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MayaraKelly Ameba: nome não científico dado a grupos de protozoários parecidos As patogênicas causam amebíase Locomovem-se e alimentam-se por pseudópodes Se diferem quanto o modo que infectam Podem ser: vida livre, comensais ou parasitas Parasitas: patogênicas Comensais: não são patogênicas Gênero Entamoeba mais comum nos humanos, e possui espécies patogênicas e não patogênicas Entamoeba sp Protozoários que colonizam o intestino grosso humano Comensais: Entamoeba díspar Entamoeba coli Entamoeba hartmanni Endolimax nana Iodomeba butschlii Entamoeba gengivalis Patogênico: Entamoeba histolytica Morfologia Formação de núcleo esférico ou arredondado e com vesículas Cromatina esférica Cariossomo pequeno, central e excêntrico Distinção entre espécies: Quantidade de núcleos Tamanho do trofozoito e do cisto Estrutura Inclusões citoplasmáticas (vacúolos) Entamoeba coli Comensal Estrutura nuclear semelhante a Entamoeba histolytica Diferem-se na quantidade de núcleos Forma cística: esfera pequena com até 8 núcleos, corpos cromátides finos Normalmente encontrado nas fezes Não apresentam risco Iodamoeba butschlii Comensal Cariossomo grande e central Presença de muito glicogênio do núcleo Reage com o iodo no corante utilizado (lugol) Núcleo se torna muito escuro MayaraKelly O cariossomo se torna mais difícil de ver Facilmente identificável Normalmente encontrado nas fezes Não apresentam riscos Endolimax nana Comensal Menor ameba comensal do ser humano Forma cística: oval e com 4 núcleos Normalmente encontrado nas fezes Não apresentam riscos Entamoeba histolytica Patogênica Unicelular Pode aparecer de formas diferentes (pleomorfo) Pseudópodes Movimentação direcional (lesma) Trofozoítos Causam as manifestações clínicas Menos resistentes Não sobrevivem à ambientes externos ao intestino grosso Encontrados em fezes diarreicas, no intestino grosso e em úlceras Dois tipos de trofozoítos: forma magna e forma minuta Forma magna: Maior Mais possibilidades de formar pseudópodes Para locomover-se para outros lugares do corpo Trofozoíto invasivo Entamoeba histolytica Consegue invadir células Atravessa a parede intestinal Pode aparecer em regiões diferentes do organismo Patogênico Forma evoluída do trofozoíto não patogênico Está aderido à parede do intestino grosso (órgão mais vascularizado) Se esse trofozoíto cair na circulação sanguínea: pode ser "levado" a qualquer órgão que receba sangue Todos os órgãos do corpo humano recebem sangue Possibilidade de encontrar hemácias dentro "Come" sangue Não forma cistos Forma minuta: Entamoeba comensal Menor Não patogênicos MayaraKelly Menos pseudópodes Trofozoíto não invasivo Assintomáticos ou com algum quadro leve intestinal Não consegue perfurar o intestino Grãos de amido e algumas bactérias dentro do trofozoíto Formam cistos Fatores que tornam o trofozoíto em invasor Aquisição de "virulência" e patogenicidade Quebra do equilíbrio parasito x hospedeiro Fatores do hospedeiro: Imunidade Idade Localização geográfica Estado nutricional Hábitos sexuais Meio em que a ameba vive: Microbiota Microbiota em estado normal de funcionamento: trofozoíto minuta Microbiota desgovernada: trofozoíto magna Reinfecções sucessivas Cistos Pré-cisto Iniciando alterações para se transformar em cistos Fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto Oval ou arredondado Menor que o trofozoíto Núcleo semelhante ao do trofozoíto Metacisto Forma intermediária entre o cisto e o trofozoíto Liberada após a ingestão dos cistos Antes de se transformar em trofozoíto Cisto Esféricos ou ovais De 1 a 4 núcleos Mais resistentes Sobrevivem fora do intestino grosso e no ambiente externo Encontrados nas fezes normais Responsáveis pela transmissão Reservas de glicogênio (quando colorado com lugol tem a mesma característica que a iodamoeba) Corpos cromátides na forma de bastonetes ou charutos Legenda: Amebas encontradas em humanos: Entamoeba histolytica: (1) trofozoíto; (2) trofozoíto de ciclo patogênico; (9) e (10) rstos; Entamoebah artmanni: (3) e (4) trofozoítos; (11) cistos; Entamoeba coli: (5) trofozoítos; (12) cistos; Endolimax nana: (6) e Tl trofozoítos; (13) cisto; lodamoebab ustchlii: (8) trofozoítos; (14) cisto. (Adaptado de Rey, 1973.) MayaraKelly Ciclo biológico Monoxeno Forma de contaminação: através de alimentos e água contaminados e via sexual (fecal-oral) Trofozoítos não invasivos Forma minuta 1. O cisto entra no organismo 2. Chega ao estômago sofrendo algumas alterações para já se transformar em trofozoíto Metacistos 3. Se dividem e formam até outros 8 trofozoitos 4. No ílio intestinal: deixa de ser cisto 5. Os trofozoítos colonizam o intestino grosso Reprodução por divisão binária 6. Aderem às paredes do intestino grosso 7. Formação de novos cistos: encistamento Pré-cistos Ganho de nutrientes 8. Cistos maduros saem nas fezes do paciente infectado 9. O ciclo se repete Trofozoítos invasivos Forma magna 1. O cisto entra no organismo 2. Chega ao estômago sofrendo algumas alterações para já se transformar em trofozoíto Metacistos 3. Se dividem e formam até outros 8 trofozoítos 4. No ílio intestinal: deixa de ser cisto 5. Os trofozoítos colonizam o intestino grosso Reprodução por divisão binária 6. Aderem às paredes do intestino grosso 7. Liberação de enzimas destruidoras do tecido intestinal Proteases e amebapore Destruição do tecido 8. Invasão Adesão na superfície do tecido Dentro da parede do intestino começam a se reproduzir 9. Leva a uma resposta inflamatória do organismo Células de defesa começam a entrar em ação: pode ou não conseguirem combater 10. Conseguem atravessar a parede do intestino Ameboma Essa lesão causada na parede pode permitir a passagem de bactérias da microbiota (no intestino não causavam nada, mas ao passar pra outros locais do organismo podem agravar o caso) MayaraKelly Lembrando que o intestino é muito vascularizado (vasos sanguíneos que irrigam o intestino). O trofozoíto entra na corrente sanguínea e pode ir a qualquer órgão do corpo Levando a uma disseminação extra intestinal Disseminação - amebíase extra intestinal Fígado Pulmão Cérebro Região anal e vaginal Amebíase Transmissão Através de cistos maduros Alimentos contaminados Pacientes assintomáticos Forma de cistos (forma minuta) Ingestão de água contaminada Via sexual (oral-fecal) Epidemiologia 500 milhões pessoas infectadas no mundo No Brasil, mais relatos de abcessos hepáticos no Amazonas Maior prevalência em países tropicais e subtropicais Condições sanitárias e socioeconômicas precárias Os cistos vivem aproximadamente 20 dias no ambiente exterior Mais frequente em adultos Formas clínicas O paciente após a infecção pode passar de 7 dias a 4 meses para ocorrer manifestações clínicas (incubação) Variável e difícil de determinar Assintomáticos: 80 a 90% dos casos Descoberta por acaso no exame de fezes A Entamoeba dispar é igual à Entamoeba histolytica no exame Quando ocorrer essa confusão, sempre diagnosticar como Entamoeba histolytica (melhor prevenir do que remediar) No laudo laboratorial definir como Entamoeba histolytica/dispar Sintomáticos: intestinal e extra intestinal Intestinal (reação dentro do intestino) Colites não disentéricas Sem diarreia MayaraKelly 2 a 4 evacuações de fezes pastosas e moles Cólicas e desconforto abdominal Variação entre os sintomas e um período assintomático: 2 a 3 dias Raramente ocorre febre Colites disentéricas Quando já aderiu à parede do intestino, mas ainda não saiu para a corrente sanguínea Diarreia com muco e sangue 8 a 10 evacuações por dia Febre Náuseas Cólicas Flatulência Tremores Desconforto abdominal Complicações: Inflamação grave do intestino Perfuração intestinal Apendicite, peritonite Hemorragia Ameboma Desidratação Extra intestinal (fora do intestino) Abcessos hepáticos Dor Febre Hepatomegalia Hepatite amebiana aguda Abcessos pulmonares Geralmente precedida de abcesso hepático Abcessos cerebrais Alterações no SNC Diagnóstico Exame de laboratório parasitológico de fezes Pesquisa direta de ameba: amostras frescas (30 minutos após a coleta) Entamoeba histolytica na forma de trofozoíto Sedimentação espontânea: forma cística Exames de apoio Pesquisa de sangue oculto nas fezes Imunológico Sorologia para detecção de manifestações extra intestinal Observa-se a presença de anticorpos produzidos pela presença da Entamoeba histolytica Referências: Slides e anotações da aula NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 13ª ed. São Paulo: Atheneu, 2016
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