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RESUMO Historia e Teoria do Jornalismo

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RESUMO: HISTÓRIA E TEORIA DO JORNALISMO
UNIDADE 01
DAS ORIGENS DA COMUNICAÇÃO AO PRIMEIRO JORNALISMO
Pré-historia:
· 15.000. AC - Fundamentos escrita. (Rudimentar). 
· 3200 AC – Escrita cuneiforme (símbolos). Inscrições em forma de cunha que trabalhavam com figuras ou pictogramas estilizados. Hieróglifos egípcios. 
· Evolução alfabeto arábico: vocábulos latino/romano. A principal vantagem do alfabeto arábico em comparação com os antecessores é a infinita capacidade que ele oferece de se construir vocábulos para representar qualquer coisa que se queira, de objetos do mundo visível a conceitos abstratos. Ainda mais importante que isso, esse sistema permite a expressão de ideias de maneira muito mais versátil e com maior exatidão de significados, bastando articular palavras e expressões em determinadas sequências, de acordo com os códigos gramaticais de cada língua.
· Suportes materiais: cobre, madeira, argila, papiro e pergaminho, até chegar no papel. Difusão das ideias e alcance maior da comunicação. A invenção de Johannes Gensfleish, conhecido como Gutenberg, permitiu a impressão em massa de livros – que antes eram escritos a mão. Suportes imateriais: nuvens, virtual, multiplicação do volume informação que pode circular. 
Origem contemporânea: O jornalismo como entendemos hoje surgiu, ainda que de maneira rudimentar, sem muitos dos elementos com que o identificamos, como as manchetes, os leads e as entrevistas, no bojo do desenvolvimento capitalista, particularmente nos primórdios da Primeira Revolução Industrial, em meados do século XVIII.
Áreas do conhecimento que permitiram a sua existência: a história da escrita, a dos meios materiais em que ela foi registrada, a das técnicas de reprodução e difusão dos textos e a da transmissão da informação.
Suportes materiais: papiro, pedra, cobre, madeira, tabula de argila até chegar ao papel (invenção chinesa surgida no ano 105 d.C., atribuída a certo T’sai Luan). Século XX: suporte imaterial: nuvem, virtual, dispensa suporte sólido. 
FORMAS DE TRANSMITIR
Antiguidade: Vários métodos foram encontrados pela humanidade para permitir que isso fosse possível, de sinais de fumaça e batidas de tambores, na Pré-História e nas sociedades primitivas, a complicados sistemas de espelhos, no século XVIII, que refletiam sinais codificados de lanternas – até o emprego de pombos‑correios para carregar mensagens, método tão antigo quanto a quinta dinastia egípcia, por volta de 3 mil a.C., utilizado também pelos árabes em 1150, pelo próprio Gengis Khan em suas campanhas militares, pelas primeiras agências de notícias europeias e americanas no século XIX e até mesmo na época da Primeira Guerra Mundial, no início do século XX, quando as linhas de transmissão telegráfica eventualmente eram interrompidas.
Modernidade: Xilogravura, tipografia (1439), Linotipo e Off-set. O primeiro livro impresso por intermédio da tipografia foi a famosa Bíblia de 42 linhas, ou Bíblia de Gutenberg. 
ACTAS DIURNAS: São consideradas precursoras do jornalismo. Elas constituíam uma espécie de DIÁRIO OFICIAL da antiga Roma e tinham muitas das características atribuídas ao moderno jornalismo, como a PERIODICIDADE e a ATUALIDADE. 
PRECURSORES DO JORNALISMO
Importância correios.
A primeira gazeta com feitio estritamente jornalístico surgiu em 30 de maio de 1631, na França, e chamava-se simplesmente La Gazette. Foi fundada por Théophraste Renaudot e, embora de cunho eminentemente artesanal, já era essencialmente um jornal.
DIVISÃO POR CIRO MARCONDES FILHO PARA FINS DIDÁTICOS:
O PRIMEIRO JORNALISMO (1789-1830)
Imprensa partidária, fundada na crítica política e realizada por políticos, literários e cientistas, sob um regime econômico deficitário. Características: Opinativo e doutrinador. Imprensa partidária, em que os jornalistas eram políticos e o jornal, o seu porta-voz. Preocupação maior para defender ideologias políticas do que transmitir notícias. Foco: política e comercio. Financiados pelos paridos ou candidatos a cargos públicos. Público: elites comerciais e políticos. Produto caro para a população. Contexto político e social: Revolução Francesa, sob o lema da liberdade e igualdade. Quem trabalhava nas redações? Escritores, intelectuais e políticos (políticos literatos e cientistas) sob um regime econômico deficitário. Não rendia lucros para as empresas, ligada ao idealismo.
O SEGUNDO JORNALISMO (1830-1900)
Noção da imprensa como negócio, e não mais como mero veículo propagador de ideias. Produto de consumo, como negócio para ter audiência. Busca pelo furo jornalístico, sensacionalismo, venda de espaços publicitários. Legitimidade: linguagem isenta. Pulitzer separou os temas em editorias, serviço de utilidade pública, recursos gráficos. “Lead” A que, quem, quando, como e porque? Agências de notícias, correspondentes e telégrafos. Contexto: 1ª. Fase do capitalismo industrial. Produto de consumo. Imprensa como negócio. Precisava ser vendido, ter audiência. Linguagem isenta, busca da legitimidade, credibilidade. Firmou na imprensa o folhetim. Busca do furo jornalístico, sensacionalismo. Distribuição de cargos: redação, oficinas tipográficas, quem vai para rua e etc. Criação das agências de notícias e correspondentes. Telegrafo, telefone, maquina de escrever, cinemas. Inovações Pullitzer: separou os temas em ediatorias, criando os suplementos, uso de recursos gráficos, como ilustrações e o emprego de cores, defensor de causar relevantes para a época, como a redução de horas de trabalho para operários, enxergava o jornalismo como SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA, em favor dos desfavorecidos e defensor da liberdade de expressão, técnica do lead, seis perguntas: o que, quem, quando, como, onde e o porquê. Criação das manchetes. 
TERCEIRO JORNALISMO (1900-1960)
A terceira fase é conhecida como “era da cartelização” (grandes conglomerados) e é marcada pela padronização do noticiário e a divisão em editorias. Desaparecimento dos pequenos jornais. Imprensa monopolista (jornal, revista, rádio por diversos meios): exerceu enorme poder de persuasão política e social. Jornalismo como 4º poder. Profissionalização do jornalista. Surgimento da imprensa amarela ou marrom: Imprensa marrom é uma expressão de cunho pejorativo, utilizada popularmente no Brasil para se referir à imprensa sensacionalista. Isto é, veículos de comunicação que buscam elevadas audiências e vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos, sem compromisso com a autenticidade. Altas tiragens e exemplares. Desaparecimento dos pequenos jornais. Surgimento das grandes revistas (Time, Life). Fotojornalismo. Surgimento do rádio e TV (cobertura imediata em tempo real). Padronização do noticiário e profissionalização do jornalista. 
QUARTO JORNALISMO (1960-Atualidade)
Plataformas digitais. Marca a crise da imprensa escrita a partir do avanço da tecnologia eletrônica, e da percepção do jornalismo como uma profissão condenada. Mudança como produz, transmite e consome notícias. Mídia impressa trabalha com mais profundida e intimista para nova ocupação de espaço. Contracultura. Publicações segmentadas. Subjetividade nas reportagens. Jornalismo investigativo. Assessorias de imprensa. Advento internet. Todo mundo produz informação. Jornalista como “curador”, filtro da informação. Contexto: guerra fria, revolução cultural dos anos 60 e globalização. Anos 60: PC, tablets iphone e internet. Produz, transmite e consome notícias. Mídia impressa x eletrônica. Comunicação via satélite, links ao vivo, coberturas in loco e etc. New Jounalism (Sangue Frio, Truman Capote): A noção de objetividade jornalística e imparcialidade, o principal credo da imprensa tradicional, foi deixada de lado. Em seu lugar, a subjetividade, a emoção e a intensidade dos relatos ganharam relevo nas reportagens. Era necessário mergulhar profundamente na essência dos fenômenos para deles extrair toda a autenticidade. A descrição detalhada e subjetiva é uma de suas marcas que procuram trabalhar o conteúdo jornalístico com forma literária. Grande reportagem, caráter intimista,mais próximo. É marcado pelos meios de comunicação digitais, surgidos após a invenção dos computadores. O jornalismo impresso se aprofunda na investigação e na opinião, mudando de perfil. A investigação jornalística atinge o auge com o Caso Watergate nos anos 1970. O surgimento da internet muda a dinâmica da comunicação. Assessorias de imprensa assumem o papel de pautar as redações. Não é só o jornalista que produz informação, mas todos com o advento da internet. Jornalista como curador da informação. 
______________________________________________________________________
UNIDADE 02
DESENVOLVIMENTO JORNALISMO NO BRASIL
PERIODO COLONIAL
Em seus primórdios, a imprensa brasileira foi tributária do jornalismo praticado em Portugal, onde começou relativamente cedo.
Já em 1641 eram publicados em terras portuguesas os primeiros papéis noticiosos, como eram chamadas as gazetas.
Início da imprensa brasileira: quando a Corte de Dom João VI se instalou no Rio de Janeiro, em 1808. É a partir dessa data que a imprensa brasileira efetivamente tem início. Início jornalismo.
Uma das medidas tomadas por D. João na ocasião de sua chegada ao Brasil foi a fundação da Imprensa Régia no Rio de Janeiro, abolindo a proibição de se criarem tipografias no país. Função: imprimir e divulgar os atos normativos e administrativos reais, além de documentos diplomáticos e registros das repartições públicas. Ao mesmo tempo que criava a Imprensa Régia, o rei também instituiu a censura prévia de todas as publicações, determinação que seria anulada somente em 1821, às vésperas da Independência. 
Primeiro jornal Brasileiro: Foi nesse contexto de cerceamento da liberdade de expressão que entrou em cena aquele que é considerado pelos historiadores o primeiro jornal brasileiro. “Correio Braziliense (CB)” publicado em Londres era redigido por Hipólito José da Costa, e que se manteve em circulação por mais de 14 anos, de 1º de junho de 1808, quando o primeiro número foi lançado, até dezembro de 1822, somando 175 edições mensais. Doutrinário e opinativo (1º jornalismo). O Correio foi arduamente combatido pela Coroa, que chegou até a patrocinar, em 1811, a criação de outro veículo para anular a sua influência, “O Investigador Português”, produzido e vendido em Londres por dois médicos lusitanos. 
OBS: Embora o CB tenha sido o primeiro jornal genuinamente brasileiro, preocupado exclusivamente com questões nacionais, ainda que sob uma perspectiva estrangeira, o primeiro jornal escrito e impresso em nosso território foi “A Gazeta do Rio de Janeiro”. Bajulador da coroa, em contraposição ao contestador CB.
O primeiro jornal não oficial impresso no Brasil só apareceria em 1811: “A Idade de Ouro no Brasil” era escrito e impresso na Bahia por dois portugueses, o padre Inácio José de Macedo e Diogo Soares da Silva; Como o próprio nome sugere, esse jornal fazia apologia do rei e do regime absolutista, preocupava se mais em relatar os eventos sociais envolvendo a Corte e exaltar as realizações joaninas do que em retratar a realidade social. 
IMPRENSA AULICA: Apoiava o imperador e a corte portuguesa. 
PRIMEIRO REINADO
POSIÇÕES JORNALISMO no Primeiro Reinado e no período da Regência:
a. conservadora: apoiava o imperador D. Pedro I. 
b. liberal: A monarquia constitucional e a elaboração de uma Constituição menos autoritária, além das prerrogativas do Legislativo, continuavam a ser defendidas por jornais de cunho liberal mais moderado.
c. radical: opositor do absolutismo. Fez campanha aguerrida pela dissolução da Constituinte, pregava a proclamação da República e a libertação dos escravos. “Tífis Pernambucano”. 
Características: 
A Regência possuía um feitio mais democrático e liberal, que se traduzia em uma ampla liberdade de imprensa, mas, à medida que as crises políticas se sucederam, a linha conservadora gradualmente recuperou a proeminência.
O relaxamento da censura, em um primeiro momento, permitiu o surgimento de uma imprensa descomprometida com a verdade dos fatos e a disseminação de mentiras e ofensas. (fake news). 
Esse foi o período áureo dos chamados pasquins, jornais baratos, na maioria dos casos em formato de in quarto, escritos em linguagem vulgar e chula, dirigidos à população menos culta e semiletrada, como os artesãos, os trabalhadores braçais e os ex-escravos. 
Os pasquins eram uma maneira de a imprensa barata lançar inverdades e ofensas sobre os adversários políticos, sátiras de humor para atacar o sistema. Durante o período da Ditadura Militar, entre os anos 1960 e 1970, o semanário O Pasquim escolheu o nome desses jornais de baixa qualidade do período regencial para satirizar o contexto político em que o país havia mergulhado após o Golpe de 64. 
Surgimento jornais especializados: Paralelamente à proliferação dos pasquins, surgiram alguns jornais especializados, como A Mineira, do Rio de Janeiro, voltado para o público feminino, e O Crioulinho, O Homem de Cor ou o Mulato e O Brasileiro Pardo, exemplos pioneiros de publicações preocupadas em discutir as questões raciais. (linha mais independente). 
SEGUNDO REINADO
Aproveitando-se do surto econômico que o Brasil atravessava (cafeicultura), a imprensa brasileira começou a estruturar-se em bases empresariais e capitalistas, típicas do período do Segundo Jornalismo.
Um reflexo dessas mudanças sociais foi a gradual emancipação das mulheres.
Folhetins nacionais: O primeiro foi Cinco minutos, que José de Alencar começou a publicar no Diário do Rio de Janeiro em 1856, seguido, no ano seguinte, pelo seu maior sucesso, O guarani.
O movimento abolicionista se fortalecia: de jornais dedicados à causa, como O Sete de Abril, lançado em 1865, e de onde despontariam nomes como Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa e Castro Alves. Revista Ilustrada. 
JORNALISMO NO BRASIL REPUBLICANO
Republica velha
Apesar da derrubada do regime imperial, os jornais monarquistas continuaram atuantes nos primeiros tempos da República. 
Pró-imperador: Jornal do Brasil. Inaugurou a primeira coluna feminina regular de nossa imprensa, assinada por Clotilde Doyle. Outro Jornal que fazia oposição ao recém instalado regime foi A Tribuna Liberal. 
As constantes tensões entre as forças republicanas e monarquistas e a insatisfação de parte significativa da população com o novo governo eclodiram em alguns movimentos de rebelião, de cunho tanto social quanto político, entre os quais o mais famoso e o de maior abrangência foi o que envolveu o arraial de Canudos, no interior da Bahia, entre 1896 e 1897. 
Interpretado como uma conspiração monarquista para desestabilizar o regime republicano, Canudos sofreu a investida maciça das forças do exército, que enfrentaram forte resistência dos jagunços bem armados e liderados pelo visionário Antônio Conselheiro. Para cobrir os conflitos, o jornal O Estado de S. Paulo enviou para a região um correspondente de guerra, o engenheiro militar e jornalista Euclides da Cunha. Cobertura in loco. 
Depois do fim do conflito, ele reuniu esses relatos e lhes deu uma feição mais literária e científica no clássico Os sertões, publicado em 1902, considerado por muitos o primeiro livro-reportagem escrito no Brasil.
Personagens importantes
Paulo Barreto, mais conhecido pelo pseudônimo que o tornou famoso, João do Rio. Muitos estudiosos o consideram o primeiro repórter profissional de nossa imprensa. João do Rio passou a realizar, de forma mais consistente e com mais método do que era feito antes, as entrevistas, as enquetes e as reportagens de campo, instaurando no Brasil as práticas que já eram comuns no jornalismo americano e europeu.
Assis Chateubriand: Trouxe a TV para o Brasil (1950). A TV Tupi de São Paulo foi a primeira emissora de televisão do país e da América do Sul. Pertencia aos Diários Associados, rede de empresas jornalísticas de Assis Chateaubriand. “O Cruzeiro”, a primeira revista de ilustração semanal de circulação nacional do país.
Edgard Roquete Pinto: A primeira emissora de rádio nacional surgiu por obra do intelectual, cientista, jornalista e entusiasta Edgard Roquette-Pinto, ao fundar a SociedadeRádio do Rio de Janeiro PRA-2.
ESTADO NOVO: Com a decretação do Estado Novo, Getúlio pôs em prática as suas medidas para sufocar a democracia.
A criação de um órgão dedicado exclusivamente ao controle e à coordenação dos meios de comunicação. O Departamento de Imprensa e Propaganda, ou DIP, como era chamado, foi estruturado nos moldes do setor de propaganda da Alemanha nazista implantado por Joseph Goebbels. Sob o comando de Lourival Fontes, o DIP censurava tenazmente a imprensa. Censura prévia do que era objeto de publicação. 
O DIP também subornava diversos veículos de comunicação para dar apoio incondicional ao governo e elaborava registros de jornalistas considerados subversivos ou simpatizantes do comunismo, que eram entregues ao Dops, o principal órgão de repressão do regime.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1946: A Constituição de 1946 possuía alguns dispositivos avançados no que dizia respeito à imprensa.
Nesse sentido, o artigo mais importante incorporado ao texto foi à proibição de as empresas de comunicação nacionais ficarem sob o controle de estrangeiros. Em outras palavras, apenas brasileiros natos poderiam ser proprietários de jornais, revistas, rádios etc.
Contudo, mesmo depois que a nova Constituição foi promulgada, essa exigência continuou sendo sistematicamente desobedecida e, na prática, permaneceu letra morta. Publicações como a Seleções, versão nacional da americana Reader’s Digest, que começou a circular aqui em 1942, continuaram sendo produzidas, assim como a Visão, revista de coberturas políticas, econômicas e internacionais, fundada em 1952 pelo grupo americano Vision Inc.
Grupos de comunicação fundados por imigrantes estrangeiros:
O ucraniano Adolpho Bloch, que em 1952 criou a Manchete, uma revista fotográfica que seguia o padrão da francesa Paris Match e que foi o embrião da Bloch Editores, um dos maiores impérios jornalísticos do país. Na década de 1980, a empresa inauguraria as suas emissoras de rádio, a Rede Manchete de Rádio FM e a Rádio Manchete AM, e a própria emissora de televisão, a Rede Manchete.
Outro poderoso grupo empresarial que começou a ser estruturado naquela década surgiu dos esforços do ítalo americano Victor Civita, que fundou em São Paulo a Editora Primavera, nome posteriormente alterado para Editora Abril. O título de estreia da nova casa editorial foi a revista em quadrinhos O Pato Donald, licenciada do grupo Disney, que ficou em circulação de 1950 até 2018. Posteriormente, a Abril faria história no jornalismo brasileiro com títulos como Claudia, Quatro Rodas, Playboy, Realidade, Exame e Veja, entre muitos outros.
Samuel Wainer. Emigrante judeu-russo. Assim que tomou posse em seu segundo mandato eleito democraticamente, Getúlio passou a enfrentar a hostilidade quase total da imprensa, conluiada com os interesses das multinacionais do petróleo, sobretudo as americanas, que manobravam a mídia através da compra de espaços publicitários, para impedir a criação de uma estatal nacional que cuidasse desse recurso. Como não dispunha de verbas suficientes para subornar a imprensa, como havia no Estado Novo, Getúlio lembrou-se do repórter que havia propiciado o seu renascimento político e ofereceu a Samuel Wainer a direção de um jornal oficioso, de teor populista, que lhe garantisse o apoio necessário junto à opinião pública.
Nasceu assim o jornal vespertino “Última Hora”, criado com vultosos recursos do Banco do Brasil. Sob o comando de Wainer, ele se tornou a mais provocativa e vibrante de todas as publicações da época, conquistando rapidamente a adesão das classes mais humildes. O Última Hora possuía diagramação moderna, calcada no visual das ilustrações em cores, uma novidade no jornalismo diário da época, nas manchetes espalhafatosas, na valorização das charges, além das crônicas e dos folhetins assinados por Nelson Rodrigues e nos editoriais redigidos por Wainer, que tinham o dom de agitar as massas em favor das propostas de Getúlio. O Última Hora jamais procurou disfarçar o seu apoio a Vargas. Já no número de estreia, ostentava uma carta de felicitações escrita pelo próprio presidente.
OBS: O único jornalista que se equiparava a Wainer em termos de retórica veemente era Carlos Lacerda, ligado à UDN, partido das elites industriais, que, à frente de seu jornal, Tribuna da Imprensa, liderava a oposição getulista. Lacerda e Chateaubriand chegaram, inclusive, a tentar impedir que Wainer assumisse a direção do Última Hora, invocando a cláusula da Constituição de 1946 com relação à propriedade de meios de comunicação nas mãos de brasileiros natos.
ERA JK
Na Era JK, boa parte da imprensa, com O Globo à frente, fez ferrenha oposição ao presidente e à sua proposta de construção de Brasília. Em contrapartida, Adolpho Bloch, grande amigo de Juscelino, apoiou a empreitada do começo ao fim, usando a revista Manchete para acompanhar, semanalmente, o andamento das obras no planalto central.
Apesar do clima beligerante entre os jornais e as revistas pró e contra JK, o período foi marcado por uma ampla liberdade de imprensa, que prosseguiu por algum tempo mesmo depois da eleição de Jânio Quadros, em 1960.
JORNALISMO NA DITADURA MILITAR
Durante a Ditadura, O Pasquim foi um semanário de resistência, que se valeu da irreverência para combater o regime; Henfil foi um dos seus colaboradores.
Vladimir Herzog: Em outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog, diretor do Departamento de Telejornalismo da TV Cultura, em São Paulo, foi preso, torturado e assassinado nas dependências do DOI CODI, na capital paulista. Evento motivou a reação da imprensa contra os excessos do regime militar e diversas publicações se sentiram encorajadas a manifestar o seu repúdio à repressão. A sua morte acabou levando ao processo de abertura política.
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UNIDADE 3
TEORIAS DO JORNALISMO – POR QUE ESTUDÁ-LAS?
1) Por que as notícias são como são?
2) Quais são os efeitos que essas notícias geram?
A primeira parte preocupa se fundamentalmente com a produção jornalística, mas também envereda pelo estudo da circulação do produto, a notícia. Esta, por sua vez, é resultado da interação histórica e da combinação de uma série de vetores: pessoal, cultural, ideológico, social, tecnológico e midiático (Felipe Pena, 2005, p. 20). 
OBS: não existe exatamente uma hierarquia entre as teorias; o que analisamos, na aplicação delas, é a adequação ao objeto de estudo. 
Notícia: notícia é uma versão do fato tornada pública.
Efeitos notícias: Notícias são como são por quê? Cada teoria tem uma resposta. Fato para se tornar notícia, deve observar critérios (atual, objetiva, veracidade e interesse público) necessários à integração e universalização da sociedade. 
O jornalista não produz a notícia, ele a recebe como informação, reúne dados, elabora a matéria e a retransmite à sociedade. Quem produz a notícia são as empresas, os poderes constituídos, o setor cultural, as instituições, as corporações, enfim, todo o segmento da sociedade. Cabe à imprensa, o papel de captar a informação e transformá-la numa notícia que será de interesse coletivo, de toda a sociedade.
DEFESA OBJETIVIDADE DO JORNALISMO: Apuração dos fatos. Valorização da razão. 
Espírito científico: Muitos autores defendem que os jornalistas deveriam evitar seus próprios preconceitos e, para isso, teriam que adquirir o chamado espírito científico , ou seja, o método de trabalho deveria ser objetivo, não o jornalista. O processo mental envolve percepção, portanto, seleção, avaliação, contextualização e lógica modal ou probabilística o que implica certa margem de erro. As etapas do processo perceptivo são: atenção e seleção; organização; interpretação e armazenamento e recuperação.
Forma de diferenciar o jornalismo, em face e outras formas de comunicação social (publicidade e etc). Informação x opinião. Muitas vezes tem uma simbiose. 
OBS: Ao analisar o assunto, Pena também enfatiza a necessidade de compreendermos que no jornalismo a subjetividade não deve ser vista como uma oposição à objetividade. Segundoo autor, o que está em jogo nesse caso é o reconhecimento da inevitabilidade. Ou seja, justamente pela constatação de que os fatos são construídos de forma tão complexa é que “não se pode cultuá-los como a expressão absoluta da realidade”. 
OBS II: Finalmente há a subjetividade do repórter. Ele é treinado para suprimi-la sempre que possível, mas é fato que um mesmo incidente será descrito com diferentes palavras ou diferentes ordenações de sentenças por jornalistas de culturas diferentes, por mais honestos e bem preparados que sejam, já que o percebem de maneira diferente.
A comunicação e o jornalismo como objeto de pesquisa
Em termos de trajetória, os primeiros estudos sobre jornalismo são situados na Alemanha, em 1690 , na Universidade de Leipzig.
BRASIL
O MARCO ZERO da pesquisa jornalística nacional foi o trabalho de Barbosa Lima Sobrinho. Na época, ele fez um diagnóstico preciso e conciso sobre o “problema da imprensa” no momento em que transitávamos em direção ao jornalismo industrial. 
ORDEM CRONOLÓGICA DO PENSAMENTO JORNALÍSTICO BRASILEIRO
Três grupos: a) emancipação século XIX; b) identificação século XX; c) autonomia século XXI. (Jose Marques de Melo). 
ACADEMIA: início do século XXI. O campo acadêmico do jornalismo vivencia uma conjuntura de fortalecimento do espaço universitário. Fóruns específicos para a apresentação e o debate das pesquisas: Sociedade Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPJor), Núcleo de Pesquisa em Jornalismo da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) Grupo de Estudos em Jornalismo da Associação Nacional dos Programas de Pós graduação em Comunicação (Compós). 
OBS: Foi apenas a partir da década de 1960 que tivemos um aprofundamento da produção intelectual sobre o jornalismo. 
Tendências das pesquisas na área
O método descritivo é um dos mais empregados nas investidas teóricas do jornalismo. Assim, são comuns os estudos de produtos jornalísticos, especificamente de matérias jornalísticas.
PRODUTOS JORNALISTICOS: Um dos resultados disso é que as pesquisas acabam por não pensar o jornalismo em si mesmo, recorrendo ao apoio de outros campos de conhecimento, como sociologia, antropologia, psicologia, linguística, história e política. 
NATUREZA DAS INVESTIGAÇÕES: análise de discursos (ideologia), gênero: opinião, interpretativo, informativo e etc.
***TEORIAS DO JORNALISMO
PRINCIPAIS ABORDAGENS TEÓRICAS DO JORNALISMO: A Teoria Crítica e a Teoria Funcionalista
TEORIA CRÍTICA: Manipulação da informação. Os estudos dos filósofos de Frankfurt ficaram conhecidos como Teoria Crítica, que se contrapõe à Teoria Tradicional. A diferença é que enquanto a tradicional é "neutra" em seu uso, a crítica busca analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua aplicação, visando à transformação da realidade. Seu ponto de partida é a análise do sistema da economia de mercado. Habermas destacou-se como autor da segunda geração da escola de Frankfurt por seus estudos referentes à esfera pública e à ação comunicativa.
TEORIA FUNCIONALISTA (conservadores): A Teoria Funcionalista estuda as funções exercidas pela mídia na sociedade, e não os seus efeitos. Em lugar de pesquisar o mero comportamento do indivíduo, estuda-se a sua ação social enquanto consumidor de valores e modelos que se adquire comunitariamente. PAUL LAZARSFELD: Os meios de comunicação de massa não provocavam os mesmos efeitos em todas as pessoas. Oposição à ideia de que os meios de comunicação teriam efeitos diretos, uniformes e imediatos nos indivíduos é isso o que diz a primeira teoria da comunicação, a Teoria das Balas Mágicas (teoria hipodérmica da comunicação): Baseia-se na suposição de que todo estímulo causado por uma mensagem enviada terá resposta, sem encontrar resistência do receptor. A passividade do receptor é uma importante característica desta teoria. Faz parte do contexto da “Comunicação de Massa”. Seus conceitos foram elaborados pela Escola Norte-Americana.
EMBATE TEORIAS: acrítica vê com “maus olhos” o desenvolvimento do jornalismo (manipulação). Já a funcionalista tem como parâmetros: como e para que serve?
PARADIGMA DE LASWELL: tem como foco a análise de conteúdo, verificando as características das mensagens a partir de cinco questões: quem, o quê, canal, a quem e com que efeitos. O “o quê”, permitiria verificar o conteúdo das mensagens. Para o estudo dos meios usaríamos a pergunta sobre o canal. Com as variáveis “a quem” e “com que efeitos” teríamos a análise da audiência. Esse esquema proposto se insere na chamada Communication Research. Um aspecto importante em relação a esses estudos é a ênfase dada às funções exercidas pelos meios de comunicação de massa.
TEORIA DO ESPELHO: Princípios de objetividade e imparcialidade. Considerada a mais antiga das teorias do jornalismo. Objetivo, neutro e isento. A imprensa só reproduz o que acontece na sociedade. Não é mais empregada no cotidiano (a notícia é a construção da realidade), porém, serve para “isentar o jornalismo” (para defesa das acusações de manipulação e parcialidade dos fatos). Inspiração: positivismo Augusto Comte. O jornalista é visto como um comunicador desinteressado. 
TEORIA DO GATEKEEPER: Diferenciando-se da Teoria do Espelho, a Teoria do Gatekeeper contraria a visão de que o jornalismo seja um reflexo da realidade. Atribui ao jornalista/editor a função de selecionar os fatos/acontecimentos que serão noticiados nos veículos de comunicação. Gatekeeper é aquele que define o que será noticiado de acordo como valor-notícia, linha editorial e outros critérios. Valores-notícia são critérios que influenciam a seleção e o destaque de fatos como produto noticioso. Estes valores ajudam a explicar o que torna algo "digno de ser noticiado". O conceito de gatekeeper (selecionador) foi elaborado por Kurt Lewin. A Teoria do Gatekeeper pressupõe que as notícias são como são porque os jornalistas assim as determinam. David Manning White: Foi o primeiro teórico a aplicar o conceito ao jornalismo. Procurou identificar as razões da rejeição ou da aceitação de determinada notícia. Pamela J. Shoemaker e Tim P. Vos: Filtro do jornalismo, linha editorial. Resumo: o jornalismo tem o centro de suas decisões na intencionalidade dos jornalistas. 
TEORIA DO NEWSMAKING: (submissão a um planejamento produtivo). A teoria do newsmaking pressupõe que as notícias cumprem uma rigorosa rotina industrial determinada pelos veículos de comunicação por causa da quantidade excessiva de fatos presentes no cotidiano. Destacam-se as seguintes práticas inerentes a essa teoria: noticiabilidade, critérios que escolhem, entre inúmeros fatos, uma quantidade limitada de notícias. Sistematização: rotina de divisão das ações que envolvem a pauta, a reportagem e a edição. Valores-notícia: senso comum das redações. Qualquer jornalista sabe dizer o que é notícia e o que não é de acordo com o senso comum. A Teoria do Newsmaking concentra-se no processo de organização do trabalho jornalístico, sem a qual seria praticamente impossível desenvolver o trabalho. 
CONSEQUENCIAS: a) deadlines cada vez mais apertadas; b) devido à internet, perda do seu papel de gatekeeper privilegiado da informação publicamente difundida; c) obrigação de narrar histórias complexas em situações de incerteza, sem todos os dados
disponíveis nem todas as fontes acessíveis; d) pressão pela competição; e) constrangimento pela gestão dos recursos humanos, financeiros e materiais da sua organização noticiosa. A Teoria do Newsmaking pressupõe que as notícias são como são em função das rotinas de produção do jornalismo. É na acepção da Teoria do Newsmaking que o trabalho jornalístico passa a ser visto não como espelho da realidade, e sim como construção da realidade. Resumo: forma de construção da realidade, submetido a uma série de constrangimentos organizacionais próprios das rotinas produtivas de uma organização jornalística. As notícias assumem um formato em função da lógica industrial e empresarial que as conformam, levando em conta as rotinas empregadas na produção jornalística.TEORIA DO AGENDAMENTO ou Agenda Setting: defende a ideia de que os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os assuntos que são veiculados na imprensa, sugerindo que os meios de comunicação agendam nossas conversas. Ou seja, a mídia nos diz sobre o que falar e pauta nossos relacionamentos. Na teoria do agendamento, a mídia induz não o que as pessoas pensarão, mas sobre o que elas debaterão. A seleção de assuntos pode ser de acordo com aquilo que um selecionador entende por interesse público (conteúdo jornalístico) ou com a veiculação promocional fundamentada em necessidades comerciais, organizacionais e/ou programáticas (conteúdo publicitário). Personalidades: Walter Lippmann. 
I. O conceito de “estabelecimento de agenda” (Agenda-setting) foi criado para explicar o impacto dos meios de comunicação na formação da opinião pública.
II. As decisões tomadas pelos editores e jornalistas ao selecionar e reportar a notícia têm um papel importante na construção da realidade política.
III. O processo de construção de agenda é coletivo e recíproco, ou seja, a imprensa, o público e os divulgadores do governo influenciam e são influenciados ao mesmo tempo.
 No processo de comunicação, de acordo com essa teoria, a “saliência” é o conceito que se refere ao valor dado pelo receptor a um determinado assunto da agenda, realizando a interface entre a percepção individual e a opinião pública. 
OBS: Outro aspecto importante é o fato de a hipótese da agenda setting não defender que a imprensa tenha intenção de persuadir. Segundo a interpretação de autores como Pena, a influência da mídia nas conversas dos cidadãos é resultado da dinâmica organizacional das empresas de comunicação. Ou seja, isso acaba acontecendo a partir da adoção dos critérios de noticiabilidade e da própria cultura jornalística. Com a interatividade entre mídia e público redimensionada pela circulação de informações na Web e, especialmente, nas redes sociais, houve uma ampliação proporcional quanto ao conceito de agendamento, ou seja, na forma como a sociedade tende a inserir ou ignorar temas de acordo com o que a mídia pauta. 
ELEMENTOS: a) acumulação (relevância tema); b) consonância (traços comuns mídia); c) onipresença (várias editorias); d) relevância (noticiado por todas as mídias); e) Frame temporal (período de levantamento de dados); f) Time-lag (efeito da mídia sobre o público, assunto ter relevância para o público); g) centralidade (priorizar determinado assunto). Na maioria dos casos, estudos baseados na Teoria do Agendamento referem-se à confluência entre a agenda midiática e a agenda pública. Mass Media meios de comunicação de massa (televisão, rádio, imprensa, etc.): Em consequência da ação dos jornais, da televisão e dos outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligência elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que os “mass media” incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. O público tende a atribuir àquilo que esse conteúdo inclui uma importância que reflete de perto a ênfase atribuída pelos “mass media” aos acontecimentos, aos problemas, às pessoas. 
TEORIA ESTRUTURALISTA (construcionista ou interativista): as notícias são um produto socialmente construído, que reproduz a ideologia dominante e legitima o status quo. Esta linha de investigação concebe como impossível os media simplesmente refletirem à realidade através das notícias, pelo simples fato de que as próprias notícias ajudam a construir a realidade. 
TEORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL DO JORNALISMO: Os jornalistas, como “cães de guarda” da sociedade, e a imprensa, como detentora do “Quarto Poder”. A função da imprensa nas sociedades democráticas seriam a mediação e o esclarecimento, de forma apartidária, neutra, distante e acima das disputas de interesse da sociedade. 
TEORIA DA NOVA HISTÓRIA: O jornalismo não reconstitui a verdade, interpreta-a. Entendimento de Felipe Pena (2005), no livro Teoria do jornalismo. 
TEORIA CULTUROLÓGICA DA COMUNICAÇÃO: Sustenta a ideia de que a mídia não produz uma padronização cultural, mas sim, se baseia em uma padronização já existente nas sociedades, que surge a partir de certas características (humanísticas, nacionais, religiosas. 
TEORIA EMPIRICA DE CAMPO: é um modelo de teoria da comunicação, também conhecido como Teoria dos Efeitos Limitados. Trata de influência e não apenas da que é exercida pelos mass media, mas da influência mais geral das relações sociais. 
TEORIA DA PERSUAÇÃO: É baseada em aspectos psicológicos. Sustenta que o indivíduo tende a se interessar por informações que estejam inseridas em seu contexto sociocultural e político, e com as quais ele esteja de acordo. 
TEORIA DE AÇÃO POLÍTICA: de acordo com essas teoria, a mídia é vista de uma forma instrumentalista. Isto é, serve objetivamente a certos interesses políticos. Na versão da esquerda, a mídia noticiosa é concebida como um instrumento que ajuda a manter o sistema capitalista; na versão da direita, que põe em causa o capitalismo. Nas duas versões, as notícias são distorções sistemáticas, que servem a interesses sociais bem específicos, que usam as notícias na projeção da sua visão do mundo.
TEORIA DOS DEFINIDORES PRIMÁRIOS: é uma concepção instrumentalista sobre a atividade jornalística e reconhece que ela também está sob influência das rotinas produtivas. Sua perspectiva de análise está no poder que fontes privilegiadas têm na construção das notícias. As possíveis distorções do noticiário não seriam fruto da vontade deliberada dos profissionais da imprensa com os dirigentes da classe hegemônica, mas, na verdade, uma subordinação às opiniões das fontes que têm posições institucionalizadas, ou seja, os definidores primários. Pessoas em cargos institucionais, como governadores, prefeitos, presidentes de empresas, delegados de polícia funcionam como definidores primários. Eles são os primeiros a serem procurados para entrevistas, por darem 'legitimidade' ao depoimento, segundo a lógica dos jornalistas. A busca pela objetividade e a rotina produtiva também influenciam esse processo. A preferência pela opinião dos poderosos legitima a informação. 
TEORIA UNIFICADORA OU MULTIFATORIAL: Encara a notícia como o resultado de um processo de construção em que interagem várias forças, como uma função matemática. Uma equação, contemplando: Força pessoal (Fp) Rotinas (R); Tempo (T); Força social; Força ideológica (Fi) Força cultural (Fc) Força do meio físico (Fmf) Força dos dispositivos tecnológicos (Fdt) Força histórica (Fh). SOUZA. 
ABORDAGENS CONTEMPORANEAS DO JORNALISMO
A comunicação intensificada no século XXI trouxe para o jornalismo uma dinâmica que ultrapassa questões como atualidade, proximidade, controvérsia, próprias da atividade jornalística, com a participação e colaboração do cidadão comum na divulgação de informações. Neste sentido, pode-se afirmar que o jornalismo se organiza como atividade de narração dos fatos, apurando e divulgando informações de interesse público, e por constituir-se como atividade de natureza social e profissional dos jornalistas, indispensável à vida em sociedade. 
Jornalismo emancipatório: Jornalista assumir posições, caráter social. Em prol do oprimido, com preocupações sociais. Visa democratizar as discussões no país. Inclusão social. Inspirado em Paulo Freire.
Etnografia é uma metodologia das ciências sociais, principalmente da disciplina de Antropologia, em que o principal foco é o estudo da cultura e o comportamento de determinados grupos sociais.
Estudos qualitativos: para tentar estabelecer relação entre conteúdo jornalístico e mudanças sociais verificáveis. 
Jornalismo de dados: é uma especialidade do jornalismo que reflete o crescente papel dos dados numéricos que são usados na produção e distribuição de informações na era digital. 
Jornalismo profissional: O jornalismo profissional consiste em prestar serviço de informação, através dos canais impressose eletrônicos com qualidade e ética, usando às mídias para a transmissão da verdade dos fatos com isenção para a população, dando subsídios para que os indivíduos possam compreender a realidade e tomar decisões nas esferas políticas, econômicas e sociais, considerando sempre o bem coletivo e a manutenção de um estado democrático de direito.
Jornalismo comunitário: Valorização da realidade local; participação da comunidade durante todo o processo de produção; consagração das ideias da mobilização e da transformação; resgate de um viés pedagógico e educativo; e, articulação com a produção independente e de resistência. 
TECNICAS 
Critérios de noticiabilidade: Os critérios de noticiabilidade podem ser divididos entre critérios de seleção, que dizem respeito à análise dos fatos com potencial para se tornarem notícia e os de construção, que se referem à forma da construção da notícia a partir desta seleção.
Pirâmide invertida: Técnica de estruturação do jornalismo diário que apresenta informações em ordem decrescente de importância, iniciando pelos dados principais, sendo deixados para o final do texto os menos significativos para a compreensão da notícia. 
Lead: Em jornalismo, o lide (do inglês lead; em latim incipit) é a primeira parte de uma notícia. Geralmente o primeiro parágrafo com duas linhas posto em destaque que fornece ao leitor informação básica sobre o conteúdo.
Release: Em poucas palavras, um release é um documento enviado à imprensa. Ele comunica sobre algo, como um lançamento, um evento, uma promoção, uma notícia ou qualquer outra novidade. Seu principal objetivo é comunicar aos veículos sobre algo que podem considerar relevante, gerando o que chamo de mídia espontânea.
Framing: enquadramento da notícia que aumenta ou diminui a importância de certas ideias e temas.
Hipertexto: Para o grande teórico da comunicação, McLuhan, “o meio é a mensagem”. A redação de notícias com hipertexto representa um novo sistema de construção. A tradicional técnica “pirâmide invertida” dá lugar a uma arquitetura noticiosa aberta, com blocos de informação organizados em diferentes modelos, sejam eles lineares ou complexos. 
FIM
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