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aulas-31-a-40-História-da-Educação-Brasileira-3

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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP
http://faculdadefutura.com.br/
1 
 
1 OS JESUÍTAS E O INÍCIO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Agora que já estudamos a história da educação de forma geral, vamos nos 
aprofundar no início da educação no Brasil. 
Como era a educação oferecida pelos jesuítas? Percebemos que a educação 
jesuíta pode ser interpretada a partir de dois grandes objetivos: a colonização (Estado) 
e o missionário (Igreja). Assim, a missão jesuíta tem como projeto manter e propagar 
a fé católica em uma fase em que ela é contestada pela Reforma, pelas religiões 
orientais e dos povos do Novo Mundo, mas também internamente. 
Os jesuítas procuraram através da catequização, apagar as diferenças, negar 
a alteridade, a existência do outro. Os jesuítas querem tornar o outro, o não cristão - 
seja indígena, seja infiel ou herege -, em cristãos, para tornar os homens o mais 
possível iguais. 
 
 
 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/383896/
2 
 
2 DUAS FASES DA EDUCAÇÃO JESUÍTICA 
 
Fonte: wendellbatista.blogspot.com.br 
 
3 PERÍODO “HERÓICO” (1549-70) NESTA FASE, OS JESUÍTAS VIVEM NAS 
ALDEIAS COM OS ÍNDIOS, ADOTAM SEUS COSTUMES. 
Não reconhecem a existência de diferentes culturas indígenas e entre os 
brancos. 
A catequese se fazia por contato e convencimento, através de alianças com 
os chefes indígenas e a utilização de interpretes mamelucos. Há adaptação e 
permeabilidade nos comportamentos de ambas as partes. No entanto, os índios são 
resistentes à catequização, levando os jesuítas a utilizarem novas metodologias, 
passando a transformar, suprimir a cultura indígena, para depois ensinar a doutrina. 
Surgem a partir daí os aldeamentos de adultos e os recolhimentos de 
crianças, as chamadas missões, iniciadas pelo padre Nóbrega e com o apoio da 
Coroa Portuguesa. Essa fase do ensino jesuíta aos índios, especificamente as 
“casas de meninos”, oferece atividades de aprendizado oral do português e do 
contar, cantar, tocar flauta e outros instrumentos musicais, catecismo e a doutrina 
cristã. Mais tarde, ler e escrever português e o ensino profissional artesanal e 
agrícola. 
3 
 
4 PERÍODO DE CONSOLIDAÇÃO (1570-1759) 
Instalados nas principais vilas da colônia os colégios foram viabilizados 
porque, em troca dessa tarefa de educar os meninos brancos, a Coroa, já dominada 
pela burguesia mercantil ofereceu para o sustento da ação missionária nessas 
instituições, uma taxa que era arrecadada sobre 10% das dízimas que recolhia. Os 
estudos permitidos pelos jesuítas eram aqueles relacionados às humanidades e 
estavam reunidos na Ratio Studiorum (Ibid. 08). Todos os professores deveriam 
seguir tal plano de estudos, podendo até mesmo serem expulsos da docência caso 
se afastassem das orientações ali previstas. A educação promovida pelos padres 
jesuítas se dava de forma tradicional. 
O professor centralizava o processo educacional na sua pessoa, não havendo 
oportunidade para debates e discordâncias. Quanto à educação feminina, esta 
limitava-se ao aprendizado das boas maneiras e dos afazeres domésticos. Em 1759, 
os jesuítas são expulsos pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e 
Melo) e são criadas as Aulas Régias de latim, grego, retórica e filosofia. Deixam de 
existir dezoito estabelecimentos de ensino secundário e vinte e cinco escolas de ler e 
escrever. 
 
5 O PERÍODO IMPERIAL E A EDUCAÇÃO 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
4 
 
Com a vinda da Família Real para o Brasil, apenas o ensino superior é 
impulsionado. Dom João cria diferentes cursos com a finalidade de viabilizar a vida 
dos nobres instalados na nova terra. 
Não houve interesse na criação de uma universidade. O ensino superior no 
Brasil desde o seu princípio se constituiu de cursos e escolas isoladas. Os ensinos 
secundário e primário carecem de articulações, prejudicando o sistema educacional. 
Os currículos dos diversos níveis não se relacionam entre si, criando disciplinas 
dissociadas e privilegiando um ensino propeudêutico, preparatório para a faculdade. 
Apesar de toda uma influência religiosa, percebemos algumas iniciativas de inspiração 
positivista, criadas geralmente por médicos e engenheiros. O ensino elementar não é 
prioridade, visto que a grande população rural analfabeta é composta, sobretudo, por 
escravos. Inicialmente destinada apenas aos rapazes, somente 30 anos após sua 
criação, a escola normal de São Paulo é oferecida para o segmento feminino. Quanto 
ao ensino secundário e elementar, são deixados ao encargo das províncias. Algumas 
razões pelas quais este nível de ensino mostra-se pouco difundido são os orçamentos 
escassos das províncias, a proibição da frequência dos escravos à escola e a falta de 
exigência do curso primário para o ingresso no secundário. 
O ensino técnico-profissional e o ensino normal também foram relegados à 
segundo plano. Os concluintes destas modalidades de ensino não podiam ingressar 
nos cursos superiores; somente os concluintes do ensino secundário possuíam tal 
direito. 
E os conteúdos de ensino? Os conteúdos deste nível de ensino enfatizavam 
as Humanidades e consistiam no ensino de latim, retórica, filosofia, geometria, 
francês e comércio. A tônica do ensino secundário era o ingresso no curso superior, 
ou seja, possuía fim eminentemente propedêutico. 
O Ato Adicional de 1834 instituiu uma divisão das competências educacionais 
muito parecida com a de hoje, pois o poder central cuidava especialmente do ensino 
superior e as províncias deveriam se responsabilizar pelo ensino primário e 
secundário. Um sistema de ensino integrado ainda estava muito longe de ser 
alcançado. Em relação ao acesso à escola, apenas 15% da população em idade 
escolar estavam inscritas. 
 
 
 
5 
 
6 A EDUCAÇÃO NO PERÍODO REPUBLICANO 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
As transformações que ocorrem no período de 1870- 1920 acabam por 
marcar significativamente o contexto educacional do Brasil. São eles: 
 A remodelagem das relações de trabalho do regime escravo para o do 
trabalho livre e assalariado, defendida e praticada pelos cafeicultores-
empresários do centro- oeste paulista. Praticando o imigrantismo, eles 
fazem de São Paulo o novo pólo econômico da Nação 
 crescimento dos setores de prestação de serviços e da pequena 
indústria (têxtil, por exemplo), associada ao início da urbanização, ao 
crescimento das camadas médias e ao aparecimento de um 
proletariado urbano formado pelos imigrantes que, chegados ao país, 
abandonam o trabalho na zona rural e passam ás cidades 
 A presença forte do capital estrangeiro: no início, capitais ingleses e, 
depois, norte-americanos, o que ajuda a entender a 'aproximação' a 
Washington nos campos da política e da cultura que ocorre no período 
 A intensa circulação de novas tendências de pensamento. Uma delas é 
o positivismo, que teve ampla aceitação na sociedade brasileira, não 
apenas pelo seu 
http://slideplayer.com.br/slide/1223128/
6 
 
 cientificismo, isto é, enquanto proposta de cultivo das ciências 
modernas como base do progresso, como ainda pela sua ética cívica 
de respeito à lei e ao princípio do bem comum. Outra é o industrialismo 
cosmopolita, do qual são exemplares as ações de Rui Barbosa no 
Ministério da Fazenda e a de Benjamin Constant no Ministério da 
Educação, os quais, já nos anos 1890- 91, promoveram iniciativas 
econômicas e educacionais de interesse dos industriais, desviando a 
ênfase na agricultura 
 O fim da monarquia, cuja causa pode ser relacionada às disputas pelo 
poder político entre segmentos das classes dirigentes, com os militares 
compondo-se com os cafeicultores organizados nos Partidos 
Republicanos provinciais e com uma pequena parcela de 
representantes das camadas médias urbanas. 
7 A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA 
 
 
Fonte: pt.slideshare.netPodemos perceber maior movimentação em termos de ideias no campo 
educacional. Estas ideias, por exemplo, o direito de todos à educação, a gratuidade e 
obrigatoriedade do ensino de primeiro grau e a liberdade de ensino, ainda hoje são 
7 
 
discutidas e vistas como ideais a serem alcançados. No entanto, parece-nos que 
teremos um longo caminho a ser percorrido até que esses ideais sejam garantidos à 
maioria da população brasileira. 
Neste período, surgem dois importantes movimentos de educação: o 
entusiasmo pela educação e o otimismo pedagógico. O primeiro movimento divulgava 
a ideia de que os problemas do país poderiam ser resolvidos por meio da extensão 
da escola elementar a todos. Já o segundo movimento, preconizava a questão da 
qualidade do ensino, ou seja, não bastava apenas garantir matrículas para o povo, 
era preciso cuidar também da qualidade do ensino oferecido. 
O período republicano marca a presença da preocupação, tanto de intelectuais 
quanto de políticos, com as taxas elevadas de analfabetismo. No ano de 1920, 75% 
da população eram analfabeta. A classe política possuía um grande interesse ao 
combater o analfabetismo, visto que os analfabetos não podiam votar. Em termos 
pedagógicos, três correntes representam os diferentes setores da sociedade da 
época: a Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e a Pedagogia Libertária. 
A Pedagogia Tradicional estava ligada às oligarquias dirigentes e à Igreja. A 
disciplina rígida, o cultivo da atenção e a emulação, ou seja, a competição, individual 
ou coletiva, entre outros, caracterizavam esta corrente, que sofreu importante 
influência da pedagogia dos jesuítas. No entanto, a Pedagogia Tradicional brasileira 
foi também influenciada pelas teorias pedagógicas modernas americanas e alemãs, 
fundamentadas no pensamento do filósofo alemão Johann Friedrich Herbart. 
A Pedagogia Libertária baseava-se em: educação de base científica; dicotomia 
entre educação e instrução; educação moral mais prática; adaptação do ensino ao 
nível psicológico das crianças; co-educação; criatividade; livre expressão; contato com 
a natureza; produção de textos críticos etc. 
A Pedagogia Nova, baseada nos estudos de John Dewey, enfatizou os 
métodos ativos de ensino-aprendizagem, a liberdade e interesse das crianças, o 
trabalho em equipe e a prática dos trabalhos manuais. O centro do processo ensino- 
aprendizagem passava a ser o aluno e não mais o professor, como na Pedagogia 
Tradicional. 
 
 
 
 
8 
 
8 A EDUCAÇÃO NA SEGUNDA REPÚBLICA 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Assim como na Primeira República, as forças sociais da Segunda República 
se identificaram com determinadas correntes pedagógicas. O objetivo de Vargas se 
deu no sentido de conquistar esses vários setores sociais, em especial, as facções 
conservadoras e os grupos ligados às vanguardas dos educadores brasileiros. 
Neste sentido, o Ministro da Educação de Vargas, Francisco Campos, é 
nomeado, por transitar muito bem entre liberais e conservadores. A reforma 
promovida por Campos é imposta a todo território nacional. No entanto, não soluciona 
as mazelas do ensino popular e nem se preocupa com a expansão e melhoria do 
curso primário. 
A instalação da Assembleia Nacional Constituinte e a consequente 
Constituição de 1934 refletem o debate das forças sociais em questão. Tal 
constituição, apesar de ser a mais progressista em matéria de educação, pois não é 
omissa em relação a este tema, opta por uma solução de conciliação quando o 
assunto se mostra polêmico. Um exemplo disso refere-se ao projeto de laicidade do 
ensino que é substituído pela inserção do ensino religioso na escola. 
Quanto ao progressismo da Carta, podemos lembrar o artigo que torna o 
ensino primário obrigatório e gratuito e, ainda, a fixação dos recursos orçamentários 
destinados à educação de 10% para a União e 20% para os estados. 
http://slideplayer.com.br/slide/1844112/
9 
 
Sem dúvida, a Segunda República apresenta avanços reais em termos 
educacionais. Neste período começam a ser criadas e a funcionar, de fato, as 
universidades no Brasil. 
O ensino secundário passa a ter como objetivo a formação geral, junto ao 
preparo para o ensino superior. Sua duração de sete anos é dividida em: fundamental 
e complementar. Este último oferecia três modalidades que atendiam aos candidatos 
aos estudos jurídicos, aos estudos médicos e farmacêuticos e também àqueles que 
se destinassem aos cursos de Engenharia e Arquitetura. 
9 ESTADO NOVO X REDEMOCRATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
O Estado Novo é instituído a pretexto de combater as ideias comunistas. Na 
verdade, fora criado com a finalidade de perpetuar Getúlio Vargas no poder, 
suspendendo, assim, as eleições presidenciais que aconteceriam em janeiro de 
1938.té mesmo um falso plano (Plano Cohen) foi elaborado para justificar a atitude 
anti- democrática de Vargas. 
O Plano Cohen foi elaborado prevendo a instalação de um governo comunista 
e o assassinato de vários políticos brasileiros. Com isso, Getúlio Vargas decreta 
estado de guerra, podendo, então, centralizar o poder em suas mãos. 
10 
 
O Estado Novo também procurava orientar a mentalidade da sociedade para 
instruir a moderna nação brasileira. Assim, a educação escolar procura promover os 
valores, como patriotismo, mulher-mãe, trabalhador-herói, nação eugênica; valores 
esses atribuí- dos à família, à religião, à pátria e ao trabalho. 
Com o advento do Estado Novo e a imposição da Constituição de 1937, você 
poderá perceber que o governo deixa de se comprometer com a educação pública 
assumindo, assim, papel suplementar. Tanto é assim que a Carta Magna de 1937, só 
garante ensino público para aqueles que demonstrassem falta ou insuficiência de 
recursos. 
Essa situação permanece até 1945. A partir daí, o país vive quase 
duas décadas de regime democrático. 
10 ESTADO NOVO E EDUCAÇÃO 
 
Fonte: www.youtube.com 
 
 
Para a educação, o Estado Novo significou um retrocesso. O direito de todos 
à educação passa a ser pouco explícito. Somente aqueles alunos que não 
possuíssem recursos para custear sua educação em instituições particulares teriam 
http://www.youtube.com/
11 
 
direito ao ensino em instituições públicas. Logo, podemos observar que a ênfase 
estava situada nas escolas particulares, o Estado eximia-se das responsabilidades 
quanto à educação do povo. 
Outro aspecto a ser ressaltado, e que confirma a ideia contida no parágrafo 
acima, refere-se ao estabelecimento de uma contribuição – a caixa escolar – por parte 
daqueles que não pudessem alegar falta de recursos. Contraditoriamente, a 
Constituição afirma ser o ensino primário obrigatório e gratuito. 
No entanto, o artigo mais polêmico da Constituição de 1937 refere-se ao 
ensino vocacional. Tal modalidade de ensino passa a ser destinado às classes 
menos favorecidas e a ser o primeiro dever do Estado. Sendo assim, o sistema dual 
e elitista de educação é consagrado pela Constituição. 
O governo do Estado Novo dá continuidade às reformas da legislação 
educacional iniciadas com a Revolução de 1930. O ensino secundário sofre uma nova 
reforma e acontece a regulamentação dos diversos ramos do ensino técnico- 
profissional: industrial, comercial e agrícola. O ensino primário, o ensino normal e o 
agrícola só foram regulamentados após a queda de Getúlio. No entanto, os 
decretos- leis referentes a esses cursos foram elaborados no decorrer do Estado 
Novo, não fugindo ao espírito do modelo anti-democrático, característico do período. 
11 REDEMOCRATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO: A QUARTA REPÚBLICA 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
http://slideplayer.com.br/slide/5615986/
12 
 
Neste período, equivalente à Quarta República, alguns fatos devem ser 
destacados: a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN) e os movimentos de educação popular. Entre os movimentos acima 
mencionados, citamos o ProgramaNacional de Alfabetização, onde se desenvolveu 
o Método Paulo Freire de Alfabetização de Adultos. 
A Constituição de 1946 traz de volta o regime democrático ao país. No 
capítulo referente à educação, princípios que antes pertenciam à Constituição de 1934 
passam agora a ser novamente lei. São exemplos dessa afirmação: o direito de 
todos à educação, ao ensino primário obrigatório e gratuito na rede oficial e à 
assistência aos estudantes. Apesar dessas mudanças, a legislação educacional 
anterior vigora até 1961, quando é promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. 
A LDBEN/61 apresenta avanços, pois pela primeira vez temos uma lei que se 
preocupa com todos os níveis escolares, embora tenha ficado no Congresso Nacional 
por treze anos, tempo suficiente para grandes transformações das necessidades 
educacionais. Além disso, o ensino técnico-profissional consegue sua equivalência 
legal ao secundário. Vale lembrar que antes de 1961, os estudantes desta modalidade 
de ensino não podiam prestar exames vestibulares. 
Dois grandes debates agitam a nova lei: monopólio do Estado quanto à 
educação X iniciativa privada e ensino religioso obrigatório X ensino laico. Novamente, 
a solução a que se chega é conciliatória; a educação será oferecida nas escolas 
públicas e também será livre à iniciativa privada, fiscalizada pelos órgãos 
governamentais. O ensino religioso será obrigatório para a escola e facultativo para 
os alunos. A estrutura do sistema escolar brasileiro sofre modificações. Passa a se 
constituir de educação pré-primária, ensino primário, ensino médio (ginasial e colegial) 
e ensino superior. 
O Programa Nacional de Alfabetização, apesar da sua curta duração obteve 
sucesso, graças à utilização do Método de Paulo Freire. O Método Paulo Freire 
preconizava a alfabetização de adultos a partir das situações do cotidiano dos 
educandos. Utilizando palavras-geradoras, retiradas deste cotidiano, a equipe de 
Paulo Freire propunha o debate crítico das situações sugeridas. O método visava a 
conscientização dos educandos, a partir do diálogo estabelecido entre educando e 
educador. Todo saber era valorizado. Para Paulo Freire, não é possível que haja um 
13 
 
ser completamente ignorante. Todas as pessoas têm sempre algo para ensinar e para 
aprender. 
12 A DITADURA MILITAR E CONSEQUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
O período de redemocratização da sociedade brasileira teve seu fim com o 
Golpe Militar de março de 1964.Todos os setores da sociedade foram atingidos 
duramente, inclusive a educação. Professores, alunos e funcionários das instituições 
escolares tiveram sua liberdade controlada e foram punidos quando discordavam do 
governo. Neste sentido, o Decreto-Lei 477, de 26 de fevereiro de 1969, torna 
legítimo tal controle. 
A universidade brasileira, participante engajada da vida política e social, foi 
imediatamente alvo de reforma. O vestibular classificatório e o regime de créditos 
foram instituídos como forma repressora de resolver os problemas. O primeiro teve 
como meta acabar com a figura do “excedente” e o segundo dificultou a organização 
dos discentes. Outras grandes transformações aconteceram na universidade 
brasileira. Entre elas, podemos citar: a substituição da cátedra pelos departamentos; 
o fim do modelo da Faculdade de Filosofia e a instituição regular dos cursos de 
Mestrado e Doutorado. 
14 
 
Além dessas transformações, a ditadura militar “resolve” o problema da 
democratização do nível superior, a partir do incentivo à privatização deste grau de 
ensino. Pode-se dizer que esta privatização deu-se de maneira desordenada, 
prejudicando a qualidade dos estudos deste grau. 
Todas essas mudanças foram frutos dos acordos assinados pelo Brasil e os 
Estados Unidos. Estes acordos tornaram-se conhecidos como Acordos MEC - USAID. 
A comunidade universitária não fica satisfeita com tais reorganizações, porém seu 
poder de reivindicação é podado pelo aparato repressor instaurado com a Ditadura 
Militar. O 1º e o 2º graus também são atingidos, passando agora a oferecer ensino 
profissionalizante obrigatório como forma de controle do acesso ao ensino superior. 
Somente em 1982 o ensino profissionalizante deixa de ser obrigatório. Enfim, 
os resultados da política educacional da ditadura militar são os que ainda hoje 
vemos: alto índice de evasão e repetência, deficiência de recursos materiais e 
humanos, professores mal remunerados e alto índice de analfabetismo. 
 
 
 
Questão 01 
É notável que as grandes transformações na educação brasileira, em termos 
de universalização do acesso e consolidação de um projeto de educação para todos, 
tenham ocorrido muito recentemente. No final da década de 1970 e início da de 1980 
iniciou-se a expansão da rede pública de ensino no Brasil. A Constituição Federal de 
1988, com todas as contradições enfrentadas, ajudou a consolidar e projetar a ideia 
política de uma educação republicana e democrática. No Brasil destaca-se, a partir da 
década de 1990, a estruturação dos elementos centrais que possibilitaram a expansão 
e a consolidação da educação básica pública: diretrizes, financiamento e avaliação. 
Nesse sentido, são marcos importantes, EXCETO: 
a) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394, de 20 
de dezembro de 1996, que estabelece princípios e direitos, determinando 
competências para sua garantia. 
b) Os mecanismos transparentes de financiamento, com a criação do Fundef 
(1996) e posterior Fundeb (2007) o Fundo de Manutenção e 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
15 
 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais 
da Educação. 
c) A implantação do programa cultural do MOBRAL, criado com o objetivo de 
dar prosseguimento à formação acadêmica do indivíduo. Vislumbrava a 
disseminação da cultura, valorizava e preservava os valores vigentes. 
d) A implantação de mecanismos de avaliação periódicos com dados 
publicados. Na década de 1990 teve início o Provão, que avaliava os 
cursos do Ensino Superior e durou de 1996 a 2003. Para a Educação 
Básica destaca-se a criação, em 2007, do Ideb Índice de Desenvolvimento 
da Educação Básica. 
 
Questão 02 
Sobre a Educação Superior no Brasil é CORRETO afirmar que: 
a) No Brasil, as universidades podem ser classificadas enquanto públicas e 
filantrópicas. 
b) Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado 
ao mínimo de quatorze horas semanais de aulas. 
c) Está disposto no Art. 207 da Constituição Brasileira de 1988 que “As 
universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de 
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. 
d) As instituições que ofertam ensino superior, de acordo com a sua 
organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são credenciadas 
como faculdades e universidades. 
e) A Educação Superior abrangerá cursos sequenciais por campo de saber, 
de diferentes níveis de abrangência, cursos de graduação, cursos de pós-
graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, e cursos 
de extensão. 
 
Questão 03 
No Brasil, além da pouca tradição de avaliação de programas educacionais, 
quando esta ocorre, muitas vezes, reveste-se de um caráter formal, não se 
observando a valorização de seus resultados para a revisão/reformulação das 
16 
 
propostas e ações que constituem objeto de avaliação (BAUER; SOUZA, 2015). No 
intuito de avançar e superar o caráter formal e burocrático no processo de avaliação 
de programas, é preciso: 
I- avançar no sentido da maior institucionalização das avaliações não no 
plano simplesmente administrativo, fiscalizatório ou burocrático-formal, 
mas no sentido formativo, que busque incorporar o uso dos resultados 
obtidos para mudanças, reajustes e melhorias das políticas públicas. 
II- concretizar uma perspectiva de avaliação quevenha a constituir, numa 
ação intrínseca, a execução de um programa que suponha o 
enfrentamento de limitações de natureza técnica, que abrange desde a 
opção por abordagem avaliativa adequada aos propósitos e ao objeto 
de avaliação até a construção de instrumental válido e fidedigno. 
III- que o avaliador não tenha independência e nenhum controle das 
informações por ele fornecidas. Afinal, o relatório pertence à burocracia 
da instituição avaliada e vai para seus arquivos. 
IV- nas decisões relativas ao delineamento da proposta avaliativa, 
estabelecer indicadores capazes de sintetizar dimensões de qualidade 
do objeto em análise. Etapa complexa, principalmente, quando se trata 
de avaliar objetos no âmbito educacional. 
V- entender que a avaliação é realizada para satisfazer os propósitos e 
valores daqueles que a contratam e deve fornecer informações 
técnicas que ajudem as instituições a atingirem seus objetivos, 
exclusivamente, políticos de interesse interno. 
 
Estão CORRETAS as afirmativas: 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e IV. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
 
 
 
17 
 
Questão 04 
 
 
 Fonte: www.sp.gov.br 
 
O quadro Operários, de Tarsila do Amaral, foi pintado em 1933 e busca 
representar, entre outras coisas, o crescimento urbano que o país experimentava à 
época. No mesmo período, iniciou-se uma intensa expansão do número de vagas 
nas escolas públicas brasileiras, incentivada pelo: 
a) Convênio firmado entre o Ministério da Educação e a agência norte-
americana USAID, que previa a cooperação para a expansão da rede de 
ensino; 
b) Governo de Getúlio Vargas, que capitaneou propostas trazidas pelo 
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e deu lugar de destaque à 
educação pública em seu projeto nacionalista; 
c) Vagas nas escolas públicas brasileiras, incentivada pelo: (A) convênio 
firmado entre o Ministério da Educação e a agência norte-americana 
USAID, que previa a cooperação para a expansão da rede de ensino; 
d) Movimento Modernista, que congregava pintores, escritores, músicos e 
dramaturgos vinculados à bandeira da educação pública de qualidade; 
e) Papel das universidades públicas, que se tornaram celeiros de novas 
teorias pedagógicas e locus de formação de novos professores para 
atuarem nas escolas públicas. 
 
 
http://www.sp.gov.br/
18 
 
Questão 05 
Para os signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932, o 
novo homem, com hábitos novos de adaptabilidade e ajustamento, não pode ser 
formado pela maneira estática da escola tradicional que desconhecia o maior fato da 
vida se abriu o ciclo da aplicação da ciência à vida. Pretendendo superar o que 
consideravam os limites da escola tradicional, o movimento denominado Escola Nova 
propõe a(o) 
a) Recuperação de uma pedagogia da essência, a partir da qual a criança é 
vista como um adulto incompleto, que necessita ser orientada e 
direcionada para o pleno desenvolvimento de suas habilidades e 
potencialidades, de modo a se tornar um indivíduo comprometido com os 
valores de sua comunidade. 
b) Concepção de escola como um local de socialização do conhecimento 
elaborado, que possibilite às camadas populares o acesso à educação, a 
partir do reconhecimento das desigualdades que são produzidas e 
perpetuadas pelo contexto social no qual o ser humano está inserido. 
c) Centralidade na figura do professor, que detém o saber, a autoridade e é 
responsável pela direção do processo de aprendizagem, cabendo ao 
professor coordenar esse processo, transmitindo os conhecimentos das 
humanidades e das ciências, bem como alguns valores fundamentais para 
a vida em sociedade. 
d) Estruturação da escola, tendo como referência o modelo empresarial, 
adequando a educação às exigências da sociedade industrial e 
tecnológica e transmitindo conteúdos fundamentados em informações 
objetivas que proporcionem, posteriormente, a adequada adaptação do 
indivíduo ao trabalho. 
e) Posicionamento do aluno no centro do processo, em função de uma 
preocupação com a natureza psicológica da criança, de modo que a 
escolha dos conteúdos gire em torno dos interesses infantis, sendo papel 
do professor despertar a atenção e a curiosidade da criança, sem que sua 
espontaneidade seja cerceada.

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