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E.E. PROFESSOR CYRO BARREIROS
GABRIELE MARCOLINO MELO Nº10
3º ANO A
 Movimento Diretas Já
Guarulhos
2019
Resumo
O movimento Diretas Já ocorreu no final do período do regime militar, naquela época os votos eram feitos diretamente, ou seja, os militares que decidiam quem seria o próximo que iria governar o país.
No entanto, depois de 21 anos, o povo estava cansado de que os militares decidissem por eles, e então resolveram sair as ruas para que suas vozes fossem ouvidas e que pudessem escolher por si o candidato a presidência que mais os agradavam, e esse foi uma das maiores manifestações do Brasil, considerada um dos mais importantes movimentos sociais.
Sumário
Introdução	4
1.	Regime militar	5
2.	Governo de João Figueiredo	6
3.	Emenda de Dante de Oliveira	7
4.	Manifestação e Redemocratização	8
5.	A volta da corrupção	9
Referencias	11
Conclusão	12
Introdução
Movimentos sociais, em suma é a participação da sociedade em pró da cidadania. Esses fenômenos podem agir e interferir a qualquer momento, principalmente quando os cidadãos não estão satisfeitos com alguma mudança no governo, ou que na maioria das vezes interfira nos direitos civis, políticos ou sociais.
Isso ocorre devido à um filosofo alemão chamado Immanuel Kant, que diante de sua influencia de pensamento idealista apóia a concepção de leis morais, na qual os cidadãos tenham liberdade e consciência de dever. Foram então datados no século XVIII os direitos civis que englobam as liberdades pessoais, porém essa e outras conquistas nessa época se aplicavam apenas a um grupo pequeno de pessoas. No século XIX foram conquistados os direitos políticos que correspondem a formas de participação no processo político, e no começo do século XX os direitos sociais, que procuram garantir a todos o trabalho, e a previdência sociais para os que não tem condições de trabalhar. 
Com isso, os cidadãos passaram a ter voz, e se manifestar quando algo vai contra esses direitos, por meios de protestos conseguiram novas leis e serem notados pelo Estado com algumas histórias importantíssimas de vitória em busca de um país mais justo e exercendo a cidadania de forma unida.
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1. Regime militar
O Regime militar foi uma parte da história do Brasil que tem uma marca muito grande, pois é lembrada por violência, censuras, mortes, entre outros. Aconteceu em 31 de março de 1964 quando o país vivia em uma ameaça comunista e os militares assumiram o poder na intenção de salvar o país de uma implantação socialista/comunista Nesse período o mundo estava dividido entre o socialismo e o comunismo comandado por duas fortes potências sendo os Estados Unidos capitalista e a União Soviética Socialista, os dois países enfrentavam uma luta não armada que ficou conhecida como Guerra Fria.
Quando o Brasil começou obter tais ameaças estava no governo de Janio Quadros, que não tinha um direcionamento político e acabou se aproximando da União Soviética e isso fez com que ele perdesse o apoio de muitas pessoas, além disso, ele também tentou fechar o congresso, porém Lacerda não concordou e denunciou ele para a mídia. Janio acabou renunciando e entrou João Goulart em seu lugar que tinha idéias claras da extrema esquerda, em seu governo houve uma grande inflação, greves, manifestações de oposição e entre muitos outros fatos que levavam o país para uma guerra civil nisso os militares resolveram tomar posse da presidência, para evitar a guerra João Goulart abandonou o cargo e foi declarado a renuncia segundo o artigo da Constituição de 46, mas foi visto como um golpe parlamentar pois no momento que foi impedido ainda estava em território nacional.
A esquerda não estava contente com o novo comando no país, então começaram criar grupos de guerrilhas que tinham como objetivo tirar os militares do poder e finalmente implantar o comunismo, um dos grupos que foi conhecido como a maior organização terrorista da época era a ALN que era comandada por Carlos Marighella, tinham métodos e técnicas de Fidel Castro e Che Guevara, sequestravam, roubavam bancos, e manipulavam jovens que eram doutrinados nas universidades pelo marxismo e assim enviados para Cuba, país que fornecia armas e aulas a eles que voltavam para o Brasil como soldado para guerras civis organizadas pelos revolucionários.
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O regime militar durou 21 anos, entre esse período houve a criação de Atos Institucionais, 5 presidentes militares diferentes e as votações ainda eram feitas indiretamente, no entanto povo desejava um país democrático.
2. Governo de João Figueiredo 
O governo de Figueiredo foi caracterizado pelo processo de abertura lenta e gradual da política. Isto queria dizer que todo o transcurso foi controlado pelos militares A abertura política esteve entre os principais compromissos assumidos por João Baptista Figueiredo. Durante a sua gestão, promulgou a Lei da Anistia, aprovada em agosto de 1979, em que os perseguidos políticos puderam retornar aos empregos e os exilados voltarem ao país.
O processo de democratização passava, ainda, pela garantia da pluralidade partidária. Até então, o Brasil vivia o bipartidarismo e somente existiam dois partidos: a Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
Além das questões eminentes relacionadas à política interna, João Figueiredo precisou administrar a crise econômica do exaurido modelo adotado pelos governos militares. A crise do petróleo foi um dos principais obstáculos. A fim de escapar da dependência externa no petróleo, o governo criou o programa Proálcool. Este consistia em buscar alternativas de combustíveis renováveis. Assim, o Brasil passou a ser o único país a ter carros movidos a álcool. Instituiu o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), como um banco que daria créditos à empresas brasileiras e financiaria obras públicas.
De todas as maneiras, não conseguiu conter a alta de preços e o aumento do custo de vida que prejudicava a população mais carente. A inflação atingiu US$ 61 bilhões de dólares, em 1981 e o PIB estagnou.
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3. Emenda de Dante de Oliveira
A Proposta de Emenda à Constituição nº 5, de 1983, também chamada de Emenda Constitucional Dante de Oliveira, faz parte de uma série de movimentos em prol do retorno da democracia no Brasil através de eleições diretas para Presidente da República.
Dante de Oliveira foi um engenheiro civil que ingressou na carreira política como deputado estadual nas eleições de 1978 pelo MDB. Em 1982, no contexto do retorno ao pluripartidarismo, tornou-se deputado federal filiado ao PMDB, mandato no qual apresentou a emenda que se tornou sua marca na História do Brasil.
A emenda propunha nova escrita para os artigos nº 17 e nº 148 da Constituição Federal de 1967 e a extinção de seus parágrafos. Essa mudança permitiria que as próximas eleições presidenciais fossem realizadas a partir do voto direto e no mês de novembro de 1984, conforme fragmento do texto original:
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 5, DE 1983
[...]
"Art. 74 - O Presidente e Vice-Presidente da República serão eleitos, simultaneamente, entre os brasileiros maiores de trinta e cinco anos e no exercício dos direitos políticos, por sufrágio universal e voto direto e secreto, por um período de cinco anos.
Parágrafo Único - A eleição do Presidente e Vice-Presidente da República realizar-se-á no dia 15 de Novembro do ano que anteceder ao término do mandato presidencial."
"Art. 148 - O sufrágio é universal e o voto é direto e secreto; os partidos políticos terão representação proporcional, total ou parcial, na forma que a lei estabelecer."
[...] (BRASIL, 1983).
Dessa forma, seriam extintos os mecanismos que atribuíam ao Colégio Eleitoral a eleição do Presidente da República, devolvendo ao povo a prerrogativa de escolher o líder da nação. 
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A proposta de emenda Dante de Oliveira tramitou em quatro sessões da Câmara dos Deputados, entre os dias 18 e 25 de abril de 1984, quando foi rejeitada por não conseguir a quantidade mínima de votos para suaaprovação (320 votos dos 479 congressistas). Os votos a favor da emenda foram 298, contra 65 contrários, 3 abstenções e 113 ausências.
Apesar da derrota, a comoção pública em torno do tema e a pressão da mídia acabaram provocando uma divisão na base governista, permitindo a eleição do candidato da oposição Tancredo Neves (PMDB) que, devido a problemas de saúde, não chegou a governar. Dessa forma, o primeiro presidente da Nova República foi José Sarney, vice-presidente eleito pelo Partido da Frente Liberal (PFL), partido originado da dissidência do Partido Democrático Social (PDS) descontente com a indicação de Paulo Maluf para as eleições de 1985.
Ainda que não tenha sido aprovada, a Emenda Dante de Oliveira provocou mudanças nas alianças governistas e contribuiu para a chegada da oposição ao poder.
4. Manifestação e Redemocratização
O movimento Diretas Já começou em maio de 1983 e foi até 1984, tendo mobilizado milhões de pessoas em comícios e passeatas. "Diretas Já" foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil.
Ficou conhecida como uma das maiores manifestações populares já ocorridas no país, foi marcada por enormes comícios onde figuras perseguidas pela ditadura militar, membros da classe artística, intelectuais e representantes de outros movimentos militavam pela aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984, cerca de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro. Algumas
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semanas depois, cerca de 1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo.
Mesmo realizando uma enorme pressão para que as eleições diretas fossem oficializadas, os deputados federais da época não se sensibilizaram mediante os enormes apelos. Com isso, por uma diferença de apenas 22 votos e um vertiginoso número de abstenções, o Brasil manteve o sistema indireto para as eleições de 1985. Para dar a tal disputa política uma aparência democrática, o governo permitiu que civis concorressem ao pleito. Contou com a participação de partidos políticos, representantes da sociedade civil, artistas e intelectuais. Mesmo sendo marcado por significativo apelo popular, o processo de eleições diretas só ocorreu em 1989, ou seja, 29 anos depois da escolha do último presidente, em 3 de outubro de 1960.
5. A volta da corrupção
A primeira eleição direta para presidente da República após a ditadura militar elegeu o mais jovem presidente que o país já teve. Ex-deputado federal e governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, concorrendo pelo minúsculo PRN, venceu outros 24 candidatos na corrida ao Palácio do Planalto. Entre eles, os atuais deputados Roberto Freire, Enéas e Ronaldo Caiado, lideranças tradicionais como Ulysses Guimarães e Leonel Brizola, e o presidiário ex-presidente da República, Lula. 
Ironicamente, o governo que dizia ter por alvo o combate à corrupção, foi acusado e envolvido em diversos casos de desvio de dinheiro público. O caso PC Farias foi o mais destacado desses casos. O irmão de Fernando Collor, Pedro Collor denunciou esse esquema realizado entre o presidente e Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Collor à presidência. PC Farias recebia altas quantias de dinheiro de empresários que buscavam facilitação de recebimento de verbas públicas. Esses valores eram depositados em contas fantasmas para despesas de Fernando Collor e da família dele. Esse esquema foi denunciado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e confirmado 
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pelo depoimento do ex-motorista particular de Collor, Francisco Eriberto Freire 
França. Diante desses escândalos, a população manifestou-se nas ruas, destacando-se os caras-pintadas, jovens que pintavam o rosto de verde e amarelo. Essas manifestações pediam o impeachment da presidência de Collor. Em setembro de 1992, a maioria da Câmara dos Deputados votou favoravelmente ao pedido de impeachment redigido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Collor renunciou à presidência antes de ser efetivado o impeachment. No entanto, o Senado confirmou a cassação do mandato e perda dos direitos políticos de Collor por oito anos. Em 29 de dezembro de 1992, Collor foi definitivamente impedido de exercer o mandato. E foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco, empossado em janeiro de 1993.
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Referências
· https://www.todamateria.com.br/diretas-ja/
· https://www.todamateria.com.br/joao-baptista-figueiredo/
· https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/emenda-constitucional-dante-de-oliveira/
· https://www.infoescola.com/historia/governo-de-fernando-collor/
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Conclusão
O movimentos Diretas Já foi um dos mais conhecidos protestos e mais importantes do país, pois a partir dele os cidadãos poderiam escolher quem governaria o país.
Anos antes desse movimento acontecer o país se encontrava governado por militares que o defendia de uma implantação comunista, isso não agradou a todos, a esquerda providenciavam guerrilhas para ataques contra os militares, fazendo de tudo para que saíssem do poder, isso resultou em muitas mortes principalmente da esquerda já que os grupos eram liderados por revolucionários sem nenhuma estrutura para comandar e guerrilhar qualquer batalha. 
No governo de João Figueiredo ainda existiam apenas dois partidos, na esperança das eleições diretas o deputado Dante de Oliveira apresentou uma emenda constitucional que foi rejeitada por não conseguir a quantidade mínima de votos para a aprovação, com a influencia da emenda, isso resultou em muitas manifestações por varias cidades do Brasil e ficarão conhecidas como Diretas Já.
O movimento social contava com a participação da população e também de partidos políticos, artistas e intelectuais, começou em 1983 e se estendeu até 1984 levando milhões de pessoas as ruas pedindo pelas eleições diretas e o poder de escolher um presidente democraticamente, em 1984 os militares manteram a resistência e houve a rejeição da emenda, isso estendeu o regime militar e apenas em 1989 houve a primeira eleição direta.
A primeira eleição direta foi disputada por Fernando Collor de Melo e Luís Inácio Lula da Silva, pelo fato de Collor ser jovem e divulgar em seu plano de governo que faria algo moderno o povo apostou em sua candidatura, porém seu governo foi acusado de desvio de dinheiro publico e corrupção e isso fez 
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com que as pessoas saíssem as ruas mais uma vez e agora pedindo o impeachment do novo presidente que depois do escândalo não pode mais exercer o mandato.
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