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LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVII |@LIFESTYLEMEDICINA Amebíase MORFOLOGIA DO PARASITO Amebas comensais: Entamoeba díspar, hartmanni, coli, gengivalis... Amebas patológicas: Entamoeba histolyca (muito parecida morfologicamente com a E. díspar) As amebas se distinguem umas das outras pelo tamanho do trofozoíto e do cisto, estrutura, número de núcleos, incursões citoplasmáticas... E. hystolica tem 4 núcleos e apresentam uma cromatina periférica bastante regular e uniforme e um cariossoma central e pequeno E. coli tem 8 nucleos com cromatina periférica irregular e cariossoma excêntrico Localização: intestino grosso Locomoção: pseudópodes Alimentação: fagocitose e pinocitose Divisão binaria longitudinal TROFOZOITO Um núcleo corado Pseudópodes Citoplasma apresenta-se em ectoplasma e endoplasma Forma magna: forma invasiva capaz de invadir tecidos o Hematófago (hemácias no seu interior) o Não forma cistos o Sintomática o E. histolytica Forma minuta: forma não invasiva o Bactérias no interior o Assintomática o Formam cistos (disseminação fácil) o E. histolytica e E. dispar PRÉ CISTO Oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto CISTO Esféricos ou ovais Núcleos pouco visíveis e variam de 1 a 4 METACISTO CICLO BIOLÓGICO Trofozoítos normalmente vivem na luz do intestino grosso podendo, ocasionalmente, penetrar na mucosa e produzir ulcerações intestinais e em outras regiões, como fígado, pulmão, rim e, raramente, no cérebro 01) Ingestão de cistos maduros junto com água e alimentos contaminados o Cistos podem ter sido veiculados por baratas e moscas 02) Resistem ao suco gástrico 03) Nos intestinos ocorre o desencistamento, com a saída do metacisto 04) Metacisto sofre divisões nucleares e citoplasmáticas, formando 8 trofozoítos metacisticos 05) Trofozoítos metacísticos migram para o intestino grosso e o colonizam o Ciclo não patogênico: ficam aderidos na mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de dentritos e bactérias e, através de divisões sucessivas, transformam-se em pré-cisto e cistos tetranucleados, os quais são eliminados nas fezes normais, mas não nas liquefeitas ou desintéricas (colite não desintérica) o Ciclo patogênico: rompimento do equilíbrio parasito-hospedeiro e invasão da submucosa intestinal (liberação de citocinas e enzimas proteolíticas), com multiplicação ativa nas ulceras (trofozoíto na forma magna). Por meio do sistema porta, ele pode atingir outros órgãos, como fígado, pulmão, rim, cérebro ou pele, causando amebíase extra-intestinal. Esses trofozoítos não formam cistos e são hematófagos. LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVII |@LIFESTYLEMEDICINA • Para evolução de comensal a invasor há alguns fatores determinantes: idade, resposta imune do hospedeiro, flora bacteriana e reinfecções sucessivas OBS: nas fezes formadas, é possível encontrar cistos com 4 núcleos; nas pastosas, é comum encontrar também o pré-cisto e nas diarreias, trofozoítos PATOGENIA Variabilidade quanto ao potencial patogênico Efeito letal direto sobre a célula Forte adesão entre ameba e célula lesada por meio de lectinas contidas na superfície das amebas e formações filopódicas Efeito citopático: liberação de proteases que favorecem a destruição dos tecidos Produz amoebapore, proteína formadora de poro (destruição das células intestinais) Invadem mucosa, submucosa (multiplicação) e prosseguem penetrando formando microulcerações Lesões mais frequentes no ceco e retossigmoide Podem induzir resposta inflamatória com formação de massa granulomatosa (ameboma), a qual pode ser confundido com CA, que causa grande nódulo e obstrução intestinal Amebíase extraintestinal: entram na circulação porta, atingem o fígado, formando abcessos e necrose coliquativa. O abcesso hepático pode se romber e o protozoário ir pro pulmão MANIFESTAÇÕES CLINICAS Assintomática (80% dos casos) - E. histolytica e E. díspar Sintomática- E. histolytica o Colite disentérica: ▪ evacuações mucosanguinolentas ▪ evacuações frequentes 8 a 10 vezes por dia ▪ cólicas ▪ flatulência ▪ febre ▪ náusea ▪ vômitos ▪ desconforto abdominal ▪ tenesmo OBS: doença aguda, infecciosa com lesões inflamatórias e ulcerativas das porções inferiores do intestino, manifestando-se com diarreia intensa, cólicas, tenesmo e eliminação de sangue e muco. o colite não disentérica ▪ evacuações diarreicas ou não ▪ evacuações 2-4 vezes por dia ▪ fezes moles ou pastosas ▪ muco e pouco sangue ▪ raramente tem febre ▪ desconforto abdominal o extra intestinal: ▪ hepatite amebiana aguda ▪ abcesso hepático • dor • febre • hepatomegalia ▪ hepatomegalia ▪ dor no hipocôndrio direito ▪ rompimento do abcesso hepático leva trofozoíto pro pulmão e cérebro ▪ esplenomegalia ▪ abcesso esplênico ▪ abcesso pulmonar ▪ abcesso cerebral ▪ ulcera cutânea (região perianal) ▪ amebíase cutânea DIAGNÓSTICO entamoeba histolytica e entamoeba díspar são morfologicamente indistinguíveis entamoeba hartmanii, comensal, é menor pode ser confundido com disenteria bacilar, salmoneloses, síndrome do colon irritado ou esquistossomose diagnostico laboratorial: o pesquisa em fezes liquidas o pesquisa em fezes formadas LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVII |@LIFESTYLEMEDICINA o imunológicos: hemaglutinação indireta, imunoflorescencia indireta e ELISA (extra intestinal) retossigmoidoscopia TRATAMENTO diiodo-hidroxiquinoleína iodocloro-hidroxiquinoleína paramomicina eritromicina metronidazol secnidazol PROFILAXIA engenharia e educação sanitária agua de boa qualidade tratamento do esgoto educação ambiental lavagem de frutas e verduras exame de fezes periódicos
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