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Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento das DCNT no Brasil

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Unidade III
PRÁTICA GERENCIAL
EM SAÚDE COLETIVA
 Profa. Ma. Giane Sanino
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do Ministério da Saúde (MS) 
	A diabetes é uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis ( DCNT) que compõem o plano que visa preparar o Brasil para enfrentar e deter nos próximos dez anos as DCNT.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do Ministério da Saúde (MS) 
	No país, essas doenças (acidente vascular cerebral, infarto, hipertensão arterial – 31,3%, câncer – 16,3%, diabetes - 5,2%, e doenças respiratórias – 5,8%) constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a 72% das causas de mortes, atingindo fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda. 
	Na última década, observou-se uma redução de 20% nas taxas de mortalidade. 
(Brasil, 2011)
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/arquivos/
pdf/cartilha_plano.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2012. 
	Atribuída à expansão da atenção primária, melhoria da assistência e redução do consumo do tabaco desde os anos 1990, mostrando importante avanço na saúde dos brasileiros.
(Brasil, 2011)
	Determinantes sociais das DCNT: desigualdades sociais (acesso a bens/serviços/ informação),baixa escolaridade e fatores de risco modificáveis (tabagismo/consumo de bebida alcoólica/inatividade física/alimentação inadequada.) 
(Brasil, 2011).
	Níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (24%), apenas 30% dos adultos consomem 5 porções de frutas/ hortaliças (5/+ dias/semana); 34,6% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 29,8% consomem refrigerantes (5/+ dias/semana), que contribui para aumento da prevalência de excesso de peso - 56,2% /obesidade - 15,6%. (Brasil, 2012)
Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_plano.pdf> .Acesso em:07 jun. 2012.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_plano.pdf> .Acesso em:07 jun. 2012. 
Intervenções Efetivas em DCNT
Melhores apostas – Organização Mundial da Saúde (OMS): (WHO, 2011).
	aumentar impostos/preços dos produtos do tabaco;
	proteger pessoas da fumaça do cigarro/proibir o fumo em lugares públicos;
	advertir sobre perigos do consumo do tabaco;
Intervenções Efetivas em DCNT
	fazer cumprir proibição da propaganda/ patrocínio/promoção de tabaco;
	restringir venda de álcool no varejo;
	reduzir ingestão de sal/conteúdo nos alimentos;
	substituir gorduras trans por gorduras poli-insaturadas;
	promover esclarecimento público sobre alimentação/atividade física.
Intervenções Efetivas em DCNT 
Intervenções de base populacional custo-efetivas:
	tratamento da dependência da nicotina;
	promoção da amamentação adequada e alimentação complementar;
	aplicação das leis do álcool e direção;
	restrições sobre o marketing de alimentos e bebidas com muito sal, gorduras e açúcar, especialmente para crianças;
	impostos sobre alimentos e subsídios para alimentação saudável. 
Intervenções Efetivas em DCNT 
Evidências sem comprovação de resultados custo-efetivas: (Brasil,2011)
	ambientes de nutrição saudável nas escolas;
	informação nutricional/aconselhamento em atenção à saúde;
Intervenções Efetivas em DCNT 
	diretrizes nacionais em atividade física;
	programas de atividade física para crianças com base na escola;
	programas de atividade física/alimentação saudável nos locais de trabalho e comunitários;
	construção de ambientes que promovam atividade física.
Intervenções voltadas para o cuidado da saúde de grupos específicos: (Brasil,2011)
	tratamento do câncer/combinação com detecção precoce.
Intervenções Efetivas em DCNT
	indivíduos de alto risco/doenças do aparelho circulatório tratados com medicamentos genéricos de baixo 
custo - ácido acetilsalicílico (AAS), estatinas, antihipertensivos e aspirina.
Abordagem Integral de DCNT: (Brasil, 2011)
	determinantes Socioambientais da 
Saúde – Alma Ata;
	ação Intersetorial; 
	abordagem precoce e abrangente;
	evidências científicas;
	vigilância e monitoramento;
	Rede de Serviço;
	Atenção Primária em Saúde.
Interatividade
Segundo o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS são determinantes sociais das DCNT: desigualdades sociais (acesso aos bens, e serviços e informação), baixa escolaridade e fatores de risco modificáveis, como tabagismo, consumo de bebida alcoólica, inatividade física e alimentação inadequada, tornando possível sua prevenção. Assinale a alternativa correta quanto ao Vigitel ( Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – 2011), a pesquisa concluiu que?
Os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (24%).
Apenas 30% dos brasileiros consomem 5 porções de frutas e hortaliças em 5 ou mais dias por semana.
34,6% dos brasileiros consomem alimentos com elevado teor de gordura e 29,8% consomem refrigerantes 5 ou mais dias por semana.
O excesso de peso e obesidade, que atingem 56,2% e 15,6% dos adultos, respectivamente.
Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Resposta
Todas as alternativas anteriores estão corretas.
	O Vigitel 2011concluiu que os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (24%), apenas 30% consomem 5 porções de frutas e hortaliças em 5 ou mais dias por semana; 34,6% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 29,8% consomem refrigerantes 5 ou mais dias por semana, o que contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 56,2% e 15,6% dos adultos, respectivamente.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Aborda as 4 principais doenças: doenças do aparelho circulatório, câncer, respiratórias crônicas e diabetes, e os fatores de risco (tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física, alimentação inadequada e obesidade).
	Objetivo: Promover o desenvolvimento/implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção/ controle das DCNT e seus fatores de risco e, fortalecer os serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas.
	Metas nacionais propostas:(Brasil, 2011)
Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes.
Deter o crescimento da obesidade em adultos.
Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool.
Aumentar a prevalência de atividade física no lazer.
Aumentar o consumo de frutas e hortaliças e, reduzir o consumo médio de sal.
Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos.
Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos.
Ampliar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino ( 25 a 64 anos).
Tratar 100% das mulheres - lesões precursoras de câncer (diagnóstico).
Disponível em:<portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
cartilha_plano.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2012. 
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Eixos:(Brasil, 2011)
vigilância de DCNT, informação, avaliação e monitoramento dos fatores de risco e da morbimortalidade específica das doenças; respostas dos sistemas de saúde, que incluem gestão, políticas, planos, infraestrutura, recursos humanos e acesso a serviços de saúde essenciais, inclusive a medicamentos.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Ações previstas: Pesquisa nacional de Saúde – 2013 (em parceria com IBGE); Estudos sobre DCNT, Portal do Plano DCNT.
promoção da saúde: importância das parcerias parasuperar fatores determinantes do processo saúde-doença, foram definidas diferentes ações envolvendo diversos ministérios.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	(Educação, Cidades, Esporte, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Meio Ambiente, Agricultura/Embrapa, Trabalho e Planejamento), Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria de Segurança Pública, órgãos de trânsito, além de organizações não governamentais, empresas e sociedade civil, com o objetivo de viabilizar as intervenções que impactem positivamente na redução de doenças e seus fatores de risco, em especial para as populações em situação de vulnerabilidade.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Ações previstas: Programa Academia da Saúde; Programa Saúde na Escola, Praças do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); Reformulação de espaços urbanos saudáveis; Criação do Programa nacional de Calçadas Saudáveis e construção e reativação de ciclovias, parques, praças e pistas de caminhadas.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Campanhas de comunicação; Alimentação saudável (Escolas; Aumento da oferta de alimentos saudáveis; Acordos com a indústria para redução do sal/açúcar; Redução dos preços dos alimentos saudáveis); Plano Intersetorial de Obesidade; Tabagismo e álcool (regular o ato de fumar em recintos coletivos, ampliação das ações de prevenção e de cessação do tabagismo, política de preços e de aumento de impostos, fiscalização à venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, horário noturno de fechamento de bares); Envelhecimento ativo.
cuidado integral: ações para fortalecer a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde e à ampliação das ações de cuidado integrado para a prevenção/controle das DCNT.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS
	Ações previstas:linha de cuidado de DCNT; capacitação e telemedicina; medicamentos gratuitos; câncer do colo do útero/mama; Saúde Toda Hora (Atendimento de urgência; Atenção domiciliar; Unidades Coronarianas e de Acidente Vascular Encefálico - AVE).
Diabetes Mellitus (DM): Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina.Tipos:
DM I 10%: ocasionado pela destruição das células beta do pâncreas (doença autoimune), levando a deficiência absoluta de insulina.
DM II 90%: provocado predominantemente por estado de resistência à ação 
da insulina associado a relativa 
deficiência de secreção.
Diabetes Mellitus 
DM Gestacional: circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, sem aumento prévio da glicose.
Outras formas de Diabetes: quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
Hiperdia: Política Nacional de Atenção Básica - Atenção Primária - Portaria Nº 648/GM De 2006 - Controle da Hipertensão Arterial ( HA) e DM: sistema informatizado, cadastra e acompanha portadores de HA e/ou DM.
Objetivos: (Brasil,2011)
Diabetes Mellitus 
garantir fornecimento dos medicamentos prescritos:
2004 - programa Farmácia Popular (parceria das 3 esferas governamentais) - ampliar acesso da população aos medicamentos considerados essenciais, repassando-os a baixo custo.
2006 - estratégia estendida à rede privada de farmácias e drogarias - Aqui Tem Farmácia Popular. MS subsidia 90% do valor de referência dos 24 medicamentos para HA,DM, asma, rinite, osteoporose, mal de Parkinson, e glaucoma.
Diabetes Mellitus 
	Decretada lei para distribuição gratuita de medicamentos para DM e materiais necessários para o monitoramento da glicemia capilar aos portadores inscritos em programas de educação para DM na atenção primária. 
2007 - definidos os medicamentos gratuitos disponibilizados: insulina NPH/simples -100 U; glibenclamida 5 mg; metformina 850 mg. Era restrita aos portadores cadastrados que das unidades básicas de saúde.
2010 – financiamento para aquisição de medicamentos na rede básica de saúde, pactuado entre as três esferas de governo - valores mínimos repassados R$ 5,10/habitante/ano pela União/R$ 1,86/habitante/ano por estados/municípios.
Diabetes Mellitus 
	MS financia aquisição de insulina NPH/regular; estados/municípios responsáveis por contrapartida financeira referente aos insumos complementares destinados aos indivíduos diabéticos insulinodependentes.
2011 - programa Saúde Não Tem Preço - ampliar acesso a medicamentos para DM e HA. Farmácias conveniadas à rede Aqui Tem Farmácia Popular ( cerca de 17.500) passaram a oferecer 11 medicamentos gratuitos para o tratamento de HA (captopril, maleato de enalapril, cloridrato de propranolol, atenolol, hidroclorotiazida, losartana) e DM (glibenclamida, metformina e insulinas).Gasto com medicamentos na população de baixa renda =12% da renda total; população de renda elevada = 1,7%.
Interatividade
Assinale a alternativa correta referente as metas nacionais propostas pelo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS.
Aumentar o consumo de frutas e hortaliças e, reduzir o consumo médio de sal.
Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes e, deter o crescimento da obesidade em adultos e, aumentar a prevalência de atividade física no lazer.
Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e, tabaco em adultos.
Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; cobertura de papanicolau em mulheres de 25 a 64 anos e tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de neoplasias.
Todas as afirmativas anteriores estão corretas.
Resposta
Todas as afirmativas anteriores estão corretas. 
	São metas nacionais propostas pelo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS.
	Aumentar o consumo de frutas e hortaliças e, reduzir o consumo médio de sal.
	Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes e, deter o crescimento da obesidade em adultos e, aumentar a prevalência de atividade física no lazer.
	Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e, tabaco em adultos.
	Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; cobertura de papanicolau em mulheres de 25 a 64 anos e,tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de neoplasia.
Caso Gerencial 
	MAS, 39 anos, sexo feminino, contadora, trabalha em uma pequena empresa perto de sua casa, apresenta DM tipo II desde 1999. Recentemente teve dor e dormência em extremidades de MMII. Encaminhada pelo endócrino ao cirurgião vascular para averiguar alterações microvasculares, o que foi descartado. Persistindo a algia, procura a enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF) para consulta. 
Ao EF: peso 91,9 K; altura: 1,74 m; IMC: 30,4 ( obesidade grau I); PA 120x80 mmHg, glicemia capilar 350 mg/dL; HbA1c 11%; recebe insulina NPH 16 U (antes do café/almoço)/22 U (antes de dormir). Registro de monitorização 
da glicemia capilar:
Caso Gerencial
Dia Café Almoço Jantar 3h 
 Antes Após Antes Após Antes Após
81 120 134 102 230 131 97
101 122 - - 127 - -
130 117 - - 134 - -
124 93 - - 171 - -
209 101 155 - - - -
164 110 101 - - - -
150 104 - - 139 - -
 82 127 110 99 187 127 86
Obs.:
Caso Gerencial
	Reside com a mãe viúva, que tem 80 anos, HA leve, DMII e artrite reumatoide crônica. O pai faleceu há 4 anos. Tem um irmão casado que mora distante. Desde a morte do pai ela assumiu o papel de chefe da casa; o irmão tenta ajudar, mas a mãe o dispensa, preferindo os cuidados da filha para todas as suas necessidades. MAS mantéma casa, faz as compras e a limpeza nos finais de semana, embora seu excesso de peso a dificulte. Relata estar sempre tão cansada, por isso não vai mais ao teatro, nem a restaurantes. Fica mais com a família. Gostaria de contratar uma pessoa para a limpeza, mas a mãe não aceita nenhum estranho, e ela não quer aborrecê-la.
Caso Gerencial
	Passa muito tempo preocupada com os problemas de sua mãe, o que deixa pouco tempo disponível para atender as suas próprias necessidades. 
Caso Gerencial
	Administra a medicação conforme a prescrição, mas não tem tempo de pensar no controle da dieta. Ao ser questionada quanto a monitorização glicêmica, disse que segue as recomendações e, tenta evitar os alimentos proibidos. Durante o levantamento dos dados ficou claro que os conhecimentos sobre a doença eram mais limitados do que a primeira impressão. Ela estava interessada em ter o controle da DM e em perder peso. Não quero me sentir magra, quero me sentir melhor e com mais energia. Disse não estar tão saudável quanto gostaria e manifestou preocupação: Meu pai morreu por complicações do diabetes e minha mãe tem diabetes. Preciso fazer alguma coisa. Texto adaptado: LUNEY, M. et al. Pensamento crítico para o alcance de resultados positivos em saúde: análises e estudos de caso em enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Aspectos Gerais
Diagnóstico 
Clínico:	
Sintomas clássicos:
	Poliúria, Polidipsia, polifagia, excesso/perda de peso, dores em MMII.
Sintomas gerais:
	Visão turva.
	Feridas que não cicatrizam.
	Parestesias em MMII.
	Infecções de repetição.
	Vulvovaginites.
Laboratorial: (Brasil,2011)
Glicemia casual.
Aspectos Gerais
Realizada sem padronização do tempo desde a última refeição: ≥ 200 mg/dL na presença de sinais e sintomas clássicos.
Glicemia em jejum (8 a12 horas): ≥ 126 mg/dL.
Glicemia de duas horas( pós-prandial): ≥ 200 mg/dL.
Teste oral de tolerância a glicose (TTG-75g): glicemia em jejum < 126 mg/dL e glicemia de duas horas ≥ 140 mg/dL
	Em casos de glicemia de jejum alterada (110 e 125 mg/dL) requer avaliação por TTG-75g em 2h: alta probabilidade de DM.
	Glicemia de jejum normal (< 110 mg/dL) pacientes com alto risco para DM/doença cardiovascular merecem 
avaliação por TTG.
Aspectos Gerais
Fatores de risco:(Brasil,2011)
	Idade igual ou maior que 45 anos;
	Sobrepeso (IMC ≥ 25 Kg/m2);
	Obesidade central (cintura abdominal > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas);
	Antecedente familiar (mãe/pai);
	História de tolerância a glicose diminuída ou de glicemia de jejum alterada;
	História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 Kg;
	HA (≥ 140/90 mmHg em adultos);
	Dislipidemia: hipertrigliceridemia (≥ 250 mg/dL) ou colesterol HDL baixo 
(≤35 mg/dL);
	Diagnostico prévio de síndrome 
de ovários policísticos;
Aspectos Gerais
	Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida;
	Inatividade física habitual;
	Uso de medicamentos diabetogênicos, como corticosteroides.
Metas de controle glicêmico, metabólico e cardiovascular :(Brasil,2011)
Plano alimentar: Alimentação saudável, IMC ( 18,5-24kg/m2 )/perda de peso, verificar/orientar a cada consulta.
	Contagem de carboidratos: melhor controle glicêmico e qualidade de vida. 
(Europa – 1994; Brasil – 1997; 
HC – 2001).
Aspectos Gerais
Atividade física: > 30 min./dia ou > 1h/dia (perda/manutenção de peso), verificar/orientar a cada consulta.
Não fumar, verificar/orientar a cada consulta.
Hemoglobina glicada (A1C): <7%, controle a cada 3 meses ate alcançar meta, depois a cada 6 meses.
Glicemia de jejum: 70 -130mg/dL, mensal.
Colesterol LDL: <100 mg/dL, anual.
Colesterol HDL: >40 mg/dL, anual.
Triglicérides: <150 mg/dL, anual.
Pressão arterial: <130/80 mmHg, a cada consulta.
Vacinação Influenza: anual.
Automonitorização glicêmica: 
(ADA, 2012)
Aspectos Gerais 
DM II – hipoglicemiante oral: 7 medições /cada 15/20 dias; hipoglicemiante oral + insulina - 8 medições/cada 15/20 dias.
DM I – 8 medições + 3 horas da manhã.
	Importante fazer sempre pré e pós refeições, para ter parâmetro do tratamento.
Medicamentos:(Brasil,2010)
Hipoglicemiantes orais:
Sulfonilureias – aumentam secreção de insulina/diminuem resistência a insulina. Contraindicado – gravidez/lactação; insuficiência renal/hepática.
Biguanidas - diminuem resistência a insulina; glicogenólise; absorção intestinal de carboidratos. Contraindicado - gravidez/ lactação; insuficiência renal/hepática coronariana; uso abusivo de álcool, contrastes iodados/anestésicos.
Aspectos Gerais 
Insulina: Falência de medicamentos orais; gravidez; cirurgias; infecções graves; emagrecimento; cetonúria /cetonemia, glicemia > 270 mg/dL.
Complicações: alterações vasculares = disfunção/falência de vários órgãos (risco para doenças vasculares aterosclerótica – coronariana/arterial periférica/ vascular cerebral) – ECG/teste de esforço anualmente:(Brasil,2011)
Pé sensível/ Neuropatia: verificar a cada consulta.
Nefropatia/ Retinopatia: rastrear anualmente microalbuminúria/fundo de olho.
Odontológicas, vesical e sexual.
Interatividade
O DM é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O tipo II corresponde a 90% dos casos, e é provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção. Assinale a alternativa correta quanto aos seus fatores de risco:
História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 Kg. Sobrepeso (IMC ≥ 25 Kg/m2), obesidade central (cintura abdominal > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas).
Antecedente familiar (mãe/pai).
História de tolerância a glicose diminuída ou de glicemia de jejum alterada, dislipidemia e HA (≥ 140/90 mmHg em adultos).
Idade igual ou maior que 45 anos. 
Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Resposta
Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
São fatores de risco para o DM II:
	História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 Kg. 
	Sobrepeso (IMC ≥ 25 Kg/m2).
	Obesidade central (cintura abdominal > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas).
	Antecedente familiar (mãe/pai).
	História de tolerância a glicose diminuída ou de glicemia de jejum alterada.
	Dislipidemia e HA (≥ 140/90 mmHg 
em adultos). 
	Idade igual ou maior que 45 anos.
Caso Gerencial
Teoria do déficit no autocuidado de Orem: baseada nas evidências identificadas pela consulta, essa teoria foi escolhida para
respaldar as ações de autocontrole a serem utilizadas nesse caso.
	O diagnóstico de enfermagem precisa da investigação do autocuidado dispendido pela usuária do serviço de saúde, frente as necessidades do autocuidado terapêutico e a relação que se estabelece entre eles.
Conceitos relacionados:
Usuária:
Autocuidado
Habilidades de autocuidado
Demanda de autocuidado terapêutico
Déficit no autocuidado
Enfermeira: ( Lunney, 2011)
Caso Gerencial
Práticas de enfermagem em saúde coletiva
Práticas de saúde em enfermagem
Fatores determinantes do processo saúde-doença:
Idade
Gênero
Estado de desenvolvimento
Estado de saúde
Orientação sóciocultural
Padrão familiar
Estilo de vida
Disponibilidade de recursos
Diagnósticos de enfermagem 
– NANDA ( Lunney, 2011)
Caso Gerencial
	Diagnósticos de problemas: ajudar pessoas a controlarem doenças crônicas (indivíduos /famílias/ comunidades).
	Necessidade de auxílio no regime terapêutico ( medicamentos, dieta, atividades físicas), integração com ações da vida cotidiana.
	Autocontrole de saúde – perguntar se desejam ajuda para integrar o regime terapêutico a vida cotidiana. 1. Nutrição Desequilibrada: Mais do que as Necessidades Corporais- IMC = 30,4 (obesidade grau I);MAS mostrou interesse em perder peso, compreendeu que seu estilo de vida sedentário, aliado a inadequação alimentar, contribuía para o controle glicêmico insatisfatório, obesidade e fadiga. 
Perda de 5 a 10% do peso melhora no controle glicêmico
Caso GerencialDor Crônica: Dor em extremidades de MMII, poderia estar relacionado a obesidade e, ser uma barreira para atividade física, para não aumentar a dor.
Sentimento de Impotência: MAS não afirmou seu poder para controlar sua vida, conforme indicava a não obtenção para auxílio na limpeza da casa, deixando-a sobrecarregada, sem eficiência para controlar sua rotina cotidiana.
Tensão do Papel do cuidador: MAS acha que as coisas mudaram desde a morte do pai, responsabiliza-se sozinha pelos cuidados da casa/mãe, exigências que vão além de suas possibilidades,
sente-se sempre cansada.
Caso Gerencial 
	Glicemia instável: Glicemia capilar 350 mg/dL - 2 horas( pós prandial): ≥ 200 mg/dL ; HbA1c 11% - <7%. Dieta, atividade física, adequação medicamentosa.
	Autocontrole Ineficaz da Saúde: Relacionado a déficits de conhecimento, sentimentos de estresse e impotência. É o diagnóstico mais amplo, aborda toda a questão do regime terapêutico ( medicação, atividade física e dieta). Discutir a automonitorização glicêmica, pela ficha apresentada os achados não conferem com a HbA1c 11%/glicemia capilar 350 mg/dL.
Caso Gerencial 
Existe investimento governamental para disponibilizar insulina/glicosímetros. Rever como está sendo realizada a técnica da monitorização para identificar questões que podem interferir no resultado, saber se a técnica está sendo realmente realizada e, como está sendo realizada, checar memória do aparelho), solicitar recordatório alimentar.
Resultados esperados – NOC
Os requisitos de autocuidado alcançados por meio de ações, frente os diagnósticos de problemas em uma situação crônica são os mais importantes. Nesse caso é melhor estabelecer como prioritário - Autocontrole do DM, com escore de partida 3 (algumas vezes demonstrado), para alcançar o nível 5 (consistentemente demonstrado).
Caso Gerencial 
Controle do peso.
Controle da dor.
Controle da glicemia.
Controle do regime terapêutico.
Saúde emocional do cuidador.
Intervenções NIC - Orientar sobre:
Assertividade – conversar com o irmão e a mãe na busca de compartilhar responsabilidades.
Processo de doença.
Dieta (perda de peso, controle glicêmico).
Medicamentos.
Monitorização glicêmica.
Interatividade
Existe investimento governamental para disponibilizar glicosímetros para a automonitorização glicêmica, como parte fundamental no tratamento do portador de DM II. Em Consulta de enfermagem, quando os valores registrados na ficha de controle, não estiverem de acordo com os resultados da HbA1c. Qual deverá ser a conduta de enfermagem mais adequada a ser adotada frente a essa situação? 
Rever como está sendo realizada a técnica da monitorização.
Checar a memória do aparelho. 
Solicitar recordatório alimentar.
Averiguar impedimentos para a realização da monitorização.
Todas as alternativas anteriores 
estão corretas.
Resposta
Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Na consulta de enfermagem quando os valores registrados na ficha de controle da monitorização glicêmica, não estiverem de acordo com os resultados da HbA1c, a conduta de enfermagem mais adequada consiste em:
	Rever como está sendo realizada a técnica da monitorização.
	Checar a memória do aparelho. 
	Solicitar recordatório alimentar.
	Averiguar impedimentos para a realização da monitorização.
ATÉ A PRÓXIMA!

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