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Historico do Jornalismo

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Histórico do Jornalismo:
como a profissão surgiu?
Disciplina: Fundamentos do Jornalismo
Prof.ª: Luciane Conrado
A história da profissão é relacionada com a história dos meios de comunicação, assim como o desenvolvimento da escrita, do alfabeto, do papel, da imprensa de Gutemberg, entre outros fatos.
Escrita e o alfabeto
A escrita é uma invenção decisiva para a história da humanidade. Tanto é que convencionamos separar na linha do tempo História de Pré História. 
Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio de símbolos.
 Os primeiros registros encontrados são da região da Mesopotâmia (atual Iraque), feitos 3.300 anos antes de Cristo. A Escrita Cuneiforme
Escrita e alfabeto
 Alfabeto é uma invenção que parte de uma outra ideia: representar não a coisa em si, mas o som. O alfabeto é uma tentativa de desenhar o som da língua. Primeiro alfabeto foi o fenício, depois o completo veio com 
Ele é resultado da decomposição do som das palavras em sílabas ou em fonemas - o som das letras. Cada letra representa um fonema ou mais de um (o C, por exemplo, pode ter som de k – como em casa - ou de s como na palavra cidade, por exemplo).
O nosso alfabeto é o latino e descende do grego, que inventaram as vogais. 
Os alfabetos hebraico e o árabe até hoje não usam vogais, por isso são chamados consonantais. É como se eles escrevessem txt para dizer texto. 
Invenção do papel: Papel como Mídia
O papel foi inventado na China em 105 d.C.
A imprensa também foi inventada na China no século II d.C. por gravações usando caracteres móveis de barro.
Apesar da fama de Gutemberg, o primeiro livro impresso conhecido é do ano 868.
O primeiro jornal... 
Acta Diurna
O primeiro “jornal” oficial de que se tem notícia é o Acta Diurna Populi Romani, (“Relatos diários ao povo de Roma”), que surgiu na antiga Roma durante o governo do imperador Júlio César, cerca de 59 anos a.C. Era uma espécie de Outdoor de nossos dias.
Escrita em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos populares, a Acta Diurna mantinha os cidadãos informados sobre eventos políticos e sociais, sobre guerras, sentenças judiciais, execuções e escândalos no governo.
Primórdios e pré - jornalismo
Fontes de informação: livros, comerciantes em viagem e menestréis (músicos que andavam entre as vilas cantando de forma fantasiosa os feitos de grandes homens da Idade Média); 
 Principal forma de difusão de notícias: oralidade (contar histórias e cantar músicas).
Publicações: latim como língua padrão. 
Acesso à Informação: baixo, pela pequena quantidade de pessoas que sabiam ler (geralmente os nobres e o clero).
Gênese do Jornalismo
Século XVI ao XVIII 
A evolução da tipografia.
Ambiente socioeconômico e religioso na transição da Idade Média para a Idade Moderna.
O Renascimento, a Reforma e as novas necessidades de informação.
Condições históricas do surgimento e formação de um público leitor.
As primeiras gazetas e corantos (Países Baixos e Alemanha).
Diversificação da imprensa nos séculos XVII e XVIII. 
Criação dos primeiros impressos periódicos com conteúdo noticioso.
O surgimento da imprensa
Modo de produção de materiais impressos por tipos móveis (de madeira ou chumbo). 
Desenvolvido pelo alemão Johannes Gutemberg no século XV(aproximadamente por volta de 1439).
 Modelos semelhantes já haviam sido observados na China anos antes.
Primeiro livro a ser impresso com o novo sistema: a Bíblia, no ano de 1456. 
A prensa mecânica promoveu mudanças na história mundial.
O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.
Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.
Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.
Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.
Imprensa, Revolução Industrial e Mudanças Políticas
Jornais produzidos de forma artesanal por pequenos produtores de notícias tinham o papel de integrar as comunidades e informar sobre as notícias de lugarejos (principalmente nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França).
Publicações com caráter político-ideológico e financiadas por organizações de cunho Liberal (defensoras da expansão dos mercados e da ascensão da Burguesia ao poder político).
 A Imprensa teve papel fundamental em diversas mudanças políticas nos séculos XVII e XVIII (Independência dos Estados Unidos, Revolução francesa, etc.).
O jornal mais antigo em circulação...
Entre os 100 maiores jornais do mundo há publicações da Suécia, Holanda, Itália, Grã-Bretanha, Áustria, Alemanha, Irlanda do Norte, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega, Canadá, Índia, Finlândia, Jamaica, Malásia, Escócia, França, Espanha e Japão. 
O Post-och Inrikes Tidningar, da Suécia, é o jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, tendo sido criado em 1645. A informação é da World Association of Newspaper.
Alemanha é o país de origem... 
A Alemanha considerada o país de origem das pesquisas acadêmicas em Jornalismo com o registro da defesa da primeira tese de doutorado na área, desenvolvida por Tobias Peucer em 1690, segundo Groth (2011). 
O teólogo e médico alemão Peucer elaborou a primeira tese doutoral sobre o que é a notícia.
 As Relações e Relatos de Novidades (De Relationibus Novellis).
 Em 1690, na Universidade de Leipzig (Alemanha).
 Período pós-Reforma Protestante e da expansão do modelo burguês, base do estado moderno.
O pioneirismo alemão é destacado com a primeira cátedra em uma universidade, em Muenchen, em 1924. 
No início do século XX, a proposta para analisar o Jornalismo de forma científica ganhou fôlego com a fundação de institutos de pesquisa, escolas de graduação e pós-graduação e associações científicas em várias partes do mundo. 
Há mais de 400 anos foi lançado em Estrasburgo, em alemão, o primeiro jornal de que se tem notícia. 
Historiadores situam o evento em julho de 1605, porém a data precisa é desconhecida, já que a primeira edição desapareceu.
Em 1650 aparecia em Leipzig o primeiro jornal diário da Alemanha. 
E o mais antigo periódico alemão vendido até hoje data de 1705, o Hildesheimer Allgemeine Zeitung.
O jornal impresso como produto
Noção de jornal como produto comercial: Segunda metade do século XIX.
Os jornais impressos deixam de ter um caráter ideológico e panfletário, e começam a trabalhar com a ideia de auto-sustento pela venda de anúncios (processo que teve início nos Estados Unidos e logo depois foi incorporado pela Inglaterra);
 Conceito de “penny-press”: jornais baratos e com grande tiragem, apresentando grande número de notícias curtas, geralmente carregadas no emocional para atrair público;
 Surgimento do repórter.
Jornalismo no BrasilAntes de 1808: a coroa portuguesa proibia qualquer tipo de publicação impressa no país;
Pouco antes de surgir a Imprensa oficialmente do Brasil, em junho de 1808, o jornalista Hipólito da Costa lançou o jornal “Correio Brasiliense”, que era impresso em Londres e distribuído no Rio de Janeiro.
Em setembro de 1808, com a vinda da família real para o Brasil. O primeiro jornal a ser publicado oficialmente no país foi “A Gazeta do Rio de Janeiro”;
Vale destacar! A Gazeta é um jornal oficial. O Correio é um jornal "exilado"... A imprensa brasileira já nasceu com essa marca - governista ou fora do país.
As vertentes do desenvolvimento do jornalismo na democracia, segundo Nelson Traquina
1) a sua expansão, que começou no século XIX com a expansão da imprensa, e explodiu no século XX com a expansão de novos meios de comunicação social, como o rádio e a televisão, e abre novas fronteiras com o jornalismo online.
2) a sua comercialização, que começou no século XIX, com a emergência de uma nova mercadoria, a informação, ou melhor, a notícia.
3) o pólo econômico do campo jornalístico está em face de emergência do pólo intelectual com a profissionalização dos jornalistas e a definição das notícias em função de valores e normas que apontam para o papel social da informação numa democracia. 
A expansão da imprensa
A expansão dos jornais no século XIX permitiu a criação de novos empregos.
A atividade ganha um novo objetivo: fornecer informação e não propaganda.
Jornais fornecem informação e a notícia como novo produto. As notícias são baseadas em fatos e não nas opiniões. 
Esse novo paradigma incentiva o nascimento de valores que ainda hoje são identificados com o jornalismo: a notícia, a procura da verdade, a independência, a objetividade e uma noção de serviço ao público. 
Fatores que fazem do século XIX a época de desenvolvimento da imprensa
1) Evolução de um sistema econômico. 
2) Avanços tecnológicos.
3) Fatores sociais.
4) Evolução do sistema político no reconhecimento da liberdade no rumo à democracia.
Transformação de um sistema econômico
Industrialização da sociedade.
Desenvolvimento de uma nova forma de financiamento: a publicidade. O jornalismo se transforma em um negócio com proprietários que buscam lucros e expandir a circulação dos jornais. 
Receitas geradas com a publicidade as vendas permitiram a despolitização da imprensa. 1880 – armazéns e medicamentos eram a base de sustento. 
Desenvolvimento da publicidade ocorre em ritmos diferentes.
 Publicidade evolui mais rápido nos Estados Unidos e Reino Unido. Na França, o ritmo é mais lento. Industriais franceses eram mais relutantes. 
Avanços tecnológicos 
Domínio de novas técnicas de impressão desde a invenção de Gutemberg.
A evolução na reprodução de imagens: a primeira fotografia reconhecida é do ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor. 
A invenção da máquina fotográfica inspira o jornalismo no seu objetivo de ser as “as lentes” da sociedade.
Rapidez na transmissão da informação: o telégrafo em 1844 (primeira linha criada por Samuel Morse) e o telégrafo por cabo em 1866. 
Avanços tecnológicos e as agências de notícias
Os avanços na rapidez na transmissão da informação – nova era no jornalismo – o tempo é cruel – jornalistas querem fornecer as últimas e mais atuais notícias. O furo e a exclusividade – identidade jornalística.
Agências de notícias: primeiras empresas jornalísticas que começam a operar a nível global na primeira metade do século XIX. Reuters (Londres), Havas (França) e Woff (Alemanha) assinam acordo para “exploração exclusiva” em várias partes do mundo.
Fatores sociais
Escolarização das massas com a instituição das escolas públicas.
 Afinal, para que grandes tiragens de jornais se não houver leitores?
Número crescente de pessoas aprende a ler. 
Processo de urbanização. Crescimento das futuras metrópoles.
Cidades crescem assim como o público consumidor dos jornais. 
Direitos fundamentais, liberdade e democracia
Expansão da imprensa é alimentada pela conquista dos direitos fundamentais como a liberdade, base de lutas políticas nas revoluções e revoltas.
Afirmação do novo paradigma da informação – processo de despolitização.
Liberdade de imprensa, garantias da constituição. 
Identidade profissional do jornalista.
Opinião pública no sentido político: liberdade de expressão.
Conceito de Quarto Poder: princípio do poder controla poder (power checks power) em relação aos outros três: poder executivo, legislativo e o judiciário.
Surgimento da penny press. 
Penny press e o novo jornalismo 
O preço estabelecido comum era de seis centavos. O preço dessa nova imprensa foi reduzido a um centavo.
Objetivo é aumentar a circulação, atingindo pessoas que não compravam jornais por motivos econômicos. 
Um público mais generalizado e politicamente menos homogêneo.
Mudança do jornalismo de opinião para o jornalismo de informação. Vigiar o poder político e proteger os cidadãos.
Jornalismo defendido pelas agências de notícias.
Exemplos: The Sun (EUA, 1831), Presse (França, 1836) e Diário de Notícias (Portugal, 1864)
Surge a figura do repórter...
O novo jornalismo incentiva o aparecimento do repórter: figura mítica e romântica.
Ideologia profissional. Lobo solitário que busca a verdade. 
Surge uma nova forma jornalística: o jornalismo de investigação. 
Obsessão pelos fatos e pelo tempo. Impacto tecnológico marca até hoje o jornalismo: pressão das horas de fechamento, permitindo a realização de um valor central na cultura jornalística: o imediatismo. A transmissão real e direta do acontecimento. 
O crescimento das empresas jornalísticas exige a crescente divisão do trabalho. 
As funções de gestão, editorial e de reportage foram diferenciadas.
O repórter é mais valorizado, pois antes era um profissional desconsiderado. 
O correspondente especial ou o correspondente de guerra.
Primeira cobertura de guerra
A Guerra Civil norte-americana seria um dos primeiros conflitos de guerra que teria uma grande cobertura jornalística. 
Foram enviados mais de 60 correspondentes por parte do New York Herald e New York Times e New York Tribune.
Inovação nas técnicas de trabalho com a apuração dos fatos, descrição das testemunhas e cenários da guerra. 
Inovação da técnica
A técnica da entrevista foi utilizada pela primeira vez por um dos primeiros jornais da penny press: The New York Herald.
Reportagem sobre um crime em um bordel com uma entrevista com a proprietária. 
Próximas aulas
O papel do jornalista na sociedade – Conceitos de objetividade, subjetividade, neutralidade, imparcialidade, novidade.
O que é jornalismo: conceitos básicos – universalidade, atualidade, acessibilidade, periodicidade
Referências 
PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. São Paulo: Contexto, 2013. p.21-40.
TRAQUINA, Nelson. Teoria do Jornalismo: porque as notícias são como são. 3.ed. Florianópolis: Insular, 2012. Cap. 2

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