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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

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PROCESSO CIVIL: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO
Prof.º Jackson M. Porfirio
Jm.porfirio@hotmail.com
02/03/2020 
De forma geral para relembrar o processo de conhecimento: 
Caminho do processo = procedimento/rito comum → entretanto existe o procedimento especial, que pode ser totalmente diferente desse aqui embaixo ex. despejo. 
Petição inicial (passível de emenda e aditamento) → Recebimento de petição → Pode ser que nesse momento o juiz deva decidir sobre uma tutela provisória (o processo se ramifica) → Citação do réu → Audiência de Conciliação e Mediação (em regra) → Defesa do réu (contestação, revelia, reconvenção) → Assistência de 3º se necessário → Providências preliminares (ex. réplica) → Julgamento conforme o estado do processo (pode ocorrer o julgamento antecipado do mérito nesse momento que já sentencia o processo) → SANEAMENTO BÁSICO DO PROCESSO → Audiência de instrução e julgamento → Fase instrutória (produção de outras provas) → Sentença (relatório, fundamentação e o dispositivo) → Pode ocorrer a coisa julgada 
Recursos cabíveis – dar uma olhada. 
O juiz não precisa mais resolver toda a ação em apenas um determinado momento. 
Ex. eu ajuízo uma ação com 3 pedidos, no momento das providências preliminares o juiz pode reconhecer 1 dos pedidos, ocorrendo o julgamento antecipado parcial do mérito e a ação ainda segue em relação aos outros 2. Ocorre uma decisão interlocutória e não uma sentença. 
Decisão interlocutória → agravo de instrumento. 
Sentença → apelação. 
Pedido imediato - tutela jurisdicional: 
1. Processo de conhecimento → o juiz vai conhecendo o problema para que no final dê uma solução para o mesmo. Objetivo de eliminar a incerteza de quem está certo ou errado, se o autor possui mesmo o direito pleiteado. 
Ao levar um problema para o juiz, o mesmo deve se certificar de todas as informações, para que no futuro ao sentenciar, ele tenha a segurança de que aquela é a mais adequada para o processo. 
3 possíveis espécies de pedido: 
a. Tutela condenatória: peço ao juiz a condenação ao réu. Ex. condenar a pagar, condenar a não fazer, condenar a fazer. → em regra: ação de prestação, ou seja, você precisa que seu direito seja satisfeito. 
Ex. Ana ajuíza uma ação para condenar B a pagar tanto. O juiz condena B a pagar R$ 10.000,00. Dá-se início a fase do cumprimento de sentença. 
b. Tutela constitutiva/desconstitutiva: crie ou desfaça uma relação jurídica. Ex. divórcio. 
c. Ação declaratória: que o juiz declare algo. Ex. ação declaratória de existência/inexistência de relação jurídica, declaração de autenticidade ou falsidade de um documento. 
2. Processo de execução → o juiz já tem pré certeza de um direito. Ocorre a presunção de que o réu está errado. Ex. execução de nota promissória. 
Antes do pedido mediato, sempre vem o pedido IMEDIATO. 
Pedido mediato – bem da vida: ação de crédito, ação de restituição. É o que você mais deseja, o que você mais quer, mas antes disso, você precisa pedir a tutela jurisdicional. Já o pedido mediato é o resultado prático que a parte tenciona ter. Por isso, deve responder à pergunta sobre qual é o bem da vida que espera proteger com a tutela jurisdicional que a parte solicitou.
Essa diferença pode ser mais fácil de compreender com um exemplo. Como base, usaremos uma ação condenatória. Nesse processo, a condenação é o pedido imediato. O que a parte quer na condenação, talvez o pagamento de uma dívida, é o chamado pedido mediato. Ele protege o patrimônio da parte autora, que é entendido como um bem da vida. 
04/03/2020
1. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Art. 509 a 512 CPC
· Em regra: existe para as Tutelas Condenatórias. 
“Quantum debeatur” → o valor poderá ficar em aberto por determinado tempo. 
Decisão ilíquida → ainda é genérica em algum ponto, geralmente quando se trata de valor. 
Atividade cognitiva complementar → dessa forma, ainda haverá uma atividade cognitiva, pois apesar do juiz ter dado a sentença, ela ainda precisa passar por uma liquidação. 
Liquidação de sentença: sentença que ainda, geralmente em relação ao seu valor, precisa ser definida. Vale lembrar que não é por opção do juiz, mas sim em razão do pedido indeterminado do autor. 
· Obs. Não cabe no Juizado Especial, mesmo que tenha eventual pedido do autor, é necessária uma sentença líquida. 
· Obs2. Meros cálculos aritméticos não entram na ideia de liquidação. Ex. atualização de valor. 
· Obs3. REGRA → a liquidação será de títulos judiciais. 
· Obs4. Cabe liquidação para qualquer tipo de decisão. 
1.1 FORMA 
a) Fase: a liquidação de sentença é uma fase dentro de um processo que já existe. Ou seja, a liquidação ocorre pelo mesmo juiz que proferiu a sentença. 
b) Processo: quando se tem um novo processo para que ocorra a liquidação. 
I. A.C.P (Ação Civil Pública). 
II. Sentença estrangeira. 
III. Ação Ex Delito. 
c) Incidente: ex. processo de execução. 
1.2 REGRAS GERAIS 
a) Requerimento: o juiz precisa do requerimento da parte para agir a questão da liquidação. 
b) Há possibilidade de uma decisão possuir parte líquida e parte ilíquida. 
→ O juiz pode fazer a liquidação em autos apartados, com o objetivo de facilitar a liquidação. 
c) Liquidação provisória: embora se tenha êxito na sentença, ainda há um recurso para ser julgado, ou seja, a situação pode ser revertida, mas de qualquer forma o autor tem o direito de liquidar a sentença. 
d) Fidelidade ao título. 
1.3 ESPÉCIES
a) Liquidação por arbitramento: geralmente ela existe em razão da necessidade de produção de uma prova técnica (ex. perícia). Ocorre em razão da natureza da sentença, por convenção das partes. 
I. Partes: apresentam pareceres, documentos, etc., com a ideia de demonstrar o valor que elas acham ser o correto. Mas o juiz pode ainda não se convencer do valor correto, e então determinar a perícia, mas se houver o convencimento apenas com os pareceres, já basta. 
II. Perícia: somente se necessário. 
b) Liquidação pelo procedimento comum: quando a sentença depende de fato novo para determinar o valor. Defesa e depois audiência. Pode ocorrer a produção de novas provas. 
04/03/2020
2. Cumprimento De Sentença
Art. 513 a 519 
· De título judicial 
2.1 FORMA
a) Fase: dentro do processo de conhecimento (não é mais discussão de quem está certo ou errado, mas sim a necessidade de fazer com que o réu pague, faça, não faça, etc.) → EM REGRA. 
b) Processo autônomo: quando há a necessidade de um novo processo para que haja o cumprimento da sentença. Ex. sentença penal condenatória (o juiz criminal pode condenar o réu ao pagamento de determinada quantia em razão dos danos morais, entretanto não pode forçar o réu dentro do processo criminal); ação coletiva (tal ação determinou que tal categoria possui determinado direito, na ação coletiva, a pessoa ganha o título judicial, mas deve ajuizar seu próprio processo para forçar o condenado a cumprir a sentença). 
2.2 REGRAS GERAIS (fase) 
a) Quando a condenação for obrigação de fazer, não fazer, entregar algo: a execução da sentença pode ser de ofício (pelo juiz). 
b) Quando a condenação for ao pagamento (quantia certa): é necessário que o credor faça o requerimento da execução. 
c) Inclusão no cadastro de proteção ao crédito: quando não ocorrer o pagamento voluntário dentro do prazo estipulado. 
09/03/2020 
2.3 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS – art. 515 CPC
Criados por meio de um processo. 
a) Decisão proferida no Processo Civil → exige uma obrigação. Fase de cumprimento de sentença. 
b) Homologação da autocomposição judicial; 
c) Homologação da autocomposição extrajudicial; 
d) Certidão formal da Partilha; 
e) Crédito do auxiliar da Justiça; 
f) Sentença Penal Condenatória. Processo de cumprimento de sentença; 
g) Sentença Arbitral. Processo de cumprimento de sentença; 
h) Sentença ou Decisão Interlocutória estrangeira homologada pelo STJ. 
Cuidado: a homologação é somente para títulos estrangeiros JUDICIAIS, se você possui um título EXTRAJUDICIAL você pode executá-lo direto sem homologação, ex. cheque.
Ex. Carta Rogatória: teve uma decisão no estrangeiro para apreender bens queestão aqui no Brasil, então é mandada a carta rogatória para o STJ que da o EXEQUATUR. 
Pode ocorrer o não cumprimento de sentença imediato, em razão da necessidade da liquidação da sentença. 
· Obs. A autocomposição extrajudicial, quando cumpre os requisitos, têm valor de título executivo judicial. 
Ao homologar o acordo, tornando-o judicial, a defesa do réu é muito mais restrita em relação a matéria. 
· Obs2. Invalidades e nulidades: todo e qualquer defeito que o processo tenha, deve ser alegado antes que preclua. 
· Obs3. Toda essa matéria é aplicável a tutela provisória. 
2.4 CUMPRIMENTO PROVISÓRIO – art. 520 a 522 CPC. 
· Obrigações de pagar quantia certa. 
· Provisório porque a decisão foi impugnada por meio de recurso.
Efeitos do recurso
a)	Devolutivo: todos os recursos possuem. 
b)	Suspensivo: alguns recursos possuem. Suspendem os efeitos da decisão proferida.
· O cumprimento provisório só pode acontecer quando o recurso NÃO POSSUI efeito suspensivo. 
· Entender que é provisório devido ao recurso, que pode reformar a sentença (o título). 
· O cumprimento provisório tem o objetivo de “localizar os bens”. 
· Levantamento de dinheiro, transferência de bens não estão inclusos no cumprimento provisório! E para que estes ocorram, é necessária uma caução. 
Requisitos:
a) Petição do Exequente: responsabilidades pelos danos. Ele assume o risco. 
· Obs. Se o exequente quiser levantar dinheiro (sacar o dinheiro), transferir bem móvel/imóvel, é exigido uma caução, uma garantia. 
Exceção da obrigatoriedade da caução: 
Quando o crédito for relativo a alimentos. 
Quando o credor demonstra necessidade. 
Agravo do art. 1.042 CPC 
Exceção da exceção: manifesto risco grave ao Executado e de difícil reparação. 
· Obs2. O não cumprimento voluntário gera uma multa. 
O executado deposita em juízo o valor e recorre, para isentar-se da multa. Ele deposita o valor sem a finalidade de cumprir a sentença, tal ato tem apenas a finalidade de não pagar a multa. 
· Obs3. Reversão pelo réu – o réu ganha o recurso e reverte a situação. 
Restituição ao estado anterior → tudo deve voltar a ser como era antes, verificação de possíveis danos.
· Obs4. Haverá direito de impugnação pelo executado.
Apesar de ser um cumprimento provisório, o executado tem o direito de se manifestar. 
2.5 COMPETÊNCIA 
Quem é o juiz competente para analisar o cumprimento da sentença? Deve saber se é uma fase ou um novo processo. 
· Fase de cumprimento de sentença, no mesmo processo: mesmo juiz que decidiu. 
· Sentença arbitral: competência territorial. 
· Sentença estrangeira: Justiça Federal de 1º grau, seguindo as regras territoriais. 
· Sentença penal condenatória: Justiça Estadual Cível → domicílio da vítima ou local do fato. Salvo art. 109 CF. 
· Obs. importantíssimo. Cumprimento chamado de “cumprimento provisório itinerante” → flexibilização da regra da perpetuação da jurisdição (você define o local no momento do ajuizamento da ação, as modificações de fato e de direito não alteram a competência). Entretanto, na fase do cumprimento, em razão de algumas alterações de fato e de direito, o processo pode se deslocar. 
→ Situações em que isso pode ocorrer: 
Domicílio do executado/réu.
Situação dos bens. 
11/03/2020 
2.6 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DEFINITIVO – art. 523 a 527 CPC
Obrigações de pagar a quantia certa.
· Decisão líquida – a decisão do juiz já trouxe o valor correto ou já passou pela fase da liquidação. 
· Não há controvérsias. É um processo incontroverso. 
· Legitimidade para exigir o cumprimento: o credor. Rol no art. 778 CPC. Não associar aos termos autor e réu. Pode utilizar os termos exequente/executado. 
a) Provocação: para que seja dado início ao cumprimento de sentença, é necessário que o credor/exequente faça o requerimento ao juiz. Dessa forma, o devedor é intimado para realizar o cumprimento voluntário. 
Quando é pagamento de quantia certa, o juiz não pode dar início de ofício ao cumprimento. 
		A provocação ocorre para dar início ao cumprimento voluntário da obrigação. 
· Requisitos da PETIÇÃO:
→ Discriminação do débito (ex. juros, correção monetária, termos iniciais e finais – quando até quando -, modo de capitalização dos juros, etc.); 
→ Qualificação das partes (ex. mudança de endereços, adição de CPF do devedor, etc.); 
→ Se houver condições, realiza a indicação de bens. 
Juiz pode realizar a busca dos bens do devedor por meio do BACENJUD (convênio com os bancos), RENAJUD (convênio com o DETRAN), INFOJUD (imposto de renda).
	→ O juiz pode controlar o valor de ofício. Ou seja, por mais que o credor afirme que tem direito a determinada quantia, o magistrado pode “arrumar” de ofício. Pode solicitar o auxílio do contador judicial. 
	→ Se o exequente tiver dificuldades para chegar ao valor do débito, para discriminá-lo corretamente, em razão da falta de documentos que estão em poder de terceiros, pode realizar um pedido de exibição para o juiz. Se este entender que o pedido é plausível, exerce seu poder coercitivo para exibição do documento. 
	→ No caso de não exibição dos documentos, o juiz pode considerar que os cálculos do credor são corretos. 
b) Cumprimento voluntário: o devedor tem o prazo de 15 dias após a intimação para satisfazer a obrigação. 
· Obs. Pagamento parcial: o processo segue devido ao montante que falta. 
· Cumprimento voluntário antes da intimação p/ cumprimento voluntário:
→ Pagamento: ocorre por depósito em juízo, e o credor pode se manifestar se concorda ou não com o valor, podendo impugnar em até 5 dias. 
→ Se o credor concordar com a quantia, ocorre a extinção do processo. 
→ Em caso de impugnação, o credor deve discriminadamente apontar o valor correto, a quantia que está faltando. Entretanto, o exequente já pode levantar (sacar) o valor que é incontroverso. 
→ Em caso do juiz acatar a impugnação, intima o devedor para que pague a diferença. 
E quando o devedor NÃO CUMPRE a obrigação, não realiza o cumprimento voluntário em 15 dias, ou cumpre apenas de forma parcial, ocorre automaticamente o cumprimento forçado: 
c) Cumprimento forçado: além do valor da dívida (custos do processo, honorários, valor do débito), é acrescido uma multa (art. 523 §1º) de 10% sobre este valor + honorários de 10%. 
· Obs. Para o cumprimento forçado, não é necessária nova intimação. 
· O juiz determina a expedição de mandado de penhora e avaliação dos bens, de forma que o processo irá seguir para atos expropriatórios. 
· Obs2. Prescrição Intercorrente: período de tempo que o processo está no cumprimento de sentença e nada ocorre, ou seja, o credor não achou bens e o processo ficou sem movimentação. O processo pode prescrever. Mesmo prazo de prescrição do processo – art. 206 CC. 
 
Ou seja, após a intimação da sentença, ocorre a intimação para que o devedor realize o pagamento voluntário em 15 dias. Após os 15 dias, se não paga a obrigação, AO MESMO TEMPO, ocorre o mandado de penhora e o prazo de 15 dias para a impugnação, que começa a correr sem intimação. 
DEFESA DO EXECUTADO
Limitada pois não pode discutir o que já foi discutido no processo de conhecimento. 
Não é contestação!!
a) Impugnação ao cumprimento de sentença (art. 525 CPC)
→ Cognição limitada; 
→ Prazo de 15 dias que independem de intimação, ocorre a contagem automática a partir do término do prazo do cumprimento voluntário;
→ Independe de garantia (diferente da execução fiscal); ****
→ Alegação de matérias preclusivas.
· Obs. Em relação a matérias que não precluem, podem ser alegadas além os 15 dias. Ocorre a exceção de pré-executividade. A ideia é alegar matérias que o juiz poderia reconhecer de ofício. 
16/03/2020
· Conteúdo da impugnação
Matérias relacionadas a execução, visto que o processo de conhecimento já teve fim. Entretanto, têm-se algumas hipóteses que podem ser alegadas: 
I. Falta ou nulidade da citação (vício que não preclui): pode ser alegada quando ocorre a revelia, pois se ele contestou, ele torna a citação válida. Vício transrescisório (vício que ultrapassa a fase decisória). 
II. Ilegitimidade na execução. Ex. no processoo juiz tirou um réu e o credor ajuizou ação contra ele. 
III. Inexequibilidade/inexigibilidade: ou não é um título, ou é um título que não pode ser exigido ainda. Ex. título que tenha condição/termo (nota promissória que possui data de vencimento e você tenta executá-la antes que vença). 
IV. Problemas na penhora
V. Excesso na penhora: valor à maior (demonstrar o valor considerado correto), coisas diversas, cumprimento de prestação anterior (em caso de obrigações mútuas, primeiro cumpra a sua obrigação antes de exigir o cumprimento alheio). 
VI. Cumulação indevida de execuções. 
VII. Incompetência (fase de execução): pode ser absoluta ou relativa. 
VIII. Causas modificativas ou extintivas: superveniente à sentença. 
IX. Impedimento e suspeição. 
X. Sentença arbitral: não é possível rever a justiça da decisão arbitral no Poder Judiciário. Pode-se discutir aspectos sobre a validade da sentença arbitral. Defeitos formais que a decisão possua. 
XI. Decisão Judicial fundada em lei ou ato normativo, ou interpretação tidas pelo STF como inconstitucional.
1º Decisão do STF (decide que é inconstitucional). 
2º Juiz desrespeita decisão do STF na sua decisão. 
3º Cumprimento de sentença. 
1º Juiz: decisão. 
2º Decisão do STF – inconstitucionalidade. 
Ação Rescisória: 2 anos da decisão do STF sobre a inconstitucionalidade. 
· Desistência do cumprimento de sentença
É possível desistir do cumprimento de sentença? 
Em regra, não é necessário a anuência do réu. 
Entretanto, se o réu fizer uma defesa com base no direito material, deverá dar anuência/concordância para a desistência do cumprimento de sentença. 
→ Motivos pelos quais o réu não gostaria da desistência do autor: 
1º - se houver a desistência, o juiz irá proferir a decisão sem a resolução do mérito, ou seja, o réu poderá responder um novo processo de execução. 
2º - réu percebe que pode ganhar a ação e ter uma sentença de mérito a seu favor, mais a sucumbência. 
· É possível que o juiz expeça mandado de penhora, ainda que o réu tenha impugnado a sentença? DEPENDE do efeito da impugnação. 
AULA ON-LINE 23/03/2020
· Efeito suspensivo da impugnação
A regra é que não possui a força de suspender os atos executivos, mas pode ocorrer exceções: 
a) Requisitos (cumulativos)
→ Requerimento: se o exequente quiser que haja a suspensão, deverá requerer a suspensão dos atos executivos, a paralisação dos atos executivos. 
→ Garantia da execução (penhora, caução ou depósito): pode ocorrer a defesa sem garantia, mas se o executado quiser atribuir o efeito suspensivo a sua defesa, além de se defender é necessário que preste garantia ou aguarde uma penhora. 
→ Fundamentos relevantes: não pode ser qualquer tipo de defesa. 
→ Demonstração de grave dano ou de incerta reparação: se essa execução prosseguir, o dano causado ao executado será grave, ou de incerta reparação. 
b) Não impede: substituição, reforço ou redução da garantia. O efeito suspensivo não impede que haja substituição, reforço ou redução da garantia. 
c) Efeito suspensivo parcial: somente o que foi impugnado pode ser suspenso. Haja vista a possibilidade de uma impugnação parcial. 
Ex. estou impugnando uma parte da execução, garanto essa parte para que essa parte não prossiga, mas a outra parte pode prosseguir com os atos de penhora, etc. 
d) Caução do exequente: o juiz que arbitra para o prosseguimento. 
Mesmo com a suspensão, o exequente tem a possibilidade de prosseguir com a execução, desde que também preste caução. 
e) O efeito suspensivo não se estende aos demais executados quando o fundamento for exclusivo. 
Se o fundamento for comum, estende-se para todos. 
→ Art. 919 §1º possibilita com requisitos mais genéricos a tutela provisória. 
Art. 919 § 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
· Réplica do exequente
Quando o executado realizar sua impugnação e alegar alguma das matérias dos artigos 350 e 351.
· Julgamento e coisa julgada
O processo de cumprimento de sentença tem a mesma ideia do processo de conhecimento. 
Se o executado impugnar, o juiz deve julgar essa impugnação, deve julgar, decidir se o executado está certo ou não com essa defesa. 
Em caso do acolhimento total da impugnação, e extinguir a execução, caberá apelação. 
Entretanto, se extinguir apenas parte da execução, será uma decisão interlocutória, e caberá agravo de instrumento. 
· Averbação no registro de bens do devedor
Quando existe um cumprimento de sentença, já pode se fazer constar, por exemplo, na matrícula do imóvel do devedor, que existe essa ação. 
É a averbação da execução na ação. 
Ocorre o interesse em deixar tal situação pública, para que se caracterize fraude à execução. 
· Protesto de sentença: lei 9.494/97
Deve ser formal e solene.
Prova da inadimplência e descumprimento da decisão judicial. 
Em tese, o protesto deve ser feito após o prazo para o cumprimento voluntário.
Órgão de proteção ao crédito. 
Meio típico de coerção indireta. 
Cumprimento definitivo de quantia ou provisório alimentar. 
Certidão específica para essa finalidade. 
O protesto poderá ser cancelado ou reconhecido indevido. 
Pode gerar direito de indenização pelo executado, quanto este paga a quantia devida e não tem o protesto retirado. 
Cumprimento de sentença definitivo 
OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER
· Pode ser definitiva ou provisória. 
· No passado, caso não fosse possível a obtenção da tutela, já convertia em perdas e danos. 
· Tutela pode ser repressiva, reparatória, sancionatória ou preventiva. A preventiva é sempre a preferível. 
· Genérica
Tutela pelo equivalente em dinheiro, quando for absolutamente impossível chegar aquilo que o juiz estipulou. Deve ser o último caso.
 
· Específica/equivalente
Bem da vida – ilícita, que seria qualquer conduta contrária ou dano, que seria o prejuízo. O juiz deve fazer todo o possível para que se obtenha a tutela específica. 
· Tutela inibitória – específica/preventiva 
Com o objetivo de impedir que ocorra, ou então sua reiteração ou continuação. Não depende de alegação ou danos. Basta a ameaça ou a lesão e culpa e dolo. Ex. peço uma tutela inibitória pois estão ameaçando invadir minha propriedade. 
· Tutela reintegratória – específica 
Ilícito já praticado ou em andamento. Não importa a culpa ou dolo ou danos. Resolve uma situação pendente. Ex. peço a reintegração de posse, pois invadiram minha posse. 
· Tutela ressarcitória – genérica 
Contra o dano. Busca a reparação, recompondo o patrimônio. Devo provar o dano que eu tive. Ex. peço a indenização pois danificaram minha propriedade. 
· Não decorrem somente de vínculo obrigacional. 
· Início do cumprimento de sentença
De ofício ou a requerimento. O juiz pode começar o cumprimento de sentença de ofício (diferente de obrigação de pagar a quantia certa, que é necessário o requerimento). 
· Primazia da tutela específica e do resultado prático equivalente
Excepciona-se a regra da congruência objetiva. 
Ex. não quero que cortem as árvores, mas se cortarem, terão que plantar novamente. 
· Conversão em perdas e danos
Deve ocorrer em último caso. 
Opção pelo credor depois do descumprimento. 
Pela impossibilidade superveniente, imputável ao devedor. 
· Incidente cognitivo para apuração 
Poderá ter produção de provas e depois segue o rito do cumprimento para pagamento da quantia. 
Em regra, a fase cognitiva já eliminou a incerteza no processo. De modo que o cumprimento de sentença se atenha a atos executivos, mas mesmo no cumprimento de sentença, pode ocorrer a necessidade de uma cognição incidente, como por exemplo, no caso de conversão da obrigação de fazer em perdas e danos. 
Outro exemplo é o excesso de penhora, ou a discussão sobre o valor do bem. 
	Em tese: 
Fase de conhecimento → sentença para fazer ou não fazer → intimação para cumprimento de sentença → fase de execução → conversão de perdas e danos. 
No meio do cumprimento desentença, pode ser necessário o conhecimento do valor correto das perdas e danos. 
25/03/2020 – aula on-line 
· Técnicas processuais adequadas
Rol aberto, ao contrário dos títulos extrajudiciais. 
Instrumentos que o juiz poderá adotar para obtenção da tutela determinada na decisão. 
a) Sub rogatórias 
Uma espécie de coerção direta, independe do executado. 
São as medidas mais fortes que o juiz pode tomar. 
Ex. juiz manda tirar o nome do serasa, o executado não tira, então o juiz oficia diretamente o serasa e pede a remoção do nome do exequente. 
Ex. juiz determina que o executado transfira o carro para seu nome, não o fazendo, o juiz oficia direto o detran para que o faça. 
b) Mandamentais 
Uma espécie de coerção indireta, uma espécie de pressão sobre o devedor. 
Depende de uma ação do executado. 
Sentença que dá uma ordem “faça isso, faça aquilo”. 
c) Indutivas 
Uma espécie de “prêmio” para o cumprimento. 
Ex. se o réu cumpre a sentença de maneira espontânea, o juiz diminui os honorários de sucumbência. 
→ Podem ser atípicas ante o poder geral de efetivação (direito fundamental). 
O juiz tem o poder geral de efetivação, pois é direito fundamental das partes terem a decisão do juiz efetivada. Existem determinadas medidas que estão previstas no código, mas existe a liberdade de o juiz adotar medidas que são razoáveis para efetivação da sentença, sendo as medidas atípicas. 
→ Técnicas típicas
Art. 536 § 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
a) Multa/astreinte; 
b) Busca e apreensão (2 oficiais);
c) Remoção de pessoas ou coisas;
d) Desfazimento de obras;
e) Impedimento de atividade nociva;
f) Intervenção judicial na empresa (Lei 12.529/2011). 
· Obrigação de fazer fungível 
Cumpridos por terceiros às expensas do devedor. 
Execução direta por TRANSFORMAÇÃO. 
No geral, as obrigações são fungíveis, que podem ser realizadas por outra pessoa sem prejuízo. 
Ex. minha ação era contra B, o qual eu contratei para fazer o muro na minha casa. O juiz o condenou para que fizesse, ele não fazendo, o juiz (junto com o credor) pode determinar que outra pessoa o faça, e o devedor, B, terá que pagar. 
· Sanção premial atípica
É uma medida indutiva, sendo possível, mas não muito utilizada.
Promessa de recompensa judicial. 
Alteração, reforço e atenuação. 
→ O juiz dá a sentença, após o término do prazo para recurso, terá intimação. 
→ Intimação para cumprimento voluntário. – Pode ser de ofício. 
→ Prazo razoável. – Não há um prazo correto, pois depende daquilo que o juiz condenou. 
→ Exaurido o prazo, incide automaticamente a multa. – 10% de multa, 10% de honorários. 
→ 15 dias, que contam automaticamente, para impugnar após o prazo para cumprimento voluntário, nos próprios autos, independente de garantia. 
· Emissão de declaração 
A própria sentença substitui a emissão de declaração, trazendo o efeito jurídico. 
Adjudicação compulsória. 
Ex. transfira o carro, tira o nome do serasa, faça a escritura. 
· Descumprimento injustificado 
Quando há um descumprimento injustificado, geralmente é aplicada a multa, mas o juiz pode optar por outro caminho, que não é muito comum. 
Litigância de má-fé e responsabilização pelo crime de desobediência. Mas neste caso não incidiria a multa. 
· Conteúdo da impugnação 
Mesmo. 
MULTA COERCITIVA
· Tutela mandamental mais corriqueira nas obrigações de fazer. 
· A aplicação da multa pode ser de ofício ou a requerimento.
· Pode ser em qualquer fase do processo. 
· Deve ser suficiente e compatível, com um prazo razoável para pagamento. 
· Beneficiário: é a parte adversa. O exequente. 
· A multa também é chamada de astreinte, e é uma coerção indireta. 
· Natureza processual: não é a condenação, nem a sentença, esta dentro do processo. 
· Natureza coercitiva: pressionar alguém a cumprir a decisão.
· Natureza acessória: não é o mais importante do processo. 
· A multa não é punitiva nem indenizatória. 
· Pode ser cumulada com perdas e danos. 
· Limite: Não há um limite para estipulação do preço da multa, mas veda-se o enriquecimento ilícito, visto que o beneficiário é a parte adversa. O ideal seria o juiz colocar um limite no valor da multa. 
· A multa não é um fim em si mesma, ela é acessória no processo. Se ela tiver um alto valor, inverte o significado no processo, deixando a obrigação de fazer em segundo plano. 
· Não incide a multa quando a obrigação de fazer prevista na sentença se torna impossível de ser cumprida. 
· Proporcionalidade, razoabilidade e eficiência. 
· Incidência: se dá após o prazo para cumprimento voluntário. 
· Valor: meio adequado, necessidade. Não deve ser aplicada por comodidade, deve ser compatível com o interesse tutelado. 
· Alteração do valor e periocidade: na incidência da multa, o juiz pode alterar o valor da multa e o seu tempo de incidência, visto que o mesmo a acompanha. Ex. multa insuficiente, excessiva, o executado cumpre uma parte da obrigação ou então apresenta uma justa causa para o não cumprimento. 
· Revisão do valor cumulado: é possível a revisão da multa? Uma vez que a multa incidiu, ela pode passar por uma ideia de revisão? 
Existem discussões divergentes sobre o tema. 
É válido ao juiz analisar o valor da obrigação e a importância do bem, a demora do devedor para cumprir a obrigação e a capacidade econômica das partes. 
Ex. a obrigação simples de construir o muro foi cumprida, mas a multa ficou em um milhão de reais. Se o exequente ajuizou a ação com o objetivo de ter seu muro construído, sem a finalidade de ganhar dinheiro, então discute-se a necessidade do pagamento dessa multa. 
→ Compatibilizar a vedação do enriquecimento ilícito e a efetivação da sentença. 
· Dever do credor em mitigar o próprio prejuízo e boa-fé processual – supressio. 
Perda de uma situação jurídica de vantagem pelo não exercício em certo lapso por ter gerado a expectativa legítima. 
· Contempt of court: significa a ideia de satisfazer a corte, no sentido de ver a decisão cumprida. 
· Cumulação de multas: possível de cada multa possui natureza (coercitiva, punitiva, sancionatória), finalidade, beneficiário e fixações distintas.
- A do 536, § 1° é processual, coercitiva, beneficia o interessado e fixado pelo magistrado. 
- A do art. 77, § 2°, é administrativa, punitiva, beneficia o poder público. 
- A do 775, p.ú não cumula e é usada quando descumprir outra ordem judicial (ex: comprovação da evidência) e forçar o cumprimento distinto da multa coercitiva. 
- É possível cumular com a do art. 81, pois é sancionatória. 
- O crime de desobediência do art. 330 do CP é subsidiário (último caso), e somente quando não for objeto de outras punições.
· Execução da multa: procedimento de pagar quantia certa. Em regra, você faz isso no mesmo processo. 
· A multa é devida ao exequente e passível de cumprimento provisório, mas o credor não pode levantá-la. 
· Aplica-se às naturezas não obrigacionais também. 
30/03/2020 – aula-online 
Cumprimento de sentença definitivo de:
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA – art. 538
· Regra: buscar a tutela específica, a entrega real da coisa. Tentar forçar o réu a entregar a bendita coisa. 
· Conversão em perdas e danos
É uma medida excepcional, que ocorre em casos específicos: 
a) Consentimento do exequente (sempre necessário);
b) Devedor não quis entregar; 
c) A coisa não foi encontrada; 
d) Deterioração; 
e) Não reclamar do terceiro adquirente; 
f) Perda do interesse jurídico.
→ Incidente cognitivo para apuração dos danos 
Se eventualmente houver a conversão para perdas e danos, gera o incidente cognitivo para apuração dos danos. 
Deve-se discutir: quais danos? Qual o valor dos danos? 
Pode ocorrer a necessidade de produção de provas para tais definições. 
· Cumprimento voluntário e forçado 
Quando o juiz condena a pessoa a entregar algo, tem-se o prazo para cumprimento voluntário, nãohavendo este, o juiz começa o prazo para o cumprimento forçado. 
a) Cumprimento voluntário
O juiz pode tanto de ofício, quando a requerimento da parte. 
b) Cumprimento forçado
Automático após o prazo de cumprimento voluntário. 
Se houver a entrega da coisa, é registrada no auto de entrega. Significa o cumprimento. 
· Mandado de busca e apreensão (móvel) ou imissão na posse (imóvel) 
Para que se consiga a tutela específica, após o prazo de cumprimento voluntário, o juiz detém de alguns poderes para o cumprimento. 
a) Mandado de busca e apreensão
O juiz expede o mandado para algum oficial de justiça tentar encontrar o bem, para que se obtenha a força. 
b) Imissão na posse
Autorização do juiz para que a pessoa entre no imóvel. 
Imissão na posse se dá quando a pessoa nunca teve a posse do bem, diferente de quando a pessoa tem a posse e perde a mesma em razão de um ato ilícito (invasão por exemplo). 
· Defesa 
a) Prazo
Impugnação deve ser realizada em 15 dias. 
Os 15 dias a partir do esgotamento do prazo de 15 dias para cumprimento voluntário. Não há uma nova intimação para que o executado se defenda, é automático. 
· Efeito suspensivo da impugnação 
A regra é que não suspende, ao mesmo tempo que ocorre a defesa, ocorre a busca e apreensão, etc. 
Para que se obtenha o efeito suspensivo, a paralisação dos demais atos, têm-se requisitos. 
a) Requisitos (cumulativos). 
→ Depósito da coisa – para evitar uma defesa protelatória. 
→ Fundamentos relevantes para a suspensão. 
→ Risco de grave dano ou dano de difícil reparação. 
· Direito de retenção das benfeitorias 
Se o devedor realizou benfeitorias, ele tem o direito de retenção. 
Pode ser indenizado para depois devolver o bem. 
a) Benfeitorias
Úteis e necessárias podem ser indenizadas. 
Voluptuárias somente se tiveram autorização expressa. 
b) Momento de alegação
Na impugnação, sob pena de preclusão.
A não alegação gera somente a preclusão, e não a perda do direito. 
c) Ação autônoma
No caso de não alegação na impugnação, e haja preclusão, dentro desse processo nada mais é possível. É necessária a entrega do bem do jeito que está.
Há a possibilidade de ajuizar uma ação autônoma para discutir as benfeitorias. 
→ Caso especial de pedido executivo de procedimentos distintos (saldo favorável ao exequente). 
d) Direito de ressarcimento
Pode ocorre que o executado tenha bem que gere frutos e que deva entrega-lo ao exequente. 
E os frutos? Ideia de compensação, de ressarcimento dos frutos não colhidos ou dos danos sofridos. 
Até então, entrega de coisa CERTA. 
· Incidente de individualização da coisa 
Ocorre quando a coisa for incerta. 
Regra: a determinação do bem é do devedor, que deve realizar a determinação no momento do cumprimento. 
Se a obrigação de determinara a coisa for do autor, deve ser realizada na petição inicial. 
Se não fazer, é renúncia, salvo se não puder fazer na inicial (ex. alternativa). 
→ Incidente cognitivo na fase de cumprimento de sentença para a liquidação do julgado (liquidação incidental). 
O devedor deve fazer no prazo da entrega – escolha não abusiva. 
· Efetivação na alienação do objeto litigioso à terceiro 
Quando eu vendo o objeto do litigio a terceiro, sem a ideia de fraude de execução. O terceiro pode entrar no processo de duas formas: 
a) Sucessão processual 
O terceiro entra no lugar do vendedor. 
Necessário concordância da outra parte. 
b) Assistência litisconsorte 
O terceiro entra junto com o vendedor. 
Auxilia o vendedor a ter êxito na ação. 
→ Poderá converter em busca e apreensão ou embargos de terceiro. 
→ Aplica-se as regras do fazer e não fazer. 
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
· Intimação pessoal 
Para pagar os alimentos; 
Provar que já pagou; 
Justificar em até 3 dias a eventual impossibilidade de pagamento. 
· Protesto do pronunciamento + prisão civil de 1 a 3 meses (regime fechado)
Ocorre quando a parte não pagar ou não justificar o pagamento. 
Após o vencimento da 1ª parcela já pode-se pedir a prisão. 
Entende-se que até 3 parcelas vencidas pode-se pedir a prisão, mas se demorar muito para ajuizar o processo, entende-se que a demora do ajuizamento configura não necessidade da pensão, então não é necessária prisão. 
Súmula 309 do STJ
· Impossibilidade absoluta para justificar o inadimplemento 
Nesse caso, não há o que ser feito. 
· Cumprimento da pena não exime o pagamento 
Mesmo que fique preso, deve realizar o pagamento, pois a divida não morre. 
A cela é separada dos demais presos. 
· Cumprimento provisório sem prisão 
Pode ocorrer a penhora em dinheiro. 
Mesmo que a impugnação (defesa) tenha efeito suspensivo, o exequente poderá levantar a quantia mensalmente. 
· Competência
Cumprimento itinerante ou ainda no domicilio do alimentando. 
· Lei 5.478/68 – Lei de alimentos 
Teve seus artigos 16 a 18 revogados pelo art. 1.072, V do CPC. 
· Prisão 
Prisão possui caráter coercitivo (no direito penal é preventivo/punitivo). 
Somente em casos inescusáveis. 
Poderá haver oitiva de testemunhas. 
Prisão de 1 a 3 meses em regime fechado. 
· Penhora
Pode ser penhorado verba alimentar e FGTS
· Folha de pagamento 
É possível o desconto em folha de pagamento, sendo que a empresa que recusar comete crime de desobediência (art. 330 CP).
· Parcelas vencidas 
Podem ser descontadas em folha de forma parcelada, até 50% do vencimento, somando à prestação mensal. 
· Condutas procrastinatórias 
Ciência ao Ministério Público por crime de abandono material (art. 244 CPP). 
· Indenização por ato ilícito 
Constituição de capital à pedido de requerente (imóvel, direito real, título público, aplicação financeira, inclusão em folha de pagamento de empresa ou fiança). 
Patrimônio de afetação impenhorável e alienável. 
Redução ou amento do valor/prestação com base no salário mínimo. 
01/04/2020 – aula on-line
PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚBLICA art. 534 e 535
A Fazenda Pública figura como devedora, ela é condenada ao pagamento de determinada quantia. 
· Demonstrativo 
Demonstrativo discriminado, mencionando juros, correção monetária, período em que os juros incidiram. 
Na existência de vários exequentes (litisconsórcio ativo) cada exequente deve apresentar seu demonstrativo individual e atualizado. 
→ NÃO se aplica a multa prevista no art. 523 §1º do CPC, que é prevista no caso de pagamento de quantia certa em caso de não pagamento no prazo para cumprimento voluntário. 
→ Honorários só terão incidência se caso houver impugnação. 
· Intimação 
Ocorre na pessoa do advogado por carga, remessa ou por meio eletrônico. 
· Impugnação 
Prazo de 30 dias nos próprios autos. 
Quando presente a Fazenda Pública, os prazos serão contados em dobro, salvo quando o prazo já estiver estipulado. 
Conteúdo
I. Falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
II. Ilegitimidade da parte; 
III. Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
IV. Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
V. Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VI. Qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da sentença. 
→ A Fazenda também pode alegar causa de impedimento ou suspeição. 
· Excesso de execução 
Quando alegar o excesso de execução, deve-se declarar de imediato o valor considerado como correto. 
Demonstrar de forma especifica onde está o excesso do valor. 
Artigo 100 da Constituição Federal: 
· Precatório: valores acima de 60 S.M. em regra. – Presidente do tribunal. 
· RPV (requisição de pequeno valor): abaixo de 60 S.M. – Ordem do juiz.
· Impugnação parcial 
Ao realizar uma defesa parcial, o processo pode ser “dividido”. Visto que pode ocorrer desde logo o cumprimento da parte incontroversa, enquanto a outra parte é objeto de decisão do juiz. 
· Fundada em lei ou ato normativo ou interpretação tidos pelo STF como inconstitucionais 
Se a decisão do STF for anterior a sentença do processo, o título é inexequível, ouseja, sem necessidade de cumprimento. 
Se a decisão do STF for posterior, caberá ação rescisória. 
Execução extrajudicial – art. 771 e ss
Noções gerais 
· DIREITOS À UMA PRESTAÇÃO DE EXECUÇÃO 
Em regra, em tutelas condenatórias (pagamento, obrigação de fazer, não fazer e entregar). 
Poder jurídico conferido a alguém de exigir de outrem o cumprimento de uma prestação (conduta – direito subjetivo em sentido estrito). 
Concretização no mundo físico. A satisfação da obrigação. 
Inadimplemento. 
Possibilidade de optar pelo processo de conhecimento mesmo tendo título executivo extrajudicial. 
· CONCEITO DE EXECUÇÃO 
Execução: satisfazer uma pretensão devida. 
Espontânea
Forçada 
Processo autônomo de execução: instaurado de regra para títulos executivos extrajudiciais. 
Aplicação subsidiária ao cumprimento de sentença.
· CLASSIFICAÇÃO 
a) Forçada 
Sempre judicial. 
b) Extrajudicial 
Praticar a execução sem ajuizar uma ação. 
Cédula hipotecária e alienação fiduciária de bem imóvel. 
É uma exceção à autotutela. 
Execução de um título extrajudicial feita fora do poder judiciário. 
c) Direta 
Lato sensu
Sem colaboração 
Desapossamento
Transformação e expropriação 
d) Indireta 
Mandamental
Colaboração 
Patrimonial como multa
Pessoal como prisão civil 
e) Definitivo 
Judicial e extrajudicial 
f) Provisório 
Judicial 
06/04/2020 – aula on-line 
· COGNIÇÃO 
Existe em relação aos pressupostos processuais (ex. petição, título executivo) e ao mérito (pagamento). 
Sempre haverá cognição, mas o que difere é o grau. 
Existem dúvidas, incertezas, que precisam ser decididas pelo magistrado seja nos títulos judiciais (cumprimento), seja nos extrajudiciais (execução), que são sanadas pela cognição. 
A simples análise da existência ou não de título (pressuposto processual) pode ser considerada cognição. 
→ Incidentes cognitivos: substituição antecipada de bens, desconsideração da personalidade jurídica, transformação da obrigação de fazer em pernas e danos. 
→ Admissibilidade é a validade do procedimento, análise de todos os requisitos de validade. 
→ Mérito é o acolhimento ou não do objeto do procedimento. Não será uma certificação, poderá ainda haver decisões sobre prescrição, decadência, impenhorabilidade, etc. Também existem pedidos. 
É inevitável que haja coisa julgada. 
· NORMAS FUNDAMENTAIS 
Envolvem tanto cumprimento de sentença quanto para execução estrita. 
a. Efetividade
Pronta e integral satisfação. 
Em regra, satisfazer uma pretensão, dentro da ideia de tutela condenatória. Tornar concreta a decisão judicial. 
Maior efetividade possível, sendo impenhorabilidade uma restrição. 
Efetividade + eficiência.
b. Tipicidade e atipicidade – mais utilizada nas discussões acadêmicas. 
 Instrumentos passíveis para se obter a satisfação. 
O juiz tem o poder geral de efetivação. Art. 139, IV. Art. 297. Art. 536, §1º. 
Quando o réu não se propõe voluntariamente a cumprir a sentença, quais os instrumentos possíveis para que se obtenha a satisfação forçada? 
Instrumentos típicos
Descritos pelo Código ex. multa, penhora...
Instrumentos atípicos
Não previstos no Código, mas que podem ser utilizadas em razão da cláusula geral. 
	→ Cláusula geral processual executiva: termos vagos e efeitos jurídicos indeterminados. Ex. boa-fé. 
	→ Utilização das medidas atípicas no pagamento de quantia certa. 
	Entendimento 1: só poderiam ser utilizadas medidas atípicas, caso insuficiente as medidas típicas.
Princípios para aplicar a medida (principalmente atípica):
Da proporcionalidade, da razoabilidade, proibição do excesso, eficiência, menor onerosidade, contraditório. Ou seja, regulam a proibição do excesso da medida, mas que essa seja de forma eficiente, e não prejudique o devedor, fundamentando todas as medidas tomadas para o cumprimento da sua decisão. 
→ Não se pode confundir a não adstrição do juiz ao pedido mediato (bem da vida), com a sua não vinculação ao pedido de imposição de determinada medida para sua efetivação. 
O juiz, para realizar os seus atos executivos, em regra, não fica adstrito ao que foi pedido. Em regra, o pedido de medidas para efetivação, não vincula o juiz! Mas não pode dizer que não vincula o seu pedido mediato.
 - O juiz não está adstrito as medidas de efetivação, mas está adstrito ao pedido mediato.
→ Em alguns casos, a lei exige manifestação da parte para que seja tomada tal medida. Não podendo o juiz agir de ofício. Ex. manifestação de capital, o juiz não pode aplicar tal medida de ofício. 
→ Não pode infringir a regra criando uma medida atípica para deturpar a típica. 
A medida típica possui alguns requisitos, não posso criar uma medida atípica semelhante a típica sem os requisitos. 
Ex. prisão civil, privação do sono, decisões estruturais, whatsapp, bloqueio do cartão de crédito, apreensão CNH/passaporte. 
Discussão 1: medidas atípicas podem ser aplicadas discriminadamente para pagamento de quantia certa? 
Discussão 2: estudar quais medidas atípicas ferem ou não ferem os direitos fundamentais do executado. 
c. Boa-fé processual 
Deve guiar todo o Processo Civil. 
→ Subjetiva: aquela que analisa a intenção do agente. Difícil de ser aferida. 
→ Objetiva: comportamento do agente, seu agir com lealdade jurídica. 
A execução é um ambiente muito propicio à prática de conjunta de má-fé. Ex. fraude à execução. 
d. Responsabilidade patrimonial 
O executado, por óbvio, responde à execução com seu patrimônio. 
Contudo, no passado, a responsabilidade era pessoal, o devedor virava escravo, podendo chegar a ter seu corpo dividido.
Por isso, cuidando muito grande com a prisão civil. 
e. Primazia da tutela específica 
Principalmente nas condenações de FAZER, NÃO FAZER e ENTREGAR.
A pedido do exequente e sendo possível fisicamente, o juiz não deve medir esforços para alcançar exatamente o comando da decisão. 
Não sendo possível, deve-se buscar o resultado prático equivalente. 
SOMENTE sendo este impossível é que se pensaria em conversão da tutela em perdas e danos. 
f. Contraditório 
Existe na execução, mas muitas vezes será restrito.
Isto porque o CPC afirma, em alguns casos, qual o conteúdo do contraditório. 
g. Menor onerosidade 
Cláusula geral que visa impedir o abuso do exequente em face do executado. 
Relaciona-se com os meios de fazer cumprir a tutela, dentre várias medidas possíveis, igualmente eficazes, devo escolher aquela que trata menor prejuízo ao executado. 
A menor onerosidade pode e deve ser aplicada de ofício pelo juiz no caso concreto. 
h. Cooperação 
Prevista no art. 6 do CPC.
A cooperação tem o sentido de cumprir os provimentos legais e judiciais. 
Ex. indenização de bens à penhora por parte do executado. 
3os também podem ser chamados a cooperar. 
i. Proporcionalidade 
A execução deve ser proporcional. 
Ex. a ordem de nomeação de bens para execução pode ser relativizada se for proporcional. 
j. Adequação 
Dentro da proporcionalidade. 
Os meios utilizados devem ser adequados à tutela que se pretende satisfazer. 
Relaciona-se com medidas atípicas. 
k. Negócios processuais
O CPC traz a possibilidade de que as partes pactuem a cerca da execução. 
Princípio do autorregramento da vontade. 
· REGRAS DE EXECUÇÃO 
a. Nulla executio sune título 
b. Disponibilidade 
c. Responsabilidade objetiva do exequente 
d. Aplicação integrada das regras do processo de conhecimento 
e. Aplicação subsidiária aos atos e fatos que a lei atribuir força executiva 
· PODERES DO JUIZ 
a. Comparecimento das partes 
b. Advertir sobre ato atentatório 
c. Determinar à sujeitos o fornecimento de informações 
d. Medidas necessárias ao cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados, precavendo-se com a confidencialidade.
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA 
Cumprimento voluntário antes da intimação p/ cumprimento 
Intimação para pagar voluntariamente em 15 dias
Pagamento voluntário 
Não pagamento - automaticamente: 
Cumprimento forçado 
15 dias para defesa do executado / sem intimação

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