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Isoenzimas e Alterações em exames Bioquímicos em pacientes com suspeita de Coronavírus Biomédica Amostra para Análise Cuidado para coleta, armazenamento e transporte de enzimas: Utilização de anticoagulantes – o soro é o material de escolha para as dosagens enzimáticas no sangue. Assim, a utilização de anticoagulantes pode provocar erros de inibição enzimática. Exemplos: oxalato, citrato e EDTA inibem a amilase; o oxalato inibe a aminotransferase Hemólise – não se devem utilizar amostras hemolisadas para dosagens enzimáticas porque o conteúdo citosólico dos eritrócitos contaminará a amostra, causando alterações nas dosagens. Exemplos: liberação de fosfatase ácida, que existe em grande quantidade no interior dos eritrócitos, ou inibição das lipases pela presença da hemoglobina. Estase venosa – garroteamento demorado ou muito apertado provoca sensibilização de membranas biológicas em razão de hipoxia com liberação de fosfatases ácidas do interior dos eritrócitos e aminotransferases Coagulação – a separação do soro e do plasma deve ser feita o mais rápido possível porque a coagulação provoca desintegração de eritrócitos e plaquetas podendo contaminar a amostra com suas enzimas. Lipemia – soro e/ou plasma muito turvos (lipemia intensa) podem provocar turbidez na reação enzimática e, consequentemente, um erro fotométrico. Conservação das amostras As dosagens enzimáticas devem ser feitas o mais breve possível para evitar perdas da atividade enzimática. Quando for necessária uma conservação, esta deve ser realizada por um período curto e a 4°C. O congelamento da amostra deve ser evitado, uma vez que a cristalização da água presente no soro causa alterações irreversíveis das ligações de hidrogênio das enzimas e, consequentemente, sua desnaturação. Isoenzimas • Diferentes na sequência de aa. • Catalisam a mesma reação CPK Três frações: MB, BB, MM Isoenzimas FAL LDH CPK CK-MM ↑ nas lesões de músculo esquelético, miocárdio e cerebral. CK-MB ↑ no infarto agudo do miocárdio, distrofia muscular de Duchene, polimitose, mioglobinúria e rabdomiolise. CK-BB ↑ carcinoma prostático, outros carcinomas, lesão cerebral, choque, insuficiência renal crônica, síndrome de Reye e hiperpirexia maligna. Bioquímica da CK Amplamente usada para diagnosticar transtornos musculares. Sua atividade pode estar inibida em presença de compostos quelantes (EDTA, citrato, oxalato). Seu nível está ↑ no IAM e em danos musculares, como na isquemia muscular por decúbito prolongado, em convulsões, nos tremores, nos traumas, no excesso de exercício, na necrose, em cirurgias, em injeções intramusculares, no choque e em miopatias nutricionais que envolvam deficiência de vitamina E e selênio. Em problemas musculares, é conveniente dosar também a AST. Ocorre elevação da CK antes da AST, desaparecendo primeiro também. O padrão de alteração dessas enzimas pode indicar o estágio do transtorno: CK ↑ e AST ↓ = LESÃO RECENTE CK ↑ e AST ↑ = LESÃO CONTINUADA CK ↓ e AST ↑ = FASE DE RECUPERAÇÃO LDH Lactato desidrogenase Enzima encontrada em quase todos os tecidos do corpo. Contida dentro das células teciduais, a LDH é liberada na corrente sanguínea quando as células são danificadas ou destruídas. Assim, o teste LDH pode ser utilizado como um marcador geral de injúria celular. ↑de LDH podem ser medidas tanto como LDH total... Tipos de LDH LDH-1, coração, hemácias, rins, LDH-2, coração, hemácias, rins (em menores quantidades que LDH-1) LDH-3, pulmões e outros tecidos LDH-4, leucócitos, linfonodos; músculos, fígado (em menores quantidades que LDH-5) LDH-5, fígado, músculo esquelético Apesar de todas as isoenzimas estarem representadas na LDH total, a LDH-2 é a de maior porcentagem. Bioquímica do LDH Os valores de LDH ↑ são detectados em recém-nascidos e bebês (com menos de 2 anos de idade). Os valores permanecem inalterados com o avanço da idade, até a fase adulta, e não existem diferenças relacionadas ao sexo. Indivíduos com mais de 65 anos tendem a apresentar valores discretamente mais altos. O exercício causa, no máximo, pequenos aumentos no conteúdo de LDH total. As análises de LDH e de suas isozimas são invalidadas diante da ocorrência de hemólise, ainda que presente somente em traços ou quantidades discretas. O contato com coágulos aumenta a concentração de LDH, enquanto a agitação física das amostras – como a que ocorre na maioria dos sistemas de tubo pneumático – provoca certo grau de hemólise e aumento de LDH. A hemólise afeta tanto a concentração total da enzima quanto a proporção LDH1/LDH2. Fosfatase Alcalina Localizada predominantemente em superfícies de troca como o epitélio intestinal, túbulos renais, barreira hematencefálica e placenta. Está intimamente relacionada com a mineralização óssea. Cada um dos tecidos apresenta uma isoenzima, de modo que a fosfatase alcalina dosada no plasma é resultado da presença de diferentes isoenzimas originadas em diferentes órgãos, com predomínio das frações ósseas e hepáticas. Bioquímica da Fosfatase Alcalina A separação da forma hepática daquela encontrada nos ossos pode ser feita por meio do calor . . Isoenzima hepática ALP1 - Termoestável Isoforma óssea ALP2 - é Termossensível . Por essa razão, qualquer alteração envolvendo o metabolismo desses dois tecidos refletirá em aumento plasmático da fosfatase alcalina. ALP1 É secretada pelas células de Kupffer ( macrófagos modificados com aspecto fusiforme presentes nos sinusoides hepáticos) e também pelas células da mucosa do trato biliar. ALP2 encontrada no tecido ósseo é sintetizada e secretada pelos osteoblastos Algumas condições fisiológicas podem causar aumento das isoformas de ALP no plasma: Gestação, sobretudo no terceiro trimestre (produção placentária), Adolescência (pelo alto metabolismo ósseo) Menopausa. Os recém-nascidos também tendem a apresentar valores mais altos de ALP em razão do crescimento ósseo. Patologias com aumento de FA Hepatopatias, principalmente aquelas envolvidas na obstrução do trato biliar (litíase), Carcinoma da cabeça do pâncreas que acaba por interferir no fluxo biliar. Carcinomas hepáticos, primário e secundário, também refletem aumento de ALP plasmática. Doença de Paget, um distúrbio crônico do esqueleto no qual algumas áreas ósseas apresentam um crescimento anormal, aumentam de tamanho e tornam-se mais frágeis. Características clínicas, laboratoriais e de imagem do COVID-19: revisão sistemática e metanálise Resumo: Uma epidemia de Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19) começou em dezembro de 2019 na China, levando a uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC). As características clínicas, laboratoriais e de imagem foram parcialmente caracterizadas em alguns estudos observacionais. Nenhuma revisão sistemática sobre o COVID-19 foi publicada até o momento. Metodologia: Realizamos uma revisão sistemática da literatura com metanálise, usando três bancos de dados para avaliar aspectos clínicos, laboratoriais, de imagem e resultados de casos confirmados com COVID-19. Estudos observacionais e também relatos de casos foram incluídos e analisados separadamente. Realizamos uma metanálise do modelo de efeitos aleatórios para calcular prevalências combinadas e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados:Foram recuperados 660 artigos pelo período (1/1/2020-2/ 23/2020). Após a triagem, 27 artigos foram selecionados para avaliação em texto completo, 19 sendo finalmente incluídos para análises qualitativas e quantitativas. Além disso, 39 artigos de relatos de casos foram incluídos e analisados separadamente. Para 656 pacientes, febre (88,7%, IC95% 84,5-92,9%), tosse (57,6%, IC95% 40,874,4%) e dispnéia (45,6%, IC95% 10,9-80,4%) foram as manifestações mais prevalentes . Entre os pacientes, 20,3% (IC95% 10,0-30,6%) necessitaram de unidade de terapia intensiva (UTI), 32,8% apresentaram síndrome da angústia respiratória aguda (SDRA) (IC95% 13,7-51,8), 6,2% (IC95% 3,1 –9,3) com choque. Cerca de 13,9% (IC95% 6,2–21,5%) dos pacientes hospitalizados tiveram resultados fatais (taxa de mortalidade de casos, CFR). Conclusão:O COVID-19 traz um enorme ônus para os serviços de saúde, especialmente em pacientes com comorbidades. A UTI foi necessária para aproximadamente 20% dos pacientes polimórbidos infectados com COVID-19 e a hospitalização foi associada a uma CFR> 13%. Como esse vírus se espalha globalmente, os países precisam preparar urgentemente recursos humanos, infraestrutura e instalações para tratar o COVID19 grave. Discussão Por que pode aumentar os valores de LDH em pacientes com COVID 19? Por que pode aumentar os valores de CPK em pacientes com COVID 19? https://www.youtube.com/watch?v=gXwV5SlK L AE#action=share Onde Discutir? https://www.youtube.com/watch?v=gXwV5SlKLAE https://www.youtube.com/watch?v=gXwV5SlKLAE https://www.youtube.com/watch?v=gXwV5SlKLAE https://jamboard.google.com/d/14E3RHV51Chp yd3Qk3x54fWZ7SID0044sIFY6jrvOhfE/viewer https://jamboard.google.com/d/14E3RHV51Chpyd3Qk3x54fWZ7SID0044sIFY6jrvOhfE/viewer https://jamboard.google.com/d/14E3RHV51Chpyd3Qk3x54fWZ7SID0044sIFY6jrvOhfE/viewer https://jamboard.google.com/d/14E3RHV51Chpyd3Qk3x54fWZ7SID0044sIFY6jrvOhfE/viewer
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