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RECURSO ADMINISTRATIVO MULTA [TRÂNSITO]

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO DENIT DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ DO MARANHÃO
Auto de Infração nº S003202766
BENEDITO NABARRO, brasileiro, advogado, portador do CPF nº 163.873.339-20, residente e domiciliado à Rua São Francisco, n°. 918, Centro, no município de Açailândia no Estado do Maranhão, proprietária do veículo I/TOYOTA HILUX CDSRVA4FD, de placa PSU3636/MA, por meio de seu advogado subscrito, vem respeitosamente à presença de Vosso Ilmo, apresentar DEFESA A NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO:
DOS FATOS
OAutor é proprietário do veículo I/TOYOTA HILUX CDSRVA4FD, de placa PSU3636/MAora em debate.
Acontece que no dia 18/09/2017, com surpresa, chegou ao endereço de residência do Autoruma notificação, auto de infração nº S003202766, tendo como base o art. 218 do CTB Código de Trânsito Brasileiro.
DA NULIDADE DA INFRAÇÃO
Conforme o entendimento do artigo 218, incisos I da Lei 9503/79 do Código de Transito Brasileiro (CTB):
“Art. 218. OTransitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
I - quando a velocidade for SUPERIOR à máxima em até 20% (vinte por cento):
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por cento):
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)”
Como se vê, a infração de excesso de velocidade somente se configura se ultrapassado a velocidade máxima permitida em 20%, o que não ocorreu no caso supramencionado, sendo impossível se configurar uma infração de trânsito estabelecida no dispositivo legal acima descrito, como consta no item dito Artigo (CTB), 218, I do AIT.
No caso em tela, o auto de infração ora encaminhado está eivado e irregularidades, a começar pelo dispositivo legal citado para enquadramento da conduta.
DOS PRAZOS DA NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO
Segundo a referida notificação de autuação, a data em que supostamente o Requerente infringiu tal dispositivo foi em 25 de julho de 2017, entretanto, só tomou ciência da suposta infração em 18 de setembro de 2017, perfazendo mais de 30 dias para a expedição da mesma.
O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) em seu Art. 281,parágrafo único e incisos I e II, traz a seguinte redação:
“Art. 281 – A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste código e dentro da sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
Parágrafo único – O auto de infração será arquivado quando:
I – Se considerado inconsistente ou irregular;
II – Se, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, não for expedida a notificação de autuação; (sem grifo no original)”
Ora, é de se observar que o lapso temporal entre a data da suposta infração, que foi em 25-07-2017, e a data em órgão de Trânsito expediu a notificação perfaz um total de mais de 30 dias, que é o que preceitua o referido dispositivo legal supramencionado.
DA RESOLUÇÃO Nº 404/12 DO CONTRAN
A resolução CONTRAN (conselho nacional de trânsito) de nº 4044, datado de 12 de junho de 2012, em seu Art. 3ºº, § 22:
“Art. 3º À exceção do disposto no § 5º do artigo anterior, após a verificação da regularidade e da consistência do Auto de Infração, a autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do cometimento da infração, a Notificação da Autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual deverão constar os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica.
§ 2º A não expedição da notificação da autuação no prazo previsto no caput deste artigo ensejará o arquivamento do Auto de Infração. (sem grifo no original)”
Deste modo, resta claro que a notificação de autuação nº S003202766, deveria ter sido entregue a proprietária, para a mesmo ter tomado ciência no prazo máximo de 30 (trinta) dias entre o cometimento da infração e o recebimento desta, em conformidade com o referido parecer, portanto, segundo preceitua o Art. 281, parágrafo único, inciso II, do CTB, o auto de infração deverá ser arquivado.
DO PEDIDO
DIANTE DO EXPOSTO, a fim de que se faça JUSTIÇA ao caso em tela, REQUER:
a) Se, por qualquer motivo, o presente RECURSO não for julgado dentro do prazo previsto no art. 285, do CTB, requer a concessão do devido efeito suspensivo;
b) Apreciação do Recurso pelo ilustríssimo Sr. Presidente ou membros do DNIT, com o fito de verificar possíveis irregularidades e inconsistências nos AIT, em desconformidade com o que determina a Resolução nº 404/2012 do CONTRAN;
c) Seja o presente RECURSO julgado procedente, com fundamento no art. 218 e art. 281, parágrafo único, I e II do CTB, sendo o auto de infração julgado insubsistente, cancelado e arquivado pelos motivos supra expostos.
São os termos em que,
Pede e espera deferimento.
Imperatriz, 20 de setembro de 2017.
Edmar de Oliveira Nabarro
1. /TO n° 2271
1. /MA nº 8875

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