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Igualdade e Equidade de Género

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ACADEM IA MILITAR SAMORA MOISÉS MACHEL 
 
 
Assane Sualê Ossufo 
(Mestrado em Administração e Regulação De Educação) 
 
 
Igualdade e Equidade de Género 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2019
i 
 
Assane Sualê Ossufo 
 
 
 
 
 
 
 
Igualdade e Equidade de Género 
 
 
 
Exame do Módulo de Gestão de equidade e 
das aprendizagens nas escolas, do curso de 
Mestrado em Administração e Regulação de 
Educação, a ser apresentado ao Departamento 
do Curso de Pós-laboral ministrado pela 
Academia Militar Samora Moisés Machel. 
Orientador: Prof. Dr. Adérito Gomes Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2019
i 
 
Índice 
1 Introdução .................................................................................................................................. 2 
2 Breve análise sobre história de Género e seu conceito ................................................................. 3 
2.1 Origem do conceito e dos movimentos feministas ................................................................... 3 
2.2 Noção de Género .................................................................................................................... 4 
2.3 Diferença entre sexo e Género ................................................................................................ 5 
2.4 Relação de género .................................................................................................................. 6 
3 Violência de Baseada no Género ................................................................................................ 7 
3.1 Efeito da violência do género.................................................................................................. 8 
3.2 Mecanismos de protecção da mulher contra a Violência Baseada no Género ........................... 9 
4 Promoção de género ..................................................................................................................11 
4.1 Justiça de Género ..................................................................................................................12 
5 Empoderamento feminino .........................................................................................................13 
5.1 Novas concepções sobre o empoderamento ............................................................................14 
5.2 Processo de emporedamento ..................................................................................................15 
6 Conclusão .................................................................................................................................18 
Referências bibliográficas .................................................................................................................19 
 
2 
 
1 Introdução 
Os debates sobre género nas comunidades se arrastam já à longos anos. Mas, só no 
período da Revolução Francesa surgem as iniciais exterioridades sobre o assunto. Nos anos 60 
até surgem ao redor do mundo primários movimentos feministas e que culminaram 
actualmente em quase todos os países a criação de organizações com o objectivo de defender 
os interesses do género menos empoderado (mulheres). E em Moçambique, estes temas 
começaram a ser focos nos anos 60 com os movimentos nacionalistas de libertação em África. 
E com a libertação de Moçambique em 1975 começam a nascer juntamente organizações 
como, a Organização da Mulheres moçambicanas e mais tarde O Fórum Mulher que foram 
fundadas com objectivo de defender os direitos particularmente das mulheres moçambicanas. 
O presente trabalho é resultado de uma revisão bibliográfica sobre Género. Tem como 
tema Igualdade e Equidade De Género. O objectivo deste é abordar os diferentes pensamentos 
sobre o conceito de Género, a promoção da justiça de género, a violência e o empoderamento 
das mulheres e fazer uma análise sobre esses assuntos aqui mencionados. Com estes 
subtemas, percebe-se que podem ajudar na reformulação do pensamento social, político e 
económico dos actores envolvidos e fazer com que se crie mais espaços abertos às mulheres 
nos serviços públicos e particulares, principalmente ligadas a Educação, a economia, a 
produção na escala nacional. 
É certo que nenhum tipo de dominação é pura ou natural, com isso, as ideias socialmente 
aceites sobre a existência de desigualdades entre homens e mulheres que culminam em 
dominação das mulheres pelos homens através da restrição de actividades ou posições de 
liderança constituem uma injustiça que resultam em violência com base no género. Para isso, 
é trabalho da comunidade em geral, junto das instituições competentes, refere-se aqui a 
família, a escola, o Governo e outros, criar mecanismos para extinguir a descriminação da 
mulher, o tráfico das mulheres, o desempoderamento da mulher e mais outros casos de 
inferiorizam a esta camada. Portanto, para fazer face a estes assuntos neste trabalho, houve a 
necessidade de estrutura-lo em três partes a citar: A parte pré-sexual, a parte textual 
organizada em cinco capítulos nomeadamente, Capitulo I: Breve análise sobre a história de 
género e seu conceito, Capitulo II: Violência baseada no Género, Capitulo III: Promoção de 
Género, Capitulo IV: Empoderamento feminino e Capitulo V: Processo de empoderamento, 
seguida da conclusão e as referências bibliográficas. 
 
3 
 
2 Breve análise sobre história de Género e seu conceito 
2.1 Origem do conceito e dos movimentos feministas 
As desigualdades entre as pessoas não têm origem nas sociedades modernas ou 
globalizadas. É desde os primórdios uma matéria que preocupa as sociedades desfavorecidas 
em particular a mulher na qual, pela natureza física é subjugada a negação dos seus anseios 
sociais, psicológicos e culturais. É originária da diferenciação entre povos por meio do sexo 
biologicamente adquirido. É construída desde os antigos sacramentos mais acreditados no 
mundo (os livros sagrados), por exemplo, a Bíblia que diz… “e o teu desejo [da mulher] será 
para o teu e marido, e ele [o homem] te  dominará” (Gn, 3,16), enquanto, o Alcorão Sagrado 
refere que…”E elas têm direitos iguais, às suas obrigações convenientemente. E há para os 
homens um degrau acima delas [as mulheres]. E Allah é todo-poderoso e Sabio” Al-Baqaran 
(228), pelo que segundo Nasr, que faz a tradução literal do livro, faz entender que este 
privilégio refere ao divórcio e não genericamente em todos os assuntos da vida (p.62). 
Entretanto, nota-se que existe um “crédito” de que a selecção natural predestina um grupo 
para determinadas actividades físicas ou comportamentais ou estabelece a relação inata entre 
o homem e a mulher, onde uns devem receber ordens dos outros. 
Mesmo com a criação de instituições sociais onde o liberalismo pairava perante massas, 
este mal, não mudou de cenário. As escolas e instituições controladas por sistemas 
economicamente posicionados através da industrialização das sociedades que procuravam a 
mão-de-obra capaz de responder as suas necessidades por via da meritocracia adicionaram a 
mulher à classe dominada. 
Silva (2007), considera que a mulher passou a ter um papel irrelevante na 
escolarização e na distribuição do poder porque no século XX eram a minoria nas 
escolas e convivendo com as ideologias do dom e meritocracia a grande massa 
considerada intelectualmente preparada para o mercado de trabalho era do sexo 
masculino. 
A procurar de justificar a existência da desigualdade no meio social entre o homem e a 
mulher, surgiram várias teorias em defesa das ideologias do dom e da meritocracia, 
destacando-se as teorias do determinismos cultura, funcionalista, capital humano, marxista de 
luta de classes, social neo-maxista, da deficiência cultural e linguística, da reprodução 
cultural, da produção ideológica e dos códigos linguísticos, as de resistência cultural, 
interaccionismo simbólico e as teorias de currículo, mas nenhuma delas conseguiu convenceros reais motivos que levam as desigualdades entre o homem e a mulher, na sociedade e no 
sistema educativo (Silva, 2007). 
4 
 
Diante de todas injustificações, surgiram em seu anuídos movimentos que buscavam lutar 
pelo lugar da mulher na sociedade. Segundo Silva (2007), a Revolução Francesa …deu 
origem a vários movimentos sociais de luta pela igualdade, nomeadamente o das mulheres, 
que não tendo sido beneficiárias directas da revolução, aproveitaram-se das transformações 
ideológicas então iniciadas (p.42). Dentre eles os movimentos feministas do ocidente, as 
gerações nascidas nos EUA e Europa no período pós-guerra mundial terminada em 1945, pelo 
que, a globalização e surgimento da comunicação social de acordo com (Silva, 2007) permitiu 
sobremaneira o assentamento dos movimentos de libertação no mundo que também se podem 
verificar na actualidade e em particular em Moçambique. Os movimentos para os direitos da 
mulher começam a surgir com o desencadear da guerra de libertação colonial, nas zonas 
libertadas para onde a necessidade de quadro qualificados nascia permitindo a criação de 
políticas educativas massificadoras e consequentemente a participação activa das mulheres 
nos interesses do país. 
A partir da data da independência, em 1975, a FRELIMO estende a todo o 
país a política educativa, até então desenvolvida nas zonas libertados. As mulheres 
adquirem então o direito de voto, e alcançam níveis de cidadania participativa, 
inclusivamente na luta armada, até então desconhecidos. O novo governo criou, 
assim, um sistema de ensino igualitário e extensivo a toda a população (deixando 
de haver escolas para negros e brancos, para rapazes e raparigas) e fez um grande 
esforço na construção de estruturas que permitiram o acesso da maior parte da 
população à educação (Silva, 2007, p.59). 
Associado a luta do mundo ocidental, os países africanos viraram seus esforços para os 
movimentos feministas e da luta pela igualdade de género que particularmente os homens e 
mulheres, esposas e mães buscavam pelo seu papel social e segundo Silva (2007), “para 
Moçambique, a igreja e as mudanças politicas tiveram o papel fundamental na promoção de 
novos e fortes estereótipos de género e reflectem a realidade” (p.61). 
2.2 Noção de Género 
A palavra “género” nasce com os estudos feitos em Antropologia, Psicologia, Psicanálise 
e sociologia na qual se convencionou o uso do termo não para distinguir as características 
anatómicas e biológicas, sim para diferenciar características sociais entre os homens e 
mulheres. Diante disso, é necessário que toda a pessoa, desde os primeiros dias de vida seja 
ensinada e capacitada a perceber a diferenciação entre os termos sexo e género. Os pais desde 
cedo devem ensinar que, o ser menino ou menina é uma questão de diferenciação biológica 
não constitui uma selecção natural na diferenciação generalizada. 
5 
 
Entretanto, vários conceitos sobre o género são baseados a este principio do âmbito da 
sociologia como por exemplo: 
De acordo com Nhapulo (2011, p.5),“Género refere-se aos diferentes papéis que as 
mulheres e os homens desempenham em que são determinantes em função dos usos, costumes 
e desenvolvimento de uma sociedade.” 
Pode-se perceber nesta passagem que, o termo género não é sinónimo de ser mulher ou 
da feminidade, refere-se a todos, aos homens tanto as mulheres, nas suas convivências entre 
diferentes ou iguais sexos, nas conversas em casa, com amigos, familiares, colegas do 
trabalho, da escola, do laser, nos transportes semicolectivos e entre outros espaços que se 
podem realizar actividades. 
Significa que a percepção em relação ao termo género em diferentes regiões ou culturas 
pode sofrer mudanças, pela forma como as actividades são distribuídas. Por exemplo nas 
sociedades educativas, na vida militar, o homem e mulher não tem papéis distintos, todos são 
alunos ou militares respectivamente e compartilham o mesmo meio social. Assim as 
diferenças biológicas existem e as diferenças psicológicas (cognitivas e psicomotoras) 
determinam o desempenho de cada um perante a classe ou turma, isto é, todos são essências. 
Baticã (2015, p.6) refere que “Sexo e Género são fundamentalmente diferentes. 
Características sexuais são biologicamente determinadas e permanecem as mesmas através do 
tempo e entre as sociedades. Características de género são moldadas por relações sociais, 
mudam com o tempo e variam de sociedade em sociedade.” 
Como também Martins (2015), diz que quando falamos de género, evocamos 
uma das dimensões mais importantes da identidade de cada ser humano, em 
qualquer época e parte do mundo. Mas aquilo que caracteriza, ou que se permite, a 
cada género – sejam valores, expectativas, aspirações, aparências, 
comportamentos ou oportunidades – é diverso para cada contexto e para cada 
situação (p.11). 
2.3 Diferença entre sexo e Género 
Falar de sexo é falar sobremaneira de género. A sexualidade é divina que define as 
diferenças entre o homem e a mulher. Pela natureza sexual o homem determina o número de 
filhos e a mulher tem a função de reproduzir os filhos. Neste sentido podemos ter segundo 
Nhapulo (2011, pp.7-8), “as funções sexuais, as que os homens ou mulheres assumem nas 
suas diferenças básicas (psicológicas e anatómicas) e as funções de género que ditam a 
6 
 
avaliação do comportamento pela sociedade.” O mesmo autor refere que as diferenças entre 
as funções sexuais e as funções de género estão em: 
As funções sexuais são as mesmas em todas as sociedades, são universais, 
isto é, só a mulher pode dar a luz em todo o mundo. Podem ser desempenhadas só 
por um dos sexos enquanto as funções de género podem diferir de sociedade para 
sociedade. Podem mudar com a história e são determinadas social e culturalmente 
(p.8). 
2.4 Relação de género 
As relações de género são conformidades sociais entre pessoas do mesmo sexo que 
enquanto elementos de um grupo sexual criam e reproduzem as diferenças sociais que se vão 
traduzir em desigualdades, a falta de equidade, violência domestica, dependendo de cada 
sociedade e diferentes grupos de pessoas, de classes, raças etnia, idade, etc. (Nhapulo, 2011) 
refere que “essas diferenças e desigualdades influenciam muito na oferta de oportunidades em 
todas as áreas de actividades que começa a se fazer sentir na pessoa quando pequena” (p.9). 
Em Moçambique as relações se caracterizam pela desigualdade no acesso aos recursos 
económicos, sociais, nas oportunidades e benefícios, tal como a educação e emprego entre 
homens e mulheres segundo (Nhapulo,2011, p.10). E Gomes (2015) refere que se os homens 
e mulheres se comportam de forma distinta é por que aprendem a faze-lo ao longo de toda a 
vida em sociedade. 
Gomes (2015, p.16) sustenta que “os homens e mulheres aprendem as diferenças nas 
instituições sociais como a família, escola, o mercado de trabalho, a igreja, a política, o 
ordenamento jurídico a ciência.” Por sua vez, também refere que todas as instituições são 
organizadas por diferenças de género e ao mesmo tempo organizam o mundo e as pessoas 
segundo as suas diferenças. 
7 
 
3 Violência de Baseada no Género 
A violência é qualquer tipo de descriminação entre pessoas sejam elas do mesmo ou 
diferente sexo e género. A discriminação nalgumas vezes é originada por preconceitos que 
levam a comportamentos que muitas vezes causam danos morais, humanos ou psicológicos. 
Acontece no lar, na rua, em ambiente de trabalho ou laser. Geralmente essa descriminação se 
traduz em acções que chegam a ser pejorativas que produzem agressões físicas, sexuais ou 
psicológicas que afectam o(a) agredido(a) e até originam homicídios. 
Baticã (2015, p.12) relata que a violência com Base no Género consiste em 
qualquer acção ou conduta pejorativa, baseada nas relações entre meninas e 
rapazes, homens e mulheres, que pode causar morte, dano ou sofrimento físico, 
sexual ou psicológico, tanto no âmbito público, bem comono meio da família ou 
ao nível da comunidade. 
Segundo o mesmo autor a violência baseada no Género não são característicos, ocorrem 
continuamente e de forma incaracterística dia-pós-dia, a cada hora, a cada minuto em todos os 
lugares, das mais baixas forma à mais extrema que leva geralmente a homicídios. Estas 
podem tomar o tipologias diversificadas que para (Baticã, 2015), vão desde a violência 
domestica, sexual, a prostituição forcada, a motilacação genital, violência psicológica, 
violência física, sobrecarga de trabalhos domésticos prolongado, aborto/infanticídio do feto 
do sexo feminino, tráfico de mulheres para trabalhos de escravatura sexual, abuso e 
exploração sexual de menores, crimes de honra (tortura por causa da opção/escolha), acesso e 
controle desigual de recurso e bens, abuso e assassínio ligado a dote, excisão feminina, 
casamento precoce/forçado, abuso de pessoas idosas, lapidação por adultério até o infanticídio 
das meninas. 
Também Baticã (2015, p.14) diz que “a violência sexual constitui igualmente uma forma 
frequente de violência baseada no género, variando desde o assédio sexual, estupro, agressão 
sexual, relação sexual sem consentimento, até à corrupção infantil e prostituição forçada.” 
A violência sexual de qualquer tipo tem um peso incontornável quando praticada de 
homem para mulher. Isto resulta do poder que o género masculino tem diante do género 
feminino. É incomum ouvir falar de violência sexual de mulher para homem devido a 
intolerância psicologia que caracterizam os homens na sua vida activa sexual. Algumas 
sociedades criam as crianças dando relevância o seu sexo. O poder da criança homem não só 
caracteriza-se fisicamente como também pelas características sexuais. O homem sente-se mais 
livres ou normal ao falar-se de sexo em relação as mulheres. Geralmente, ao falar da 
8 
 
actividade sexual nas sociedades, atributos glorificam os homens e infamam as mulheres. É 
com base nesses ensinamentos de “gloria” que a violação sexual tem cada vez mais espaço. 
Os homens menos educados sexualmente recorrem a diversas vias para alimentar a 
intolerância sexual e que as relações entre géneros forçam a corrupção infantil e a prostituição 
forçada que, em muitos casos originam o tráfico de seres humanos principalmente da rapariga 
para países como África do Sul para servirem de escravas sexuais. Esta de violência faz as 
mulheres perderem o seu próprio valor perante a sociedade, fazendo-lhes deprimidas, 
rejeitadas e traz sérios problemas na vida pessoal. 
Por um lado, as atitudes de masculinidade provocam um outro tipo de violência. A 
violência doméstica, que acontece na maioria dos casos na família, ou casamento 
(intrafamiliar), de pai para filhos ou de esposo para esposa ou mesmo de uma pessoa com um 
poder parental para com outros como empregados domésticos ou mesmo na comunidade entre 
homens e mulheres que causam prejuízos físicos, morais ou humanos a pessoas. 
Segundo Ministério Do Género, Criança E Acção Social, em Moçambique (2016,p.36): 
O perpetrador da violência física contra a mulher tende a ser alguém com quem ela 
teve uma relação amorosa (actual esposo 62%; ex parceiro 21%; padrasto/madrasta 
14,5%) (IDS 2011). Enquanto para os homens, embora a maioria tenha também 
mencionado que o perpetrador da violência foi a actual ou ex-esposa ou parceira, existem 
mais casos praticados por outras pessoas, como padrasto ou a madrasta (28%), 
irmão/irmã (17%), ou pelos professores (12%). 
“E A incidência da violência sexual em Moçambique difere entre homens e mulheres: 
12% das mulheres e 7% dos homens declaram ter sido forçados a ter relações sexuais alguma 
vez em suas vidas” (Ibraimo 2015, cit. Ministério Do Género, Criança E Acção Social, 2016, 
p.36). 
 
3.1 Efeito da violência do género 
A violência do género traz consigo efeitos nefastos na vítima e para (Baticã, 2015, p.21) 
refere que “…nas raparigas e mulheres são pesados, intensos e duradouros. Estes podem ser 
de natureza física, psicológica, social ou económica.” 
Os efeitos físicos são geralmente caracterizados por hematomas em caso de agressões 
físicas. Nas agressões sexuais verificam-se a contracção de doenças sexualmente 
transmissíveis com maior enfoque o SIDA, a gravidez precoce ou indesejada, aborto 
espontâneo, homicídios e outros. Os efeitos psicológicos caracterizam-se por perda de auto-
estima, baixa produtividade e traumas psicológicas. 
9 
 
Enquanto, os efeitos sociais incluem a rejeição, estigmatização, exploração sexual 
adicional e castigo corporal sério. Afectam-se igualmente as convivências das crianças no 
ambiente familiar. 
Para os efeitos socioeconómicos se fazem sentir na sociedade com o aumento contínuo de 
mães despreparada para a função, crianças sem pais, sem registos que consequente aumento o 
número de pessoas pobres no país. Os efeitos económicos geralmente são avultados em 
situações em que a pessoa abusada procura o acesso aos tratamentos hospitalares como por 
exemplo os trabalhos de psicólogos para acompanhamentos e outros serviços de cuidado 
necessário para a reabilitação da vítima. Também a procura dos serviços de justiça afectam de 
forma directa economicamente as vitimas. 
 
3.2 Mecanismos de protecção da mulher contra a Violência Baseada no Género 
Para a protecção das pessoas contra a violência baseada no genro existem instrumentos 
legais já provadas nacional e internacionalmente. Estes documentos têm como objectivos 
restabelecer a justiça, igualdade e equidade de género. Internacionalmente podem-se citar 
segundo Baticã (2015, pp. 23-24) documentos tais como: 
a) A Declaração Universal dos Direitos Humanos de Assembleia Geral das Nações 1948; 
b) Convenção sobre Eliminação Discriminação contra Mulheres CEDAW; 
c) Protocolo de Maputo; 
d) Declaração de Plataforma de Acção de Beijing (1995); e 
e) Convenção dos direitos da criança. 
Em Moçambique, esses instrumentos tem sido bases da construção de documentos usados 
internamente que orientam, acções e mecanismos de protecção a pessoas susceptíveis a esse 
tipo de violência. Dentre estes destacam-se a Constituição da República de Moçambique de 
1975, 1990, 2004 que defendem a igualdade de género e proíbe a discriminação com base no 
sexo (Dias, 2015, p.8). Esta ideia é reforçada também pela Lei no 01/2018 da Revisão Pontual 
da Constituição da República de Moçambique nos seus artigos 35 e 36 ao estabelecer que: 
 “Todos os cidadãos (homens e mulheres) são iguais perante a lei, em todos os 
domínios da vida política, económica, social e cultural, gozam dos mesmos direitos e 
estão sujeitos aos mesmos deveres independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, 
lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, 
profissão ou opção política”. 
As leis que foram revistas e têm um impacto nas relações de género incluem a Lei de 
Terras (1997), a Lei do Trabalho (2017), a Lei da Família (2005) e o Código Comercial 
(2005). E a Política de Género e Estratégia da sua Implementação a qual estabelece uma de 
linhas de orientação com vista a permitir a tomada de decisões e identificação de acções para 
10 
 
a elevação do estatuto da mulher e da igualdade de género é através da Resolução nº 19/2007, 
de 15 de Maio, do Conselho de Ministros, baseados Convenção das Nações Unidas sobre 
todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), nos Objectivos de 
Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Protocolo da SADC 
sobre Género e Desenvolvimento (Ministério Do Género, Criança E Acção Social, 2018, p.2
11 
 
4 Promoção de género 
A promoção de género inclui um conjunto determinado de acções que permitem que não 
sejam extintas as desigualdades nas oportunidades e benefícios entre homens e mulheres e se 
paute pela elevação de igualdade de acordo com actividades e interesses que permitam a 
mobilização de pessoas para transformar as relações de subordinaçãoexistente entre homens e 
mulheres. 
Segundo Baticã (2015), para a promoção de género é necessário acções importantes como 
a criação de programas inclusivos lobbing e advocacia e a promoção de inclusão nas 
instituições e organizações para as mulheres quanto para os homens. 
Nhapulo (2011) assegura que os interesses estão relacionados com a divisão de trabalho 
por género; o poder e controlo, que podem incluir questões como o reconhecimento de 
direitos legais das mulheres; o combate à violência domestica; assegurar a igualdade de 
salários e promover o acesso e a relevância da educação para as mulheres. 
 Para promover a luta pela igualdade e promoção de género e o empoderamento 
económico e social do género feminino foram criadas em Moçambique vários programas 
nacionais junto ao governo central que é liderada pela Ministra que presta contas ao governo. 
Dentre estes programas destacam-se segundo Ministério Do Género, Criança E Acção Social, 
em Moçambique (2016, p.45): 
1. CECAP – Coligação para Eliminação dos Casamentos Prematuros. 
2. CNAM – Conselho Nacional para o Avanço da Mulher. 
3. Redes de organizações femininas como o Fórum Mulher (ao nível nacional) e as contra partes 
provinciais. 
4. GCG - Grupo de Coordenação de Género. 
5. GCVV ou Grupo Sectorial de VBG. 
6. Grupo de Género da União Europeia. 
7. Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos de Moçambique. 
8. Rede de Mulheres Ministras, Parlamentares, Ex-Ministras e Ex-Parlamentares. 
9. Plataforma de luta pelos direitos humanos no Código Penal. 
10. ROSC – Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança 
11. Grupo das Mulheres Parlamentares. 
A constitucionalização do princípio da igualdade de todos perante a lei objectiva-se a 
irradicação da discriminação entre pessoas de sexos diferentes principalmente da mulher e da 
criança que são as camadas consideradas mais frágeis física e emocionalmente e cultivar a 
cultura de justiça e bem-estar de todos perante todos, incentivando o reconhecimento do 
respeito pelas características sexuais, respeito pela igualdade e equidade entre os homens e as 
mulheres. 
12 
 
4.1 Justiça de Género 
A palavra justiça segundo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 
(https://dicionario.priberam.org/justi%C3%A7a) tem origem do latim justitia, que significa 
conformidade com o direito, equidade, bondade, justo, merecido, obrar ou julgar segundo o 
que é justo. Aliado a isto, a Justiça de género pode se perceber como dar a alguém o que vai 
em conformidade com o direito, com equidade e igualdade sem se interessar com o sexo da 
pessoa mas levando em consideração as características socais. 
Segundo Baticã (2015) referindo-se a justiça de género escreve que: 
A justiça de género é o fim das desigualdades entre mulheres e homens, que 
resultam na subordinação das mulheres e meninas a homens e rapazes. Ela 
significa que as meninas e rapazes, homens e mulheres têm acesso e controle 
iguais dos recursos, a habilidade de fazer escolhas sobre suas vidas, bem como o 
acesso a provisões para tratar das desigualdades como necessário (p.26). 
Segundo (Rawls 1921-2002 cit. Konzen, 2013), denomina o primeiro objecto da Justiça, 
o “profundo enraizamento social do povo dentro da estrutura estabelecida de suas instituições 
políticas e sociais” (p.382). Este autor denomina que a justiça tem há ver com o bem comum 
numa sociedade com o objectivo de criar um espírito de reconciliação entre as pessoas. Diante 
deste pensamento, percebe-se que a justiça de género é estabelecer princípios sociais que 
permitam o bem-estar e o bem comum na sociedade de tal modo que, as pessoas sintam-se 
livres de escolher e obter as oportunidades iguais sem distinção do sexo. Os deveres, os 
direitos, as tarefas e as obrigações devem ser unicamente destinadas para as pessoas e não 
para um determinado sexo ou género. 
Mas, “avançar com a justiça de género exige melhorar a condição e a posição de meninas 
e mulheres, para transformar relações desiguais de poder de género” (Baticã, 2015, p.27). 
Neste sentido melhorar a condição do género seria, criar condições favoráveis no acesso igual 
as oportunidades e neste sentido, fornecer uma educação desde pequeno à criança, que lhe 
proporciona valores pelo reconhecimento das decisões da pessoa por si só e da pessoa do 
outro isto é, a transmissão do espírito da empatia nas pessoas. Requere uma educação mudada 
desde a família, reforçada na escola, praticada no ambiente de trabalho e outros onde as 
diferenças devem ser vistas como oportunidades de se mostrar que todos que professam uma 
língua ou cultura ou fazem uma sociedade enquanto humanos são iguais pela essência e que e 
o sexo os diferencia simplesmente pelas características reprodutiva do homem. 
https://dicionario.priberam.org/justi%C3%A7a
13 
 
5 Empoderamento feminino 
O termo empoderamento surge nos primeiros movimentos da luta por direitos iguais na 
Revolução Francesa que é derivado da palavra francesa “entrepreneur”, que significa o 
indivíduo que assume riscos segundo Ferreira; Gimenez e Augusto (2014 cit. Fernandes, 
Lopes, Watanabe, Yamaguchi & Godoi, 2016, p.392). Nesta época o termo era restrito ao 
género masculino, mas nos Estados Unidos de América durante as manifestações a favor de 
direitos por volta de 1960, começa a ser usado nos movimentos feministas e por volta de 1970 
passou a ser usado no campo da ciência nos estudos sobre comunidades (Cruz, 2018). 
Aproveitaram-se desses movimentos para aplicar o termo como forma de exigir o poder 
perante os géneros. O baixo acesso da mulher a educação e ao trabalho fez com que as 
mulheres apoiando-se dos movimentos revolucionários construíssem os seus próprios 
movimentos de luta pela opressão masculina a procura da colocação social. O conceito de 
empoderamento foi associado desde 1970 ao desenvolvimento da mulher no campo 
económico que chegou a ser usado como parte o desenvolvimento das metas do milénio do 
Banco Mundial estabelecidas pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 2000 refere 
(cruz, 2018, p.103). 
O empoderamento segundo Baticã (2015, p.32) “é aplicação explícita de capacidades de 
homens e mulheres de fazerem suas escolhas de vida, seus pensamentos estratégicas e gozar 
dos seus direitos fundamentais.” 
Significa que os homens e mulheres devem ter a capacidade e a possibilidade de nos seus 
juízos normais, sem influência directa-opressiva externa, decidirem de forma individual sobre 
as suas necessidades. Esse conceito é excludente ao poder assaltado pelo género masculino. 
Aqui, género feminino ganha liberdade perante o género masculino. 
Para os movimentos feministas, segundo Sardenberg (2006, p.2), “o empoderamento de 
mulheres, é o processo da conquista da autonomia, da autodeterminação. E trata-se, para nós, 
ao mesmo tempo, de um instrumento/meio e um fim em si próprio. O empoderamento das 
mulheres implica, para nós, na libertação das mulheres das amarras da opressão de género, da 
opressão patriarcal. Refere ainda a autora na mesma frase que “o objectivo maior do 
“empoderamento” é destruir a ordem patriarcal vigente nas sociedades contemporâneas, além 
de assumirmos maior controle sobre “nossos corpos, nossas vidas.” 
Deste modo, o termo empoderamento é vista de forma diferente. Como as correntes de 
economia olham como um mecanismo de dar poder a mulher no âmbito económico enquanto 
14 
 
os próprios movimentos sociais das mulheres o empoderamento não se resume no poder 
unicamente económico e sim inicialmente no poder sociocultural amplamente tomado pelo 
género masculino que isto para as feministas far-se-ão através da inclusão nos planos de 
desenvolvimento económico ora referenciados. 
Segundo Sardenberg (2006, pp.3-4), alguns consensos alcançados nos movimentos 
feministas preconizam que: 
a) Para se “empoderar” alguém ter que ser antes “desempoderado” - ex. as 
mulheres enquanto um grupo; b) Ninguém “empodera” outrem –isto é, trata-sede um ato auto-reflexivo de “empoderar-se” , ou seja, a si própria (pode-se, 
porém “facilitar” o desencadear desse processo, pode-se criar as condições 
para tanto); c) Empoderamento tem a ver com a questão da construção da 
autonomia, da capacidade de tomar decisões de peso em relação às nossas 
vidas, de leva-las a termo e, portanto, de assumir controle sobre nossas vidas; 
d) Empoderamento é um processo, não um simples produto. Não existe um 
estágio de empoderamento absoluto. As pessoas são empoderadas, ou 
desempoderadas em relação a outros, ou então, em relação a si próprias 
anteriormente. 
Do outro lado Shirin Rai (2002, cit. Sardenberg, 2006) aponta que a aplicação do poder 
no empoderamento é integrado de varias razões que dentre elas destacou: a) O maior foco nos 
oprimidos, ao invés de nos opressores; b) A ênfase em “poder para” ao invés de começar com 
“poder sobre”; e, portanto, sua insistência no “poder como algo que capacita, como 
competência no lugar de dominação”. Assim percebe-se que o empoderamento não constitui 
uma lei apesar de preconizada em jeito de igualdade de direito entre géneros. Passa a ser uma 
praxis que a pessoa tem que escolher. 
A pessoa no lugar de homem ou mulher terá o direito de ser conscientizada sobre os 
conceitos e ideias de empodera-se por si só, mais não existe um critério de escolha ou 
concurso para os que devem ser empoderados. A autonomia é a base para o oprimido ganhar a 
capacidade de fazer algo para si que necessariamente invada a do outro. 
5.1 Novas concepções sobre o empoderamento 
A luta pela igualdade de género foi e continua um assunto de grandes debates e estudos 
no campo das ciências sociais. Reconhece-se que desde os anos 70 alcançaram-se grandes 
resultados no assunto. Por isso nos dias actuais o campo de envolvimento dos movimentos 
feministas relativamente ao empoderamento da mulher tem crescido bastante e toma novas 
concepções. 
15 
 
O empoderamento no século XXI não só se resume em direitos iguais entre o homem e a 
mulher no lar, na escola ou no emprego. Agora as mulheres pretendem um espaço na tomada 
de grandes decisões no âmbito social. Para isso, exige-se um envolvimento massificado das 
mulheres nos órgãos públicos e governamentais. 
De acordo com Stromquist (1997 cit. Cruz, 200, p.107), “a plena definição de 
empoderamento deve incluir os componentes cognitivos, psicológicos, políticos e 
económicos.” Estes componentes referem-se a actual condição da mulher enquanto parte 
social. A mulher hoje não se resume a quem todo o poder nas instituições como família ou 
escola mas se refere a mulher com conhecimento e altamente preparada emocionalmente para 
assumir cargos públicos na ordem política ou económica. 
As relações entre géneros devem ser consideradas extintas. As desigualdades adquiridas 
nas crenças antigas esquecidas. Pois, hoje, o conhecimento sobre direitos, deveres e 
obrigações está ao domínio de todos os géneros. As mulheres mostram capacidades em 
assumir grandes posições apesar de que o género masculino ainda tem preconceitos em 
relação as mulheres. O exemplo mas claro sobre as capacidades das mulheres vê-se em alguns 
países como o Brasil e a Alemanha que elegeram para a mais alta posição da nação mulheres 
como também em Moçambique altas posições políticas são ocupadas por mulheres. 
5.2 Processo de emporedamento 
Empoderar uma mulher é pautar pela equidade e igualdade de género, em todas as esferas 
sociais seja na escola, no trabalho, na política ou mesmo na economia. É eliminar as 
diferenças entre géneros, é tonar as desigualdades em igualdades, é promover o bem-estar e o 
bem comum nas sociedades. 
Para que esse processo ocorra é necessário que o empoderamento não seja um fim, sim 
um processo permanente que seja reformulado nas famílias até as instituições governamentais 
ou privadas. Educar as meninas ou meninos desde pequenas constitui uma alternativa mais 
viável para uma sociedade mais sólida e mais reconciliada. O apoio familiar é em primeiro 
plano o espelho de uma sociedade empoderada. 
Portanto, para empoderar as mulheres é necessário o conhecimento de princípios de 
emponderamento das Mulheres que fazem análise do poder na participação, no acesso e 
controle de recursos, no estatuto social e na valorização das tarefas por sexo. Entretanto 
Baticã (2015, p.35) invoca 7 princípios para este processo a citar; 1) Estabelecer liderança 
16 
 
corporativa sensível à igualdade de género, ao mais alto nível através da educação de 
qualidade; 2)Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no local de trabalho, 
respeitando e apoiando os direitos humanos e a não – discriminação; 3) Garantir a saúde, 
segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na mesma 
instituição/organização; 4) Promover educação/ bolsas de estudo, capacitação e 
desenvolvimento profissional para as mulheres; 5) Apoiar empreendedorismo de mulheres e 
promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de adições e 
marketing; 6) Promover a igualdade de género através de iniciativas voltadas à comunidade e 
ao activismo social e 7) Medir, documentar e publicar os progressos em termos da promoção 
da igualdade de género. 
Para que esse processo seja produtivo, há uma necessidade de faz-se uma conscientização 
das mulheres em primeiro passo (Sardenberg, 2006, p.8). Para esta autora, a conscientização é 
necessária porque a mulher se sente dominada desde a nascença e este sentimento está 
interiorizado então, incorre fundamentalmente a uma indução externa para que a mulher seja 
convencida a reconhecer os seus direitos, a sua dignidade, equidade e igualdade. Enquanto 
Foucault (2003 cit, Cruz 2018) refere que o empnderamento da mulher deve constituir um 
exercício da construção da subjectividade. Diante disso, o mesmo autor explica a 
subjectivação como sendo “processo pelo qual se obtém a constituição de um sujeito, mas 
exactamente de uma subjectividade, que evidentemente não é senão uma das possibilidades 
dadas de organização de uma consciência de si” (p.110). 
Por isso a participação de organizações ligadas as mulheres, a participação de activistas, 
grupos e facilitadores servirão como fundamentos para a criação de acções que permitam a 
mudança acontecer não só nas mulheres como também nos homens (Sardenberg, 2006). 
Kabeer (2003, cit. Sardenberg, 2006, p.8) sustenta que “transformação das estruturas requer 
movimento em várias frentes: de acções individuais a colectivas, de negociações no âmbito 
privado à públicas, e da esfera informal para algumas formas de lutas nas quais o poder é 
exercido legitimamente.” 
Para Axel Honneth (2003 cit cruz, 2018) sustenta que o empoderamento ocorre por meio 
de dimensões reconhecimento de laços emocionais, de reconhecimento jurídico e dos direitos 
e da adesão solidária sem deixar de lado o reconhecimento da dimensão de educação. Este 
também defende uma participação forte da cultura da família. A família deve desde a 
nascença cultiva a cultura de equidade nas crianças de diferentes sexos e incutir a valorização 
17 
 
da criança como pessoa e não como género. Este processo deve ser reforçado pelas escolas, 
espaço onde a criança passa boa parte do tempo da vida. “A escola deve servir da instituição 
que contribui principalmente” segundo (Cruz 2018, p.111) na melhoria de identidade de 
género através de mudanças nos estereótipos sexuais nos textos, promoção de identidades de 
género positivas por meio do currículo e formação do docente com sensibilidade de género, 
um serviço de orientação e assessoria sexista. 
18 
 
6 Conclusão 
O género constitui em certa parte a forma como as pessoas pensam, agem, fazem as 
actividades nas suas sociedades e isso logicamente cria diferenciação entre pessoas de 
diferentes sexos. Pela natureza o homem e a mulher já nascem com características 
biologicamente diferentes mas, elas não podem servir de estrume paraa criação das 
desigualdades e a falta de equidade entre eles. Em contraparte, as características anatómicas 
devem servir de oportunidade para aproveitar uns aos outros das capacidades que possuem. O 
Género simboliza acima de tudo a diferença entre homens e mulheres perante aos papéis 
sociais, mas as desigualdades físicas entre eles, que se arrastam desde a nascença, são 
traduzidas em atitudes discriminatória de quem possui postura física maior (homem) em 
relação à que tem menos (mulher) resultando na violência baseada no género. A violência traz 
consigo as consequências relativamente a perca de auto-estima, autoconfiança e o descredito 
perante as pessoas. Para colmatar essas consequências, a necessidade de combater a violência 
através de processo de empoderamento que implica a promoção da justiça das mulheres 
perante a sociedade. Implica a criação de boas relações entre os homens e mulheres. O direito, 
as oportunidades e o poder que estão acumulados nos homens devem ser atribuídos às 
mulheres na mesma proporção para que elas possam partilhar por um mundo sem 
descriminação da raça, cor, sexo, postura física ou psicológica. Para isso toda a comunidade, 
organizações e o governo devem estar entrelaçadas para empoderar a mulher não só no seio 
familiar que constitui um espaço onde está cada vez mais a ser percebido o lugar da mulher 
como também nas funções públicas para a distribuição do poder para a tomada de grandes 
decisões como na política e cargos governamentais. Para reforçar este processo exigem uma 
educação para as mulheres que não se predispõem lutar por elas. Entretanto, uma educação 
cívica para a consciencialização pode permitir a mulher a ganhar a iniciativa própria sem 
necessariamente alguma força externa a impulsione. Logo, esta educação da mente deve partir 
de casa, ensinando os meninos, meninas e conscientizando as mulheres e os homens mais 
adultos que não existe um melhor género quando se trata de oportunidades. Que as mulheres 
devem ter a capacidade de autocomandar-se e autocontrolar-se segundo seus objectivos e 
vontades sem que necessariamente choquem os princípios. Assim uma sociedade aberta, justa, 
sem preconceitos e nem violência teria espaço num mundo moderno e globalizados que hoje 
vivemos. 
 
 
19 
 
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