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ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE ALVENARIA ESTRUTURAL E PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS NO L

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
CLEBER DE OLIVEIRA ALVES 
EGLESON JOSÉ DOS SANTOS PEIXOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE ALVENARIA 
ESTRUTURAL E PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS 
NO LOCAL COM FÔRMAS DE ALUMÍNIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2011 
 
 
CLEBER DE OLIVEIRA ALVES 
EGLESON JOSÉ DOS SANTOS PEIXOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE ALVENARIA 
ESTRUTURAL E PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS 
NO LOCAL COM FÔRMAS DE ALUMÍNIO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do curso de Engenharia Civil do 
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da 
Universidade da Amazônia como requisito para a 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia 
Civil. 
Orientador: Prof. Msc. André Clementino de 
Oliveira Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2011 
 
 
 
 
Alves, Cleber de Oliveira e Peixoto, Egleson José dos Santos 
Estudo Comparativo de Custo Entre Alvenaria Estrutural e 
Paredes De Concreto Armado Moldadas no Local com Fôrmas de 
Alumínio/ Cleber de Oliveira Alves, Egleson José dos Santos Peixoto – 
Belém, 2011. 
84 f. 
 Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade da Amazônia, 
Graduação em Engenharia Civil, 2011. 
 
 Orientador: Profº. Msc. André Clementino de Oliveira Santos. 
 
 1. Comparativo de Custo. 2. Alvenaria Estrutural. 3. Fôrma de 
Alumínio. 4.Método Estrutural. I. Alves, Cleber de Oliveira. II. Peixoto, 
Egleson José dos Santos. III. Santos, André Clementino de Oliveira. IV. 
Título. 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à banca examinadora do Centro de Ciências 
Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia, como parte dos requisitos para a obtenção 
do título de Engenharia Civil. Após a avaliação, se aprovado, as correções/ alterações 
emitidas pela mesma, devem ser realizadas e entregues a instituição no tempo estipulado pelo 
supervisor de TCC, em caso contrário os alunos serão reprovados. 
 
 
APROVADO POR: 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
ANDRÉ CLEMENTINO DE OLIVERA SANTOS, Prof. M.Sc. em Engenharia de Produção/ 
PUC-RJ) (ORIENTADOR) 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
EVARISTO CLEMENTINO REZENDE DOS SANTOS JUNIOR, Prof. M.Sc. em 
Engenharia Civil / UnB-DF (1º MEMBRO - EXAMINADOR INTERNO) 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
ROGÉRIO MENDES, Especialista em Transportes / UFPA - PA (2º MEMBRO - CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL - EXAMINADOR EXTERNO) 
 
 
 
 
 
Belém, PA, 12 de Dezembro de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Anime-se. Pare de ser definido pelo 
que pensam de você ou como te 
desapontaram. É solitário estar no 
topo, você sabe disso”. 
 Rachel Berry
AGRADECIMENTOS 
À Deus pela benção, pelo dom da vida, por me proporcionar momentos maravilhosos e 
me fazer atingir meus objetivos. A Ele que me deu forças nas horas de agonia, fé nos 
momentos descrença e sabedoria nos momentos das escolhas difíceis. 
Aos meus amados pais, Edivaldo José da Silva Peixoto e Maria do Socorro dos Santos 
Peixoto, pelo carinho e amor incondicional, pelo esforço e incentivo financeiro, apoio e 
crença nos meus sonhos, para que eu pudesse chegar onde me encontro no momento. 
Por isso, sempre terei orgulho, honra e respeito de ser seu filho. Minha eterna gratidão. 
A minha querida irmã, Amanda Kamila Gomes dos Santos, pelo auxílio, pelo laço de 
amor e sangue que fomos unidos e também pelas horas de brigas (que não eram 
poucas), mas também por me proporcionar um sentimento fraternal único, de padrinho e 
tio, da bela, Arielly dos Santos. 
Aos meus avós, Benedito Guilherme dos Santos (in memoriam) e Joana Gomes dos 
Santos, Teodorico da Luz Peixoto e Domingas da Silva Peixoto (in memoriam), pelos 
créditos que me deram, pelo apoio amoroso e auxílio financeiro e principalmente pelas 
conversas, beijos e abraços que serão inesquecíveis. 
A minha família que sempre teve fé em mim, mas meu agradecimento especial vai pra 
minha querida tia Palmira Gomes dos Santos, que sempre foi um dos meus modelos de 
pessoa competente e dedicada, pois foi ela quem me ensinou a ler e escrever, e me 
mostrou (creio que nem ela saiba disso) como vencer quando eu acreditasse em mim. 
A minha segunda família, Cristina Farias (mãe) e minhas irmãs Bruna e Cristiane 
Pinheiro e também ao José Pinheiro (tio Zeca) e meus “cunhados” Armando e Bruno, 
que me deram horas de boa diversão, risadas fartas, muitas alegrias e acolhimento. 
Aos amigos e casal, Bruno Maia e Jéssica Amaral que são mais que amigos, são irmãos 
de coração. Além de serem pessoas maravilhosas, me deram um lindo afilhado chamado 
Carlos Eduardo (Kadu) que é a coisa mais engaçada e amável do mundo pra mim. 
Tenho um sentimento enorme por essa pessoinha. 
Aos também amigos, Elmer Lessa, Aneliése Soares, Jaciara Amaral, Juliana Desengrini, 
Lucivada Luz, Pablo Peres, Ronaldo Rodrigues, Carla Miranda, Fernando Bemerguy e 
Michel Cardoso. Essas sim são amizades pra toda a vida, neles posso encontrar o amor 
de amigos irmãos, ombros confortantes, abraços calorosos, conselhos e ajuda de 
verdade. 
Ao meu companheiro de TCC, Cleber de Oliveira Alves, pela sua paciência comigo 
(santa paciência essa, é um dom divino), pelo apoio, acolhimento, cobranças (sem elas 
isso não teria terminado), ajuda para compreender o trabalho, e também suas teorias 
(irreais e sem nexo na maioria das vezes), não esquecendo os puxões de orelha (sem 
jeito) necessários, principalmente por causa da preguiça. Também agradeço a esposa 
dele, Francirene Alves, sempre paciente comigo (ela diz que sou meio lerdo e olha que 
ela é psicóloga), pelos almoços, risadas e compreensão. 
Ao meu orientador Prof. M.Sc. André Clementino de Oliveira Santos, que me deu esta 
oportunidade de ser seu orientando, me proporcionado enorme orgulho e também 
mostrou-me um referencial único de profissional e pessoa que o faz ser sensacional no 
meu ver (quero ser como ele quando crescer). 
Egleson José dos Santos Peixoto 
 
AGRADECIMENTOS 
Minha eterna gratidão a Deus, pela vida, por me proporcionar condições de me formar 
no Curso de Engenharia Civil, por estar sempre mi iluminando e guiando nas escolhas 
certas. 
A minha esposa querida, Francirene Alves, por sua paciência e amor e pela sua ajuda 
nos momentos em que mais precisei. 
Aos meus pais: Luis Alves e Amélia Maria (in memoriam), que foram à base de tudo 
pra mim, apoiando-me nos momentos difíceis, passando confiança, especial à minha 
mãe pela inteira dedicação e mesmo sozinha deu o máximo de si para educar eu e meus 
irmãos, e por muitas vezes ter deixado de lado seus sonhos para acreditar nos meus. 
A todos os meus irmãos, avós (materno e paterno), aos meus familiares, principalmente 
a meu avô José Batista por esta sempre me ensinando a persistir nos meus objetivos e 
ajudando a alcançá-los. 
Á minha tia Tetê Santos, uma pessoa muito especial que me ajudou nos momentos mais 
difíceis da minha vida, por ter proporcionado condições para eu e meus irmãos a uma 
graduação educacional. 
A todos os familiares de minha esposa, principalmente minha sogra que me apoio e fez 
de tudo que estava em seu alcance para que este momento acontecesse. 
A todos os meus amigos que estiveram sempre juntos a mim, em especial ao Reinaldo e 
Décio pela atenção e apoio durante essa minha trajetória. 
A todos os meus amigos de turma e grupo, por cada momento juntos, por incansáveis 
momentos dedicados aos estudos, que foram muito importantes para minha graduação, 
não esquecendo do meu amigo Egleson Peixoto que também participou da realizaçãodeste trabalho. 
Aos meus amigos de trabalho, em especial a Ronny Fava e Marcelo Peracchi, por 
depositar confiança e por acreditar em meu potencial. 
Ao orientador, Prof. M.Sc André Clementino, agradeço-o pelas cobranças, exigências, 
seus conhecimentos e incentivos que foram fundamentais para a concretização deste 
projeto. 
A todos os professores que ao longo da minha graduação estivem comigo ajudando-me, 
repassando conhecimentos e confiança para minha vida profissional. 
À Universidade da Amazônia, que durante a minha trajetória foi a minha segunda casa. 
Enfim é difícil agradecer a todas as pessoas que de algum modo ou momento fizeram ou 
fazem parte em minha graduação, por isso não poderia deixar de expressar á minha 
imensa gratidão. 
Cleber de Oliveira Alves 
 
 
RESUMO 
 
ALVES, Cleber O.; PEIXOTO, Egleson J. S. (2011). Estudo comparativo de custo entre 
alvenaria estrutural e paredes de concreto armado moldadas no local com fôrmas de 
alumínio. TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro de Ciências Exatas e 
Tecnologia, Universidade da Amazônia, Belém, 2011. 
 
 
A definição do método estrutural para um projeto é de fundamental importância para o 
custo da obra, pois a partir deste serão feitos os projetos complementares necessários 
para compatibilização de todos os outros, portanto, esta escolha requer estudos 
preliminares. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho é apresentar o estudo 
comparativo entre a Alvenaria Estrutural e as Paredes de Concreto Armado Moldadas 
no Local com Fôrma de Alumínio, tendo como base de análise duas construções de 
portes diferentes, ainda em fase de projeto, sendo dimensionadas pelos dois métodos 
construtivos do qual este trabalho se prepõe, visando retirar as principais informações e 
alimentar com esses dados uma planilha de parametrização, que nos levará a análise de 
viabilidade. E, desta análise, observou-se que a viabilidade construtiva do método 
depende do porte da construção, sendo que em obras de residências isoladas sua 
viabilidade é com a Alvenaria Estrutural, enquanto que obras residenciais verticais já 
tem menos custo com a utilização do método executivo das Paredes de Concreto 
Armado Moldadas no Local com Fôrma de Alumínio. 
PALAVRAS-CHAVE: Método Estrutural. Comparativo de Custo. Alvenaria 
Estrutural. Paredes de Concreto Armado Moldadas no Local. Fôrma de Alumínio. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
ALVES, Cleber O.; PEIXOTO, Egleson J. S. (2011). A Comparative study of cost 
between structural masonry and walls reinforced concrete cast in place with 
aluminum mold. CBT (Graduation in Civil Engineering) – Center for Science and 
Technology, Universidade da Amazônia, Belém, 2011. 
 
 
The definition of the structural method for a project is of fundamental importance to the 
cost of the construction, because from it will be necessary to make project compatibility 
of all others. Thus, this choice requires preliminary studies. So, the main objective of 
this work is to present a comparative study between structural masonry and walls 
reinforced concrete cast in place with aluminum mold, based on analysis of two 
buildings of different sizes, still in the design phase, being scaled by the two 
construction methods, in order to remove the key information and feeding that data to a 
spreadsheet of parameters that will lead to feasibility analysis. And this analysis, it was 
observed that the viability of the constructive method depends of the constructive size, 
being residential construction isolated its viability is with structural masonry, while 
vertical residential construction has less costs when used the method executive of walls 
reinforced concrete cast in place with aluminum mold. 
KEY WORDS: Structural Method, Comparative Cost. Structural Masonry. Walls 
Reinforced Concret Cast in Place. Aluminum Mold. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURA 
Figura 01 - Projeto modulado em um retículo espacial de referência. ........................... 23 
Figura 02 - Exemplo da família de blocos de concreto. ................................................. 24 
Figura 03 - Exemplo da família de blocos cerâmico. ..................................................... 24 
Figura 04 - Exemplo de amarração em paredes tipo L, T e X. ....................................... 25 
Figura 05 - Marcação da 1ª fiada de alvenaria. .............................................................. 26 
Figura 06 - Levantamento de alvenaria. ......................................................................... 27 
Figura 07 - Marcação dos pontos da ferragem vertical. ................................................. 27 
Figura 08 - Grauteamento da canaleta. ........................................................................... 28 
Figura 09 - Instalações Hidro sanitárias. ........................................................................ 28 
Figura 10 – Instalações Elétricas. ................................................................................... 29 
Figura 11 - Formas de Alumínio. ................................................................................... 32 
Figura 12 - Forma Plasticas. ........................................................................................... 32 
Figura 13 - Formas em Aço ............................................................................................ 33 
Figura 14 – Forma em Est. a de aço galvanizado e chapa de compensado plastificado. 34 
Figura 15 – Forma metálica revestida com chapa de laminado fenólico de alta pressão.
 ........................................................................................................................................ 34 
Figura 16 - Estrutura metálica e chapa compensada. ..................................................... 35 
Figura 17 - Estrutura metálica e chapa de compensado 12 mm. .................................... 36 
Figura 18 - Fundação tipo radier. ................................................................................... 40 
Figura 19 – Montagem de armadura principal. .............................................................. 41 
Figura 20 - Posicionamentos das tubulações elétricas.................................................... 41 
Figura 21 - Posicionamenos das tubulações elétricas e hidráulicas. .............................. 42 
Figura 22 - Espaçadores plásticos nas ferragens. ........................................................... 42 
Figura 23 - Espaçadores plásticos nos eletrodutos. ........................................................ 43 
Figura 24 - Aplicação do desmoldante. .......................................................................... 43 
Figura 25 - Montagem dos painéis internos de fôrmas de alumínio. ............................. 44 
Figura 26 - Montagem pareada dos painéis intermos e externos simultâneos. .............. 44 
Figura 27 - Posicionamento das buchas que determina a espessura das paredes. .......... 45 
Figura 28 - Posicionamento das buchas que determina a espessura das paredes. ......... 45 
Figura 29 - Réguas para alinhamentos dos painéis......................................................... 46 
Figura 30 - Escoramento das lajes. ................................................................................. 46 
Figura 31 - Instalação de eletrodutos e pontos de luz em laje-piso. ............................... 47 
Figura 32 - Teste de Slump. ........................................................................................... 47 
Figura 33 - Teste de Slump. ........................................................................................... 48 
Figura 34 - Pontos para incio da concretagem. .............................................................. 48 
Figura 35 - Concretagem das paredes. ........................................................................... 49 
Figura 36 - Concretagem da laje. ...................................................................................50 
Figura 37 - Escoras metálicas. ........................................................................................ 51 
Figura 38 - Limpeza das formas. .................................................................................... 51 
Figura 39 - Planta Baixa do Térreo da Residência Unifamiliar ..................................... 59 
Figura 40 - Planta Baixa do Pavimento Superior da Residência Unifamiliar ................ 59 
Figura 41 - Vistas Frontais e Laterais da Residência Unifamiliar .................................. 60 
Figura 42 - Cortes frontais e laterais da Residência Unifamiliar ................................... 60 
Figura 43 - Planta Baixa do Térreo do Residencial Multifamiliar ................................. 68 
Figura 44- Planta Baixa dos Pav. Tipos do Residencial Multifamiliar .......................... 68 
Figura 45 - Vistas e Cortes (Frontais e Laterais) ............................................................ 68 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 01 - Tabela comparativa dos sistemas de fôrmas. .............................................. 39 
Tabela 02 - Planilha de Parametrização de Custo - Informações Gerais........................ 54 
Tabela 03 - Dados básicos de entrada ............................................................................ 55 
Tabela 04 - Planilha de Parametrização de Custo - Dados da Alvenaria Estrutural. .... 56 
Tabela 05 - Planilha de Parametrização de Custo - Dados das Paredes de Concreto.... 57 
Tabela 06 - Planilha de Parametrização de Custo - Comparativo Analítico ................. 58 
Tabela 07 - Planilha de Parametrização de Custo - Comparativo Simplificado ........... 58 
Tabela 08 - Quadro de Parametrização de Custo - Informações gerais da obra Unifamiliar ... 61 
Tabela 09 -Dados básicos de entrada da Residência Unifamiliar ................................. 62 
Tabela 10 -Dados básicos de entrada da Residência Unifamiliar ................................. 62 
Tabela 11 - Dados da Alvenaria Estrutural da Residência Unifamiliar. ........................ 63 
Tabela 12 - Quadro de Parametrização de Custo - Dados das Paredes de Concreto ..... 64 
Tabela 13 - Comparativo Analítico da Residência Unifamiliar ..................................... 65 
Tabela 14 - Comparativo Analítico da Residência Unifamiliar ..................................... 66 
Tabela 15 - Comparativo Simplificado – Resumo de custo da Residência Unifamiliar ..... 67 
Tabela 16 - Quadro de Parametrização de Custo - Informações gerais da obra Multifamiliar . 69 
Tabela 17 - Dados básicos de entrada da Residencial Multifamiliar ............................ 70 
Tabela 18 - Dados básicos de entrada da Residencial Multifamiliar ............................ 70 
Tabela 19 - Dados da Alvenaria Estrutural do Residencial Multifamiliar. .................... 71 
Tabela 20 - Quadro de Parametrização de Custo - Dados das Paredes de Concreto ..... 72 
Tabela 21 - Comparativo Detalhado do Residencial Multifamiliar ............................... 73 
Tabela 22 - Comparativo Detalhado do Residencial Multifamiliar ............................... 74 
Tabela 23 - Comparativo Simplificado – Resumo de custo do Residencial Mulifamiliar .. 75 
Tabela 24- Aumento do número de unidades habitacionais do Residencial Multifamiliar . 76 
Tabela 25 - Resumo comparativo da projeção para simulação de dois prédios. ............ 77 
Tabela 26 - Aumento do número de unidades habitacionais do Residencial Multifamiliar 78 
Tabela 27 - Resumo comparativo da projeção para simulação de três prédios. ............. 79 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 01 - Gráfico de projeção de custo por prédio construído simultaneamente ................... 80 
Gráfico 02 - Gráfico de projeção de custo pelo tempo ................................................................ 80 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
ABNT 
NBR 
UNAMA 
PCAE-NA 
PCAE-PA 
PCAE-TA 
PCAE-P 
ABCP 
ABESC 
IBTS 
ACI 
DTU 
IBDA 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Norma Brasileira 
Universidade da Amazônia 
Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural Não Armada 
Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada 
Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural Totalmente Armada 
Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural Protendido 
Associação Brasileira de Cimento Portland 
Associação Brasileira de Serviços de Concretagem 
Instituto Brasileiro de Tela Soldada 
American Concrete Institute 
Documents Techniques Unifies 
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................ 17 
1.1 TEMA EM ESTUDO ........................................................................................... 17 
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 17 
1.3 OBJETIVOS ......................................................................................................... 18 
CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 19 
2.1 ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................................................ 19 
2.1.1 Histórico ........................................................................................................ 19 
2.1.2 Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural (PCAE) ........................... 20 
2.1.3 Parâmetros da Alvenaria Estrutural .......................................................... 22 
2.1.3.1 Modulação ............................................................................................... 22 
2.1.3.2 Tipos de Blocos ....................................................................................... 23 
2.1.3.3 Amarração de Paredes ............................................................................. 25 
2.1.4 Execução da Alvenaria Estrutural ............................................................. 26 
2.1.4.1 Marcação da 1ª fiada................................................................................ 26 
2.1.4.2 Levantamento da Alvenaria ..................................................................... 26 
2.1.4.3 Ferragem e Grauteamento ....................................................................... 27 
2.1.4.4 Instalações Hidráulicas, Sanitárias e Elétricas ........................................ 28 
2.1.5 Vantagens e Desvantagens da Alvenaria Estrutural ................................. 29 
2.2 PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS NO LOCAL ................ 30 
2.2.1 Histórico ........................................................................................................ 30 
2.2.2 Tipos de Forma ............................................................................................. 31 
2.2.2.1 Especificação Técnica de Formas Usadas em Parede de Concreto. ........ 31 
2.2.3 Características Gerais do Projeto ............................................................... 36 
2.2.4 Comparativo do Sistema de Paredes de Concreto com Diferentes Fôrmas . 39 
2.2.5 Processo Construtivo em Paredes de Concreto Moldadas no Local ....... 39 
2.2.5.1 Fundação .................................................................................................. 39 
2.2.5.2 Armação e Modelagem ............................................................................ 40 
2.2.5.3 Fôrmas ..................................................................................................... 43 
2.2.5.4 Lajes ........................................................................................................ 46 
2.2.5.5 Aplicação do Concreto ............................................................................ 47 
2.2.5.6 Desforma ................................................................................................. 50 
2.2.5.7 Curado Concreto ..................................................................................... 51 
2.2.5.8 Acabamento ............................................................................................. 52 
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA............................................................................. 53 
CAPÍTULO 4 – ESTUDO DE CASO ......................................................................... 54 
4.1 PLANILHA DE PARAMETRIAÇÃO DE CUSTO ............................................ 54 
4.2 RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR ........................................................................... 59 
4.2.1 Análise Comparativa de Custo da Residência Unifamiliar ...................... 60 
4.3 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR ................................................................... 67 
4.3.1 Análise Comparativa de Custo da Residencial Multifamiliar ................. 69 
4.3.2 Análise de Projeção Residencial Multifamiliar ......................................... 76 
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO .................................................................................. 81 
5.1 RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR ........................................................................... 81 
5.2 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR ................................................................... 81 
5.3 PROPOSTAS PARA ANÁLISES FUTURAS ..................................................... 82 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 83 
 
17 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 
1.1 TEMA EM ESTUDO 
Esta pesquisa visa o estudo comparativo de custo de dois métodos estruturais, 
que estão sendo utilizados com freqüência entre os empreendedores do ramo no 
mercado nacional, principalmente no mercado paraense, devido à rapidez e facilidade 
de execução oferecida por estas duas tecnologias: Alvenaria Estrutural e Paredes de 
Concreto Armado Moldadas no Local com Fôrmas de Alumínio. O objetivo deste 
estudo é demonstrar a viabilidade econômica e construtiva para edificações que utilizem 
estes métodos, para isso, irá se comparar duas obras de diferentes portes, uma casa 
térrea e uma edificação de cinco pavimentos, onde serão feitos os levantamentos 
necessários para alimentar uma planilha de parametrização para a análise que este 
trabalho se propõe. Desta forma, este trabalho, além de expor e comparar as duas 
tecnologias, levará um conhecimento sobre vantagens, desvantagens e utilização para os 
métodos citados. 
1.2 JUSTIFICATIVA 
A Alvenaria Estrutural é o um dos processos construtivos mais antigos que se 
tem conhecimento que desde a antiguidade vem sendo utilizada. Ao longo dos anos, 
este processo foi se aperfeiçoando e sendo inserido no mercado construtivo 
efetivamente como uma das alternativas mais viáveis e eficazes do ponto de vista de 
segurança e econômico. 
O método de paredes de concreto armado moldadas no local com fôrmas de 
alumínio começou a ser exposto há pouco tempo no mercado da construção civil, 
mesmo assim não ocupa um lugar relevante entre as alternativas de método executivo 
estrutural. No mercado paraense, este método ainda é desconhecido, ou simplesmente, 
não é levado em consideração devido à falta de conhecimento ou receio na utilização 
por ser uma tecnologia nova. 
Os novos processos construtivos vêm sendo utilizados como um recurso que 
ajudar minimizar o quantitativo de mão de obra ou suprir a falta dela no mercado, tendo 
em vista que nos últimos cinco anos, ocorreu uma grande demanda na construção civil, 
principalmente no mercado imobiliário que foi incentivado por programas 
governamentais, facilidade de crédito junto a instituições bancárias, crescimento da 
renda econômica, taxas e prazos acessíveis para pagamento de imóveis, entre outros. 
18 
 
Portanto, um dos focos deste trabalho será abordar os aparentes resultados satisfatórios 
para suprir a falta de mão de obra, segurança na construtibilidade e viabilidade 
econômica e executiva de edificações, mostrando qual a melhor escolha entre os dois 
métodos executivos. 
 Todos os resultados para as análises serão obtidas através de orçamentos feitos 
de obras reais, que se encontram em fase de projeto, sendo que cada obra será feita sob 
os dois métodos (Alvenaria Estrutural e Paredes de Concreto Armado Moldadas no 
Local com Fôrmas de Alumínio) e por fim fazer as devidas comparações que é a 
proposta deste trabalho. 
1.3 OBJETIVOS 
Geral: 
 Realizar um estudo comparativo de duas obras de portes distintos, utilizando 
dois processos construtivos, Alvenaria Estrutural e o processo construtivo em Paredes 
de Concreto Armado Moldadas no Local com Fôrmas de Alumínio e expor as vantagens 
e desvantagens para realização das mesmas, sob a análise da viabilidade econômica e 
construtiva. 
Específicos: 
 Conhecer o processo construtivo da Alvenaria Estrutural e da Parede de 
Concreto Armado Moldadas no Local com Fôrmas de Alumínio; 
 Comparar os dois métodos executivos de estudo deste trabalho; 
 Apresentar os dados orçamentários de duas obras (residência unifamiliar e 
residencial multifamiliar) cada obra sendo executada pelos dois métodos propostos; 
 Comparar o custo do material empregado entre os dois métodos; 
 Estimar o tempo e mão de obra para cada um dos métodos; 
 
 
19 
 
CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 ALVENARIA ESTRUTURAL 
2.1.1 Histórico 
A alvenaria está entre as mais antigas formas de construção empregadas pelo 
homem. Desde a Antigüidade ela tem sido utilizada largamente pelo ser humano em 
suas habitações, monumentos e templos religiosos. Apesar do uso intenso da alvenaria, 
apenas no início de presente século, por volta de 1920, passou-se a estudá-la com base 
em princípios científicos e experimentação laboratorial. Esta postura possibilitou o 
desenvolvimento de teorias racionais que fundamentam a arte de se projetar em 
alvenaria estrutural (ACCETTI, 1998). 
Para Kalil (2007) com o passar do tempo, foi descoberta uma alternativa para a 
execução dos vãos: os arcos. Estes seriam obtidos através do arranjo entre as unidades. 
Assim foram executadas pontes e outras obras de grande beleza, obtendo maior 
qualidade à alvenaria estrutural. Um exemplo disso é a parte superior da igreja de Notre 
Dame, em Paris. 
No final dos anos 40, se iniciaram estudos mais aprofundados sobre estruturas de 
alvenaria na Europa. Nos Estados Unidos, nos anos 50, iniciou-se o desenvolvimento de 
regras práticas para a alvenaria, resultando na publicação de códigos de construção. 
Atualmente, em países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, a alvenaria 
estrutural atinge níveis de cálculo, execução e controle similares aos aplicados nas 
estruturas de aço e concreto, constituindo-se em um econômico e competitivo sistema 
(RAUBER, 2005). 
O marco inicial da Moderna Alvenaria Estrutural aconteceu em 1951, quando foi 
edificado na Suíça um edifício de 13 andares com paredes de 37 cm de espessura em 
alvenaria estrutural não-armada, evidenciando as vantagens deste processo construtivo. 
A partir daí intensificaram-se as pesquisas, e os avanços tecnológicos, tanto dos 
materiais quanto das técnicas de execução, foram sucessivos, disseminando-se por todo 
o mundo através de diversos congressos e conferências internacionais (ROMAN, 2000). 
Rauber (2005), diz ainda que a alvenaria estrutural não-armada foi introduzida 
no Brasil, somente em 1977, na construção de edifícios de 9 pavimentos em bloco 
sílico-calcário em SP. O início da década de 80 marcou a introdução dos blocos 
cerâmicos na alvenaria estrutural. 
20 
 
Conforme Sabbatini (2002), o emprego de paredes resistentes de alvenaria na 
estrutura suporte de edifícios não se constitui em uma inovação tecnológica recente. Na 
realidade até o início deste século a alvenaria era o mais utilizado, seguro e durável 
material estrutural e o único aceito na estruturação de edificações de grande porte.Segundo Coêlho (1998) a alvenaria estrutural hoje sem dúvida alguma, é um dos 
métodos mais colocados em prática, na área da construção civil. Este processo 
construtivo, por fazer parte de um sistema de construção industrializada, tem sido 
aprimorado em sua utilização, no que diz respeito ao uso de novos materiais, uma vez 
que, também, desde sua fundação, tem-se utilizado o princípio construtivo das 
Alvenarias Estrutuais. 
Com início da produção de Blocos de concreto de alta resistência em 1966, a 
Reago assumiu em caráter de pioneirismo a introdução da alvenaria estrutural com 
blocos vazados de concreto no mercado da construção civil. (TAUIL e RACCA, 1981) 
 Este processo tornou-se uma solução para projetos de pequenos prédios, pela 
simplicidade do processo. Isso, porém, contribui, satisfatoriamente, em diversos fatores 
para a abertura de uma aceitação por parte do público alvo, e dando, por conseguinte, 
maior desempenho por parte das construtoras na opção pelo processo construtivo que, 
para nós, parece ser novo, mas na verdade, é uma técnica antiga que ressurgiu no Brasil 
(COÊLHO, 1998). 
2.1.2 Processo Construtivo de Alvenaria Estrutural (PCAE) 
Para Sabbatini (2002) é um específico modo de se construir edifícios que se 
caracterizam por empregar como estrutura suporte paredes de alvenaria e lajes 
enrijecedoras, por também serem dimensionados segundo métodos de cálculo racionais 
e de confiabilidade determinável e ter um alto nível de organização de produção de 
modo a possibilitar projetos e construção racionais. 
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo que utiliza peças industrializadas 
de dimensões e peso que as fazem manuseáveis, ligadas por argamassa, tornando o 
conjunto monolítico. Estas peças industrializadas podem ser moldadas em: Cerâmica, 
Concreto ou Sílico-calcário. (BONACHESKI, 2006 apud KALIL, 2007). 
A diferença fundamental entre o uso tradicional da alvenaria e a alvenaria 
estrutural é que este último é de dimensionamento e construção racional, enquanto que, 
na alvenaria convencional, a estrutura é dimensionada e construída empiricamente. O 
dimensionamento através de cálculo estrutural, com fundamentação técnico-científica, 
21 
 
permite a obtenção de edifícios com segurança estrutural conhecida, semelhante à 
obtida com estruturas reticuladas de concreto armado, e compatível com as exigências 
da Sociedade Brasileira para edifícios multipavimentos (SABBATINI, 2002). 
Este tipo de processo construtivo também é chamado de alvenaria auto portante, 
pois são destinadas a absorver as cargas das lajes e sobrecarga, sendo necessário para o 
seu dimensionamento à utilização da NBR 10837 e NBR 8798, observando que sua 
espessura nunca deverá ser inferior a 14,0 cm (espessura do bloco) e resistência à 
compressão mínima fbk ±4,5 MPa. (NASCIMENTO, 2002). 
Neste processo construtivo, existem as subdivisões do tipo de alvenaria auto 
portante, dependendo da forma de utilização, tais como: 
 PCAE Não-Armada (PCAE-NA) que empregam como estrutura suporte 
paredes de alvenaria sem armação. Os reforços metálicos são colocados apenas com 
finalidades construtivas (em cintas, vergas, contravergas, na amarração entre paredes e 
nas juntas horizontais com a finalidade de evitar fissuras localizadas). 
 PCAE Parcialmente Armada (PCAE-PA) que empregam como estrutura 
suporte paredes de alvenaria sem armação e paredes com armação. Estas últimas se 
caracterizam por terem os vazados verticais dos blocos preenchidos com graute (um 
micro-concreto de grande fluidez) envolvendo barras e fios de aço. Os PCAE-PA são 
dimensionados como os PCAE-NA, porém, quando no dimensionamento surgem 
trechos da estrutura com solicitações que provoquem tensões acima das admissíveis, 
estes trechos são dimensionados como alvenaria armada (SABBATINI, 2002). 
 PCAE Totalmente Armada (PCAE-TA) alvenaria estrutural armada de blocos 
vazados de concreto, é aquela construída com blocos vazados de concreto, assentados 
com argamassa, na qual certas cavidades são preenchidas continuamente com graute, 
contendo armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, além 
daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de amarração (ABNT, NBR-10837). 
 PCAE Protendida (PCAE-P), é reforçada por uma armadura ativa (pré-
tensionada) que submete a alvenaria a esforços de compressão (RAUBER, 2005). 
Na alvenaria estrutural as paredes funcionam como os elementos estruturais a 
edificação. A estabilidade do conjunto dependerá do correto arranjo espacial das 
paredes, que deverão resistir às cargas verticais (peso próprio e cargas de ocupação) e 
às cargas laterais (ação do vento, empuxo da terra, etc.), sendo que as laterais deverão 
22 
 
ser absorvidas pelas lajes e transmitidas às paredes estruturais paralelas à direção do 
esforço lateral (ROMAN, 2000). 
Ainda, segundo Roman (2000) uma parede de alvenaria pode suportar pesadas 
cargas verticais e horizontais paralela ao seu plano, mas é comparativamente fraca às 
cargas horizontais que atuam perpendicularmente ao seu plano. O grande desafio do 
projetista é, portanto, minimizar as tensões de tração que possam vir a aparecer. Com 
este propósito, podem ser adotados os seguintes procedimentos: 
 Troca da forma das paredes; 
 Arranjo apropriado (distribuição uniforme) das paredes, buscando uma 
distribuição homogênea das cargas verticais; 
 O arranjo deve ser pensado de maneira que as paredes sejam dispostas sempre 
em duas direções, para que se estabilizem e se enrijeçam mutuamente, anulando os 
esforços horizontais; 
 Utilização das lajes para aplicação das cargas verticais nas paredes, amarração 
da estrutura e distribuição das cargas horizontais (a laje deve funcionar como um 
diafragma rígido); 
 Utilização de escadas, poços de elevadores e de condução de dutos para 
obtenção de rigidez lateral; 
 Utilização de plantas simétricas, com peças de dimensões não muito grandes; 
 Repetição do mesmo arranjo arquitetônico em todos pavimentos, sobrepondo 
elementos sujeitos à compressão. 
2.1.3 Parâmetros da Alvenaria Estrutural 
2.1.3.1 Modulação 
A modulação é fundamental para a economia e a racionalização da edificação 
em alvenaria estrutural. Modular um arranjo arquitetônico significa acertar suas 
dimensões em planta e também o pé-direito da edificação, através das dimensões das 
unidades, com o objetivo de reduzir ao máximo os cortes e ajustes na execução das 
paredes. Há dois tipos de modulação: a horizontal e a vertical, tal como ilustra a Figura 
01 (BONACHESKI, 2006 apud KALIL, 2007). 
Os detalhes construtivos fornecidos pelo projetista devem conter todas as 
informações necessárias para a confecção das alvenarias estruturais. As medidas 
modulares dos blocos são uma das principais exigências, pois são de fundamental 
importância para a racionalização da construção. (COÊLHO, 1998). 
23 
 
Ainda segundo Coêlho (1998) o projeto deve ser modulado objetivando, assim 
facilitar sua execução até no que diz respeito à utilização de outros produtos 
padronizados além de minimizar o custo da construção. Todas as dimensões horizontais 
precisam ser fornecidas em múltiplo a metade do comprimento do bloco, enquanto que 
na vertical as medidas devem ser fornecidas em múltipla da altura nominal do bloco. 
É importante que haja uma interação do projetista estrutural com o arquiteto 
durante a fase de elaboração do projeto arquitetônico, pois a escolha da modulação 
define as dimensões possíveis a serem utilizadas no projeto (ACCETTI, 1998). 
 
Figura 01 - Projeto modulado em um retículo espacial de referência. 
Fonte: ROMAN, 2000. 
2.1.3.2 Tipos de Blocos 
Conforme Accetti (1998) a primeira definição a ser feita é o tipo de bloco que 
será utilizado. Para tanto, devem ser consideradas todas as características dos materiais 
e produtos existentes no mercado onde será construído o edifício, para que seja tomada 
uma decisãosegura, econômica e com um conforto ambiental adequado à finalidade a 
que se destina. Existem vários tipos de blocos, sendo os principais: os blocos de 
concreto (ver Figura 02), os blocos cerâmicos (ver Figura 03), os blocos sílico-calcários, 
com as mais variadas dimensões e resistências. 
24 
 
 
Figura 02 - Exemplo da família de blocos de concreto. 
Fonte: RAUBER, 2005. 
 
Figura 03 - Exemplo da família de blocos cerâmico. 
Fonte: PALLOTTI, 2003 apud RAUBER, 2005. 
Os Blocos de concreto, tal como ilustrado na Figura 02, são obtidos por 
prensagem e vibração de concretos com consistência seca, dentro de formas de aço com 
25 
 
dimensões regulares, devendo ser curados em ambiente com alta umidade por pelo 
menos 7 dias. Normalmente são assentados na posição em que os furos estejam na 
vertical, contribuindo para que pequenas áreas de argamassa entrem em contato para a 
colagem entre os blocos. Utilizados há muitos anos para alvenaria auto portante e de 
vedação, deve-se evitar o uso quando se apresentarem ainda com umidade elevada, 
devido ao alto índice de retração e variação dimensional (ABNT - NBR 7173,1982). 
2.1.3.3 Amarração de Paredes 
Estudos realizados, mediante modelagem por elementos finitos, demonstram a 
grande influência das amarrações entre paredes estruturais na distribuição de tensões, o 
que consiste num dos mecanismos essenciais do seu desempenho estrutural, tanto da 
capacidade portante individual dos painéis, como do conjunto da edificação. 
(CORRÊA; RAMALHO, 1989 apud ACCETTI, 1998). 
Vilató e Franco (2000) dizem que na amarração da alvenaria nos cantos, o 
procedimento que melhor satisfaz a transmissão dos esforços entre painéis e a 
simplicidade de execução, seria o de alternar um bloco de cada painel a cada fiada, 
como mostra a Figura 04. 
A amarração de paredes contribui na prevenção do colapso progressivo, pois 
provê a estrutura de caminhos alternativos para transferência de forças no caso de 
ocorrência de uma ruína localizada provocada por uma ação excepcional. Além disso, a 
amarração serve de contraventamento para as paredes (ACCETTI, 1998). 
 
Figura 04 - Exemplo de amarração em paredes tipo L, T e X. 
Fonte: Vilató e Franco, 2000. 
26 
 
2.1.4 Execução da Alvenaria Estrutural 
2.1.4.1 Marcação da 1ª fiada 
A primeira fiada deve ser executada com precisão, pois as outras irão ser feitas 
conforme o posicionamento dos blocos colocados nela. Antes de iniciar a marcação 
estude bem os projetos de modulação, marque na laje ou cintamento os eixos da 
alvenaria e da obra, sempre verificando o esquadro e assim iniciar a marcação pelos 
cantos das paredes externas (ver Figura 05). 
 
Figura 05 - Marcação da 1ª fiada de alvenaria. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
2.1.4.2 Levantamento da Alvenaria 
 Deve-se colocar os escantilhões e esticar as linhas, em seguida coloca-se a 
argamassa de cada bloco da fiada assentada, na medida certa da junta horizontal, 
coloque dois cordões verticais de argamassa num dos lados menores do bloco que vai 
assentar, um de cada lado, na medida certa. 
Somente após as etapas anteriormente citadas, assente os blocos estruturais e 
coloque-o no nível, com a ajuda da linha e da régua com bolha, acertando o prumo e o 
alinhamento do bloco com a ajuda da régua com bolha. Seguir os mesmo passos para a 
continuação da elevação das paredes (ver Figura 06). 
27 
 
 
Figura 06 - Levantamento de alvenaria. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
2.1.4.3 Ferragem e Grauteamento 
Verificar em projeto os locais de chumbamento (ver Figura 07) e 
posicionamento da ferragem vertical e horizontal das paredes. A ferragem é colocada 
solta, tanto verticalmente nos furos, quanto horizontalmente nas canaletas dos blocos. O 
graute é feito com cimento, areia e pedrisco e deve ter bastante água, para preencher 
todos os vazios. O graute deve ser lançado nos furos dos blocos no máximo a cada seis 
fiadas. Nas canaletas, o graute é lançado ao longo da fiada da mesma, como mostra a 
Figura 08. 
 
Figura 07 - Marcação dos pontos da ferragem vertical. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
28 
 
 
Figura 08 - Grauteamento da canaleta. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
2.1.4.4 Instalações Hidráulicas, Sanitárias e Elétricas 
As tubulações hidráulicas descem por "shafts" ou em paredes com espessura 
menor e horizontalmente são colocadas na canaleta (ver Figura 09), que depois são 
preenchidas. Os blocos de paredes estruturais não podem ser cortados para a passagem 
de tubulações. Os furos dos blocos em paredes estruturais não podem ser usados para a 
passagem de tubulações hidráulicas ou de gás. Os eletrodutos passam pelos furos dos 
blocos e devem ser colocados à medida que se levanta a parede (ver Figura 10). Os 
blocos com rasgos para caixas de interruptores e tomadas devem ser assentados nos 
lugares certos, conforme as paginações. Dar especial atenção para o lugar certo de 
assentamento dos blocos com rasgos para as caixas. 
 
Figura 09 - Instalações Hidro sanitárias. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
29 
 
 
Figura 10 – Instalações Elétricas. 
Fonte: Múltipla Engenharia, 2011. 
2.1.5 Vantagens e Desvantagens da Alvenaria Estrutural 
 Segundo Camacho (2001) a experiência tem demonstrado que o conveniente 
emprego da alvenaria estrutural pode trazer as seguintes vantagens técnicas e 
econômicas: 
 Simplificação das técnicas de execução; 
 Menor diversidade de materiais empregados; 
 Redução da mão-de-obra; 
 Economia de formas; 
 Maior rapidez de execução. 
 Eliminação de interferências, no cronograma executivo, entre os subsistemas: a 
existência de apenas um elemento para assumir as múltiplas funções de ambos é 
bastante vantajosa, não só pela facilidade construtiva que proporciona, mas também por 
eliminar problemas que surgem nas interfaces entre estes subsistemas. 
E o mesmo autor ainda diz que a principal desvantagem é a limitação do projeto 
arquitetônico pela concepção estrutural, que não permite a construção de obras 
arrojadas. Outra desvantagem é a impossibilidade de adaptação da arquitetura para um 
novo uso, assim como o desempenho da alvenaria é altamente influenciado por fatores 
30 
 
inerentes à maneira como ela é executada, isso exige controle eficiente tanto de 
materiais empregados como do componente da alvenaria. Mão de obra qualificada e 
bem treinada e uma constante fiscalização são imprescindíveis. 
2.2 PAREDES DE CONCRETO ARMADO MOLDADAS NO LOCAL 
2.2.1 Histórico 
 Ainda em fase de expansão no Brasil, o sistema construtivo "paredes de 
concreto" é amplamente utilizado em alguns países da América do Sul, como Chile e 
Colômbia. 
 Em 2006, um grupo de profissionais da área da construção, liderados pelas 
entidades ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), ABESC (Associação 
Brasileira de Serviços de Concretagem) e IBTS (Instituto Brasileiro de Tela Soldada) 
realizou uma visita técnica às capitais dos dois países sul americanos para conhecer 
mais sobre as edificações feitas com paredes de concreto moldadas in loco. Ao conhecer 
em detalhes obras visitadas em Bogotá e Santiago, os profissionais brasileiros puderam 
verificar que o sistema é muito popular e pode trazer ótimos resultados tanto em 
habitações populares, quanto de médio e alto padrão. 
 Conforme Renato Faria (2009), 
a Rodobens Negócios Imobiliários foi a primeira a adotar o novo sistema 
construtivo para a execução de seus empreendimentos Terra Nova. No final 
de 2006, a empresa recebia os primeiros jogos de fôrmas de plástico para a 
execução das casas de um condomínio localizado em São José do Rio Preto 
(SP). 
De acordo com o diretor técnico da Rodobens, Geraldo Cêsta, o contrato de locação das 
fôrmas plásticas ocorreu no mesmo tempo que o processo de compra, nos Estados Unidos, do 
sistema de alumínio. "Devido aos trâmites burocráticos, frete, entre outros, os painéis 
importados demoraram alguns meses maispara desembarcar aqui", explica Cêsta. 
 O método é inspirado em experiências consagradas e bem-sucedidas de 
construções industrializadas em concreto celular (sistema Gethal) e concreto 
convencional (sistema Outinord), que eram mundialmente conhecidas nas décadas de 70 
e 80. Porém, devido à falta de quantidade e de continuidade de obras nesses padrões, as 
limitações financeiras da época, essas tecnologias não se consolidaram no mercado 
brasileiro (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
31 
 
 No sistema construtivo de paredes de concreto moldada “in loco” a vedação e a 
estrutura são compostas por esse único elemento, tendo embutidas as instalações 
elétricas, hidráulicas e as esquadrias. É um método de construção racionalizado que 
oferece produtividade, qualidade, economia e a redução do déficit habitacional. O 
sistema possibilita a construção de casas térreas, assobradadas, edifícios de até cinco 
pavimentos padrão, edifícios de oito pavimentos padrão com esforços de compressão, 
até 30 pavimentos padrão e com mais de 30 pavimentos - considerados casos especiais e 
específicos. (Op. cit., 2009). 
 Nos últimos anos o volume de lançamentos das construtoras tem tido um grande 
crescimento da demanda por imóveis, principalmente de médio e alto padrão. Tendo 
uma penetração do sistema construtivo em estrutura de concreto moldada “in loco” na 
construção de habitações, uma vez que a construção convencional não se mostrou uma 
solução economicamente viável para o mercado (FARIA, 2009). 
2.2.2 Tipos de Forma 
Conforme Faria (2009) existem diversos tipos de formas para esse sistema 
construtivo, os tipos mais utilizados no mercado são as fôrmas de Alumínio Forsa, 
Sistema Modular Metro Form, Fôrma HF Rohr, Concreform - Morar SH, Fôrma Leve 
Pashal. 
2.2.2.1 Especificação Técnica de Formas Usadas em Parede de Concreto. 
 Fôrma de Alumínio Forsa 
Tipo de fôrma: Alumínio (ver Figura 11) 
Peso do painel: 20 kg/m² 
Equipamento para transporte: Nenhum (manoportável). 
Reutilizações: Tempo indeterminado, se respeitadas as condições de uso e 
manuseio. 
Peças soltas: Passadores, cunhas e amarradores. 
Resistência à pressão: 47 kN/m² 
Altura do painel: 2,10m 
32 
 
 
 
Figura 11 - Formas de Alumínio. 
Fonte: Engemix 
 Sistema Modular Metro Form 
Tipo de fôrma: Plástico de engenharia (ver Figura 12) 
Peso do painel: 9,0 kg/m² 
Equipamento para transporte: Nenhum (manoportável) 
Reutilizações: Mais de 100 vezes 
Peças soltas: Travas de união dos painéis 
Resistência à pressão: De acordo com dimensionamento do travamento metálico 
Altura do painel: Qualquer altura múltipla de 0,50 cm 
 
Figura 12 - Forma Plasticas. 
Fonte: Revista Téchne, Fevereiro de 2009 
33 
 
 Fôrma HF Rohr 
Tipo de fôrma: Estrutura metálica e chapa de contato em aço (ver Figura 13). 
Peso do painel: 32 kg/m². 
Equipamento para transporte: Sistema manual, podendo compor quadros que 
necessitam de equipamentos como grua ou guindaste. 
Reutilizações: 100 vezes. 
Peças soltas: Grapa, alinhadores, mordaça, escoras de prumo, tensor, console e 
montante (plataforma de trabalho) e passador. 
Resistência à pressão: 60 kN/m². 
Altura do painel: 0,3 m a 2,4 m. 
 
Figura 13 - Formas em Aço 
Fonte: Equipe de Obras, Julho de 2011 
 Concreform - Morar SH 
Tipo de fôrma: Estrutura de aço galvanizado e chapa de compensado plastificado 
(ver Figura 14). 
Peso do painel: 35 kg/m². 
Equipamento para transporte: Manoportável ou em conjuntos montados, por 
meio de grua. 
Reutilizações: Cerca de 50 reutilizações (chapa de compensado); a durabilidade 
da estrutura gira em torno de 10 a 15 anos. 
Peças soltas: Barras de ancoragem e porcas, grampos de alinhamento. 
Resistência à pressão: 60 kN/m². 
Altura do painel: 2,70 m. 
34 
 
 
Figura 14 – Forma em Est. a de aço galvanizado e chapa de compensado plastificado. 
Fonte: Soluções para Cidades 
 Fôrma Leve Pashal 
Tipo de fôrma: Estrutura metálica e revestida com chapa de laminado fenólico de 
alta pressão (ver Figura 15). 
Peso do painel: 40 kg/m². 
Equipamento para transporte: Nenhum (manoportável). 
Reutilizações: Até 120 vezes, dependendo do manuseio. 
Peças soltas: Parafusos (barra de ancoragem, porcas com flange, chaves de engate 
rápido e travas), perfis e suportes para alinhamento. 
Resistência à pressão: 50 kN/m². 
Altura do painel: 1,25 m. 
 
Figura 15 – Forma metálica revestida com chapa de laminado fenólico de alta pressão. 
Fonte: Revista Téchne, Fevereiro de 2009 
35 
 
 Frami 270 Doka 
Tipo de fôrma: Estrutura metálica e chapa compensada (ver Figura 16). 
Peso do painel: 30,8 kg/m² 
Equipamento para transporte: Manoportável. Com grua ou guincho, pode ser 
transportado em conjuntos montados de painéis. 
Reutilizações: Estrutura metálica - número indeterminado / chapa compensada – 
aproximadamente 60 vezes, dependendo do manuseio. 
Peças soltas: Grampos de união, ancoragens, consoles de trabalho e escoras de 
prumo. 
Resistência à pressão: 40 kN/m². 
Altura do painel: 2,70 m. 
 
Figura 16 - Estrutura metálica e chapa compensada. 
Fonte: Revista Téchne, Fevereiro de 2009 
 Sistema Comain Ulma 
Tipo de fôrma: Estrutura metálica e chapa de compensado 12 mm (ver Figura 17). 
Peso do painel: 35 kg/m². 
Equipamento para transporte: Manoportável. É possível o içamento de conjuntos de 
painéis com grua ou guindaste. 
Reutilizações: entre 50 e 80 vezes, por chapa de compensado. 
Peças soltas: Chavetas de união para os painéis e alinhadores horizontais e verticais. 
Resistência à pressão: 40 kN/m². 
Altura do painel: 120 cm e 150 cm. 
36 
 
 
 
Figura 17 - Estrutura metálica e chapa de compensado 12 mm. 
Fonte: Revista Téchne, Fevereiro de 2009 
Para Faria (2009) a escolha do sistema de fôrmas mais adequado às necessidades 
de sua obra, deve ser analisada a produtividade média, peso por m², número de peças 
soltas, durabilidade da chapa, durabilidade da estrutura da chapa, solução para oitões e 
tipo de fixação de portas, janelas, caixas elétrica e outros. 
2.2.3 Características Gerais do Projeto 
 Segundo Misurelli e Massuda (2009) para que pudesse se adequar o modelo de 
cálculo estrutural às normas técnicas brasileiras, demandou um intenso trabalho de 
pesquisa utilizando como referências normativas da ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas) NBR 6118 e da norma norte-americana ACI 318 (American Concrete 
Institute), esta última revelou uma metodologia adequada às condições brasileiras. Outra 
referência foi a francesa DTU (Documents Techniques Unifies) 23.1, que já foi apoiada 
em normas praticadas no México e Colômbia, segundo a opinião de calculistas 
renomados também contribuiu para o estudo do modelo brasileiro. Hoje, paralelamente 
à formação de um comitê para estudo e redação da norma brasileira, os apoiadores do 
sistema de paredes de concreto desenvolvem práticas recomendadas para 
dimensionamento de estruturas de pequeno porte, casas térreas, assobradadas e edifícios 
de até cinco pavimentos (Op. cit., 2009). 
 A moldagem "in loco" dos elementos estruturais, paredes de vedação, é a 
principal característica desse sistema construtivo. Todas as paredes são moldadas em 
37 
 
uma única etapa de concretagem, permitindo que, após a retirada das fôrmas, as paredes 
já contenham em seu interior todos os elementos embutidos, como tubulações elétricas e 
hidráulicas, elementos de fixação, caixilhos de portas e janelas (MISURELLI; 
MASSUDA, 2009). 
 No Brasil, são quatro os tipos de concreto recomendados para esse sistema 
construtivo: concreto celular, concreto com elevado teor de ar incorporado (até 
9%), concreto com agregados leves ou com baixa massa específica, concreto 
convencional ou concreto auto adensável (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 A concretagem, e todas as ações precedentes são fundamentais para que a 
estrutura executada corresponda ao projeto estrutural, garantindo a durabilidade e a 
qualidade desejadas(MISURELLI; MASSUDA, 2009). Para garantir uma produção 
mais eficiente, com ganhos de tempo, é preferível a utilização de concretos dosados em 
centrais e fornecidos ao canteiro em caminhões betoneira, o que resulta em melhores 
controles da qualidade de agregados, medidas em peso, precisão de volumes, garantia 
da concreteira quanto ao desempenho do concreto recebido. (Op. cit., 2009). 
O tempo de transporte decorrido entre o início da mistura, contado a partir da 
primeira adição de água até a entrega do concreto na obra, deve ser inferior a 90 
minutos. Esse tempo deve ser definido de modo que o fim do adensamento não ocorra 
após o início da pega do concreto lançado, não deve ultrapassar 150 minutos o tempo 
entre o início da mistura na central de produção e o final de descarga do concreto na 
obra, evitando-se a formação de junta fria entre camadas. (MISURELLI; MASSUDA, 
2009). No caso de concreto auto adensável (Tipo N), o bombeamento e lançamento 
devem ocorrer no máximo 40 minutos após a colocação do aditivo hiperfluidificante, o 
que geralmente é feito na obra. Já o concreto celular (Tipo L1) deve ser lançado na 
fôrma em até 30 minutos após a conclusão do processo de mistura da espuma. (Ibid., 
2009). 
Verifique se o concreto está com a consistência desejada e se não ultrapassou o 
abatimento (slump) ou o espalhamento (flow) limite especificado no documento de 
entrega. Caso o abatimento seja inferior ao indicado na nota fiscal, adicione água 
suplementar nos limites especificados pela ABNT NBR 7212/1984, ou seja, desde que: 
 O abatimento seja igual ou superior a 10 mm; 
 O abatimento seja corrigido em até 25 mm; 
 O abatimento, após a adição, não ultrapasse o limite máximo especificado; 
38 
 
 O tempo entre a primeira adição de água aos materiais e o início da descarga seja 
superior a 15 minutos. 
No caso de concreto celular, especificamente, a adição da espuma normalmente é 
feita no canteiro, antes da descarga do material. Para isso, é necessário seguir os 
seguintes passos: 
 Coleta do concreto para medição de densidade e slump; 
 Medição da massa específica do concreto; 
 Verificação do slump do concreto (50 mm ≤ slump ≥ 60 mm); 
 Adição do aditivo superfluidificante (no caminhão); 
 Adição de espuma (no caminhão); 
 Medição da densidade: é imprescindível a aferição da densidade do concreto 
celular por meio do uso de recipientes com volume conhecido e balança 
eletrônica. O concreto celular está liberado para seu lançamento nas fôrmas 
quando atingir a densidade especificada (1.500 kg/m³, ± 200 kg/m³); 
 Medição da fluidez, a fim de preencher todos os vazios das fôrmas - o slump 
mínimo recomendado é de 230 mm. 
 No caso de concreto convencional, durante o lançamento o concreto deve ser 
vibrado com equipamento adequado. O adensamento deve ser cuidadoso, para que a 
mistura preencha todos os espaços da fôrma. Nessa operação, o executor deve tomar as 
precauções necessárias para impedir a formação de ninhos ou segregação dos materiais 
e para não danificar os painéis das fôrmas. 
 O enchimento da fôrma deve ser realizado sem a ocorrência de falhas por ar 
aprisionado. Para tal, é necessário prever furos nas fôrmas (com cerca de 3/4" de 
diâmetro) nas regiões logo abaixo das janelas ou outros locais propícios à formação de 
vazios (janelas de inspeção) (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 Deve-se também acompanhar o enchimento das fôrmas por meio de leves 
batidas com martelo de borracha nos painéis. É importante evitar a vibração da 
armadura, para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. No 
adensamento manual, as camadas de concreto não devem exceder a 20 cm. Se a opção 
for usar vibradores de imersão, a espessura da camada deve ser no máximo, 
aproximadamente igual a ¾ do comprimento da agulha. Se não for possível atender a 
essa exigência, o vibrador de imersão não deverá ser empregado. (Op. cit., 2009). 
39 
 
2.2.4 Comparativo do Sistema de Paredes de Concreto com Diferentes Fôrmas 
A tabela 01 nos mostra alguns tipos de fôrmas e suas respectivas vantagens e 
desvantagens, conforme podemos acompanhar abaixo. 
Sistema Vantagens Desvantagens 
 
Fôrmas 
Plásticas 
 Painéis leves 
 Baixo custo de aquisição 
 Possibilidade de modulação 
 Disponibilidade de locação 
 Dificuldades com prumo e 
alinhamento 
 Acabamento superficial ruim 
 Menor durabilidade 
 Poucos fornecedores 
 
Fôrmas 
convencionais 
(metálicas e 
chapa de 
compensado) 
 Equipamentos Nacionais, tendo um 
custo menor 
 Maior durabilidade 
 Montagem fácil 
 Bom acabamento superficial 
 Grande disponibilidade no mercado 
 Painéis mais pesados 
 Necessidade de troca frequente 
das chapas 
 Dificuldade de modulação 
 Grande quantidade de peças 
soltas 
 
Fôrmas de 
Alumínio 
 Painéis duráveis 
 Equipamento leve 
 Qualidade no prumo e alinhamento 
 Bom acabamento superficial 
 Rapidez na montagem dos painéis 
 Boa estanqueidade 
 Auto custo para aquisição 
 Pouca disponibilidade no 
mercado nacional 
 Dificuldade de modulação 
 Necessidade de captação de mão 
de obra 
 
Tabela 01 - Tabela comparativa dos sistemas de fôrmas. 
Fonte: Arcindo Vaquero y Mayor apud Revista Téchne, Fevereiro de 2009 
2.2.5 Processo Construtivo em Paredes de Concreto Moldadas no Local 
2.2.5.1 Fundação 
 O tipo de fundação depende do empreendimento, clima, solo e geografia. A 
seleção deve considerar segurança, estabilidade e durabilidade, além do alinhamento 
necessário para a produção das paredes. (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 A obra deve ser executada com nivelamento rigoroso para não interferir nas 
outras etapas. O tipo de fundação mais utilizado em casas é o radier (ver Figura 18), que 
deve ser construído com espaço excedente em relação à espessura dos painéis externos 
das fôrmas, permitindo o apoio e facilitando a sua montagem. (Op. cit., 2009). 
 Todas as tubulações elétricas e hidrossanitárias já devem estar posicionadas e 
dispostas conforme gabarito específico do projeto de instalação. 
40 
 
 
Figura 18 - Fundação tipo radier. 
Fonte: Tec. da Construção 
 
Nesta etapa, vale observar cuidadosamente os seguintes pontos: 
 A locação e o nivelamento das fundações devem estar de acordo com o projeto 
arquitetônico e as fôrmas; 
 Deve-se tomar todas as precauções para evitar que a umidade do solo migre para 
a edificação; 
 Recomenda-se a realização da cura úmida do concreto por um período mínimo 
de sete dias para as fundações em laje tipo radier; 
 A concretagem das fundações tipo radier é feita de forma convencional, 
diretamente do caminhão betoneira sobre uma lona plástica que cobre uma 
camada nivelada de brita, com espessura mínima de 3 cm. 
 Lembrando que em casos de estrutura mais complexas não deve utilizado esse 
tipo de fundação (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
2.2.5.2 Armação e Modelagem 
 Após definido o tipo e fundação a armação da estrutura adotada no sistema de 
paredes em concreto é a tela soldada posicionada no eixo vertical da parede ou nas duas 
faces, dependendo do dimensionamento do projeto estrutural, e barras em pontos 
específicos tais como cinta superior nas paredes, vergas, contravergas. (MISURELLI; 
MASSUDA, 2009) 
 O primeiro passo é a montagem da armadura principal, em tela soldada (ver 
Figura 19). Em seguida, as armaduras de reforços, Atendendo basicamente alguns 
requisitos; resistir a esforços de flexotorção nas paredes. 
41 
 
 
Figura 19 – Montagem de armadura principal. 
Fonte: Aroldo Filho, ABECE. 
 Durante a execução das armaduras são posicionados as tubulações elétricas, 
caixas, hidráulica e gás nas telas soldadas posicionado conforme dimensionamento de 
projeto conforme as Figuras 20 e 21. 
 
Figura 20 - Posicionamentos das tubulações elétricas. 
Fonte: Jornal IBTS – Concreto em Noticia, Junho 2008. 
42 
 
 
Figura 21 - Posicionamenos das tubulações elétricas ehidráulicas. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Julho 2011. 
Um dos últimos passos antes da conclusão do posicionamento das formas é 
colocar os espaçadores plásticos (ver Figuras 22 e 23), que são imprescindíveis para 
garantir o posicionamento das telas e a geometria dos painéis, em alguns casos deve-se, 
ser colocados também os espaçadores nos eletrodutos, para garantir que eles tenham 
uma cobertura de concreto adequada e evitar que se formem fissuras na parede. 
 
Figura 22 - Espaçadores plásticos nas ferragens. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Julho 2011. 
43 
 
 
Figura 23 - Espaçadores plásticos nos eletrodutos. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Julho 2011. 
2.2.5.3 Fôrmas 
 Todo conjunto de fôrmas deve vir acompanhado de projeto e deve ser checado 
se todos os materiais estão presentes. O material deve ser armazenado adequadamente, 
seguindo orientação do fornecedor, a fim de se aproveitar ao máximo a sua vida útil. 
(MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 Para Venturini (2011) os painéis de alumínio que irão compor as fôrmas das 
paredes são preparados para a montagem. Nesta etapa é aplicado o desmoldante 
apropriado para o tipo de material utilizado, que impedirá que o concreto grude nos 
painéis, sem que os mesmos não grude nas paredes e dificulte no acabamento com 
texturas ou emassamento (ver Figura 24). 
 
Figura 24 - Aplicação do desmoldante. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Julho 2011. 
44 
 
 Sua montagem deve seguir a sequência do projeto original, mas há uma 
sequência padrão, obedecendo ao nivelamento da laje de piso, marcação de linhas de 
paredes no piso, com posicionamento dos painéis internos primeiro e painéis externos 
em segundo (ver Figura 25), podendo ter sua montagem pareada. (ver Figura 26), 
(MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 
Figura 25 - Montagem dos painéis internos de fôrmas de alumínio. 
Fonte: Aroldo Filho, ABECE 
 
Figura 26 - Montagem pareada dos painéis intermos e externos simultâneos. 
Fonte: ASSENARTS – Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Técnico de Sorriso 
 
 
45 
 
 Venturini (2011), conta-nos que os painéis têm furos onde são encaixados pinos 
com buchas (ver Figuras 27 e 28) que determinarão a espessura das paredes que podem 
ser de 8, 10 e 15cm, conforme projeto estrutural. O posicionamento correto destes pinos 
é fundamental para o alinhamento das fôrmas quando elas forem fechadas. Depois da 
desenforma, os furos nas paredes são preenchidos com uma argamassa, a modelagem 
dos vão de portas e janelas são colocados caixilhos provisórios. Depois que os painéis 
são posicionados, réguas alinhadoras são encaixadas nos pinos obedecendo o prumo dos 
painéis (ver Figura 29). 
 
Figura 27 - Posicionamento das buchas que determina a espessura das paredes. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Junho 2011. 
 
Figura 28 - Posicionamento das buchas que determina a espessura das paredes. 
Fonte: Revista Equipe de Obra, Junho 2011.
46 
 
 
Figura 29 - Réguas para alinhamentos dos painéis. 
2.2.5.4 Lajes 
 Para Venturini (2011) o sistema de concretagem possibilita a concretagem das 
lajes juntamente com as paredes, lembrando que não a restrições para o tipo de laje a ser 
utilizada, desde que tenha um dimensionamento adequado para cada caso. 
 Continuando Venturini (2011) diz que após o posicionamento das formas, 
escoramentos, eletrodutos e tubos hidráulicos (ver Figuras 30 e 31). É muito importante 
o nivelamento para evitar possíveis problemas na concretagem do pavimento superior. 
 
Figura 30 - Escoramento das lajes. 
Fonte: ASSENARTS - Associação dos Eng. Arquitetos e técnicos de Sorriso.
47 
 
 
Figura 31 - Instalação de eletrodutos e pontos de luz em laje-piso. 
Fonte: ASSENARTS - Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Técnicos de Sorriso. 
2.2.5.5 Aplicação do Concreto 
 A aplicação do concreto nas fôrmas deve obedecer a um planejamento 
detalhado, levando em consideração as características do concreto que será utilizado, a 
geometria das fôrmas, o layout do canteiro e as características do empreendimento. 
(MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
 A utilização de bomba para lançamento do concreto reduz a probabilidade de 
falhas de concretagem, não deve haver interrupções com duração superior a 30 minutos, 
a massa deve seguir homogeneamente pelas fôrmas e preencher todos os vazios sem 
quaisquer dificuldades. (Op. cit., 2009). 
 O concreto passa por alguns testes e procedimentos na sua chega ao canteiro de 
obras, antes de ser encaminhado para a concretagem. Para saber se o produto está na 
consistência desejada, é feito o teste de abatimento (slump), conforme mostra a figura 
32. Também e muito importante a moldagem de corpo de prova para comprovação da 
resistência do concreto fornecido para a obra. (VENTURINI, 2011). 
 
Figura 32 - Teste de Slump. 
Fonte: Comunidade da Construção “Parede de Concreto”. 
48 
 
 No caso de concreto alto adensável o mesmo recebe um aditivo fluidificante que 
aumenta o seu abatimento (slump), fazendo com que ele deslize pelas fôrmas sem 
necessidade de vibração. O aditivo é acrescentado na proporção de 1,5 l/m³. O slump 
ideal para o início da concretagem deve ser de 24 cm a 25 cm (Figura 33). (Op. cit., 
2011). 
 
Figura 33 - Teste de Slump. 
Fonte: Comunidade da Construção “Parede de Concreto”. 
 Quando estivermos trabalhando com o concreto celular ou auto-adensável, 
devemos considerar a alta fluidez do material, que preenche os vazios das fôrmas à 
semelhança de um líquido enchendo um recipiente. Em outras palavras, o concreto leve 
adota a forma do vaso que o contém, dentro dos princípios clássicos da mecânica dos 
fluídos. O lançamento desses concretos obedece a um critério de escolha de pontos, 
conforme mostra a Figura 34 de modo que a massa fluída possa caminhar 
homogeneamente pelas fôrmas e preencher todos os vazios sem quaisquer dificuldades. 
 
Figura 34 - Pontos para incio da concretagem. 
Fonte: Comunidade da Construção. 
 
49 
 
 O lançamento deve ser iniciado por um dos cantos da edificação (ver Figura 35), 
até que uma significativa parcela das paredes próximas ao ponto esteja totalmente cheia. 
Em seguida, muda-se a posição em direção ao canto oposto, até que se complete o 
rodízio dos quatro cantos opostos da estrutura. Finaliza-se a concretagem com o 
lançamento na linha mais elevada das fôrmas e dos oitões (ver Figura 36), para o caso 
de habitações térreas (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011). 
 O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, 
evitando-se incrustações de argamassa nas paredes das fôrmas e nas armaduras. Além 
disso, em função da velocidade da aplicação no canteiro, a utilização de bomba para 
lançamento do concreto elimina a perda da trabalhabilidade do material e diminui o 
aparecimento de falhas de concretagem. (Op. cit., 2011). 
 Durante a concretagem das paredes não são admitidas interrupções com duração 
superior a 30 minutos. Caso seja ultrapassado esse tempo, fica caracterizada uma junta 
de concretagem. O lançamento de nova camada de concreto após o início de pega do 
concreto lançado deverá seguir as recomendações definidas para Juntas de Construção. 
(Op. cit., 2011). 
 
Figura 35 - Concretagem das paredes. 
Fonte: Revista Equipe de Obras, Junho de 2011 
 
 
 
50 
 
 
Figura 36 - Concretagem da laje. 
Fonte: Revista Equipe de Obras, Junho de 2011 
 
 Para manter a homogeneidade do concreto, deve-se lançar o insumo por janelas 
abertas na parte lateral, ou por meio de funis. O lançamento de nova camada deve ser 
feito após o início de pega do concreto lançado. (MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
2.2.5.6 Desforma 
 Quando o concreto adquire uma resistência de 1 MPa, basicamente prevista em 
12 horas após a concretagem, pode se começar a desforma. Primeiro são retiradas as 
cunhas de travamento, depois as réguas alinhadoras, os pinos, e finalmente, os painéis. 
Deve-se obedecer à sequência da numeração existente nos painéis, queé a mesma com 
que eles serão montados nas próximas paredes ou casas. Os painéis das lajes poderão 
ser removidos também, exceto os painéis apoiados pelas escoras, eles só serão retirados 
depois de quatro dias da concretagem (ver Figura 37). Caso haja um pavimento 
superior, ele só pode ser feito depois de estudos para não comprometer a laje executada. 
(VENTURINI, 2011) 
 Na desmontagem, e primordial que os painéis retirados devem ser posicionados 
próximo do local a ser executada a nova concretagem. É fundamental que seja realizada 
uma limpeza completa, removendo a película de argamassa (cimento + água + areia) 
aderida ao molde. Esse trabalho deve ser cuidadoso, de modo a garantir a vida útil das 
fôrmas, podendo se executado com espátulas ou jato de água (ver Figura 38). 
(MISURELLI; MASSUDA, 2009). 
51 
 
 
 
Figura 37 - Escoras metálicas. 
Fonte: Revista Técnhne, Junho de 2009 
 
Figura 38 - Limpeza das formas. 
Fonte: Revista Equipe de Obras, Junho de 2011 
2.2.5.7 Cura do Concreto 
A cura do concreto deve iniciar o mais cedo possível, diminuindo a possibilidade 
do surgimento de fissuras superficiais, principalmente em lajes. O método mais comum 
de cura é por molhagem: umedecimento do concreto com água. Para isso é necessário 
que a superfície do concreto esteja continuamente em contato com a água por pelo 
menos três dias, molhando a parede pelo menos 5 vezes ao dia (em regiões quentes e 
52 
 
com grande incidência de ventos esse período deve ser maior) (COMUNIDADE DA 
CONSTRUÇÃO, 2011) 
2.2.5.8 Acabamento 
 A grande redução da espessura das camadas de revestimento é uma das 
principais características do sistema construtivo de paredes de concreto. Não existem 
restrições quanto ao uso de qualquer tipo de revestimento, sendo exigido apenas o 
cumprimento das especificações do fornecedor do material. É recomendável apenas que 
o acabamento seja iniciado após uma cura úmida da parede. (MISURELLI; 
MASSUDA, 2009). 
 Após a desforma é sempre bom tem controle da qualidade, que irá identificar 
eventuais defeitos de execução. 
 As paredes após a desforma devem estar niveladas e aprumadas com uma 
textura regular, apresentando apenas os sinais superficiais das junções entre painéis e 
furos das ancoragens. Também são visíveis pequenas bolhas de ar, geradas pela espuma 
ou incorporadas à massa durante o processo de lançamento. As rebarbas decorrentes das 
junções de painéis devem ser removidas com uma espátula logo após a desforma. Os 
furos de ancoragens devem ser preenchidos com argamassa de cimento e areia. As 
eventuais falhas decorrentes de infiltração de ar (não destruídas durante a mistura no 
interior da betoneira) e as falhas provocadas pela heterogeneidade da granulometria da 
areia e impurezas podem ser corrigidas com a operação de feltragem. (MISURELLI; 
MASSUDA, 2009). 
 A feltragem tem como objetivo a retirada dos sinais superficiais da fôrma, a 
redução da porosidade superficial, o tamponamento de pequenos poros e bolhas de ar 
superficiais e a melhoria da qualidade estética das paredes. É uma operação básica (e 
opcional) realizada algumas horas após a desenforma. Consiste na aplicação de uma 
camada de nata de cimento Portland, com traço rico em cimento, por meio de 
desempenadeiras de madeira revestidas com espuma. Os materiais mais empregados em 
obras já realizadas são: massa corrida, revestimentos cerâmicos, texturas e argamassas 
industrializadas sendo, nesses casos, aplicados diretamente sobre as paredes, sem 
necessidade da feltragem. (Op. cit., 2009). 
 As paredes de concreto também podem receber outros tipos de acabamento, 
como textura rolada, grafiato e revestimento cerâmico. (VENTURINI, 2011). 
 
53 
 
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA 
O objetivo deste trabalho é mostrar dois processos tecnológicos de construção 
(Alvenaria estrutural e Paredes de Concreto), que tem como metas mostrar novos 
conhecimentos e/ou informar conhecimentos existentes nos métodos construtivos que 
serão abordados, bem como, compará-los entre si. 
Este estudo foi caracterizado como um comparativo para alcançar os objetivos 
definidos e pré-definidos, envolvendo assim, a consideração de conhecimento 
disponível. Os resultados a serem alcançados neste estudo são válidos apenas para os 
métodos construtivos abordados nos projetos apresentados, tendo por base o estudo de 
caso de duas construções de portes diferentes. 
Para alcançar os objetivos definidos, a escolha do estudo de caso foi o de uma 
casa unifamiliar com 2 pavimentos e caixa d’água e um prédio residencial com 5 
pavimentos e caixa d’água, de onde se fez levantamentos de quantidade de materiais e 
outro insumos, possibilitando demonstrar o estudo comparativo entre os processos 
construtivos de modo real para ambas as construções de estudo. 
 As informações são obtidas a partir de coleta de dados pelo projeto estrutural, 
arquitetônico, hidráulico e elétrico de cada construção do estudo de caso, bem como os 
insumos para composição da planilha orçamentária. Os preços dos insumos foram 
obtidos em planilhas do SINAPI e SEOP do ano corrente (2011). Obtidas as coletas de 
informação, esses dados são expostos na planilha de parametrização de custos, 
elaborada pela empresa Paredes de Concreto e Comunidade da Construção, que faz 
análise comparativa de orçamento entre os dois métodos estruturais propostos neste 
trabalho. 
 Após as análises realizadas nas duas obras de diferentes portes, se pode concluir 
qual método estrutural tem maior viabilidade econômica e construtiva. 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
CAPÍTULO 4 – ESTUDO DE CASO 
Neste capítulo abordaremos como será feita a alimentação de dados para a 
planilha de parametrização, conhecer as obras a serem analisadas e acompanhar os 
resultados conforme o avanço da análise. 
4.1 PLANILHA DE PARAMETRIAÇÃO DE CUSTO 
Para a realização deste estudo comparativo iremos utilizar a planilha de parametrização 
de custo entre Alvenaria estrutural e Paredes de concreto, elaborada pelas empresas Paredes de 
Concreto e Comunidade da Construção. 
A alimentação de dados para esta planilha segue de levantamentos de insumos e por 
diversas informações contidas em projetos. Entre os imprescindíveis estão os projetos: 
Arquitetônico, Elétrico, Hidráulico e Estrutural. 
A primeira etapa de alimentação desta planilha conta de informações gerais do projeto 
como: Nome da obra, tipologia do empreendimento (se é casa ou prédio) e dependendo do tipo 
de empreendimento reportar na planilha a quantidade de pavimentos, módulos construídos e 
utilização de equipamentos de elevação. Outras informações também devem ser inseridas nesta 
primeira etapa, como: total de área construída do empreendimento, início da obra, tempo 
máximo de obra, tipologia do terreno, área de paredes (esta deve estar em taxa de m² de parede 
por m² de área construída) e por fim escolher na planilha se haverá trabalho no fim de semana, 
conforme mostra a Tabela 02. 
 
Tabela 02 - Planilha de Parametrização de Custo - Informações Gerais 
Fonte: Paredes de Concreto e Comunidade da Construção 
55 
 
A segunda etapa de preenchimento desta tabela são informações sobre os dados 
básicos de entrada, tipo: Dados da fundação, dados sobre as lajes, revestimento e 
acabamento, instalações elétricas e hidráulicas e outras instalações, custo da mão de 
obra indireta, segurança, equipamentos e outros custos por etapa (custo de esquadria, 
coberturas , impermeabilização e isolamentos, pisos e forros e vidros), como mostra a 
Tabela 03. 
Tabela 03 - Dados básicos de entrada 
Fonte: Paredes de Concreto e Comunidade da Construção 
A terceira parte de preenchimento desta planilha consta dos dados específicos do 
projeto estrutural feito no método de alvenaria estrutural. Nessa parte devem ser inseridas 
informações, como: Porcentagem dos tipos de blocos estruturais, custo unitário de cada tipo 
de blocos, consumo de unidades de

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