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Direito Processual Penal III

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Direito Processual Penal III
Professor: Hildo Estraioto Júnior
Prova 1 – 03/10
TRABALHO: Procedimento dos Crimes da Competência do Tribunal do Júri
· Anotar todas as questões que seja atinentes ao procedimento
· Dar destaque a mitigação do princípio da soberania dos veredictos 
· Data de entrega: 03/10
· Trabalho em manuscrito
*Processo - é um instrumento que se vale o estado para julgar as ações opostas pelas as partes. O processo é a materialidade dos atos processuais. O princípio do devido processo legal é o princípio mãe do processo.
*Procedimento - irá especificar como o processo irá se desenvolver. No processo penal se a ação penal é pública - inicia-se pela 'denúncia'. 
*Sistemas Processuais - dentro do processo estão os sistemas processuais, que são 3 (I - inquisitivo; II - acusatório e III - misto).
I - Inquisitivo as funções de acusar, de defender e julgar estão reunidas em uma única pessoa. Nesse sistema não existe contraditório, e o Estado irá decidir o destino dele.
II - Acusatório - as funções de acusar, defender e julgar estão distribuídas a sujeitos processuais distintos. O SISTEMA ADOTADO NO BRASIL É O ACUSATÓRIO!!
III – Misto - é a união do proc. inquisitivo com o acusatório.
Espécies de Procedimento
O que vai determinar o proc. escolhido é a pena máxima prevista para aquele crime.
1 – Procedimento Comum:
1.1- Ordinário –PPL máxima for igual ou superior a 04 anos. Ex: furto pena máx. 4 anos.
1.2. – Sumário – PPL máxima for menor de 04 anos.
1.3. – Sumaríssimo – Todas as contravenções penais + os crimes com PPL máxima de 02 anos (IPMPO – infrações penais de menor potenciais ofensivos – lei 9099/95 – JECRIM).
2 – Procedimento Especial:
2.1 – Crimes dolosos contra a vida; (homicídio doloso, infanticídio, ...) julgado pelo júri.
2.2. – Crimes de Responsabilidade de funcionário público; crimes praticados por func. Público contra Adm Púb. (ex: peculato, prevaricação)
2.3. – Lei de entorpecentes; está prevista na lei de entorpecentes.
E outros...
O suprimento de alguma omissão procedimental deverá ser suprido pelo procedimento ordinário.
POSSIBILIDADE DE MUDANÇA DE REENQUADRAMENTO DE PROCEDIMENTO.
1. Influência das Qualificadoras
Quando tratamos da qualificadoras, somente nos referimos a ela, haja vista que tem o simples. No qualificado a pena mínima e máxima são aumentadas (ex: homicídio 12 a 30 anos)
Ex: crime de dano – a forma simples é pelo rito do sumaríssimo, mas se for no qualificado, o rito será pelo sumário.
Então, as qualificadoras podem gerar modificação do procedimento as serem seguidas.
2. Influência nos casos de Aumento e Diminuição de pena.
Ex: tentativa gera uma redução – art. 14 §único CP “quando iniciado a execução e consuma-se por circuns. alheias do agente”. ... diminuída a 1 a 2/3. Se combinarmos o art. 155, com o art. 14, II CP, - sofrerá uma redução de 1 a 2/3.
3. Agravante/Atenuantes
Elas não influenciam no procedimento a ser adotado. A jurisprudência pacífica entende que a agravante ou atenuante não pode alterar o limite máximo ou mínimo previsto para aquele crime.
Procedimento Comum Ordinário
PPL máxima de forma abstrata for igual ou superior a 04 anos. Ex: furto pena máx. 4 anos.
Procedimento:
1. Oferecimento da Peça Acusatória - > peça acusatória (petição inicial)
A.P.Pública – denúncia
A.P.Privada – Queixa ou Queixa Crime
Requisitos da peça acusatória está prevista no Art. 41 e ss CPP.
O momento adequado para arrolar as testemunhas é na peça acusatória, caso não faça, o direito preclui.
O nº máximo legal são 08 testemunhas.
2 – Deliberação 
O juiz aceita ou rejeita a peça acusatória por (inépcia, falta de pressupostos processuais);
O RESE é o recurso cabível para a decisão que rejeita a peça.
3 - Aceita a Peça Acusatória -> o juiz determina a citação do réu
Somente após o recebimento da peça acusatória é que temos processo – entend. Majoritário da jurisprudência.
*********
Finalidades da citação:
1 – cientificação do réu
2 – convocação para apresentação de resposta à acusação, no prazo de 10 dias.
Espécies de Citação:
1 – pessoal/real: feita pelo oficial de justiça por mandado. Quando o indivíduo for citado pessoalmente e não se manifesta, assim como não comparece, será considerado revel, o juiz irá nomeará um adv dativo. Ele será intimado da sentença.
2 – ficta – tem 02 espécies (i – por edital ou II – por hora certa).
	i - por edital: lugar incerto e não sabido (lins). Após a citação em vários lugares não o réu não é encontrado. A jurisprudência entende que só a citação dos artigos é suficiente para a citação, não é necessária a acusação completa.. Que circunda a denúncia é necessário. O edital é publicado no prazo de 15 dias, ultrapassado os 15 dias, começa a fluir o prazo de 10 dias para apresentar defesa à acusação. Caso o réu não constitua advogado e não comparece à audiência – teremos como conseqüência a suspensão do processo, assim como do curso do prazo prescricional (art. 366, CPP),. 2 ented. I – fica suspenso indevidamente (ented majoritário) ii - ultrapassado o prazo do crime, começa a fluir o prazo prescricional.
	ii – por hora certa: o oficial de justiça constata que o réu de fato reside no endereço que a citação foi instruída . A citação por hora certa irá ocorrer em que for constatado que o réu está se ocultando para ser citado. Citado por hora certa, o prazo para oferecer resposta de 10 dias começa a fluir. A consequência citação por hora – 2 ented. (i – suspensão do processo ou ii – revelia do réu).
*********
4. Resposta à Acusação dentro do prazo de 10 dias
Na maioria dos casos, o réu utiliza-se desse momento para requerer diligências, alegar preliminares (suspeição, impedimento...). Mas, a defesa de mérito é somente expostas nas alegações finais. 
Obs: a resposta à acusação é obrigatória. Caso não apresente, o juiz deve nomear um advogado.
Qual o momento do réu apresentar o rol de testemunhas? Na defesa à acusação que é o momento para arrolar as testemunhas. Salvo se houve uma questão meritória.
5. O juiz analisará a possibilidade de Absolvição Sumária - PROVA
A) Absolvição Sumária (4 hipóteses – art. 397, CPP):
I – quando o juiz constatar a existência manifesta de excludente de ilicitude (legitima defesa, estrito regular do direito...);
II – quanto juiz constatar uma causa excludente de culpabilidade (erro de proibição, cumprimento de ordem não manifestamente ilegal), exceto a inimputabilidade;
Qual a consequencia do indivíduo ser absolvido por se inimputável? pois é aplicado uma medida de segurança, e nesse caso só pode aplicar uma medida absolutória imprópria no final do processo;
III – Fato não constituir infração penal (conduta atípica);
IV – quando reconhecer alguma causa de excludente de punibilidade (ex: prescrição, decadência, etc).
B) Não sendo caso de Absolvição Sumária:
O Juiz irá sanear o processo, ou seja, se existir alguma irregularidade, o juiz irá deferir ou determinar algum tipo de diligência requerida pelas partes.
 Realizado o saneamento -> juiz irá designar a data de AIJ (em até 60 dias, contados do recebimento da peça acusatória, as á divergência doutrinária, pois o código não fala o termo inicial).
Princ. da Identidade Física do juiz – estabelece que o juiz que presidiu a coleta de provas da AIJ, obrigatoriamente terá que sentenciar o feito. A razoabilidade desse princípio, é que aquele que coletou a prova, terá uma prestação jurisdicional mais eficaz. Exceção: Juiz ser promovido para Desembargador, licença médica. PROVA
Aula 15/08/17
6. AIJ (Audiência de Instrução e Julgamento)
Ordem das oitivas:
A) vítima (ofendido);
B) Oitiva das testemunhas. (no máx. 08 no proc. ordin.) De acordo com o prnc. Da ampla defesa – 1º serão as testemunhas de acusação, em 2º testemunhas da defesa.
c) Esclarecimento dos Peritos; (os peritos serão intimado com prazo mín de 10 dias, logo, os esclarecimentos devem ser feitos antes desse prazo).
d) Esclarecimentos dos Assistentes Técnicos;
e) Acareações; Ato pelo qual se colocam duas ou mais pessoas cujas declarações sejamconflitantes, frente a frente, a fim de que expliquem os pontos de divergência.
f) Reconhecimento de Pessoas ou Coisa; 
g) Interrogatório;
Instr. Criminal – atos realizados dentro do processo relacionados a coleta de uma prova que tem opor objetivo o convencimento do juiz no curso do processo.
Qual sistema adotado na AIJ? – sistema direto (cross exarmination) (mas, na prática é o sistema presidencial).
Qual o sistema adotado no interrogatório? Sistema presidencialista.
h) Debates Finais; são as alegações finais onde as teses da defesa serão apresentadas.
Acusação - 20 min – prog. Por + 10 min
Defesa – 20 min prog; por + 10 min
Assistente de acusação é o ofendido, o qual será representado pelo seu advogado.
I) Se não houve debates orais, as alegações orais serão apresentadas através dos memoriais 
Escritos, terminada e o juiz determina a realização da audiência, e as partes terão que apresentar os memoriais escritos no prazo de 05 dias, sucessivamente (1º acusação, e por 2º defesa – pois ela tem que ter total conhecimento das teses alegadas pela acusação).
Sempre teremos debates orais? Nem sempre, dependendo das hipóteses (3)
i – no decorrer da audiência surgiu a necessidade de realização de alguma diligência,a audiência e terminada e o juiz determina a realização da audiência, e as partes terão que apresentar os memoriais escritos no prazo de 05 dias, sucessivamente.
ii – caso complexo – feito interrogatório as partes serão intimados para realização dos memoriais;
iii – muitos réus (litisconsortes);
J) Sentença em 10 dias. 
Mas o juiz pode apresentar a sentença na própria AIJ. -> ex: Tivemos os debates orais – nesse caso o juiz sentencia na próprio audiência.
Se houve diligências – nesse caso, o juiz irá sentenciar após 10 dias contados da AIJ.
********************
Sentença – é a decisão que julga o mérito solucionando a causa.
Tipos de sentença: (3)
I – condenatória - julga procedente a pretensão punitiva do estado, estabelecendo ao réu uma condenação. Ex: o sujeito cometeu um crime, ele será condenado. “Art. 387 – o juiz ao proferir sentença condenatória: (...)IV – fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (a doutrina entende que a fixação desse valor é possível desde que provado o prejuízo).
II – absolutória (2)
	II.1 – própria – julga improcedente a pretensão punitiva do estado ao reconhecer que não tem provas que tenha sido o réu o autor do crime. Nesse caso, a fundamentação tem que está de acordo com um dos incisos do art. 386, CPP. (I – estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato; III – não constituir o fato infração penal; IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII – não existir prova suficiente para a condenação).
	II.2 - imprópria – julga improcedente a pretensão punitiva do estado no sentido de aplicar uma dúvida – não se tem dúvida que foi o réu que cometeu o crime, mas pelo fato dele ser inimputável (doido aplica uma medida de segurança - 
III – terminativa de mérito – considera que o juiz analisou o mérito, porém ele não condena e nem absolve – ex: sentença declaratória de causa extintiva da punibilidade (ex: prescrição, decadência, morte do agente).
Requisitos da Sentença (art. 381, CPP) - Toda sentença deve conter os 04 requisitos abaixo:
a) Relatório – historia relevante do processo;
b) Motivação/fundamentação – são as fundamentações - o juiz traz as razões de fato e de direito que o levarão a decidir.
c) Conclusão/dispositivo – onde o juiz presta a tutela jurisdicional – é nesse momento que o juiz julga procedente ou improcedente a lide entre as partes.
d) Autenticação (entend. Doutrinário) – local, data e assinatura do juiz.
Ausência de relatório – gera nulidade absoluta da sentença.
Ausência de motivação – gera nulidade absoluta da sentença.
Ausência de dispositivo – considera-se inexistente a sentença.
Ausência de autenticação – (2 entend) – i – basta que o juiz assine; ii – não pode produzir efeitos.
Sentença suicida – contradição entre a motivação e o dispositivo.
***
Publicação de Intimação da Sentença
 
· Intimação – é o ato que leva o conhecimento das partes que a sentença foi proferida. A partir da última intimação começa a fluir o prazo recursal. A intimação é pessoal, ela é feita após a publicação.
· Publicação (art. 389, CPP) – tem por objetivo torna a sentença imodificável. 
Procedimento Comum Sumário
(nesse ponto será abordado somente os pontos distintos dos proc. ordinário)
Diferenças: PROVA
1º Aplicado aos crimes com pena máxima inferior a 04 anos;
2º Rol de Testemunhas (nº máx de 05 testemunhas);
3º Prazo para designação da AIJ em até 30 dias; 
4º Não há previsão que a apresentação da sentença seja em outro momento –então nesse procedimento será apenas nessa oportunidade. Mas há possibilidade de modificação.
Procedimento Comum 
Regulamento pela lei 9.099/95 (lei principal)
No âmbito federal – 10259/01
A lei 9099/99 – no âmbito criminal criou o JECRIM, atendendo ao comando constitucional art. 98, I, CF. E estabeleceu como competência desse juizado para julgamento das IPMPO (infrações penais de menor potenciais ofensivos). E ela também definiu quais são essas infrações crime com PPL (pena privativa de liberdade ou pena de multa) igual ou inferior a 02 anos (máximo 02 anos) +, todas as contravenções penais.
A lei 9099/99 - criou 3 institutos:
1º Composição Civil dos Danos (aud. antes do processo. Para comp. civil dos danos – ou seja, um acordo civil). Se for uma ação. Penal pub. Cond. a representação e realizada um acordo – então será extinta a punibilidade.
2º Transação Penal – antes do promotor oferecer denúncia – imposição imediata numa pena restritiva de direito ou pena .) é um tipo de acordo penal
3º Suspensão condicional do Processo – inspirado na suspensão condicional da pena (SUSCI).
Os dois primeiros institutos (comp. civil e trans. Penal) são exclusivos das IPMPO
Já o terceiro instituto (trans. Penal) qualquer crime com PPL igual ou inferior a 01 ano.
Princípios Orientadores (art. 62, lei 9099/95)
a) Princ. Oralidade – tudo aquilo que puder ser feitos de forma oral, será realizado dessa forma. Ex: a denúncia pode ser feita de forma oral.
b) Princ. Informalidade – é um procedimento em que não há um rigor nas práticas dos atos processuais, ou seja, todo ato processual realizado ainda que não tenha sido realizado de acordo com a lei, mas atingiu a finalidade, o ato não será anulado, pois busca-se celeridade processual.
c) Princ. Economia Processual – prática de maior número de atos no menor espaço de tempo.
d) Princ. Celeridade – prazos praticados mais rápidos, e que a tutela jurisdicional seja prestada de forma mais célere. 
 O PROCEDIMENTO SUBSTITUTO DO JECRIM É O PROCEDIMENTO SUMÁRIO!!!
Objetivos Principais da lei 9099/95 (2)
1º - privilegiar a reparação dos danos sofridos pela vítima;
2º - aplicação de pena não privativa de liberdade aplicando-se (penas restritivas de direito e pena de multa).
Aula 22/08/17
A lei 9.0099/95 veio substituir a PPL por uma pena alternativa (PRD ou pena de multa) + reparação do dano gerado pela infração penal.
Competência do JECRIM
· Em razão do Local em que for praticada a infração – no CPP, o art. 70 adotou a teoria do resultado (consumação do delito), no JECRIM, (existe as 3 teorias – Te. Mista/ubiqüidade (art; 6º CPP – crime à distancia que envolve território de dois ou mais países).
O JECRIM adota 2 posições:
 1ª –Teoria da Atividade – (parece ser a dominante), ela considera competente o JECRIM do local da conduta, ainda que o resultado ocorra em outro local. Art. 63 – mas, ele dá margem a dupla interpretação, por isso que tem-se duas posições.2ª – Teoria da Mista/Ubiquidade, justamente pelo texto do art. 63. 
*Causas de Exclusão da competência do JECRIM: 
1) Acusado não é encontrado para ser citado; nesse caso, o processo vai para a justiça comum, e seguirá o procedimento sumário. No JECRIM, não se admite citação por edital, consequentemente, o processo é remetido para a vara comum, o qual seguirá o procedimento sumário. PROVA
2) Se a complexidade ou Circunstância do fato não permitirem a formulação da denúncia; nesse caso os autos são remetido para vara comum, e seguirá o procedimento sumário.
3) Conexão/ Continência – Toda vez que há uma situação de conexão e continência entre o JECRIM e um processo da vara comum, deverá ser reunido e julgado na infração penal mais grave, e seguira o proc
.
Observações
a) Art. 90 – A (lei 9.099/95) os institutos do JECRIM não se aplica na justiça militar. Logo, o militar não tem direito a transação penal, e nem direito a suspensão do processo e nem composição civil dos danos. 
b) O crime previsto no art. 28 c/c 48 §1º da lei 11.343/06 (lei de entorpecentes) – esse artigo regula a porte ilegal de drogas. Aquele que for flagrado com porte ilegal de drogas, será conduzido para a delegacia, será lavrado o termo circunstancia (TC), e será processado nos termos do art. 60 e seguintes da lei 9.0099/95.
c) Crime eleitoral – SEMPRE é julgado pela justiça eleitoral, inclusive quando conexo pelo crime de homicídio.
FASE PRELIMINAR
1 – Etapa Policial – o individuo flagrado na prática numa infração de IPMO, será encaminhado para delegacia, o qual fará lavratura do TC (termo circunstanciado). Em seguida, haverá o encaminhamento ao JECRIM do TC do autor e da vítima. No Jecrim não tem plantão 24, logo, o TC é encaminhado no 1º dia útil. Mas tanto o autor e vítima saem da delegacia compromissada, isto é, assinam um termo de compromisso de comparecimento, e quando notificadas, deverão comparecer ao JECRIM
O indivíduo flagrado na pratica de uma infração de IPMPO só será preso em flagrante em 2 situações: 
I – se ele for encaminhado diretamente ao JECRIM (mas não existe essa hipótese, pois não há plantão 24h no JECRIM).
II – desde que ele assuma o compromisso de comparecimento ao JECRIM, caso não assina, ele é autuado em flagrante, então ele será preso. 
Resumindo a Etapa Policial:
	a) TC
	b) encaminhamento ao JECRIM assinatura do termo de comparecimento
	c) Requisição de Exame Periciais, em caso de necessidade.
2 – Etapa Judicial
	a) Audiência Preliminar – é a marcada na própria delegacia, ele tem 2 fases. (i –composição civil dos danos e II- promotor poderá fazer a proposta de transação penal).
I – Composição Civil dos Danos – 
· tanto os danos morais e materiais;
· Será conduzida pelo juiz ou conciliador;
· Não há intervenção do promotor;
· Ambas as partes devem estar assistidas por advogados
· 2 possibilidade:	
· 1º - Não houve composição dos danos o procedimento segue para análise da etapa de transação penal;
· 2º - Há a composição ocorrer 03 situações;
· (
Extingue a 
Punibilidade
)A) Se a ação penal é privada – a composição resulta na renúncia ao direito de queixa. 
· B) Se ação penal é publica condicionada à Representação - a composição resulta na renúncia ao direito de representação.
· C) Se for Ação Penal Pública Incondicionada – terá um destino diferente. Dependendo do momento, a composição poderá ter duas situações diferentes: 1. Arrependimento posterior (diminuição de pena) ou 2. Atenuante genérica (não reduz a pena a quem do mínimo legal da pena).
O acordo realizado em fase de Composição Civil dos Danos, será submetido a homologação do juiz, decisão esta que é irrecorrível. Mesmo se a pessoa não cumpri a punibilidade já foi extinta, o que resta para a vítima é executar o acordo, pois o mesmo tem natureza se um título executivo judicial. 
Caso não haja acordo, iremos para a segunda etapa, que é a possibilidade de Transação Penal, é cabível até na Ação penal privada. 
II – Transação Penal – o promotor irá analisar o autos, e verificar se é caso de oferta de transação ou não. A transação é um acordo penal. Ex: o promotor oferta uma transação penal para uma pena alternativa (Pena Restritiva de Direito ou Pena de Multa). 
Quando o promotor oferta a transação penal, não está acatando o princípio da obrigatoriedade, pois ele está abrindo mão de distribuir uma denúncia. Logo, o princípio que vigora na transação penal é Princípio da Discricionariedade Regrada
Requisitos para Transação Penal:
1) Que o acusado não tenha se beneficiado nos últimos 05 anos por uma Transação penal;
		
2) Que o acusado não tenha condenação por sentença definitiva (transitada em julgada), à pena privativa de liberdade (detenção, reclusão e nas contravenções penais – reclusão simples);
3) Não se caso de arquivamento do Termo Circunstanciado (TC);
4) [Antecedentes, Conduta social, personalidade (do agente)], [motivos e circunstâncias (do crime ou contravenção penal)], indicarem que a transação penal é necessária e suficiente para a adoção da medida praticada pelo acusado.
5) Aceitação (o acusado poderá recusar a transação penal, e provar que ele é inocente no processo); Se houver divergência entre o acusado e o advogado dele, prevalecerá a vontade do acusado. 
Aula 29/08/17
Observações sobre a Transação Penal
1. Proposta é feita oralmente;
2. Não é possível participação do assistente de acusação;
3. Aceitação da proposta não implica no reconhecimento da culpabilidade;
4. Juiz não está obrigado a homologar a transação penal;
5. Recurso de Apelação no prazo de 10 dias da homologação;
6. Juiz não pode fazer a proposta de transação de ofício – art. 20 CPP
7. Descumprimento da Transação Penal
		PRD MP
Proposta ou 			---> processo continua...
Multamulta
Efeitos da Sentença Homologatória
1. Não gera reincidência;
2. Não gera Efeitos Civis;
3. Não gera maus antecedentes e não constará na certidão criminal;
4. Concurso de agentes – Transação feita com um dos co-autores não se comunica com os demais.
Fase Processual
1. Oferecimento da denúncia – rol de testemunhas = 5
2. Denunciado sai citado da audiência de instrução de julgamento
3. AIJ (Audiência de Instrução de Julgamento)
	a) Resposta à Acusação;
	b) Rejeição -> Apelação -> 10 dias
	 Recebimento
c) Oitiva da vítima;
d) Testemunha 
Autor – tem que arrolar as testemunhas na peça acusatória; 
Defesa - tem até 05 dias de antes da audiência para arrolar as testemunhas;
e) Interrogatórios
f) Debates Orais (Alegações Finais)
Autor – 20 min + 10min
Defesa – 20 min + 10 min 
	g) Sentença -> cabe apelação
Sistema Recursal (2 recursos)
1. Apelação – 10 dias
2. Embargos de Declaração – 5 dias.
Efeitos interrupção
Quem julga? Turma recursal (3 juízes de 1º grau)
Habeas Corpus
Juiz ------------------ TR
				Quem julga		
Turma Recursal ---- TJ
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89, lei 9099/95)
“Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).”
Requisitos: 
1. Crime com pena mínima de até 1 ano – (aceita-se contravenção penal)
2. Réu não pode estar sendo processado por crime (não pode ter processos paralelos correndo, contravenção se executa por contravenção/multa.
3. Não tenha sido condenado por outro crime
4. Presentes demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena art. 77, CP. (não ser reincidente em crime doloso; a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; não seja indicada ou cabível da substituição de PPL por PRD – art. 44, CP).
A suspensão condicional do processo necessariamente tem que ter aceitação do réu.
5. Aceitação – juizhomologa
Condições Legais (art. 89 §1º, lei 9099/95)
O juiz poderá suspender considerando algumas condições específicas, constantes em lei.
Condições judiciais – período de prova – 2 a 4 anos.
“Art. 89, § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.”
Aula 05/09/17
Dentre os vários requisitos, da transação penal, um deles que chama atenção é a pena, que deve ser no min até 01 ano para pode ser beneficiar da transação penal
Art. 89, lei 9099/95 susp. Cond. do processo
Causas de Revogação da Suspensão Condicional do Processo.
1. Obrigatórias (o juiz deve revogar)
	1.1. Não reparação do dano, salvo, impossibilidade de fazê-lo;
	1.2. Ser processado (denúncia recebida) por outro crime no período de prova. Se for por contravenção penal, será uma causa faculdade de suspensão cond. do processo.
2. Facultativas
	2.1. Descumprimento das demais condições legais. (das 4 hip, a única que gera revogação obrigatória é a não reparação de dano). As outras 3 hipóteses, caso descumpridas, são causas de revogação facultativa.
	2.2. Ser processado por contravenção no período de prova
Finalizado o período de prova sem revogação, extingue-se
PROCEDIMENTO DOS CRIMES DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 5º, XXXVIII, CR. – é uma garantia fundamental individual o objetivo do Trib. Do Júri é a ampliação do direito de defesa.
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
· Garantia Individual 
· Princípios (4)
1. Plenitude de Defesa – é algo além da ampla defesa, o acusado terá direito a:
	1.a) Princ. Defesa técnica – feita pelo advogado, o qual não estará restrita as teses de ordem jurídica, o adv poderá desenvolver toda e qualquer tipo de tese. A plenitude de defesa inicia-se quando o adv puder desenvolver técnica filosóficas, sociológicas, políticas, religiosas e etc.
	1.b) Princ. Auto-defesa – e a defesa 	que o próprio réu irá exercer no processo, é exercida basicamente em seu interrogatório. Porém, no tribunal do júri, as teses formuladas, o juiz terá que formula os quesitos, os quais terão que ser respondidos pelos jurados, art. 483§4º, CPP, sob pena de nulidade do julgamento.
1.c) Princ. Participação do Réu na escolha dos jurados – normalmente é o adv que participa dessa escolha. A dispensa do jurados poderá ser até 3.
1.d) Princ. possibilidade de dissolução do conselho de sentença (7 jurados convocados dos 25) toda vez que o juiz entender que o réu está indefeso (defesa fraca). O juiz faz isso para conservar a paridade de armas entre a defesa e a acusação.
1.e) Princ. sigilo nas votações – a regra da publicidade é excepcionada nesse caso. Onde vemos o sigilo?
	a) Incomunicabilidade dos jurados. 
	b) julgamento feito sem sala secreta
	
	c) íntima convicção – os jurados não precisam fundamentar. 
1.f) Princ. Soberania dos veredictos – aquilo que o júri julgou, não poderá ser modificado pelo tribunal. Salvo nos casos de nulidade, que será designado novo julgamento com novos jurados. A anulação do julgamento poderá ser realizada apenas uma vez.
	a) mitigação do rigor do princ.
		I – Recurso de Apelação – o rigor poderá ser abrandado no julgamento do recurso em caso de nulidade de possível
		II – Revisão criminal – ação rescisória de natureza penal, o pressuposto é uma sentença penal condenatória, a qual só poderá ser manejada pela defesa, pode inclusive conseguir uma absolvição ou uma revisão da pena. A doutrina entende que essa possibilidade revisão criminal não afeta não prejudica o princ. da soberania dos veredictos, apenas abrandam, tendo em vista que essa revisão é uma garantia individual
1. g) Princ. Competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida (crimes dolosos: homicídio, infanticídio, induzimento, instigação,, auxilio ou suicídio e aborto em todas as suas modalidades). Uma exceção é o art. 78, I, CPP – crimes conexos aos crimes dolosos contra a vida. Ex: o sujeito foi contratado a matar alguém, na oportunidade, furtou os bens da vítima, esse furto será julgamento junto com o crime de homicídio.
CRIMES QUE NÃO VÃO À JÚRI:
I – Latrocínio (Súmula 603, STF) – roubo seguido de morte.
II – Roubo por prerrogativa de função: ex: de o deputado federal mata alguém ele é julgamento pelo STF.
III – Crimes Preterdolosos – dolo no antecedente, e culpa do resultado morte. ex: torcedores brigando, mas o outro torcedor acaba caindo sozinho e batendo a cabeça.
o a cabeça no meio fio.
IV – Militar que mata militar - (mas o militar que mata civil é julgado pelo trib. Júri).
A partir do art. 485, detalha alguns pontos que o juiz coloca para recrutar os júris. 
Composição do tribunal do júri – 1 juiz togado + 25 jurados
Conselho de Sentença – são 07 sorteados dos 25 jurados.
	VER PERGUNTAS DO PÓS AULA DISPONÍVEIS NO AVA – IRÁ CAIR DA PROVA 2 DELAS
Aula 12/09/17
Dos Jurados
Recusa Fundada em Convicção:
· Religiosa
· Filosófica
· Política
É um serviço obrigatório, e o indivíduo alega impossibilidade de prestar o serviço do júri por convicção religiosa, filosófica ou política (é chamado escusa de consciência), em contrapartida, a pessoa intimada deverá prestar um serviço alternativo, conforme previsão do art. 5º, VIII, CF. e caso não seja prestado esse serviço, o indivíduo terá a suspensão dos direitos políticos (direito de votar, ser votado, concurso público), até que se preste o serviço alternativo
Recusa injustificada – nesse caso, terá aplicação de multa de 1 a 10 salários mínimos. 
REQUISITOS PARA SER JURADO
1) Cidadão maior de 18 anos (deve ter título de eleitor);
2) Pessoa de notória idoneidade;
3) Alfabetizado;
4) Saúde física e mental;
5)
Art. 437, CPP pessoas que estão isentas a prestação do serviço de jurado.
Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: 
I – o Presidente da República e os Ministros de Estado; 
II – os Governadores e seus respectivos Secretários; 
III – os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras Distrital e Municipais;
IV – os Prefeitos Municipais; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – os Magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008)
VI – os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689,
de 2008)
VII – as autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
VIII – os militares em serviço ativo; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
X – aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art; 448, I à VI, CPP 
Situações que torna o jurado de impedido, suspeito e incompatibilidade (essas hipóteses ocorre no dia do julgamento, antes do sorteio, o juiz avisa que se o jurado for sorteado se enquadrar numa dessas hipóteses, terá que se manifestar). 
Art. 449, CPP
Benefícios do Jurados de acordo com a lei. Art. 439 e 440, CPP
Art. 439, CPP efetivo da função de jurados:
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção deidoneidade moral
Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição do art. 439 deste Código, preferência, em igualdade de
condições, nas licitações públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos
casos de promoçãofuncional ou remoção voluntária
o que devemos considerar como “exercício efetivo da função de jurado”? Ou seja, o indivíduo para se beneficiar do critério de desempate, ele tem que estar entre os 25 jurados, ou entre os conselho de sentença (composto por 7 jurados sorteados dos 25)?
2 posicionamentos
	(i) entende que basta que compõe o tribunal do júri;
	(ii) entende que ter que ser sorteado e participar efetivamente do julgamento ao integrar o conselho de sentença.
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PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI é chamado de bifásico (duas fases) ou escalonado
A maioria dos doutrinadores usam o termo “bifásico”.
1ª Fase – SUMÁRIO DE CULPA (judiciun accusationis) – em que o juiz irá fazer um juízo de admissibilidade da acusação, - o juiz analisa as provas, a fim de verificar se tem elementos que devam ser analisados pelo tribunal do júri.
· Primeiro temos que analisar qual o foro competente. De acordo com art. 70 do Código Penal, o foro competente é o foro do local da consumação do crime. Entretanto, NO TRIBUNAL DO JÚRI, O FORO COMPETENTE É O LOCAL DA CONDUTA(TEORIA DA ATIVIDADE) Isso é uma construção jurisprudência!! EX: indivíduo baleado em Santo André, e morre em no hospital em SP, logo, o foro competente para o tribunal do júri será Santo André, a justificativa dessa adoção é revela-se no sentido de facilitar a coleta de prova, pois será nesse local que será possível colher as provas de forma mais simplificada.
1º Oferecimento da Denúncia (só teremos processo a partir do oferecimento da denúncia, é o momento que a acusação irá arrola o número máximo de 08 testemunhas).
2º Rejeição da Peça Acusatória – juiz entende que não há o arcabouço mínimo, inepta. Mas na análise do estudo, estamos verificando a possibilidade de Recebimento da Peça Acusatória, recebida, o juiz irá citar o réu, para oferecer resposta à acusação no prazo de 10 dias.
5) Oitiva do MP – para eventuais preliminar que a aparte ré alegou, assim como para eventuais documento juntados. Ex: a parte ré alega algum tipo de nulidade, será ouvido o MP no prazo de 5 dias, esse procedimento não tem no proc. ordinário e sumário.
A absolvição sumária nesse procedimento se dá após a análise de provas, o que também é diferente do proced. ordinário/sumário;.
6 – Saneamento 
7 – Designada data de AIJ para julgamento dessa primeira fase (sumário de culpa)
Os atos da AIJ, é idêntico ao proc. ordinário/sumário, senão vejamos:
A) Inquirição da vítima (ofendido);
B) Oitiva das testemunhas. (1º serão ouvidas da acusação, e em 2º as testemunha da defesa)
c) Esclarecimento dos Peritos; (os peritos serão intimado com prazo mín de 10 dias, logo, os esclarecimentos devem ser feitos antes desse prazo).
d) Esclarecimentos dos Assistentes Técnicos;
e) Acareações; Ato pelo qual se colocam duas ou mais pessoas cujas declarações sejam conflitantes, frente a frente, a fim de que expliquem os pontos de divergência.
f) Reconhecimento de Pessoas ou Coisa; 
g) Interrogatório; (nessa 1ª fase o sistema é o presidencialismo, já na 2ª fase é o sistema direto)
h) Debates Orais; são as alegações finais onde as teses da defesa serão apresentadas.
Acusação - 20 min – prog. Por + 10 min
Defesa – 20 min prog; por + 10 min
I) Sentença/Decisão (4 decisão possíveis) –o juiz poderá proferir a sentença na própria audiência ou em até 10 dias após da audiência. 
i – Pronúncia – (art. 413, CPP) – o juiz irá pronunciar quando ele verificar que: (i) existe prova da existência do crime (materialidade – exame necroscópico atestando a morte) + (ii) identificar indícios suficientes de autoria. Esses requisitos são cumulativos!!! Quando o juiz profere uma decisão de pronuncia ele está remetendo o processo ao julgamento pelo tribunal de júri. Dessa decisão caberá o RESE (recurso em sentido estrito), no prazo de 5 dias. A decisão de pronúncia transitada em julgado, se torna imodificável, de acordo. Princ. da imodificabilidade da pronúncia. Mas temos uma possibilidade que irá modificar a decisão de pronúncia – ex: se a vítima morre em decorrência dos atos praticados pelo réu. A morte superveniente alterará a tentativa para o ato consumado. Outro ponto importante, é que se o réu foi preso preventivamente, a tendência é que ele continue preso, mas para isso, há a necessidade que o juiz expresse (fundamente) nesse sentido na decisão, para que a prisão preventiva se prolongue. 
cabe RESE, no prazo de 05 dias. 
ii – Impronúncia (art. 414, CPP) – o juiz irá pronunciar quando ele verificar: (i) ausência de prova da existência do crime (ex: não tem corpo, e além disso, não tem testemunhas que evidencia a existência do corpo) ou (ii) insuficiência de indícios de autoria (as prova produzidas não foram capazes de comprovar que o réu foi tenha sido autor do crime). Diferentemente da pronúncia, basta a ausência de provas ou de indícios de autoria. Proferida a impronúncia, no caso de homicídio o caso vai para o arquivo, e fica até 20 anos, passado esse período, e não surgiu novas provas, não há mais possibilidade de reabrir o caso. O recurso cabível é a Apelação, no prazo de 05 dias. Por fim, cabe esclarecer que a “Despronúncia” – houve a decisão de pronúncia, a qual foi objeto de recurso (RESE), sendo julgado procedente, constituindo assim, uma despronúncia do réu, ou seja, é a decisão que reforma a decisão de pronúncia. 
Recurso de Apelação, no prazo de 5 dias. 
iii – Absolvição Sumária (art.415) i - provada a inexistência de fato; ii – negativa de autoria (juiz reconhece que não foi o réu que executou o crime ou que tenha participado do crime; (iii) – o fato não constituir infração penal – o fato foi atípico, ou seja, não é infração penal (ex: a morte foi natural, já estava morto quando o réu atirou); IV – demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão do crime.- é indicativo de causa excludente de ilicitude (leg. Defesa, estado neces, exerc. Regula de direito).. ou ainda, (causa excludente de culpabilidade); V – não se aplica em causa de inimputabilidade, salvo quando estar for a única tese de defesa do réu, ou seja, o juiz irá absolver por causa de excludente de culpabilidade por inimputabilidade, somente se for a única tese que a defesa fez nas alegações finais da 1ª fase.
O recurso cabível em fase da decisão de absolvição sumária é Apelação, no prazo de 5 dias.
O CPP estipula que a 1ª fase deve-se encerrar no prazo de 60 dias. 
iv – Desclassificação (art. 419, CPP) – essa decisão implica no reconhecimento de que não se trata de crime doloso contra a vida
O juiz não deve se pronunciar no sentido de qual crime doloso ele entendia que não foi configurado.
Após o trânsito em julgado, os autos são remetidos para vara comum, e assim, o juiz “a quo”, irá enquadrar o crime cabível.
Contra a decisão de desclassificação, cabe RESE, no prazo de 05 dias. 
2ª Fase – Juízo da Causa – que é quando o réu é levado a julgamento perante o tribunal do júri. O roteiro inicia-se pela chamada dos jurados, a qual deve ter presente no mínimo 15 jurados.
Aula 19/09/17
o que será tratado daqui para frente, é referente à continuação do procedimento após a decisão de pronúncia. 
PROVA Desaforamento (art. 427/428, CPP) refere-se ao deslocamento de competência, ao invés do fato ser julgado no lugar em que o crime ocorreu, ele será julgado na comarca mais próxima.
Deslocamento de Competência
Hipóteses:
	1º Razões de ordem pública. 
Quando estará presente? Nos casos em que geraram protestos, houver distúrbios na comarca. Ex: Caso de Eloá, o crime ocorreu no Rio Grande da Serra, mas foi julgado em Santo André. 
	2º Quanto houver dúvidas sobre a imparcialidade do júri 
Exemplo: geralmente ocorre mais nas cidades do interior. Ou ainda, casos de comoção generalizada em determinada comarca, então, será transferido para a comarca mais próxima.
	3º Quando houver dúvida sobre a segurança pessoal do acusado
Exemplo: também ocorre em comarcas mais pequenas, onde o aparato de segurança estatal é mais fragilizado
	4º Quando for comprovado o excesso de serviço e o julgamento não puder ser realizadono prazo de até 6 meses contados do trânsito em julgado da decisão de pronúncia (Art. 428, CPP) 
O trânsito em julgado ocorre quando nenhuma das partes recorrem, ou quando se esgotar os meios recursais.
Legitimidade
 - MP ou querelante
- O Réu através do seu advogado	 através de Requerimento	
- O Assistente de Acusação
- O próprio de juiz através de Representação.
Quem determina o Desaforamento? O Tribunal de Justiça (2º grau). 
Se o julgamento estiver ocorrendo na justiça federal, então o TRF irá julgar (ex: homicídio em território marítimo, ex2: homicídio de um servidor público federal).
A regra é que o pedido de aforamento não tem efeito suspensivo, pois o caso poderá na comarca de origem caso não seja atribuído o efeito suspensivo. 
O relator que irá conceder o efeito suspensivo (ar. 142, §2º, CPP). 
Se for constatado que cessaram os motivos de desaforamento antes mesmo do julgamento, poderá ocorrer o reaforamento (retorno do processo da comarca originária)? Não cabe.
 2º - FASE
a) Inicia-se com o trânsito em julgado da Decisão de Pronúncia, o que significa que o pedido de desaforamento está contido dentro da 2ª fase.
Após o trânsito em julgado, o autos serão encaminhado para o juiz presidente do Tribunal do Júri. 
Não necessariamente o mesmo juiz da 1ª fase será o presidente do Tribunal do Júri. 
b) O juiz Intima as partes nos termos do art. 422, CPP
Essa intimação serve para as partes realizarem 3 coisas:
1 – arrolar testemunhas (no máx 5), diferente da 1ª fase, que são 8.
2 – juntar documentos;							tudo isso no prazo
3 – Diligência.								de 05 dias
*para cada crime que o sujeito está sendo acusado é possível arrolar até 5 testemunhas.
c) Art. 423, CPP – juiz irá deliberar quanto o que foi pedido pelas partes, irá verificar se há alguma nulidade, e após, fazer um relatório sucinto e ordenará a inclusão do processo em pauta de reunião do tribunal do júri para o julgamento.
Art. 429, CPP – ordem de julgamento dos processos no tribunal do júri
I – réu que estiver preso;
II – réu que estiver preso por mais tempo;
III - qual teve a 1ª fase encerrada primeiro;
Qual é composição do júri? Art, 447, CPP 1 juiz o togado + 25 jurados
Conselho de sentença -> 7 jurados
d) Julgamento em Plenário
 Instalação - Ante do juiz instalar a sessão o juiz faz uma chamada, a sessão somente será instalada se estiverem presentes no mínimo 15 jurados. Caso tenha menos de 15 jurados (estouro de urna), então serão convocados os suplentes e designada nova data para julgamento.
Instalada a sessão, tem-se o anúncio do caso que será julgado. 
Em seguida temos o pregão das partes (chamamento);
Após, o sorteio dos 7 jurados para compro o conselho de sentença. (antes o juiz sortear ele irá alertar os jurados sobre as hipóteses de suspeição/impedimento art. 448/449. Caso o julgamento ocorra, e o júri possuía algum tipo de impedimento, o julgamento poderá ser nulo).
 Escusas – as partes podem invocar para apresentar a insatisfação quanto aos jurados sorteados, na forma motivada ou imotivada:
De forma motivada - elas estão previstas nos caso dos art. 448/449 (hipóteses de suspeição/impedimento). Não existe um número máximo de jurados que podem ser recusado, podem ser até todos. 
De forma imotivada... quando abordamos os quatro princípios do tribunal do júri, discorremos sobre o princípio da plenitude de defesa, então, como um dos reflexos dessa princípio, é possível pleitear a recusa imotivada do jurado, no máximo até 3 jurados. 
Formado o conselho de sentença, os jurados irão receber cópia da pronúncia, e do relatório sucinto do juiz.
 Instrução em Plenário – 
1º Declaração do Ofendido – ex:(crimes dos arts. 121 e 122) -> se nesses crimes a vítima estiver viva, a primeira pessoa que será ouvida será ela. 
2º Testemunhas (1ª test. Da acusação; 2ª test da defesa)
3º - Acareações; 
 - Reconhecimento de pessoas ou coisas
 - esclarecimento de peritos/assist. técnicos
4º Leitura de Peças (art. 473§3º, CPP) essa leitura é limitada exclusivamente às provas colhidas por carta precatória, ou provas cautelares 
5º Interrogatório – no proc. comum: o interrogatório é feito pelo juiz – sistema presidencialista. No tribunal do júri – o sistema adotado é o direto.
É obrigatório que o réu esteja no interrogatório? Não é obrigatória, o réu solto pode optar em não comparecer, e o réu preso, pode requerer ao juiz através de seu advogado que seja dispensado.
6º Debates Orais – Qual o tempo? No máximo de 1 h e 30 min (Isso se houver apenas 1 réu), caso haja mais de 1 réu, então, o tempo máximo será de 2 h e 30 min. A mesma regra vale para a defesa. Então, 1º acusação e depois a 2º Defesa. Será admitido a réplica (do promotor no prazo de 1 h, se tiver mais de um réu, será até 2 h) e tréplica (pelo acusado no prazo de 1 h, se tiver mais de um réu, será até 2 h).
Encerrados os debates o juiz irá perguntar aos jurados se há a necessidade de alguns esclarecimento, então o jzuzo faz a leitura dos quesitos, esse quesitos possuem uma ordem de acordo com art. 483, CPP 
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: 
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação;
III – se o acusado deve ser absolvido; 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. 
que em primeiro lugar venha as teses da defesa. 
Toda a teses ainda que não defendido pelo acusado, o juiz terá que realizar um quesito sobre o tema. Na resposta, o jurados terão um placa com “sim” ou “não.
Realizada a votação, será prolatada a sentença.
 Sentença – o juiz terá que decidir com base no que foi decidido pelos jurados. Caso contrário, ela poderá ser objeto de recurso. Ao final o juiz faz a leitura da sentença. No caso de absolvição, o réu é solto imediatamente. Se ele é condenado e está preso, o juiz irá se manifestar aos requisitos da prisão preventiva. 
Ata (art. 494/495 CPP) – tudo que foi realizado no julgamento tem que consta na ata.
Observações quanto à sentença
a) Desclassificação para crime não doloso contra vida - Crimes doloso contra a vida + crime conexo. Ex: imaginemos que a no caso de crime doloso os jurados são desclassificados (a defesa defendeu que o caso foi de lesão corporal seguida de morte), se os jurados desclassificam um crime, o crime conexo, é julgado pelo próprio juiz presidente do tribunal do júri. Cabe informar que a desclassificação significa que os jurados entendem que não são competentes para julgar o caso, 
Ex: sujeito que mata uma pessoa por encomenda, e aproveita e furta os pertences da vítima. No julgamento, os jurados entendem que o crime não é dolo e sim culposo (desclassificaram o crime), logo, o crime conexo será julgado pelo juiz (presidente do tribunal do júri). 
b)Absolvição no Crime doloso contra a vida – os jurados ingressam no mérito e entendem que o acusado não é o culpado. Nesse caso de absolvição, os próprios jurados irão decidir sobe o crime conexo. 
********************QUESTIONÁRIO DISPONIBILIZADO NO AVA ********************
· Quais são os Sistemas Processuais e qual deles é o adotado no Brasil?
Sistemas Processuais - dentro do processo estão os sistemas processuais, que são 3 (I - inquisitivo; II - acusatório e III - misto).
I - Inquisitivo as funções de acusar, de defender e julgar estão reunidas em uma única pessoa. Nesse sistema não existe contraditório, e o Estado irá decidir o destino dele.
II - Acusatório - as funções de acusar, defender e julgar estão distribuídas a sujeitos processuais distintos. O SISTEMA ADOTADO NO BRASIL É O ACUSATÓRIO!!
III – Misto - é a união do proc. inquisitivo com o acusatório.
· Qual a composição do tribunal do júri?
Composição do tribunal do júri – 1 juiz togado + 25 jurados
· Qual a composição do conselho de sentença?
Conselho de Sentença – são 07 sorteados dos 25 jurados.
· Quais os requisitos para a decisão de pronúncia?
Decisão dePronúncia – (art. 413, CPP) – o juiz irá pronunciar quando ele verificar que: 
(i) existe PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME (materialidade – exame necroscópico atestando a morte)
(+)
(ii) identificar INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA.
Esses requisitos são cumulativos!!!
Quando o juiz profere uma decisão de pronuncia ele está remetendo o processo ao julgamento pelo tribunal de júri. Dessa decisão caberá o RESE (recurso em sentido estrito), no prazo de 5 dias. A decisão de pronúncia transitada em julgado, se torna imodificável, de acordo. Princ. da imodificabilidade da pronúncia. Mas há uma possibilidade de modificar a decisão de pronúncia – ex: quando houve a decisão de pronúncia a vitima estava viva, mas dias antes de levar o caso para julgamento do júri a pessoa morre, então, a decisão de pronúncia deverá ser modificada. Outro ponto importante, é que se o réu foi preso preventivamente, a tendência é que ele continue preso, mas para isso, há a necessidade que o juiz expresse (fundamente) nesse sentido na decisão, para que a prisão preventiva se prolongue. 
· Faça um quadro comparativo destacando as principais diferenças ente os procedimentos comum ordinário e comum sumário.
	Ordinário
	Sumário
	Quando o crime tiver sanção máxima cominada = ou + 4 anos de pena privativa de liberdade.
	Quando o crime tiver sanção máxima cominada inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade
	AIJ em 60 dias
	AIJ em 30 dias
	8 testemunhas
	5 testemunhas
	Alegações finais orais (regra) e possibilidade de alegações finais escritas (em 5 dias) nos casos de:
  Diligencias
  Complexidade
  Número de acusados
	Alegações finais orais (única possibilidade prevista em lei). Contudo, vem se permitindo as alegações finais escritas por analogia.
	
	
	Sentença em AIJ ou em até 10 dias após
	Sentença apenas em AIJ
· Quais são os requisitos da suspensão condicional do processo???
Para a concessão do benefício, a lei exige os seguintes requisitos: 
a) que o crime tenha pena mínima cominada igual ou inferior a um ano; 
b) que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime; 
c) que estejam presentes os requisitos para a suspensão condicional da pena (art. 77, CP) – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e circunstâncias, autorizem a concessão do benefício; 
d) que tenha ocorrido a reparação do dano
· Quais são os requisitos da transação penal???
Requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a transação:  (Artigo 76 da Lei 9.099/95 )
a) Requisitos objetivos:
1- Tratar-se de ação penal pública incondicionada, ou ser efetuada a representação, nos casos de ação penal pública condicionada e em ambas as hipóteses, não ser o caso de arquivamento de termo circunstanciado;
2- Não ter sido o autor da infração condenado por sentença definitiva (com trânsito em julgado), pela prática de crime, à pena privativa de liberdade;
 3- Não ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela transação;
b) Requisitos subjetivos:
Quando os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem a adoção da medida.
***********MATÉRIA DA PROVA B1 ATÉ AQUI *******************
Aula 26/09/17
Procedimento dos Crimes de Responsabilidade dos Funcionários Públicos (arts. 513 e 581, CPP)
Esse proc. se destinam aquele crimes praticados pelos funcionários públicos, são os chamados “crimes funcionais”, eles estão previstos a partir do art. 312 e ss, CP
É um procedimento Especial, em qual momento ele se torna especial, eis que após um certo 
ETAPAS:
1º Oferecimento da Denúncia – antes do juiz deliberar se aceita ou não a denúncia, o juiz pede um resposta preliminar do réu. O objetivo dessa oportunidade ao funcionário é uma forma de atribuir segurança ao réu, tendo em vista que ele pode estar sendo perseguido.
2º Notificação ao Acusado para Responder - 
3º Resposta Escrita – art. 515,§único, CPP – o adv pode tentar convencer o juiz para que não receba a denúncia.
4º (2 possibilidades)
	4.1. –Rejeição da Peça Acusatória – o juiz reconhece que não houve crime.
	4.2. – Recebimento da Denúncia – (art. 517, CPP), recebida a denúncia, haverá a citação do réu para que ele responder à acusação, pois a partir desse momento segue o procedimento comum ordinário (saneamento, AIJ....)
O que torna os crimes dos funcionais especiais? A possibilidade de convocar o acusado a responder preliminarmente à denuncia oferecida em razão do funcionário público. 
Nucci entende que esse procedimento só teria razão de ser quando a peça acusatória não for instruída pelo inquérito policial.
Segundo o entendimento do STJ – se a denúncia for oferecida com base no inquérito Policial, a resposta preliminar será desnecessária. É o que prevê a Súmula. 330 STJ – “
Esse procedimento só poderá ser adotado nos crimes afiançáveis. Já os crimes inafiançáveis, não se submetem a esse procedimento. Contudo, todos os crimes funcionais são afiançáveis. 
Procedimento dos Crimes Contra a Honra (art. 519 à 523, CPP)
Crimes contra honra (art. 138, 139 e 140, CP) - (injúria, calúnia e difamação)
Ação competente para os crimes contra a honra na ação privada é a queixa crime. Mas, tem-se tem a alçaçi penal públia cond. a resrestação (ex: quando for contra o presidente ou contra a funcionário pública); 
O que torna o nosso proc. especial? Ele tem razão de ser quando a nossa ação é privada.
Etapas:
1º Oferecimento da Queixa
2º Notificação das Partes para audiência de Reconciliação (art. 520, CPP) – 
3º (2 possibilidades)
	3.1. Reconciliação – Ela implica na desistência da queixa, logo, será extinta a punibilidade.
	3.2. Não há reconciliação – não havendo conciliação, o juiz irá deliberar se: 
a) não aceita a queixa
b) aceita a queixa
4º Sendo aceita a queixa, segue-se o procedimento comum ordinário. 
5º Após a citação abre-se o prazo para resposta escrita ao acusado no prazo de 10 dias. Nessa oportunidade o acusado poderá requisitar tudo o que for de direito. Entretanto, nos casos de crimes contra a honra, tem uma observação adicional, ele poderá acrescentar a “exceção da verdade” – nos crimes de calúnia, difamação contra func. Público no exercício da função. 
A exceção da verdade – é a possibilidade daquele que está sendo processado por calúnia, de provar que de fato o crime ocorreu. Ex: o acusado prova que de fato o funcionário cometeu o crime. Se ele prova, o juiz extingue o processo, e encaminha a peça para o MP oferecer denúncia. 
Difamação é ofender a reputação do func. – nesse caso também cabe a exceção da verdade contra funcionário público, devendo o réu provar o aquilo que ele alegou. Se ele prova, o juiz extingue o processo, só que como não é crime, não encaminha a peça para o MP.
Em seguida... segue o procedimento sumário (possibilidade de absolvição sumária, audiência de instrução e julgamento...)
Procedimento dos Crimes da Lei de Entorpecentes (lei 11343/06)
Art. 28, da lei 11343/06. -> Termo Circunstanciado –> JECRIM
(porte de entorpecente – é o indivíduo que é flagrado portando drogas – a inconstitucionalidade desse artigo está sendo julgado no STF).
Art. 33 e ss, da lei 11343/06. (regulamenta o tráfico de drogas)
 
Procedimento especial – a partir do art. 54, da lei 11343/6
Etapas
1º – oferecimento da denúncia – pode arrolar no máximo 5 testemunhas. 
2º - Notifica o acusado para oferecer defesa prévia, no prazo de 10 dias. Essa defesa é diferente da defesa preliminar, então, nesse caso, o acusado já tem que arrolar as testemunhas (máx 5) e pedir tudo o que for de direito. 
3º Defesa Prévia - 
4º Apresentada a Defesa Prévia, o juiz decide em 05 dias:
	a) apresentação do preso e outras diligências, no prazo de 10 dias;
	b) Em seguida, o juiz irá deliberar, se:
	 
 b.1. Rejeita a Denúncia
	 
 b.2. Aceita a Denúncia
5º (art. 56), Recebida a Denúncia, o juiz irá:
- designar data para AIJ, até 30 dias do recebimento da peça acusatória. Mas se for realizado exame paraconstatação de dependência, a audiência realizar-se-á em até 90 dias. 
- citação;
- int. MP;
- Requisitará os laudos periciais;
- Nos crimes previstos no art. 33, caput, e §1º, e ainda arts. 34 à 37 da lei 11343/06 – o juiz poderá decretar o afastamento cautelar do funcionário público e de suas atividades. 
6º AIJ (Audi. Instr. e julgamento)–
a) o primeiro ato é o interrogatório; 	
b) testemunhas (1º acusação e 2º defesa)
c) Debates Orais (1º acusação – 20+10; 2º defesa - 20);
d) sentença em AIJ ou em até 10 dias
o que torna esse proc. especial? 1º é a defesa prévia; 2º possibilidade de determina a intimação do réu para apresentação prévia, de o juiz ainda determina diligência; 3º afastamento do func. Púbico de suas atividade; e por fim, 4º na AIJ.
Art. 59, da lei 11343/06 – se o réu está preso preventivamente, ele não poderá interpor apelação em liberdade. Mas a intenção do artigo não está correto ao colocar como requisito para o recurso a prisão do acusado. 
Aula 10/10/17
	NULIDADES
Nulidades - está regulado no livro III, a partir do art. 563, do CPP, ela é uma espécie do gênero vício processual, isto é, toda a vez que um ato for praticado de forma diversa à previsão em lei, teremos um vício (defeito processual), e dependendo da gravidade, ela poderá gerar nulidades. 
Conceito de Nulidade: Vício ou defeito do ato processual que decorre da inobservância do ordenamento jurídico, capaz de invalidá-lo no todo ou em parte. 
Espécies de Vícios:
1) Inexistência – é uma construção doutrinária/jurisprudencial, pois o código versa apenas sobre as nulidade. Na inexistência temos um vício gravíssimo, que sequer pode ser considerado. 
Ex1: Sentença assinada por um cartorário. 
Ex2: sentença declaratória de extinção da punibilidade com base em certidão de óbito falsa o STF entende que essa situação é uma hipótese de inexistência, assim como a certidão de trânsito em julgado expedida em face da sentença extintiva face o óbito. 
Ex3: Inexistência de certidão de trânsito em julgado num processo em que o juiz deveria recorrer de ofício de sua decisão. (remessa obrigatória) – ex: sentença concessiva de habeas corpus, se o juiz não remeter para o 2º grau, então a sentença será considerada inexistente, pois nesse caso do habeas corpus o tribunal poderá concordar ou discordar da decisão do habeas corpus proferida em 1º grau.
2) Nulidade Absoluta - (**vide quadro comparativo abaixo) PROVA
3) Nulidade relativa - (**vide quadro comparativo abaixo) PROVA
4) Irregularidade - é um vicio processual que há uma violação processual prevista em lei, mas que não gera prejuízo a nenhuma das partes – ex: o promotor oferece denúncia sem endereçá-la.
	NULIDADE ABSOLUTA
	NULIDADE RELATIVA
	
Ato existe, porém violou uma norma que redunda na nulidade daquele ato processual. Ou seja, o ato existe, porém, não é válido.
	
Ato existe, porém violou uma norma que redunda na nulidade daquele ato processual. Ou seja, ato existe, porém, não é válido.
	
Vício grave, pois viola diretamente o texto constitucional através dos princípios processuais penais , pois, esses são de ordem pública (interesse coletivo). 
	
Violação à normas infraconstitucionais, prepondera o interesse das partes. 
	
Juiz reconhece de oficio, em qualquer grau de jurisdição, inclusive na revisão criminal, podendo ocorrer em qualquer fase do processo, até mesmo após o encerramento. Ou seja, o juiz reconhece a nulidade de ofício, não precisa de provocação para isto. 
Súmula nº 160 STF: “
(é uma exceção ao reconhecimento de ofício pelo juiz), pois, o tribunal não pode reconhecer nulidade em prejuízo do réu. 
Não se admite convalidação
	
A parte interessada tem que alegar a nulidade relativa, isto é, depende de provocação da parte interessada no momento processual adequado, sob pena de convalidação da nulidade (aquilo que era nulo torna-se válido). Ex: incapacidade relativa do juízo é aquela em razão do local, pois o foro competente é o foro do local da consumação do crime, e no caso do exemplo o promotor não observou esse detalhe e oferece denúncia em local diverso da consumação do crime, logo, o momento processual é na resposta à acusação através da exceção de incompetência. 
Art. 571, CPP – traz o momento processual que as nulidades deverão ser alegadas.
	
Prejuízo processual da nulidade é presumido¸ não é necessário que a parte comprove o prejuízo. 
	
Parte deve comprovar a nulidade + demonstrar o prejuízo sofrido. 
Princípios Básicos (5)
1º Princ. do Prejuízo (art. 563, CPP) – está relacionado à nulidade relativa, pois a parte tem que demonstrar o prejuízo sofrido.
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
2º Princ. da Instrumentalidade das Formas (art. 566 e 572, II, CPP) – também está relacionado à nulidade relativa.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
(...)
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
3º Princ. da Causalidade ou Consequencialidade (art. 573, §1º, CPP) – Ex: nulidade de citação , tudo que foi feito após a será anulado, caso o recurso interposto pela parte contrária seja provido. 
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência.
4º Princ. do interesse (art. 565, do CPP)
Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou
referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
“não pode se beneficiar de sua própria torpeza” Se eu dei causa à nulidade, eu não posso alegá-la, somente a parte contrária poderá fazê-la.
Somente pode arguir nulidade aquele que foi prejudicado pela defesa. Ex: se somente o réu
5º Princ. da Convalidação – está ligado à nulidade relativa (art. 572, I; art. 569 e art. 570, todos do CPP) .
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
I – se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior (no art. 571 – ex: ocorreu uma nulidade durante o julgamento pelo tribunal, deverá ser no após o julgamento, sob pena de convalidação). 
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final. (até a sentença final o promotor poderá aditar a denuncia para sanar eventual vício)
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte. (esse artigo é uma miscelânea, pois a nulidade de citação é absoluta, mas será convalidada, caso o réu apareça nulidade a citação).
Aula 17/10/17
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
Na incompetência – vimos que podemos ter a violação de norma de comp. absoluta e a relativa.
Ex: crime eleitora – tem que ser julgado pela justiça eleitora, se esse crime tivesse sendo julgado pelo uma vara comum, seria um tipo de nulidade de competência absoluta.
Quem julga o crime de contrabando é a justiça federal, se um juiz da justiça comum julgar, será uma nulidade de comp. absoluta.
A compe. relativa – é em razão do local, ou seja, uma vez violada se não alegada no momento processual adequado, se não é alegado no momento processual adequado a jurisdição se perpetua (perpetuatio jurisdictione)
Nasuspeição – há a violação da imparcialidade do juiz (hipóteses de suspeição estão na lei. Ex: amigo inimigo da uma partes, inimigo capital, ) Nesse caso a nulidade é absoluta. 
Na suborno – trata-se de nulidade absoluta.
Ilegitimidade de partes – estamos falamos de condição de ação (legitimatio ad causam) – ex: o promotor não pode oferecer denuncia numa ação penal privada – isso gera uma nulidade absoluta.
Quanto a :
· capacidade processual - só pode ingressar só uma ação quem seja maior de idade. Se ele é menor de idade e não está assistido pelo rep. Processual, ele tem uma incapacidade processual, isso gera uma nulidade relativa, pois o representa
Capacidade postulatória - só pode oficiar no processo que é adv com OAB, ele tem cap. Postulatória. Ex: uma pessoa que se passa por adv e não tem OAB válida. Nesse caso, trata-se de relativa, pois admite de convalidação, só basta que outro adv seja constituído nos autos. 
Art. 564, III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; (essa redação está desatualizada, pois ainda fala sobre os processos constitucionais). 
A leitura correta do inciso III, alínea “a” é: “quando houve um vício na denúncia, ou na queixa, e na APPub. Cond. Rep. Não houver representação.”
A denúncia e a queixa devem preencher os requisitos do art. 41, CPP. Mas nem todos esses requisitos geram a inépcia da peça. 
Ex Ausência da descrição dos fatos com todas as circunstâncias – gera inépcia – que pode gerar a nulidade do processo, geralmente o juiz rejeita a denúncia nesses casos.
Ex2: - o arrolamento de testemunhas não é essencial – não gera nulidade, só irá prejudicar a queixa ou denuncia.
Ex3: denúncia sem representação – é hipótese de nulidade absoluta – 
Mas tem uma ressalva, tanta a queixa quanto a denúncia podem ser aditadas até a sentença.
“as omissão da denúncia ou da queixa (...) poderão ser supridas.
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; (nulidade absoluta) – a ausência do corpo de delito gera nulidade absoluta, mas isso só nos casos em que era possível fazer o corpo de delito. Ex: no caso do goleiro bruno não era possível fazer o corpo de delito, logo, poderia ser suprida pelo depoimento testemunhal.
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; (não tem aplicação de nulidade)
 
(...)
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; (se houver violação da incomunicabilidade será hipótese de uma nulidade absoluta, devendo ser dissolvido o conselho).
(...)
m) a sentença; (requisitos da sentença – i – relatório; ii – autenticação; dispositivo..) deve-se analisar os requisitos, e de acordo com a ausência de um ou outro requisito poderá gerar nulidade relativa ou absoluta.
*********
Recursos
Conceito: instrumento processual destinado à obtenção do reexame de uma decisão judicial em instância superior. 
Característica:
1º - Voluntários – a parte recorrer se quiser. Exceção: Recurso de ofício.
2º Anterior ao Trânsito em Julgado – recurso deve ser interposto no prazo, isto é, antes do trânsito em julgado. Exceção: revisão criminal e habeas corpus (mas eles não são tipos de recursos).
Sentença – apelação – 05 dias (defensoria > prazo em dobro: 10 dias)
3º Não cria nova relação jurídica – a relação continua, não é criada uma nova relação jurídica processual.
Fundamentos:
1º Necessidade Psicológica – necessidade humana de recorrer, insatisfação em face da decisão proferida
2º Falibilidade Humana – humano falho, probabilidade de falha em proferir a decisão.
3º Combate ao Arbítrio – evitar a imutabilidade das decisões
4º Coação Psicológica do Juiz – cobrança do próprio juiz em decidir de forma bem fundamentada
5º Possibilidade de Julgamento por um Órgão Colegiado – o recurso é julgado pela câmara colegiada.
Princípios
1º Princ. da Taxatividade – só pode impugnar as decisões através dos recursos previstos em lei, isto, a necessidade de previsão expressa em lei. 
Ex: Em face da decisão que recebe a denuncia é irrecorrível, mas se tiver uma hipótese de ausência de justa causa é possível impetrar o habeas corpus, com vistas a trancar a denúncia. 
Mas em face da decisão que rejeita a denúncia cabe o RESE.
Em face da decisão que rejeita aditamento a denuncia ou aditamento a queixa, pela analogia, cabe RESE (ented. Da jurisprudência)
2º Princ. Fungibilidade (Teoria do Recurso Indiferente) tem relevância teoria, pois atualmente não se tem dúvida a respeito da aplicabilidade dos recursos. Mas, esse princípio dispõe que o juiz poderá receber o recurso interposto originalmente que seria incabível em face da decisão recorrida, e verificado os requisitos possíveis para a fungibilidade, recebê-lo como o recurso que deveria ter sido interposto. 
Requisitos para o juiz receber um recurso interposto erroneamente:
a) Boa-fé- é auferido através da interposição do recurso no menor prazo – ex: há dúvida entre qual recurso seria cabível, de apelação ou RESE. Nesse caso, para auferir a boa-fé do Recorrente, será necessário que ele tenha sido interposto no prazo menor entre os dois (que no caso é de 05 dias, de apelação)
b) Ausência de erro grosseiro – o recurso pode ser fungível, desde que não contenha erro grosseiro. 
3º Princ. Unirrecorribilidade - a regra é que só pode ser interposto um único recurso adequado a cada vez. Exceção: após o tribunal decidir, o recorrente poderá interpor Recurso Especial (que vai ser julgado pelo STJ), ou através do Recurso Extraordinário (que vai ser julgado pelo STF).
4º Princ. da Disponibilidade dos Recursos – está relaciona à disposição do recurso, ninguém é obrigado a recorrer. Então as partes podem dispor do direito de recorrer de 02 formas:
a) Renúncia – vem antes da interposição do recurso. 
b) Desistência – ocorre após a interposição. Mas, o MP não pode desistir do recurso, em decorrência do princ. da indisponibilidade. 
5º Princ. da Personalidade dos Recursos (prova) – 
 Regra: somente se beneficia do recurso quem recorreu. 
Desdobramentos: 
1)Proibição da “Reformatio in pejus” (reforma prejudicial ao réu). Em recurso exclusivo da defesa (réu), ele não pode ter a sua situação processual piorada. 
2) saber se é possível a “reforatio in melius” (reforma para melhorar a situação do réu) a dúvida se coloca é que o recurso é interposto exclusivamente pela acusação, o tribunal pode melhora situação do réu? (2 ented. – I – entende que é possível; ii – entende que não é possível pelo princ. da personalidade dos recurso; não há um entendimento pacífico a respeito da controvérsia). 
3) “Reformatio in Pejus” indireta – nesse caso, é o juiz “a quo” que reforma a sentença devido a anulação em 2º grau, mas o juoz não poderá piorar a situação do réu. 
Em recurso exclusivo da defesa (réu) ocorre a anulação da sentença
Na nova sentença, o juiz não pode piorar a situação do réu
Divergência – em recurso exclusivo da defesa o tribunal anulou o julgamento proferido pelos jurados, nesse novo julgamento os jurados poderão piorar a situação do réu, haja vista o princ. da soberania dos veredictos (é o entendimento que prevalece). Se nesse julgamento do júri for mantida a mesma condenação do júri anterior, o juiz não poderá piorar a situação do réu ao dosar a pena. 
QUESTÃO DE PROVA!!!!!!!!!! 
Explique o princ. da personalidade dos recursos. Resposta: Em regra só pode beneficiar do recurso aquele que recoreu. 
Explique os desdobramentos da personalidade dos recursos
Resposta: (conforme explicação acima).
· reformatio in pejus
· reformatio in melius
· reformatio in pejus indireta
Aula 24/10/17
PRESSUPOSTOS PRECESSUAIS
Pressupostos processuais Objetivos:
1) cabimento - previsão legal do recurso.
ex: em face da decisão que aceita a denúncia não cabe recurso. Contudo, eventualmente se for deferida uma decisão de formagrosseira, poderá ser interposto habeas corpus (mas não é recurso), requerendo o trancamento da ação penal
2) adequação - é o manejamento do recurso adequado, apto à impugnação desejada. Ex: decisão que rejeita a denúncia o recurso cabível é o RESE.
3) tempestividade - se relaciona ao prazo legal para a apresentação do recurso. Ex: apelação 05 dias; RESE 05 dias; ED 02 dias. Vale destacar que O prazo para a defensoria é em dobro
4) Regularidade - está relacionado ao respeito das formalidade previstas em lei.
4.1) Forma (art. 578, CPP) - é possível a interposição por: (i) petição; ou (ii) termos nos autos;
(i) petição: A regra é a "petição" (todos os recurso podem utilizar-se por esse via)
(ii) termos nos autos: apelação e Rec. Sentido Estrito --> somente eles podem ser interposto por "termos nos autos". (tem que ter 2 petições - 1) endereçado para o juiz prolator da decisão; 2) são as razões do recurso, que serão endereçada para o tribunal superior.
4.2) Motivos - são as razões recursais
5) Inexistência de fatos impeditivos - não pode existir nenhum fato que impeça a interposição do recurso. Ex: renunciei o direito de recorrer, logo, não poderei mais interpor recurso, pois a renúncia é imodificável. 
6) Inexistência de fatos extintivos – eles surgem após a interposição do recurso. Ex: desistir do recurso ou deserção (não recolher as custas processuais para o recurso).
Pressupostos processuais Subjetivos: PROVA
1) Interesse jurídico – está relacionado à sucumbência. O recurso deve ser necessário para que tenha algum benefício, isto é, que tenha possibilidade de melhorar a situação da parte. 
2) legitimidade – só pode recorrer quem a lei autoriza, no processo as partes possuem legitimidade (inclusive o assistente de acusação caso o promotor não recorra). 
***
Recurso “ex officio” 
Recurso de ofício
Recurso Obrigatório
					Hipóteses (são expressões sinônimas)
Recurso Necessário
Recurso Anômalo
Remessa Obrigatória
A doutrina diz que na ação penal pública somente o promotor teria legitimidade para Recorrer, mas ainda é admitido que o juiz recorra de ofício. 
O juiz nas três decisões abaixo, independentemente de recurso pelas partes, deverá remeter a decisão para a apreciação do tribunal:
1ª) Concessão de Habeas Corpus – ex: juiz de 1º grau concede quando uma pessoa foi internada indevidamente.
2ª) Concessão de Reabilitação Criminal – 
3ª) Decisão de arquivamento de Inquérito Policial ou sentença absolutória nos crimes contra a economia popular. 
Se o juiz não remete a decisão proferida para apreciação do tribunal, então, essa decisão não produzirá coisa julgada. 
Efeitos 
1) Devolutivo – todos os recursos possuem esse efeito. Ele significa a devolução (no sentido de envio) da decisão para reapreciação pela instância superior.
2) Suspensivo – tem como consequencia que a decisão não irá produzir efeitos enquanto ela não transitar em julgado. Ou seja, ela impede a imediata eficácia da decisão. Em regra os recursos não possuem efeito suspensivo. Portanto, para que o recurso tenha efeito suspensivo, há a necessidade de previsão legal. 
Ex: sentença condenatória tem efeito suspensivo? Sim, em decorrência do próprio princípio de 
presunção de inocência. Atualmente o STF entendeu que se o réu interponha recurso em face da decisão do tribunal
3) Extensivo (art. 580, CPP) - um recurso que o co-réu interpôs se favorável a ele, será aproveitado pelos demais. Mas isso só é possível desde que não seja um recurso de caráter pessoal do réu.
· Pressupostos do Efeito Suspensivo:
1 - Concurso de agentes (crime praticado por 2 ou mais pessoas) 
2 – que um dos có-réus tenha recorrido;
3 – que um dos recursos tenha sido favorável
4 – que o fundamento do recurso não tenha caráter exclusivamente pessoal. 
Ex: 2 réus condenados, apenas 1 recorreu, sendo este absolvido, essa decisão estenderá 
Ex: 2 réus condenados, porém, 1 réu, na data do crime tinha 19 anos. Então, esse réu interpõe recurso alegando que por ter 19 anos o prazo prescricional é contado pela metade, logo, ao ser condenado, este crime já havia sido prescrito. O recurso é analisado pelo tribunal e provido. Nesse caso, os efeitos não se estenderão aos demais réus, haja vista que o recurso foi interposto em caráter exclusivamente pessoal.
4) Regressivo – ocorre quando a lei estabelece a possibilidade que o próprio juiz relator modifique-a antes de remeter para o tribunal. 
Ex: RESE possui esse efeito regressivo. 
Ex: decisão que rejeita a denuncia, o recurso cabível é o RESE, o juiz originário exerce o juízo de retratação e modifica a decisão, aceitando dessa vez, a denúncia proposta. 
TRABALHO
Tema: “Habeas Corpus” e “Mandado de Segurança”.
· Abordar a evolução histórica do Habeas Corpus e demais desdobramentos (Livro: Fernando da Costa Tourinho – possui a evolução histórica). 
· Focar Mandado de Segurança no processo penal
	
* Manuscrito
*Indicação Bibliográfica
*Nº de folhas: trabalho bem feito.. rsrs
*Data de entrega: dia da prova
Apelação (art. 593 e ss, CPP)
Pressupostos – está ligado a natureza da decisão a ser impugnada, então, o pressupostos é que tenhamos uma sentença (condenatória ou absolvitória), ou uma decisão não transitada em julgado que não seja impugnável por RESE. 
Legitimidade – as partes (acusação e defesa). 
Acusação -> MP ou Querelante
Defesa -> Réu ou Querelado
Competência
Decisões proferidas pelo juiz de primeiro grau. Se for juiz estadual, os autos são remetidos para o TJ. Se a decisão impugnada é do juiz federal, então vai para TRF.
Câmara composta por 5: (relator, revisor e um terceiro), 3 irão julgar o RESE
 Hipóteses de Cabimento (art. 593, CPP)
1º Sentença (Absolvição ou Condenação) proferida pelo juiz singular (1º grau)
2º Decisões definitivas ou com força de definitivas não impugnáveis pelo RESE. Ex: decisão homologatória da suspensão condicional do processo. 
3º Sentença proferida pelo juiz presidente do tribunal do júri.
3.1. Nulidade posterior à pronúncia; (tribunal anula o julgamento e determina um novo julgamento).
3.2. Sentença do juiz presidente contrária à lei ou decisão dos jurados; (tribunal pode reformar).
3.3. Quando houve erro ou injustiça na aplicação da pena ou da medida de segurança; (tribunal pode reformar).
3.4. Quando for a decisão dos jurados manifestamente contrária a prova dos autos; (tribunal determina um novo julgamento. Art. 593, §3º CPP). Após o retorno dos autos para novo julgamento, nessa segunda vez, se decidirem de forma idêntica, não será possível a interposição do recurso pelo mesmo motivo. 
Obs: das 4 decisões acima, algumas delas o próprio tribunal pode corrigir, contudo, outra devem ter o julgamento anulado para o juiz de origem julgar novamente.
Aula 31/10/17
APELAÇÃO (art. 416, CPP)
Antes de iniciar as observações abaixo, cumpre destacar que o procedimento recursal É DIFERENTE do CÍVEL. Dessa forma, vejamos como é realizado o processamento :
1º) A interposição do Recurso de Apelação pode ser através de : I - Petição ou II - termos nos autos. 
2º) Prazo: 5 dias da intimação da sentença.
4º) Realizada a interposição, o juiz irá realizar o juiz de admissibilidade, verificando os pressupostos processuais do recurso. 
5º) Feito isto, intimará o apelante apresentar as Razões (que são remetida para o Tribunal de Justiça) no prazo de 08 dias.
6º) Após a apresentação das razões, o juiz irá intimar a parte contrária para apresentar contrarrazões no prazo de 08 dias. 
Observações:
--> O art. 600, §4º - permite que as razões sejam apresentadas diretamente em 2º grau. Em seguida, o Relator irá intimar a parte 
Quem julga?
A apelação é interposta em face da sentença de primeira instância, devendo o recurso ser julgado pelos respectivos juízo, conforme relação abaixo:
· Se juízo for a JUSTIÇA COMUM órgão competente a julgar a apelação será o TRIBUNAL DE JUSTIÇA;
· Se juízo for a JUSTIÇA FEDERAL órgão competente a julgar a apelação será o TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL;
Efeitos da Apelação:
1) Devolutivo

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