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RESUMO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO - PROVA 2

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RESUMO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – PROVA 2.
1. COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL: acontece dentro do processo internacional (tanto em matéria cível como penal). É o intercâmbio internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas processuais provenientes do Judiciário de um Estado estrangeiro.
· Normalmente se dá via tratado (bilateral, regional ou universal). A cooperação jurídica internacional é exercida pelos Estados com base em acordos bilaterais, regionais e multilaterais e, para alguns países, com base na promessa de reciprocidade.
· Desafio: Extraterritorialidade x Soberania. 
· Legislação:
a) INTERNA: 
· CPC, art. 26, 27, 37 a 41.
· Resolução n° 9 do STJ – 2005.
· Ementa Regimental n° 18 – 2014 (migrou para o novo CPC).
b) LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL:
· ONU.
· Conferência de Haia.
· OEA.
· Mercosul. 
· O Brasil faz parte de alguns acordos: 
· Acordo do Mercosul;
· Convenção sobre cartas rogatórias;
· Protocolo Adicional à Convenção sobre Cartas Rogatórias (trás o modelo de formulário para facilitar a cooperação jurídica através de cartas rogatórias).
· No CPC:
Art. 26.  A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro (ofensa à ordem pública).
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica.
· A cooperação jurídica se efetiva via autoridade central (Brasil - Ministério da Justiça).
· É possível a ausência de formalismo e burocracia na cooperação, pois ela visa a simples espontaneidade na transmissão das informações.
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
· Formas de cooperação: auxílio direto, carta rogatória e homologação de sentença estrangeira.
· Autoridade central.
· Autoridade Central é o órgão responsável pela boa condução da cooperação jurídica que cada Estado realiza com os demais países. Cabe à Autoridade Central receber, analisar, adequar, transmitir e acompanhar o cumprimento dos pedidos de cooperação jurídica. Essa analise tem o objetivo de verificar o atendimento aos requisitos da lei do Estado requerido e a adequação aos seus costumes, bem como ao tratado que fundamenta o pedido, conferindo, assim, maior agilidade ao procedimento.
· É importante mencionar, principalmente, que o trâmite do pedido de cooperação jurídica pela Autoridade Central reveste de legalidade a medida obtida, uma vez que garante sua lisura e autenticidade, habilitando-a para ser utilizada como meio de prova válido em processo judicial.
· É o órgão responsável pela boa condução da cooperação. 
· No Brasil, de regra é o Ministério da Justiça.
· Visa determinar um ponto unificado de contato para a tramitação dos pedidos de cooperação, com o objetivo de celeridade.
· Função = buscar celeridade na cooperação jurídica (acompanha e coordena o cumprimento dos pedidos junto às autoridades centrais).
· Auxílio direto = é a primeira forma de cooperação. O auxílio direto diferencia-se dos demais mecanismos porque nele as autoridades brasileiras não proferem exequatur ou homologam ato jurisdicional estrangeiro. Por meio deste instrumento as autoridades brasileiras conhecem dos fatos narrados pela autoridade requerente, para daí proferir uma decisão nacional.
· Diminui a burocracia (de forma ativa e passiva).
· Tipos de Auxílio Direto PASSIVO: 
a) Pode ser meramente administrativo;
b) Com intervenção do Judiciário.
· No CPC: 
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento.
Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.
Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.
· Carta Rogatória: segunda forma de cooperação.
· É a requisição feita à Justiça de outro país para a prática de uma diligência processual.
· A carta rogatória tem como objeto atos não-decisórios e atos decisórios não definitivos. Por meio da carta rogatória, solicita-se que seja executado no Brasil ato proferido por autoridade judiciária estrangeira, não cabendo às autoridades brasileiras exercer cognição de mérito sobre o que é solicitado. São exemplos mais comuns de uso da carta rogatória os pedidos de comunicação de atos processuais (citações, intimações e notificações).
· Tramitação: Via diplomática (sem tratado) Autoridade Central (com tratado).
· Para enviar carta rogatória deve-se analisar se o País para onde vai a carta tem tratado.
· Exemplos de atos de diligência:
· Citação, intimação e notificação;
· Testemunhas;
· Interrogatórios;
· Provas;
· Exame de DNA, etc.
· Carta rogatória só pode se dar por via judiciária e não administrativa.
· No brasil, somente se analisa os requisitos formais da carta e não os de mérito, pois o processo está sendo no exterior. Ou seja, só pode o Brasil se opôs às questões formais.
· O tramite da carta rogatória está no regimento interno do STJ.
· No CPC:
Art. 36.  O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
§ 1o A defesa restringir-se-áà discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
Art. 37.  O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.
Art. 38.  O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
Art. 39.  O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública.
Art. 40.  A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960.
Art. 41.  Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização.
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento.
2. ESTATUTO DO ESTRANGEIRO:
Art. 1° Em tempo de paz, qualquer estrangeiro poderá, satisfeitas as condições desta Lei, entrar e permanecer no Brasil e dele sair, resguardados os interesses nacionais.
Art. 2º Na aplicação desta Lei atender-se-á precipuamente à segurança nacional, à organização institucional, aos interesses políticos, sócio-econômicos e culturais do Brasil, bem assim à defesa do trabalhador nacional.
Art. 7º Não se concederá visto ao estrangeiro:
        I - menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado do responsável legal ou sem a sua autorização expressa;
        II - considerado nocivo à ordem pública ou aos interesses nacionais;
        III - anteriormente expulso do País, salvo se a expulsão tiver sido revogada;
        IV - condenado ou processado em outro país por crime doloso, passível de extradição segundo a lei brasileira; ou
        V - que não satisfaça às condições de saúde estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
· Entrada: precisa de passaporte e visto (a política de vistos visa a reciprocidade). Quem concede o visto é o Consulado. Caso o Brasil rompa relações com outro País, fecha-se os órgãos brasileiros lá localizados, ficando responsável um País vizinho para a concessão do visto. O Cônsul honorário (voluntário) só pode conceder visto quando autorizado. O visto pode ser:
a) DE TRÂNSITO: o estrangeiro tem o prazo de dez dias de estada no território nacional, sendo este prazo improrrogável. Será concedido ao estrangeiro que necessite adentrar o território nacional para chegar ao seu destino. 
· Não se exigirá visto de trânsito ao estrangeiro em viagem contínua, que só se interrompa para as escalas obrigatórias do meio de transporte utilizado.
b) DE TURISTA: concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em caráter recreativo ou de visita, assim considerado aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercício de atividade remunerada.
· Tem o prazo de estada de 90 dias podendo ser prorrogado mais uma vez pelo mesmo prazo. O prazo de validade do visto é de 5 anos, podendo haver várias entradas, porém, no máximo 180 dias por ano. 
· Pode ser dispensado o visto para aqueles que adentrarem no Brasil em viagem de negócios ou na condição de artista ou desportista.
c) TEMPORÁRIO: O visto temporário poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:
 I - em viagem cultural ou em missão de estudos;
 II - em viagem de negócios (prazo de 90 dias);
III - na condição de artista ou desportista (prazo de 90 dias);
IV - na condição de estudante;
V - na condição de cientista, pesquisador, professor, técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do governo brasileiro;
VI - na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa estrangeira.
VII - na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa (prazo de 1 ano);
VIII - na condição de beneficiário de bolsa vinculada a projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação concedida por órgão ou agência de fomento.  
· Para os demais, o prazo é indefinido, depende da duração da atividade aqui desenvolvida.
· Com este visto o estrangeiro pode exercer atividade remunerada, pois não é concedido com o intuito de turismo. 
d) PERMANENTE: é concedido ao estrangeiro que pretende se fixar definitivamente no Brasil. 
· Como regra, o estrangeiro não precisa obedecer lugar e tempo determinado, porém, há uma exceção: A concessão do visto permanente poderá ficar condicionada, por prazo não-superior a 5 (cinco) anos, ao exercício de atividade certa e à fixação em região determinada do território nacional. Neste caso, o estrangeiro não poderá, dentro do prazo que lhe for fixado na oportunidade da concessão ou da transformação do visto, mudar de domicílio nem de atividade profissional, ou exercê-la fora daquela região, salvo em caso excepcional, mediante autorização prévia do Ministério da Justiça, ouvido o Ministério do Trabalho, quando necessário (não priva sua liberdade de locomoção). 
· A categoria de visto pode ser transformada mediante requisição (ex.: de turista para permanente). 
OS VISTOS ACIMA ELENCADOS SÃO DE COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. OS PRÓXIMOS SÃO DE COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES.
e) OFICIAL, CORTESIA E DIPLOMÁTICO: prazo de 90 dias podendo ser prorrogado apenas uma vez.
Art. 20. Pela concessão de visto cobrar-se-ão emolumentos consulares, ressalvados:
        I - os regulados por acordos que concedam gratuidade;
        II - os vistos de cortesia, oficial ou diplomático;
        III - os vistos de trânsito, temporário ou de turista, se concedidos a titulares de passaporte diplomático ou de serviço.
· Ao natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional, respeitados os interesses da segurança nacional, poder-se-á permitir a entrada nos municípios fronteiriços a seu respectivo país, desde que apresente prova de identidade.
· Ao estrangeiro, referido neste artigo, que pretenda exercer atividade remunerada ou freqüentar estabelecimento de ensino naqueles municípios, será fornecido documento especial que o identifique e caracterize a sua condição, e, ainda, Carteira de Trabalho e Previdência Social, quando for o caso.
· O transportador ou seu agente responderá, a qualquer tempo, pela manutenção e demais despesas do passageiro em viagem contínua ou do tripulante que não estiver presente por ocasião da saída do meio de transporte, bem como pela retirada dos mesmos do território nacional.
· O visto concedido pela autoridade consular configura mera expectativa de direito, podendo a entrada, a estada ou o registro do estrangeiro ser obstado ocorrendo qualquer dos casos do artigo 7º, ou a inconveniência de sua presença no território nacional, a critério do Ministério da Justiça (não é direito, é apenas uma cortesia).
· O impedimento de qualquer dos integrantes da família poderá estender-se a todo o grupo familiar.
3. EXTRADIÇÃO – Art. 76 a 94 do Estatuto do Estrangeiro.
a) Conceito: “entrega, por um Estado a outro, e a pedido deste, de pessoa que em seu território deva responder a processo penal ou cumprir pena. A extradição pressupõe sempre um processo penal: ela não serve para a recuperação forçada do devedor relapso ou do chefe de família que emigra para desertar dos seus deveres de sustento da prole.
b) Pressupõe sempre um processo penal.
c) Princípios: 
· Princípio da Especialidade: o extraditando não poderá ser processado e/ ou julgado por crimes quenão embasaram o pedido de cooperação e que tenham sido cometidos antes de sua extradição, podendo o Estado requerente solicitar ao Estado requerido a extensão ou ampliação da extradição ou extradição supletiva.
· Dupla Tipicidade ou Princípio da Identidade: e, impõe-se que somente seja concedida uma extradição para um fato típico e antijurídico, assim considerado tanto no país requerente quanto no requerido.
· Reciprocidade: a extradição deve ser conveniente aos 2 Estados, opis o delito deve ser punido onde foi cometido e porque se expulsa do território nacional um criminoso. 
d) Modalidades: 
· A extradição poderá ser solicitada tanto para fins de instrução de processo penal a que responde a pessoa reclamada (instrutória), como para cumprimento de pena já imposta (executória).
· No Brasil, a extradição é ativa quando o Governo brasileiro solicita a entrega de uma pessoa procurada pela Justiça brasileira a outro país, para fins de julgamento ou cumprimento de pena. É considerada passiva quando a pessoa objeto de processo penal em outro país encontra-se no Brasil e o Estado estrangeiro requer sua entrega para instrução de processo penal ou execução de sentença, ainda que não transitada em julgado.
· Voluntária: consiste em autorizar o extraditando, com a devida assistência jurídica, e perante a autoridade judicial competente, a manifestar-se expressamente pela anuência em ser entregue ao Estado requerente, ocasião em que será informado sobre seu direito a um procedimento formal de extradição e da proteção que tal direito encerra, sem prejuízo ao controle de legalidade pela autoridade competente
· Imposta: há oposição do extraditando ao processo de extradição.
e) Extradição sem tratado: o Brasil pode optar ou não pela extradição, com ou sem tratado. O Brasil pode atender pedidos de extradição de países com os quais não tem firmado nenhum tratado sobre o tema, desde que o princípio da reciprocidade seja observado e a solicitação seja transmitida, formalmente, por via diplomática. 
· Declaração de Reciprocidade: forma pela qual, na ausência de um tratado, o Brasil e outros países concedem a extradição de um indivíduo. 
· A defesa pode alegar: § 1º A defesa versará sobre a identidade da pessoa reclamada, defeito de forma dos documentos apresentados ou ilegalidade da extradição.
f) Autoridade Central Brasileira: A Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Estrangeiros, é a Autoridade Central em matéria de extradição, sendo responsável por formalizar os pedidos de extradição feitos por autoridades brasileiras a um determinado Estado estrangeiro (ativa) ou, ainda, processar, opinar e encaminhar as solicitações de extradição formuladas por outro país à Suprema Corte brasileira (passiva).
· Atua, ainda, no sentido de agilizar os trâmites dos pedidos de extradição, agindo em parceria com outros órgãos, incluindo o Ministério das Relações Exteriores, a INTERPOL, e o Supremo Tribunal Federal.
g) Procedimento extradicional no Brasil: Ao formular o pedido de extradição ou de prisão preventiva, o Estado requerente poderá solicitar a apreensão, retenção ou outras medidas cautelares análogas, de bens que forem encontrados em poder do foragido e que tenham vínculo com o crime pelo qual a extradição é solicitada. Para tanto, o pedido deverá ser formulado expressamente, com indicação precisa dos bens e a razão pela qual acreditam tratar-se de objetos ou valores obtidos com a prática criminosa.
h) Elementos: 
	a) o Estado que a requer;
	b) o Estado requerido;
	c) o individuo procurado ou já julgado no Estado requerente;
	d) a presença física desse indivíduo no território do Estado requerido;
	e) a entrega efetiva do reclamado.
i) Fases do processo de extradição ativa: Poder Judiciário encaminha a documentação correspondente ao Departamento de Estrangeiros, da Secretaria Nacional de Justiça, que analisa a admissibilidade do pedido. Sendo admitido, o pedido de extradição será encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores ou diretamente à Autoridade Central do respectivo país.
j) Não se concederá a extradição quando:
BRASILEIRO NATO NUNCA SERÁ EXTRADITADO MESMO COM DUPLA NACIONALIDADE
BRASILEIRO NATURALIZADO somente no caso de CRIME COMUM DEPOIS DA NATURALIZAÇÃO
	 TRÁFICO DE DROGAS A QUALQUER TEMPO
ESTRANGEIRO 	SEMPRE PODE SER EXTRADITADO	exceto: CRIME POLÍTICO ou DE 			 OPINIÃO
k) Condições para a concessão da extradição: Art. 78 do EE.
· ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado; e
· existir sentença final de privação de liberdade, ou estar a prisão do extraditando autorizada por Juiz, Tribunal ou autoridade competente do Estado requerente, salvo o disposto no artigo 82.
· Art. 82.  O Estado interessado na extradição poderá, em caso de urgência e antes da formalização do pedido de extradição, ou conjuntamente com este, requerer a prisão cautelar do extraditando por via diplomática ou, quando previsto em tratado, ao Ministério da Justiça, que, após exame da presença dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, representará ao Supremo Tribunal Federal. 
l) Art. 79. Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá preferência o pedido daquele em cujo território a infração foi cometida.
§ 1º Tratando-se de crimes diversos, terão preferência, sucessivamente:
       I - o Estado requerente em cujo território haja sido cometido o crime mais grave, segundo a lei brasileira;
      II - o que em primeiro lugar houver pedido a entrega do extraditando, se a gravidade dos crimes for idêntica; e
      III - o Estado de origem, ou, na sua falta, o domiciliar do extraditando, se os pedidos forem simultâneos.
      §2º Nos casos não previstos decidirá sobre a preferência o Governo brasileiro.
§3º Havendo tratado ou convenção com algum dos Estados requerentes, prevalecerão suas normas no que disserem respeito à preferência de que trata este artigo.
Art. 80.  A extradição será requerida por via diplomática ou, quando previsto em tratado, diretamente ao Ministério da Justiça, devendo o pedido ser instruído com a cópia autêntica ou a certidão da sentença condenatória ou decisão penal proferida por juiz ou autoridade competente. 
Art. 81.  O pedido, após exame da presença dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, será encaminhado pelo Ministério da Justiça ao Supremo Tribunal Federal.
 Art. 83. Nenhuma extradição será concedida sem prévio pronunciamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre sua legalidade e procedência, não cabendo recurso da decisão.
Art. 86. Concedida a extradição, será o fato comunicado através do Ministério das Relações Exteriores à Missão Diplomática do Estado requerente que, no prazo de sessenta dias da comunicação, deverá retirar o extraditando do território nacional.
Art. 87. Se o Estado requerente não retirar o extraditando do território nacional no prazo do artigo anterior, será ele posto em liberdade, sem prejuízo de responder a processo de expulsão, se o motivo da extradição o recomendar. 
Art. 88. Negada a extradição, não se admitirá novo pedido baseado no mesmo fato.
Art. 89. Quando o extraditando estiver sendo processado, ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime punível com pena privativa de liberdade, a extradição será executada somente depois da conclusão do processo ou do cumprimento da pena, ressalvado, entretanto, o disposto no artigo 67. 
  Art. 90. O Governo poderá entregar o extraditando ainda que responda a processo ou esteja condenado por contravenção.
Art. 91. Não será efetivada a entrega sem que o Estado requerente assuma o compromisso:         
 I - de não ser o extraditando preso nem processado por fatos anteriores ao pedido;
 II - de computar o tempo de prisão que, no Brasil, foi imposta por força da extradição;
      III - de comutar em pena privativade liberdade a pena corporal ou de morte, ressalvados, quanto à última, os casos em que a lei brasileira permitir a sua aplicação;
       IV - de não ser o extraditando entregue, sem consentimento do Brasil, a outro Estado que o reclame; e
        V - de não considerar qualquer motivo político, para agravar a pena.
Art. 92. A entrega do extraditando, de acordo com as leis brasileiras e respeitado o direito de terceiro, será feita com os objetos e instrumentos do crime encontrados em seu poder.
   Art. 93. O extraditando que, depois de entregue ao Estado requerente, escapar à ação da Justiça e homiziar-se no Brasil, ou por ele transitar, será detido mediante pedido feito diretamente por via diplomática, e de novo entregue sem outras formalidades. 
Art. 94. Salvo motivo de ordem pública, poderá ser permitido, pelo Ministro da Justiça, o trânsito, no território nacional, de pessoas extraditadas por Estados estrangeiros, bem assim o da respectiva guarda, mediante apresentação de documentos comprobatórios de concessão da medida.
4. NATURALIZAÇÃO: Art. 111 ao 124 do EE.
· Nacionalidade: vínculo jurídico com o Estado X Cidadania: vinculada à situação de “pertença” de um local. 
a. Conceito: É um ato unilateral e discricionário do Estado no exercício de sua soberania, podendo conceder ou negar a nacionalidade a que, estrangeiro, a requeira.
· Os brasileiros podem ser natos (nacionalidade originária) e naturalizados (nacionalidade derivada).
· Os brasileiros natos dividem-se em dois sistemas de nacionalidade:
· Jus solis (regra);
· Jus sanguinis (exceção). 
· Art. 112. São condições para a concessão da naturalização
        I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;
        II - ser registrado como permanente no Brasil;
        III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização;
        IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando;
        V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família;
        VI - bom procedimento;
        VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e
        VIII - boa saúde.
        § 1º não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de dois anos. 
· Naturalização ocorre quando um país concede a qualidade de nacional a um estrangeiro que a solicita. Se divide em:
· Naturalização comum – caso o estrangeiro tenha interesse em se tornar um cidadão brasileiro – art.115 EE. Esta é feita através de requerimento do interessado. 
· Extraordinária – estrangeiros que vivem no Brasil há mais de 15 anos e têm interesse em adquirir a nacionalidade brasileira – art. 12, II, b CF/88.
· Especial – estrangeiro casado com diplomata brasileiro há mais de 5 anos ou estrangeiro que tenha mais de 10 anos de serviços ininterruptos em missão diplomática ou em repartição consular brasileira – art. 114 EE.
· Provisória – caso em que o estrangeiro ingresso no Brasil nos primeiros 5 anos de vida e se estabeleceu definitivamente no território nacional, requerendo a nacionalidade após os 18 anos – art. 116 EE.
· Prazo de residência como condição para requerer a naturalização – Art. 112, III:
· 04 anos de residência contínua no Brasil.
· Art. 113 EE – redução do prazo se:
· Ter filho ou cônjuge brasileiro – 1 ano
· Ser filho de brasileiro – 1 ano
· Haver ou poder prestar serviço relevante ao Brasil segundo o Ministro da Justiça – 1 ano
· Recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística – 2 ano
· Ser proprietário de imóvel, industrial, cotista de ações destina a exploração industrial ou agrícola – 3 anos.
b. A saída compulsória do estrangeiro se dá por:
· Deportação (medida interna, quando o Brasil não quer o estrangeiro aqui);
· Expulsão (medida interna, quando o Brasil não quer o estrangeiro aqui);
· Extradição (medida externa ou interna).
5. DEPORTAÇÃO: Estrangeiro que apresente uma situação de permanência ou estada irregular no país poderá ser notificado para dele retirar-se voluntariamente no prazo sem prorrogação de 8 dias se for de forma voluntária, e 3 dias se for forçada.
· Relacionado à irregularidade do visto.
· É Competência do Departamento de Polícia Federal de:
· Notificar o estrangeiro para que deixe o país, ou;
· Promover a sua deportação imediata quando, após notificado, o mesmo se negue a retirar-se. 
· Art. 61. O estrangeiro, enquanto não se efetivar a deportação, poderá ser recolhido à prisão por ordem do Ministro da Justiça, pelo prazo de sessenta dias. 
·  Art. 62. Não sendo exeqüível a deportação ou quando existirem indícios sérios de periculosidade ou indesejabilidade do estrangeiro, proceder-se-á à sua expulsão (transformação de deportação para expulsão). 
·  Art. 63. Não se procederá à deportação se implicar em extradição inadmitida pela lei brasileira (se a extradição for proibida, é proibido também a deportação e a expulsão).
· Art. 64. O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.
6. EXPULSÃO – Art. 65 a 75 do EE: É o processo pelo qual um país expele de seu território estrangeiro residente, em razão de crime ali praticado ou de comportamento nocivo aos interesses nacionais, ficando-lhe vedado o retorno ao país donde foi expulso. É a mais grave de todas. 
· É feito por Decreto do Presidente da República, sendo que, para que o expulso retorne para o território nacional, é necessário a revogação do Decreto. 
· É um direito de qualquer Estado soberano, expulsar o estrangeiro que pratique atos prejudiciais à sua segurança ou ordem pública.
· Antes de expulsar o estrangeiro deve ser dado a ele o direito da ampla defesa, pois no caso de expulsão arbitrária ou contrária ao direito, poderá o Estado de origem do estrangeiro protestar por via diplomática contra a medida.
· Art. 65. É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. Parágrafo único. É passível, também, de expulsão o estrangeiro que:
      a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no Brasil;
      b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não sendo aconselhável a deportação;
      c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou
     d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro.
· A decisão sobre a expulsão e sua revogação é de competência do Ministro de Estado da Justiça, delegada pelo Presidente da República. 
· Art. 67. Desde que conveniente ao interesse nacional, a expulsão do estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha ocorrido condenação. 
· Art. 69. O Ministro da Justiça, a qualquer tempo, poderá determinar a prisão, por 90 (noventa) dias, do estrangeiro submetido a processo de expulsão e, para concluir o inquérito ou assegurar a execução da medida, prorrogá-la por igual prazo. 
· Art. 70. Compete ao Ministro da Justiça, de ofício ou acolhendo solicitação fundamentada, determinar a instauração de inquérito para a expulsão do estrangeiro.
· Art. 73. O estrangeiro, cuja prisão não se torne necessária, ou que tenha o prazo desta vencido, permanecerá em liberdade vigiada, em lugar designado pelo Ministério da Justiça, e guardará as normas de comportamento que lhe forem estabelecidas.
·  Art. 75. Não se procederá à expulsão:         
        I - se implicar extradição inadmitida pela lei brasileira; ou
        II - quando o estrangeiro tiver:
        a) Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou separado,de fato ou de direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 5 (cinco) anos; ou
        b) filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.
        § 1º. não constituem impedimento à expulsão a adoção ou o reconhecimento de filho brasileiro supervenientes ao fato que o motivar.
        § 2º. Verificados o abandono do filho, o divórcio ou a separação, de fato ou de direito, a expulsão poderá efetivar-se a qualquer tempo.

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