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Química InorgânicaQuímica Inorgânica EstruturaEstrutura AtômicaAtômicaEstruturaEstrutura AtômicaAtômica Referência: D. F. Shriver e P. W. Atkins, Química Inorgânica; 4ª edição; Bookman; 2008. Cap. 1. TEORIAS ATÔMICAS � John Dalton - (partícula indivisível) � J. J. Thomson - (descoberta do elétron – Modelo “pudim de ameixas”) � Rutherford – (descoberta do núcleo) A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS � Algumas substâncias que agora reconhecemos como elementos químicos já eram conhecidos desde a Antiguidade, comoeram conhecidos desde a Antiguidade, como o carbono, o enxofre, o ferro, o cobre, a prata, o ouro e o mercúrio. � Os alquimistas e seus sucessores imediatos, os primeiros químicos, adicionaram cerca de 18 elementos até 1800. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS � A lista de elementos cresceu rapidamente no final do século XIX. � Este crescimento foi, em parte, resultado do� Este crescimento foi, em parte, resultado do desenvolvimento da espectroscopia atômica, na qual átomos de um elemento particular, excitados termicamente, emitem radiação eletromagnética com um padrão único de frequências. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE � Uma divisão ampla e útil dos elementos é classificá-los como metais e não-metais. � Os elementos metálicos (como ferro e cobre) são sólidos tipicamente lustrosos, maleáveis, dúcteis e condutores elétricos à temperatura ambiente. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE � Os não-metais são frequentemente gases (oxigênio), líquidos (bromo) ou sólidos (enxofre) que não conduzem eletricidade(enxofre) que não conduzem eletricidade apreciavelmente. � Como consequência desta classificação temos que: A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE 11 – Elementos metálicos combinam-se com elementos não-metálicos formando compostos tipicamente sólidos duros ecompostos tipicamente sólidos duros e não voláteis (Ex.: cloreto de sódio, NaCl). 22 – Quando combinados entre si, os não- metais, frequentemente, formam compostos moleculares voláteis (Ex.: tricloreto de fósforo. PCl3). A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE 33 – Quando metais se combinam (ou simplesmente se misturam), produzem ligas que possuem muitas dasligas que possuem muitas das características físicas dos metais. � Alguns elementos têm propriedades que tornam difícil classificá-los como metais ou não-metais. Estes elementos são chamados de metalóides. Ex.: silício, germânio, arsênio e telúrio. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE � Uma classificação mais detalhada dos elementos foi proposta por DD.. II.. MendeleevMendeleev em 1869, tornando-se conhecida por todos os químicos como a tabelatabela periódicaperiódica. � Mendeleev ordenou os elementos conhecidos em ordem crescente de massa molar. Essa organização resultou em famílias de elementos com propriedades químicas similares, os quais ele organizou em grupos na tabela periódica. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE �� MendeleevMendeleev evidenciou a grande utilidade da tabela periódica ao prever propriedades químicas gerais, tais como o número dequímicas gerais, tais como o número de ligações que deviam formar, de elementos desconhecidos correspondentes às lacunas em sua tabela periódica original. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS PADRÃO E PERIODICIDADE � Ainda hoje, os químicos inorgânicos se baseiam nas tendências periódicas para interpretar as tendências nas propriedades físicas e químicas dos compostos e sugerir a síntese de compostos desconhecidos. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS A TABELA PERIÓDICA MODERNA � Os elementos são listados na ordem dos seus números atômicos, e não dos pesos atômicos. � As linhas horizontais da tabela são denominadas períodosperíodos e as colunas gruposgrupos. � Frequentemente usa-se o número do grupo para designar a posição geral de um elemento. (Ex.: dizemos que “o gálio está no Grupo 13”). A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS A TABELA PERIÓDICA MODERNA � A tabela periódica é dividida em quatro blocosblocos. � Os membros dos blocos ss e pp são coletivamente denominados elementoselementoscoletivamente denominados elementoselementos principaisprincipais. � Os elementos do bloco dd (frequentemente com exceção do Grupo 12, zinco, cádmio e mercúrio) são coletivamente chamados de elementoselementos dede transiçãotransição. A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS A TABELA PERIÓDICA MODERNA � Os elementos do bloco ff são divididos na série dos elementos mais leves (números atômicos de 57 a 71), denominados lantanóideslantanóides (aindade 57 a 71), denominados lantanóideslantanóides (ainda comumente chamados de lantanídeoslantanídeos). � E na série dos elementos mais pesados (números atômicos de 89 a 103), denominados actinóidesactinóides (comumente chamados de actinídeosactinídeos). A CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS A TABELA PERIÓDICA MODERNA � Os elementos representativos são os membros dos três primeiros períodos dos elementos principais (do hidrogênio aoelementos principais (do hidrogênio ao argônio). � Os grupos do bloco f não são numerados porque cada linha forma um família altamente homogênea. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES � A organização da tabela periódica é uma consequência direta das variações periódicas na estruturaestrutura eletrônicaeletrônica dosdos átomosátomos.na estruturaestrutura eletrônicaeletrônica dosdos átomosátomos. � Inicialmente, consideraremos os átomos semelhantes ao hidrogênio ou átomosátomos hidrogenóideshidrogenóides, os quais possuem somente um elétron e assim estão livres de efeitos complicadores das repulsões elétron-elétron. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES � Os átomos hidrogenóides incluem íons tais como He+ e C5+, assim como o próprio átomo de hidrogênio.de hidrogênio. � Utilizaremos o conceito que estes átomos introduzem para construir uma descrição aproximada das estruturas dos átomosátomos multieletrônicosmultieletrônicos, que são átomos com mais de um elétron. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � Observações espectroscópicasespectroscópicas de átomos de hidrogênio sugerem que um elétron pode ocupar somente certoscertos níveisníveis dede energiaenergia e que a emissão de frequências discretas de radiaçãoradiação eletromagnéticaeletromagnética, ocorre quando um elétron faz uma transiçãotransição entreentre estesestes níveisníveis. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA �� RadiaçãoRadiação eletromagnéticaeletromagnética é emitida quando uma descarga elétrica é passada através do hidrogênio gasoso. � Fazendo-a atravessar um prismaprisma ouou umauma rederede dede difraçãodifração percebe-se que essa radiação consiste em uma série de componentes, um na região ultravioleta, um na região visível e vários na região infravermelha do espectroespectro eletromagnéticoeletromagnético. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � No século XIX, o espectroscopista JohannJohann RydbergRydberg descobriu que todos os comprimentos de onda (λ, lambda) podem sercomprimentos de onda (λ, lambda) podem ser descritos pela expressão: onde R é a constante de Rydberg, uma constante empírica que tem o valor 1,097x107 m-1. −= 2 2 2 1 111 nn R λ AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � Os n são números inteiros com n1 = 1, 2, ... e n2 = n1 + 1, n1 + 2, .... � A série com n1 = 1 é chamada de série de1 Lyman e encontra-se no ultravioleta. � A série com n1 = 2 situa-se na região do visível e é chamada de série de Balmer. � As séries que se encontram no infravermelho incluem a série de Paschen (n1 = 3) e a Brackett (n1 = 4). AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � A estrutura do espectro é explicada supondo- se que a emissão da radiação ocorre quando um elétron faz uma transição de um estado de energia –hcR/n22 para um estado de energia – hcR/n12 e que a diferença,hcR(1/n12 - 1/n22 ), é carreada pelo fóton de energia hc/λ. Igualando- se essas duas energias e cancelando-se hc, obtemos a equação: −= 2 2 2 1 111 nn R λ AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � A questão que essas observações levantam é por que a energia de um elétron num átomo está limitada a valores de –hcR/n2 e por que R tem o valor observado. � Uma tentativa inicial de explicar esses fatos foi feita por NielsNiels BohrBohr em 1913 usando uma forma preliminar da teoriateoria quânticaquântica, na qual ele supunha que o elétron só poderia existir em certas órbitas circulares. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ESPECTROSCOPIA � Embora ele tenha obtido o valor correto de R, seu modelo foi mais tarde mostrado ser inadequado, pois conflitava com a versão da teoria quântica desenvolvida por ErwinErwin SchrödingerSchrödinger e WernerWerner HeisenbergHeisenberg em 1926. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � Em 1924, LouisLouis dede BroglieBroglie sugeriu que, uma vez que a radiação eletromagnética podia ser considerada como constituída depodia ser considerada como constituída de partículas chamadas fótons ao mesmo tempo que exibia propriedades ondulatórias, tais como interferência e difração, então o mesmo pode ser verdade para os elétronselétrons. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � Essa natureza dualdual é chamada de dualidadedualidade ondaonda--partículapartícula. � Uma consequência imediata da dualidade é a impossibilidade de se saber o momentomomento linear (o produto da massa pela velocidade) e a localizaçãolocalização de um elétron (e qualquer partícula) simultaneamente. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � Essa restrição é o conteúdo do princípioprincípio dada incertezaincerteza de HeisenbergHeisenberg, pelo qual o produto da incerteza no momento pela incerteza da posição não pode ser menor que uma quantidade da ordem de grandeza da constante de PlanckPlanck (especificamente, ½ h, onde h = h/2π). AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA �� SchrödingerSchrödinger formulou uma equação que levou em conta a dualidade onda-partícula e considerou o movimento dos elétrons nos átomos. � Para fazer isso ele introduziu a função de onda, ψ (psi), uma função matemática das coordenadas de posição x, y e z. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � A equaçãoequação dede SchrödingerSchrödinger, da qual a função de onda é uma solução, é: ( ) 02 222 =−+ ∂ + ∂ + ∂ ψ ψψψ VE m e V é a energia potencial do elétron no campo do núcleo e E é sua energia total. � A equação de Schrödinger é uma equação diferencial de segunda ordem e difícil de resolver para todos os sistemas. ( ) 02 2222 =−+ ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ψ ψψψ VE m zyx e h AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � As soluções fisicamente aceitáveis, para a equação de onda, existem somente para certos valores de E. � Portanto, a quantizaçãoquantização da energia, o fato de que um elétron em um átomo só pode possuir certos valores discretos de energia, é uma consequência natural da equação de SchrödingerSchrödinger, além de algumas imposições (“condições de contorno”) que restrigem o número de soluções aceitáveis. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � Uma função de onda contém todas as informações dinâmicas possíveis do elétron, incluindo onde ele está e o que estáincluindo onde ele está e o que está fazendo. � A probabilidadeprobabilidade de se encontrar um elétron em uma dada localização é proporcional ao quadrado da função de onda neste ponto, ψψψψψψψψ22. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � De acordo com essa interpretação, há uma grande probabilidade de se encontrar o ψelétron onde ψ2 é grande e o elétron não será encontrado onde ψ2 for zero. � A quantidade ψψψψψψψψ22 é chamada de densidade de probabilidade do elétron. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � A probabilidade de se encontrar um elétron é igual a ψ2dτ se a função de onda for “normalizada”, significando que: onde a integração é sobre todo o espaço acessível ao elétron. � Essa expressão estabelece que a probabilidade total de se encontrar o elétron em algum lugar deve ser igual a 1. 1 2 =∫ τψ d AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � As funções de onda têm, em geral, regiões de amplitude (ou sinal) positiva e negativa. � O sinal da função de onda é de importância crucial quando duas funções de onda se espalham em uma mesma região do espaço e interagem. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � A região positiva de uma função de onda pode se adicionar à região positiva de outra função de onda para formar uma região de amplitude aumentada. � Este aumento de amplitude é chamado de interferênciainterferência construtivaconstrutiva. � Isto significa que quando duas funções de onda se espalham numa mesma região do espaço, tal como ocorre quando dois átomos estão próximos, ocorre um aumento significativo da probabilidade de se encontrarem as partículas nessa região. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ALGUNS PRINCÍPIOS DE MECÂNICA QUÂNTICA � Inversamente, a região positiva de uma função de onda pode ser cancelada pela região negativa de uma segunda função de onda. Essa interferênciainterferência destrutivadestrutiva entre funções� Essa interferênciainterferência destrutivadestrutiva entre funções de onda reduzirá significativamente a probabilidade de que um elétron seja encontrado nessa região. � A interferência das funções de onda é de grande importância na explicação das ligações químicas. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS � A função de onda de um elétron em um átomo hidrogenóide é chamada de orbitalorbital atômicoatômico.atômicoatômico. � Os orbitais atômicos hidrogenóides são fundamentais para a compreensão da QuímicaQuímica IInorgânicanorgânica. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides � Cada uma das funções de onda obtidas pela resolução da equação de Schrödinger pararesolução da equação de Schrödinger para um átomo hidrogenóide é especificada por um único conjunto de três números inteiros chamados númerosnúmeros quânticosquânticos. � Estes números quânticos são designados por n,n, ll e mmll. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides nn = número quântico principal ll = número quântico momento angular orbitalll = número quântico momento angular orbital mmll = número quântico magnético. � Cada número quântico especifica uma propriedade física do elétron: nn = especifica energia ll = indica o momento angular orbital mmll = indica a orientação do momento angular. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides nn = o tamanho do orbital ll = a forma angular do orbitalll = a forma angular do orbital mmll = orientação do orbital. � As energias permitidas são especificadas pelo número quântico principal, n. � Para um átomo hidrogenóide de número atômico Z, elas são dadas por: AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides 2 2 hcRZ En −= hcR = 13,6 eV � Com n = 1, 2, 3 ... e R = constante de Rydberg = 1,097x107 m-1 2n En −= 2 0 3 4 8 εch em R e= hcR = 13,6 eV AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides � O zero de energia (n = ∞) corresponde à situação em que o elétron e o núcleo estãosituação em que o elétron e o núcleo estão bastanteseparados e estacionários. � Valores positivos de energia correspondem aos estados não ligados do elétron, nos quais ele pode se mover com qualquer velocidade e logo possuir qualquer energia. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides � As energias dadas pela equação são negativas, significando que a energia de um 2 2 n hcRZ E n −= são negativas, significando que a energia de um elétron em um estado ligado é menor do que a de um elétron estacionário a grande distância do núcleo. � Uma vez que a energia é proporcional a 1/n2, os níveis de energia convergem à medida que a energia aumenta, tornando-se menos negativos. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Níveis de Energia Hidrogenóides � O valor de l especifica a magnitude do momento angular orbital através de {l(l+1)}½momento angular orbital através de {l(l+1)} h, com l = 0, 1, 2, ... � ll indica a velocidade na qual o elétron circula em torno do núcleo. � O terceiro número quântico, ml, especifica a orientação deste momento; por exemplo, se a circulação é horária ou anti-horária. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Camadas, Subcamadas e Orbitais � Em um átomo hidrogenóide, todos os orbitais com o mesmo valor de n possuem a mesmacom o mesmo valor de n possuem a mesma energia e são ditos degeneradosdegenerados. � O número quântico principal, deste modo, define uma sériesérie dede camadascamadas dodo átomoátomo, ou conjuntosconjuntos dede orbitaisorbitais com o mesmo valor de n que, por esta razão, têm a mesma energia e, aproximadamente, a mesma extensão radial. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Camadas, Subcamadas e Orbitais � Os orbitais pertencentes a cada camada são classificados em subcamadassubcamadas, diferenciadasclassificados em subcamadassubcamadas, diferenciadas pelo número quântico ll. � Para um dado valor de n, o número quântico l pode ter os valores l = 0, 1, ..., n – 1, originando n valores diferentes no total. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Camadas, Subcamadas e Orbitais � Ex.: n= 1 → l = 0 n = 2 → l = 0, 1n = 2 → l = 0, 1 n = 3 → l = 0, 1 e 2. � É comum identificar cada subcamada por uma letra: Valores de l 0 1 2 3 4 ... Designação do ortital s p d f g ... AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Camadas, Subcamadas e Orbitais � Uma subcamada com número atômico ll consiste em 22ll ++ 11 orbitais individuais. � Estes orbitais são diferenciados pelo número quântico magnético, mmll, o qual pode apresentar 2l + 1 valores inteiros de ++ ll aa –– ll. � Ex.: uma subcamada d (l = 2) de um átomo consiste em cinco orbitais atômicos individuais que são diferenciados pelos valores ml = +2, +1, 0, -1, -2. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Camadas, Subcamadas e Orbitais � Um orbital ss (ll = 0) com mml = 0 → orbital ss; Três orbitais na subcamada pp (ll = 1) com� Três orbitais na subcamada pp (ll = 1) com mml = +1, 0, -1 → orbitais pp; � Cinco orbitais da subcamada dd (ll = 2) com mml = +2, +1, 0, -1, -2 → orbitais dd; � E assim por diante. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS O Spin do Elétron � São necessários mais dois números quânticos para definir o estado de um elétron.para definir o estado de um elétron. � Estes números quânticos estão relacionados ao momento angular intrínseco do elétron, o seu spinspin. � O spin é descrito por dois números quânticos, ss e mmss. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS O Spin do Elétron � O primeiro é análogo ao l para o movimento orbital, mas está restrito a um único eorbital, mas está restrito a um único e invariável valor ss == ½½. � A magnitude do momento angular de spin é dada pela expressão {s(s+1)}½ h, de forma que para um elétron essa magnitude é fixa em ½√3h, para qualquer elétron. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS O Spin do Elétron � O número quântico magnético de spin, mmss, pode assumir somente dois valores, +½+½ (giropode assumir somente dois valores, +½+½ (giro no sentido anti-horário) e ––½½ (giro horário). � Os dois estados são representados pelas setas ↑↑ (“spin para cima”, ms = +½) e ↓↓ (“spin para baixo”, ms = -½) ou pelas letras gregas α e β, respectivamente. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS O Spin do Elétron � Uma vez que para especificarmos o estado de um átomo devemos especificar o estado deum átomo devemos especificar o estado de spin de um elétron, é comum dizer que o estado de um elétron em um átomo hidrogenóide é caracterizado por quatroquatro númerosnúmeros quânticosquânticos, nominalmente, nn, ll, mmll e mmss (o quinto número quântico, ss, é fixo em ½). AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Variação Radial dos Orbitais Atômicos � Os químicos geralmente acham mais adequado utilizar uma representação visualadequado utilizar uma representação visual dos orbitais atômicos ao invés das suas expressões matemáticas. � As expressões matemáticas de alguns dos orbitais atômicos hidrogenóides são mostrados na tabela 1.2. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Variação Radial dos Orbitais Atômicos � A função de onda radial expressa a variação do orbital com a distância do núcleo. � A função de onda angular expressa a forma angular do orbital. � As regiões onde a função de onda radial passa pelo zero são chamadas de nósnós radiaisradiais. � Os planos nos quais a função de onda angular passa pelo zero são chamados de nósnós angularesangulares ou planosplanos nodaisnodais. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Variação Radial dos Orbitais Atômicos � As variações radiais dos orbitais atômicos são mostradas nas figuras 1.11 e 1.12.mostradas nas figuras 1.11 e 1.12. � Um orbital com números quânticos n e l em geral tem n – l – 1 nós radiais. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Variação Radial dos Orbitais Atômicos � Embora um elétron em um orbital s possa ser encontrado no núcleo, um elétron em qualquerencontrado no núcleo, um elétron em qualquer outro tipo de orbital não será encontrado lá. � Este detalhe aparentemente pequeno, uma consequência da ausência do momento angular orbital quando l = 0, é um dos conceitos principais para o entendimento da tabela periódica. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Função Distribuição Radial � A função distribuição radial fornece a probabilidade de que um elétron sejaprobabilidade de que um elétron seja encontrado a uma dada distância do núcleo, independentemente da direção. � Esta informação permite-nos avaliar o quão fortemente o elétron está sendo atraído. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Função Distribuição Radial � A probabilidade total de se encontrar o elétron em uma casca esférica de raio r e espessura drem uma casca esférica de raio r e espessura dr é a integral de ψ2dτ sobre todos os ângulos. � Este resultado é frequentemente escrito como P(r)dr, onde P(r) é chamada função distribuição radial. � Em geral, ( ) ( )22 rRrrP = AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS A Função Distribuição Radial � Em geral, a distância mais provável de se encontrar um elétron decresce à medida queencontrar um elétron decresce à medida que a carga nuclear aumenta (porque o elétron é atraído mais fortemente para o núcleo) e especificamente, Z a r 0max = AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS onde a0 é o raio de Bohr, , uma quantidade que aparece na formulação do modelo atômico de Bohr, sendo seu valor 2 00 ema eπε h= numérico 52,9 pm. � A distância mais provável na qual o elétron pode ser mais facilmente encontrado aumenta com o aumento de n porque quanto maior a energia, maior a probabilidade do elétron ser encontrado distantedo núcleo. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Variação Angular dos Orbitais Atômicos � Um orbital s possui a mesma amplitude a uma dada distância do núcleo, independentementedada distância do núcleo, independentemente das coordenadas angulares do ponto de interesse, isto é, um orbital s tem simetria esférica. � O orbital é representado normalmente por uma superfície esférica com o núcleo no seu centro. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Variação Angular dos Orbitais Atômicos � A superfície é denominada superfície limite do orbital e define a região do espaço dentroorbital e define a região do espaço dentro da qual há uma alta probabilidade (normalmente 75%) de encontrar-se o elétron � A superfície limite de qualquer orbital s é esférica. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS � Todos os orbitais com l > 0 têm amplitudes que variam com o ângulo. � Na maioria das representações gráficas� Na maioria das representações gráficas comuns, as superfícies limite dos três orbitais p de uma dada camada são idênticas, a não ser pelo fato que seus eixos alinham-se paralelamente a cada um dos três eixos cartesianos centrados no núcleo e cada um possui um plano nodal passando pelo núcleo. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Variação Angular dos Orbitais Atômicos � Esta representação é a origem dos nomes px, py e pz, os quais são alternativas ao uso dose pz, os quais são alternativas ao uso dos valores de ml para indicar os orbitais individuais. � Cada orbital p possui um único plano nodal. � Um elétron não será encontrado em qualquer lugar do plano nodal. Um plano nodal corta o núcleo e separa as regiões de sinais positivo e negativo da função de onda. AS ESTRUTURAS DOS ÁTOMOS HIDROGENÓIDES ORBITAIS ATÔMICOS Variação Angular dos Orbitais Atômicos � As superfícies limite e os rótulos que usamos para os orbitais d e f são apresentados nas figuras 1.17 e 1.18, respectivamente. � Um orbital d típico tem dois planos nodais que se interceptam no núcleo e um orbital f típico possui três planos nodais. � Em geral, um orbital com número quântico l tem l planos nodais. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS � Para a maior parte da química inorgânica nos apoiamos na aproximação orbital, na qual cada elétron ocupa um orbital atômico quecada elétron ocupa um orbital atômico que assemelha-se àqueles dos átomos hidrogenóides. � Quando dizemos que um elétron “ocupa” um orbital atômico, queremos dizer que ele é descrito pela função de onda correspondente. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Considere o estrutura eletrônica do átomo de hélio no seu estado fundamental. � De acordo com a aproximação orbital, supomos que ambos os elétrons ocupam um orbital atômico que tem a mesma forma esférica de um orbital hidrogenóide 1s. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Entretanto, o orbital será mais compacto, pois como a carga nuclear do hélio é maior do que a do hidrogênio, os elétrons são atraídosa do hidrogênio, os elétrons são atraídos para mais próximo do núcleo do que o elétron do átomo de hidrogênio. � A configuração do estado fundamental de um átomo é uma listagem dos orbitais que seus elétrons ocupam no seu estado fundamental. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Para o hélio, com dois elétrons no orbital 1s, a configuração do estado fundamental é indicada por 1s2.indicada por 1s2. � O próximo átomo da tabela, o lítio (Z=3) tem três elétrons. A configuração 1s3 é proibida por um aspecto fundamental da natureza conhecido como o princípio da exclusão de Pauli: ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Somente dois elétrons podem ocupar um único orbital e, se for o caso, seus spins devem estar emparelhados.devem estar emparelhados. � “Emparelhado” significa que o spin de um elétron deve ser ↑↑ e o do outro ↓↓. � O par é simbolizado por ↑↓↑↓. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Outra forma de expressar este princípio é indicar que, pelo fato de um elétron num átomo ser descrito por quatro númerosátomo ser descrito por quatro números quânticos, n, l, ml e ms, dois elétrons não podem ter os mesmos quatro números quânticos. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Uma vez que a configuração 1s3 é proibida pelo princípio da exclusão de Pauli, o terceiro elétron deve ocupar um orbital da camada superior mais próxima, a camada com n = 2.superior mais próxima, a camada com n = 2. � A questão que surge agora é se o terceiro elétron deve ocupar um orbital 22ss ou um dos três orbitais 22pp. Para responder a esta questão, é necessário examinar as energias destas duas subcamadas e também o efeito dos outros elétrons no átomo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Embora os orbitais 2s e 2p possuam a mesma energia num átomo hidrogenóide, dados espectroscópicos e cálculos detalhados mostram que este não é o caso nos átomos multileletrônicos. � Na aproximação orbital, tratamos a repulsão entre elétrons de uma forma aproximada, supondo que a carga eletrônica esteja distribuída esfericamente ao redor do núcleo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Assim, cada elétron se move no campo atrativo do núcleo e sente a carga repulsiva média dos outros elétrons.média dos outros elétrons. � Esta carga negativa reduz a carga do núcleo, Ze, para Zefe, onde ZZefef (mais precisamente Zefe) é chamada de carga nuclear efetiva. O elétron no raio r experimenta uma repulsão da carga total no interior datotal no interior da esfera de raio r; a carga externa a este raio não tem efeito. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Esta carga nuclear efetiva depende dos valores de n e de l do elétron, uma vez que os elétrons em diferentes camadas eos elétrons em diferentes camadas e subcamadas se aproximam do núcleo de formas diferentes. � A redução da verdadeira carga nuclear para a carga nuclear efetiva pelos outros elétrons é chamada de blindagemblindagem. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � A carga nuclear efetiva é algumas vezes expressa em termos da verdadeira carga nuclear e uma constante de blindagem empírica, σσσσ, escrevendo-se: � A constante de blindagem pode ser determinada ajustando-se os orbitais hidrogenóides aos valores calculados numericamente. σ−= ZZ ef ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Quanto mais o elétron se aproximar do núcleo, mais próximo será o valor de Zef em relação a Z, uma vez que o elétron será menos repelido pelos outros elétrons presentes no átomo. � Consideremos um elétron 2s no átomo de Li. Há uma probabilidade diferente de zero de que este elétron possa ser encontrado dentro da camada 1s e experimente a carga nuclear total. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � A presença de um elétron dentro das camadas de outros elétrons é chamada penetração. � Um elétron 2p não penetra efetivamente o caroço, a camada interna preenchida de elétrons, uma vez que a sua função de onda vai a zero no núcleo. � Como consequência, ele está mais blindado pelos elétrons do caroço. A penetração de um elétron 2s na região mais interna do átomo é maior do que a de um elétron 2p porque este último vai a zero no núcleo. Destea zero no núcleo. Deste modo, os elétrons 2s são menos blindados do que os elétrons 2p. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Conclui-se que um elétron 2s tem uma energia menor (está ligado mais firmemente) do que um elétron 2p e, portanto, o orbital 2s será ocupado antes dos orbitais 2p, produzindo uma configuração eletrônica do estado fundamental do Li de 1s2 2s1. � Esta configuração eletrônica é normalmente simbolizada por [He] 2s1, onde [He] simboliza um caroço de hélio 1s2. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Este padrão de energia do lítio, com o 2s abaixo do 2p, ou seja, ns abaixodo np, é uma característica geral dos átomos multieletrônicos. � Este padrão pode ser visto na tabela seguinte, a qual fornece os valores de Zef para vários orbitais atômicos da camada de valência de átomos na configuração eletrônica do estado fundamental. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � A tendência geral da carga nuclear efetiva é apresentar um aumento ao longo do período já que, na maioria dos casos, o aumento na carga nuclear, ao percorrermos grupos sucessivos da tabela periódica, não é cancelado pelo elétron adicional. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Os valores da tabela também confirmam que um elétron s na camada mais externa do átomo está normalmente menos blindado do que um elétron p na mesma camada. � Similarmente, a carga nuclear efetiva é maior para um elétron num orbital np do que em um orbital nd. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � Como resultado da penetração e da blindagem, a ordem de energia em átomos multieletrônicos é normalmente:multieletrônicos é normalmente: ns << np << nd << nf � Isso ocorre porque, em uma determinada camada, os orbitais s são os mais penetrantes e os orbitais f são os menos penetrantes. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PENETRAÇÃO E BLINDAGEM � O efeito total da penetração e da blindagem é demonstrado no diagrama de níveis de energia para um átomo neutro, mostrado na figura 1.21. � A figura apresenta as energias dos orbitais ao longo da tabela periódica. � Os efeitos são discretos e a ordem dos orbitais depende fortemente do número de elétrons presentes no átomo e pode mudar quando ocorre ionização. < Diagrama esquemático dos níveis de energia de um átomo multieletrônico com Z < 21 (até o cálcio). Há uma mudança na ordem de Z ≥ 21 (do escândio em diante). ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO � Para explicar as configurações eletrônicas no estado fundamental de átomos multieletrônicos, necessitamos levar em conta os efeitos de penetração e de blindagem nas energias dospenetração e de blindagem nas energias dos orbitais e o papel do princípio de exclusão de Pauli. � O princípioprincípio dodo preenchimentopreenchimento (chamado princípio de Aufbau) é um procedimento que leva a configurações aceitáveis para o estado fundamental. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � De acordo com o princípio de preenchimento, os orbitais dos átomos neutros são tratadosos orbitais dos átomos neutros são tratados como sendo ocupados na ordem determinada, em parte, pelo número quântico principal, e em parte pela penetração e blindagem: Ordem de ocupação: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p ... ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Quando mais que um orbital está disponível para ser ocupado, tal como quando os orbitaispara ser ocupado, tal como quando os orbitais 2p começam a ser preenchidos no Boro e no Carbono, adotamos a regra de Hund: Quando mais do que um orbital possui a mesma energia, os elétrons ocupam orbitais separados, com spins paralelos. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � A ocupação de orbitais separados (como um orbital px e um orbital py) pode ser entendida em termos das interações repulsivas mais fracas que existem entre elétrons ocupando diferentes regiões do espaço (elétrons em diferentes orbitais) do que quando estes ocupam a mesma região do espaço (elétrons no mesmo orbital). ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Esse efeito é chamado na mecânica quântica de correlação de spin, que é a tendência de dois elétrons com spins paralelos permanecerem afastados um do outro e deste modo repelirem-se menos. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Como consequência deste efeito, as camadas semipreenchidas de elétrons com spinssemipreenchidas de elétrons com spins paralelos são parcialmente estáveis. � Ex.: o estado fundamental do Cromo é 4s1 3d5 em vez de 4s2 3d4. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � A configuração 1s22s22p6 do neônio é um exemplo de uma camada fechada, uma camada completamente preenchida de elétrons. A configuração 1s22s22p6 é simbolizada por [Ne]. � Para a maioria do bloco d, o estado fundamental determinado por espectroscopia e cálculos mostra que é mais vantajoso ocupar orbitais previstos serem de maior energia (os orbitais 4s). ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � A explicação para esta ordem é que a ocupação dos orbitais de maior energia podeocupação dos orbitais de maior energia pode resultar numa redução das repulsões entre elétrons que ocorreriam se os orbitais 3d, de menor energia, fossem ocupados. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Dados espectroscópicos mostram que as configurações do estado fundamental dosconfigurações do estado fundamental dos átomos do bloco d são, na sua maioria, da forma 3dn4s2, onde o orbital 4s está totalmente preenchido, apesar dos orbitais 3d serem de menor energia. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Em alguns casos, uma energia total menor pode ser obtida formando uma subcamada dpode ser obtida formando uma subcamada d preenchida ou semipreenchida, mesmo que para isto um elétron s tenha que ser deslocado para uma subcamada d. � Neste caso, é mais provável que os elementos do centro do bloco d, tenham configuração do estado fundamental d5s1 e não d4s2 (Cr). ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Próximo à extrema direita do bloco d, é mais provável que a configuração seja d10s1 do que d9s2 (como para o Cu).d9s2 (como para o Cu). � Um efeito semelhante ocorre no bloco f, onde os orbitais f estão sendo preenchidos, e um elétron d pode ser deslocado para a subcamada f de forma que uma configuração f7 ou f14 seja atingida, resultando na redução da energia total. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental � Ex.: o estado fundamental do Gd é [Xe]4f75d16s2 e não [Xe] 4f65d26s2.[Xe]4f75d16s2 e não [Xe] 4f65d26s2. � Todos os cátions do bloco d têm configurações dn e nenhum elétron no orbital s. � Ex.: a configuração do estado fundamental do Fe é [Ar]3d64s2, enquanto a do íon Fe2+ é [Ar]3d6. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Exercícios 1- Dê as configurações eletrônicas do estado fundamental do átomo de Ti e do íon Ti3+.fundamental do átomo de Ti e do íon Ti3+. 2- Dê as configurações eletrônicas do estado fundamental do átomo de Ni e do íon Ni2+. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO O Formato da Tabela Periódica � A forma moderna da tabela periódica reflete a estrutura eletrônica dos elementos. � Os blocos da tabela indicam o tipo de subcamada sendo ocupada de acordo com o princípio do preenchimento. � Cada período ou linha, da tabela corresponde ao preenchimento das subcamadas s e p de uma dada camada. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO O Formato da Tabela Periódica � O número do período é o valor do número quântico principal n da camada que está sendo preenchida nos grupos principais da tabela.preenchida nos grupos principais da tabela. � Os números dos grupos estão relacionados ao número de elétrons na camada de valência. � Para os elementos dos blocos s e d o nº do grupo é igual ao nº de elétrons de valência. Para os do bloco p soma-se o nº dos elétrons de valência + 10 para se obter o número do grupo.ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS O PRINCÍPIO DO PREENCHIMENTO Exercícios 1- Indique a qual período, grupo e bloco da tabela periódica pertence o elemento comperiódica pertence o elemento com configuração eletrônica 1s22s22p63s23p4. 2- Indique a qual período, grupo e bloco da tabela periódica pertence o elemento com configuração eletrônica 1s22s22p63s23p64s2. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS � Certas propriedades características dos átomos, particularmente seus raiosraios e as energiasenergias associadas com a remoção e adição de elétrons, mostram variações periódicas regulares com omostram variações periódicas regulares com o número atômico. Estas propriedades atômicas são de grande importância ao tentarmos entender muitas das propriedades químicas dos elementos. O conhecimento destas tendências nos permite interpretar as observações e prever comportamentos químicos e estruturais, sem recorrer a dados tabelados de cada elemento. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � Uma das propriedades atômicas mais úteis de um elemento é o tamanho de seus átomos eum elemento é o tamanho de seus átomos e íons. � A distância média dos elétrons ao núcleo de um átomo está relacionada com a energia necessária para removê-los num processo de formação de cátion. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � Um átomo não tem raio preciso pois a grandes distâncias a função de onda dos elétrons diminui exponencialmente com o aumento da distânciaexponencialmente com o aumento da distância ao núcleo. � Entretanto, espera-se que átomo com muitos elétrons sejam maiores do que átomos que têm poucos elétrons. � Tais considerações levaram os químicos a propor uma variedade de definições de raio atômico com base em considerações empíricas. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � O raio metálico de um elemento metálico é definido como a metade da distância experimental determinada entre os centros dosexperimental determinada entre os centros dos átomo vizinhos mais próximos em um sólido. � O raio covalente de um elemento não- metálico é, da mesma forma, definido como a metade da distância internuclear entre átomos vizinhos de um mesmo elemento em uma molécula. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � Os raios metálico e covalente são referidos em conjunto como raios atômicos.conjunto como raios atômicos. � O raio iônico de um elemento está relacionado com a distância entre os centros de cátions e ânions vizinhos. Em geral, os raios atômicos aumentam à medida que se desce em um grupo, e diminuem da esquerda para a direita, ao longo de um período. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � No sexto período observa-se que os raios metálicos da terceira linha do bloco d são muitometálicos da terceira linha do bloco d são muito semelhantes àqueles da segunda linha, não sendo, como esperado, significativamente maiores pelo fato de possuírem um número maior de elétrons. � Esta redução do raio abaixo do esperado é chamada de contração dos lantanídeos. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � Isso acontece porque os elementos da terceira linha do blodo d são precedidos pelos elementoslinha do blodo d são precedidos pelos elementos da primeira linha do bloco f, os lantanóides, nos quais os orbitais 4f estão sendo ocupados. � Estes orbitais possuem uma pequena capacidade de blindagem, de forma que os elétrons de valência experimentam uma atração nuclear maior do que poderia ser esperado. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � Uma contração similar é encontrada nos elementos que seguem o bloco p. � Uma outra característica geral é que todos os ânions são maiores do que os átomos originais e todos os cátions são menores. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � O aumento do raio de um átomo quando da formação do ânion correspondente é o resultadoformação do ânion correspondente é o resultado de uma maior repulsão elétron-elétron que ocorre quando um elétron é adicionado para formar um ânion. � Há também uma diminuição no valor da carga nuclear efetiva. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Raios Atômicos e Iônicos � O menor raio do cátion comparado com o do átomo que o originou é uma consequência não somente da redução na repulsão elétron-somente da redução na repulsão elétron- elétron, devido a perda de elétrons, mas também pelo fato de que a formação do cátion resulta na perda de elétrons de valência e um aumento da carga nuclear efetiva. � Essa perda resulta num átomo com camadas fechadas de elétrons muito mais compacto. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � A facilidade com que um elétron pode ser removido de um átomo é medida pela sua energia de ionização, II, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo em fase gasosa: −+ +→ )()()( ggg eAA ),(),( gAEgAEI −= + ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � A primeira energia de ionização, II11, é a energia necessária para remover o elétron menosnecessária para remover o elétron menos firmemente ligado de um átomo neutro; � A segunda energia de ionização, II22,, é a energia necessária para remover o elétron menos firmemente ligado do cátion resultante, e assim por diante. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � De modo geral, a primeira energia de ionização de um elemento é determinada pela energia do orbital mais alto ocupado no seu estadoorbital mais alto ocupado no seu estado fundamental. � A primeira energia de ionização varia sistematicamente ao longo da tabela periódica, sendo menor no canto inferior esquerdo (próximo ao césio) e maior no canto superior direito (próximo ao hélio). ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � A variação segue o padrão da carga nuclear efetiva e existem modulações sutis que se originam dos efeitos de repulsão elétron-elétron dentro da mesma subcamada. � Uma aproximação útil é que para um elétron de uma camada com número quântico principal n 2 2 n Z I efα ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � As energias de ionização também se correlacionam fortemente com os raios atômicos, e os elementos que possuem pequenos raios atômicos geralmente têm grande energia de ionização. � A explicação dessa correlação é que em um átomo pequeno o elétron está próximo ao núcleo e experimenta uma forte atração coulombiana, tornando-se difícil removê-lo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � Enquanto o raio atômico aumenta à medida que descemos num grupo, a energia deque descemos num grupo, a energia de ionização diminui, e a diminuição do raio ao longo de um período é acompanhada por um aumento gradual na energia de ionização. � Existem alguns desvios desta tendência geral na energia de ionização que podem ser facilmente explicados. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � Ex.: Boro e Berílio � A primeira energia de ionização do boro é menor� A primeira energia de ionização do boro é menor que a do berílio, apesar do primeiro possuir carga nuclear maior. � Essa anomalia é explicada observando-se que no boro o elétron mais externo ocupa o orbital 2p, ficando menos fortemente ligado do que se estivesse no orbital 2s. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � Ex.: Nitrogênio e Oxigênio � O decréscimo entre nitrogênio e oxigênio tem uma outra explicação. � A configuração dos dois átomo é: � No átomo de O, dois elétrons ocupam um mesmo orbital 2p. Eles se repelem fortemente, e esta repulsão compensa a maior carga nuclear. 1112 2222][ zyx pppsHeN= 1122 2222][ zyx pppsHeO = ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Exercícios 1- Explique o decréscimo na primeira energia de ionização do fósforo para o enxofre.ionização do fósforo para o enxofre. 2- Explique o decréscimo na primeira energia de ionização do flúor para o cloro. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Energia de Ionização � As energias de ionização sucessivas requerem energias cada vez maiores. Assim, a segunda energia de ionização de um� Assim, a segunda energia de ionização de um elemento é maior do que a sua primeira energia de ionização e a sua terceira energia de ionização é maior ainda. � Ou seja, quanto maior a carga positiva de uma espécie, maior a energia necessária para remover um elétron desta espécie. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � A entalpia de ganho de elétron, ∆geHo, é a variação da entalpia padrão molar quando umvariação da entalpia padrão molar quando um átomo na fase gasosa ganha um elétron: � O ganho de elétron pode ser exotérmico ou endotérmico. −− →+ )()()( ggg AeA ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � Apesar do termo entalpia de ganho de elétron ser o termo termodinamicamente apropriado, muito da química inorgânica é discutida em termos de uma propriedade muito próxima, a afinidade eletrônica de um elemento. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � A afinidade eletrônica de um elemento, Ea, é a diferença de energia entre os átomos gasosos ediferença de energia entre os átomos gasosos e os íons gasosos a T = 0. � Uma afinidade eletrônica positiva indica que o íon A- tem uma energia menor, mais negativa, do que o átomo neutro A. ),(),( gAEgAEEa −−= ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � A segunda entalpia de ganho de elétron, a variação de entalpia para a ligação de umvariação de entalpia para a ligação de um segundo elétron a um átomo inicialmente neutro, é sempre positiva porque a repulsão eletrônica supera a atração nuclear. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Exercícios 1- Justifique o grande decréscimo na afinidade eletrônica do lítio para o berílio, apesar doeletrônica do lítio para o berílio, apesar do aumento na carga nuclear. 2- Justifique o decréscimo na afinidade eletrônica do C para o N. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � A afinidade eletrônica de um elemento é determinada, em grande parte, pela energia dodeterminada, em grande parte, pela energia do orbital não-preenchido de menor energia (ou semipreenchido) do átomo no seu estado fundamental. � Este orbital é um dos dois orbitais de fronteira de um átomo, sendo o outro o orbital atômico preenchido de mais alta energia. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � Um elemento possui uma alta afinidade eletrônica se o elétron adicional pode entrareletrônica se o elétron adicional pode entrar numa camada onde ele experimenta uma forte carga nuclear efetiva. � Este é o caso dos elementos próximos ao canto direito superior da tabela periódica. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Afinidade Eletrônica � Desse modo, espera-se que os elementos próximos ao flúor (especificamente O e Cl, mas não os gases nobres) tenham as maioresnão os gases nobres) tenham as maiores afinidades eletrônicas e grandes valores de Zef, sendo possível adicionar elétrons à camada de valência. � O nitrogênio tem uma afinidade eletrônica muito baixa devido à alta repulsão eletrônica que ocorre quando um elétron entre em um orbital que já está semipreenchido. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � A eletronegatividade, χ (chi), de um elemento é a capacidade que um átomo de umé a capacidade que um átomo de um elemento tem de atrair elétrons para ele quando faz parte de um composto. � Se um átomo tem uma forte tendência de adquirir elétrons, diz-se que é “altamente eletronegativo”. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Se ele tem uma tendência de perder elétrons, diz-se que é “eletropositivo”.elétrons, diz-se que é “eletropositivo”. � As tendências periódicas na eletronegatividade podem ser relacionadas com o tamanho dos átomos e com as configurações eletrônicas. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Se um átomo é pequeno e tem uma camada eletrônica quase fechada, então há uma grande possibilidade de que ele atraia umgrande possibilidade de que ele atraia um elétron para si mais do que um átomo grande com poucos elétrons de valência. � As eletronegatividades dos elementos geralmente aumentam da esquerda para a direita ao longo do período e diminuem ao descermos num grupo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Medidas quantitativas da eletronegatividade tem sido definida de muitas maneirastem sido definida de muitas maneiras diferentes. � A formulação original de Linus Pauling, χχχχP, se baseia em conceitos relacionados com as energias envolvidas na formação das ligações. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Uma outra definição, baseada nas propriedades dos átomos individuais, foi proposta por Robert Mulliken.Mulliken. � Ele observou que se um átomo possui uma alta energia de ionização, I, e uma alta afinidade eletrônica, Ea, então ele terá uma maior capacidade de adquirir do que de perder elétrons quando fizer parte de um composto; desse modo, será classificado como altamente eletronegativo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Inversamente, se tanto a sua energia de ionização quanto a sua afinidade eletrônica forem baixas, então o átomo tenderá aforem baixas, então o átomo tenderá a perder elétrons ao invés de ganhá-los; desse modo será classificado como eletropositivo. � Essas observações motivaram a definição de eletronegatividade de Mulliken, χχχχM, como o valor médio da energia de ionização e da afinidade eletrônica do elemento. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � Vária definições alternativas de eletronegatividade “atômica” foram propostas.eletronegatividade “atômica” foram propostas. � Uma escala bastante utilizada, sugerida por A. L. Allred e E. Rochow, se baseia na ideia de que a eletronegatividade é determinada pelo campo elétrico na superfície do átomo. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Eletronegatividade � De acordo com a definição de Allred-Rochow, χχχχAR, os elementos com alta eletronegatividade são aqueles com alta carga nuclear efetiva esão aqueles com alta carga nuclear efetiva e pequeno raio covalente: esses elementos estão próximos ao flúor. � Os valores de Allred-Rochow acompanham muito de perto os valores das eletronegatividades de Pauling e são empregados para discutir as distribuições eletrônicas nos compostos. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � A polarizabilidade, α, de um átomo é a sua capacidade de ser distorcido por um campo elétrico (tal como o de um íon vizinho).elétrico (tal como o de um íon vizinho). � Um átomo ou íon (mais comumente, um ânion) é altamente polarizável se sua distribuição eletrônica pode ser distorcida facilmente, que é o caso se orbitais atômicos vazios tiverem energia próxima daquela dos orbitais preenchidos de maior energia. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � A polarizabilidade provavelmente é alta se a separação dos orbitais de fronteira forseparação dos orbitais de fronteira for pequena. � A polarizabilidade será baixa se a separação dos orbitais de fronteira for grande. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � Orbitais de fronteira muito próximos são encontrados geralmente para átomos e íons grandes e pesados, tais como os átomos e íonsgrandese pesados, tais como os átomos e íons dos metais alcalinos e dos halogênios mais pesados, de forma que estes átomos e íons são os mais polarizáveis. � Átomos leves e pequenos tais como os átomos e íons próximos do flúor possuem, geralmente, níveis de energia muito espaçados, de forma que estes átomos e íons são menos polarizáveis. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � Espécies que efetivamente distorcem a distribuição eletrônica de um átomo ou âniondistribuição eletrônica de um átomo ou ânion vizinho são ditas terem capacidade polarizadora. � Uma polarização muito intensa leva à covalência. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � As regras de Fajans evidenciam os fatores que afetam a polarização:que afetam a polarização: � Cátions pequenos e com carga elevada possuem grande capacidade polarizadora. � Ânions grandes e com carga elevada são facilmente polarizados. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Polarizabilidade � Cátions que não possuem uma configuração de gás nobre são facilmente polarizáveis.de gás nobre são facilmente polarizáveis. � A última regra é particularmente importante para os elementos do bloco d. ÁTOMOS MULTIELETRÔNICOS PROPRIEDADES ATÔMICAS Exercícios 1- Qual deve ser o íon mais polarizável, F- ou I-? 2- Qual deve ser o íon mais polarizante, Na+ ou Cs+?
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