Buscar

aula sobre a introspeção behaviorismo e humanismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Psicologia científica
Karine Hamad Vieira
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. O crescimento da nova ordem econômica — o capitalismo — traz consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica. Há, então, um impulso muito grande para o desenvolvimento da ciência, enquanto um sustentáculo da nova ordem econômica e social, e dos problemas colocados por ela.
O universo foi posto em movimento. O Sol tornou-se o centro do universo, que passou a ser visto sem hierarquizações. O homem, por sua vez, deixou de ser o centro do universo (antropocentrismo), passando a ser concebido como um ser livre, capaz de construir seu futuro. O servo, liberto de seu vínculo com a terra, pôde escolhei seu trabalho e seu lugar social. Com isso, o capitalismo tornou todos os homens consumidores, em potencial, das mercadorias produzidas.
O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem apareceu, então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento. 
Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna. As idéias dominantes fermentaram essa construção: o conhecimento como fruto da razão; a possibilidade de desvendar a Natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva. A busca de um método rigoroso, que possibilitasse a observação para a descoberta dessas leis, apontava a necessidade de os homens construírem novas formas de produzir conhecimento — que não era mais estabelecido pelos dogmas religiosos e/ou pela autoridade eclesial. Sentiu-se necessidade da ciência.
A ciência avança tanto, que se torna um referencial para a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência. A própria Filosofia adapta-se aos novos tempos, com o surgimento do Positivismo de Augusto Comte, que postulava a necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas ciências humanas. 
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Augusto Comte
Em seu Curso de Filosofia Positiva, publicado em seis volumes, de 1830 a 1842, o filósofo Auguste Comte, questionava a possibilidade ou pertinência de uma ciência psicológica, a partir de dois problemas. Em primeiro lugar, argumentava que faltava à disciplina uma viabilidade metodológica, posto que a introspecção como método era logicamente inconsistente; em segundo lugar, indagava sobre o espaço para um saber sobre o homem que fosse diferente da abordagem dos fatos biológicos e sociais. Sua referência básica era a investigação do funcionamento da mente humana, especialmente dos processos de representação da realidade, ou as funções intelectuais, que constituíam um problema de interesse central para a reflexão de ordem epistemológica, no interior da qual a problematização do mundo subjetivo assumiu sua primeira conformação conceitual. Com respeito à introspecção, diz ele que "é perceptível que, por uma necessidade invencível, o espírito humano pode observar diretamente todos os fenômenos, exceto os seus próprios. Pois quem faria a observação?" (Comte, 1830-1842/1978, p. 13).
Epistemologia – conhecimento certo/ teoria do conhecimento
6
Comte negou a introspecção 
A possibilidade de uma auto-observação é rejeitada de pronto: se o sujeito observa a si mesmo, como garantir que o que está sendo observado é um acontecimento particular qualquer e não o próprio ato de observar a si mesmo? O argumento é exposto do seguinte modo: 
Constitui o melhor meio de conhecer as paixões sempre observá-las de fora. Porquanto todo estado de paixão muito pronunciado, a saber, precisamente aquele que será mais essencial examinar, necessariamente é incompatível com o estado de observação. No entanto, quanto a observar da mesma maneira os fenômenos intelectuais durante o seu exercício, há uma impossibilidade manifesta. O indivíduo pensante não poderia dividir-se em dois, um raciocinando enquanto o outro o visse raciocinar. O órgão observado e o órgão observador sendo, neste caso, idênticos, como poderia ter lugar a observação? (Comte, 1830-1842/1978, p. 14)
Comte (1830-1842/1978) conclui "Esse pretenso método psicológico é, pois, radicalmente nulo em seu princípio" 
. 
A CRENÇA NA CIÊNCIA
A Psicologia enquanto um ramo da Filosofia estudava a alma. 
A Psicologia científica nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século 19, Wundt preconiza a Psicologia “sem alma”. O conhecimento tido como científico passa então a ser aquele produzido em laboratórios, com o uso de instrumentos de observação e medição. 
Se antes a Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir daquele século ela passa a ligar-se a especialidades da Medicina, que assumira, antes da Psicologia, o método de investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do conhecimento.
Essa Psicologia científica, que se constituiu de três escolas — Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo —, foi substituída, no século 20, por novas teorias.
As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia neste século são consideradas por inúmeros autores como sendo o:
 Behaviorismo ou Teoria (S-R) Estímulo-Resposta, a Gestalt e a Psicanálise.
O Behaviorismo, que nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento.
A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia.
A Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.
A CRENÇA NA CIÊNCIA
Behaviorismo 
O estruturalismo e o funcionalismo cumpriram funções importantes no início do desenvolvimento da psicologia no século XX. Uma vez que cada ponto de vista fornecia uma abordagem sistemática para o campo, eles foram considerados escolas concorrentes da psicologia. Em 1920, no entanto, ambas foram desbancadas por três novas escolas: behaviorismo, psicologia da Gestalt e psicanálise.
Entre os três, o behaviorismo teve influência mais forte na psicologia científica na América do Norte. Seu fundador, John B. Watson, reagiu contra a visão de que a experiência consciente era o interesse central da psicologia.
Watson não fez declarações sobre a consciência quando estudou o comportamento de animais e bebês. Ele decidiu não apenas que a psicologia animal e a infantil poderiam ser ciências independentes, mas também que elas estabelecem um padrão que a psicologia adulta deve seguir.
Behaviorismo de Watson 
Watson é conhecido como o pai do Behaviorismo Clássico ou Metodológico, que acredita ser possível prever e controlar toda a conduta humana, baseado no estudo do meio em que o indivíduo vive e nas teorias de Pavlov sobre o condicionamento – a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao mínimo sinal, gesto ou som que lembre a chegada de sua refeição. 
Assim o behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Para o behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como objeto de estudo empírico.
Vincular o nome de John B. Watson ao Behaviorismo Metodológico e ao dualismo tem sido uma prática frequente e indiscriminada na literatura brasileira de psicologia
Constatou-se que a disseminação da ideia de que Watson é dualista ou behaviorista metodológico, pelo fato dele negar o estudo da mente, separando-a:"Behaviorismo metodológico" limita-se àquilo que pode ser publicamente observado; processos mentais podem até existir, mas eles são deixados de fora da ciência por sua natureza. 
O primeiro behaviorista explícito foi John B. Watson, que em 1913 lançou uma espécie de manifesto chamado A Psicologia Como o Behaviorista a Vê. Como o título mostra, ele não estava propondo uma nova ciência ao argumentar que a psicologia deveria ser redefinida como o estudo do comportamento. Isso pode ter sido um erro estratégico. A maioria dos psicólogos da época acreditava que estavam estudando processos mentais no mundo mental da consciência e eles não estavam inclinados a concordar com Watson.
Behaviorismo de Watson 
Watson inovou ao propor o estudo do comportamento em si mesmo, não necessitando de analogias com a consciência humana ou mesmo com o comportamento humano (no caso do comportamento de animais não humanos). Comportamentos observáveis que pudessem ser descritos através do conceito de estímulo e resposta eram preferidos, o que indica a semelhança com os experimentos da psicologia animal. 
Devido a esse caráter objetivo e criterioso, foi dada uma contribuição muito importante para a formação da Psicologia científica. Foram descartadas ideias mentalistas, assim como termos empregados por elas que, segundo Watson, naquele momento induziam à especulação e a definições inconsistentes como os de consciência, sensação e mente. Também rompe, ao menos em parte, com o campo da psicologia introspectiva, propondo que o método de introspecção não faz parte essencial do behaviorismo, embora reconhecendo ser necessário em alguns casos. 
Watson não negou a validade de todos os problemas de interesse da psicologia introspectiva. Ao menos em parte, ele postergou o estudo deixando-os para futuras gerações. 
Behaviorismo de Watson 
Behaviorismo de Skinner
Opondo-se à concepção de Watson, Burrhus F. Skinner (1904 - 1990) foi fundador do Behaviorismo Radical, ele foi radicalmente contra causas internas e espontaneas ou seja, mentais, para explicar a conduta humana, suas fontes estão fora dele.
Skinner no seu estudo inclui todos os comportamentos (públicos ou privados), tendo como foco o condicionamento operante: a seleção pelas consequências (reforço, punição e extinção). 
O comportamento é público; a consciência é privada. A ciência deve lidar apenas com fatos públicos. Como os psicólogos estavam se tornando impacientes com a introspecção, o novo behaviorismo foi aceito rapidamente e muitos jovens psicólogos nos EUA se diziam “behavio- ristas”. 
O comportamento humano é extremamente complexo e funciona de acordo com determinadas Leis:
O comportamento é um resultado de variáveis ambientais e genéticas, ou seja, as pessoas não são autônomas, essa visão persiste ao entendimento incompleto à história de vida das pessoas. (visão determinista)
Por exemplo: Joana organizou sua sala de estudos para poder ter condições de estudar melhor, assim ela está agindo sobre o mundo (a explicação não pode parar aqui!!) ela não faz isso por uma causa interna, mas sim, em algum momento ela foi informada, pelo mundo externo, que uma sala de estudos organizada, pode favorecer sua concentração e assim, facilitar sua aprendizagem.
Ou seja, não podemos ignorar a influência do mundo externo nas nossas escolhas.
Behaviorismo 
Watson e outros defensores do behaviorismo, como o famoso psicólogo de Harvard, B. F. Skinner, argumentaram que quase todo comportamento é resultante do condicionamento e que o ambiente dá forma ao comportamento reforçando hábitos específicos. Por exemplo, dar um biscoito a uma criancça para que ela pare de choramingar reforç̧a (re- compensa) o hábito de choramingar.
Os behavioristas tendiam a discutir os fenômenos psicológicos em relação a estímulos e respostas, dando origem ao termo psicologia do estímulo-resposta (E-R). Observe, no entanto, que a psicologia do E-R propriamente dita não é uma teoria ou perspectiva, mas um conjunto de termos que podem ser usados para comunicar as informações psicológicas. A terminologia E-R ainda é usada atualmente na psicologia. 
Behaviorismo de Skinner 
Behaviorismo 
Os comportamentos, segundo Skinner, são causados pelas história de reforçamentos vividos por cada pessoa, ou seja, nenhum comportamento surge espontaneamente.
Para Skinner, o comportamento (e fazer ciência é um comportamento) está sempre em construção e reconstrução (donde a ênfase em estudos na área de apredizagem), sob a influência de contigências filogenéticas (atuando no nível das espécies), de contingências ontogenéticas (atuando no nível dos repertórios comportamentais individuais), de contingências culturais (atuando no nível das práticas grupais).
Humanismo
O humanismo é considerado a 3a força da psicologia. 
Diferentemente da psicanálise e do behaviorismo que acreditam em uma determinação da personalidade humana, a escola humanista enfatiza a experiência do próprio sujeito na determinação do seu destino. Para os humanistas, todas as pessoas buscam seu desenvolvimento através da possibilidade de realizar todos os seus potenciais.
O humanismo foca no potencial de cada indivíduo e salienta a importância do crescimento e auto-realização. A crença fundamental da psicologia humanista é que as pessoas são naturalmente boas e que os problemas mentais e sociais resultam de desvios desta tendência natural.
Humanismo também sugere que as pessoas estão motivadas para o livre arbítrio para seguir as coisas que irão ajudá-las a alcançar todo o seu potencial como seres humanos. Esta necessidade de realização e crescimento pessoal é um motivador chave de todo o comportamento. As pessoas estão sempre à procura de novas formas de crescer, tornarem-se melhores, para aprender coisas novas, e experimentar um crescimento psicológico e auto-realização.
Grandes Pensadores na Psicologia Humanista
O desenvolvimento inicial da psicologia humanista foi fortemente influenciado pelas obras de alguns teóricos fundamentais, especialmente Maslow e Rogers.
Abraham Maslow - 1943 – Abraham Maslow descreveu sua hierarquia das necessidades em “A Teoria da Motivação Humana”, publicado na Psychological Review.
Carl Rogers - 1951 – Carl Rogers publica Terapia centrada no cliente, que descreveu sua abordagem humanística, dirigida pelo cliente para a terapia.
A TEORIA HUMANISTA DE CARL ROGERS
Rogers traz uma concepção de ser humano como dotado de uma capacidade de crescimento constante, de atualização permanente de suas potencialidades. O sujeito é passível de constantes mudanças em seus processos subjetivos. Em cada fase da vida pode conseguir certo nível de realização pessoal, estruturando-se de maneira mais plena, mais integrada. 
Deste modo, afirma que em todos os seres humanos e em todos os organismos há uma tendência em direção à realização construtiva, a um desenvolvimento cada vez mais complexo.
Atividade
Escreva sobre a teoria de Comte:
Qual a principal característica do behaviorismo de B. F. Skinner?
O humanismo se diferencia em qual aspecto do behaviorismo?
Referência
SCHULTZ, D. P.; Schultz, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Thomson, 2005

Continue navegando