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Avaliação Psicológica
Psicodiagnóstico (Universidade Guarulhos)
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Psicodiagnóstico (Universidade Guarulhos)
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 
GUIA DE ESTUDOS 
 
CONCEITUANDO A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 
 
O que é “avaliar”? 
Avaliação Não Profissional 
“A avaliação visa, através dos mais variados métodos e técnicas, descrever e 
classificar o comportamento dos outros com o objetivo de enquadrá-lo 
dentro de alguma tipologia, que permite ao sujeito tirar conclusões sobre os 
outros e, assim, saber como ele mesmo deve se comportar e agir em relação 
a esses outros.” (Pasquali, 2001, pp.13-14). 
 
✔ Este tipo de “avaliação”, que todos nós fazemos, constitui uma habilidade 
necessária para a própria sobrevivência; 
✔ É uma habilidade do ser humano de poder interpretar o comportamento dos 
outros e, assim, realizar adaptações necessárias em seu próprio 
comportamento para se inserir na comunidade e poder nela sobreviver; 
 
AVALIAÇÃO PROFISSIONAL 
• Quanto mais se moderniza a sociedade, mais variadas e mais urgentes 
se tornam as necessidades de se poder avaliar o comportamento dos 
indivíduos de forma mais precisa; 
• Faz-se necessário realizar avaliações confiáveis, pois com base nestas 
avaliações são tomadas decisões que afetam profundamente a vida das 
pessoas; 
Na Psicologia, a avaliação psicológica acrescenta a essa atividade 
universal do ser humano algo de cunho científico; 
• Por qual razão faz isso? Por estar baseada no método científico da 
observação; 
 
O que é “avaliar”? 
Avaliação Profissional 
 
Essa observação mantém certas características de cientificidade, ou seja, 
observações confiáveis e válidas, bem como, inferências obtidas a partir 
delas, seguindo os processos legítimos de teste de hipóteses e de inferências; 
 
A utilidade e a exigência deste tipo de avaliação estão fundamentadas na 
necessidade de que a atividade do ser humano deve ser responsável, isto é, 
ele deve dar conta do que faz; 
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Permite-lhe afirmar que seus atos são legítimos, benéficos e condizentes com 
o investimento dos recursos da natureza e da sociedade que ele faz uso; 
 
“Disto resulta que a avaliação psicológica profissional deve se constituir num 
processo integrado, utilizando as técnicas mais apropriadas para diagnosticar 
o problema de um caso, visando alguma intervenção” (Pasquali, 2001, p.17); 
 
A avaliação psicológica é definida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) 
como o processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e 
interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são 
resultantes da relação do indivíduo com a sociedade (CFP, 2003a). 
 
Segundo Urbina (2007), a avaliação psicológica é um processo flexível que 
tem por objetivo chegar a uma conclusão a respeito de uma ou mais questões 
psicológicas por meio da coleta, da avaliação e da análise de dados apropriados 
ao objetivo em questão. 
 
Por meio da avaliação psicológica, é possível investigar, descrever e/ou 
mensurar características e processos psicológicos, como emoção, afeto, 
cognição, inteligência, motivação, personalidade, atenção, memória, 
percepção, entre outros (CFP, 2003b). 
 
A avaliação psicológica é uma das áreas mais antigas da Psicologia (Anastasi 
& Urbina, 2000) e uma prática exclusiva do psicólogo, contribuindo para sua 
inserção nos mais diversos contextos de atuação profissional (Löhr, 2011). 
 
A avaliação psicológica diferencia-se da testagem psicológica, embora muitas 
vezes estas práticas sejam confundidas ou até compreendidas como 
sinônimos. Embora o uso de testes psicológicos seja uma importante fonte de 
coleta de informações no âmbito da avaliação psicológica, esta é um processo 
mais amplo e, sobretudo, mais complexo. 
 
Enquanto a primeira envolve a integração de informações oriundas de 
diferentes fontes (testes, entrevistas, observações, entre outras), a 
testagem psicológica pode ser considerada uma etapa da avaliação psicológica 
em que a principal fonte de informação são os testes psicológicos de 
diferentes tipos (CFP, 2013b; Primi, Nascimento, & Souza, 2004). 
 
A avaliação psicológica configura-se, assim, como um complexo processo de 
análise que exige do psicólogo um grande preparo técnico e um aprofundado 
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conhecimento teórico que extrapola o conhecimento presente nos manuais 
dos testes psicológicos. 
 
Segundo a Resolução do CFP, nº 06/2019, os resultados das avaliações devem 
considerar a influência do contexto e seus efeitos no psiquismo, devendo 
servir como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na 
modificação dos condicionantes históricos e sociais; 
 
CONCEITUANDO TESTES PSICOLÓGICOS 
 
O que é um teste psicológico? 
 
A princípio, constituiu-se uma tarefa fácil descrever um teste psicológico 
“Um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e 
descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas” (Cronbach, 
1996, p.51). 
 
Isto significa que um teste psicológico consiste em inserir o sujeito, objeto 
da avaliação, numa situação em que ele deve executar algumas tarefas, 
também previamente definidas e estabelecidas, sendo suas respostas 
(comportamentos) descritas geralmente por meio de números; 
 
Por ora, vamos considerar que um teste psicológico é um conjunto de tarefas 
predefinidas, que o indivíduo precisa executar numa situação artificializada 
ou sistematizada, na qual o seu comportamento vai ser observado, descrito e 
julgado utilizando-se números; 
 
É um instrumento que avalia (mede ou faz uma estimativa) construtos 
(também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados 
diretamente, como por exemplo, inteligência, extroversão, otimismo, 
ansiedade, entre muitos outros. 
 
Urbina (2014, p.2) produz uma definição mais precisa de teste psicológico. 
Segundo essa autora, o teste psicológico é um “... procedimento sistemático 
para coletar amostras de comportamento relevantes para o funcionamento 
cognitivo, afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar essas amostras de 
acordo com normas”. 
 
Os testes são fundamentais no processo de avaliação psicológica. São 
instrumentos objetivos que oferecem informações preciosas sobre 
indivíduos. 
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✔ Uma visão dualista do ser humano (filosofia): 
• “O ser humano é um “animal” mais uma “mente”; 
• A mente seria o objeto de estudo específico da Psicologia; 
• O objeto de estudo da Psicologia não é observável diretamente; 
 
✔ Assim, um teste psicológico seria definido como um conjunto de 
tarefas ou comportamentos que representam fisicamente o objeto de 
interesse da Psicologia; 
 
✔ Esse objeto de interesse seriam os processos da mente (processos 
mentais), denominados aqui de processos latentes ou traços latentes; 
 
Da Testagem à Avaliação Psicológica: aspectos históricos e perspectivas 
futuras 
Origem da palavra “teste”: 
o Latim “Testis” = testemunha 
o Inglês “Test” = prova 
 
“Assim, realizar um teste é realizar uma prova ou dar testemunho de algo” 
Testes psicológicos: o Seu uso é como ferramenta na tomada de decisões que 
envolvam pessoas, a partir do desempenhou do autorrelato em provas, 
questionários ou escalas que avaliem características psicológicas. 
 
AS ORIGENS 
✔ Período neolítico (12.000 a.C.) 
✔ Culturas egípcia e suméria (10.000 a.C.), até os dias atuais; 
✔ China (200 a.C.) – concursos públicos – o processo seletivo envolvia: 
 *Proficiência em música; 
 *Uso do arco; 
 *Habilidades de montaria; 
 *Exame escrito (leis, agricultura e geografia); 
 
Relativas especificamente à testagem psicológica: 
✔ Psiquiatria (Alemanha e França no início do século XX) 
o Foco: avaliação do nível de funcionamento cognitivo de pessoas com danos 
cerebrais e com outros transtornos; 
 
✔ Meados do século XIX (1850+ou-) – Weber e Fechner – Psicologia como 
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Ciência; 
✔ Grande percursor – Wilhelm Wundt – 1º Laboratório (Leipzig – Alemanha); 
 
✔ A partir do laboratório de Wundt, outros foram criados, a Psicologia se 
desenvolveu; 
• Galton 
• Wundt 
• Binet 
• Spearman 
• Terman 
• Titchener 
 
Principais pesquisadores: 
 
✔ Francis Galton – mensuração das funções psicológicas (laboratório 
antropométrico em Londres) – coleta de dados físicos e psicológicos; o 
Discriminação sensorial (barras para medir a percepção de comprimento); 
o Apito para percepção de altura do tom; 
o Criação de escalas de atitudes (escalas de pontos, questionários e 
associação livre); 
o Desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos; 
 
✔ James M. Cattell – foi influenciado por Galton; o Buscou compreender o 
funcionamento da mente por meio das medidas sensoriais; 
->Elaborou uma bateria de testes que investigava: 
✔ Acuidade sensorial; 
✔ Tempo de reação; 
✔ Julgamentos sobre a duração de intervalos curtos de tempo; 
 
✔ Alfred Binet e Theodore Simon: 
->Teceram críticas às medidas sensoriais; 
✔ Essas não tinham relação importante com as funções intelectuais; 
✔ Os instrumentos deveriam medir funções mais amplas como memória, 
imaginação, compreensão, etc. 
✔ Publicam o 1º teste para mensurar a capacidade cognitiva (Escala Binet – 
Simon) 
✔ A escala avaliava, com grau crescente de dificuldade dos itens, aspectos 
tais como: 
 *Julgamento 
 *Compreensão 
 *Raciocínio 
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✔ Objetivo: medir o nível de inteligência em crianças de escolas de Paris; 
perspectivas futuras 
Wilhelm 
Stern 
Lewis 
Terman 
Exprime numericamente e de forma 
padronizada a capacidade intelectual dos 
indivíduos avaliados 
Propôs Q.I. Aperfeiçoou 
 Q.I. 
 
Divisão da idade mental (IM) pela idade cronológica (IC), 
multiplicada por 100 
 
 
✔ Lewis Terman 
✔ Responsável pela adaptação da escala francesa para os Estados 
Unidos (Escala Stanford-Binet); 
✔ Outros instrumentos inspirados nessa escala adaptada foram 
construídos no EUA; 
✔ Avaliação cognitiva ganhou impulso devido à Primeira Guerra 
Mundial (1914-1918); 
✔ Maior demanda por instrumentos simples, rápidos e coletivos que 
pudessem captar diferenças cognitivas de recrutas; 
✔ Surgem os testes Army Alpha e Army Beta; 
✔ Usados inicialmente só pelo exército americano; 
✔ Depois liberados par uso civil 
 
 
Avaliação Psicológica no Brasil 
✔ Os testes psicológicos já circulavam no Brasil antes mesmo da 
profissionalização da Psicologia (Pereira e Neto, 2003); 
✔ Este fato mantém sua origem e história estritamente relacionadas ao 
próprio desenvolvimento da Psicologia; 
✔ Alchieri e Cruz (2003) retratam sua trajetória, particularmente ao 
testes psicológicos, destacando cinco grandes períodos que marcaram a 
ciência psicológica, a saber: 
 
● Período I - Produção médico-científica acadêmica (1836 – 1930); 
● Período II – O estabelecimento e difusão da Psicologia no ensino nas 
universidades (1930 – 1962); 
● Período III – A criação dos cursos de graduação em Psicologia (1962 
– 1970); 
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● Período IV – A implantação dos cursos de pós-graduação (1970 – 
1990); 
● Período V – Criação dos laboratórios de pesquisa em avaliação 
psicológica (1990 – até os dias atuais); 
 
Período I: 
Os primeiros estudos de Psicologia datam da metade do século XIX 
(desenvolvimento dos testes) 
• Bahia e Rio de Janeiro – a ciência psicológica como um novo campo de 
estudos nas faculdades de medicina; 
• Surgimento dos centros de pesquisa psicobiologica junto aos laboratórios 
relacionadas à área da saúde; 
 
Período II: 
Ensino restrito, inicialmente, as escolas normais. 
• Com a criação das universidades, a área iniciou um movimento mais 
organizado com relação à própria profissão; 
• Emerge as primeiras investigações da pesquisa psicológica 
• Áreas: psicológica social, relações humanas, educação e problemas de 
aprendizagem, psicologia normal e patológica; 
• Entre os anos de 30 e 60, aceleração da construção de testes psicológicos 
sem a preocupação com parâmetros psicométricos; 
 
Período II: 
• Criação do Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) – 1947 – 
Rio de Janeiro; 
• Este instituto recebe auxílio governamental para o desenvolvimento de 
técnicas e treinamento em seleção ode pessoal baseados na ciência; 
• Os testes ocupavam posição de destaque, sendo a principal se não, única, 
fonte de informação para a constituição da avaliação; 
• Prática afinada com o resto do mundo, a partir da ideia de que os testes 
seriam capazes de fazê-la com imparcialidade; 
 
Período III: Caracteriza-se pela regulamentação dos cursos de graduação 
em Psicologia. 
• Expansão do ensino de Psicologia, regulamentação da profissão – Lei 4.119 
– 1962; 
• Artigo 13 – parágrafo primeiro – deixa explicita a importância da Avaliação 
Psicológica para a profissão – inclusão como de uso privativo – métodos e 
técnicas psicológicas para fins de diagnóstico, seleção e orientação 
profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de 
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ajustamento; 
• Rápido crescimento dos cursos de Psicologia e necessidade de professores 
atuou negativamente na formação de novos psicólogos, especialmente na 
área de avaliação psicológica; 
• Desinteresse pela aprendizagem de medidas psicológicas; 
• Descredito em relação ao uso dos instrumentos psicométricos; 
• Declínio da área de avaliação com o advento do humanismo e da dialética 
• Movimento cultural de reação à quantificação, ao positivismo.. 
• O insucesso devido ao emprego de testes como única fonte de informação 
e adoção do modelo médico baseado em exames; 
• Profissionais contrários (humanistas e socio-históricos), atribuíam a 
utilização de testes a culpa pela exclusão/rotulação de crianças no contexto 
escolar; 
• Segundo esses profissionais, os testestinham uma visão tecnicista do 
homem e da sociedade, conferindo cientificidade e justificativa aos 
processos de marginalização e exclusão social; 
• A Psicologia deveria abandonar os testes em favor de processos 
avaliativos mais abertos, com o uso da observação e da entrevista que, na 
opinião deste grupo, seriam capazes de captar a verdadeira causa das 
desadaptações sociais; 
• Aspecto negativo desta visão, segundo o grupo dos testes psicológicos, 
seria a condução da Psicologia a um período ultrapassado de avaliações 
puramente subjetivas; 
Consequência: 
• A crítica aos testes trouxe estigmatização da área de Avaliação 
Psicológica; 
• Durante muitos anos a área foi marcada pela estagnação a construção, 
adaptação e padronização de instrumentos psicológicos até 1980; 
• Entretanto, contribuiu para a mudança da visão de que os testes eram a 
Avaliação Psicológica, para a de que consistiam em uma etapa desta, ao lado 
de outras técnicas (entrevistas, observações); 
• A compreensão da qualidade psicométrica dos testes e do seu papel no 
processo global de Avaliação Psicológica tem sido apontado como um 
problema da formação do psicólogo; 
 
Período IV: 
•Com a implantação dos cursos de pós-graduação em Psicologia houve a 
possibilidade de se aumentar a qualificação profissional; 
• Entretanto, para os testes psicológicos foi desastroso, devido a entrega 
da distribuição e comercialização destes ao mercado editorial brasileiro; 
• Pouco cuidado com a qualidade do material publicado; 
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• Falta de fiscalização e da utilização de testes importados somente 
traduzidos para o português; 
 
Período V: 
Marcado pela preocupação dos Conselhos Regionais e Federal de Psicologia e 
de alguns pesquisadores, da situação depreciativa em que se encontravam os 
testes no Brasil; 
• Inúmeros processos judiciais contrários aos resultados das avaliações 
psicológicas realizadas por profissionais despreparados; 
• Entre 1990 e 2000 inauguram-se diversos laboratórios voltados ao ensino, 
pesquisa e desenvolvimento de instrumentos de avaliação psicológica; 
• Organização, em paralelo, de associações científicas que passaram a 
influenciar os movimentos políticos da Psicologia; 
• Associação Brasileira de Rorschach e outros métodos projetivos (AsBRO); 
• Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) 
• Objetivo destas associações: 
• Promover o desenvolvimento da área e colaborar com importantes decisões 
que envolvam a Psicologia no Brasil, além de organizar congressos; 
• CFP publica em 2001 a Resolução 25/2001, que define o teste psicológico 
como ferramenta de uso privativo do psicólogo e regulamenta sua 
elaboração, comercialização e uso; 
• Implanta-se o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI); 
• Elaboração de critérios de avaliação da qualidade dos testes psicológicos; 
• Avaliação dos instrumentos em uso – de 91 testes (2002), 56 foram 
considerados desfavoráveis; 
• CFP revoga a resolução 25/2001 e a substitui pela 002/2003 que 
estabelece critérios mínimos para os testes serem considerados em 
condições de uso; 
• Essa medida teve um grande impacto para reverter o cenário de 
descredito em que se encontrava a área de Avaliação Psicológica; 
• O SATEPSI trata apenas de um lado do problema, não atuando sobre o 
despreparo profissional, sendo necessário maior orientação e fiscalização; 
• Para isso, o CFP determina o uso de técnicas reconhecidas 
cientificamente; 
 
Período V – Cenário atual: 
• Apesar das críticas e dificuldades, a área dos testes psicológicos está 
sendo abordada de maneira científica, retomando seu devido valor nos mais 
diversos campos; 
• O uso de testes psicológicos fornece contribuições tanto no campo teórico 
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(pesquisas básicas e aplicadas), quanto no prático por se constituírem em 
ferramentas importantes para a realização de avaliações psicológicas 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO; 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. 
 
1. Questionário 
2. Testes 
3. Inventários 
4. Escalas 
5. Baterias 
6. Observação Naturalista 
7. Entrevistas 
 
Instrumentos de avaliação psicológica 
 
• Toda avaliação psicológica visa a produção de informação que seja útil 
para tomar decisões. 
• As decisões agrupam-se de acordo com a área de atuação do psicólogo 
(clínica, escolar, organizacional, forense, etc...). 
 
1. QUESTIONÁRIO - De acordo com Ribeiro (2010) os instrumentos 
ou técnicas de avaliação psicológica, recorrem a uma grande variedade de 
termos a saber: 
 
Questionários 
● O termo questionário significa um conjunto de questões ordenadas 
sobre um assunto. (RIBEIRO, 
2010). 
● Todos os procedimentos de avaliação psicológica são basicamente 
constituídos por questões. 
● Esse conjunto de questões pode então designar-se por teste, 
inventário, escala, etc ... mas se todos os testes, inventários, 
escalas, são questionários, nem todos os questionários são testes, 
inventários ou escalas. 
● Para tanto, devem de possuir um conjunto de propriedades 
métricas e éticas. 
● Os pesquisadores usam questionários para avaliar os participantes 
de um experimento e também para analisar os resultados dos 
experimentos. 
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● Os questionários têm a vantagem de que as respostas podem 
facilmente ser traduzidas em dados estatísticos. 
● A desvantagem como instrumento de pesquisa é que no caso de 
assuntos delicados (ex. drogas), os participantes podem não 
querer arriscar uma resposta sincera por receio de que a pesquisa 
não permaneça confidencial. 
 
2. TESTES - Anastasi (1990), citado por Ribeiro (2010, p. 66) define 
teste psicológico como uma medida objetiva e padronizada de uma 
amostra de comportamento. Três características identificam um teste 
psicológico, a saber: 
 
1ª CARACTERÍSTICA. - “um teste psicológico é uma amostra de 
comportamento, mas nunca é uma avaliação exaustiva de todos os 
comportamentos possíveis que poderiam ser utilizados na medição ou 
avaliação de determinado atributo”. 
 
2ª CARACTERÍSTICA. - “a amostra de comportamento é recolhida 
segundo condições padronizadas, isto é, as respostas só são válidas se 
forem recolhidas segundo as condições descritas no protocolo do teste”. 
“Um teste tem normas de comparação, ou seja, a realização do indivíduo é 
comparada com a realização de uma amostra de outros que são considerados 
como referência e da qual este se afasta ou aproxima, afastamento 
que, se acima de determinado valor pode definir deficiência do 
comportamento avaliado”. 
 
3ª CARACTERÍSTICA. - “há regras claras para avaliar as respostas, ou 
para produzir informação quantitativa da amostra de comportamento. Isto 
quer dizer que se as respostas fossem avaliadas por outro profissional da 
psicologia, chegaria a resultados muito parecidos. 
 
 
3. INVENTÁRIOS - termo que designa a maioria das técnicas de avaliação 
da personalidade e de interesses 
profissionais. Na avaliação da personalidade, ou de interesses profissionais, 
não há respostas certas. Todas as respostas, são em princípio, corretas. 
● Uma classificação quanto ao tipo de resposta diria que são provas de 
resposta habitual, ao contrário 
dos testes de inteligência e de capacidade geral, que são provas de 
realização máxima e exigem que a pessoa faça o seu melhor ou o 
mais rápido que é capaz. (RIBEIRO, 2010, p. 67) 
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● Ao sujeito, é solicitado que descreva os seus sentimentos, 
pensamentos, atitudes, interesses, sintomas, bem-estar, ou seja, que 
descreva sensações ou sentimentosque só ele conhece. 
● Os Inventários são, geralmente de papel e lápis (termo que hoje se 
pode generalizar ao uso de computadores), de auto preenchimento, ou 
seja, o sujeito pode responder sem as instruções constantes do 
psicólogo 
 
4. ESCALAS 
 
Conceito Geral de Escala 
Uma escala indica a relação existente entre a distância que separa dois 
pontos num mapa e a correspondente distância na realidade. ... Além das 
escalas numéricas, existem ainda as escalas gráficas que permitem medir 
diretamente as distâncias no mapa e convertê-las nas distâncias reais. 
• Escala pode ser compreendida como uma coleção de itens, cujas respostas 
são classificadas e combinadas para produzir uma nota da ESCALA. 
• Quando um grupo grande questões ou itens são criados para avaliar a 
mesma dimensão, o mesmo traço, o 
mesmo fator, que é suposto terem uma correlação elevada entre si, e que 
podem ser somadas para fornecer 
uma nota dessa dimensão, traço ou fator. 
Exemplo: ESCALA WECHSLER DE INTELIGÊNCIA PARA 
CRIANÇAS (WISC) 
ESCALA DE INTELIGÊNCIA WECHSLER PARA ADULTOS (WAIS) 
 
5.BATERIAS - Bateria de testes é a expressão utilizada para designar 
um conjunto de testes ou de técnicas, que podem variar entre dois e cinco 
ou mais instrumentos; inclusos no processo psicodiagnóstico (avaliação 
psicológica) para fornecer subsídios que permitam confirmar ou infirmar as 
hipóteses iniciais, atendendo o objetivo da avaliação.(CUNHA, 2007, p. 109) 
• A bateria de testes é utilizada por duas razões principais: 
Primeira - Considera-se que nenhum teste, isoladamente, pode proporcionar 
uma avaliação abrangente da pessoa como um todo. 
Segunda - O emprego de uma série de testes envolve a tentativa de uma 
validação intertestes dos dados 
obtidos, a partir de cada instrumento em particular, diminuindo, dessa 
maneira, a margem de erro e fornecendo melhor fundamento para se chegar 
a inferências clínicas (Exner, 1980 citado por CUNHA, 
2007, p. 109). 
 
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6. 0BSERVAÇÃO NATURALISTA - Trata-se de técnicas de observação 
direta de comportamento espontâneo em contexto natural. Recorre a 
inúmeras técnicas como o método do diário ou métodos mais breves como a 
amostra temporal. É possível observar a totalidade do comportamento ou um 
aspecto específico como a linguagem, a motricidade ou a relação 
interpessoal. 
É um método de observação rigoroso, mas diferente dos TESTES em razão 
de: 
– não se controla a situação estímulo; 
– geralmente abrange uma amostra de comportamento mais ampla. 
(RIBEIRO, 2010, p. 68) 
● O psicólogo escolar, da saúde, organizacional, etc.; pode ser 
requisitado para auxiliar a modificação de comportamentos e, para 
isso, necessita de técnicas de observação direta e registro de 
comportamentos. 
● Tanto para que ele próprio observe e registre o comportamento que 
pretende modificar, como para 
treinar o seu cliente, auxiliares ou pessoas ligadas a seu cliente, para 
que elas próprias observem e 
registrem o comportamento que deve ser alterado. 
● Vale ressaltar que a técnica de observação comportamental exige 
previamente ‘descrição, definição e registro do comportamento a ser 
observado’. 
 
7. ENTREVISTA - Método de recolher informações através de conversa 
ou de questões colocadas diretamente. Kaplan e Saccuzzo (1993), citados 
por Riberio (2010, p. 68), informam que em muitos aspectos, a entrevista é 
como um teste: um método de recolher dados; pode ser utilizada para fazer 
previsões; 
porque pode ser avaliada em termos de fidelidade e validade; pode ser feita 
em grupo ou individual; 
Por ser estruturada, semiestruturada ou aberta. 
● Nas entrevistas estruturadas, cada entrevistado responde a uma 
série de perguntas preestabelecidas 
dentro de um conjunto limitado de categorias de respostas. 
● As respostas são registadas de acordo com um esquema de 
codificação também preestabelecido. O entrevistador controla o 
ritmo da entrevista utilizando o guião como um script teatral que 
deve ser seguido de forma padronizada e sem desvios. 
● Em geral, as entrevistas estruturadas utilizam-se em desenhos de 
investigação onde se pretende 
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obter informação quantificável de um número elevado de 
entrevistados, com o objetivo de estabelecer frequências que 
permitam um tratamento estatístico posterior. 
● Assim, é indispensável garantir que o contexto da entrevista e o teor 
das questões se mantenham 
inalterados em relação a todos os entrevistados. 
● Nas entrevistas não estruturadas, a interação verbal entre 
entrevistador e entrevistado desenvolve-se à volta de temas ou 
grandes questões organizadoras do discurso, sem perguntas 
especificas e respostas codificadas. 
● Pode-se pretender que a informação a recolher tenha um carácter 
extensivo, abrangendo um amplo leque de temas, num registo 
exploratório, ou, pelo contrário, desenvolver-se em profundidade, 
explorando de modo exaustivo uma questão ou problema especifico. 
● Por outro lado, a entrevista não estruturada pode desenvolver-se 
numa lógica descritiva em que se 
pretende recolher informação sobre os factos, ou pode ser orientada 
num sentido interpretativo, em 
que se recolhem opiniões e representações do entrevistado. 
 
 
Regras: 
● Estabelecer e garantir uma boa relação de confiança, empatia e 
segurança com o entrevistado. 
● Explicar claramente o objetivo da entrevista 
● Explicar as regras do anonimato e da confidencialidade em relação 
à identidade, grupo 
ou organização e à informação recolhida. 
 
“As entrevistas semiestruturadas combinam perguntas abertas e 
fechadas, dando certa liberdade para o entrevistado discorrer 
sobre o tema “. 
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