económicos, sociais, nas oportunidades e benefícios, tal como a educação e emprego entre homens e mulheres segundo (Nhapulo,2011, p.10). E Gomes (2015) refere que se os homens e mulheres se comportam de forma distinta é por que aprendem a faze-lo ao longo de toda a vida em sociedade. Gomes (2015, p.16) sustenta que “os homens e mulheres aprendem as diferenças nas instituições sociais como a família, escola, o mercado de trabalho, a igreja, a política, o ordenamento jurídico a ciência.” Por sua vez, também refere que todas as instituições são organizadas por diferenças de género e ao mesmo tempo organizam o mundo e as pessoas segundo as suas diferenças. 7 3 Violência de Baseada no Género A violência é qualquer tipo de descriminação entre pessoas sejam elas do mesmo ou diferente sexo e género. A discriminação nalgumas vezes é originada por preconceitos que levam a comportamentos que muitas vezes causam danos morais, humanos ou psicológicos. Acontece no lar, na rua, em ambiente de trabalho ou laser. Geralmente essa descriminação se traduz em acções que chegam a ser pejorativas que produzem agressões físicas, sexuais ou psicológicas que afectam o(a) agredido(a) e até originam homicídios. Baticã (2015, p.12) relata que a violência com Base no Género consiste em qualquer acção ou conduta pejorativa, baseada nas relações entre meninas e rapazes, homens e mulheres, que pode causar morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público, bem comono meio da família ou ao nível da comunidade. Segundo o mesmo autor a violência baseada no Género não são característicos, ocorrem continuamente e de forma incaracterística dia-pós-dia, a cada hora, a cada minuto em todos os lugares, das mais baixas forma à mais extrema que leva geralmente a homicídios. Estas podem tomar o tipologias diversificadas que para (Baticã, 2015), vão desde a violência domestica, sexual, a prostituição forcada, a motilacação genital, violência psicológica, violência física, sobrecarga de trabalhos domésticos prolongado, aborto/infanticídio do feto do sexo feminino, tráfico de mulheres para trabalhos de escravatura sexual, abuso e exploração sexual de menores, crimes de honra (tortura por causa da opção/escolha), acesso e controle desigual de recurso e bens, abuso e assassínio ligado a dote, excisão feminina, casamento precoce/forçado, abuso de pessoas idosas, lapidação por adultério até o infanticídio das meninas. Também Baticã (2015, p.14) diz que “a violência sexual constitui igualmente uma forma frequente de violência baseada no género, variando desde o assédio sexual, estupro, agressão sexual, relação sexual sem consentimento, até à corrupção infantil e prostituição forçada.” A violência sexual de qualquer tipo tem um peso incontornável quando praticada de homem para mulher. Isto resulta do poder que o género masculino tem diante do género feminino. É incomum ouvir falar de violência sexual de mulher para homem devido a intolerância psicologia que caracterizam os homens na sua vida activa sexual. Algumas sociedades criam as crianças dando relevância o seu sexo. O poder da criança homem não só caracteriza-se fisicamente como também pelas características sexuais. O homem sente-se mais livres ou normal ao falar-se de sexo em relação as mulheres. Geralmente, ao falar da 8 actividade sexual nas sociedades, atributos glorificam os homens e infamam as mulheres. É com base nesses ensinamentos de “gloria” que a violação sexual tem cada vez mais espaço. Os homens menos educados sexualmente recorrem a diversas vias para alimentar a intolerância sexual e que as relações entre géneros forçam a corrupção infantil e a prostituição forçada que, em muitos casos originam o tráfico de seres humanos principalmente da rapariga para países como África do Sul para servirem de escravas sexuais. Esta de violência faz as mulheres perderem o seu próprio valor perante a sociedade, fazendo-lhes deprimidas, rejeitadas e traz sérios problemas na vida pessoal. Por um lado, as atitudes de masculinidade provocam um outro tipo de violência. A violência doméstica, que acontece na maioria dos casos na família, ou casamento (intrafamiliar), de pai para filhos ou de esposo para esposa ou mesmo de uma pessoa com um poder parental para com outros como empregados domésticos ou mesmo na comunidade entre homens e mulheres que causam prejuízos físicos, morais ou humanos a pessoas. Segundo Ministério Do Género, Criança E Acção Social, em Moçambique (2016,p.36): O perpetrador da violência física contra a mulher tende a ser alguém com quem ela teve uma relação amorosa (actual esposo 62%; ex parceiro 21%; padrasto/madrasta 14,5%) (IDS 2011). Enquanto para os homens, embora a maioria tenha também mencionado que o perpetrador da violência foi a actual ou ex-esposa ou parceira, existem mais casos praticados por outras pessoas, como padrasto ou a madrasta (28%), irmão/irmã (17%), ou pelos professores (12%). “E A incidência da violência sexual em Moçambique difere entre homens e mulheres: 12% das mulheres e 7% dos homens declaram ter sido forçados a ter relações sexuais alguma vez em suas vidas” (Ibraimo 2015, cit. Ministério Do Género, Criança E Acção Social, 2016, p.36). 3.1 Efeito da violência do género A violência do género traz consigo efeitos nefastos na vítima e para (Baticã, 2015, p.21) refere que “…nas raparigas e mulheres são pesados, intensos e duradouros. Estes podem ser de natureza física, psicológica, social ou económica.” Os efeitos físicos são geralmente caracterizados por hematomas em caso de agressões físicas. Nas agressões sexuais verificam-se a contracção de doenças sexualmente transmissíveis com maior enfoque o SIDA, a gravidez precoce ou indesejada, aborto espontâneo, homicídios e outros. Os efeitos psicológicos caracterizam-se por perda de auto- estima, baixa produtividade e traumas psicológicas. 9 Enquanto, os efeitos sociais incluem a rejeição, estigmatização, exploração sexual adicional e castigo corporal sério. Afectam-se igualmente as convivências das crianças no ambiente familiar. Para os efeitos socioeconómicos se fazem sentir na sociedade com o aumento contínuo de mães despreparada para a função, crianças sem pais, sem registos que consequente aumento o número de pessoas pobres no país. Os efeitos económicos geralmente são avultados em situações em que a pessoa abusada procura o acesso aos tratamentos hospitalares como por exemplo os trabalhos de psicólogos para acompanhamentos e outros serviços de cuidado necessário para a reabilitação da vítima. Também a procura dos serviços de justiça afectam de forma directa economicamente as vitimas. 3.2 Mecanismos de protecção da mulher contra a Violência Baseada no Género Para a protecção das pessoas contra a violência baseada no genro existem instrumentos legais já provadas nacional e internacionalmente. Estes documentos têm como objectivos restabelecer a justiça, igualdade e equidade de género. Internacionalmente podem-se citar segundo Baticã (2015, pp. 23-24) documentos tais como: a) A Declaração Universal dos Direitos Humanos de Assembleia Geral das Nações 1948; b) Convenção sobre Eliminação Discriminação contra Mulheres CEDAW; c) Protocolo de Maputo; d) Declaração de Plataforma de Acção de Beijing (1995); e e) Convenção dos direitos da criança. Em Moçambique, esses instrumentos tem sido bases da construção de documentos usados internamente que orientam, acções e mecanismos de protecção a pessoas susceptíveis a esse tipo de violência. Dentre estes destacam-se a Constituição da República de Moçambique de 1975, 1990, 2004 que defendem a igualdade de género e proíbe a discriminação com base no sexo (Dias, 2015, p.8). Esta ideia é reforçada também pela Lei no 01/2018 da Revisão Pontual da Constituição da República de Moçambique nos seus artigos 35 e 36 ao estabelecer que: “Todos os cidadãos (homens e mulheres) são iguais perante a lei, em todos os domínios da vida política, económica, social e cultural, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política”. As leis que foram revistas e têm um impacto nas relações de género incluem a Lei de Terras (1997), a Lei do Trabalho (2017), a Lei da Família (2005) e o Código Comercial (2005). E a Política de Género e Estratégia da sua Implementação a qual estabelece uma de linhas de orientação com vista a permitir a tomada de decisões e identificação de acções para 10 a elevação do estatuto da mulher e da igualdade de género é através da Resolução nº 19/2007, de 15 de Maio, do Conselho de Ministros, baseados Convenção das Nações Unidas sobre todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento (Ministério Do Género, Criança E Acção Social, 2018, p.2 11 4 Promoção de género A promoção de género inclui um conjunto determinado de acções que permitem que não sejam extintas as desigualdades nas oportunidades e benefícios entre homens e mulheres e se paute pela elevação de igualdade de acordo com actividades e interesses que permitam a mobilização de pessoas para transformar as relações de subordinaçãoexistente entre homens e mulheres. Segundo Baticã (2015), para a promoção de género é necessário acções importantes como a criação de programas inclusivos lobbing e advocacia e a promoção de inclusão nas instituições e organizações para as mulheres quanto para os homens. Nhapulo (2011) assegura que os interesses estão relacionados com a divisão de trabalho por género; o poder e controlo, que podem incluir questões como o reconhecimento de direitos legais das mulheres; o combate à violência domestica; assegurar a igualdade de salários e promover o acesso e a relevância da educação para as mulheres. Para promover a luta pela igualdade e promoção de género e o empoderamento económico e social do género feminino foram criadas em Moçambique vários programas nacionais junto ao governo central que é liderada pela Ministra que presta contas ao governo. Dentre estes programas destacam-se segundo Ministério Do Género, Criança E Acção Social, em Moçambique (2016, p.45): 1. CECAP – Coligação para Eliminação dos Casamentos Prematuros. 2. CNAM – Conselho Nacional para o Avanço da Mulher. 3. Redes de organizações femininas como o Fórum Mulher (ao nível nacional) e as contra partes provinciais. 4. GCG - Grupo de Coordenação de Género. 5. GCVV ou Grupo Sectorial de VBG. 6. Grupo de Género da União Europeia. 7. Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos de Moçambique. 8. Rede de Mulheres Ministras, Parlamentares, Ex-Ministras e Ex-Parlamentares. 9. Plataforma de luta pelos direitos humanos no Código Penal. 10. ROSC – Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança 11. Grupo das Mulheres Parlamentares. A constitucionalização do princípio da igualdade de todos perante a lei objectiva-se a irradicação da discriminação entre pessoas de sexos diferentes principalmente da mulher e da criança que são as camadas consideradas mais frágeis física e emocionalmente e cultivar a cultura de justiça e bem-estar de todos perante todos, incentivando o reconhecimento do respeito pelas características sexuais, respeito pela igualdade e equidade entre os homens e as mulheres. 12 4.1 Justiça de Género A palavra justiça segundo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (https://dicionario.priberam.org/justi%C3%A7a) tem origem do latim justitia, que significa conformidade com o direito, equidade, bondade, justo, merecido, obrar ou julgar segundo o que é justo. Aliado a isto, a Justiça de género pode se perceber como dar a alguém o que vai em conformidade com o direito, com equidade e igualdade sem se interessar com o sexo da pessoa mas levando em consideração as características socais. Segundo Baticã (2015) referindo-se a justiça de género escreve que: A justiça de género é o fim das desigualdades entre mulheres e homens, que resultam na subordinação das mulheres e meninas a homens e rapazes. Ela significa que as meninas e rapazes, homens e mulheres têm acesso e controle iguais dos recursos, a habilidade de fazer escolhas sobre suas vidas, bem como o acesso a provisões para tratar das desigualdades como necessário (p.26). Segundo (Rawls 1921-2002 cit. Konzen, 2013), denomina o primeiro objecto da Justiça, o “profundo enraizamento social do povo dentro da estrutura estabelecida de suas instituições políticas e sociais” (p.382). Este autor denomina que a justiça tem há ver com o bem comum numa sociedade com o objectivo de criar um espírito de reconciliação entre as pessoas. Diante deste pensamento, percebe-se que a justiça de género é estabelecer princípios sociais que permitam o bem-estar e o bem comum na sociedade de tal modo que, as pessoas sintam-se livres de escolher e obter as oportunidades iguais sem distinção do sexo. Os deveres, os direitos, as tarefas e as obrigações devem ser unicamente destinadas para as pessoas e não para um determinado sexo ou género. Mas, “avançar com a justiça de género exige melhorar a condição e a posição de meninas e mulheres, para transformar relações desiguais de poder de género” (Baticã, 2015, p.27). Neste sentido melhorar a condição do género seria, criar condições favoráveis no acesso igual as oportunidades e neste sentido, fornecer uma educação desde pequeno à criança, que lhe proporciona valores pelo reconhecimento das decisões da pessoa por si só e da pessoa do outro isto é, a transmissão do espírito da empatia nas pessoas. Requere uma educação mudada desde a família, reforçada na escola, praticada no ambiente de trabalho e outros onde as diferenças devem ser vistas como oportunidades de se mostrar que todos que professam uma língua ou cultura ou fazem uma sociedade enquanto humanos são iguais pela essência e que e o sexo os diferencia simplesmente pelas características reprodutiva do homem. https://dicionario.priberam.org/justi%C3%A7a 13 5 Empoderamento feminino O termo empoderamento surge nos primeiros movimentos da luta por direitos iguais na Revolução Francesa que é derivado da palavra francesa “entrepreneur”, que significa o indivíduo que assume riscos segundo Ferreira; Gimenez e Augusto (2014 cit. Fernandes, Lopes, Watanabe, Yamaguchi & Godoi, 2016, p.392). Nesta época o termo era restrito ao género masculino, mas nos Estados Unidos de América durante as manifestações a favor de direitos por volta de 1960, começa a ser usado nos movimentos feministas e por volta de 1970 passou a ser usado no campo da ciência nos estudos sobre comunidades (Cruz, 2018). Aproveitaram-se desses movimentos para aplicar o termo como forma de exigir o poder perante os géneros. O baixo acesso da mulher a educação e ao trabalho fez com que as mulheres apoiando-se dos movimentos revolucionários construíssem os seus próprios movimentos de luta pela opressão masculina a procura da colocação social. O conceito de empoderamento foi associado desde 1970 ao desenvolvimento da mulher no campo económico que chegou a ser usado como parte o desenvolvimento das metas do milénio do Banco Mundial estabelecidas pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 2000 refere (cruz, 2018, p.103). O empoderamento segundo Baticã (2015, p.32) “é aplicação explícita de capacidades de homens e mulheres de fazerem suas escolhas de vida, seus pensamentos estratégicas e gozar dos seus direitos fundamentais.” Significa que os homens e mulheres devem ter a capacidade e a possibilidade de nos seus juízos normais, sem influência directa-opressiva externa, decidirem de forma individual sobre as suas necessidades. Esse conceito é excludente ao poder assaltado pelo género masculino. Aqui, género feminino ganha liberdade perante o género masculino. Para os movimentos feministas, segundo Sardenberg (2006, p.2), “o empoderamento de mulheres, é o processo da conquista da autonomia, da autodeterminação. E trata-se, para nós, ao mesmo tempo, de um instrumento/meio e um fim em si próprio. O empoderamento das mulheres implica, para nós, na libertação das mulheres das amarras da opressão de género, da opressão patriarcal. Refere ainda a autora na mesma frase que “o objectivo maior do “empoderamento” é destruir a ordem patriarcal vigente nas sociedades contemporâneas, além de assumirmos maior controle sobre “nossos corpos, nossas vidas.” Deste modo, o termo empoderamento é vista de forma diferente. Como as correntes de economia olham como um mecanismo de dar poder a mulher no âmbito económico enquanto 14 os próprios movimentos sociais das mulheres o empoderamento não se resume no poder unicamente económico e sim inicialmente no poder sociocultural amplamente tomado pelo género masculino que isto para as feministas far-se-ão através da inclusão nos planos de desenvolvimento económico ora referenciados. Segundo Sardenberg (2006, pp.3-4), alguns consensos alcançados nos movimentos feministas preconizam que: a) Para se “empoderar” alguém ter que ser antes “desempoderado” - ex. as mulheres enquanto um grupo; b) Ninguém “empodera” outrem –isto é, trata-sede um ato auto-reflexivo de “empoderar-se” , ou seja, a si própria (pode-se, porém “facilitar” o desencadear desse processo, pode-se criar as condições para tanto); c) Empoderamento tem a ver com a questão da construção da autonomia, da capacidade de tomar decisões de peso em relação às nossas vidas, de leva-las a termo e, portanto, de assumir controle sobre nossas vidas; d) Empoderamento é um processo, não um simples produto. Não existe um estágio de empoderamento absoluto. As pessoas são empoderadas, ou desempoderadas em relação a outros, ou então, em relação a si próprias anteriormente. Do outro lado Shirin Rai (2002, cit. Sardenberg, 2006) aponta que a aplicação do poder no empoderamento é integrado de varias razões que dentre elas destacou: a) O maior foco nos oprimidos, ao invés de nos opressores; b) A ênfase em “poder para” ao invés de começar com “poder sobre”; e, portanto, sua insistência no “poder como algo que capacita, como competência no lugar de dominação”. Assim percebe-se que o empoderamento não constitui uma lei apesar de preconizada em jeito de igualdade de direito entre géneros. Passa a ser uma praxis que a pessoa tem que escolher. A pessoa no lugar de homem ou mulher terá o direito de ser conscientizada sobre os conceitos e ideias de empodera-se por si só, mais não existe um critério de escolha ou concurso para os que devem ser empoderados. A autonomia é a base para o oprimido ganhar a capacidade de fazer algo para si que necessariamente invada a do outro. 5.1 Novas concepções sobre o empoderamento A luta pela igualdade de género foi e continua um assunto de grandes debates e estudos no campo das ciências sociais. Reconhece-se que desde os anos 70 alcançaram-se grandes resultados no assunto. Por isso nos dias actuais o campo de envolvimento dos movimentos feministas relativamente ao empoderamento da mulher tem crescido bastante e toma novas concepções. 15 O empoderamento no século XXI não só se resume em direitos iguais entre o homem e a mulher no lar, na escola ou no emprego. Agora as mulheres pretendem um espaço na tomada de grandes decisões no âmbito social. Para isso, exige-se um envolvimento massificado das mulheres nos órgãos públicos e governamentais. De acordo com Stromquist (1997 cit. Cruz, 200, p.107), “a plena definição de empoderamento deve incluir os componentes cognitivos, psicológicos, políticos e económicos.” Estes componentes referem-se a actual condição da mulher enquanto parte social. A mulher hoje não se resume a quem todo o poder nas instituições como família ou escola mas se refere a mulher com conhecimento e altamente preparada emocionalmente para assumir cargos públicos na ordem política ou económica. As relações entre géneros devem ser consideradas extintas. As desigualdades adquiridas nas crenças antigas esquecidas. Pois, hoje, o conhecimento sobre direitos, deveres e obrigações está ao domínio de todos os géneros. As mulheres mostram capacidades em assumir grandes posições apesar de que o género masculino ainda tem preconceitos em relação as mulheres. O exemplo mas claro sobre as capacidades das mulheres vê-se em alguns países como o Brasil e a Alemanha que elegeram para a mais alta posição da nação mulheres como também em Moçambique altas posições políticas são ocupadas por mulheres. 5.2 Processo de emporedamento Empoderar uma mulher é pautar pela equidade e igualdade de género, em todas as esferas sociais seja na escola, no trabalho, na política ou mesmo na economia. É eliminar as diferenças entre géneros, é tonar as desigualdades em igualdades, é promover o bem-estar e o bem comum nas sociedades. Para que esse processo ocorra é necessário que o empoderamento não seja um fim, sim um processo permanente que seja reformulado nas famílias até as instituições governamentais ou privadas. Educar as meninas ou meninos desde pequenas constitui uma alternativa mais viável para uma sociedade mais sólida e mais reconciliada. O apoio familiar é em primeiro plano o espelho de uma sociedade empoderada. Portanto, para empoderar as mulheres é necessário o conhecimento de princípios de emponderamento das Mulheres que fazem análise do poder na participação, no acesso e controle de recursos, no estatuto social e na valorização das tarefas por sexo. Entretanto Baticã (2015, p.35) invoca 7 princípios para este processo a citar; 1) Estabelecer liderança 16 corporativa sensível à igualdade de género, ao mais alto nível através da educação de qualidade; 2)Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no local de trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não – discriminação; 3) Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na mesma instituição/organização; 4) Promover educação/ bolsas de estudo, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres; 5) Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de adições e marketing; 6) Promover a igualdade de género através de iniciativas voltadas à comunidade e ao activismo social e 7) Medir, documentar e publicar os progressos em termos da promoção da igualdade de género. Para que esse processo seja produtivo, há uma necessidade de faz-se uma conscientização das mulheres em primeiro passo (Sardenberg, 2006, p.8). Para esta autora, a conscientização é necessária porque a mulher se sente dominada desde a nascença e este sentimento está interiorizado então, incorre fundamentalmente a uma indução externa para que a mulher seja convencida a reconhecer os seus direitos, a sua dignidade, equidade e igualdade. Enquanto Foucault (2003 cit, Cruz 2018) refere que o empnderamento da mulher deve constituir um exercício da construção da subjectividade. Diante disso, o mesmo autor explica a subjectivação como sendo “processo pelo qual se obtém a constituição de um sujeito, mas exactamente de uma subjectividade, que evidentemente não é senão uma das possibilidades dadas de organização de uma consciência de si” (p.110). Por isso a participação de organizações ligadas as mulheres, a participação de activistas, grupos e facilitadores servirão como fundamentos para a criação de acções que permitam a mudança acontecer não só nas mulheres como também nos homens (Sardenberg, 2006). Kabeer (2003, cit. Sardenberg, 2006, p.8) sustenta que “transformação das estruturas requer movimento em várias frentes: de acções individuais a colectivas, de negociações no âmbito privado à públicas, e da esfera informal para algumas formas de lutas nas quais o poder é exercido legitimamente.” Para Axel Honneth (2003 cit cruz, 2018) sustenta que o empoderamento ocorre por meio de dimensões reconhecimento de laços emocionais, de reconhecimento jurídico e dos direitos e da adesão solidária sem deixar de lado o reconhecimento da dimensão de educação. Este também defende uma participação forte da cultura da família. A família deve desde a nascença cultiva a cultura de equidade nas crianças de diferentes sexos e incutir a valorização 17 da criança como pessoa e não como género. Este processo deve ser reforçado pelas escolas, espaço onde a criança passa boa parte do tempo da vida. “A escola deve servir da instituição que contribui principalmente” segundo (Cruz 2018, p.111) na melhoria de identidade de género através de mudanças nos estereótipos sexuais nos textos, promoção de identidades de género positivas por meio do currículo e formação do docente com sensibilidade de género, um serviço de orientação e assessoria sexista. 18 6 Conclusão O género constitui em certa parte a forma como as pessoas pensam, agem, fazem as actividades nas suas sociedades e isso logicamente cria diferenciação entre pessoas de diferentes sexos. Pela natureza o homem e a mulher já nascem com características biologicamente diferentes mas, elas não podem servir de estrume paraa criação das desigualdades e a falta de equidade entre eles. Em contraparte, as características anatómicas devem servir de oportunidade para aproveitar uns aos outros das capacidades que possuem. O Género simboliza acima de tudo a diferença entre homens e mulheres perante aos papéis sociais, mas as desigualdades físicas entre eles, que se arrastam desde a nascença, são traduzidas em atitudes discriminatória de quem possui postura física maior (homem) em relação à que tem menos (mulher) resultando na violência baseada no género. A violência traz consigo as consequências relativamente a perca de auto-estima, autoconfiança e o descredito perante as pessoas. Para colmatar essas consequências, a necessidade de combater a violência através de processo de empoderamento que implica a promoção da justiça das mulheres perante a sociedade. Implica a criação de boas relações entre os homens e mulheres. O direito, as oportunidades e o poder que estão acumulados nos homens devem ser atribuídos às mulheres na mesma proporção para que elas possam partilhar por um mundo sem descriminação da raça, cor, sexo, postura física ou psicológica. Para isso toda a comunidade, organizações e o governo devem estar entrelaçadas para empoderar a mulher não só no seio familiar que constitui um espaço onde está cada vez mais a ser percebido o lugar da mulher como também nas funções públicas para a distribuição do poder para a tomada de grandes decisões como na política e cargos governamentais. Para reforçar este processo exigem uma educação para as mulheres que não se predispõem lutar por elas. Entretanto, uma educação cívica para a consciencialização pode permitir a mulher a ganhar a iniciativa própria sem necessariamente alguma força externa a impulsione. Logo, esta educação da mente deve partir de casa, ensinando os meninos, meninas e conscientizando as mulheres e os homens mais adultos que não existe um melhor género quando se trata de oportunidades. Que as mulheres devem ter a capacidade de autocomandar-se e autocontrolar-se segundo seus objectivos e vontades sem que necessariamente choquem os princípios. Assim uma sociedade aberta, justa, sem preconceitos e nem violência teria espaço num mundo moderno e globalizados que hoje vivemos. 19 Referências bibliográficas Baticã, H. D. (2015, Novembro). MANUAL DE IGUALDADE EQUIDADE DE GÉNERO. Programa de Formação Avançada para ANEs. UE-PAANE. Recuperado em https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.ue- paane.org/files/4314/6056/6939/17_Manual_Igualdade_e_Equidade_de_genero.pdf&ved =2ahUKEwjH-OPFxs_kAhWWiFwKHa7uA9YQFjAAegQIBBAB&usg=AOvVaw1tl- j_h_oD9V1ruqXGv1jO Bavaresco, A., Oliveira, N. & Konzen, P. R. (Orgs.).(2013). 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