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PERICIA JUDICIAL AMBIENTAL

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PERICIA JUDICIAL AMBIENTAL
1º Módulo: Introdução
A partir da promulgação da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), houve uma intensa mudança nas rotinas dos tribunais, que já não dão conta de inúmeros processos movidos pela coletividade, pelo Ministério Público e pelo Estado no exercício da proteção dos recursos naturais, alvo de intensas degradações, principalmente após o advento da Revolução Industrial.
Nas ações judiciais sobre o meio ambiente é que surge a necessidade da Perícia Ambiental, prevista no Código de Processo Civil (artigos 420 a 439 da Seção VII, Cap. VI – Das Provas). A prova pericial é solicitada sempre que, na averiguação da verdade dos fatos, faz-se necessária a atuação de profissionais com conhecimentos técnico-científicos especializados.
Na área ambiental as informações e documentos não bastam para elucidar o caso e, muitas vezes, a averiguação da existência do fato danoso e dos efeitos prejudiciais depende de prova técnica que somente pode ser produzida por profissionais especializados na área. A perícia ambiental é multidisciplinar, e pode ser desenvolvida por diversos profissionais formados na área ambiental (biólogos, engenheiros, tecnólogos, geólogos, advogados, entre outros). A atividade pericial em meio ambiente é regida pelo Código de Processo Civil, bem como as demais modalidades de perícias. E, em razão da especificidade das questões ambientais, esta atividade deve ser amparada na Legislação Ambiental vigente no âmbito Federal, Estadual e Municipal. A Perícia Ambiental tornou-se, assim, uma área técnica específica de atuação profissional, sendo o seu objetivo, esclarecer tecnicamente a existência ou não de ameaça ou dano ambiental.
Designado pelo Juiz, o Perito Judicial, a priori, é o profissional de confiança do Juízo, e muitas vezes, esta confiança esta baseada em atitudes dentro dos padrões morais e éticos, em equilíbrio com a capacitação técnica. Logo, o Perito deve estar apto a dirimir as dúvidas em fase processual específica e preencher os requisitos legais exigidos no Código de Processo Civil (art. 145 e §s seguintes). Porém, o que se tem notado na atualidade, é a alta demanda por perícias ambientais, e a escassez de profissionais capacitados para a realização de periciais ao judiciário, muitas vezes por desconhecimento dos transmites que devem ser seguidos durante o processo.
Neste contexto, o objetivo deste curso será apresentar as principais características da perícia judicial, e orientar o futuro profissional, sobre os transmites a seres seguidos pelo profissional da área de meio ambiente com vistas a atender o judiciário. Na primeira parte do curso, serão apresentadas as principais características da perícia e as responsabilidades do perito judicial. A segunda e última parte demonstrará os caminhos que o profissional deve seguir, desde a sua nomeação como perito, até a concretização do laudo pericial. Os referenciais teóricos dos textos que serão discutidos posteriormente foram baseados nos autores: Almeida (2008), Juliano (2007) e KASKANTZIS (2009), entre outros.
Perícia Ambiental
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 2º Módulo: Perícia Judicial: Conceitos Iniciais
Serão apresentados neste primeiro momento, os principais conceitos que regem o trabalho da perícia judicial. Definições de: perícia, perito, quesitos, provas e laudo pericial, além também dos assistentes técnicos. Os referenciais teóricos dos textos que serão discutidos posteriormente foram baseados nos autores: Almeida (2008), Juliano (2007) e KASKANTZIS (2009).
Perícia: definição
Segundo Juliano (2007,p.05): A perícia é o exame realizado por técnico, ou pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para verificar e esclarecer um fato, ou estado, ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo, que com um deles tenha relação ou dependência, a fim de concretizar uma prova ou oferecer o elemento que necessita a justiça para poder julgar.
A partir das definições propostas pelo autor, pode-se concluir então: que perícia é o processo pelo qual o “especialista”, realiza os exames de determinadas situações. Já pela definição de Almeida (2008,p.15), citando o dicionário Aurélio: “perícia quer dizer habilidade, destreza, conhecimento, ciência, como também vistoria ou exame de caráter técnico e especializado”.
A etimologia da palavra perícia é derivada do latim perítia, que significa: “conhecimento adquirido pela experiência que resulta em saber, talento e perícia. É o exame ou vistoria de caráter técnico especializado.”(KASKANTZIS,2009,p.06). A perícia pode ocorrer no âmbito judicial e extra-judicial. A realização da perícia judicial, foco das discussões deste artigo, ocorre quando a prova do fato depende de conhecimento técnico ou científico, e desta forma, o juiz necessitará de um perito. (JULIANO,2007,p.06).
Outro ponto importante citado por Juliano 2007, é que os juízes não poderão se valer de conhecimentos técnicos pessoais para dispensar a perícia. Almeida 2008, corroborando as palavras de Juliano 2007 complementa: (...)As perícias judiciais são aquelas que ocorrem, portanto, no âmbito da justiça, podendo ocorrer em diferentes tipos de ação, tais como: execuções, desapropriações, demarcações, alvarás, inventários, usucapião, separação litigiosa, área ambiental, entre outras (...) É um direito das partes envolvidas no processo que somente poderá ser negado se a prova não necessitar conhecimento técnico, se for desnecessária em vistas de outras provas produzidas, ou for impraticável a sua verificação.(...)Podem solicitar a perícia, os Juízes, Promotores, Autoridades Policiais em Inquéritos criminais, Civil ou Militar. Defensor das Partes.(...)
Peritos e Assistentes Técnicos: Definição 
Uma vez conhecida as definições de perícia, ALMEIDA (2008,p.16), conceitua a definição de perito. “O perito é o profissional legalmente habilitado, idôneo e especialista, convocado para realizar uma perícia”. O mesmo autor, utilizando as definições do dicionário Aurélio, conclui que: “ o perito traduz as qualidades de experiente, experimentado, prático, versátil, sabedor, hábil, especialista.”
Podem ser peritos judiciais os profissionais de nível superior, que comprovarão sua especialidade na matéria que irão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. O Artigo 145, § 1º (CPC), com a redação dada pela Lei 7.270/84 reafirma que “os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário”. Desta forma, pode-se concluir que a perícia judicial ambiental, por ser multidisciplinar, poderá ser realizada por qualquer profissional de nível superior, capacitado para tal, e que tenha registro em conselho de classe, exemplos: biólogos, tecnólogos ambientais, engenheiros, geólogos, geógrafos, químicos, além de advogados, economistas, administradores, que tenham especialização na matéria ambiental.
Com relação às possibilidades de atuação do perito judicial, Juliano (2007.p.09) explica: Estes peritos nomeados pelo juiz poderão atuar na justiça federal ou estadual. O juiz poderá responder por uma ou mais varas, situação freqüente em regiões compostas por pequenos municípios que dispõem cada um de uma vara cível. O juiz é responsável por duas ou mais varas, também, nos casos de férias de outros juízes, ou quando preenche função nos períodos entre a data em que um juiz deixa o cargo e a data em que outro assume a titularidade. Nesses casos, são chamados de “juízes substitutos”. Tudo que ocorre nas varas de justiça cível, se aplicam nas varas federais, sendo assim, as condições de mercado são diversas ao perito judicial.
Quanto à responsabilidade e perfil do profissional da perícia judicial ambiental, KASKANTZIS (2009,p.08), explica que “ ele deverá ser: leal, diligente, honesto, escrupuloso, cuidadoso, sincero e imparcial. Deve também, é claro, apresentar um trabalho de boa qualidade.” Ainda utilizando-se as palavras da KASKANTZIS, pode-se compreender que diligências, são todas as atividades necessárias à confecção do laudo.As diligências podem ser: (...)Ida a arquivos públicos em busca de documentos, a fim de averiguar fatos de que a perícia trata ou pretende fundamentar as conclusões do laudo; Ouvir testemunho de pessoas que viram ou acompanharam os fatos; Vistorias, registradas ou não, com fotos; Reunião com os assistentes técnicos das partes;(...)
As palavras de KASKANTZIS são fundamentais, porque não existe exclusividade nos serviços do perito, pois o mesmo não é um funcionário da justiça, sendo assim, nada obriga o juiz a continuar nomeando um profissional que presta um serviço aquém do que ele deseja. Da mesma forma, caso o juiz seja promovido para outro fórum, e o trabalho seja de qualidade, o perito poderá ser nomeado neste novo fórum, podendo assim, aumentar seu campo de atuação.
Com relação aos assistentes técnicos das partes, cada parte tem direito a nomear um assistente técnico cada uma para poder acompanhar o processo e a atuação do perito nomeado pelo juiz. Juliano (2007,p.17) explica: (...)Cada assistente técnico elabora um laudo, assim como o perito, sobre o mesmo assunto. Nada impede que os assistentes técnicos assinem juntos o laudo do perito, quando concordam com ele. Eles também podem expressar a concordância com o laudo do perito através de petições ou pareceres isolados.(...).
Ainda com relação à diferenciação entre perito e assistente técnico, é importante complementar as informações com relação aos motivos de suspeição e escusa que o perito e os assistentes técnicos estão sujeito. De acordo com o § único – redação pela Lei 8.455/92 – “ A escusa será apresentada no prazo de cinco dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente ao compromisso, sob pena de se reputar renunciando o direito a alegá-la”. Como explica Juliano (2007,p.22), o perito verificará se há algum impedimento ou suspeição legal. Os motivos de suspeição do perito são os mesmos dos juízes (Juliano 2007).
Os motivos podem ser assim exemplificados: - Se o perito for parte no processo; Se estiver trabalhando no processo com outra função; Se alguma das partes for parente seu, consanquíneo ou afim, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; Quando pertencer a órgão que a parte é causa; Não versar sobre a matéria da perícia; Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; Herdeiro ou empregador de alguma das partes; Receber dádivas, antes ou depois de iniciado um processo; Aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa; Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes; (Juliano 2007).
Por último, pode-se dizer que diferentemente dos peritos e juízes, os assistentes técnicos não estão sujeitos a suspeição (Art. 422 do CPC). Sendo assim, podem apresentar parentesco com as partes e, até mesmo, trabalharem sem receber honorários. Quem paga os honorários do perito, é quem solicita a perícia no processo, já cada assistente será pago pelas partes que os contratou. (Almeida 2008,p.25).
 
 
RECURSOS RENOVÁVEIS E ESGOTÁVEIS
As principais fontes de recursos, utilizadas para satisfazerem às necessidades humanas, dividem-se em recursos esgotáveis e recursos renováveis.
Os recursos esgotáveis são aqueles que, uma vez consumidos, não há como serem repostos, uma vez que levaram milhões de anos para se formarem, como é o caso dos combustíveis fósseis - petróleo e carvão mineral. Outros recursos esgotáveis, usados para geração de energia, são os minerais físseis, usados em usinas nucleares. Os recursos renováveis são aqueles que constantemente a natureza está repondo, como é o caso de madeiras, carvão vegetal, extratos vegetais - óleos, açúcar, álcoois, entre outros. Outros recursos, chamados renováveis, são aqueles disponíveis na natureza, como a luz solar, a força das marés, a força dos ventos e a geotermia.
Em períodos geológicos distantes, restos de animais e vegetais depositaram-se no fundo de mares e lagos que sob ação de intensa sedimentação, calor e pressão transformaram-se me petróleo, encontrado no estado líquido (óleo), gasoso (gás natural) e sólido (betume). A importância do petróleo é tão inquestionável em nosso tempo que alguns mais exagerados o denominam ouro negro dos tempos modernos. Sem dúvida percorrer 400, 500 e até 600 km sem necessidade de reabastecer o automóvel, ou percorrer milhares de quilômetros sem necessidade de reabastecer a aeronave é uma grande conquista da humanidade. A grande portabilidade dessa forma líquida de energia é que permitiu o enorme progresso industrial que tivemos e estamos tendo nestas últimas décadas. Por outro lado, em todas as fases do uso do petróleo e de seus derivados existem pontos de contaminação do meio ambiente.
As outras fontes de energia esgotável, como carvão e usinas termonucleares, gerando cerca de 10% do total de energia elétrica do país, são de pequena monta. Tanto a queima do carvão, seja para uso siderúrgico, como em termelétricas, sempre geram poluição atmosférica. O carvão mineral é um combustível fóssil originado do soterramento de antigas florestas em ambientes aquático ou subaquático, com pouco oxigênio, durante o período Paleozóico. As reservas brasileiras, além de pequenas, são de baixa qualidade, com pouco poder calorífico e alto teor de cinzas, o que historicamente dificultou seu aproveitamento como fonte de energia no país. Já o combustível nuclear tem pontos de poluição desde a sua mineração, assim como no seu transporte, processamento e refino, no seu uso em usinas nucleares e na sua disposição final, como lixo radiativo.
A geração de energia elétrica no Brasil está associada às Usinas Hidrelétricas, porque cerca de 90% dela é gerada dessa maneira. Nosso país é rico em rios e possui um clima caracterizado por altos índices pluviométrico. Os principais desníveis e quedas têm um potencial hidráulico estimado em 209 milhões de KW, sem considerar as pequenas quedas que, incorporadas, poderiam produzir muito mais. A bacia do Paraná possui a maior potência instalada, pois cerca de 70% de seu potencial já é aproveitado hoje. Nela está instalada a maior Usina Hidrelétrica do mundo, ITAIPU, que significa “a pedra que canta”. ITAIPU foi projetada para gerar 12,6 milhões de KW em 18 turbinas de 700 mil KW cada.
As Usinas Hidrelétricas não poluem e a energia elétrica é uma forma “limpa” de energia. Do ponto de vista financeiro, usar água como fonte de energia é, aparentemente, um bom negócio. Um dos principais problemas nesta forma de geração de energia é que os locais onde se pode instalar uma usina geradora, normalmente ficam longe de um grande centro consumidor. Nestes casos a energia tem que ser gerada em um local e transportada por linhas até os centros de consumo. Essa distribuição desperdiça muita energia, ou seja, de todo potencial de geração, parte significativa é consumida em perdas no transporte. Um problema mais sério, do ponto de vista ecológico, é a inundação de grandes áreas, com o desaparecimento de terras férteis e de florestas com todos os seus componentes.
Uma fonte alternativa de combustível líquido é o álcool etílico obtido da fermentação da cana-de-açúcar. Outros vegetais também podem fornecer o açúcar necessário para a fermentação, como é o caso da mandioca e da batata. As imensas áreas passíveis de produção influíram logicamente para a escolha desta alternativa energética. O álcool é um combustível melhor do ponto de vista ecológico por gerar menos poluentes quando queimado no motor à explosão, uma vez que, o gás carbônico gerado do álcool já está computado no ciclo biogeoquímico, enquanto que o da gasolina não.
Outras fontes de energia renováveis, como eólica, solar, geotérmica, de biomassa e de marés, são muito pouco expressivas, principalmente devido ao alto custo de geração, ou de aproveitamento Uma das mais difundidas é a energia solar que pode ser usada como fonte de calor e para geração de energia fotovoltáica. O aproveitamento da energia solar como fonte energética tem suas aplicações em aquecimento de água, de residências, de estufas, ou refrigeração.
A energia eólica é aproveitada em pequena escalatanto como força motriz para bombas (normalmente de água de poço ou nas salinas) como para geração de energia elétrica, quando o cata-vento é acoplado a um gerador. Os problemas de ruído podem ser contornados, com a implantação em áreas afastadas, mas os custos de implantação ainda não foram devidamente equacionados.
O calor da região abaixo da Crosta Terrestre (manto) pode ser aproveitado tanto para aquecimento direto, como para aquecimento de água com geração de vapor, com o qual se pode movimentar turbo-geradores para produzir energia elétrica. Para ser eficiente o sistema necessita operar com altas temperaturas, presentes somente em grandes profundidades. O custo de perfurar e manter esses sistemas profundos ainda está inviabilizando o uso dessa forma de energia.
O movimento das ondas, provocado pelos ventos, e o movimento das marés, provocado pela posição da Lua, pode ser aproveitado transformando o sobe e desce de uma bóia, acoplada a um braço, em energia motora, com a qual se pode movimentar equipamentos, diretamente, ou geradores de energia elétrica. O custo das instalações, somado ao custo dos equipamentos especiais, para suportar a agressividade do ambiente marinho, e aliados à baixa amplitude das ondas e o grande período entre as marés, são fatores que ainda limitam a aplicabilidade do aproveitamento desta forma de energia renovável.
Uma outra fonte de energia renovável está associada à biomassa. A biomassa é constituída de restos, de vegetais, de animais, de estrume, etc. O processamento da biomassa gera um gás combustível e a biomassa processada é um excelente adubo. É uma fonte de energia que tem crescido ultimamente, com a instalação de biodigestores nas cidades, para tratamento do lixo doméstico.
Nas pequenas comunidades, ou fazendas, onde há dificuldade na instalação de rede elétrica, é uma alternativa bastante viável. Sob a ação de microorganismos, a biomassa fermenta, gerando gás rico em metano, gás carbônico e água. Se o teor de gás carbônico for alto, o gás tem baixo poder calorífico, o que ocorre normalmente. Por isso não tem sido uma alternativa energética muito interessante.
3º Módulo: Provas, Quesitos e Laudo Pericial
Segundo Almeida (2008,p.37): (...)A prova pericial consiste em exames, vistorias e avaliação. Como o juiz não é conhecedor de todas as técnicas disponíveis, e não possui conhecimentos científicos ou técnicos para tal, nem deveria conhecer, é claro, ele procura e nomeia pessoas de “sua confiança”, que atendam a matéria a ser julgada. (percebam, a nomeação depende de um bom trabalho do perito)grifo meu (...).
Segundo o CPC, código processual civil de 2002: “Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados nesse código, são hábeis para provar a verdade dos fatos em que funda a ação ou a defesa”. São Provas, portanto, aceitas: Depoimento Pessoal; Confissão; Exibição de documentos ou coisa; Prova testemunhal; Prova Pericial, e estas provas resultarão no laudo pericial (JULIANO,2007,P.39).
O laudo pericial é o resultado da perícia, expresso em conclusões escritas e fundamentadas, onde serão apontados os fatos, circunstâncias, princípios e parecer sobre a matéria submetida a exame do especialista, adotando-se respostas objetivas aos quesitos (JULIANO 2007, apud BUSTAMANTE 1994). Ainda sobre os laudos, KASKANTZIS (2009,P.49), explica que: (...)dentro da qualidade do trabalho, o perito deve apresentar os seus laudos de maneira clara, sem ser prolixo, com fundamentação técnica necessária, cumprindo o prazo determinado para a entrega do laudo, além do mais, o juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo assim, utilizar outros elementos ou fatos provados no processo para formar a sua convicção.(...)
Sobre os quesitos, pode-se afirmar que são perguntas ou questões formuladas ao perito e assistentes técnicos, concernentes aos fatos da causa, que constituem o objeto da perícia. Os quesitos estão sujeitos à aprovação do juiz, e pelas palavras de Almeida (2008), pode-se verificar ainda: Os quesitos de uma perícia ambiental são as questões formuladas pelas partes envolvidas no processo e que devem ser respondidas de forma técnica e imparcial, buscando esclarecer os interessados a respeito da matéria em análise. Para se responder os quesitos de uma perícia ambiental utilizam-se dados técnicos das normas, fotografias, referências bibliográficas especializadas, modelos matemáticos, questionários de respostas, visitas ao local em análise, resultados de análises de laboratório, entre outros. (ALMEIDA,2008,P.35).  
Complementando a definição de Almeida, Juliano 2007 apud Bustamante 1994 explica: Na maioria das vezes, os quesitos são formulados pelos advogados das partes, sendo que o mais indicado seria que o fizessem sob a orientação de seus respectivos assistentes técnicos, se estes tiverem sido indicados, pois as argüições devem ser pertinentes à matéria em causa, envolvendo questões técnicas a serem elucidadas pelo perito e pelo assistente técnico da parte contrária.
Segundo as informações contidas no CPC (Código Processual Civil), conceitua-se finalmente sobre os quesitos: Art. 425-CPC – Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte contrária. Art. 426-CPC – Compete ao juiz: I- indeferir quesitos impertinentes; II- formular os que entender necessários ao esclarecimento da causa
Prazos da perícia judicial
As atividades que envolvem a perícia judicial, de acordo com o CPC, possuem prazos que precisam ser observados e respeitados por todos os envolvidos no processo. O laudo do perito, por exemplo, deve ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, e sempre com antecedência igual ou maior a 20 (vinte) dias da audiência de instrução e julgamento. Caso o perito não consiga realizar o laudo dentro do tempo fixado pelo juiz, ele deverá pedir prorrogação. Deve-se respeitar o prazo dado pelo juiz, podendo solicitar prorrogação por apenas 1 (uma) vez, deixando claro no pedido, os motivos que o levam a pedir a prorrogação. (KASKANTZIS, 2009,P.56).
Ainda segundo Juliano (2007,P.44), os motivos mais frequentes são: Perícia muito extensa; Acúmulo sazonal de perícias; Grande volume de trabalho, acumulando atividades judiciais e extrajudiciais; Dificuldade de encontrar alguém que dê acesso ao interior do imóvel objeto de perícia. Uma vez entregue o laudo do perito, os assistentes técnicos apresentarão os seus laudos até 10 dias após a apresentação do laudo do perito. A apresentação do laudo do assistente independe de sua intimação, cabendo à parte interessada providenciar para que este apresente o laudo dentro do prazo. A entrega do laudo do assistente técnico fora do prazo autoriza a sua retirada dos autos, quando é requerida pela outra parte. (ALMEIDA 2008, JULIANO 2007 e KASKANTZIS, 2009).
 
LEGISLAÇÃO NACIONAL
Didaticamente podemos dividir o estudo do Direito em duas grandes áreas: o público e o privado. Naquele tratamos de uma gama de direitos comuns aos cidadãos enquanto este trata dos direitos particulares do cidadão. No direito privado a propriedade é o principal instituto. No direito público o bem estar comum.
O Direito Ambiental por sua vez caracteriza-se por pertencer a uma pluralidade de sujeitos não identificáveis, mas que pode ser exercido a qualquer tempo. Acima de qualquer interesse está o da sociedade. É o que chamamos de Direito Difuso.
O Direito existe pelo homem e para o homem. Desta forma, todo o disciplinamento intentado pelo legislador no âmbito de resguardar recursos naturais, vivos ou não, deve ser feito, através da lente da equidade social. Enfim, é preciso que saibamos os diversos aspectos, ou os vários sentidos, em que se fala de Direito Ambiental. Um dos aspectos é o do meio ambiente propriamente dito, isto é, dos recursos naturais existentes (ar, água, flora, fauna, etc.).
Outro aspecto é o do ambiente criado pelo homem, isto é, o ambiente eminentemente humano tais como praças, ruas, edifícios, obras, etc. Por último o ambiente dotrabalho, onde aspectos relacionados como iluminação, ventilação, ruídos, temperatura, dentre outros são importantes. Assim, pode-se conceituar Direito Ambiental como:
“Conjunto de princípios, institutos e normas sistematizadas para disciplinar o comportamento humano, objetivando proteger o meio ambiente”.
Admitir-se que existe um Direito Ambiental exige, no mínimo, que se conceitue os princípios norteadores da aplicação da legislação ambiental.
a) Princípio da Prevenção ou Precaução: Este é o maior e mais importante ordenamento jurídico ambiental, considerando que a prevenção é o grande objetivo de todas as normas ambientais, uma vez que, desequilibrado o meio ambiente a reparação é na maior parte das vezes uma tarefa difícil e dispendiosa. Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Licenciamento, EIA, zoneamento) estão fundados nesse princípio.
b) Princípio da Cooperação: Significa dizer que todos, o Estado e a Sociedade, através de seus organismos, devem colaborar para a implementação da legislação ambiental, pois não é só papel do governo ou das autoridades, mas de cada um e de todos nós.
c) Princípio da Publicidade e da Participação Popular: Importa afirmar que não se admite segredos em questões ambientais, pois afetam a vida de todos. Tudo deve ser feito, principalmente pelo Poder Público, com a maior transparência possível, e de modo a permitir a participação na discussão dos projetos e problemas dos cidadãos de um modo geral.
d) Princípio do Poluidor-pagador: Apesar de um princípio lógico, pois quem estraga deve consertar, infelizmente ainda não é bem aceito na prática, ficando para o Estado esta obrigação de recuperar e para a sociedade o prejuízo, e para o mal empreendedor somente o lucro.
e) Princípio In dúbio pro natura: É uma regra fundamental da legislação ambiental, que leva para a preponderância do interesse maior da sociedade em detrimento do interesse individual e menor do empreendedor ou de um dado projeto.
A Constituição de um país á a sua Lei Maior. O Direito Ambiental que integra o Sistema Jurídico Nacional se apóia na Carta Magna. O Legislador Constituinte de 1988 dedicou especial atenção ao tema, reservando um capítulo da constituição, para tratar do meio ambiente. O Capítulo VI do Título VIII, no art. 225, cuja transcrição é obrigatória diz:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”
O termo Todos significa que qualquer pessoa é sujeito de direitos relacionados ao meio ambiente. Na linguagem jurídica o bem de uso comum abrange todos os bens (tudo que possa ser valorado) que não pertencem a ninguém especificamente, entretanto, que possam ser utilizados por qualquer um, a qualquer tempo, sem qualquer ônus (como por exemplo: água, ar, luz solar, etc).
O sentido da qualidade de vida é amplo e abrange todos os aspectos da vida humana, tais como transporte coletivo, segurança pública, comunicações, hospitalais, lazer, habitação, enfim, tudo o que possa conduzir a um nível de bem estar do cidadão. A responsabilidade pelo meio ambiente ecologicamente equilibrado não está restrita ao Poder Público constituído (seja Federal, Estadual ou Municipal). O termo preservar para gerações futuras está associado ao desenvolvimento sustentável.
 
ÓRGÃOS E COMPETÊNCIAS LEGAIS
A Constituição Federal de 1988 alterou a competências ambientais, descentralizando a competência para legislar sobre o meio ambiente, que antes era concentrada na União. Conforme consta no Art. 2 da Constituição, a competência privativa da União fica restrita às matérias que tratam das águas, energia, navegação fluvial, lacustre e marítima, aérea e aeroespacial, trânsito e transporte, recursos minerais e
Atualmente, tem-se a competência concorrente em matéria ambiental conforme consta no Art. 24 da Constituição Federal. Portanto, cada Estado da Federação tem competência legislativa concorrente com a União para fazer leis em matéria Ambiental. Cabe salientar que o princípio da hierarquia das leis deve ser respeitado.
O município também é um ente da Federação e pode legislar em matérias ambientais de interesse local, podendo ser mais restritiva, e suplementando a legislação federal e estadual. O Art. 30 da Constituição trata da competência municipal para legislar as matérias ambientais de interesse local. 
 4º Módulo: Perícia Judicial: Da nomeação à entrega final do laudo pericial
Na última parte deste artigo, serão discutidos aspectos inerentes ao processo da perícia judicial. Da nomeação às diligências e formulação do laudo, até finalmente a entrega do laudo e a análise do juiz. Os referências teóricos dos textos que serão discutidos posteriormente foram baseados nos autores: Almeida (2008), Juliano (2007) e KASKANTZIS (2009).
Nomeação e início da perícia
Segundo Juliano (2007,P.33): O profissional é nomeado pelo juiz através de despacho no processo, fixando de imediato a prazo de entrega do laudo.Os autos de um processo são uma sucessão de documentos que são juntados por ordem de chegada. O perito é intimado, em documento próprio, através de um oficial de justiça. O oficial de justiça procurará o perito no endereço fornecido pelo mesmo ao cartório onde pretende prestar os serviços. O endereço pode ser o de sua residência ou local de trabalho. Após o oficial de justiça intimar pessoalmente o perito, que assinará no verso do documento de intimação, ele devolve o documento ao cartório, que juntará a intimação ao processo. O perito terá 5 dias para recusar a nomeação. Caso recusar, a recusa deverá ser fundamentada (conforme os motivos de suspeição e/ou proibição já citados). Grifo meu. Uma vez aceita, a função do perito deverá ser cumprida. O perito poderá ser também, intimado nos autos. Não é necessário, neste caso, que seja elaborado o documento de intimação do perito. A intimação nos autos é realizada na última folha do processo, através de um carimbo.
Atualmente, os peritos têm deixado o contato diretamente na vara que pretendem prestar o serviço, pois assim, podem ser acionados mais facilmente, e acabam reduzindo os custos do judiciário, que não precisa acionar os serviços de um oficial de justiça. (ALMEIDA,2008,P.25). Ainda com relação à nomeação, KASKANTZIS, 2009 apud Juliano 2007 explica: “Após receber a intimação e sua nomeação, o perito deve estudar os autos, visando acrescentar uma proposta. A proposta de honorários será feita através de uma petição”. Juliano (2007,P.49), com vistas a orientar a correta execução do trabalho do perito explica: “Sempre que possível, a petição deve constar uma solicitação de adiantamento de honorários. É recomendável que o perito faça a proposta de honorários após tomar conhecimento dos quesitos das partes, a fim de saber a extensão que terá que desenvolver e, assim, calcular os honorários.”
Almeida (2008,P.37), complementando as explicações de Juliano (2007.P.49) completa: (...)Os honorários do perito devem ser integralizados logo que concluída a perícia e entregue o laudo.Quando os honorários do perito são depositados para posterior retirada, estes são reajustados monetariamente, através de conta poupança. Os honorários do perito são protegidos monetariamente contra eventual inflação. O não pagamento do adiantamento de honorários do perito deixa sujeito o processo a sua extinção. Isto vem, de certa forma, proteger os honorários do perito.(...).
Após a nomeação, o perito dirige-se ao cartório da vara em que foi nomeado e retira pessoalmente o processo, deixando registrada a data de retirada do processo dando assim o início aos trabalhos. São realizados os contatos com os assistentes técnicos, e iniciam-se as diligências que serão realizadas com vistas a levantar a prova pericial e concluir através do laudo pericial. (ALMEIDA 2008,P.39).
 
LEIS E NORMAS AMBIENTAIS
A Lei no 4.771/65, ou o Código Florestal define dois tipos de florestas de preservação permanente: a) porforça de lei e, b) por disposição do Poder Público. Neste sentido o Decreto no 1.282/94 também traz regras claras com respeito a exploração de florestas, manejo florestal sustentável, princípios e fundamentos técnicos para o manejo, confere ao IBAMA competência para definir áreas de exploração de madeiras, o corte raso na Amazônia para projetos sociais e de desenvolvimento, a reserva legal (50%) e a reposição florestal.
Em relação à fauna, a Lei no 5.197/67, trata deste assunto. Os animais são patrimônio nacional, proíbe a caça profissional e veda o comércio de animais. O Código de Pesca, Decreto – Lei no 221/67, pretende disciplinar cuidados acerca dos animais aquáticos, pesca, suas modalidades, sanções, cuidados, entre outros.
Em 1985 surge, com a Lei no 7.347/85, um dos instrumentos de proteção ambiental mais eficazes, a Ação Civil Pública, instrumento jurisdicional importante do qual pode o cidadão fazer uso quando se sentir prejudicado. Esta Lei será tratada com maiores detalhes na seqüência.
Em relação a biossegurança e às regras para manipulação genética segura, surge em 1995, para disciplinar o dispositivo constitucional a Lei no 8.974/95, regulada pelo Decreto no 1.752/95. Todas as regras e técnicas de engenharia genética para instituições no tocante à manipulação genética e liberação no ambiente de organismos geneticamente modificados estão aqui apresentadas. Atualmente, transita no Congresso o Projeto de Lei 2401/03 (Lei da Biossegurança) que trata do plantio e comercialização de sementes trangênicas.
Uma lei polêmica foi a de no 9.279/96 que trata da propriedade intelectual, ou lei de patentes. Ela se aplica tanto para produtos quanto para processos ou modelos de utilidade. Proíbe o patenteamento de animais ou vegetais, autorizando apenas aos microorganismos transgênicos se cumpridos os requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Internacionalmente os EUA, Japão, México, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Panamá, Chile, Tailândia e Indonésia concedem direitos de propriedade intelectual por patenteamento para plantas, animais e microorganismos transgênicos e seqüências específicas de DNA. Na esteia da lei de patentes veio a Lei no 9.456/97, a lei de cultivares (plantas advindas de melhoramento genético) e propriedade industrial.
Finalmente, a Lei no 9.605/98 – a lei de crimes ambientais ressaltou alguns aspectos importantes: a) o crime ocorre por ação ou omissão; b) a responsabilidade é pessoal (física) e também jurídica; c) sanções alternativas; d) o funcionário público responde na medida do dano (co-responsabilidade por omissão). Além de reafirmar outras: a) sanções; b) agravantes e atenuantes; c) os crimes em espécie; d) o cálculo das multas.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Um grande avanço, sem dúvida, foi o advento da chamada Lei de Ação Civil Pública – Lei No 7.347 de 1985, que atribui legitimidade ao Ministério Público e as Entidades Civis (ONG’s) para ajuizar ações contra os infratores da legislação ambiental e de outros direitos e interesses chamados difusos e coletivos.
Antes da Lei 7347/85 se uma empresa estivesse, por exemplo, poluindo o ar, somente os vizinhos - confrontantes poderiam pensar em promover uma ação. Hoje a sociedade tem o poder de ação, através do Ministério Público ou de alguma associação criada para o fim de proteger o meio ambiente.
Esta lei tem como objetivo principal disciplinar a Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente, ao Consumidor, a Bens de Direito de Valor Artístico, Estético, Histórico, Turístico e Paisagístico. Inovação que também merece destaque é a instituição do Inquérito Civil Público, previsto no art. 8º, da Lei 7347/85, que pode ser instaurado pelo Ministério Público para apuração e investigação de qualquer denúncia relativa a ofensa à direitos e interesses difusos e coletivos, como é o caso da lesão ambiental.
O Inquérito Civil Público é sempre presidido por um promotor de justiça, e para tanto pode requisitar informações e documentos de qualquer entidade pública e privada, assim como notificar pessoas físicas ou jurídicas para prestarem declarações sobre fatos de que tenham conhecimento. O referido instrumento, de natureza inquisitória, serve como base para o ajuizamento da Ação Civil Pública ou de outras medidas judiciais cabíveis para a prevenção ou reparação do dano ambiental.
 
PERÍCIA AMBIENTAL
Desde a instituição dos diplomas legais acima citados e com o advento da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), os tribunais dão conta de inúmeros processos movidos pela coletividade, pelo Ministério Público, pelo Estado ou pelo particular no exercício da proteção aos direitos individuais e coletivos na esfera do meio ambiente. O dano ou a ameaça ao meio ambiente é o objeto principal destas lides.
Nas ações judiciais sobre o meio ambiente que se destaca a Perícia Ambiental. Prevista no Código de Processo Civil (artigos 420 a 439 da Seção VII, Cap. VI – Das Provas), a prova pericial é solicitada sempre que, na averiguação da verdade dos fatos, faz-se necessária a atuação de profissionais com conhecimentos técnico-científicos especializados. Na área ambiental as informações e documentos não bastam para elucidar a lide, muitas vezes a averiguação da existência do fato danoso e dos efeitos prejudiciais depende de prova eminentemente técnica que somente pode ser produzida por profissionais especializados na área, é neste momento que se faz necessário a perícia ambiental.
A Perícia Ambiental tornou-se, assim, uma área técnica específica de atuação profissional. O objetivo da perícia é esclarecer tecnicamente a existência ou não de ameaça ou dano ambiental. Ela é realizada por profissional especializado na área.A atividade pericial em meio ambiente é regida pelo Código de Processo Civil, bem como as demais modalidades de perícias. E, em razão da especificidade das questões ambientais, esta atividade deve ser amparada na Legislação Ambiental vigente no
Logo, além dos requisitos morais e éticos inerentes a esta função, o Perito deve ser capacitado tecnicamente no tema de meio ambiente a ele designado. Deve estar apto a dirimir as dúvidas apresentadas através dos quesitos em fase processual específica e preencher os requisitos legais exigidos no Código de Processo Civil (art. 145 e §s seguintes).
Designado pelo Juiz, o Perito do Juízo atua como Auxiliar da Justiça assessorando o juiz na formação de seu convencimento. Trata-se da pessoa de confiança do Magistrado e produz ao final dos trabalhos o Laudo Pericial. A fundamentação do Laudo Pericial e responsabilidade do perito sobre as informações prestadas por ele são tratadas, respectivamente, no art. 429 e 147 do Código Processual Civil (CPC).
Observe-se que é direito das partes nomearem Assistentes Técnicos dentre os profissionais especializados e que forem de sua confiança. Estes profissionais irão orientá-los e assisti-los nos trabalhos periciais em todas as fases da perícia e, quando necessário, emitirão um Parecer Técnico. Diferentemente dos Peritos do Juiz, os Assistentes Técnicos não estão sujeitos a impedimento ou suspeição (art. 422 do CPC). Importante atuação dos Assistentes Técnicos é a de, durante os trabalhos de perícia, deixar transparecer os mesmos padrões exigidos pela legislação aos Peritos do Juízo, quais sejam, a capacidade técnica comprovada e os compromissos morais e éticos.
No laudo ou parecer técnico o que importa é a fundamentação técnica, que deve ser calcada em elementos objetivos, analisados e interpretados por métodos adequados, que conduzam a conclusões técnicas irrefutáveis. Inúteis, também, são as considerações de ordem jurídica, que alguns peritos e assistentes técnicos se permitem enxertar no laudo e parecer técnico, esquecidos de sua missão que é meramente técnica, sendo esta tarefa exclusiva dos advogados.
O que se requer do laudo ou parecer técnico é o aclaramento das questões técnicas, submetidas à apreciação pericial. Por isso, há de ser objetivo e conclusivo, afirmando ou negando o que foi indagado nos quesitos, semomissões ou evasivas e, obviamente, sem desvios ou falsidades nas suas informações e conclusões. Laudos omissos, facciosos, confusos ou não conclusivos são imprestáveis.
Sendo a prova pericial, a rainha das provas, tomamos a direção desta seara para suprir as necessidades e expectativas de nossos clientes, buscando sempre mostrar e defender seus interesses nas discussões técnicas jurídicas, o que se faz necessário tomar algumas medidas de ordem prática na condução desta fase técnica do processo.
O Perito Judicial, a priori, é o profissional de confiança do Juízo, e muitas vezes, o que os fatos nos tem demonstrado, esta confiança esta baseada somente, em atitudes dentro dos padrões morais e éticos, deixando de lado o terceiro fator que equilibra esta árdua tarefa, a capacitação técnica.
Como consideramos que moral e ética são condições inerentes ao exercício da função do Perito Judicial, e dispensam qualquer tipo de questionamento, deparamos sim na capacitação técnica e preparo dos profissionais, o que nos leva sempre a tomar vários cuidados na condução dos casos, principalmente atuando como Assistentes Técnicos em defesa de nossos clientes.
Então, como deve atuar um Assistente Técnico?
· Deve estar tecnicamente preparado e habilitado na matéria que irá discutir; Deve estudar e conhecer o problema, para que tenha suas próprias convicções;
· Deve participar em conjunto com o advogado, no que lhe compete tecnicamente, na elaboração da inicial, contestação e quesitos; Deve estar junto ao Perito Judicial para ajudá-lo e convencê-lo de suas convicções;
· Deve participar, se assim for aceito pelo Perito Judicial, na elaboração do Laudo;
· Deve sempre estar a disposição dos advogados, perito e interessados, para dirimir duvidas e participar intensamente da produção da prova pericial e;
· Deve administrar tecnicamente o que lhe compete, com clareza e objetividade, para sempre que solicitado prestar esclarecimentos aos advogados e interessados.
 
Sabemos, que a Prova pericial, como sendo a "Rainha da Provas", deve ser produzida com muita atenção, zelo e competência, sob pena, depois de encaminhada ao juízo, ver todo o trabalho perdido e interesses comprometidos, amargando assim, prejuízo material e insatisfação do cliente final.
Assistência Técnica Judiciária é uma atividade que envolve, competência técnica, interesse, trabalho, ética, comprometimento com as causas do interessado, e o mais importante, vontade de sempre vencer. Sempre dizemos, antes da discussão de qualquer matéria técnica, consulte sempre um perito da área.
 
As perícias ambientais envolvendo áreas da engenharia devem ser conduzidas por profissionais de nível superior, com registro profissional em órgão competente e conforme regem as atribuições profissionais segundo as leis federais, resoluções do CONFEA e normas técnicas mostradas abaixo.
• Lei Federal no 5194 de 21/12/1966 - Exercício da profissão de Engenheiro; • Resolução no 205 de 30/10/1973 - Código de ética profissional;
• Resolução no 218 de 27/06/1973 – Atribuições profissionais;
• Resolução no 345 de 27/07/1990 – Exercício de atividades de Avaliações;
• Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
• Constituição, Leis Ambientais Federais, Estaduais e Municipais, Código e Defesa do Consumidor; CONAMA; Código Florestal, entre outros.
Os quesitos de uma perícia ambiental são as questões formuladas pelas partes envolvidas no processo e que devem ser respondidas de forma técnica e imparcial, buscando esclarecer os interessados a respeito da matéria em análise. Para se responder os quesitos de uma perícia ambiental utilizam-se dados técnicos das normas, fotografias, referências bibliográficas especializadas, modelos matemáticos, questionários de respostas, visitas ao local em análise, resultados de análises de laboratório, entre outros.
O laudo pericial é o documento que apresenta os resultados da perícia ambiental. Não existe um formato padrão para este tipo de documento, mas recomenda-se que contenha, no mínimo, as seguintes informações:
• Identificação do processo e solicitante da perícia; • Identificação das partes envolvidas;
• Descrição do objeto da perícia;
• Apresentação da equipe de trabalho (perito e assistente técnico);
• Relação dos documentos e informações utilizados (fornecidos, leis e normas);
• Data, hora e período de tempo das diligências;
• Descrição dos dados e informações disponíveis para fundamentar a análise e as respostas dos quesitos da perícia em execução e as conclusões.
• Identificação do perito ou assistente técnico, registro profissional, registro geral, assinatura do profissional, data.
Considerando que a perícia ambiental está, geralmente, relacionada com impactos e danos causados ao meio ambiente, não se pode deixar de considerar no trabalho a análise dos fatores abióticos (clima, atmosfera, hidrologia, geologia, etc.), fatores bióticos (microorganismos, flora e fauna) e dos fatores sócio-econômicos (cultura, religião, nível social, raça, etc.). De um modo geral, o Perito Ambiental atua mais nos fatores abióticos e bióticos, entretanto, em alguns casos, os fatores sócio-econômicos podem desempenhar papel preponderante.
A seqüência apresentada trata de uma sugestão que na maioria dos casos não se tem ou não são necessários todos os elementos abaixo listados. Para cada caso específico são importantes os itens mais relacionados com o problema ambiental em estudo.
 5º Módulo: Confecção do laudo pericial
Uma vez finalizado os trabalhos e levantadas as provas, inicia-se a confecção do laudo pericial. Segundo KASKANTZIS (2009,P.60): (...)O laudo deve ser objetivo e conciso, com cuidados para não ser prolixo. Laudos extensos correm o risco de não serem lidos. O laudo deve ser entregue dentro do prazo estipulado pelo juiz em despacho no processo. Caso não for possível realizar o laudo no prazo, deve ser requerida prorrogação ao juiz. O laudo deve ser bem fundamentado. Para tanto, poderá ser instruído com fotos, plantas, desenhos, registros de imóveis e outras quaisquer peças.(...).
Se os assistentes técnicos concordarem com o laudo, poderão assinar juntos com o perito, ou mesmo, apresentar seu próprio parecer contestando algum ponto do laudo do perito que não concorda, ou até fazendo uma petição concordando ou discordando com o perito. Ao finalizar o laudo, o perito deve fazer uma petição de honorários, revalidando ou não a proposta que já havia feito. Segundo Almeida (2008,P.48): “Todos os honorários são depositados em conta especial da justiça, com rendimentos mensais, devem ser retirados mediante alvarás, para cuja obtenção é necessário fazer-se petição ao juiz que nomeou perito para a sua conseqüente liberação.”
Sobre a cobrança e o levantamento de honorários, Juliano (2007,P.52) complementa: (...)Muitas vezes os honorários são pagos diretamente ao perito, através de seu advogado. Essa maneira é mais prática. Dispensa a confecção de petição requerendo alvará para retirar quantia depositada; dispensa o cartório da confecção do documento de alvará; dispensa o juiz da conseqüente assinatura de alvará e, por fim, dispensa a ida do perito ao banco onde está depositado o valor. A economia de tempo é grande e evita-se o trabalho desnecessário. Essa prática em nada compromete a honra ou ética do perito; simplesmente contribui para maior fluidez da justiça, estigmatizada pela morosidade.(...)
O laudo deverá ser entregue no cartório onde foi nomeado. Neste momento poderá ser devolvido o processo. Após a entrega do laudo, as partes falarão a respeito do mesmo.(JULIANO 2007,P.53). Sobre a entrega do laudo, e os caminhos possíveis após este procedimento, KASKANTZIS (2009,P.65) explica: O juiz não está restrito ao laudo, podendo valer-se de outros elementos de prova existentes nos autos, inclusive pareceres técnicos e dados oficiais sobre o tema objeto da prova. Ele poderá adaptar elementos do laudo do perito, dos laudos dos assistentes técnicos, juntamente com outros dados científicos obtidos nos autos. Caso o juiz recuse o laudo, rejeitando o seu teor, deverána sentença expor os motivos, de modo satisfatório, de seu convencimento.
Após a análise do laudo, as partes poderão requisitar esclarecimentos do perito e dos assistentes técnicos, podendo inclusive o juiz, intimá-los a comparecer na audiência. Porém os mesmos somente terão a obrigatoriedade de comparecer na audiência, caso tenham sido intimados cinco dias antes da audiência. (KASKANTZIS, 2009,P.67). Sobre a ida do perito a uma audiência, Almeida (2008,P.65) explica: (...)limita-se a esclarecimentos às partes. O perito é intimado a comparecer à audiência para esclarecer dúvidas que uma ou ambas as partes tenham com relação a determinados pontos do laudo. A parte, através de seu advogado, requer que o perito preste esclarecimentos em audiência. As dúvidas e esclarecimentos da parte têm que ser formulada por escrito com antecedência, sob forma de quesitos, de maneira que o perito possa tomar ciência e pesquisar no laudo e melhorar a elucidação.(...) Na audiência o quesito de esclarecimento é lido pelo juiz, dirigindo-se ao perito. Por sua vez, o perito presta, verbalmente, o esclarecimento ao juiz, que após escutar cada afirmação concatenada, dita para o escrivão datilografar os termos. Após o perito ter prestado todos os esclarecimentos, juiz e as partes assinam o documento. (...).
Com relação à avaliação do laudo pericial e do resultado da perícia, existe a possibilidade da realização de nova perícia. Isto ocorre quando o juiz solicita nova pericia por que a matéria ainda não está suficientemente esclarecida (Almeida 2008,P.66) Sobre esta nova perícia, os artigos 438 e 439 do CPC complementam importantes informações:
(...)Art. 438 -CPC – A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu. Art. 439 -CPC – A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira. (...).
 
PERÍCIA AMBIENTAL - EXAME DO LOCAL
1.1. Localização da Área: Apresentar mapas da área em análise em escala compatível indicando o local e vizinhança. Utilizar preferencialmente as coordenadas geográficas em unidades técnicas métricas.
1.2. Situação Legal da Área: Verificar se a área é pública ou privada, a qual unidade da federação pertence e se é considerada uma área de proteção ambiental. Descrever sucintamente a que se destina e qual o seu uso atual.
1.3. Clima: Realizar o levantamento climatológico regional (índice pluviométrico, freqüência, direção e intensidade do vento, umidade e temperatura ambientes médias).
1.4. Recursos Hídricos: Inventariar os recursos hídricos superficiais e subterrâneos e mapear os corpos d’água e mananciais.
1.5. Geologia e Morfologia do Solo: Descrever o perfil geológico do terreno e relevo local, relacionar os recursos minerais e indicar a direção de fluxo do lençol freático.
1.6. Solo: Mapear os solos, com considerações sobre a pedologia e a edafologia.
1.7. Vegetação: Descrever a mapear as principais formas de vegetação. Listar as plantas, principalmente, aquelas de interesse econômico. Constatar a ocorrência de espécies raras ou endêmicas.
1.8. Fauna e Ictiofáuna: Identificar principalmente os vertebrados e peixes, dando ênfase às espécies endêmicas, raras, migratórias e cinergéticas.
1.9. Ecossistema: Identificar e descrever os principais ecossistemas da área, nos seus componentes abióticos e bióticos.
1.10. Áreas de interesse histórico ou cultural: Listar e descrever locais de interesse histórico, culturais e jazidas fossilíferas num raio de 50 km. 1.1. Área de Preservação: Constatar se o local descrito está inserido em área protegida por lei (Parques, Estação Ecológica, Reserva Biológica, etc).
1.12. Infra-estrutura: Descrever as infra-estruturas existentes no local (núcleo habitacional, telefonia, estrada, cooperativas, etc).
1.13. Atividades previstas, ocorridas ou existentes na área: Relatar as tecnologias utilizadas nas fases de implementação e operação do empreendimento.
1.14. Listar insumos e equipamentos, usualmente, empregados nas atividades.
2. DISCUSSÃO
2.1. Diagnóstico Ambiental da Área
2.1.1. Uso atual da terra: Constatar o uso atual da terra, dar o percentual utilizado pela agropecuária.
2.1.2. Uso atual da água: Constatar o uso da água, bem como obras de engenharia (canal, dique, barragem, drenagem). Verificar se ocorrem fontes poluidoras.
2.1.3. Avaliação da situação ecológica atual: Realizar o levantamento das ações antrópicas anteriores e atuais, bem como relatar a situação da vegetação e fauna nativas. Com os dados obtidos inferir sobre a estabilidade ecológica dos ecossistemas da área.
2.1.4. Avaliação sócio-econômica: Analisar a situação sócio-econômica da área, através de uma metodologia compatível com a realidade regional.
2.2. Impactos Ambientais Esperados na Área
2.2.1. Impactos ecológicos: Listar e analisar os impactos ecológicos, levando em consideração a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas naturais, principalmente, aquelas localizadas em áreas protegidas por lei.
2.2.2. Impactos sócio-econômicos: Avaliar os impactos sócio-econômicos da área, levando em consideração os aspectos médicos e sanitários.
2.2.3. Perspectivas da evolução ambiental da área: Inferir sobre qual seria a evolução da área com ou sem o empreendimento.
2.3. Considerações Complementares (quando for o caso)
2.3.1. Alternativas tecnológicas e locacionais: Optar por alternativas menos impactantes para o meio ambiente, em termos tecnológicos e locacionais.
2.3.2. Recomendações para minimizar os impactos adversos e incrementar os benéficos: Listar as recomendações específicas para minimizar os impactos negativos e incrementar os benéficos.
2.3.3. Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais adversos:
Desenvolver e implantar programas de biomonitoramento, de controle de qualidade da água, de controle de erosão, etc.
2.3.4. Apreciação dos quesitos: Como geralmente há quesitos formulados pelo
Promotor, Juiz ou Delegado, neste subitem eles deverão ser claramente discutidos e esclarecidos.
3. CONCLUSÃO
Ela deve ser elaborada de forma sucinta, mas sempre que possível, conclusiva, abrangendo os aspectos ambientais anteriormente discutidos.
 
6º Módulo: Considerações Finais
O presente artigo trouxe importantes informações para o profissional da área ambiental, que deseja atuar como perito judicial ambiental. A explicação sobre a definição de perícia, assim como, as principais características do perito judicial, poderão contribuir para que o profissional que deseje atuar nesta área possa ter mais segurança de como iniciar este processo. É importante concluir também, que o profissional da área ambiental, poderá trabalhar como assistente técnico das partes, que seria um outro ramo de atuação do profissional da perícia. O artigo foi claro ao explicar, que um dos principais cuidados que o profissional deverá tomar, é quanto ao atendimento aos prazos, e a responsabilidade pela prestação de serviços, pois caso o perito nomeado apresente um serviço aquém do esperado o mesmo poderá não ser mais nomeado. Além do mais, é importante salientar que qualquer informação inverídica poderá levar o profissional a responder perante a justiça e ao seu conselho de classe, além também, de ficar inabilitado por dois anos aos serviços de perito.
Uma vez que o profissional começa a desempenhar um bom trabalho como perito judicial e assistente técnico, ele ganhará know-how, reconhecimento profissional, e poderá começar a trabalhar no âmbito extrajudicial, através de consultorias na área ambiental. Mais uma vez dizendo, o presente artigo não possuiu a pretensão de esgotar a temática sobre perícia judicial ambiental, e sim, abrir caminhos para novos estudos através de uma leitura mais detalhada das referências bibliográficas citadas neste trabalho.
 
7º Módulo: Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Ribeiro, Josimar. Perícia Ambiental judiciária e Securitária: impactos e danos: Rio de Janeiro, THEX, 2008.p.108 BRAGA, Benedito. et. al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo:Prentice Hall, 2002.p.78 EQUIPE SARAIVA, Código de Processo Civíl, 15º Ed, São Paulo: Saraiva. 2009.p.87 FIORILLO,Antônio Pacheco, Celso. Curso de direito ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2004.p.110
JULIANO, RUI. Manual de Perícias, 3 ed, Rio Grande: Manual de Perícias, 2007.p.90 KASKANTZIS, Georges. Perícia Judicial Ambiental, Rio Grande: Manual de Perícias, 2009.p. 90

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