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PCC_HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO _História Licenciatura_ 2020.3 EAD_

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Universidade Estácio de Sá 
História da Educação 
(EEL0003/3621699) 9011 
 
 
 
 
Prática como Componente Curricular (PCC) 
 
 
 
 
 
REVISITANDO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
4017 - História - Licenciatura - 2020.3 EAD 
Professor: THAUANA PAIVA DE SOUZA GOMES 
 
 
 
ROBÉRIO DE SOUSA DOS SANTOS 
2020.09.02002-1 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
2020 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 2 
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................................. 2 
EDUCAÇÃO NO MUNDO: DAS SOCIEDADES PRIMITIVAS À CONTEMPORANEIDADE 2 
2.1 EDUCAÇÃO NAS SOCIEADES PRIMITIVAS........................................................................... 2 
2.2 EDUCAÇÃO NA GRECIA CLÁSSICA....................................................................................... 2 
2.3 EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA................................................................................................ 2 
2.3.1 CONTEXTO DA IDADE MÉDIA.............................................................................................. 2 
2.3.2 AS SETE ARTES LIBERAIS............................................................................. 3 
2.3.3 SURGIMENTO DA ESCOLÁTICA.......................................................................................... 3 
2.3.4 SURGIMENTO DAS UNIVERSIDAES..................................................................... 3 
2.4 EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA........................................................................ .. 3 
2.4.1 EDUCAÇÃO E RENASCIMENTO........................................................................ ... 3 
2.4.2 REFORMA E CONTRA REFORMA RELIGIOSA....................................................... 4 
2.4.3 O ILUMINISMO........................................................................ ......................... 4 
2.4.4 A PEDAGOGIA NA MODERNIDADE...................................................................... 4 
2.5 EDUCAÇÃO NA IDADE CONTEMPORÂNEA............................................................. 5 
2.5.1 CONTEXTO ....................................................................................................... 5 
2.5.2 A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE.......................................................... . 5 
EDUCAÇÃO NO BRASIL: DO BRASIL COLONIAL AOS DIAS ATUAIS.......................... ....... 6 
3. CONTEXTO.......................................................................................................... 6 
3.1 BRASÍL COLÔNIA........................................................................ ....................... 6 
3.1.1 INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA................................... 6 
3.1.2 OS JESUITAS........................................................................ .......................... 6 
3.2 BRASIL IMPÉRIO........................................................................ ......................... 7 
3.3 A PRIMEIRA REPÚBLICA........................................................................ ............... 7 
3.3.1 DECADA DE 20.................................................................................... .............. 8 
3.4 ERA VARGAS (1930-1945) ........................................................................ ......... 8 
3.4.1 GOVERNO PROVISÓRIO (1930-34) E GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937) ........ 8 
3.4.2 O ESTADO NOVO (1937-1945) ........................................................................ ... 8 
3.5 NOVA REPÚBLICA (1946-1963) ........................................................................ .... 9 
3.6 GOVERNO MILITAR (1964- 1985) .................................... .................................... .... 9 
3.7 REDEMOCRATIZAÇÃO......................................................................................... 10 
3.7.1 CONTEXTO....................................................................................................... 10 
3.7.2 AVANÇOS E RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO – 1985 até os dias atuais ....................... 10 
3.7.2.1 O GOVERNO BOLSONÁRO........................................................................ ...... 12 
3.7.2.2 GOVERNO DE POLÊMICAS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO....................................... 13 
4. CONCLUSÃO........................................................................ ............................... 15 
5. BIBLIOGRAFIA........................................................................ .......................... 15 
 
2 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A presente Prática como Componente Curricular (PCC) tem como objetivo identificar: As 
características dos modelos educacionais no decurso da história, bem como suas contribuições para 
a formação dos sujeitos e das sociedades; os fatos históricos, situações e contribuições dos povos, 
que se destacaram como propostas pedagógicas das escolas e como essas contribuições estão 
presentes na constituição dos modelos de formação do sujeito e evolução da sociedade; e a 
importância do diálogo produtivo entre História e Pedagogia. 
Esta prática tem como procedimentos metodológicos: o conteúdo estudado na disciplina de 
História da Educação, e pesquisas em sítios na internet. No desenvolvimento foi realizado em duas 
partes, sendo a primeira titulada Educação no Mundo: das sociedades primitivas à 
contemporaneidade; e uma segunda parte, com o título Educação no Brasil: do Brasil Colônia aos 
dias atuais. Por fim realizar uma parte conclusiva e uma apresentação das referencias bibliográficas. 
Nos dois fragmentos buscou-se, apresentar os contextos e sumária explicação para os temas 
abordados, e não somente citá-los, relacionando-os com a origem dos eventos e com características 
educacionais em cada período cronológico, desse modo, facilitando a identificação dos fatos, 
situações e contribuições que escreveram as paginas da História da Educação. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
EDUCAÇÃO NO MUNDO: 
DAS SOCIEDADES PRIMITIVAS À CONTEMPORANEIDADE 
2.1. EDUCAÇÃO NAS SOCIEADES PRIMITIVAS 
Nas sociedades primitivas não existiam escolas nem métodos de educação, no entanto já 
existia educação, cujo objetivo era promover o ajustamento da criança ao seu ambiente físico e 
social, por meio da aquisição de experiências de gerações passadas. Uma das formas que a criança 
adquiria conhecimento entre os povos primitivos era pela imitação, onde iniciavam na adolescência 
até o ingresso do jovem na comunidade adulta da tribo. Com sua evolução natural o homem se 
organizou e promoveu algo mais estruturado em termos de conhecimentos onde pode contribuir com 
outros semelhantes, com os seus saberes, para o desenvolvimento da sociedade e o mundo. 
 
2.2. EDUCAÇÃO NA GRECIA CLÁSSICA 
Na Grécia clássica destacaram-se três pensadores de grande importância para a Filosofia 
clássica e educação: Sócrates criou a Maiêutica, que consistia em um método de ensino 
investigativo que se baseava nas interrogações para dar à luz o conhecimento; Platão que formulou a 
teoria do conhecimento que, tinha por base a convicção de que o mundo sensível em que vivemos é 
apenas um mundo aparente, incapaz de nos oferecer conhecimento verdadeiro, e Aristóteles que 
propõe uma teoria do conhecimento praticamente inversa à teoria de Platão ao defender que a 
relação de nossos sentidos com o mundo visível nos possibilita a chegada ao conhecimento. 
A educação na Grécia o jovem cidadão aprendia com um processo voltado para a vida social 
e o aspecto intelectual e a educação pelas artes era fundamental para gerar esse homem. Em 
Atenas o principal objetivo da educação era preparar integralmente o cidadão para a política, onde a 
retórica era o meio que utilizavam para que fossem capazes de se expressar oralmente. A educação 
em Esparta era voltada para a formação de soldados para as guerras onde a práticaeducacional 
consistia em desenvolver as habilidades físicas para a formação do guerreiro. 
A educação na Roma Antiga baseava-se no pater familias, com a educação da criança de 
responsabilidade da família, o mais elevado estatuto familiar (status familiae), e a autonomia da 
educação paterna era uma lei do Estado – o pai é dono e artífice de seus filhos. O jovem romano 
antes de cumprir o serviço militar, adquiria conhecimentos de Direito, de prática pública e da 
eloquência. Em Roma, os escravos gregos ensinaram a própria língua aos seus senhores e 
transmitiram sua cultura aos romanos. A Educação tornou-se um ofício praticado, inicialmente, por 
escravos no interior da família e, em seguida, por escravos libertos na escola. Os romanos 
desenvolveram um sistema de ensino: um organismo centralizado que coordenava inúmeras 
instituições escolares espalhadas por todas as províncias do império, constituídas em caráter oficial 
pela intervenção do Estado. 
2.3 EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA 
2.3.1 CONTEXTO DA IDADE MÉDIA 
A Idade Média é um período marcado pelo surgimento de um novo tipo de intelectual na 
Europa Ocidental: os padres cristãos os principais responsáveis por manter uma Educação formal 
(escolas) na Europa entre os séculos V e XV e que são conhecidos como membros da Patrística. A 
Igreja, por meio de seus membros, transmitiu uma mistura das culturas antigas (greco-romana) 
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cristianizadas e sua estrutura de manutenção era formal, organizada em centros de formação desses 
clérigos. O saber antigo preservou-se nos livros que os mosteiros e as igrejas agasalharam 
carinhosamente. Pode-se dividir a Idade Média, no que diz respeito à Educação, em duas linhas 
principais: Agostinho de Hipona com a Patrística e Tomás de Aquino com a Escolástica. 
A Teologia era considerada na Idade Média o saber capital, em que os eclesiásticos se 
voltariam por toda a vida. O pleno desenvolvimento das “ciências investigativas” ficava restrito em 
razão do objetivo que se conferia ao conhecimento, prevalecia o princípio de que o fim último do 
homem era chegar ao Reino de Deus e que a revelação se encontrava nas sagradas escrituras. 
2.3.2 AS SETE ARTES LIBERAIS 
No período medieval prevalência o modelo de educação chamado de Sete Artes Liberais 
criado por Marciano Capela e constituía-se por três artes da alma (Trivium), inspiradas por Deus, e 
quatro artes humanas (Quadrivium). O Trivium como a capacidade de bem falar, bem escrever e 
bem argumentar e tinha como disciplinas a Dialética, Retórica e Gramática, sendo o latim era uma 
língua entendida como sagrada; e o Quadrivium as artes humanas tinham relação direta com a mão 
humana, trabalhos artesanais e com a interpretação do mundo e tinham como disciplinas a 
Aritimética, Geometria, Música e Astronomia, sendo a mais contestada das artes. Na Alta Idade 
Média, a erudição e o domínio das Sete Artes Liberais eram considerados fatores de diferenciação e 
importância dentro e fora da Igreja onde tinha a finalidade de mostrar para seus pares e para o povo 
o quanto o detentor desse conhecimento tinha educação e o quão diferente ele era. 
2.3.3 SURGIMENTO DA ESCOLÁTICA 
A junção de influências da cultura Islâmica com a Cristã possibilitou a compreensão do 
surgimento da Escolástica. Tanto no Islamismo quanto no cristianismo foram observados elementos 
que se fundiram - a erudição, a escrita, a língua e metodologias nas escolas - que representam 
importantes contribuições para o desenvolvimento do conhecimento e estruturação das escolas. 
A escola Islâmica a instrução ocorria em centros formados dentro das mesquitas, onde 
deveria ser ensinados uma formação básica no idioma e alguns rudimentos de filosofia e religião 
Islâmica; e os estudos avançados eram realizados em centros conhecidos como “Casas de Cultura” 
os chamados embriões das universidades medievais. 
As escolas cristãs eram organizadas principalmente nos mosteiros, dos oito anos aos18 
anos, onde os alunos decidiam se seguiriam a vida eclesiástica ou não. No período do governo 
Franco de Carlos Magno, surgem às primeiras escolas nas cidades, com profissionais que ofereciam 
seus serviços como professores particulares. Esses locais eram reconhecidos como escolas menores 
e eram depreciadas pelas grandes escolas monacais e, por isso, tratadas com desdém, como 
escolinhas ou Escolástica. 
2.3.4 SURGIMENTO DAS UNIVERSIDAES 
O século XIII europeu, caracterizado pelo o século da Europa escolar e universitária. A partir do 
século XII, beneficiadas pelos burgueses, ocorre à multiplicação das escolas urbanas e por extensão, 
criou-se uma fundação capital para o ensino na Europa introduzindo a tradição das “escolas 
superiores”, as universidades. A primeira universidade foi a de Bolonha. A Universidade Escolástica 
surgiu a partir do final do século XII, onde vemos a consolidação de uma instituição, com regras e 
cátedras (cadeiras) reconhecidas pelo papa. Seu modelo era semelhante ao de um mosteiro, mas, ao 
invés de um abade, havia um rector (reitor). O reconhecimento do título passa a ter uma cerimônia 
em que o mestre, dá a outorga ao aluno, transformando-o em um novo portador do dom. 
2.4. EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA 
2.4.1 EDUCAÇÃO E RENASCIMENTO 
O Renascimento, movimento intelectual ocorrido no final da Idade Média e durante a Idade 
Moderna, é um tema que tem sido exaustivamente estudado. Compõem um quadro de grande 
movimentação intelectual que marcou definitivamente o campo da Educação com a retomada de 
valores clássicos que passaram a ser discutidos e aperfeiçoados. Um exemplo é a transformação das 
tecnologias que causou grande impacto, pois antes os livros eram belos e coloridos feitos 
nos scriptoria, com a prensa de Gutenberg sua produção foi acelerada e houve o aumento de 
leitores. 
O pensamento educacional no Renascimento e o movimento intelectual que o segue, o 
Iluminismo, se estrutura apoiado em diversos autores e pensadores que influenciaram o campo da 
educação, dentre muitos. O italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), autor de uma das principais 
obras de política já produzidas, O Príncipe - um manual de política escrito que expunha suas 
principais ideias acerca da arte de governar – e entendia que a Educação estava, inegavelmente, 
vinculada à virtude. O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é o que chamamos de autor 
contratualista - pensadores que acreditavam na existência de um contrato social, resumido como 
tácito entre Estado e indivíduo. Locke fundamentou dinâmicas pautadas na condição social de 
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formação do sujeito e formulou uma série de propostas pedagógicas que acreditou serem importantes 
para estabelecer princípios educacionais sólidos e bem-sucedidos. Para Locke, a educação possuía 
um caráter eminentemente moral. 
2.4.2 REFORMA E CONTRA REFORMA RELIGIOSA 
Diversos pensadores, chamados de reformistas, questionavam a conduta da Igreja Católica, o 
que desencadeou, na Idade Moderna, na chamada Reforma Religiosa. Dentre esses 
questionamentos, o comércio de relíquias, enriquecimento ao invés da caridade, venda de 
indulgências, adoração de santos e o Celibato. As reformas de Martinho Lutero (1483-1546), o 
fazem ser considerado o Pai da Reforma Protestante. Uma invenção que modificou o mundo 
intelectual foi à imprensa, pois a impressão de livros permitiu que a educação ganhasse corpo e que 
a leitura, antes restrita, começasse a ser popularizada. Martinho Lutero traduziu a Bíblia para oalemão, aumentando assim o número de pessoas com acesso à sua doutrina. Martinho Lutero e a 
Reforma Protestante provocaram uma enorme mudança na educação, posto que na Idade Média, 
cabia apenas à Igreja Católica o papel de ensinar, além de ela monopolizar a produção de livros. 
Lutero estimulava o desenvolvimento da educação a fim de que não fosse restrita à elite e à nobreza, 
mas alcançasse a população para que esta pudesse ler a Bíblia livremente, permitindo-lhe se 
aproximar de Deus e de sua própria salvação. 
A Reforma Protestante provocou a resposta da Igreja Católica, conhecida como 
Contrareforma Católica com a realização do Concílio de Trento, que começou em 1545, onde o 
estabelecimento do Índex Librorum Prohibitorum - uma lista de livros que deveriam ser abolidos e 
cuja leitura era proibida - e construção de seminários para promover e controlar a formação do corpo 
eclesiástico, foram competências que estão relacionadas com a área de educação. 
2.4.3 O ILUMINISMO 
O Iluminismo foi um movimento intelectual francês do século XVIII, afetou diretamente a 
educação e que pregavam a necessidade de se “trazer luz/esclarecimento” à sociedade, 
combatendo, especificamente, o absolutismo e a religião, entendidos como entraves ao livre pensar e 
teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia expandido suas ideias 
na Europa bem antes disso. O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o 
pensamento religioso era equivocado e obscuro, com isso, o século XVIII ficou conhecido como o 
Século das Luzes. O propósito era romper drasticamente com o modelo de educação tradicional 
anterior (monárquico, religioso), denominado pelos iluministas de obscuro e oposto à verdade. 
2.4.4 A PEDAGOGIA NA MODERNIDADE 
A Idade Moderna trouxe uma preocupação com a natureza do conhecimento, o que levantou 
alguns questionamentos. Essa época trouxe modelos que ainda nos guiam e ofertam possibilidades 
de vivenciar a educação, pois ao contrario da Idade Média, a partir de então se começa a pensar qual 
a melhor e mais eficiente forma de educar. A disciplina, tão importante na Idade Média e na educação 
religiosa, seria rediscutida, sendo revista como o principal fator do aprendizado. 
Pestalozzi tornou-se um ícone do movimento que marcou a modernidade. No final do século 
XVIII, a Suíça, invadida pela França, nas chamadas Guerras Napoleônicas, provocou um aumento no 
número de crianças órfãs. Pestalozzi reuniu as crianças para que fossem cuidadas e educadas, 
desenvolvendo algumas de suas ideias - O afeto seria um dos principais componentes do processo 
educacional e o amor é que estimula a criança a aprender, preenchendo-a de dentro para fora. Sua 
teoria comparava a escola a uma casa. A disciplina não seria o principal fator do aprendizado, mas 
sim o afeto. Comparava a criança à semente, referindo-se ao potencial que esta teria se bem 
cuidada. O aprendizado se dá pela prática e pelo exemplo dos mestres. Suas ideias encontraram eco 
e se tornaram o fundamento de práticas educacionais que aboliram, progressivamente, a disciplina de 
forma repressora e violenta, buscando uma educação mais autônoma e harmônica. 
Herbart teve a tarefa deu caráter cientifico a Pedagogia, dotando-a de métodos, formas de 
medir e de avaliar o conhecimento obtido. Um aspecto fundamental – e revolucionário – em sua obra 
foi à aproximação com a Psicologia, ciência que, no início do século XIX, ainda engatinhava. 
Defendia que o objetivo final do processo educativo era a formação moral e não meramente 
conteudista, mas entendia que a forma para chegar a esse objetivo era distinta da afetividade 
proposta por Pestalozzi. Sua proposta se dividia em três procedimentos fundamentais: Governo, 
Instrução e Disciplina, sendo a instrução que julgava mais importante. 
Fröbel um dos mais notáveis discípulos de Pestalozzi. Tinha o pensamento que a criança saiu 
do adulto em miniatura, na Idade Média, para o sujeito do pensamento pedagógico nos séculos XVIII 
e XIX. Desenvolveu várias ideias de Pestalozzi, criando o primeiro segmento educacional voltado 
totalmente para a criança, o que chamamos de jardim de infância. A expansão das potencialidades 
da criança seria alcançada não somente pelo aprendizado rígido, mas por uma proposta lúdica. 
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Fröebel foi quem primeiro entendeu o brincar como uma forma de aprender e desenvolveu a 
ludicidade como ferramenta pedagógica. 
Todos esses pensadores tinham em comum a ideia de uma educação prática que o 
aprendizado só ocorre através do fazer e que a teoria, sozinha, é algo vazio. Essa característica está 
muito ligada à modernidade, em que a ideia do “saber fazer” se desenvolve dotando a educação de 
seu caráter prático. 
2.5. EDUCAÇÃO NA IDADE CONTEMPORÂNEA 
2.5.1 CONTEXTO 
Iniciada com a Revolução Francesa, a Idade Contemporânea é caracterizada como o período 
de expansão do capitalismo a todo o globo. A contemporaneidade em História da Educação é fazer 
uma junção de todos os grandes eventos no mundo que contribuíram diretamente para as 
transformações dos modos de fazer educação, desse modo, trazendo uma nova forma de pensar e 
agir nas sociedades. A Idade Contemporânea é uma divisão cronológica da História, compreendendo 
o período entre o início da Revolução Francesa, até os dias atuais, porém é fácil notar a relação que 
às gerações passadas tem e influenciam essa nova era. 
2.5.2 A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE 
Atualmente a tecnologia é o grande marco, levando-nos para a era da Informação, com 
microcomputadores, redes de Internet, multiplicação de mídias e difusão de informações, porém as 
matérias que nós costumamos estudar, as formas de construir a Pedagogia e a Didática e suas 
principais teorias, com essas redes foram produzidos por europeus ou intelectuais influenciados pelo 
pensamento eurocêntrico. Atualmente, estamos cada vez mais nos distanciando desse modelo, 
visto que cada país se tem buscado desenvolver novas formas de pensar, de educar, de aproximar 
as pessoas de sua forma de ver o mundo. O eurocentrismo, que marcava isoladamente a nossa 
cultura nas últimas décadas de 1980 em diante, sofreu a influência de novos fenômenos, como é o 
caso da globalização, que surgiu com a integração tecnológica, política, econômica e o 
encurtamento de distâncias. 
A educação se tornou como algo vital, um bem, um objeto governamental, parte do mundo do 
trabalho, uma marca do mundo contemporâneo que se tornou vital para os governos como 
estratégias políticas, tendo como exemplo através do tempo: Socialistas, formar para atender aos 
anseios da sociedade e do governo; Fascistas/nazistas, formar para despertar paixão, ordem e 
respeito pela nação; e Capitalistas formar para o mundo do trabalho. Atualmente, o mundo inteiro tem 
adotado uma educação mais técnica, porém esse modelo veio do grande movimento das 
industrializações. Desse modo, nota-se a presença de velhas concepções em um mundo novo. 
A educação, ao mesmo tempo em que representava diálogo com o governo e manutenção da 
ordem, também pode ser a base da luta contra determinadas estruturas políticas e havendo uma 
natural tendência de um mundo em contestação. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Declaração Universal do Direito das 
Crianças são os dois documentos de maior relevância de “mundialização” da educação 
Contemporânea. Datada do ano de 1948, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial foi 
aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos e naquele momento o mundo teve 
conhecimento dos campos de concentração (nazistas e soviéticos), responsáveis pela morte de 
milhões de pessoas. Assim ela nasceu como uma forma de negara guerra e todas as formas de 
violência, sendo o ponto de destaque presente na declaração é justamente a ideia que “toda pessoa 
tem direito à Educação”. A Declaração Universal do Direito das Crianças representa o 
reconhecimento da criança como um ente com os mesmos direitos, mas com especificidades, 
elencando itens como o direito ao cuidado, ao desenvolvimento, à proteção e à segurança que 
acabam criando um pacto mundial nesse sentido. 
Após os conflitos mundiais, as guerras não cessaram, mas se tornaram mais locais, dentro de 
novas modalidades de comércio e disputa por hegemonia mundial, entre União Soviética (URSS) e 
Estados Unidos (EUA). Com a Guerra Fria, eclodiu uma série de guerras locais na África, Ásia e 
América Latina; entre as décadas de 1950 e 1960. O mundo assistiu ao surgimento de movimentos 
de contestação da ordem política e toda essa efervescência também se fez sentir no campo 
educacional. Alguns desses movimentos destacam-se o Levante de Paris, onde em maio de 1968, 
os estudantes parisienses se levantaram contra as formas tradicionais de ensino; os Movimentos 
sociais – Direitos Civis, onde Martin Luther King durante um protesto em 1963, protestou contra as 
chamadas leis de segregação racial e denunciou os graves crimes que atingiam a população negra; e 
os Protesto da Praça da Paz Celestial, onde os estudantes iniciam um movimento lento de 
ocupação da praça Tian'anmen para pressionar o governo a desistir de suas ações. 
 
 
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EDUCAÇÃO NO BRASIL: 
DO BRASIL COLÔNIAL AOS DIAS ATUAIS 
3. CONTEXTO 
A História da Educação no Brasil foi caracterizada com uma dualidade histórica presente no 
sistema educacional brasileiro entre a elite e os mais pobres intelectualmente, pois a educação 
destinada aos filhos dos mais pobres, historicamente, sempre apresentou características distintas 
daquela oferecida aos filhos da elite que recebiam um ensino individualizado junto aos preceptores ou 
eram enviadas aos colégios internos, enquanto a educação do trabalhador mais pobre tinha como 
alvo, nos tempos mais remotos da colonização, índios e os escravos, e estava voltada para a 
preparação de ofícios manuais. Os fatores influenciaram para a cristalização de uma mentalidade do 
estigma da servidão foram: Os primeiros aprendizes de ofício eram por terem sido os índios e os 
escravos, a entrega do trabalho pesado e das profissões manuais aos escravos e que a educação 
eminentemente intelectual destinada aos filhos dos colonos afastava os “elementos socialmente 
mais altos” de qualquer trabalho físico ou profissão manual. 
3.1 BRASÍL COLÔNIA 
3.1.1 INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
O Iluminismo transformou a sociedade de maneira significativa, afetando diretamente a 
educação com o propósito mudanças no modelo de educação tradicional anterior (monárquico 
religioso). Esse contexto de mudanças se desencadeou no Brasil com as transformações na 
educação pelo marquês de Pombal, defensor das ideias iluministas, quando foi nomeado por 
Portugal primeiro ministro. Pombal, como defensor do Iluminismo, era contrário aos Jesuítas. O 
Decreto Régio /1759 ordenava a expulsão dos jesuítas da Companhia de Jesus que estivessem em 
seus domínios continentais e ultramarinos e trouxe consequências para o Brasil, pois seria 
necessário criar um novo modelo de ensino, tendo como base os ideais iluministas. 
Com objetivo de formar uma elite econômica portuguesa preparada para o comércio, O 
Marques de Pombal realizou uma estruturou a educação: Criou a Escola de Comércio e a Escola 
Náutica, nas quais se aprendia caligrafia, contabilidade, escritura comercial e línguas modernas; 
decretou a suspensão das escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, criou as aulas régias 
ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica diferente da pedagogia jesuítica e estabeleceu a da 
educação laica. O currículo escolar centralizado pelo Estado, o ensino feito exclusivamente em 
português, mesmo para os índios, aos quais era oferecido na língua tupy e Instituição do subsídio 
literário, uma espécie de imposto para gerar recursos para o pagamento dos professores. 
Desse modo, estabelece-se, a Educação Pública, que, não correspondia a uma educação 
direcionada a todas as pessoas, mas a uma educação que é mantida pelo governo. Estruturou um 
modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias. 
3.1.2 OS JESUITAS 
Os jesuítas eram considerados uma ordem militar e sua missão era converter os povos não 
cristãos e desde sua origem aproximaram-se da Educação, seguindo o que ficou conhecido como 
metodologia inaciana, em referência ao fundador da ordem, Inácio de Loyola. Sua pedagogia estava 
fundamentada no Ratio Studiorum, publicado em 1599. Os jesuítas chegaram ao Brasil com o 
Governo Geral, em 1549 onde desenvolveu a prática pedagógica jesuíta possuía um objetivo: 
converter os não cristãos. Os primeiros ensinamentos jesuítas focavam o domínio da língua 
portuguesa pelos indígenas, o estudo da doutrina católica e, posteriormente, o aprendizado de um 
ofício. O surgimento dos colégios jesuítas se deve a fundação de cidades como São Paulo, cujo 
núcleo de povoamento inicial se deu através do colégio fundado por Manoel da Nóbrega e José de 
Anchieta, denominado Colégio de São Paulo de Piratininga. O Ratio Studiorum determinava não só 
os conteúdos e as disciplinas que deveriam ser ministrados, mas se detinha de forma detalhada na 
própria prática docente que seria aplicada pelos membros da ordem, sendo desta forma, um dos 
primeiros planejamentos pedagógicos e escolares da educação ocidental, tendo influenciado a 
Pedagogia séculos depois de sua elaboração. Coube, portanto, aos jesuítas, o primeiro modelo 
educacional brasileiro, que influenciou, de uma forma ou de outra, todos os demais que o seguiram. 
O Jesuíta José de Anchieta foi um dos precursores do processo de educação no Brasil. O 
modelo de constituir missões e colégios nos quais os membros do corpo jesuítico se organizavam e 
estruturavam a sua presença foi outra marca importante, sendo Anchieta figura vital para entender a 
fundação da cidade de São Paulo, com o estabelecimento do colégio jesuíta na cidade. Anchieta é 
precursor também do estudo do vocabulário Tupi, criando um dicionário. A catequese era uma 
tentativa de levar o texto de forma didática adotando o teatro e das dinâmicas do lúdico para 
entendimento. 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/projeto_de_educacao_iluminista/
7 
 
 
3.2 BRASIL IMPÉRIO 
Em 1808, com a chegada da família real no Brasil diversos fatores foram importantes para 
estrutura da educação no país, tanto para elites quanto para os mais desfavorecidos. Para as Elites 
era preciso dar um suporte educacional aos filhos da nobreza portuguesa e aristocracia brasileira. 
Para os pobres, com a abertura dos portos e com a permissão para a instalação de fábricas no Brasil, 
D. João VI criou o Colégio de Fábricas, que representou o primeiro estabelecimento que o poder 
público instalou em nosso país, com a finalidade de atender à educação dos aprendizes. 
Com o estabelecimento da corte portuguesa era necessária à realização da estruturação 
social, política, econômica, religiosa e educacional, da Corte, é nesse contesto, que a educação no 
Brasil foi contemplada com diversos implementos: Criação da Imprensa Régia permitiu a impressão 
oficial e a circulação de ideias na corte do Rio de jornal Janeiro e surgiu o primeiro impresso no 
Brasil, a Gazetado Rio de Janeiro; a criação do Jardim Botânico que atraiu uma série de 
pesquisadores e estudiosos estrangeiros; a criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes 
trazidos nos navios; e a criação das escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro que 
foi um dos marcos do processo de desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. 
No entanto, apesar dessas medidas terem representado uma modernização da estrutura 
educacional executada por Pombal, as mudanças ocorridas não atenderam às reais necessidades da 
população brasileira. 
Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na 
Educação. O Ato Adicional de 1834 definiu uma descentralização do ensino: o ensino elementar, o 
secundário e a formação de professores seriam responsabilidade das províncias e o ensino superior 
ficaria a cargo do poder central. Neste período foi implantada a Primeira escola normal, em Niterói, 
então província do Rio de Janeiro, e em seguida, surgiram as escolas normais de Minas Gerais, 
Escola normal da Bahia e a definição do Pedro II como escola modelo de estabelecimento, tudo, para 
atender aos filhos daqueles que faziam parte da elite intelectualizada do país. 
3.3 A PRIMEIRA REPÚBLICA 
A República no Brasil foi proclamada no dia 15 de novembro de 1889, instaurando a forma 
republicana presidencialista de governo onde alguns fatores foram eleitos como primordiais para 
transformar o Brasil, e um dos principais era a Educação. Pela a ideia de modernização da sociedade 
– que era o objetivo – passava obrigatoriamente pela criação de um projeto de educação que 
atendesse ao principal anseio do país: capacitar trabalhadores urbanos para que eles cumprissem 
seus papeis em sociedade. Este é o ideal positivista e sua movimentação em favor da Educação. 
A maior parte da população era autodidata por necessidade ou simplesmente não tinha 
educação formal, mas a pressão pelo avanço proporcionado pela modernização cresceu e as 
iniciativas pela educação acompanharam: 1850 - No Império, ocorreu a uniformização do ensino em 
todo o país que atingiu as Faculdades de Medicina e os cursos jurídicos que passaram a se 
denominar Faculdades de Direito e o Regulamento de Instrução Primária e Secundária do Município 
da Corte destinado a fiscalizar e orientar o ensino público e particular dos níveis primário e médio; 
1882 - Rui Barbosa apresentou dois pareceres ao Parlamento: um sobre a reforma do ensino 
secundário e superior e outro sobre o ensino primário, A escola popular foi elevada à condição de 
redentora da nação implantando o ensino primário obrigatório, dos sete aos quatorzes anos, gratuito 
e laico; e 1891. A Constituição de 1891 determinava a descentralização do ensino, cabendo à União 
legislar sobre o ensino superior na Capital Federal, delegando aos estados a responsabilidade de 
organizar todo o seu sistema escolar. 
Além das citadas a cima, uma série de reformas educacionais de clara inspiração positivista: A 
REFORMA BENJAMIN CONSTANT (1890) - adotou uma série de reformas como ensino laico e 
gratuidade na escola primária, inclusão de disciplinas científicas nos currículos escolares, 
reorganização da Biblioteca Nacional, e escola secundária com duração de sete anos; O CÓDIGO 
EPITÁCIO PESSOA (1901) - Epitácio Pessoa reduziu para seis anos o curso secundário, ao 
contrário da Reforma Benjamin Constant. Além disso, permitiu o acesso feminino aos cursos 
secundários e superiores; e A REFORMA RIVADÁVIA (1911) - O Decreto 8.659, chamado de Lei 
Orgânica do Ensino Superior e Fundamental, o ensino passava a ter frequência não obrigatória, os 
diplomas foram abolidos e foram criados exames de admissões nas faculdades. 
Sobre os conteúdos previstos e seguindo sobre a questão da moral, observa-se que a 
educação foi organizada em duas categorias: de 1º grau, para crianças de 7 a 13 anos e de 2º grau 
para os de 13 a 15 anos, sendo que, para ingressar nas escolas primárias de 2º grau, o aluno 
deveria apresentar o certificado de estudos do grau precedente. Disciplinas Primárias: Leitura e 
escrita, ensino prático da língua portuguesa; contar e calcular aritmética prática até regra de três; 
sistema métrico procedido do estudo da geometria prática; elemento de geografia e história, 
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especialmente do Brasil; lições de coisas e noções concretas de ciências físicas e história natural, 
instrução moral e cívica; desenho; elementos de música; ginástica e exercícios militares; trabalhos 
manuais para os meninos e trabalho de agulha para as meninas e noções práticas de agronomia. 
Outra perspectiva do século XIX: Século que ficou conhecido como o Século da Pedagogia. 
Buscava-se cada vez mais um modelo educacional que respondesse de forma crítica às demandas 
da luta de classes, burguesia versus proletariado, que envolveu a sociedade desse tempo. 
3.3.1 DECADA DE 20 
Após a intensa transição entre os séculos XIX e XX, com a necessidade de uma educação 
técnico-fabril por um lado e a educação do cidadão iluminista por outro, sob uma economia com 
fundamentos cada vez mais liberais, surgiu um novo processo educacional. 
A década de 1920 ficou conhecida, no campo educacional, como a década das reformas 
educacionais, pois ocorreram intensos debates envolvendo diferentes propostas para pensar a 
Educação e a organização do sistema escolar, como os debates sobre a Escola Nova. Chegaram ao 
Brasil novas ideias pedagógicas e novos especialistas em educação passaram a questionar os 
modelos que estavam sendo estabelecidos como o das escolas que eles chamavam de tradicionais e 
funcionavam centradas na atuação do professor e na repetição. Os especialistas tinham a ideia de 
que o Brasil, uma vez mais, estava atrasado e essa crítica não ficava só no campo da educação. Um 
novo movimento foi chamado Pedagogia Liberal, modelo onde o papel da Educação é preparar o 
sujeito, dar-lhe condições para que possa valer-se de sua condição como sujeito e, dessa forma, 
fazer escolhas que permitam o avanço social, sendo notório em sociedades industriais em que novas 
aptidões e sentidos passam a ser percebidos para a formação do sujeito. Nesse sentido, o ideal 
liberal econômico apontava também para outros segmentos, onde o ícone máximo dessa noção de 
progresso econômico é o desenvolvimento dos aviões. Novas fronteiras sociais e educacionais foram 
abertas a partir dos esforços liderados pelo marechal Cândido Rondon e o Brasil se redescobriu 
como espaço e país, o exercício físico passou a ser exaltado como uma forma de saúde e educação. 
Um dos ícones de crítica ao Brasil tradicional foi a Semana de Arte Moderna (1922), em São Paulo. 
Na coleção de poemas Pauliceia Desvairada, Mário de Andrade cobrava o redescobrimento do Brasil. 
A educação estava na lógica dessa crítica, afinal, estudava-se latim, cultura europeia, mas o Brasil 
não conhecia o Brasil. Em um país com novas exigências, os momentos de mudança são marcantes, 
e nessa visão, um novo golpe terminou com a Primeira República e deu início a Era Vargas. 
3.4 ERA VARGAS (1930-1945) 
3.4.1 GOVERNO PROVISÓRIO (1930-34) E GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937) 
O ano de 1930 é o marco final da República Velha e o início da chamada Era Vargas. A crise 
dos anos vinte conduziu o país à denominada Revolução de 1930 e levou Getúlio Vargas ao 
comando da nação. No campo educacional esse período foi produtiva: Foi criado o Ministério da 
Educação e Saúde Pública, coordenado por Francisco Campos. O novo ministro visava estruturar o 
ensino secundário e o ensinosuperior. Decretos da Reforma Francisco Campos: Decreto 19.850 
/1931: criação do Conselho Nacional de Educação e Decreto 19.851/1931: Implementação do 
Estatuto das Universidades Brasileiras. 
Em 1932, um grupo de 26 educadores apresentou ao governo o Manifesto dos Pioneiros da 
Educação Nova que argumentavam que a escola fosse: Compreendida como canal da democracia, 
um instrumento de integração social, pública, obrigatória e laica, um vínculo de comunicação com as 
comunidades onde está inserida, articulada com os vários graus do desenvolvimento humano e 
funcional e ativa. 
Nesse contexto de disputa de narrativas e projetos distintos, foi promulgada uma nova 
Constituição para o país, a Constituição de 1934. A primeira Carta Magna brasileira a incluir em seu 
texto um capítulo inteiro sobre a educação. Pela primeira vez, foram apontadas questões importantes 
em relação ao ensino no Brasil, como o acesso ao ensino primário. 
3.4.2 O ESTADO NOVO (1937-1945) 
Getúlio iniciava a fase ditatorial de seu governo, a Era Vargas, com a promulgação da 
Constituição de 1937 que tinha caráter claramente autoritário. Os oito anos que duraram o Estado 
Novo foram de intensa repressão política a todos aqueles que faziam oposição ao governo. No 
campo educacional, permaneceram intactos a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário. Por 
outro lado, tornou obrigatória a disciplina Educação Moral e Cívica nas escolas. Uma mudança 
trazida na Constituição de 1937 foi à introdução do ensino profissionalizante. Nos primeiros anos 
do Estado Novo, em um contexto de ascensão de forças conservadoras, os ideais dos intelectuais da 
Escola Nova caíram em certo descrédito. A instituição do ensino profissional, voltado para as classes 
menos favorecidas, marcou claramente essa mentalidade. 
No começo da década de 1940, ocorreram algumas iniciativas de reforma da educação, mais 
voltadas para o ensino primário e secundário, mas ainda articuladas ao projeto político autoritário de 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/educacao_no_brasil_da_primeira_republica_a_decada_de_1960/
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Vargas. No ano de 1942, Gustavo Capanema, Ministro da Saúde e Educação, empreendeu algumas 
mudanças sob o nome de Leis Orgânicas do Ensino. Popularmente conhecidas como Reforma 
Capanema, essas reformas tinham um viés claramente nacionalista e moralizante. A Reforma 
Capanema trouxe consigo a instauração de alguns decretos-leis, como: O Decreto-lei 4.048-1942 - 
Criou do Serviço Nacional de Aprendizagem - SENAI; o Decreto-lei 4.073/1942 - organizou o ensino 
industrial, o Decreto-lei 4.244/ 1942 - divisão do ensino secundário em dois ciclos: ginásio (4 anos) e 
colegial (3 anos); e o Decreto-lei 6.141/1943 - reformulação do ensino comercial. 
3.5 NOVA REPÚBLICA (1946-1963) 
Com o final do Estado Novo, mais uma vez tivemos a promulgação de uma nova Constituição, 
dessa vez com um viés liberal e democrática. Em 1945, Getúlio Vargas foi derrubado do poder, o 
Brasil voltou, finalmente, a respirar ares democráticos. Por isso, a expressão Nova República. O 
período conhecido como Nova República ficou conhecido por importantes transformações no âmbito 
educacional. O rápido crescimento demográfico e o acelerado processo de industrialização 
impulsionaram as demandas por Educação. Na Constituição de 1946, a educação aparece 
novamente como “um direito de todos”, inspirada nos princípios defendidos pelos escolanovistas. 
Essa constituição estabeleceu que: Anualmente, a União deveria aplicar nunca menos de dez por 
cento, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nunca menos de vinte por cento da 
renda resultante dos impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino; e a fixação da 
necessidade de elaboração de novas leis e diretrizes para o ensino. 
Visando uma reestruturação do ensino primário, através da chamada Lei Orgânica do Ensino 
Primário foi instituído os seguintes decretos-lei: O Decreto-lei 8.529/1946: organização do ensino 
primário nacionalmente; o Decreto-lei 8.530/1946: organização do ensino normal; e o Decreto-lei 
8.621 e 8.622, /1946: criação do SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio. 
Outro debate muito importante envolvendo o setor educacional: o Ministro da Educação, 
Clemente Mariani, criou uma comissão de educadores com o objetivo de pensar uma reforma geral 
para a Educação. Assim, em 1948, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB) começou a ser discutida e pensada, após intensos debates envolvendo entidades 
estudantis, sindicatos e organizações religiosas. O projeto da LDB finalmente virou a Lei 4.024/1961, 
já no governo de João Goulart, e garantiu a obrigatoriedade de matrícula nos quatros anos do ensino 
primário, ensino religioso facultativo, ano letivo de 180 dias, concede mais autonomia aos órgãos 
estaduais, através da diminuição da centralização do poder no MEC e formação do professor para o 
ensino médio nos cursos de nível superior. 
No início da década de 1960, não foram apenas os debates envolvendo o Projeto de Lei de 
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional que marcaram o cenário brasileiro. O professor Paulo 
Freire passou a ser conhecido por ter conseguido alfabetizar, na cidade de Angicos, no Rio Grande 
do Norte, 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. O chamado método Paulo Freire ficou 
conhecido porque rejeitava as formas tradicionais de alfabetização que usavam cartilha. Para Freire, 
essas cartilhas levavam o aluno a aprender pelo método da repetição. Ao contrário disso, Freire 
acreditava que o aprendizado deveria vir como parte integrante da realidade e experiência das 
pessoas. 
3.6. GOVERNO MILITAR (1964 -1985) 
De 1964 até a Redemocratização mudanças ocorreram no âmbito da educação brasileira em 
decorrência de reformas, leis e decretos que foram criados para embasar os projetos de governo. O 
período compreendido entre 1964 e 1985 ficou conhecido em função da interrupção do processo 
democrático brasileiro e pela instauração de uma ditadura que duraria longos 21 anos, 
geralmente caracterizada pela imposição de uma visão de mundo, muitas vezes na base da força 
marcados por um Estado de Sítio. 
Após o golpe de 1964, muitos educadores foram mortos, perseguidos e exilados em função de 
suas ideias ou posturas políticas. Uma das bandeiras levantadas pelos defensores dessa escola nova 
era o potencial da educação como instrumento de emancipação dos indivíduos. Isso significa que o 
governo civil-militar conhecia o poder transformador da educação e para atender o lema de recuperar 
a ordem e a estabilização de seu projeto a educação passou a ser pauta do dia durante esse período. 
Após o golpe de Estado os militares incendiaram a sede da maior representação estudantil, União 
Nacional dos Estudantes (UNE). Muitos líderes estudantis foram presos naquela ocasião. Durante 
todo o regime militar, a UNE, atuou combativamente contra o projeto de educação dos militares. 
Naquela época, era prática comum que a direção das escolas públicas fosse indicada pelos políticos 
locais. 
Pela Constituição de 1967: A União e os estados estavam desobrigados a investirem um 
percentual mínimo na Educação, contrariando o que estava disposto na LDB de 1961, e a 
transferência de recursos públicos para instituições privadas de ensino. Os militares extinguiram o 
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projeto de alfabetização De pé no chão também se aprende a ler, inspirado na Pedagogia 
Freiriana, e colocaram no seu lugar o MOBRAL. Para que o MOBRAL pudesse ser efetivo, ogoverno militar criou um sistema de treinamento para professores leigos (sem diploma), que recebiam 
rudimentos de leitura e escritos preparados para constituir aulas em suas cidades e rincões do Brasil. 
Por fim, o projeto tornou-se marca de pessoas falsamente formadas, chegando a virar xingamento. 
Em 1969, os militares determinaram a retirada do ensino de Filosofia e Sociologia das escolas. Sob 
o Decreto-lei nº 869, passou a ser obrigatória a disciplina Educação Moral e Cívica (EMC) nas 
escolas brasileiras. 
 O ano de 1970 foi o ano da Campanha do Civismo Brasileiro. Nesse período, além da 
Educação Moral e Cívica, ganhou destaque a disciplina Organização Social e Política Brasileira 
(OSPB), responsável por difundir o nacionalismo e o patriotismo nos alunos. O Governo Militar 
introduziu os chamados conteúdos moralizantes que eram pautados em preceitos considerados 
fundamentais à sociedade, onde foram constituídos, por exemplo, personagens como o 
“Sujismundo” criado com viés ideológico. Em 1971 foi realizada a Reforma de 1º e 2º Graus. A Lei 
5692/71 foi criada por um grupo de trabalho do presidente Médici e tinha por objetivo adequar o 
ensino ao momento político instaurado pelo Golpe de 1964. Com essa lei, o primeiro grau, passou a 
abranger os antigos primário e ginásio, ampliação da obrigatoriedade escolar de 4 para 8 anos e o 
antigo o curso secundário transformou-se em ensino de segundo grau com a obrigatoriamente 
profissionalizante, combinando uma dupla característica: garantia do término do curso para aqueles 
que pretendiam a formação em nível técnico e a garantia a continuidade para os que desejavam 
prestar o vestibular, desse modo, o ensino profissionalizante contribuiu para a elitização do ensino 
superior. 
Algumas consequências dessa Reforma: um deslocamento cada vez maior de recursos 
públicos para o setor privado e para instituição do ensino profissionalizante; foi a primeira legislação 
educacional que criou um capítulo para tratar do ensino supletivo; a valorização do magistério é 
outra questão presente na lei; busca da profissionalização dos professores com o aperfeiçoamento 
daqueles já formados e adequando os vencimentos salariais segundo os critérios do nível de 
formação. 
3.7 REDEMOCRATIZAÇÃO 
3.7.1 CONTEXTO 
Conceito de Redemocratização: é o processo de restauração da democracia e do estado de 
direito em países ou regiões que passaram por um período de autoritarismo ou ditadura. Após mais 
de 20 anos de ditadura militar, o Brasil passou por um processo de abertura política e reintegração 
das instituições democráticas, em um período chamado de redemocratização. A redemocratização foi 
o momento na história do país em que direitos foram reconquistados e houve a transição do governo 
militar para o governo civil. As greves de 1978 e os movimentos estudantis contribuíram muito com o 
enfraquecimento do regime e levaram a população a se manifestar em 1984, com a reivindicação da 
realização de eleições diretas para o Presidente da República, as Diretas Já. Embora, os protestos 
de artistas, políticos, setores civis, estudantes e trabalhadores pelas Diretas, as eleições não foram 
diretas e sim realizadas pelo Colégio Eleitoral, que escolheu Tancredo Neves como novo presidente 
do Brasil. Entretanto, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, levando à posse de José Sarney, 
o primeiro presidente civil depois de 21 anos de Regime Militar. Os presidentes civis eleitos pela 
população após a ditadura militar (e o mandato de José Sarney) foram: Fernando Collor (1990-1992); 
Itamar Franco* (1992-1994); Fernando Henrique Cardoso (1995-2002); Luís Inácio Lula da Silva, o 
Lula (2003-2010); Dilma Rousseff (2011-2016); Michel Temer (2016-2018) *; Jair Bolsonaro (2019-
atual) – observação: *vice-presidentes eleitos que assumiram o cargo de presidentes após 
o impeachment dos presidentes. 
3.7.2 AVANÇOS E RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO – 1985 até os dias atuais. 
No contexto da transição do regime a Educação brasileira seguia aos moldes de 1971. A 
Constituição de 1988, chamada de “Constituição Cidadã” pelo deputado, Ulysses Guimarães, 
regeria a vida de milhares de brasileiros e tinha como desafio imediato restituir direitos fundamentais 
negados durante muito tempo à sociedade. Além disso, tinha como tarefa olhar para o futuro, e o 
futuro é a educação. No artigo 205, da Constituição Federal estabelece a Educação como direito de 
todos e dever do Estado e da família. Os princípios do ensino foram especificados no artigo 
referenciado, e podemos destacar: Garantia de igualdade de acesso e permanência na escola; 
liberdade de ensinar e aprender; gratuidade nas escolas pública; gestão democrática nas escolas da 
rede pública; valorização dos profissionais da educação que inclui plano de carreira e piso salarial 
para o magistério. Com a promulgação da Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (LDB) anterior (4024/61) foi considerada obsoleta, mas, apenas em 1996, o debate sobre a 
nova lei foi concluído. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/educacao_do_brasil_do%20governo_civil_militar_ate_a_redemocratizacao/
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O governo Fernando Henrique o nome do projeto era Fundo para Desenvolvimento da 
Educação Básica – FUNDEB – que visava ampliar o número de vagas, garantir o acesso às 
escolas e, o mais crítico, trabalhar contra a evasão escolar, pelos estados e municípios . 
A atual LDB, 9394/96, foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo 
ministro da Educação. Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, ela trouxe 
diversas mudanças em relação às leis anteriores, tais como: gestão democrática do ensino público e 
progressiva autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares (art. 3 e 15); carga 
horária mínima de oitocentas horas distribuídas em cento e oitenta dias letivos na educação 
básica (art. 24); orientação para a União gastar, no mínimo, 18% e os estados e municípios, no 
mínimo, 25% de seus orçamentos para a manutenção e desenvolvimento do ensino público (art. 69); 
criação do Plano Nacional de Educação (PNE) (art. 87) – O PNE tem por finalidade desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-
lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram organizados também no processo de 
redemocratização nacional, impulsionados pela nova LDB/96. Os Parâmetros Curriculares para o 
Ensino Médio (PCNEM) responderam pela intenção de estabelecer uma base curricular nacional 
comum e introduziram o que passou a ser designado de ensino por competências. As disciplinas no 
PCNEM foram distribuídas de forma que as variadas áreas do conhecimento fossem contempladas. 
O próprio termo tecnologias caracteriza as contribuições de cada uma das áreas para a proposta 
curriculares, assim divididas, Linguagens, Códigos e suas tecnologias – Ciências da Natureza, 
Matemática e suas tecnologias – Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
De 2003 a 2016 os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e, posteriormente, Dilma 
Rousseff, a primeira mulher eleita de forma democrática na história do Brasil, contribuíram muito 
para a educação no Brasil. A parceria entre o então presidente da República e seu ministro da 
Educação, o Professor da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Haddad, permitiu que o 
ensino público avançasse. Com os seus projetos e leis possibilitaram o crescimento do número de 
jovens que ingressavam no ensino médio na idade certa, aumentaram o acesso ao ensino superior, 
as universidades e institutos federais chegaram ao interior do Brasil e os professores ganharam um 
piso salarial. 
Com implementação de projetos que se interligavam com o vetor destinadoa educação foi 
percebido algumas conquistas no campo da educação e para atingirem essa meta o orçamento para 
a pasta da educação aumentou 3 vezes em 7 anos. Alguns Projetos e Leis foram verificados nesse 
período, e consagrados como uma grande conquista para a educação: - Visando avaliar a qualidade 
do ensino nas escolas públicas, entre 2007 e 2013, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) 
destinou recursos para escolas, priorizando aquelas com o Índice de Desenvolvimento da Educação 
Básica (Ideb) abaixo da meta nacional; - O Projeto Caminho da Escola renovou e ampliou a frota de 
veículos escolares da rede pública, visando atender o maior número possível de crianças. O 
programa também distribui bicicletas e lanchas, de acordo com a necessidade de cada região; - O 
Projeto Mais Escola, além das disciplinas regulares, eram oferecidas atividades como 
acompanhamento pedagógico, educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação, 
cultura e artes, cultura digital, entre outras; - Criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), 
considerado o maior programa de concessão de bolsas para o ensino superior já visto no Brasil. Até 
2015, milhões de pessoas tiveram acesso a universidades pagas; - o Fundo de Financiamento ao 
Estudante para o ensino Superior (Fies) – Programa Criado em 1999 pelo Governo Fernando 
Henrique – foi Reformulado e fortalecido economicamente, visando à inclusão do maior número de 
estudantes no meio acadêmico; - Reestruturação e Expansão de Universidades Federais (Reuni) 
permitiu que a universidade pública chegasse ao interior do país, tendo como consequência, a 
duplicação do número de matrículas e o aumento do número de professores universitários da 
rede federal; Plano de Expansão da Rede Federal objetivava expandir as instituições federais de 
educação profissional e tecnológica, iniciou-se quando o governo federal revogou, por meio da Lei nº 
11.195/2005, a proibição de criação de novas unidades de ensino profissional federais prevista na Lei 
nº 8.948/1994, consequentemente, possibilitou maior cobertura das instituições federais de educação 
profissional e tecnológica e o maior acesso da população à Educação profissional no país; - A Lei nº 
10639/2003 – Obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira. Além disso, entra 
para o calendário escolar o dia 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra; - 
A Lei nº 10861/2004: É criado o SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior; - A 
Lei nº 11465/2008: Obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Indígena na rede de ensino; -
; - e A Lei nº 12711/2012: Lei de Cotas raciais nas universidades federais. 
 
O governo Michel Temer teve início em maio de 2016, quando no cargo de vice-presidente da 
República, assumiu interinamente o cargo de presidente da República Brasileira, após o afastamento 
temporário da presidente Dilma Rousseff, em consequência da aceitação do processo de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11195.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11195.htm
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Leis/L8948.htm
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Leis/L8948.htm
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impeachment pelo Senado Federal. Em seu governo, foram aprovadas várias medidas na área 
econômica, como o controle dos gastos públicos, impondo limites a gastos futuros do governo 
federal. Na educação, voltou-se para a reforma do ensino médio e com o estabelecimento da Base 
Nacional Comum Curricular. 
No seu governo foi realizada a política de incremento à efetivação de Escolas de Ensino Médio 
em Tempo Integral (EMTI) que foi uma política governamental educacional brasileira instituída pela 
Lei Federal 13 415 / 2017, a partir da conversão da Medida Provisória 746 de 2016 (MP 746/2016) 
em lei federal ordinária. A política provocou a reforma do ensino médio, tal como apresentado pelo 
Governo Michel Temer. Ela visa flexibilizar as disciplinas dadas aos alunos do ensino médio no Brasil, 
estabelecendo disciplinas obrigatórias e disciplinas opcionais, dentre as quais o estudante deve 
escolher. A medida também prevê aumento da carga horária ao longo dos anos. A reforma deve 
ajudar a combater a evasão escolar e estimular a ampliação do ensino em tempo integral. 
Em 2017, a medida provisória foi aprovada no Senado e foi sancionada pelo Presidente da 
República. O texto aprovado divide o conteúdo do ensino médio em uma parte de 60% para 
disciplinas obrigatórias, a serem definidas futuramente pela Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), e 40% para que o aluno escolha uma área genérica de interesse entre as seguintes opções: 
linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino profissional. As escolas 
terão um prazo para aumentar a carga horária das 800 horas anuais para mil horas (ou de quatro 
horas diárias para cinco horas diárias), visando implantar gradualmente o ensino dito "de tempo 
integral". 
A grande novidade para a Educação no Governo do Presidente Michel Temer foi a 
homologação, no ano de 2018, da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que se trata de um 
documento normativo para a educação básica (Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio). A 
BNCC tornou-se obrigatória nos currículos de todas as redes do país, públicas e particulares. 
Diferentemente da BNCC, os PCN foram orientações e não legislação. Os currículos de todas as 
escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio do Brasil 
serão norteados por ela. Dois aspectos importantes sobre a BNCC: Política de Estado: não é uma 
medida vinculada a um determinado governo ou partido e Desenvolvimento de Competências: A 
palavra-chave da BNCC são as competências. 
3.7.2.1 O GOVERNO BOLSONÁRO 
O Governo Jair Bolsonaro teve início no dia 1.º de janeiro de 2019 e está previsto para 
terminar no dia 31 de dezembro de 2022. Militar reformado, o atual presidente foi eleito pelo voto 
direto fazendo valer o legitimo direito constitucional para a democracia. 
Na área da educação, o governo vem tentando implantar um governo como foi planejado e 
informado a todos brasileiros em sua campanha eleitoral, mas vem tendo grande resistência por parte 
da oposição, quanto aos projetos anunciados, onde divergem do seu ponto de vista. A oposição 
entende que os projetos do governo - com viés conservador, Neoliberal e a favor das ideias do 
governo militar anterior - estão desalinhados com a educação contemporânea e fogem dos 
parâmetros e diretrizes atuais. 
A educação atual espera que os governantes construam projetos que contemple todas as 
dimensões do desenvolvimento humano, como os aspectos cognitivos e socioemocional, o 
desenvolvimento físico, cultural etc. Desse modo, propondo que o aluno consiga aplicar o 
conhecimento aprendido no seu cotidiano com o objetivo de formar o indivíduo para a vida cidadã, 
por meio da transmissão de valores que permitam a boa convivência social. Uma educação voltada 
para a formação integral do indivíduo que tenha como proposta educativa a integração de ciência, 
conhecimento, cultura, trabalho, política e os estudos humanísticos, desse modo formando sujeitos 
autônomos e protagonistas de cidadania ativa. 
Porém, o modo que o presidente, seus assessores e ministros se manifestam publicamente, 
vem causando polêmica sobre as políticas sociais voltadas à educação e concepções ideológicas 
conservadoras, e confundindo o entendimento já estabelecido para educação de um Brasil 
redemocratizado, dando a entender, ou fazendo parecer, que está indo em outra direção. 
Logo no início do governo, o tema educação sexual passou a ser foco de debates e 
questionamentos nos campos universitários de todo território nacional, bem como, nos mais 
diversificados veículos de comunicação nacionais, quando em janeiro de 2019, a Ministra da Mulher, 
Família e Direitos Humanos, Damares Alves, gerou polêmica ao dizer que pretendia acabar com "o 
abuso da doutrinação ideológica de criançase adolescentes no Brasil" e que a "revolução 
estava apenas começando". Também gerou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa a 
frase em que Damares afirmou que "menino veste azul e menina veste rosa", que gerou protestos 
de defensores dos direitos LGBT. Segundo a ministra, seu objetivo foi fazer uma declaração contra o 
que chama de "ideologia de gênero", referindo-se à sexualidade das crianças. A ministra fez outra 
13 
 
declaração polêmica ao dizer que gostaria que “a abstinência sexual fosse um tema abordado nas 
escolas”. É evidente que estas afirmações da Ministra Damares não têm apontado para sentido de 
um convívio democrático entre as diferentes realidades culturais existentes no país, que significa, 
paralelamente a esta diversidade, que muitos segmentos da realidade social continua a reproduzir um 
discurso “engessado” e monocultural, marcado por um sentido, de preconceito, de exclusão e 
com caráter autoritário. 
Em abril de 2019, o então Ministro da Educação, o colombiano Ricardo Vélez, afirmou que 
“os livros didáticos de História passariam por uma revisão para que as crianças pudessem ter 
a ideia verídica, real, do que foi a sua história" e citou como exemplo o golpe de 1964, que 
classificou como 'constitucional', e a ditadura militar, que disse ter sido 'um regime 
democrático de força'. Vélez foi demitido do MEC. 
3.7.2.2 GOVERNO DE POLÊMICAS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
O presidente Jair Bolsonaro nomeou para o cargo de ministro da Educação, o professor 
Abraão Weintraub, após a demissão do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. Weintraub foi muito 
ativo nas redes sociais no tempo a frente do Ministério da Educação, onde realizava declarações 
controversas e ataques a diversos seguimentos, partidos, movimentos culturas e instituições, sendo 
duramente criticado. Fatores extremamente contraditórios ao cargo, que como fator primordial é 
prezar pela boa educação. Foi um período de conflitos e sem quase nenhum projeto educacional de 
relevância que contemplasse a todos, como abaixo será descriminado. 
No final de abril de 2019, a nova gestão do Ministério da Educação, sob o comando de 
Abraham Weintraub, anunciou o bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais, 
entre as 60 universidades e os quase 40 institutos em todo o país. Inicialmente, o ministro havia 
anunciado o corte de verbas da UFF, Ufba e UnB e, que posteriormente, foi ampliado para todas 
as universidades federais. De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições 
Federais de Ensino Superior (Andifes), o contingenciamento atingiu verba para custeio (ou seja, 
serviços de manutenção, limpeza, segurança, entre outros), e 90% da verba de investimento (custos 
de uma obra, reforma ou construção, por exemplo). Esses custos, para o governo, eram 
considerados despesas discricionárias, ou seja, não obrigatórias. Tudo feito em tom de ameaça: 
"Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem 
fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas", disse o então ministro ao jornal o Estado de S. Paulo. 
Em maio, o MEC anunciou que também estudava "descentralizar" investimentos aos cursos de 
filosofia e sociologia, o que mobilizou um manifesto contrário à proposta assinado por 
representantes de universidades com prestígio mundial, como os campos universitários de Harvard, 
Yale, MIT, Oxford, Cambridge, Sorbonne, Columbia e Berkeley. Ainda sobre a descentralização dos 
investimentos, protestos estudantis foram organizados pela UNE, manifestando indignação com o 
corte de verbas às universidades federais. O ministro incentivou denúncias contra alunos e 
professores que divulgassem e promovessem os protestos dentro de escolas e faculdades. A 
declaração foi polêmica e foi repudiada por políticos e estudantes. Em abril de 2019, Weintraub 
afirmou que “filmar professores é um direito dos alunos em sala de aula, e que isso é liberdade 
individual de cada um”, o que viola direitos fundamentais dos educadores. Em agosto de 2019, em 
meio a discussões verbais entre o presidente do Brasil e França, no contexto dos incêndios florestais 
na Amazônia naquele ano, Weintraub escreveu que “os franceses elegeram um presidente sem 
caráter" e que Macron, Presidente da França, era "apenas um calhorda oportunista buscando 
apoio do lobby agrícola francês.", afetando as relações internacionais entre os países. Em 
setembro de 2019, por meio de Medida Provisória, criou-se o "ID Estudantil", que é uma carteira 
estudantil digital para alunos desde o ensino fundamental ao superior. Essa MP visa mudar a 
situação anterior, em que a carteirinha era emitida por entidades como a União Nacional dos 
Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que cobravam um valor 
estipulado por ela além do frete e era a principal fonte de renda dessas entidades. Porém, a medida 
provisória que criou a carteirinha estudantil perdeu a validade em fevereiro de 2020 porque o tema 
não entrou em votação no Congresso. Entretanto, quem tirou a carteirinha poderá continuar usando 
até dezembro de 2020. O documento dá acesso à meia-entrada em eventos culturais e esportivos. A 
ID Estudantil não poderá mais ser expedida. A alternativa será recorrer às entidades estudantis ou 
instituições de ensino que já emitiam o documento, voltando a “estaca zero”. Em uma entrevista em 
novembro de 2019 Weintraub acusou de forma genérica as universidades federais brasileiras. 
Comparando as universidades com “madraças”, ele afirmou que nessas instituições haveria 
plantações de substâncias ilícitas como a maconha e também a produção de metanfetaminas 
nos laboratórios de química. As declarações foram repudiadas pela Associação Nacional dos 
Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), que as considerou 
"desconcertantes" e que atuaria juridicamente para apurar eventuais crimes cometidos pelo ministro. 
A Sociedade Brasileira de Química e a Universidade de Brasília repudiaram veementemente as 
declarações de Weintraub. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ufba
https://pt.wikipedia.org/wiki/UnB
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/09/06/bolsonaro-assina-mp-que-cria-carteirinha-estudantil-digital-emitida-pelo-governo.ghtml
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/09/06/bolsonaro-assina-mp-que-cria-carteirinha-estudantil-digital-emitida-pelo-governo.ghtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madra%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metanfetamina
14 
 
Durante o ENEM de 2019 e o SISU de 2020.1, como Ministro da Educação, Weintraub iniciou 
uma campanha pessoal cujo slogan era "O melhor ENEM da história". No entanto, ocorreram vários 
problemas, incluindo a falência da gráfica que elaborou as provas, vazamento de uma imagem da 
prova antes do seu encerramento, o que comprovaria que não houve o rigor necessário para evitar a 
entrada de dispositivos eletrônicos, erros na correção, mau funcionamento no sistema de inscrição do 
SISU, acusação de solução errada do tratamento dado ao erro de correção e judicialização do 
resultado. Devido aos problemas, a divulgação dos resultados do SISU foi suspensa 
temporariamente. Houve também vazamento dos resultados, dificuldades de acessar a fila de 
espera,e indícios de falhas na oferta de vagas para deficientes,o que atrapalhou o processo das 
universidades que utilizam o SISU. Em maio de 2020 foi divulgado o vídeo de uma reunião 
ministerial citada por Sérgio Moro que havia sido realizada no mês anterior, em 22 de abril. Na 
gravação da reunião, o ministro proferiu ataques ao Supremo Tribunal Federal em uma de suas 
falas.- “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF” . Ainda 
declarou que odeia a expressão povos indígenas, declarou também que a sociedade não deveria 
reconhecer estes povos. 
 
Além dessas declarações, da ao sair do Ministério Educação, Weintraub 
criou uma portaria para extinguir a cota de indígenas nos cursos de Pós-Graduação nas 
universidades públicas. A tal portaria foi revogada.Em meio a uma investigação da polícia federal 
do Brasil, e numa possível fuga das responsabilidades com a justiça em 18 de junho de 2020, 
Weintraub anunciou sua saída do Ministério da Educação em um vídeo com o presidente Bolsonaro 
em suas redes sociais. Em junho de 2020 foi publicada sua exoneração do cargo de Ministro da 
Educação. 
Apesar de tudo, conforme as medidas tomadas por Weintraub, o governo acredita que já se 
observa avanços na educação onde tudo está coordenado para conduzir o Brasil a prosperidade. A 
escola idealizada pelo governo é uma escola diferente, um lugar onde a criança possa aprender e 
não um lugar de militantes políticos. 
O professor Milton Ribeiro tomou posse em julho de 2020, como novo ministro da Educação, 
assumindo o compromisso de abertura ao diálogo e de observância dos valores constitucionais da 
laicidade do Estado e do ensino público. Declarou que seguirá uma das orientações do presidente, 
que é priorizar a educação das crianças e o ensino profissionalizante, e acrescentou que irá dialogar 
também com estudantes e professores. Atualmente, entre os programas e as ações do Ministério da 
Educação, são destacados como principais: 1) O Future-se: tem o objetivo de dar maior autonomia 
financeira a instituições federais de ensino superior por meio do estímulo à captação de recursos 
próprios e ao empreendedorismo; 2) Projeto Novos Caminhos: com diversas entregas para a 
educação profissional e tecnológica, tem a finalidade de aumentar em 80% o número de matrículas 
na área; 3) Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares: com uso de militares da reserva das 
Forças Armadas ou de policiais e bombeiros militares, o MEC quer levar a gestão de excelência 
cívico-militar a centenas escolas do país. 
Promessa de campanha de Bolsonaro, o modelo de escolas cívico-militares, vem sendo 
criticado por alguns estudiosos em educação, pois a um entendimento que, ainda está confuso para a 
sociedade a diferença entre escola cívico-militar e escola militar e quais as consequências para o 
aluno. As escolas militares das Forças Armadas têm autonomia para montar o currículo próprio e 
costumam reservar vagas para familiares de militares possuindo normas equivalentes à doutrina 
militar, defende e adota um modelo educacional de cunho meritocratico e destinado a um público com 
indicador socioeconômico que se enquadra em renda per capta estável, o que possibilita arcar com 
os investimentos. As escolas cívico-militares é um modelo incompleto das escolas militares, pois 
são subordinadas a normas e conceitos baseados em bases comuns e parâmetros curriculares com 
objetivos e competências diferentes, e trabalha visando educação integral que prevê a formação mais 
integrada possível do sujeito, isto é, a oferta de oportunidades de acesso às várias instâncias 
culturais da sociedade e a visão do ser humano como um ser composto por diversas camadas inter-
relacionadas que dizem respeito não apenas à cognição, mas à emoção, subjetividade, desejos, 
inteligibilidade, sociabilidade, e o respeito ao multiculturalismo; e destinada a uma maioria de público 
com indicador socioeconômico que se enquadra em renda per capta variável, o que, na maioria das 
vezes, não possibilitaria arcar com os investimentos. Outro fator é sobre a evasão escolar, que 
preocupa, pois o modelo pode expulsar alunos que não se encaixem no modelo militarizado. De certa 
maneira, são escolas que acabam lidando só com um perfil de alunos que se encaixam na proposta 
de escola cívico-militar. Então, quem não se adapta simplesmente vai embora para outra escola ou 
não vai nem para escola nenhuma, o que aumenta a evasão escolar. Entretanto, as escolas cívico-
militares são vendidas com o argumento de escolas militares das Forças Armadas. 
A principal diretriz desta gestão é o foco na educação básica, onde esta sendo realizado um 
conjunto de ações para transformar o Brasil em uma referência na área até 2030. 
15 
 
4. CONCLUSÃO 
O Presente relato possibilitou a identificação das principais características dos modelos 
educacionais no decurso da história do Brasil e do Mundo, e suas contribuições para a formação dos 
sujeitos e das sociedades desde os primórdios até ao período atual. 
Os fatos e situações relatados na presente síntese de História da Educação possibilitou a 
percepção de propostas pedagógicas, apresentadas por intelectuais, filósofos e escritores, que em 
suas manifestações racionais e lutando por quebra de estruturas educacionais para atender a nova 
ordem imposta à sua época, possibilitaram a mudança nos sistemas educacionais e inspiraram as 
novas gerações. 
No trabalho proposto foram observados fatos históricos relatados na parte de História do Brasil 
e do Mundo que ajudou na percepção dos modelos educacionais estruturados e organizados ao 
longo dos anos e que contribuíram para uma melhor formação do sujeito como cidadão, usando, 
muitas vezes, planejamentos pedagógicos ousados para sua época, mas que até hoje podem ser 
identificadas e reinventadas pelos mais novos. 
A relação entre pedagogia e história foi verificada, nos conceitos, métodos e práticas 
pedagógicas adotadas por seus percussores e que são estudadas e até hoje e implementadas em 
áreas, da linguagem, das ciências exatas, das tecnologias e das ciências da humanidade, essa que 
oportuna resgatar e manter viva a história do seu desenvolvimento. 
Nos dias atuais a legislação brasileira traz novas propostas pedagógicas e o que se espera é 
que a educação forneça instrumentos para que o aluno construa seu próprio conhecimento e tenha 
curiosidade sobre tudo àquilo que o rodeia. A ideia é que o aluno tenha autonomia para decodificar 
determinada informação, pesquisar outras referências, comparar fontes e saber estabelecer 
conexões entre o passado e o presente. 
Hoje o que deve ser estudado, para cada vez mais aprimorar e manter o que foi conquistado, 
são os novos conceitos e procedimentos estabelecidos para a mobilização de conhecimentos onde 
práticas cognitivas e socioemocionais ampliam as habilidades e as atitudes e valores que irão ser 
uteis para resolução de demandas complexas da vida cotidiana para, consequentemente, possibilitar, 
por meio de todas essas competências adquiridas, a inclusão do cidadão no pleno exercício da 
cidadania e do mundo do trabalho. 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
Conteúdo da disciplina de História da Educação da Educação da Universidade Estácio. 
Disponível em: < https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/redemocratizacao-pos-ditadura-
1964#:~:text=Ap%C3%B3s%20mais%20de%2020%20anos,e%20opress%C3%A3o%20aos%20direit
os%20democr%C3%A1ticos> Acesso em: 26 out. 2020. 
Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Lula> Acesso em: 27 out. 2020. 
Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Weintraub> Acesso em: 27 out. 2020. 
Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Jair_Bolsonaro> Acesso em: 27 out. 2020.

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