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PETRÓLEO INTRODUÇÃO Petróleo: Origem da Palavra: Latim Petra (pedra) + Oleum (óleo) Definição Genérica: Mistura líquida de compostos orgânicos e inorgânicos em que predominam os hidrocarbonetos, desde os alcanos mais simples até os aromáticos mais complexos. Definição ASTM – American Society for Testing and Materials: “O petróleo é uma mistura de ocorrência natural, consistindo predominantemente de hidrocarbonetos e derivados orgânicos sulfurados, nitrogenados e/ou oxigenados, o qual é, ou pode ser, removido da terra no estado líquido”. ORIGEM E FORMAÇÃO DO PETRÓLEO INTRODUÇÃO Definição ASTM – American Society for Testing and Materials: “O petróleo é uma mistura de ocorrência natural, consistindo predominantemente de hidrocarbonetos e derivados orgânicos sulfurados, nitrogenados e/ou oxigenados, o qual é, ou pode ser, removido da terra no estado líquido”. CARACTERIZAÇÃO ✓ Os hidrocarbonetos podem ocorrer no petróleo desde o metano (CH4) até compostos com mais de 60 átomos de carbono. ✓ Os átomos de carbono podem estar conectados através de ligações simples, duplas ou triplas, e os arranjos moleculares são os mais diversos, abrangendo estruturas lineares, ramificadas ou cíclicas, saturadas ou insaturadas, alifáticas ou aromáticas. ✓ Os alcanos têm fórmula química geral CnH2n+2 e são conhecidos na indústria de petróleo como parafinas. São os principais constituintes do petróleo leve, encontrando-se nas frações de menor densidade. CARACTERIZAÇÃO ✓ As olefinas são hidrocarbonetos cujas ligações entre carbonos são realizadas através de ligações duplas em cadeias abertas, podendo ser normais ou ramificadas (Fórmula química geral CnH2n). ✓ Devido a sua alta reatividade não são encontradas no petróleo bruto. ✓ Sua origem vem de processos físico-químicos realizados duranteo refino, como o craqueamento. Possuem características e propriedades diferentes dos hidrocarbonetos saturados. ✓ Os hidrocarbonetos acetilênicos são compostos que possuem ligação tripla (Fórmula química geral CnH2n-2). CARACTERIZAÇÃO ✓ Os ciclanos, de fórmula geral CnH2n, contêm um ou mais anéis saturados e são conhecidos na indústria de petróleo como compostos naftênicos, por se concentrarem na fração de petróleo denominada nafta. ✓ São classificados como cicloparafinas, de cadeia do tipo fechada e saturada, podendo também conter ramificações. As estruturas naftênicas que predominam no petróleo são os derivados do ciclopentano e do ciclohexano. ✓ Em vários tipos de petróleo, podem-se encontrar compostos naftênicos com 1, 2 ou 3 ramificações parafínicas como constituintes principais. Em certos casos, podem-se ainda encontrar compostos naftênicos formados por dois ou mais anéis conjugados ou isolados. CARACTERIZAÇÃO ✓ Assim, os tipos de hidrocarbonetos presentes ou originários do petróleo são agrupados da seguinte forma: CARACTERIZAÇÃO ✓ Principais propriedades físico-químicas de alguns hidrocarbonetos presentes no petróleo. Observe-se, em especial, a larga faixa de valores de seus pontos de ebulição. CARACTERIZAÇÃO Fração Temperatura de Ebulição (ºC) Composição Aproximada Usos Gás residual - C1 –C2 Gás combustível Gás liquefeito de petróleo (GLP) Até 40 C3 –C4 Gás combustível engarrafado, uso doméstico industrial Gasolina 40 -175 C5 –C10 Combustível de automóveis, solventes Querosene 175 – 235 C11 –C12 Iluminação, combustível de aviões e jato Gasóleo Leve 235 - 305 C13 –C17 Diesel, fornos Gasóleo Pesado 305 – 400 C18 –C25 Combustível, matéria- prima para lubrificantes Lubrificantes 400 – 510 C26 –C38 Óleos lubrificantes Resíduo Acima de 510 > C38 Asfalto, piche, impermeabilizantes. CARACTERIZAÇÃO ✓ Todos os tipos de petróleos contêm efetivamente os mesmos hidrocarbonetos, porém em diferentes quantidades. ✓ quantidade relativa de cada classe do hidrocarboneto presente é muito variável de petróleo para petróleo. Como consequência, as características dos tipos de petróleo serão diferentes, de acordocom essas quantidades. ✓ No entanto, a quantidade relativa dos compostos individuais dentro de uma mesma classe de hidrocarbonetos apresenta pouca variação, sendo aproximadamente da mesma ordem de grandeza para diferentes tipos de petróleos Bruto = Hidrocarbonetos + Contaminantes petróleos. CARACTERIZAÇÃO ✓ O petróleo é composto, basicamente, por uma mistura de compostos químicos orgânicos: Hidrocarbonetos parafínicos, isoparafínicos, naftênicos e aromáticos. ✓ O petróleo tem sua composição outros constituintes em menores quantidades, elementos químicos como nitrogênio, enxofre, oxigênio e metais, principalmente níquel e vanádio. ✓ Estes compostos conhecidos como não hidrocarbonetos são extremamente nocivos aos produtos, equipamentos e meio ambiente. ✓ considerados impurezas, portanto, necessitam ser retirados em processos específicos de tratamento. Misturados ao petróleo são encontrados outras impurezas como, como água, sais e sedimentos. CARACTERIZAÇÃO 1. Classe Parafínica (75% ou mais parafinas) ✓ Nesta classe encontra-se os óleos, fluidos ou de alto ponto de fluidez, apresentando densidade menor que 0,85. Grande parte do petróleo produzido no Nordeste brasileiro pé classificado como parafínica. ▪ Gasolina com baixo índice de octanagem; ▪ Querosene de excelente qualidade; ▪ Óleo diesel com excelentes características de combustão; ▪ Óleos lubrificantes com alto índice de viscosidade, grande estabilidade química e alto ponto de fluidez; ▪ Resíduos com elevado percentual de parafina. CARACTERIZAÇÃO 2. Classe Parafínico Naftênica (50-70% de parafinas, >20% de naftênicos) ✓ Ós óleos desta classe apresentam desndidade e viscosidade mais altas do que os parafínicos, porém, ainda são medianos. A grande maioria do petróleo produzido na Bacia de Camopos encontra-se nessa classificação. CARACTERIZAÇÃO 3. Classe Naftênica (>70% de naftênicos) Poucos óleos são classificados nesta classe. Apresenta pequena quantidade de enxofre e são oriundas da alteração bioquímica de óleos parafínicos e parafínicos-naftênicos. Alguns óleos da América do Sul, da Rússia e do Mar do Norte encontram-se nesta classe. O petróleo do tipo naftênico apresenta derivados com as seguintes características: ▪ Gasolina com alto teor de octano; ▪ Óleos lubrificantes com baixo resíduos de carbono; ▪ Resíduos alfáticos no processo de refino. CARACTERIZAÇÃO 4. Classe Aromático-Asfática (>35% de asfaltenos e resinas) ✓ Estes óleos resultam da biodegradação avançada onde ocorreu a reunião de monocicloalcenos e oxidação. ✓ Compreende geralmente óleos pesados e viscosos, oriundos de alteração dos óleos aromáticos intermediários. CARACTERIZAÇÃO 6. Classe Aromático – Naftênico (>35% de naftênicos) Este tipo de óleo passaram por um processo inicial de biodegradação, no qual se retiram as parafinas. Eles são derivados dos óleos parafínicos e parafínicos-naftênicos. Alguns óleos encontrados na África Ocidental são dessa classificação. CARACTERIZAÇÃO Família Produto Parfinas QAV Diesel Lubrificante parafinas Naftênicos Gasolina Nafta petroquímica QAV Lubrificantes Aromáticos Gasolina Solventes Asfaltos Coque PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO Nos últimos anos grande parte das reservas de petróleo descobertas em território brasileiro consiste de óleo pesado de baixo grau API (<20º), alta viscosidade e elevada acidez total. As fontes de óleo cru na América do Sul, incluindo o petróleo brasileiro, estão entre as mais ácidas do mundo.2,3 Tal acidez é responsabilizada por muitas dificuldades na utilização desta matéria-prima nas refinarias e no aproveitamento de seus resíduos. Os ácidos naftênicos (AN) são encontrados, predominantemente, em óleos imaturos, biodegradados, em óleos pesados e águas residuárias geradas no processo de extração do betume.4,5 Sua importância é salientada em geoquímica, aplicações comerciais,aspectos ambientais e corrosão. índice de acidez naftênica PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO Os ácidos naftênicos são formados no óleo cru por degradação bacteriana. As bactérias atacam a cadeia parafínica formando, preferencialmente, compostos com anéis naftênicos e aromáticos de cadeia mais curta. A ação da biodegradação é citada como responsável pelo aumento dos compostos ácidos e dos compostos contendo nitrogênio e, pela redução em compostos parafínicos. índice de acidez naftênica Os ácidos naftênicos seguem, predominantemente, a estrutura representada na Figura, na qual m representa o número de grupos (- CH2-), n o número de anéis e R a cadeia alquílica. PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO Relação entre o teor de enxofre no combustível e a corrosão naftênica A medida da quantidade total de enxofre nos combustíveis nada informa sobre sua reatividade; no entanto, os compostos sulfurados podem inibir, catalisar ou ser inertes à ação corrosiva naftênica do aço- carbono. A relação entre TAN, conteúdo de enxofre e atividade corrosiva tem sido tema de algumas pesquisas PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO PARÂMETRO DE CARACTERIZAÇÃO CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Sulfurados: ✓ Concentração média de 0,65% em peso. Variação entre 0,02% e 4,00%. ✓ Compostos Sulfurados: sulfetos, polissulfetos, benzotiofenos, ácido sulfídrico, dissulfetos de carbono, sulfeto de carbonila, enxofre elementar e moléculas policíclicas contendo enxofre, nitrogênio e oxigênio. ✓ Compostos indesejáveis → Aumentam a estabilidade óleo-água, provocam corrosão, contaminam catalisadores e determinam cor e cheiro aos produtos finais. ▪ Produzem SOx → afetam a qualidade ambiental ▪ Teor de enxofre acima de 2,5% → petróleo azedo (sour). ▪ Teor de enxofre abaixo de 0,5%→ petróleo doce (sweet). ▪ Faixa intermediária → óleos “semidoces” ou semi-ácido”. ▪ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Sulfurados: ✓ Concentração média de 0,65% em peso. Variação entre 0,02% e 4,00%. ✓ Compostos Sulfurados: sulfetos, polissulfetos, benzotiofenos, ácido sulfídrico, dissulfetos de carbono, sulfeto de carbonila, enxofre elementar e moléculas policíclicas contendo enxofre, nitrogênio e oxigênio. ✓ Compostos indesejáveis → Aumentam a estabilidade óleo-água, provocam corrosão, contaminam catalisadores e determinam cor e cheiro aos produtos finais. ▪ Produzem SOx → afetam a qualidade ambiental ▪ Teor de enxofre acima de 2,5% → petróleo azedo (sour). ▪ Teor de enxofre abaixo de 0,5%→ petróleo doce (sweet). ▪ Faixa intermediária → óleos “semidoces” ou semi-ácido”. ▪ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Nitrogenados: ✓ Concentração média de 0,17% em peso. Teor alto acima de 0,25%. ✓ Compostos Nitrogenados: piridinas, quinolinas, pirróis, compostos policíclicos contendo nitrogênio, oxigênio e enxofre. ✓ Compostos indesejáveis → Aumentam a capacidade do óleo reter água em emulsão, tornam instáveis os produtos de refino, contaminam catalisadores. ✓ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Oxigenados: ✓ Concentração: medida através do índice TAN (Total Acid Number). Óleos ácidos TAN > 1. Óleos não ácidos TAN < 1 ✓ Compostos Oxigenados: ácidos carboxílicos, ácidos naftênicos, fenois, cresóis, ésteres, amidas, cetonas, benzofuranos. ✓ Compostos indesejáveis → Aumentam a acidez, a corrosividade e o odor do petróleo.. ✓ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Oxigenados: ✓ O petróleo, além de hidrocarbonetos, pode apresentar uma série de contaminantes que podem levar a sua desqualificação, tais como os ácidos naftênicos (NA), os quais são classificados entre os principais causadores de corrosão nas refinarias. ✓ O controle da acidez total em produtos do petróleo é feito através da determinação do número de acidez total (TAN) e é padronizada pela norma ASTM D 664-04, baseada na titulação potenciométrica em meio não aquoso. ✓ Compostos Oxigenados: ácidos carboxílicos, ácidos naftênicos, fenois, cresóis, ésteres, amidas, cetonas, benzofuranos. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Compostos Organometálicos: ✓ Apresentações: 1- Na forma de sais orgânicos metálicos dissolvidos na água emulsionada ao petróleo. 2- Compostos complexos concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. ✓ Metais que contaminam: Fe, Zn, Cu, Pb, Mb, Co, Ar, Mn, Hg, Cr, Na, Ni e Va. ✓ Compostos indesejáveis → Contaminação de catalisadores. Catalisa a formação de ácido sulfúrico em meio aquoso. ✓ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Resinas e Asfaltenos: ✓ Apresentações: Moléculas grandes de estrutura semelhante, com alta relação carbono/hidrogênio, contendo enxofre, oxigênio e nitrogênio. ✓ Resinas: se encontram dissolvidas no óleo→solubilização fácil. ✓ Asfaltenos: se encontram dispersos na forma de colóides. ✓ Concentrados nas frações mais pesadas do petróleo. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Impurezas Oleofóbicas: ✓ Apresentação: Na forma aquosa, salina, conhecida como “água de formação”, que acompanham o petróleo nas jazidas. ✓ Impureza fluida: água, sais dissolvidos dos tipos brometo, iodeto, cloreto e sulfeto.. ✓ Impureza sólida: argila areia e sedimentos. CARACTERIZAÇÃO DAS IMPUREZAS Impurezas Oleofóbicas: ✓ Apresentação: Na forma aquosa, salina, conhecida como “água de formação”, que acompanham o petróleo nas jazidas. ✓ Impureza fluida: água, sais dissolvidos dos tipos brometo, iodeto, cloreto e sulfeto.. ✓ Impureza sólida: argila areia e sedimentos. CARACTERIZAÇÃO DOS DERIVADOS Os derivados do petróleo podem ser divididos em duas classes principais: Combustíveis ou energéticos ➢ de uso doméstico: gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha) e querosene iluminante; ➢ automotivos: gasolina e óleo diesel (também usado em motores estacionários); ➢ de aviação: gasolina e querosene; ➢ industriais: gás combustível e óleo combustível; e ➢ marítimos: óleo diesel e óleo combustível (bunker). CARACTERIZAÇÃO DOS DERIVADOS Não combustíveis ou não energéticos ➢ óleos lubrificantes e parafinas; ➢ matérias-primas para petroquímica e fertilizantes: gases, nafta e gasóleos; ➢ produtos especiais: solventes, óleo para pulverização agrícola, asfaltos, coque de petróleo, extrato aromático e outros. CARACTERIZAÇÃO DOS DERIVADOS A cadeia produtiva e de qualidade dos derivados de petróleo busca atender, de forma sustentável, econômica e ambientalmente adequada, às necessidades de utilização desses produtos. Nessa cadeia estão incluídas as necessidades e responsabilidades de todos os seus integrantes, cuja inter-relação está representada na Figura abaixo: Figura: Cadeia produtiva e de qualidade de produtos de petróleo. CARACTERIZAÇÃO DOS DERIVADOS As especificações dos derivados de petróleo são definidas por meio de ensaios normalizados que devem apresentar as características: ➢ representatividade do desempenho, quando em uso nos equipamentos; ➢ execução fácil, de baixo custo e rápida, permitindo a obtenção de resultados com a frequência necessária; ➢ precisão, definida pela repetibilidade e pela reprodutibilidade, de forma a sofrer pouca influência de executantes ou dos laboratórios onde são realizados. CARACTERIZAÇÃO DOS DERIVADOS As especificações dos derivados de petróleo são definidas por meio de ensaios normalizados que devem apresentar as características: ➢ representatividade do desempenho, quando em uso nos equipamentos; ➢ execução fácil, de baixo custo e rápida, permitindo a obtenção de resultados com a frequência necessária; ➢ precisão, definida pela repetibilidade e pela reprodutibilidade,de forma a sofrer pouca influência de executantes ou dos laboratórios onde são realizados. Principais Requisitos de Qualidade dos Derivados de Petróleo e os Respectivos ensaios empregados no controle de qualidade. Medida da facilidade de vaporização do combustível, que pode ser representada pela faixa de temperaturas de ebulição ou por ensaios que meçam indiretamente os teores de compostos leves ou pesados. 1. Volatilidade Ensaios de Volatilidade mais importantes são: ■Faixa de temperatura de ebulição ASTM (curva de fração vaporizada × temperatura): ■ Pressão de vapor Reid (PVR): Temperaturas correspondentes a toda a faixa de vaporização do produto, desde o ponto inicial até o ponto final de ebulição; Pressão de equilíbrio entre a fase líquida e a fase vapor formadas à temperatura de 37,8 °C, representando uma medida indireta do percentual de frações leves no GLP (etano e mais leves) e na gasolina (butano e mais leves); Ensaios de Volatilidade mais importantes são: ■ Intemperismo: ■ Ponto de fulgor: Menor temperatura na qual as frações mais leves do produto se vaporizam em quantidade suficiente para formar com o ar uma mistura capaz de se inflamar momentaneamente, quando se incide uma centelha sobre a amostra. Ensaio empregado na avaliação da segurança de armazenamento e manuseio de todos os derivados, a partir do querosene; Temperatura na qual 95 % em volume do produto está vaporizado à pressão atmosférica. A fração não vaporizada até 2,2 °C representa a parte mais pesada do GLP. Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.2 Combustão É traduzida pelo número de octano no caso da gasolina, pelo número de cetano para o óleo diesel e pelo ponto de fuligem para o querosene. ➢ número de octano (NO): qualidade de ignição da gasolina, medida pela sua resistência à detonação na câmara de combustão do motor que opera segundo o ciclo Otto; Definições: ➢ número de cetano (NC): relacionado à qualidade de combustão do óleo diesel, medida pela sua facilidade de autoignição, na câmara de combustão, segundo o ciclo Diesel ➢ ponto de fuligem: corresponde à altura máxima da chama, medida em milímetros, durante a combustão da amostra de querosene em uma lamparina, sem que haja produção de fuligem. Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.3 Escoamento É aplicado na avaliação da facilidade de nebulização do óleo diesel e dos óleos combustíveis na câmara de combustão e da capacidade de formação e manutenção do filme lubrificante. Além da viscosidade, estão nesse grupo as propriedades ligadas à facilidade de escoamento a baixa temperatura. Essas propriedades são: ➢ Ponto de Congelamento: temperatura em que desaparece o último cristal quando a amostra é aquecida, sob agitação constante, depois de ter ocorrido a cristalização após resfriamento. Aplicável ao querosene de aviação (QAV); ➢ ponto de entupimento: temperatura em que ocorre a formação de cristais em quantidade tal que cesse o fluxo ou impeça o enchimento de uma pipeta de volume padronizado em menos de 60 segundos. Usado no controle de qualidade do óleo diesel; ➢ ponto de fluidez: menor temperatura em que o produto deixa de escoar por gravidade. Usado para avaliar o petróleo, os óleos lubrificantes e os óleos combustíveis. Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.4 Estabilidade química e térmica A resistência à degradação térmica ou por oxidação de um derivado de petróleo pode ser representada pela tendência ao aumento da acidez e da viscosidade e à formação de gomas ou de depósitos. ➢ teor de goma atual: é a fração do resíduo de evaporação (material pastoso), insolúvel em n-heptano, já existente na amostra ou formado nas condições do teste; ➢ goma potencial: representa a resistência da gasolina ou de combustíveis de aviação à oxidação por oxigênio pela submissão da amostra a um processo de envelhecimento; Os mais importantes são: ➢ período de indução: medida do tempo em que a amostra de gasolina resiste à oxidação à temperatura de 100 °C; Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.4 Estabilidade química e térmica ➢ Estabilidade à oxidação de combustíveis destilados: representa a tendência do combustível na faixa do óleo diesel a formar depósitos durante a estocagem, sob as condições especificadas (90 °C e 800 kPa); ➢ estabilidade termo-oxidativa do querosene de aviação (Jet Fuel Thermal Oxidation Test – JFTOT): estabilidade do QAV quando sujeito à oxidação a altas temperaturas (260 °C), avaliada pela queda de pressão em um filtro padronizado em um dado intervalo de tempo e pela análise dos depósitos formados. Os mais importantes são: Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.5 Emissão de gases poluentes A emissão de gases poluentes pelos derivados de petróleo é minimizada por meio da especificação com as seguintes características: ➢ pressão de vapor Reid (PVR), para controlar as emissões evaporativas de hidrocarbonetos (COV), devidas à alta volatilidade. Aplicada à gasolina automotiva; ➢ teor de enxofre, para controlar a emissão de SOx; ➢ ponto final de ebulição, densidade máxima, resíduo de carbono e teor de aromáticos, para controlar a emissão de material particulado devida à queima incompleta do combustível. Obs.: No caso específico do benzeno, por ser uma substância cancerígena, sua presença é limitada na gasolina, tanto devido ao manuseio do produto líquido como pelas emissões evaporativas. Ensaios de Volatilidade mais importantes são: 1.6 Corrosividade Os ensaios mais empregados na avaliação da tendência a causar corrosão do derivado são: ➢ corrosividade ao cobre ou à prata: identificado em uma lâmina de cobre (ou prata) em comparação com padrões estabelecidos pelas normas. Influenciada pela presença de H2S, mercaptanos e enxofre elementar; ➢ número de acidez total (NAT): quantidade de KOH necessária para se neutralizarem os compostos ácidos presentes, expresso em miligramas de KOH por 0,001 kg de petróleo. Gás Liquefeito de Petróleo Define-se como gás liquefeito do petróleo, GLP, a mistura formada, em sua quase totalidade, por hidrocarbonetos de três e quatro átomos de carbono, parafínicos e olefínicos, que, embora gasosa nas CNTP, pode ser liquefeita por compressão. Obs: Além desses hidrocarbonetos de 3 e 4 átomos de carbono, podem ainda ocorrer no GLP pequenas quantidades de compostos mais leves (C2) e/ou pesados (C5 +). Obs: O GLP é mais pesado do que o ar, e, portanto, ocorrendo vazamentos, não se dispersará na atmosfera, concentrando-se próximo ao solo, podendo alcançar a faixa de inflamabilidade. Gás Liquefeito de Petróleo Defina faixa de inflamabilidade? Faixa de concentração de combustível no ar que se forma umamistura inflamável. Gás Liquefeito de Petróleo Requisitos de qualidade para o GLP ✓ facilidade de vaporização na condição ambiente, para não deixar resíduo líquido no fundo do botijão; ✓ composição uniforme, para apresentar constância na razão volumétrica ar/combustível necessária à queima; ✓ combustão completa sem formar fuligem ou deixar resíduos nos equipamentos; ✓ não ser poluente nem corrosivo. Gás Liquefeito de Petróleo Como é garantido os requisitos de qualidade? ✓ O atendimento aos requisitos de qualidade é garantido por meio do controle de diversas propriedades do produto, dentro de limites especificados e disponíveis no site da Agência Nacional de Petróleo As principais propriedades controladas são apresentadas a seguir. 1. Pressão de vapor Reid (PVR) Um maior valor da PVR indica uma maior presença de componentes mais voláteis (C2). A PVR possui um limite superior a ser atendido por questões de segurança no armazenamento e transporte. Gás Liquefeito de Petróleo As principais propriedades controladas são apresentadas a seguir. 1.2 Intemperismo O intemperismo representa a dificuldade de vaporização do GLP à pressão atmosférica, e o seu valor é tão maior quanto maior o teor de componentes pesados (pentanos) presentes. O valor máximo dessa temperatura tem como objetivoevitar que esses componentes fiquem como resíduo líquido no botijão sem se vaporizarem. A presença de compostos sulfurados no GLP (H2S e mercaptanos) confere caráter corrosivo ao produto. Por isso, todo o GLP produzido nas refinarias passa por um processo de dessulfurização, visando a atender à especificação de teores máximos de H2S e de enxofre total. 1.3 Teor de enxofre e corrosividade Obrigado!
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