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Amebíase: Ciclo Biológico e Manifestações Clínicas

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Amebíase 
• Entamoeba com cistos contendo oito nucleos, também chamada grupo coli: E. coli (homem) 
• Entamoeba de cistos com quatro nucleos, também chamada grupo hystolytica: E. histolytica (homem), 
E. dispar (homem) 
 
MORFOLOGIA 
• E. coli 
Trofozoito mede cerca de 20 a 50 pm, o citoplasma nao e diferenciado em endo e ectoplasma; o nucleo apresenta a cromatina grosseira e irregular e o cariossoma grande e excentrico. 
O cisto apresenta-se como uma pequena esfera medindo 15-20 pm, contendo ate oito nucleos, com corpos cromatoides finos, semelhantes a feixes ou agulhas 
• E. histolytica (patogênica) 
Fases: trofozoito ou forma vegetativa, cisto ou forma de resistencia, pre-cisto e metacisto. 
Trofozoíto 
Mede de 20 ate 40 pm, mas pode chegar a 60 pm nas formas obtidas de lesoes tissulares (forma invasiva); 
em disenterias, os trofozoitos medem entre 20 e 30 pm. Geralmente tem um so núcleo. 
costuma imprimir movimentacao direcional, parecendo estar deslizando na superficie, semelhante a uma lesma. 
Quando proveniente de casos de disenteria, e comum encontrar eritrocitos no citoplasma; o trofozoito nao invasivo 
ou virulento apresenta bacterias, graos de amido ou cutros detritos em seu citoplasma, mas nunca eritrocitos. 
O citoplasma apresenta-se dividido em ectoplasma. que e claro e hialino, e endoplasma, que e finamente granuloso, 
com vacuolos, nucleo e restos de substancias alimentares 
Metacisto 
E uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisoes, dando origem aos 
trofozoitos. 
Cistos 
Sao esfericos ou ovais, medindo 8 a 20 pm de diametro. Os núcleos variam de um a quatro; o cariossoma e 
pequeno, situado no centro do nucleo, Os corpos cromatoides, quando presentes nos cistos, tem a forma de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas. 
Encontramos tambem no citoplasma: as reservas de glicogenio, tambem chamadas 
“vacuolos de glicogenio”. 
 
BIOLOGIA E CICLO BIOLOGICO 
Os trofozoitos da E. histolytica normalmente vivem na luz no intestino grosso podendo, ocasionalmente, penetrar na mucosa e produzir ulceracoes intestinais ou em outras regioes do 
organismo, como figado, pulmao, rim e, mais raramente, no cerebro. 
 
Ciclo Biologico 
O ciclo se inicia pela ingestao dos cistos maduros, junto de alimentos e agua contaminados. 
Os cistos passam pelo estomago, resistindo a acao dosuco gastrico, chegam ao final do intestino delgado ou inicio do intestino grosso, onde ocorre o desencistamento, com a saida do 
metacisto, atraves de uma pequena fenda na parede cistica. Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisoes nucleares e citoplasmaticas, dando origem a quatro e depois oito 
trofozoitos, chamados trofozoitos metacisticos. Estes trofozoitos migram para o intestino grosso onde se colonizam. Em geral, ficam aderidos a mucosa do intestino, vivendo como um 
comensal, alimentando-se de detritos e de bacterias. Sob certas circunstancias, ainda não muito bem conhecidas, podem desprender da parede e, na luz do intestino grosso, principalmente 
no colon, sofrer a acao da desidratacao, eliminar substancias nutritivas presentes 
no citoplasma, transformando-se em pre-cistos; em seguida, secretam uma membrana cistica e se transformam em cistos, inicialmente mononucleados. Atraves de divisões nucleares 
sucessivas, se transformam em cistos tetranucleados, que sao eliminados com as fezes normais ou formadas. 
Os cistos geralmente nao sao encontrados em fezes liquefeitas ou disentéricas. 
Ciclo Patogenico 
Em situacoes que nao estao bem conhecidas, o equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido e os trofozoitos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no interior das 
ulceras e podem, atraves da 
circulacao porta, atingir outros orgaos, como o fígado e, posteriormente, o pulmao, o rim, o cerebro ou a pele, 
causando amebiase extraintestinal. O trofozoito presente nestas ulceras e denominado forma invasiva ou virulenta. 
Na intimidade tissular, nao forma cistos, sao hematófagos e muito ativos 
 
TRANSMISSAO 
O mecanismo de transmissao ocorre pela ingestao de cistos maduros em alimentos (solidos ou liquidos). O uso 
de agua sem tratamento, contaminada por dejetos humanos, e um modo frequente de contaminacao; ingestao de 
alimentos contaminados (verduras cruas - alface, agriao; frutas - morango) e importante veiculo de cistos. Alimentos 
tambem podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e moscas (essas tambem sao capazes 
de regurgitar cistos anteriormente ingeridos). Alem disso, falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminacao de 
cistos dentro da familia. Os “portadores assintomaticos” que manipulam alimentos sao importantes disseminadores 
dessa protozoose. 
 
MANIFESTACOES CLINICAS 
• Formas assintomaticas. 
• Formas sintomaticas. 
• Amebiase intestinal: a) forma diarreica; b) forma disenterica; c) amebomas; d) apendicite amebiana. Complicacoes e sequelas da amebiase intestinal: perfuracao, peritonites, hemorragia, 
invaginacao, colites pos-disentericas e estenoses 
• Amebiase extraintestinal. 
• Amebiase hepatica: a) aguda nao supurativa; b) abscesso hepatico ou necrose coliquativa. 
• Amebiase cutanea. 
• Amebiase em outros orgaos: pulmao, cerebro, baco, rim etc. 
• Complicacoes do abscesso hepatico: ruptura, infecção bacteriana e propagacao para outros orgaos. 
 
PROFILAXIA 
 Engenharia educação sanitária; 
 Tratamento do portador assintomático; 
 Medidas de saneamento básico; 
 Evitar a ingestão de cistos; 
 Impedir a contraminação fecal e de alimentos; 
 Controle dos manipuladores de alimentos; 
 Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral; 
 Investigação e tratamento da fonte de infecção. 
 
 
TRATAMENTO 
Amebicidas que Atuam Diretamente na Luz Intestinal: 
 Derivados da quinoleína, diiodo-hidroxiquinoleína, iodocloro-hidroxiquinoleína e cloridroxiquinoleína. 
 Antibióticos: paramomicina e eritromicina. 
 Outros derivados: furoato de diloxamina, clorobetarnida e clorofenoxarnida. 
Amebicidas que Atuam Tanto na Luz Intestinal Quanto nos Tecidos 
Antibioticos sao utilizados isolados ou principalmente em combinacoes com outros amebicidas: tetraciclinas e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclinas; eritromicina; espiramicina e 
paramomicina. Derivados imidazolicos: estao incluidos neste grupo os amebicidas mais efetivos e mais usados: metronidazol, omidazol, secnidazol e tinidazol. Estes medicamentos tanto podem 
ser utilizados por via oral (comprimidos e suspensoes) quanto injetaveis. O metronidazol e, sem duvida, um dos amebicidas mais usados; e muito bem tolerado, sendo hoje praticamente a 
droga de escolha para tratamento tanto da amebiase intestinal quanto da hepatica,

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