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DIR_PROCESSUAL_CIVIL_ATUALIZADO

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PROCESSUAL CIVIL
OAB
AD VERUMAD VERUMAD VERUM
PDF
 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Olá, alunos! 
Sabemos que vocês estão em um momento desafiador: a preparação para o 
Exame de Ordem, prova pela qual os bacharéis em Direito precisam passar 
ao concluir a graduação. 
O estudo para OAB por vezes traz alguns obstáculos específicos: encontrar 
tempo entre estágio, trabalho e afazeres de casa, conciliar com as provas finais 
da faculdade, com a elaboração do TCC, com os preparativos para formatura. 
É muita coisa! Então é necessário estudar de forma otimizada e escolher o 
material com sabedoria. 
Pensando nisso, a Ad Verum, empresa do Grupo CERS ONLINE, trouxe para 
você o PDF Ad Verum – OAB, que tem por premissa “atacar” os pontos 
nucleares de cada disciplina. 
Vamos te deixar preparado, de forma objetiva, para os assuntos com maior 
probabilidade de cair em sua prova. 
Racionalizar o estudo dos nossos alunos é mais que um objetivo para Ad 
Verum, trata-se de uma obsessão. 
Faça bom uso do seu PDF Ad Verum! 
Bons estudos  
 
 
 
 
 
 
 
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Vamos iniciar os estudos de Direito Processual Civil para o certame ao qual 
você irá se submeter: A PRIMEIRA FASE DA OAB! Para essa disciplina, que conta 7 
questões na prova, vamos abordar o edital da seguinte forma: 
 
CAPÍTULOS 
Capítulo 1 – 1. Teoria Geral do Processo. 2. Política de tratamento adequado de 
conflitos jurídicos. 3. Teoria dos fatos jurídicos processuais. 4. Função jurisdicional. 
5. Cooperação internacional e nacional. 
Capítulo 2 - 6. Teoria e direito da ação. 7. Pressupostos processuais. 8. 
Competência. 
Capítulo 3 – 9. Sujeitos do Processo. 10. Deveres e responsabilidade por dano 
processual. 11. Partes. 12. Juiz. 13. Funções Essenciais à Justiça. 
Capítulo 4 – 14. Atos processuais. 15. Nulidades. 16. Preclusão. 17. Cognição. 18. 
Tutela Provisória. 
Capítulo 5 - 19. Formação, suspensão do processo e extinção do processo. 20. 
Alienação da coisa ou do direito litigioso. 21. Modelos de organização processual 
(Processo de conhecimento). 22. Providências preliminares. 
Capítulo 6 – 23. Julgamento conforme o estado do processo. 24. Provas. 25. 
Decisão Judicial. 
Capítulo 7 - 26. Precedentes Judiciais. 27. Coisa Julgada. 28. Ordem do processo 
nos tribunais. 
Capítulo 8 – 29. Processo de Execução em geral. 
 
 
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Capítulo 9 - 30. Procedimentos especiais no CPC. 31. Procedimentos especiais em 
legislação extravagante. 
Capítulo 10 – 32. Processo coletivo. 
 
 
 
 
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 Sumário 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL, Capítulo 1........................................................................................5 
1. Teoria Geral do Processo ........................................................................................................... 5 
1.1 Normas processuais civis .................................................................................................... 5 
1.2 Direitos processuais fundamentais ................................................................................. 5 
1.3 Disposições finais e transitórias do CPC/2015 .......................................................... 7 
2. Política de tratamento adequado de conflitos jurídicos .............................................. 9 
2.1 Negociação, mediação, conciliação. ............................................................................... 9 
2.1.1 Princípios que regem a conciliação e a mediação (art. 166): .................. 11 
2.2 Equivalentes jurisdicionais ............................................................................................... 12 
2.2.1 Autotutela ....................................................................................................................... 12 
2.2.2 Autocomposição .......................................................................................................... 13 
2.3 Arbitragem.............................................................................................................................. 14 
3. Teoria dos fatos jurídicos processuais ............................................................................... 15 
3.1 Ato-fato jurídico ................................................................................................................... 15 
3.2 Ato unilateral ......................................................................................................................... 15 
3.3 Negócio Jurídico .................................................................................................................. 15 
3.4 Fatos Naturais (Fatos Jurídicos Strictu Sensu) ........................................................ 15 
3.4.1 Fatos Naturais Ordinários ........................................................................................ 15 
3.4.2 Fatos Naturais Extraordinários ............................................................................... 16 
3.5 Ato jurídico em sentido estrito ..................................................................................... 16 
4. Função jurisdicional.................................................................................................................... 17 
4.1 Noções de Jurisdição ......................................................................................................... 17 
 
 
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4.1.1 Conceito .......................................................................................................................... 17 
4.1.2 Características ............................................................................................................... 19 
4.1.3 Classificação ................................................................................................................... 20 
4.1.4 Princípios ......................................................................................................................... 22 
5. Cooperação internacional e nacional ................................................................................. 23 
5.1 Cooperação internacional ................................................................................................ 23 
QUESTÕES ............................................................................................................................................... 24 
GABARITO COMENTADO ................................................................................................................. 27 
JURISPRUDÊNCIA .................................................................................................................................... 30 
LEGISLAÇÃO COMPILADA............................................................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Capítulo 1 
1. Teoria Geral do Processo 
1.1 Normas processuais civis 
De acordo com o Art. 14 do CPC, a norma processual não retroagirá e será 
aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais 
praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. 
Assim, quanto à aplicação da norma processual aos processos ainda em 
trâmite, isto é, àqueles não acobertados pelo fenômeno processual da coisa julgada, 
nesse caso, aplica-se a regra do tempus regit actum, não tendo a lei nova o 
condão de atingir atos processuais já consumados. 
1.2 Direitos processuais fundamentais 
Tendo em vista a ideia empregada pelo movimento do neoprocessualismo, 
isto é, o reconhecimento da estreita e necessária relação entre a Constituição 
Federal e o Processo Civil,fica claro percebermos que o CPC de 2015 dispõe, em 
seus artigos iniciais, as denominadas normas fundamentais (regras e princípios) do 
processo civil brasileiro, o que se vislumbra da análise dos artigos 1º ao 12 do CPC. 
Assim sendo, vejamos a seguir os principais dispositivos que tratam a 
respeito da matéria. 
O art. 1º da Lei 13.105/15, ao determinar que “O processo civil será 
ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas 
 
6 
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fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil”, 
denuncia a preocupação dada às ideias decorrentes do movimento do 
neoprocessualismo/neoconstitucionalismo. 
No Art. 2º, encontramos o chamado Princípio da Inércia, o qual preceitua 
que a parte deve provocar o Estado-juiz para que este exerça o seu pode/dever de 
jurisdição (dizer o direito), alguns doutrinadores lecionam está-se diante do 
“princípio da demanda” A partir disso, vislumbramos outro princípio bastante 
importante – o princípio do Impulso Oficial, o qual determina que, uma vez 
provocada a função jurisdicional do Estado, este tem o dever de impulsionar a 
marcha processual, no sentido de ver sanada a lide (conflito de interesse qualificado 
por uma pretensão resistida). 
O Art. 3º, caput, elenca o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, 
oriundo do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal: “a lei não excluirá da apreciação 
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Não se pode deixar de mencionar 
a valorização dada pelo NCPC aos métodos de solução consensual de conflitos, 
como é o caso da conciliação e da mediação. 
Uma das novidades que o aluno deve tomar bastante atenção, reside no Art. 
4º, o qual traz à baila o Princípio da Primazia da Decisão de Mérito, afirmando 
que “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do 
mérito, incluída a atividade satisfativa”. 
O Art. 5º, por sua vez, trata do Princípio da Boa-fé Objetiva, a qual deve 
nortear todas as fases processuais, incluindo aqui, as negociações processuais, tem 
como fundamento o art. 422 do Código Civil. 
Já o Art. 6º consagra o Princípio da Cooperação, no sentido de garantir a 
lealdade e a boa-fé no desenrolar do processo, dele decorrem alguns deveres para 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
 
7 
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os sujeitos processuais, quais sejam: o de esclarecimento, o de lealdade e o de 
proteção. 
Por fim, o candidato não pode deixar de se atentar ao que estabelece o Art. 
10, nele há a previsão do denominado Princípio do Contraditório Substanciado 
(em que as partes têm a oportunidade de influenciar na decisão final proferida), 
tudo com o fito de IMPEDIR a prolação da chamada “decisão surpresa”. 
1.3 Disposições finais e transitórias do CPC/2015 
O CPC/2015 têm vigência em 16/03/2016, havendo previsão de 1 ano de 
vacatio legis. Assim, de acordo com o Princípio da aplicação imediata (art. 1046, 
CPC), o novo código atinge os processos pendentes, isolamento dos atos 
processuais – preservando os já realizados –, e não retroage para prejudicar os 
direitos processuais adquiridos. 
Assim, é possível que seja cobrado em sua prova alguma questão que 
envolva Direito Intertemporal, de modo que é muito importante saber qual lei será 
aplicável em cada caso. 
De acordo com o CPC/2015, aplica-se o CPC/73 nos procedimentos 
sumários e especiais se a ação foi proposta e não sentenciada até o início da 
vigência do NCPC. 
 A doutrina também aduz que os prazos processuais iniciados antes 
do NCPC serão integralmente regulados pelo CPC/73 (Enunciado 267, FPPC), e 
que a regra de contagem dos prazos em dias úteis só se aplica àqueles iniciados 
após a vigência do NCPC (Enunciado 268, FPPC). 
Nas ações declaratórias incidentais deduzidas em processos e iniciadas antes 
do NCPC, aplica-se, também o CPC/73. 
 
8 
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PARA FIXAR! 
QUADRO DE VIGÊNCIA 
Decisão publicada na égide do 
CPC/73 
Recursos e prazos do CPC/73 
Decisão publicada na égide do 
CPC/2015 
Recursos e prazos do CPC/2015 
Recursos Lei da publicação da sentença 
Condições da ação Lei da propositura da ação 
Contestação Lei da citação 
Provas Lei do requerimento, ou do momento 
da determinação de ofício. 
 
 
 
 
 
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2. Política de tratamento adequado de conflitos 
jurídicos 
O Estado não detém o monopólio da solução dos conflitos por meio da 
jurisdição, sendo admitidas outras maneiras de as partes chegarem à solução do 
conflito, conhecidas como equivalentes jurisdicionais ou formas alternativas de 
solução dos conflitos. 
2.1 Negociação, mediação, conciliação. 
Tratam-se de institutos distintos, porém possem inúmeras características e 
normas procedimentais comuns. Uma das normas fundamentais do CPC/2015 é o 
princípio da promoção pelo Estado da solução consensual dos conflitos (art. 3º, 
par. 2º, NCPC). 
O CNJ, diante da inércia do Poder Legislativo, editou a Resolução n. 
125/2010 disciplinando as funções do mediador e do conciliador, na tentativa de 
instituir no Judiciário brasileiro uma política pública de solução consensual dos 
conflitos. 
Os Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos, previstos no 
art. 165, dispõe que os Tribunais têm o dever de criarem centros judiciários de 
solução consensual de conflitos. São órgãos do Tribunal, do Poder Judiciário. Cabe 
a cada Tribunal definir a composição e a organização desses centros, com base em 
diretrizes estabelecidas pelo CNJ. 
Esses centros terão duas competências: realização das audiências de 
mediação e conciliação e desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, 
orientar e estimular a autocomposição (vertente de política pública). 
 
10 
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A condução das audiências de mediação e conciliação não será feita pelo 
juiz, mas sim por meio de profissionais que se submeterão a uma capacitação para 
tanto, os mediadores e conciliadores. 
Eles serão cadastrados, podendo ocorrer de duas formas: cadastro nacional 
(gerido pelo CNJ), e cadastro no respectivo Tribunal (TJ ou TRF). Nesse cadastro, é 
preciso que se especifique qual a área de especialização do mediador ou 
conciliador, constar dados relevantes (número de causas, sucesso ou insucesso), 
como se fosse um histórico do mediador e do conciliador. 
Ainda, a mediação e a conciliação podem se dar em câmaras privadas, fora 
dos centros judiciários, se as partes as escolherem ou se essas câmaras forem 
conveniadas com o Tribunal (art. 168). 
O mediador e o conciliador, ainda, pode ser concursado ou não, pois os 
Tribunais podem criar cargos públicos de mediadores e conciliadores (a serem 
providos por meio de concurso público – art. 167, par. 6º); ou cadastrar profissionais 
que queiram ser mediadores ou conciliadores. 
De acordo com o artigo art. 165, par. 2º e 3º do CPC, há uma diferencia legal 
entre mediadores e conciliadores: 
MEDIADORES (PAR. 3º) CONCILIADORES (PAR. 2º) 
São terceiros estranhos ao conflito que auxiliam os conflitantes na busca da 
solução consensual. 
Distinguem-se pelas técnicas que utilizam (o modo de auxílio dos conflitantes). 
A mediação é uma técnica mais sutil. 
 
Não pode fazer propostas de acordo. 
 
A conciliação é uma técnica mais 
incisiva, invasiva. 
 
 
 
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Tem que ser apenas um facilitador do 
diálogo, para que os próprios 
conflitantes construam a solução. 
 
 Técnica recomendada para os casos 
em que os conflitantes já tinham 
anteriormente uma relação jurídica 
entre eles, um histórico de relação. 
 
Ex.: conflitos de família, 
sociedades, vizinhança. 
O conciliador pode fazer propostas de 
soluçãodo conflito. 
 
 
Técnica recomendada para conflitos 
episódicos ou ocasionais, entre 
pessoas que não tinham relação 
anterior. 
 
Ex.: conflitos decorrentes de acidentes, 
entre fornecedor e consumidor 
2.1.1 Princípios que regem a conciliação e a mediação (art. 166): 
 Independência (do mediador e do conciliador): está relacionada à 
atuação dos mediadores e conciliadores, que não podem sofrer 
pressões de quem quer que seja no exercício de suas funções; 
 Imparcialidade (do mediador e do conciliador): é possível a arguição 
da suspeição ou do impedimento do mediador e do conciliador (são 
auxiliares da justiça); 
 Autonomia da vontade: a celebração do acordo deve respeitar a 
autonomia da vontade das partes. A mediação e a conciliação sempre 
devem fazer prevalecer a vontade das partes, inclusive quanto à 
definição das regras procedimentais. As partes podem criar um 
procedimento de mediação (par. 4º do art. 166). 
 Confidencialidade: o mediador e o conciliador não podem expor o que 
foi presenciado. Todas as informações que recebeu, tudo a que tiveram 
acesso nessa condição fica sob a cláusula de sigilo. 
 Oralidade 
 Informalidade 
 Decisão informada: é preciso que o procedimento de mediação e 
conciliação produza uma decisão final (um acordo) porque as partes 
 
12 
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chegaram à conclusão de que aquilo é o melhor para elas. É preciso criar 
um ambiente em que as pessoas sejam bem informadas sobre os termos 
e as consequências do acordo. O consentimento para a solução 
consensual deve ser informado. 
2.2 Equivalentes jurisdicionais 
São formas alternativas de solução dos conflitos. Pode-se afirmar que os 
principais são: autotutela, autocomposição e arbitragem. 
2.2.1 Autotutela 
Ocorre quando uma das partes, no intento de ver satisfeita sua vontade, 
utiliza-se da própria força para solucionar o conflito de maneira parcial e egoísta. 
Ademais, o ordenamento jurídico, em regra, veda o exercício da autotutela, 
tratando-a, inclusive, como crime: exercício arbitrário das próprias razões, art. 345 
do Código Penal (se for um particular) e exercício arbitrário ou abuso de poder (se 
for o Estado). 
Entretanto, o próprio ordenamento jurídico brasileiro traz exceções em que 
é permitido se utilizar do instituto em estudo, é o caso da Legítima Defesa (art. 
188, I, do CC), do desforço imediato no esbulho (art. 1.210, §1º do CC), do direito 
de greve, do direito de retenção, doestado de necessidade, do privilégio do poder 
público de executar os seus próprios atos, da guerra, dentre outras. 
 
ATENÇÃO! 
Em respeito ao princípio da inafastabilidade (art. 5º, XXXV, da Constituição Federal 
de 1988 e art. 3º, caput, do CPC/2015), todo e qualquer exercício da autotutela está 
submetido ao controle posterior judicial. 
 
13 
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2.2.2 Autocomposição 
É o legítimo meio de solução pacífica dos conflitos, pois, ocorre quando a 
própria parte, espontaneamente, sacrifica, total ou parcial, seu interesse com o 
fito de ver solucionado o litígio, podendo ocorrer dentro do processo jurisdicional 
ou fora dele. 
A doutrina mais atual vem considerando como um verdadeiro princípio o 
“estímulo da solução por autocomposição”. 
Além disso, são consideradas espécies de autocomposição: 
 Transação: quando os conflitantes solucionam o conflito por meio de 
concessões mútuas; 
 Submissão: quando um dos conflitantes abre mão de seus interesses 
em prol da pretensão do outro e, consequentemente, da solução do 
conflito. Vale a menção de que, em sede judicial, quando a submissão é 
feita pelo autor, está-se diante da renúncia (art. 487, III, "c", do CPC/2015), 
quando é feita pelo réu, está-se diante do reconhecimento da 
procedência do pedido (art. 487, III, "a", CPC/2015). 
Ainda no que tange ao incentivo à autocomposição, o Novo Código de 
Processo Civil: 
 Traz a necessidade de tentativa de conciliação como ato anterior ao 
oferecimento da defesa pelo réu (arts. 334 e 695); 
 Permite a homologação judicial de acordo extrajudicial de qualquer 
natureza (art. 515, III; art. 725, VIII); 
 Permite que, no acordo judicial, seja incluída matéria estranha ao objeto 
litigioso do processo (art. 515, §2º); 
 Permite acordos processuais atípicos, desde que sobre o processo (art. 
190). 
 
14 
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2.3 Arbitragem 
A respeito da arbitragem, existe uma celeuma relativa à discussão se ela 
representa um equivalente jurisdicional ou o próprio exercício de jurisdição por 
autoridade não-estatal. 
A título de exemplo, Fredie Didier considera ser ela um verdadeiro exercício 
de jurisdição, por isso, aduz que: 
“A arbitragem, no Brasil, não é equivalente jurisdicional: é propriamente 
jurisdição, exercida por particulares, com autorização do Estado e como 
consequência do exercício do direito fundamental de autorregramento 
(autonomia privada)” 
Em sentido contrário, Luiz Guilherme Marinoni defende que a jurisdição 
somente é exercida por pessoa investida do poder jurisdicional nos moldes da 
Constituição Federal. Ponto de vista esse defendido, também, por Cassio Scarpinella 
Bueno, vejamos: 
“De outra parte, não consigo concordar, com o devido respeito de variados 
especialistas e estudiosos do tema, que a arbitragem tenha caráter 
jurisdicional. Principalmente porque ela que não possui e nem tem aptidão 
de possuir a imperatividade inerente àquela outra classe, o que não 
significa dizer que não seja possível à lei equipará-la a um ato jurisdicional, 
como, inequivocamente, faz o inciso VII do art. 515 do CPC de 2015, 
seguindo, no particular, o caminho já traçado pela sua lei de regência, a 
Lei n. 9.307/1996”. 
Porém, a posição majoritária é que se trata de uma jurisdição não estatal, 
consistindo no julgamento do litígio por terceiro imparcial, escolhido pelas partes. 
A arbitragem somente pode ser convencionada por pessoas maiores e 
capazes e com relação a direitos disponíveis. Ainda, é instituída mediante negócio 
jurídico denominado convenção de arbitragem, que compreende a cláusula 
compromissória e o compromisso arbitral. 
 
15 
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3. Teoria dos fatos jurídicos processuais 
3.1 Ato-fato jurídico 
É todo aquele que considera o ato produzido em si e não pela vontade 
humana, ou seja, o ato terá maior relevância para a área jurídica do que o agente 
que pode ser um incapaz. Ex.: um menor de idade achar um tesouro. O agente não 
é importante no primeiro momento, mas sim o ato, apesar de ser menor, este terá 
uma parte daquilo que foi achado. 
3.2 Ato unilateral 
Do jurídico, ato unilateral é aquele que gera efeitos jurídicos apenas pela 
manifestação da vontade de uma pessoa só. O ato unilateral é quando eu dou uma 
recompensa a quem achou meu cachorro. 
3.3 Negócio Jurídico 
É aquele proveniente da relação entre duas ou mais pessoas que ao se 
reunirem podem ocasionar em efeitos jurídicos. Ex.: um contrato de aluguel. 
3.4 Fatos Naturais (Fatos Jurídicos Strictu Sensu) 
Os fatos naturais são acontecimentos provenientes da natureza e não 
precisam da vontade humana para que sejam manifestados ou mesmo quando o 
homem colabora indiretamente para a sua ocorrência. Eles podem ser divididos 
em: 
3.4.1 Fatos Naturais Ordinários 
Quando são esperados, como por exemplo, a morte, o nascimento, etc.; 
 
16 
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3.4.2 Fatos Naturais Extraordinários 
São aqueles que são imprevisíveis, como terremotos, enchentes, raios, etc., 
que serão considerados apenas se gerarem consequências jurídicas. Ex.: Avião é 
atingido por um raio e todos os passageiros morrem. 
3.5 Ato jurídico em sentido estrito 
Podem ser chamados de atos meramente lícitos e são cometidos pelo 
homem sem o interessede influenciar na esfera jurídica, pois estão em 
conformidade com a lei. Ex.: teste de DNA para reconhecer a paternidade. 
 
 
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4. Função jurisdicional 
4.1 Noções de Jurisdição 
 Inicialmente, vale frisarmos que a Jurisdição surgiu da necessidade de o 
Estado tomar para si o poder/dever de solucionar os conflitos oriundos do meio 
social. É a partir de então que se tem a noção de Função Jurisdicional, a qual 
representa uma das funções essenciais do Estado, que tem por dever solucionar a 
chamada LIDE, isto é, o conflito de interesse qualificado por uma pretensão 
resistida, através da aplicação das leis aos casos concretos. 
 Isso significa dizer que, após o Estado chamar para si a responsabilidade de 
estabelecer a pacificação social, é vedada, em regra, a denominada autotutela, isto 
é, quando a própria parte, utilizando-se de suas próprias forças, soluciona os 
conflitos que se vê envolvida. Todavia, a essa regra cabe exceções, previstas, 
saliente-se, no próprio ordenamento jurídico pátrio, é o caso da Legítima Defesa 
(art. 188, I, do CC), do desforço imediato no esbulho (art. 1.210, §1º do CC) dentre 
outras. 
 Mas, afinal, o que é Jurisdição? 
4.1.1 Conceito 
 Inicialmente, cumpre destacar que o conceito neutralizante e arcaico de que 
a Jurisdição é apenas o poder de o Estado “dizer o direto” diante do caso concreto, 
segundo a doutrina, não está de acordo com a nova sistemática da ciência 
processual, principalmente, após a vigência do Novo Código de Processo Civil (Lei 
13.105/2015). 
Ao tratar do tema, Cassio Scarpinella Bueno, em seu Manual de Direito 
Processual Civil, sublinha “ser incorreto associar a função jurisdicional com o papel 
 
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de o Poder Judiciário ‘dizer o direito’, como se o magistrado se limitasse, sempre e 
invariavelmente, a revelar o direito preexistente ao caso concreto”, isso significa 
dizer que não se deve tratar o juiz como verdadeiro “boca da lei”, mas sim, deve o 
Estado-juiz realizar concretamente o direito, como se depreende da redação do 
Art. 4º, do CPC/2015. 
Para Marcus Vinícius R. Gonçalves, é possível conceituar a Jurisdição como 
a “Função do Estado, pela qual ele, no intuito de solucionar os conflitos de 
interesse em caráter coativo, aplica a lei geral e abstrata aos casos concretos 
que lhe são submetidos”. 
Por outra faceta e no intuito de adequar o conceito de Jurisdição às diversas 
transformações pelas quais o Estado passou, Fredie Didier, em seu Curso de Direito 
Processual Civil I, considera que: 
A jurisdição é a função atribuída a terceiro imparcial (a) de realizar o Direito 
de modo imperativo (b) e criativo (reconstrutivo) (c) 
reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas (d) 
concretamente deduzidas (e), em decisão insuscetível de controle externo 
(f) e com aptidão para tornar-se indiscutível (g). 
 Nesse particular, há de se frisar a ideia de que tal conceito reflete os vários 
fatores responsáveis pelo atual modelo de Estado, tais como: a força normativa da 
Constituição, propulsora do denominado Neoprocessualismo/Formalismo 
Valorativo que, por seu turno, visa adequar o processo civil aos preceitos 
constitucionais fundamentais; a valorização, por parte do Legislador, da técnica das 
cláusulas gerais processuais, a qual abre espaço para o papel criativo do juiz frente 
ao caso concreto; a criação de agências reguladoras, dotadas de função executiva, 
legislativa e judicante, dentre outros. 
 
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 Por fim, saliente-se que a Jurisdição se distingue das demais funções 
essenciais ao Estado (Legislativa e Administrativa) devido a certas características, as 
quais passaremos a analisar adiante. 
4.1.2 Características 
 No intuito de particularizar a Jurisdição, a doutrina elenca as principais 
características do ato jurisdicional que, unidas, distinguem-no dos outros atos 
estatais, bem como dos atos praticados por particulares, vejamos: 
 Substitutividade: compreende a noção de que a vontade do Estado-juiz, 
o Poder Judiciário, substitui a vontade das partes na resolução dos 
litígios, motivo pelo qual, aquele deve, no exercício de sua função 
jurisdicional, ser imparcial, garantindo-se, dessa forma, a pacificação do 
conflito que as envolve. Como afirma Fredie Didier é a chamada técnica 
de solução de conflitos por heterocomposição. 
 Imperatividade: a decisão do Estado-juiz tem caráter coativo, isto é, é 
imposta aos litigantes, de modo que estes devem cumpri-la, a fim de se 
ver satisfeita a decisão proferida. 
 Definitividade: é a determinação de que as decisões judiciais, quando 
preenchidos certos requisitos, adquirem o caráter de imutabilidade, não 
podendo ser mais discutidas, uma vez que se está diante da chamada 
coisa julgada. 
 
ATENÇÃO! 
É incorreto afirmar que só haverá jurisdição se houver coisa julgada, pois o 
legislador ordinário pode, por exemplo, em certas hipóteses, não submeter certas 
decisões à coisa julgada, tendo em mente que esta representa uma opção política 
do Estado. 
 
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 Inafastabilidade: característica intimamente ligada ao acesso à justiça, 
visto que o controle jurisdicional não pode ser evitado ou sofrer 
mitigações, conforme preceito disposto no art. 5º, XXXV, da Constituição 
Federal de 1988 “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito” e reproduzido no Art. 3º, caput, do CPC/2015 
“Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito”. 
 Indelegabilidade: o exercício da função jurisdicional somente pode ser 
exercido pelo Poder Judiciário, não podendo ser delegado, sob pena de 
violação ao princípio do juiz natural (o qual será estudado mais à frente). 
 Inércia: pode-se afirmar que é uma característica garantidora da 
imparcialidade do julgador, posto que os envolvidos no conflito têm a 
incumbência de provocar a função jurisdicional do Estado, a fim de ver 
solucionado o conflito no qual estão envolvidos. Conforme lição de 
Marcus Vinícius R. Gonçalves “A função jurisdicional não se movimenta 
de ofício, mas apenas por provocação dos interessados”. Ressalte-se, por 
fim, que, uma vez iniciado o processo, o Estado se torna o maior 
interessado em ver o litígio solucionado, visto que ele é o responsável 
pela manutenção da paz social, dessa forma, deve conduzir a marcha 
processual de maneira justa e efetiva, através do denominado Impulso 
Oficial. 
 Investidura: é a determinação de que somente exerce a jurisdição aquele 
ocupante de cargo de juiz, regularmente investido nessa função. 
4.1.3 Classificação 
Preliminarmente, insta dizer que a Jurisdição é UNA e abrange todo e 
qualquer litígio referente ao direito, todavia, por razões didáticas, ela apresenta 
algumas classificações, vejamos: 
 
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 Jurisdição Contenciosa: é aquela em que há uma lide, isto é, um conflito 
de interesse qualificado por uma pretensão resistida, a qual deve ser 
solucionada pelo Poder Judiciário. Destarte, uma das partes busca obter 
uma determinação judicial no intuito de obrigar a parte contrária. Além 
disso, tendo em vista que a sentença decide uma situação conflituosa, 
ela sempre favorece uma das partes. 
 Jurisdição Voluntária: é aquela em que NÃO há uma lide ou, em caso 
de existência de uma situação conflituosa, esta não é objeto imediato da 
apreciação judicial. Assim, a parte busca uma determinação judicial que 
valha para ela mesma. Ademais, é possível que a sentença favoreça 
ambas as partes. Por fim, é mister acentuar a lição da doutrina no sentido 
de que “A jurisdição voluntária não serve para que o juiz diga quem tem 
razão, mas para que tome determinadas providências que são 
necessáriaspara a proteção de um ou ambos os sujeitos da relação 
processual”. 
 Jurisdição Penal: está ligada a toda causa penal e a pretensões 
punitivas submetidas ao Estado. 
 Jurisdição Civil: está ligada a toda jurisdição não penal. Como ensina 
Humberto Theodoro Júnior “Aquilo que não couber na jurisdição penal 
e nas jurisdições especiais será alcançado pela jurisdição civil, pouco 
importando que a lide verse sobre direito material público 
(constitucional, administrativo etc.) ou privado (civil ou comercial)”. 
 Jurisdição Especial: abarca a solução de litígios trabalhistas, militares e 
eleitorais. 
 Jurisdição Comum: representa a chamada competência supletiva, pois 
é competente para solucionar todo e qualquer conflito que não for de 
competência especial. 
 Jurisdição Superior: é aquela competente para reexaminar as decisões 
proferidas por órgãos jurisdicionais de hierarquia inferior. 
 
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 Jurisdição Inferior: é aquela em que as decisões proferidas estão 
submetidas à análise por outro órgão jurisdicional de hierarquia 
superior. 
4.1.4 Princípios 
 A função jurisdicional deve ser exercida através do respeito aos seguintes 
princípios fundamentais: 
 Princípio do Juiz Natural: determina que a função jurisdicional deve ser 
exercida apenas pelo órgão a que a Constituição reservou o parcela do 
poder jurisdicional. Nesse ponto, insta salientar a regra da VEDAÇÃO ao 
denominado Tribunal de Exceção, isto é, a criação de juízes ou tribunais 
para o julgamento de certas causas. 
 Princípio da improrrogabilidade: determina que os limites da jurisdição 
estão previstos na constituição Federal, razão pela qual, não se permite 
ao legislador ordinário reduzi-los ou ampliá-los. 
 Princípio da Indeclinabilidade: determina que o Órgão Jurisdicional tem 
o dever de, uma vez provocado, prestar a tutela jurisdicional. É a famosa 
vedação ao Non Liquet, prevista no caput do art. 140, do CPC/2015. 
 Princípio da Aderência Territorial: determina que todo juiz ou órgão 
judicial está adstrito a certa circunscrição territorial, na qual deve exercer 
a sua parcela do poder jurisdicional, conforme estabelecido na 
Constituição ou nas leis de organização judiciária. 
 
 
 
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5. Cooperação internacional e nacional 
5.1 Cooperação internacional 
 A necessidade de cooperação internacional decorre do fenômeno da 
globalização dos interesses econômicos, assim como do alargamento das 
comunicações sociais, devido ao avanço tecnológico, razão pela qual, o Estado 
precisa da cooperação do outro para melhor aplicação da justiça e satisfação de 
suas decisões. 
 A Lei 13.105/2015 (NCPC) elenca as normas gerais a respeito do tema. Nesse 
sentido, o art. 26 estabelece que o tratado de que o Brasil for parte regerá a 
cooperação internacional, além de trazer os requisitos genéricos para tal 
cooperação, vejamos: 
 Mas, a pergunta que se faz é: como se dará essa cooperação internacional? 
 Três são as maneiras fundamentais para o exercício dessa cooperação: por 
auxílio direto, por carta rogatória ou pela homologação de sentença 
estrangeira. 
 Auxílio direto: cabe quando a medida não decorrer diretamente de 
decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo 
de delibação no Brasil (art. 28, do CPC/2015); 
 Carta rogatória: é procedimento de jurisdição contenciosa, perante o 
Superior Tribunal de Justiça, e deve assegurar às partes as garantias do 
devido processo legal (art. 36, do CPC/2015). 
 Homologação de sentença estrangeira: requerida por ação de 
homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em 
sentido contrário prevista em tratado (art. 960, do CPC/2015). 
 
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QUESTÕES 
 
Questão 1 
OAB – XXIII EOU | 2017: A multinacional estrangeira Computer Inc., com sede nos 
Estados Unidos, celebra contrato de prestação de serviços de informática com a 
sociedade empresarial Telecomunicações S/A, constituída de acordo com as leis 
brasileiras e com sede no Estado de Goiás. 
Os serviços a serem prestados envolvem a instalação e a manutenção dos 
servidores localizados na sede da sociedade empresarial Telecomunicações S/A. 
Ainda consta, no contrato celebrado entre as referidas pessoas jurídicas que 
eventuais litígios serão dirimidos, com exclusividade, perante a Corte Arbitral Alfa, 
situada no Brasil. 
Após discordâncias sobre o cumprimento de uma das cláusulas referentes à 
realização dos serviços, a multinacional Computer Inc. ingressa com demanda no 
foro arbitral contratualmente avençado. 
Com base no caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
A) A cláusula compromissória prevista no contrato é nula de pleno direito, uma vez 
que o princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto constitucionalmente, 
impede que ações que envolvam obrigações a serem cumpridas no Brasil sejam 
dirimidas por órgão que não integre o Poder Judiciário nacional. 
B) Caso a empresa Telecomunicações S/A ingresse com demanda perante a Vara 
Cível situada no Estado de Goiás, o juiz deverá resolver o mérito, ainda que a 
 
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sociedade Computer Inc. alegue, em contestação, a existência de convenção de 
arbitragem prevista no instrumento contratual. 
C) Visando efetivar tutela provisória deferida em favor da multinacional Computer 
Inc., poderá ser expedida carta arbitral pela Corte Arbitral Alfa para que órgão do 
Poder Judiciário, com competência perante o Estado de Goiás, pratique atos de 
cooperação que importem na constrição provisória de bens na sede da sociedade 
empresarial Telecomunicações S/A, a fim de garantir a efetividade do provimento 
final. 
D) A sentença arbitral proferida pela Corte Arbitral Alfa configura título executivo 
extrajudicial, cuja execução poderá ser proposta no foro do lugar onde deva ser 
cumprida a obrigação. 
Questão 2 
OAB –XXVII EOU | 2018: Diego e Thaís, maiores e capazes, ambos sem filhos, são 
formalmente casados pelo regime legal da comunhão parcial de bens. Ocorre que, 
devido a problemas conjugais e divergências quanto à divisão do patrimônio 
comum do casal, o matrimônio teve fim de forma conturbada, o que motivou Thaís 
a ajuizar ação de divórcio litigioso cumulada com partilha de bens em face do ex-
cônjuge. 
Na petição inicial, a autora informa que tem interesse na realização de audiência 
de conciliação ou de mediação. Diego, regularmente citado, busca orientação 
jurídica sobre os possíveis desdobramentos da demanda ajuizada por sua ex-
cônjuge. 
Na qualidade de advogado(a) de Diego, assinale a opção que apresenta os 
esclarecimentos corretos que foram prestados. 
 
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A) Diego, ainda que de forma injustificada, possui a faculdade de deixar de 
comparecer à audiência regularmente designada para fins de solução consensual 
do conflito, não sofrendo qualquer sanção processual em virtude da ausência. 
B) Descabe, no processo contencioso de divórcio ajuizado por Thaís, a solução 
consensual da controvérsia, uma vez que o direito em questão possui feição 
extrapatrimonial e, portanto, indisponível. 
C) Ante a existência de vínculo prévio entre as partes, a audiência a ser realizada 
para fins de autocomposição entre Diego e Thaís deverá ser conduzida por um 
conciliador, que poderá sugerir soluções para o litígio, vedada a utilização de 
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação. 
D) A partir de requerimento que venha a ser formulado por Diego e Thaís, o juiz 
pode determinar a suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem à 
mediação extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
 
Gabarito comentado - Questão1 
Resposta correta: alternativa “C”. 
Alternativa A: INCORRETA 
A cláusula compromissória, que determina que os litígios surgidos na relação 
jurídica contratual devem ser resolvidos no juízo arbitral, não é nula, haja vista 
ser ela admitida pela lei brasileira: "Art. 3º, §1º, CPC/15. É permitida a 
arbitragem, na forma da lei". A arbitragem consiste em um método alternativo 
de solução de conflitos jurídicos, pelo qual um terceiro, denominado de 
árbitro, estranho aos interesses das partes, tenta, inicialmente, conciliar as 
partes e, não sendo possível chegar a um acordo, passa a decidir a 
controvérsia relativa a direitos patrimoniais disponíveis com base no direito 
ou na equidade (art. 1º, art. 2º e art. 21, §4º, Lei nº 9.307/96). 
Alternativa B: INCORRETA 
É certo que a existência de convenção de arbitragem deve ser alegada pelo 
réu, em sua contestação, em sede preliminar (art. 337, X, CPC/15). Sendo esta 
alegada, o juiz não deve proceder à apreciação do mérito da demanda, mas 
deve, outrossim, extinguir o processo sem resolução de mérito (art. 485, VII, 
CPC/15). 
Alternativa C: CORRETA. 
 
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A afirmativa está de acordo com o que dispõe o art. 237, IV, do CPC/15, 
senão vejamos: "Será expedida carta: (...) IV - arbitral, para que órgão do 
Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua 
competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária 
formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela 
provisória". 
Alternativa D: INCORRETA. 
A sentença arbitral constitui um título executivo judicial e não extrajudicial 
(art. 515, VII, CPC/15). 
Gabarito comentado - Questão 2 
Resposta correta: alternativa “D”. 
Alternativa A: INCORRETA 
O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de 
conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será 
SANCIONADO com multa (...) vide art. 334, § 8º, CPC; 
Alternativa B: INCORRETA 
Porque a ação de divórcio litigioso é caracterizada como "ação de família", 
portanto, aplicáveis as normas prevista no art. 694 (solução consensual da 
controvérsia), nos termos do art. 693, CPC. Ademais, não confunda direito 
indisponível com direito que não admite autocomposição, pois, há direitos 
indisponíveis que admitem autocomposição, por exemplo, os alimentos. 
Assim, no divórcio as partes podem promover autocomposição conforme as 
cláusulas previstas no art. 731 do CPC. 
Alternativa C: INCORRETA. 
 
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Quando houver VÍNCULO ANTERIOR entre as partes, quem atuará será o 
MEDIADOR (preferencialmente). Quando NÃO HOUVER vínculo anterior, será 
o CONCILIADOR quem atuará (preferencialmente). Art. 165, § 2º e § 3º, CPC. 
Alternativa D: CORRETA. 
É o que dispõe, expressamente, o art. 694, parágrafo único, do CPC/15: "A 
requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo 
enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a 
atendimento multidisciplinar". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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JURISPRUDÊNCIA 
Arbitragem 
 Informativo 622 do STJ: 
Se a parte quiser arguir a nulidade da cláusula arbitral, deverá formular esse 
pedido, em primeiro lugar, ao próprio árbitro, não sendo possível que 
proponha diretamente ação judicial, em razão da aplicação do princípio 
Kompetenz-Kompetenz. 
 Informativo 637 do STJ: 
Se a parte já tem um título executivo, não precisa ir para a arbitragem mesmo 
que o contrato contenha cláusula compromissória. A existência de cláusula 
compromissória não afeta a executividade do título de crédito inadimplido e 
não impede a deflagração do procedimento falimentar, fundamentado no art. 
94, I, da Lei nº 11.101/2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO COMPILADA 
 
Neste capítulo, faz-se de extrema importância a leitura de: 
Teoria geral do processo 
 CPC: art. 3º, 9º e 10º; 
 Enunciados do FPPC: 373, 375, 376, 377; 
Política de tratamento adequado de conflitos jurídicos 
 Lei 13.140/15: art. 2º e 35; 
 Lei 9.307/90: art. 1º, 2º, 3°, 4º e 9º; 
 Súmulas: 485, STJ; 
Função jurisdicional 
 CPC: art. 17, 18, 19 e 20; 
Cooperação internacional e nacional 
 CPC: art. 26; 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil: inteiramente 
estruturado à luz do novo CPC, de acordo com a Lei n. 13.256, de 4-2-2016. 2. ed. 
rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2016. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o 
Direito. 4ª Edição. – Salvador: Ed. Podivm, 2018. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmulas do STF e STJ. 3ª Edição. – Salvador: 
Ed. Podivm, 2018. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito 
processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 18. ed. - Salvador: Ed. 
Jus Podivm, 2016. 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado/ 
Marcus Vinicius Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 
2016. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume 
único. 9. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2017. 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral 
do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – 
vol. I/Humberto Theodoro Júnior. 58. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: 
Forense, 2017. 
 
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Sumário 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL, Capítulo 2..............................................................................2 
6. Teoria e direito da ação ....................................................................................................... 2 
6.1 Conceito........................................................................................................................... 2 
6.2 Requisitos para a apreciação do mérito ........................................................... 3 
6.3 Ação Meramente Declaratória ............................................................................... 4 
6.4 Elementos da Ação ..................................................................................................... 5 
7. Pressupostos Processuais ................................................................................................ 7 
7.1 Conceito........................................................................................................................... 7 
7.2 Divisão do Pressupostos Processuais: ................................................................ 7 
7.2.1 Pressupostos de Existência: ............................................................................ 7 
7.2.2 Requisitos de Validade: .................................................................................... 7 
8. Competência ......................................................................................................................... 8 
8.1 Conceito........................................................................................................................... 8 
8.1.1 Competência Absoluta ...................................................................................... 8 
8.1.2 Competência Relativa ........................................................................................ 9 
8.2 Critérios para a fixação de competência......................................................... 10 
8.3 Principais regras de competência de foro......................................................11 
QUESTÕES ..................................................................................................................................... 15 
GABARITO COMENTADO ....................................................................................................... 16 
JURISPRUDÊNCIA .......................................................................................................................... 17 
LEGISLAÇÃO COMPILADA .......................................................................................................... 19 
 
 
2 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Capítulo 2 
Nesse capítulo, vamos abordar os seguintes temas: 6. Teoria e direito da ação. 7. 
Pressupostos processuais. 8. Competência. 
 
6. Teoria e direito da ação 
6.1 Conceito 
 É o direito público, subjetivo e abstrato pelo qual a parte provoca o Estado-
juiz (que é inerte, lembre-se) para que este exerça o seu poder/dever jurisdicional, 
dando uma resposta denominada de provimento ou tutela jurisdicional. 
 
ATENÇÃO! 
O direito de ação surge como direito a uma resposta de mérito. Mas, o 
que é MÉRITO? 
Seguindo os passos da Teoria Abstratista Eclética, que possui como grande 
defensor o jurista italiano Eurico Túlio Liebman, o mérito é sinônimo de pretensão 
inicial, isto é, aquilo que o autor pede/postula em juízo. Assim sendo, pode-se dizer 
que para essa teoria “o direito de ação, em sentido estrito, é o direito a obter uma 
resposta de mérito, isto é, uma decisão, positiva ou negativa, a respeito da 
pretensão formulada”. 
 
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Já em sentido amplo, o direito ação traduz verdadeiro acesso à justiça. A 
esse respeito, estabelece o art. 17, do CPC/2015 “Para postular em juízo é necessário 
ter interesse e legitimidade”. 
6.2 Requisitos para a apreciação do mérito 
Conforme se depreende do art. 17, do CPC/2015, acima já referido, os requisitos 
para a apreciação do mérito são: 
 Interesse de agir: para se ver configurado, há de se preencher o binômio: 
necessidade (o Judiciário é o meio necessário para a solução do conflito) 
e adequação (a ação proposta está de acordo com a necessidade posta 
em juízo). Alguns autores defendem a presença de um terceiro requisito: 
a utilidade (o meio a ser utilizado deve trazer alguma para o autor da 
ação). 
 Legitimidade ad causam: é matéria de ordem pública e determina que, 
em regra, as pessoas só podem postular em juízo em nome próprio e 
não alheios (é a chamada Legitimidade Ordinária). Salvo, quando 
expressamente autorizado por lei (vide Art. 18, do CPC). 
Todavia, quando se postula em nome próprio, direito alheio, está-se diante 
da denominada Legitimidade Extraordinária/Substituição Processual. A esse 
respeito, diz o parágrafo único do art. 18, do CPC/2015 “Havendo substituição 
processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial”. 
Ex.: recentemente, o STJ sumulou o entendimento segundo o qual “o 
Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em 
proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder 
familiar dos pais, ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco 
descritas no artigo 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer 
 
4 
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outros questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na 
comarca” (Súm. 594 do STJ), hipótese em que atuará como substituto processual, 
propondo a ação em nome próprio, porém em defesa de direito alheiro (criança 
ou adolescente). 
 
 
ATENÇÃO! 
Não se deve confundir legitimidade extraordinária com a chamada 
REPRESENTAÇÃO, pois nesta o autor está em nome próprio, defendendo direito 
próprio (é o caso do incapaz representado, em juízo, pela mãe, conforme 
disciplina o art. 71, do CPC). 
O art. 17, do CPC, portanto, demonstra que a manutenção da adoção da 
teoria eclética, acolhida no CPC anterior, uma vez que permanece a exigir o 
preenchimento de certas condições para que a resposta de mérito possa ser 
proferida. Percebemos, além disso, que foi excluída a condição da ação denominada 
de “possibilidade jurídica do pedido”, conforme pensamento desenvolvido por 
Liebman, a partir da terceira edição de seu Manual. 
6.3 Ação Meramente Declaratória 
 Está prevista no art. 19, do CPC, o qual dispõe: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
 Ademais, sobre o tema em análise, a Súmula 181/STJ informa que: 
 
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“É admissível ação declaratória, visando a obter certeza quanto à exata 
interpretação de cláusula contratual. ” 
Vale salientar, por oportuno, que é possível mesmo diante de violação de 
direito. 
6.4 Elementos da Ação 
 Três são os elementos da ação: 
 Partes: é aquele que postula em juízo (autor), bem como aquele em face 
de quem o pedido da tutela jurisdicional é dirigido (réu). 
 Causa de Pedir: é composta pelos fatos (os casos concretos de natureza 
pessoal, específica e particular) e pelos fundamentos jurídicos do 
pedido (é o direito que o autor quer que seja aplicado ao caso, é a 
norma geral e abstrata, não se confunde com o mero fundamento legal, 
isto é, a aplicação de um artigo de lei ao caso concreto), como disciplina 
o art. 319, III, do CPC. 
 
ATENÇÃO! 
Não há que se falar em litispendência ou coisa julgada diante dos casos 
em que, mesmo havendo duas ações com as mesmas partes e com os 
mesmos pedidos, apresentam fundamentos em fatos distintos. 
 A respeito da causa de pedir, há uma celeuma doutrinária referente à 
nomenclatura, de modo que Nelson Nery Junior defende que os fatos são a causa 
de pedir próxima e os fundamentos jurídicos de causa de pedir remota; ao passo 
que Vicente Greco Filho defende justamente o contrário, sendo os fatos a causa de 
pedir remota e os fundamentos jurídicos a causa de pedir próxima. 
 Pedido (art. 322 e ss): pode ser de dividido em dois: 
 
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 Mediato: é o bem da vida que se busca alcançar. Representa, 
portanto, os requerimentos feitos na petição inicial, por exemplo. 
 Imediato: é o provimento jurisdicional que se postula em juízo. 
Nesse caso, espera-se que o juiz defira a respeito do provimento, 
seja condenando, declarando ou constituindo alguma relação 
jurídica. 
 Além disso, os arts. 322 e 324 estabelecem que o pedido deve ser certo 
(aquele em que o objeto é claramente individualizado) e determinado (aquele em 
que é líquido, ou seja, há a indicação da quantidade que se pretende receber). 
Pode, porém, requerer-se pedidos líquidos genéricos diante das hipóteses 
excepcionais previstas no §1º, do art. 324 do CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
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7. Pressupostos Processuais 
7.1 Conceito 
Constituem exigências que possibilitam o surgimento de uma relação jurídica 
válida e seu desenvolvimento imune a vício que possa nulificá-la, no todo, ou em 
parte. 
Os pressupostos processuais não se confundem com as condições da ação. 
7.2 Divisão do Pressupostos Processuais: 
7.2.1 Pressupostos de Existência: 
 Subjetivos: Capacidade de ser Parte; Existência de Órgão Investido de 
Jurisdição (investidura); 
 Objetivos: Existência de uma Demanda. 
7.2.2 Requisitos de Validade: 
 Subjetivos: Competência do órgão jurisdicional; Imparcialidade do Juízo; 
Capacidade processual; Capacidade postulatória; 
 Objetivos: 
 Intrínsecos: Respeito ao formalismo processual; 
 Extrínsecos (negativos): Litispendência; coisa julgada, perempção, 
convenção de arbitragem, transação e citação válida.8 
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8. Competência 
8.1 Conceito 
 A doutrina processual conceitua a competência como sendo a medida da 
jurisdição, ou seja, o critério de distribuição das atribuições da função 
jurisdicional entre os vários órgãos judiciários. Para que possa ficar clara a noção 
de quais os órgãos competentes para o exercício jurisdicional, abaixo está 
representada a estrutura do Poder Judiciário: 
 
 Além disso, para indicar o foro competente, classicamente, a competência é 
dividida em absoluta e relativa, como veremos a seguir. 
8.1.1 Competência Absoluta 
 Diz respeito às matérias de ordem pública, as quais NÃO podem ser 
modificadas pelas partes e podem ser reconhecidas de ofício. Vale mencionar que 
o art. 337, II, do CPC/2015 determina que ela deve ser alegada nas preliminares da 
contestação, todavia, não há impedimento de que as partes, em qualquer momento, 
a aleguem, visto que NÃO está sujeita à preclusão. 
STF
STJ
TJ
JUIZ DE 
DIREITO
TRF
JUIZ 
FEDERAL
TST
TRT
JUIZ DO 
TRABALHO
TSE
TRE
JUIZ 
ELEITORAL
STM
JUIZ 
MILITAR
CNJ
 
9 
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Como exceção à regra disposta no art. 337, II, do CPC/2015, o art. 63, §3º, 
do CPC/2015, determina que as partes podem modificar a competência em razão 
do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos 
e obrigações. 
Nesse caso, se abusiva, antes da citação, a cláusula de eleição de foro pode 
ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao 
juízo do foro de domicílio do réu. 
 
ATENÇÃO! 
O reconhecimento da incompetência absoluta acarreta a nulidade dos atos 
decisórios praticados até então, de modo que o juízo incompetente deve remeter 
os autos ao juízo competente. Nesse sentido, mesmo diante de uma sentença 
transitada em julgado, deve-se ajuizar a Ação Rescisória para ver sanado o vício 
de incompetência absoluta. 
Por último, diga-se que está ligada aos critérios material e funcional. 
8.1.2 Competência Relativa 
Diz respeito às matérias de interesse das partes, portanto, podem ser 
modificadas por estas, podendo, assim, acarretar: 
 Prorrogação: ocorre quando, não arguida a incompetência relativa no 
momento oportuno (por exemplo, quando o réu, na preliminar de 
contestação, não a alega), esta torna-se competente. 
 Derrogação pela eleição de foro: ocorre quando as próprias partes, 
voluntariamente (através de um contrato), escolhem o foro 
competente para processar e julgar as demandas oriundas do contrato 
celebrado, nos moldes do art. 63, do CPC/2015. 
 
10 
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 Continência: é tratada no art. 56, do CPC/2015, que ocorre quando 2 
(duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à 
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o 
das demais. 
 Conexão: ocorre quando há a união de duas ou mais ações em 
andamento que possuam o mesmo pedido ou causa de pedir, com o 
fito de evitar decisões conflitantes e de se garantir a economia 
processual. Vide o disposto no art. 55, do CPC/2015. 
 Ressalte-se, ainda, que não podem ser reconhecidas de ofício, nos moldes 
da Súmula 33, do Superior Tribunal de Justiça, a qual dispõe “A incompetência 
relativa não pode ser declarada de ofício”. 
Assim como ocorre na incompetência absoluta, a incompetência relativa 
também deve ser arguida em preliminar de contestação (art. 337, II, do CPC/2015), 
entretanto, está sujeita à preclusão. 
 
ATENÇÃO! 
Em nenhuma ocasião a incompetência relativa acarretará a nulidade da 
sentença, pois quando não invocada no momento oportuno, gerará o 
fenômeno da prorrogação de competência, já explicitado acima. 
Por fim, insta frisar que está ligada aos critérios do valor da causa e 
territorial. 
8.2 Critérios para a fixação de competência 
 Nesse ponto do estudo, há de se fazer menção às valiosas lições de Giuseppe 
Chiovenda, citado por Marcus Vinicius R. Gonçalves, no sentido de estabelecer os 
critérios, voltados ao legislador, para a apuração de competência: 
 
11 
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"1° Critério objetivo; 
2° Critério funcional; 
3° Critério territorial. 
Extrai-se o critério objetivo ou do valor da causa (competência por valor) 
ou da natureza da causa (competência por matéria) [...]. O critério 
funcional extrai-se da natureza especial e das exigências especiais das 
funções que se chama o magistrado a exercer num processo... O critério 
territorial relaciona-se com a circunscrição territorial designada à atividade 
de cada órgão jurisdicional." 
8.3 Principais regras de competência de foro 
 Muita atenção ao subtópico em análise, pois, dele decorre a grande maioria 
das questões relativas à competência de foro. 
Aqui, há uma enorme contribuição para a sistematização do estudo refletida 
no quadro-resumo desenvolvido por GONÇALVES, em seu Livro Direito Processual 
Civil Esquematizado, conforme se segue: 
Tipo de Ação Foro Competente Caráter da Regra 
Ações pessoais e reais 
sobre bens móveis. 
Foro do domicílio do réu 
(art. 46, CPC/15). 
Relativo. 
Ações reais imobiliárias 
(incluindo possessórias e 
adjudicações 
compulsórias). 
Foro de situação do imóvel 
(art. 47, CPC/15). 
Absoluto, exceto 
se a ação não 
versar sobre 
propriedade, 
posse, vizinhança, 
servidão, divisão e 
demarcação de 
 
12 
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terras e nunciação 
de obra nova. 
Ação de inventário, 
partilha e arrecadação, 
bem como as que 
envolvam o cumprimento 
de disposições de última 
vontade, impugnação ou 
anulação de partilha 
extrajudicial, ou em que o 
espólio for réu. 
Foro do domicílio do autor 
da herança no Brasil; se ele 
não possuía domicílio certo, 
o da situação dos bens 
imóveis; se havia bens 
imóveis em lugares diversos, 
em qualquer deles; se não 
havia imóveis, o foro do 
local de qualquer bem do 
espólio (art. 48, do CPC/15). 
Relativo. 
Ações de separação, 
divórcio, anulação de 
casamento e 
reconhecimento ou 
dissolução de união 
estável. 
Foro do domicílio do 
guardião do filho incapaz; 
do último domicílio do casal; 
ou do domicílio do réu, se 
nenhuma das partes residir 
no último domicílio do casal 
(art. 53, I, do CPC/15). 
Relativo. 
Ações de alimentos, 
ainda que cumuladas 
com investigação de 
paternidade. 
Foro do domicílio do 
alimentando (art. 53, II, do 
CPC/15) 
Relativo. 
Ação de reparação de 
danos em geral. 
Foro do lugar do ato ou 
fato, salvo quando se tratar 
Relativo. 
 
13 
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de relação de consumo, 
quando a competência será 
a do domicílio do 
consumidor (art. 53, IV, “a”, 
do CPC/15 e art. 101, I, do 
CDC) 
Ação de reparação de 
danos em acidentes de 
veículo. 
Foro do domicílio do autor 
ou do local do ato ou fato, 
a critério da vítima (art. 53, 
V, do CPC/15) 
Relativo. 
- Ações em que a União 
é parte. 
Se autora, no domicílio do 
réu; se ré, o autor poderá 
propô-la no seu domicílio 
ou no lugar do ato ou do 
fato, salvo se a ação for real 
imobiliária, quando a 
competência é sempre do 
foro de situação (art.109, §§ 
1º e 2º). O autor pode ainda 
propor no Distrito Federal. 
Relativo, salvo se 
a ação for real 
imobiliária, 
quando a 
competência do 
foro de situação 
será absoluta. 
Ações em que a Fazenda 
Pública Estadual é parte. 
A fazenda Pública Estadual 
não tem foro privilegiado. 
Assim, quando autora, as 
ações serão propostas no 
domicílio do réu, e quando 
ré, no domicílio do autor, no 
Relativo, salvo se 
a ação for real 
imobiliária. 
 
14 
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de ocorrência do ato ou 
fato, no de situação do 
imóvel ou no Capital do 
Estado, semprena vara 
privativa onde houver. Se a 
ação for real imobiliária, a 
competência é sempre do 
foro de situação do imóvel. 
Ações que guardam 
vínculo com outras 
anteriormente propostas. 
A competência será do foro 
e do juízo em que correr a 
ação anteriormente aforada. 
Absoluto, por 
tratar-se de 
competência 
funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
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QUESTÕES 
 
Questão 1 
OAB – XXVIII EOU | 2019: João Paulo faleceu em Atibaia (SP), vítima de um ataque 
cardíaco fulminante. Empresário de sucesso, domiciliado na cidade de São Paulo 
(SP), João Paulo possuía inúmeros bens, dentre os quais se incluem uma casa de 
praia em Búzios (RJ), uma fazenda em Lucas do Rio Verde (GO) e alguns veículos 
de luxo, atualmente estacionados em uma garagem em Salvador (BA). 
Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente para o inventário e 
a partilha dos bens deixados por João Paulo. 
A) Os foros de Búzios (RJ) e de Lucas do Rio Verde (GO), concorrentemente. 
B) O foro de São Paulo (SP). 
C) O foro de Salvador (BA). 
D) O foro de Atibaia (SP). 
 
 
 
 
 
 
 
16 
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GABARITO COMENTADO 
Gabarito comentado - Questão 1 
Resposta correta: alternativa “B”. 
Alternativa A: INCORRETA 
Vide comentário da alternativa B. 
Alternativa B: CORRETA 
De acordo com o Art. 1.785 do CPC, a sucessão abre-se no lugar do último 
domicílio do falecido. 
O enunciado em questão nos informa que o último domicilio do falecido foi 
em São Paulo/SP, tonando-se o foro competente para a abertura do 
inventário e da partilha. 
Art. 48. NCPC: O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o 
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de 
disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha 
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o 
óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Alternativa C: INCORRETA. 
Vide comentário da alternativa B. 
Alternativa D: INCORRETA. 
Vide comentário da alternativa B. 
 
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JURISPRUDÊNCIA 
Pressupostos processuais 
 Informativo 635 do STJ: 
Não há motivo para ser citada a sociedade empresária se todos os sócios 
fazem parte do processo como parte. 
Competência 
 Informativo 620 do STJ: 
Compete à Justiça Comum Estadual o exame e o julgamento de feito que 
discute direitos de ex-empregado aposentado ou demitido sem justa causa de 
permanecer em plano de saúde coletivo oferecido pela própria empresa 
empregadora aos trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão. 
 Informativo 627 do STJ: 
Compete à Justiça Comum Estadual o julgamento de demanda com natureza 
predominantemente civil entre ex-empregado aposentado ou demitido sem 
justa causa e operadoras de plano de saúde na modalidade autogestão 
vinculadas ao empregador. 
 Informativo 586 do STJ: 
Se o juízo reconhece a sua incompetência absoluta para conhecer da causa, 
ele deverá determinar a remessa dos autos ao juízo competente e não 
extinguir o processo sem exame do mérito. O argumento de impossibilidade 
técnica do Poder Judiciário em remeter os autos para o juízo competente, 
ante as dificuldades inerentes ao processamento eletrônico, não pode ser 
 
18 
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utilizado para prejudicar o jurisdicionado, sob pena de configurar-se indevido 
obstáculo ao acesso à tutela jurisdicional. Assim, implica indevido obstáculo 
ao acesso à tutela jurisdicional a decisão que, após o reconhecimento da 
incompetência absoluta do juízo, em vez de determinar a remessa dos autos 
ao juízo competente, extingue o feito sem exame do mérito, sob o argumento 
de impossibilidade técnica do Judiciário em remeter os autos para o órgão 
julgador competente, ante as dificuldades inerentes ao processamento 
eletrônico. 
 
 
19 
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LEGISLAÇÃO COMPILADA 
 
Neste capítulo, faz-se de extrema importância a leitura de: 
Teoria e direito da ação 
 CPC: arts. 17, 18, 19 e 20; 
 Súmulas: 181, 242 e 258, STJ; 
Competência 
 CPC: art. 21, 22, 23, 26, 43, 47, 53, 54, 57, 59 e 64; 
 Súmulas: 1, 3, 11, 33, 34, 42, 59, 66, 82, 150, 224, 235, 250, 254, 206, 236, 
324, 376, 428, 506, 553, 570 do STJ e 336, 501, 503, 508, 517, 556 do STF 
 Súmula vinculante: 27 do STF 
 
 
20 
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BIBLIOGRAFIA 
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil: inteiramente 
estruturado à luz do novo CPC, de acordo com a Lei n. 13.256, de 4-2-2016. 2. ed. 
rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2016. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o 
Direito. 4ª Edição. – Salvador: Ed. Podivm, 2018. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmulas do STF e STJ. 3ª Edição. – Salvador: 
Ed. Podivm, 2018. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito 
processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 18. ed. - Salvador: Ed. 
Jus Podivm, 2016. 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado/ 
Marcus Vinicius Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 
2016. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume 
único. 9. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2017. 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral 
do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – 
vol. I/Humberto Theodoro Júnior. 58. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: 
Forense, 2017. 
 
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Sumário 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL, Capítulo 3.............................................................................3 
9. Sujeitos do Processo ............................................................................................................. 3 
9.1 Capacidade de ser parte .......................................................................................... 3 
9.2 Capacidade de estar em juízo ............................................................................... 4 
9.3 Capacidade Postulatória ........................................................................................... 5 
9.4 Dos Procuradores ........................................................................................................ 5 
9.4.1 Direitos dos advogados art. 107 do CPC: ................................................ 6 
10. Deveres e responsabilidade por dano processual ................................................. 7 
10.1 Deveres das partes ................................................................................................. 7 
10.2 Responsabilidade das partes por dano processual .................................. 8 
10.3 Despesas processuais e honorários advocatícios ...................................... 9 
10.3.1 Despesas processuais .................................................................................... 9 
10.3.2 Dos Honorários Advocatícios .................................................................... 9 
10.4 Gratuidade de justiça........................................................................................... 10 
11. Partes ....................................................................................................................................... 11 
11.1 Litisconsórcio ........................................................................................................... 11 
11.1.1 Classificação ....................................................................................................11 
11.2 Intervenção de Terceiros .................................................................................... 13 
11.2.1 A Assistência ................................................................................................... 14 
11.2.2 A Denunciação da Lide .............................................................................. 14 
11.2.3 O Chamamento ao Processo ................................................................... 15 
11.3 Intervenção anômala ........................................................................................... 15 
11.4 Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica ........... 16 
 
 
11.5 Amicus Curiae ......................................................................................................... 17 
12. Juiz ............................................................................................................................................ 18 
12.1 Poderes, deveres e responsabilidade do juiz ............................................ 18 
12.1.1 Vedação ao Non Liquet: ............................................................................ 18 
12.1.2 Responsabilidade do Juiz .......................................................................... 19 
12.2 Impedimentos e suspeição ............................................................................... 19 
12.2.1 Suspeição do Juiz ......................................................................................... 20 
12.3 Auxiliares da justiça .............................................................................................. 20 
13. Funções Essenciais à Justiça. ......................................................................................... 23 
13.1 Ministério Público ................................................................................................. 23 
13.1.1 O Ministério Público como Parte ........................................................... 23 
13.1.2 O Ministério Público como Fiscal da Ordem Jurídica ................... 23 
13.1.3 Aspectos processuais da intervenção do ministério público .... 24 
QUESTÕES ..................................................................................................................................... 25 
GABARITO COMENTADO ....................................................................................................... 28 
JURISPRUDÊNCIA .......................................................................................................................... 33 
LEGISLAÇÃO COMPILADA ...................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
3 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Capítulo 3 
Nesse capítulo, iremos trata dos seguintes pontos, que vão de incidência 
média à alta em sua prova: 9. Sujeitos do Processo. 10. Deveres e responsabilidade 
por dano processual. 11. Partes. 12. Juiz. 13. Funções Essenciais à Justiça. 
9. Sujeitos do Processo 
 O tema em estudo está disciplinado no Livro III (da Parte Geral), Título I, do 
CPC e inicia tratando da chamada “capacidade de ser parte” e, posteriormente, 
com “a capacidade de estar em juízo”, conhecida também como “legitimação 
processual”. 
 Antes de tudo, insta salientar que a relação jurídico-processual é formada, 
pelo menos, por três sujeitos, quais sejam: autor, réu e juiz. 
 
ATENÇÃO! 
A Capacidade Processual é um pressuposto de validade do processo. 
9.1 Capacidade de ser parte 
Traduz a possibilidade de todo e qualquer indivíduo, capaz de ter direitos e 
obrigações na ordem civil, nos moldes do art. 1º do Código Civil, figurar como 
parte na via judicial, seja como autor (legitimidade ativa), seja como réu 
(legitimidade passiva). 
 
4 
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Nesse sentido, trata o art. 75, do CPC das pessoas jurídicas e dos entes 
despersonalizados, que possuem a capacidade de ser parte. Artigo este que merece 
atenciosa e exaustiva leitura. 
9.2 Capacidade de estar em juízo 
 Conforme dispõe o art. 70, do CPC “Toda pessoa que se encontre no 
exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo”, portanto, nem todo 
aquele que possui a capacidade de ser parte, possui a capacidade de estar em 
juízo. 
 
ATENÇÃO! 
O art. 72, do CPC trata do Curador Especial, ou seja, o representante legal daquelas 
pessoas maiores e incapazes devido a um processo de interdição ou do deficiente, 
nos termos do art. 84, §1º, da Lei n. 13.146/2015. 
Mas, qual a consequência jurídica da falta de nomeação de curador especial? 
Se a ausência se referir à parte ou ao interveniente, como no caso do incapaz, 
estar-se-á diante da ausência de um dos pressupostos de validade do processo, 
a capacidade processual. O que acarretará a nulidade do processo, sendo, nesse 
caso, admitida a Ação Rescisória. Já quando se refere ao réu preso ou citado 
fictamente, haverá a nulidade do processo apenas se houver prejuízo ao réu. 
 
ATENÇÃO! 
Ressalte-se a importante matéria tratada no art. 73, do CPC, o qual diz respeito à 
integração da capacidade processual das pessoas casadas, pois há uma restrição 
na referida capacidade, sendo necessário o consentimento do outro (outorga 
 
5 
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uxória – quando decorrente da mulher; ou marital – quando decorrente do 
homem) diante das demandas que versam sobre direitos reais imobiliários. 
9.3 Capacidade Postulatória 
 No sistema processual civil brasileiro, os atos processuais devem ser 
praticados por aqueles que possuem a capacidade de postulação: advogados 
(públicos e privados), defensores públicos e membros do Ministério Público. 
Sobre o tema o art. 103, do CPC determina que a parte será representada em 
juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, 
sendo lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. 
 
ATENÇÃO! 
Conforme disciplina a Lei 9.099/95, nos juizados especiais cíveis, dispensa-se 
a presença de advogado nas causas em que o valor não ultrapasse 20 (vinte) 
salários mínimos. Entretanto, na via recursal, exige-se a presença de advogado. 
9.4 Dos Procuradores 
 Em linhas preliminares, insta salientar que a parte será representada em juízo 
por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Ademais, 
o advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para 
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado 
urgente. 
 No que tange à procuração, o art. 105 do CPC/2015 prevê que em regra, a 
procuração é geral para o foro, que habilita o advogado a praticar todos os atos 
do processo. Porém, para receber citação, confessar, reconhecer a procedência do 
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, 
 
6 
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dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência 
econômica, que devem constar de cláusula específica. 
9.4.1 Direitos dos advogados art. 107 do CPC: 
 Examinar autos de qualquer processo em cartório de fórum e secretaria 
de tribunal, mesmo sem procuração, independentemente da fase de 
tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, 
salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado 
constituído terá acesso aos autos; 
 Requerer vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) 
dias; 
 Retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre 
que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos 
em lei. 
 
 
 
 
7 
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10. Deveres e responsabilidade por dano processual 
10.1 Deveres das partes 
São deveres das partes, de seus procuradores

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