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CLIVAGEM E GASTRULAÇÃO CONTEÚDO 9 – EMBRIOLOGIA (CLIVAGEM E GASTRULAÇÃO) CLIVAGEM – primeiras divisões embriológicas A fecundação desencadeia uma série de sinais químicos que levará o zigoto a entrar em novas divisões mitóticas. Esta divisão gera dois polos: o polo (ou hemisfério) animal – pobre em nutrientes – e o polo (ou hemisfério) vegetal – rico em nutrientes. Tem início cerca de 3horas após a fertilização. Consiste em repetidas divisões mitóticas do zigoto levando a um rápido aumento do número de células que recebem o nome de blastômero. Durante a clivagem o zigoto caminha pela tuba uterina até o útero. A medida que o número de células aumenta, o blastômero muda de forma tornando-se uma bola compacta de células – esta é a mórula. Na mórula existe uma grande interação entre as células, permitindo uma grande comunicação química necessária para os próximos passos do desenvolvimento do zigoto. Algumas divisões depois, as células da mórula aglomeram-se em um pólo da mórula criando uma estrutura chamada blastócito. No blastocisto encontramos três regiões distitnas: massa interna de células; que dará origem ao embrião; blastocele: cavidade cheia de líquido e o trofoblasto: originará parte da placenta embrionária. É na fase de blastocisto que o zigoto sai das tubas uterinas para se implantar na parede do útero. IMPLANTAÇÃO Ao final da clivagem o embrião migra para o útero onde se adere a parede do endométrio; é a chamada implantação. Após a implantação, o trofoblasto se prende ao endométrio uterino e diferencia-se em duas camadas: citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. O citotrofoblasto é uma camada mais interna que irá originas a ectoderme primitiva, que no futuro fará parte da geração de alguns anexos. Já o sinciciotrofoblasto é a camada mais externa, sendo rica em enzimas proteolíticas que encavam o endométrio uterino permitindo a implantação. É neste momento que a mãe libera o HCG (hormônio da gonadotrofina coriônica humana) e mantém sua secreção durante toda a gravidez. A massa interna de células ira se transformar no disco embrionário, onde podemos distinguir duas regiões: hipoblasto e epiblasto Hipoblasto: suas células irão se diferenciar em células que originarão a mesoderme extraembrionária. Estas células continuarão a se diferenciar de forma que irão contribuir para a formação de parte dos anexos embrionários, no caso o saco vitelíneo. Epiblasto: é uma camada mais espessa que se divide em três regiões: - Ectoderme extraembrionária – cujas células se diferenciarão em anexos embrionários, como a cavidade amniótica. - Ectoderme embrionária - Linha primitiva – permite o início da grastrulação, processo que originarão os órgãos. Da linha primitiva serão geradas duas regiões: - Endoderme embrionária - Mesoderme embrionária. Gastrulação É um processo onde ocorre a migração e a diferenciação de células da massa interna de células; até então indiferenciadas e sem função definida. Este processo ocorre entre a 2ª e a 3ª semana de desenvolvimento. Estas células irão se dividir em três camadas chamadas de folhetos germinativos que irão originar os tecidos e os órgãos do corpo. Os folhetos germinativos gerados na gastrulação são: - Ectoderma: epiderme, Sistema nervoso central (SNC), Sistema nervoso periférico (SNP). - Mesoderme: musculatura lisa, sistema cardiovascular, células sanguíneas, medula óssea, músculo estriado, órgãos reprodutores, órgãos excretores. - Endoderme: revestimento das vias respiratórias, revestimento interno do trato gastrointestinal, glândulas, fígado e pâncreas. A neurulação ocorre a partir da 3ª semana de desenvolvimento. Nesta fase, iniciam-se movimentos celulares na região do ectoderma. Estas células irão se concentrar em uma região central do disco embrionário que irá se chamar placa neural. Esta região irá se desdobrar formando o tubo neural, a partir do qual irá se desenvolver todo o Sistema Nervoso. A fase de diferenciação e amadurecimento fisiológico dos órgãos e tecidos que serão formados a partir dos folhetos germinativos recebe o nome de organogeneses. Depois do sistema nervoso, o sistema cardiovascular é amadurecido para que os nutrientes sejam corretamente distribuídos pelo embrião é o sistema respiratório. Anexos embrionários a) Placenta – órgão materno fetal cuja função é a troca de nutrientes e de gases entre o feto e a mãe e a secreção de alguns hormônios, como o HCG. É permeável á alguns medicamentos e microrganismo que podem afetar o desenvolvimento fetal. b) Âmnio e líquido amniótico – o âmnio é um grupo de células que se organizam de forma a originar um saco preenchido pelo líquido amniótico e fazem o revestimento do cordão umbilical. O líquido amniótico é produzido pelas próprias células amnióticas, sendo trocado a cada três horas e constantemente ingerido e digerido pelo feto. As funções desempenhadas pelo líquido. c) Cordão umbilical – estrutura que lia o feto a placenta materna de forma que os nutrientes captados pela mãe e o oxigênio possam chegar até o feto através de duas veias umbilicais, enquanto que os restos metabólicos e o gás carbônico produzidos pelo feto são levados até a mãe pela artéria umbilical para que ela possa eliminá-los. BIBLIOGRAFIA TORTORA, GERARD J. Corpo humano, fundamentos de anatomia e fisiologia, Editora Artmed. 12ed. 2013. SADLER, TW.. Langman / Embriologia médica. Guanabara Koogan. 12 ed. 2014.
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