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Caderno Processo Penal III - Recursos

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Processo Penal III – 2º Bimestre 
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS (547 a 580 CPP) 
• Definições - É um dos instrumentos processuais de natureza voluntária ou 
necessária de reexame de uma mesma relação processual ainda não preclusa com 
finalidade de a reformar, invalidar, esclarecer ou confirmar. 
• Classificação 
o Legais ou Constitucionais – Os recursos legais são aqueles previstos na 
legislação infraconstitucional (Rese, Apelação, etc). Os Constitucionais estão 
previstos na Constituição, embora seu procedimento seja regulado em lei 
federal (ROC, Resp, Rext). 
o Voluntários ou Necessários – Voluntários são aqueles que a parte tem a 
faculdade de interpor, devido ao seu inconformismo. Necessários são um 
reexame como pressuposto de validade da decisão (ex: Sentença que 
concede HC só passa em julgado quando for julgada por uma banca criminal). 
o Ordinários ou Extraordinários – Ordinários são aqueles não há condição 
específica para sua interposição (Apelação não tem condição específica para 
ser interposta). Os Extraordinários, pressupõem uma condição anterior sem a 
qual eles não podem existir (ex: Rext, discute-se matéria de natureza 
Constitucional, que venha sido discutida e que tenha Repercussão Geral). 
• Pressupostos Recursais – Juízo de Admissibilidade ou de Prelibação. Juízo “A Quo” 
(1º juízo de admissibilidade) e Juízo “Ad Quem” (2º juízo de admissibilidade( 
o Objetivos 
▪ Previsão Legal – O recurso criminal é previsto pelo legislador em casos 
específicos, mas há decisões que não comportam qualquer meio 
recursal (ex: Decisão homologatória de acordo no Jecrim). 
• Unirrecorribilidade – Para cada decisão, há apenas um 
recurso. 
• Fungibilidade – O Juiz aceita o recurso errado como o correto, 
dado que não haja erro grosseiro e má-fé. 
▪ Tempestividade – É o manejo do recurso no prazo previsto em Lei. Ex: 
Embargos de Declaração (2 dias no CPP, 5 dias na Lei 9099/95). 
▪ Formalidade – Como deve ser feita a interposição: 
• Se a interposição se dá por petição ou por termo; 
• Apresentação das RAZÕES; 
• Preparo, que é o pagamento da taxa de recurso. Somente o 
querelante paga o Preparo para recorrer. 
o Subjetivos 
▪ Legitimidade – São as partes, autor e réu: Mp e Querelante; Réu e 
Querelado. 
• Atenção para o RESE e Apelação subsidiária, que podem 
recorrer: ofendido ou vítima, pessoas do art. 31 CPP (CADI), 
quando o Ministério Público fica inerte. 
▪ Interesse – Somente quem sucumbiu poderá articular o Recurso, pois 
tem interesse numa melhor situação jurídica. 
• Efeitos dos Recursos 
o Devolutivo – Todos terão efeito devolutivo, pois a matéria será reexaminada. 
o Suspensivo – É a exceção. A decisão recorrida não surtirá efeito enquanto o 
recurso não for julgado. 
o Regressivo – O juízo A Quo terá a oportunidade de retratação. 
o Extensivo – Está diretamente ligado ao concurso de pessoas (art. 29). Vários 
réus. Se eles respondem pelo mesmo crime e um só recorrer. Toda vez que o 
recurso for sobre questões subjetivas do réu, diz apenas sobe quem recorreu. 
Se for objetiva (por exemplo, desclassificação) vale para todos. 
• Proibição da Reformatio in Pejus Direta e Indireta (2º Bimestre) 
o Direta – É vedado ao Tribunal, ao julgar RESE ou Apelação, interposto 
exclusivamente pela defesa, proferir acórdão que, de qualquer modo, seja 
prejudicial aos pedidos articulados pelo réu. 
▪ Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao 
disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, 
porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado 
da sentença. 
▪ O maior problema aqui são as decisões do juri. 
• 1º Posicionamento – Se o Juiz togado, na dosimetria, deu a 
pena mínima, a nova decisão só poderá também ser pena 
mínima (ex: antes era homicidio simples, depois virou 
qualificado. Antes era 6 anos, depois vira 12). 
• 2º Posicionamento – STF – Mesmo que o jurado reconheça que 
o novo juri seja qualificado, por exemplo, (exemplo acima), 
deve-se manter o máximo da pena da decisão anterior. 
o Indireta – É uma construção doutrinária que veda que a nova decisão do juiz 
de piso, após ter sido a 1ª anulada por recurso exclusivo da defesa, não 
poderá exceder os limites (prejudiciais) da decisão recorrida. 
o No caso de recurso exclusivo da apelação, o Tribunal pode reformar in 
mellus. 
 
 
 
 
 
 
• Reexame Necessário 
o É um expediente processual de interesse coletivo, que impõe o duplo grau de 
jurisdição para que uma decisão transite em julgado. 
o São casos de reexame necessário 
▪ Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes 
casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: I - da 
sentença que conceder habeas corpus; 
▪ Art. 574, II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na 
existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de 
pena, nos termos do art. 411. 
• Aqui está se falando da Absolvição Sumária do Juri. 
• Nenhum TJ aceita isso mais. 
o Tal sentença não está mais no art. 411 
o Ampliação dos poderes do Juiz, não faz sentido ter 
reexame necessário nesse caso. Embora haja Juiz que 
ainda remeta ao Tribunal. 
▪ Arquivamento e Absolvição em crimes contra a economia popular e 
crimes contra a saúde pública. 
▪ Decisão que concede reabilitação criminal. 
▪ Decisão que concede Mandado de Segurança. 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO E AGRAVO NA EXECUÇÃO PENAL (arts. 581 e 
ss CPP, art. 197 Lei 7210/84) 
 
1) Cabimento e Previsão Legal 
• O RESE/Agravo são meios de impugnação às decisões interlocutórias e terminativas, 
proferidas no curso da ação penal. 
• O art 581 contém um rol TAXATIVO, embora caiba interpretação analógica. 
• A apelação é residual (ex: art. 593, II CPP). 
 
• Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
• I - que não receber a denúncia ou a queixa - O recebimento da denúncia é 
irrecorrível; Os legitimados serão o MP ou Querelante. 
• II - que concluir pela incompetência do juízo – Declínio de competência de ofício. 
• III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição – SALVO SUSPEIÇÃO! 
• IV – que pronunciar o réu – A impronúncia, hoje, é recorrida por apelação. 
• V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou 
relaxar a prisão em flagrante – Medidas cautelares. 
• VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade 
• IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa 
extintiva da punibilidade; 
o No VIII se age de ofício, no IX indefere um pedido que foi feito. 
o Decisões terminativas de mérito. Causas de extinção de punibilidade. 
o Nestes casos, há possibilidade de RESE subsidiário. 
• ATENÇÃO – Todas as demais decisões, se de competência do juízo da Execução (art. 
66 LEP), caberá Agravo na Execução Penal, eis que o art. 197 LEP revogou 
tacitamente parte do art. 581 CPP. 
• O inciso XXIV não existe mais! Não existe mais conversão de multa em prisão. A 
multa será inscrita em dívida ativa. 
• ATENÇÃO – A decisão interlocutória e terminativa no bojo de uma sentença, caso 
necessário, será impugnada por APELAÇÃO (art. 593, I CPP), eis que este é o recurso 
preferível. 
o Mesmo que a discussão recaia apenas sobre a decisão interlocutória. 
 
2) Prazos e Legitimação 
• 5 dias para interposição 
o Réu/Querelado; MP/Querelante e Assistente habilitado 
o O assistente não habilitado (ofendido e seus familiares). Este poderá interpor 
recurso subsidiário. Em caso de RESE, somente poderá nos casos dos incisos 
VIII e IX. 
• 2 dias para razões e contrarrazões 
• art. 581, XIV – O Prazo é de 20 dias ao Presidente do TJ. 
 
3) Procedimento 
• O RESE/Agravo poderá subir nos autos ou por instrumento, com o fim de não sustar 
o curso da ação/execução. 
o Subirános autos quando não houver prejuizo para o andamento do processo. 
o O instrumento (traslado) é basicamenteu uma cópia. 
• A petição será endereçada ao juizo “a quo”, onde será realizado o juízo de 
prelibação, ou seja, o juízo de admissibilidade prévio. 
• Abre-se vista para rzões e contrarrazões (2 dias). 
• Concluso os autos, o Magistrado poderá se retratar (efeito regressivo) ou manter a 
decisão recorrida, quando remeterá os recurso ao tribunal competente. 
 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
1) Previsão Legal (CPP e Lei 9099/95) 
• Art. 593, I CPP - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas 
por juiz singular 
o Sentença Absolutória (386 CPP) 
o Absolvição Sumária (397 CPP) 
o Absolvição Sumária do Júri (415 CPP) 
o Sentença Condenatória (387 CPP) 
• Art. 593, II CPP – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por 
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
o Não relacionadas no art. 581 CPP. 
o Ex: Decisão que julga incidente de restituição de coisa apreendida. 
o Ex: Impronúncia. 
• Art. 593, III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
• PRIMEIRAMENTE – A Soberania (art. 5º XXXVIII CF) do Tribunal do Júri é relativa, pois 
há 04 hipóteses de recurso de uma decisão no Tribunal do Juri. 
o a - ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
▪ Aqui se pede a Anulação da Sentença (Sistema de Cassação). 
▪ ex: comunicabilidade dos jurados. 
▪ ex: testemunha que não foi intimada. 
▪ ex: advogado dativo que foi colocado no lugar do constituído. 
o b - for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão 
dos jurados; 
▪ Juiz diverge da votação dos jurados ou; 
▪ Juiz diverge da letra da lei. 
▪ Se pede a reforma da decisão. 
o c - houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança; 
▪ Erro na dosimetria da pena. 
▪ Se pede para reformar a Sentença. 
o d - for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
▪ Única hipótese em que se recorre do conselho de sentença. 
▪ Nesse caso, se pede a anulação/cassação. Somente uma única vez. 
▪ Essa alínea vem sofrendo crítica da doutrina por conta de mudança da 
lei que adicionou hipótese de absolvição genérica pelos jurados. 
• Art. 82 Lei 9099/95 - Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em 
exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
o Sentenças absolutórias e condenatórias. 
o Rejeição da Denúncia ou queixa no JECRIM. 
• Art. 76, §4º Lei 9099/95 - § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita 
pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que 
não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o 
mesmo benefício no prazo de cinco anos. § 5º Da sentença prevista no parágrafo 
anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 
o Decisões de homologação de transação penal. 
 
2) Prazos e Legitimidade 
• Interposição 
o CPP – 5 dias para MP/querelante; Réu/querelado; Assistente habilitado. 
o CPP – 15 dias para assistente não habilitado (Caso de Apelação Subsidiária – 
vítima e seus parentes) 
o Lei 9099/95 – 10 dias. 
• Razões e Contrarrazões 
o CPP – 8 dias. 
▪ No TJ (art. 600, §4º). 
o Lei 9099/95 – Junto à petição de interposição. 
 
3) Características e Efeitos 
• Apelação - (Princípio do Tantum Devolutum Quantum Apelatum). 
o Ampla – Se apela de tudo, não indica o que se está apelando. 
o Restrita – Aponta-se um ponto específico da Sentença que irá recorrer. 
• Apelação 
o Residual 
o Perferível 
• Efeito 
o Devolutivo 
o Extensivo 
o Não regressivo 
o Suspensivo – Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito 
suspensivo, salvo o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições 
de direitos e de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de 
suspensão condicional de pena. 
 
4) Procedimento 
• Petição de interposição ao Juizo “a quo” 
• Prazo para Razões e Contrarrazões (CPP) 
• Remessa ao Tribunal de Justiça 
• O recurso é distribuido (próxima aula) 
 
 
RESE E APELAÇÃO NOS TRIBUNAIS 
 
1) Procedimento 
• Haverá a distribuição para uma das câmaras ou turmas criminais, dependendo do 
Regimento Interno do TJ; 
• Será aberto vistas ao Ministério Público, que oficia em segundo grau, 
independentemente da natureza da Ação; 
• O desembargador relator (previamente sorteado) fará, inicialmente, novo Juízo de 
Admissibilidade (ou prelibação). Em seguida, lançará seu voto, dentro dos limites da 
irresignação; 
• Em seguida, o feito irá a um Desembargador revisor, que pedirá a inclusão em pauta; 
• Em Plenário, será o recurso julgado por maioria de votos, formando um Acórdão; 
 
2) Embargos Infringentes ou de Nulidade 
• Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de 
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas 
leis de organização judiciária Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de 
segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de 
nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de 
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão 
restritos à matéria objeto de divergência. 
o Exclusivo da Defesa. 
o A publicação é quando se torna público, não quando publicado no DOJ. 
• Embargos Infrigentes buscam o reexame do direito material discutido no Acórdão. 
Portanto, o pedido será de reforma. 
• Embargos de Nulidade visam reexame do procedimento (norma de direito 
processual). Assim, a finalidade é a anulação do julgado. 
 
• Pressupostos Recursais 
o Acórdão originado do julgamento do RESE ou Apelação (também serve para o 
Agravo da LEP); 
o Acórdão deve ser não unânime; 
o Sucumbência, ou seja, Acórdão desfavorável ao Réu (recurso exclusivoda 
defesa); 
▪ O MP não pode fazer uso de tais recursos, pois é autor da ação e não é 
sucumbente, porém, de acordo com a doutrina (não está na lei): MP 
pode ingressar com tais embargos quando for fiscal da lei, em prol do 
querelado. 
 
 
 
• Prazos e Procedimentos 
o A petição de interposição é direcionada ao Desembargador Relator, no prazo 
de 10 dias da publicidade do acórdão; 
o Este Relator (1º) fará prévia admissibilidade, e remeterá o caso à nova 
distribuição para novo Relator (2º); 
o O novo Relator emitirá seu voto nos exatos limites da divergência; 
o Em seguida, o feito será apreciado por novo desembargador revisor; 
o Em novo julgamento, agora com os desembargadores do primeiro, mais o 
novo relator e revisor, será confeccionado novo Acórdão 
o Deste novo acórdão não caberá mais embargos infringentes ou de nulidade, 
cabendo apenas Resp ou Rext. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Natureza Jurídica – A doutrina entende majoritariamente que são considerados Recursos, 
pois reanalisa-se uma decisão proferida em uma mesma relação processual. Para tanto, 
devem se submeter aos pressupostos recursais, com tempestividade, legitimidade, interesse 
e formalidade. 
 
Pressupostos 
• Ambiguidade – Há Interpretação dúbia do julgado ou de parte dele; 
• Contradição – O julgado tráz contradição nas proposições ou nos argumentos ou 
palavras contraditórias; 
• Obscuridade – Não há clareza no termo ou conteúdo do julgado; 
• Omissão – Há teses que, embora tenham sido discutidas, não foram alvo do julgado. 
 
Prazos 
• Art. 619 CPP – Acórdãos – 2 dias. 
• Art. 382 CPP – Sentença – 2 dias. 
• Art. 83 Lei 9099/95 – Acórdão e Sentença – 5 dias. 
 
Procedimento 
• Petição endereçada ao Prolator da decisão, apontando qual parte do julgado quer 
esclarecer 
• Haverá Juízo de Admissibilidade (Conheço ou Não Conheço) e, após, Juízo de Mérito 
(Procedo ou Não Procede) 
• ATENÇÃO – No caso de embargos com efeito modificativo (Infringente), hánecessidade da oitiva da parte contrária (contraditório) antes do julgamento. 
 
 
Efeitos 
• Os embargos de declaração conhecidos, INTERROMPEM o fluxo do prazo recursal, 
em qualquer procedimento. 
 
Princípio da Complementariedade Recursal – Possibilidade de complementar o recurso, 
toda vez que a decisão embargada for modificada (ex: MP apela uma Sentença, Réu 
embarga. Juiz modifica a sentença por conta dos embargos e abre vista para o MP, 
possibilitando a complementação de sua Apelação, tendo em vista “nova” Sentença. 
 
HABEAS CORPUS 
 
Natureza Jurídica 
o Não é um recurso, mas sim um ação popular penal constitucional. Não há 
necessidade de relação jurídica ou de reexaminar alguma decisão. O objetivo do 
Habeas Corpus é o de reaver o direito à liberdade. 
Previsão Legal 
• Direito à Liberdade de Locomoção 
• Art. 5º, LXVIII CF – Passou a ter status constitucional de direitos do cidadão. 
• Art. 647 CPP - Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos 
casos de punição disciplinar. 
• Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: I - quando não houver justa causa; II - 
quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; III - quando 
quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; IV - quando houver 
cessado o motivo que autorizou a coação; V - quando não for alguém admitido a 
prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; VI - quando o processo for 
manifestamente nulo; VII - quando extinta a punibilidade. 
o Rol exemplificativo de situações fora da legalidade da prisão processual ou 
prisão da condenação. 
o I – Justa Causa; II – Tempo; III – Competência. Etc. 
 
Pressupostos 
• Condições da Ação 
o Legitimidade 
o Possibilidade 
o Interesse 
• Constrangimento à Liberdade de Locomoção por ILEGALIADDE ou ABUSO DE PODER 
 
 
 
 
Espécies de Habeas Corpus 
• HC Liberatório ou Corretivo ou Repreensivo – O Paciente está sofrendo 
objetivamente a coação à sua liberdade. Aqui, o pedido do HC é de Liberdade do 
indivíduo, independentemente da natureza do crime ou de qualidades subjetivas. 
Não há discussão de mérito. 
• HC Preventivo – O paciente está na iminência de sofrer coação ilegal. O pedido é de 
Salvo Conduto. 
o Controle da Persecução Penal – HC com finalidade de trancar o Inquérito 
Policial ou Ação Penal, podendo até mesmo rescindir a coisa julgada. 
 
Legitimidade 
• Ativa 
o Qualquer pessoa 
o Analafbeto 
o Pessoa Jurídica 
o Estrangeiro 
o Incapaz 
o Ministério Público – cuidado aqui, pois pode haver conflito de interesses. 
• Passiva 
o Agentes Públicos – PM, PC, Juiz, Promotor, Desembargador, Ministro, etc. 
o Particular – Alguem que pratique uma ilegalidade (e não de abuso de poder). 
 
Atores (Partes) 
o Impetrante – Firma a petição. 
o Coator ou Autoridade Coatoa – Quem ordena ou mantém a prisão. Não confundir 
detentor (quem está com a pessoa) com coator. 
o Paciente – Quem sofer a coação 
 
Processamento 
o Simplicidade e Sumariamente – se leva em conta apenas se a prisão é justa. 
o Petição à autoridade competente – Sempre se pede àquele que é competente a 
julgar o crime. 
o Lugar 
o Hierarquia 
o Possibiliadde de deferimento da Liberdade em caráter liminar 
o Informações à autoridade coatora 
o Julgamento 
o Recursos 
o RESE (1º Grau) 
o RoC – STJ e STF (105 CF) 
 
MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA CRIMINAL 
 
Previsão Legal – art. 5º IIX CF e Lei 12016/09 
Cabimento – Conceito negativo, pois o MS só tem valia quando não for caso de HC e HD. 
• Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com 
abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça. 
• Ex1: Sigilo nas Investigações; 
• Ex2: Incomunicabilidade do Sujeito Delitivo; 
• Ex3: Dar efeito suspensivo aos recursos. 
Legitimados – MP, Réu, Querelante, Querelado ou 3º Interessados. 
Prazo – 120 dias do ato. 
• 120 dias ininterruptos desde a data da lesão ao direito líquido e certo. Não é prazo 
processual. Termina e começa em qualquer dia. 
• Ato – independente de ser ou não decisão. 
Competência e Procedimento – Vide Lei 12016/09 
• Lembrar que aqui o ato deve ser de agente público. 
• Precisa-se de prova pré constituída; ausência de dilação probatória. 
• A competência é igual ao HC = Territorialidade e Hierarquia. 
 
REVISÃO CRIMINAL 
 
Previsão Legal – art 621 e ss CPP 
Cabimento – Sentença Condenatória com Trântito em Julgado, nas hipóteses do art. 621 
CPP. 
• Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
o I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei 
penal ou à evidência dos autos; 
o II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos; 
o III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do 
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição 
especial da pena. 
o Novas provas – Audiência de Justificação para preparo de Revisão Criminal. 
Legitimados – O réu e seus representantes (CADI) 
Prazo – Não há prazo 
 
 
Procedimento – Vide arts. 625 e ss CPP. 
• Indenização - Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o 
direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos. 
o § 2o A indenização não será devida: 
▪ a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta 
imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de 
prova em seu poder; 
▪ b) se a acusação houver sido meramente privada. 
 
AFERIÇÃO DE PRAZOS NO PROCESSO PENAL 
• Os prazos processuais correm em cartórios, são contínuos e peremptórios; 
• Os prazos processuais penais não se interrompem por férias e dias não úteis; 
• O prazo processual penal somente tem início e fim em dias úteis; 
• Fixação do termo inicial (termo a quo) 
o Comunicação do ato processual tradicional 
▪ Por mandado de intimação – Observar a data da certidão como a data 
da intimação; 
▪ Por aviso der recebimento – Observar a data do registro feito pelo 
carteiro; 
▪ Por carta precatória – Observar a data firmada pelo oficial de justiça 
deprecado; 
▪ Intimação em cartório, audiência ou plenário – Observar a data do 
ato; 
▪ Ao MP e ao Defensor Público – A intimação é necessariamente 
pessoal, com vista dos autos . 
• No processo penal se dá a dupla intimação do réu. O polo 
passivo da relação processual só se dá devidamente intimado 
quando ambos (réu e seu defensor) forem intimados. 
o Comunicação do Ato Processual por meio eletrônico (Lei 11.416/06) 
▪ Diário da Justiça Eletrônico 
• Disponibilização ou divulgação é quando a matéria é veiculada 
pelo DJE; 
• Eleger o dia da publicação para satisfazer o ato intimatório, 
sempre como dia útil; 
• O dia da publicação será o 1º dia útil subsequente. 
▪ Sistemas de Processo eletrônico. 
• Dá-se como lida de acordo com o sistema, independentemente 
se a pessoa leu o u não. 
 
 
 
NULIDADES (SISTEMA DE INVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS) 
 
Objeto de Estudo 
• Existência, Eficácia, e Válidade. 
• Quanto de deformação (atipicidade) há no ato em estudo. 
• Validação e Invalidação. 
 
Tipicidade x Atipicidade 
• Tipicidadade do ato processual é sua adeuqação ao modelo legal. 
• Atipicidade do ato processual é sua inadequação ao modelo legal. 
o Ex: Sentença sem fundamentação; 
o Interrogatório sem a presença do advogado. 
 
Grau de Atipicidade do ato 
Independentemente da classificação (didática), toda Nulidade (invalidação) sempre 
necessita de provimento judicial neste sentido. 
• Ato inexistente 
o Tem aparência de um ato processual, mas não consegue o mínimo necessário 
(existência).Ex: Juiz leigo prolata “Sentença”, mas na verdade não o é. É 
Projeto de Sentença. 
• Mera Irregularidade 
o O grau é mínimo de atipicidade, não afetando interesses das partes e/ou do 
Estado. 
o O ato será válido e não será contestado, por conta do princípio da 
instrumentalidade das formas. 
• Ato Relativamente Nulo 
o A nulidade relativa é a deformidade do ato frente a um modelo 
infraconstitucional. 
o Há violação de direito das partes. 
o Deve ser arguída tempestivamente sob pena de Convalidação (O ato 
continuará, mesmo deformado). 
• Ato Absolutamente Nulo 
o A nulidade absoluta é a deformidade do ato frente a um modelo 
Constitucional (Princípios) ex: Ampla Defesa, Contraditório, etc. 
o Deve ser conhecida de ofício ou a requerimento, contudo, em regra, não 
preclui. 
o Prejuízo 
▪ Doutrina -> O prejuízo é presumido. 
▪ STF -> O prejuízo deverá ser provado. 
 
 
Princípios do Sistema de Nulidades 
• Instrumentalidade das Formas – O processo não é um fim em si mesmo. Certos 
vícios podem ser tolerados, caso o objetivo final seja alcançado. Menos formalidade 
e mais efetividade. 
• Princípio do Prejuízo – Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar 
prejuízo para a acusação ou a defesa (art. 563 CPP). 
o A nulidade absoluta também deve ter o prejuízo demonstrado, porém não 
preclui. 
• Princípio do Interesse – Aquele que causa a irregularidade, não pode alegar sua 
invalidação. Só pode pedir a invalidade do ato, aquele que não deu causa à sua 
atipicidade. 
• Princípio da Causalidade – A invalidação contaminará atos que foram consequentes 
ou dependentes do ato invalidado. 
• Princípio da Convalidação – Dá-se ao ato a validade que ele anteriormente não tinha. 
o Preclusão – A nulidade não é arguida e ela permanece no processo surtidno 
seus efeitos, exceto as nulidades absolutas que podem ser arguidas a 
qualquer tempo, em qualquer instancia. 
▪ Temporal – Por decurso do tempo. 
▪ Lógica – Pratica-se um ato que demonstra que aceitou o ato 
defeituoso. 
o Ratificação – Aceita-se o ato que foi praticado do jeito que ele está. 
Normalmente acontece com deslocamento de competência (ex: tráfico que 
depois descobriu ser internacional). 
▪ A ratificação é legal, normalmente, nos atos instrutórios. 
▪ Não podem ser ratificados os atos decisórios. 
o Suprimento – Alguns atos, embora nasçam deformados, podem ser 
complementados, e assim sendo, com esse suprimento, se tornam válidos 
(ex: complementação da Denuncia pelo MP). 
o Substituição 
o Trânsito em Julgado – Presume-se que todos os atos processuais anteriores 
são válidos. 
 
Nulidades em Espécie – Rol do art. 564 CPP 
• Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
• I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
• II - por ilegitimidade de parte; 
• III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
o A) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de 
contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; 
o B) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o 
disposto no Art. 167; 
o C) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e 
de curador ao menor de 21 anos; 
o D) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele 
intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime 
de ação pública; 
o E) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando 
presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; 
o F) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol 
de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; 
o G) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, 
quando a lei não permitir o julgamento à revelia; 
o H) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos 
termos estabelecidos pela lei; 
o I) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; 
o J) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua 
incomunicabilidade; 
o K) os quesitos e as respectivas respostas; 
o L) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; 
o M) a sentença; 
o N) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; 
o O) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de 
sentenças e despachos de que caiba recurso; 
o P) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal 
para o julgamento; 
• IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 
• Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas 
respostas, e contradição entre estas. 
 
 
Resolução das questões 
1) qual é o recurso e sua previsão legal (art, incisos, etc). 
2) dia, mês e ano do prazo. 
3) reformar ou invalidar o ato. 
* não vai cair embargos de declaração. 
 
2 questões só com as perguntas 1 e 2. 
2 questões com perguntas 1, 2 e 3. 
 
DISCURSIVAS: Apelação, RESE, Agravo LEP, Embargos (pra saber sair), HC, MS, RC

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