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1 ANATOMIA – RESUMO 2 Sumário INTRODUÇÃO À ANATOMIA .......................................................................................................... 4 NÍVEIS ESTRUTURAIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO ................................................... 5 NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA .............................................................................................. 5 NOMENCLATURA ANATÔMICA ..................................................................................................... 6 POSIÇÃO ANATÔMICA ................................................................................................................... 6 DIVISÃO DO CORPO HUMANO ...................................................................................................... 7 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO ........................................................ 8 TERMOS DE RELAÇÃO ................................................................................................................. 10 TERMOS DE COMPARAÇÃO ........................................................................................................ 11 TERMOS DE MOVIMENTO ........................................................................................................... 12 FUNÇÕES DO ESQUELETO ........................................................................................................... 17 COMPONENTES DO OSSO ........................................................................................................... 17 ESTRUTURA DO OSSO ................................................................................................................. 19 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS ........................................................................................................ 21 DIVISÃO DO ESQUELETO ............................................................................................................. 22 COLUNA VERTEBRAL ................................................................................................................... 23 FUNÇÃO ....................................................................................................................................... 23 ESTERNO ...................................................................................................................................... 26 COSTELAS .................................................................................................................................... 26 CRÂNIO VISTA ANTERIOR ............................................................................................................ 29 CRÂNIO VISTA LATERAL ............................................................................................................... 30 CRÂNIO ORBITA OCULAR VISTA ANTERIOR ................................................................................ 30 COLUNA VERTEBTAL .................................................................................................................... 31 VERTEBRA TORÁCICA .................................................................................................................. 32 SACRO VISTA ANTERIOR .............................................................................................................. 32 SACRO VISTA POSTERIOR ............................................................................................................ 33 SACRO VISTA LATERAL ................................................................................................................ 33 CÓCCIX VISTA POSTERIOR ........................................................................................................... 34 CÓCCIX VISTA POSTERIOR ........................................................................................................... 34 CLAVÍCULA VISTA SUPERIOR ....................................................................................................... 34 CLAVÍCULA VISTA INFERIOR ........................................................................................................ 34 ESCÁPULA VISTA ANTERIOR ........................................................................................................ 35 ESCÁPULA VISTA POSTERIOR ...................................................................................................... 36 3 ESCÁPULA VISTA LATERAL ........................................................................................................... 36 ÚMERO VISTA ANTERIOR E POSTERIOR ...................................................................................... 37 RÁDIO VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E MEDIAL ......................................................................... 38 ULNA VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAL .......................................................................... 39 MÃO VISTA ANTERIOR ................................................................................................................ 40 MÃO VISTA POSTERIOR ............................................................................................................... 40 MÃO OSSOS DO CARPO .............................................................................................................. 41 ILÍACO VISTA LATERAL ................................................................................................................. 42 PATELA VISTA ANTERIOR E POSTERIOR ...................................................................................... 44 TÍBIA VISTA ANTERIOR, LATERAL E POSTERIOR .......................................................................... 45 FÍBULA VISTA LATERAL E MEDIAL ............................................................................................... 46 PÉ VISTA DORSAL ........................................................................................................................ 47 SISTEMA ARTICULAR ................................................................................................................... 48 ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSE ................................................................................ 49 SUTURAS ..................................................................................................................................... 50 SINDESMOSES ............................................................................................................................. 51 GONFOSES (cavilha) .................................................................................................................... 52 ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS OU ANFIARTROSE .................................................................... 52 SINCONDROSE ............................................................................................................................. 53 SINFÍSE ......................................................................................................................................... 54 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES ............................................................................... 55 LIGAMENTOS ............................................................................................................................... 56 DISCOS OU MENISCOS ARTICULARES .......................................................................................... 57 LÁBIOS ARTICULARES .................................................................................................................. 57 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ......................................................................................................... 58 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE EIXOS ...................................................................... 59 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ............................................... 60SISTEMA MUSCULAR ................................................................................................................... 61 SISTEMA MUSCULAR ................................................................................................................... 62 FUNÇÕES DO MÚSCULO ............................................................................................................. 62 GRUPOS MUSCULARES ................................................................................................................ 63 CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS: ............................................................................................... 63 TIPOS DE MUSCULOS .................................................................................................................. 70 4 INTRODUÇÃO À ANATOMIA No seu conceito mais amplo é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizado. A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças em longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças à aquisição de tecnologias inovadoras. ATUALMENTE, A ANATOMIA PODE SER SUBDIVIDIDA EM TRÊS GRANDES GRUPOS: ANATOMIA MACROSCÓPICA - é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis. ANATOMIA MICROSCÓPICA - é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos). ANATOMIA DO DESENVOLVIMENTO - estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento. 5 NÍVEIS ESTRUTURAIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO ÁTOMO - Os átomos são as menores unidades dos elementos. O carbono, o hidrogênio e o oxigênio são exemplos de unidades atômicas. MOLÉCULAS - As moléculas são forma das quando os átmos se combinam por meio de ligações químicas para formar unidades como água, açúcares e aminoácidos. CÉLULAS - As células são as menores unidades vivas da organização biológica. As células se constituem de estruturas que realizam as atividades da vida, como os núcleos que controlam todas as atividades da célula. TECIDOS - Os tecidos são constituídos de células semelhantes que realizam funções semelhantes. Os tecidos musculares, por exemplo, são responsáveis pelos movimentos e pelas contrações. ÓRGÃOS - Há 4 tipos diferentes de tecidos (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso) que se unem em diferentes proporções para formar órgãos como estômago, que mistura os alimentos que ingerimos com as enzimas digestivas. SISTEMAS - Um grupo de órgãos constitui um sistema corporal. O nariz, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios e pulmões formam o Sistema respiratório. NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como não existe perda funcional esta é uma variação. Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade. 6 NOMENCLATURA ANATÔMICA Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de Nomenclatura Anatômica. Em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatômica). A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas traga também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. POSIÇÃO ANATÔMICA Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 7 DIVISÃO DO CORPO HUMANO O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo estando unido ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são superiores ou torácicos e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual está ligada ao tronco, e uma parte livre. 8 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um solido geométrico, um paralelepípedo. TEM-SE ASSIM, PARA AS FACES DESSE SÓLIDO, OS SEGUINTES PLANOS CORRESPONDENTES: a) Dois planos verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou posterior. Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por serem paralelos à “fronte”. Via de regra, as denominações ventral e dorsal são reservadas ao tronco e anterior e posterior aos membros. (figura 01) b) Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – planos laterais direito e esquerdo. (figura 02) POSTERIOR PLANO DORSAL ANTERIOR PLANO VENTRAL PLANO LATERAL DIREITO PLANO LATERAL ESQUERDO figura 02 figura 01 9 c) Dois planos horizontais, um tangente à cabeça – plano cranial ou superior – e outro à planta dos pés – plano podálico (de podos = pé) ou inferior. (figura 03) OS PLANOS SÃO DE DELIMITAÇÃO. É POSSÍVEL TRAÇAR TAMBÉM PLANOS DE SECÇÃO: a) O plano que divide o corpo humano em metades direita e esquerda é denominado mediano. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao mediano é uma secção sagital(corte sagital) e os planos de secção são também chamados sagitais. b) Os planos de secção que são paralelos aos planos ventral e dorsal são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte frontal). Como já foi assinalado, o plano ventral (ou anterior) é tangente à fronte do indivíduo, donde o adjetivo – frontal. c) Os planos de secção que são paralelos aos planos cranial, podálico e caudal são horizontais. A secção é denominada transversal (corte transversal). PLANO CRANIAL SUPERIOR PLANO PODÁLICO INFERIROR figura 03 10 TERMOS DE RELAÇÃO Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo. Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro). Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do corpo. Superior / Cranial: na direção da parte superior do corpo. Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana. Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana). 11 TERMOS DE COMPARAÇÃO Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco. Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção. Superficial: significa mais perto da superfície do corpo. Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo. Exemplo - A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os ossos que estão localizados mais profundamente. 12 TERMOS DE MOVIMENTO Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. 13 Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária inferior. Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero- inferior. Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero- superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero- superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 14 Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. E no ombro. Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. E no ombro. Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido. Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. 15 Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. 16 SISTEMA ESQUELÉTICO 17 SISTEMA ESQUELÉTICO O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens que estão perfeitamente arranjados na formação do nosso esqueleto. O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na sustentação do organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo. Os ossos são formados por um tipo especial de tecido conjuntivo, o tecido ósseo, que possui uma matriz intracelular mineralizada. Esse tecido, apesar do que muitos pensam, é formado por células vivas: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. FUNÇÕES DO ESQUELETO • Sustentação do organismo (apoio para o corpo) • Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) • Base mecânica para o movimento • Armazenamento de sais minerais (cálcio, por exemplo) • Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas) COMPONENTES DO OSSO O osso é formado por dois tipos distintos de componentes: a matéria orgânica e a matéria mineral. A matéria orgânica é constituída por células especializadas, por colágeno e por uma substância essencialmente amorfa, os quais se dispõem de modo a formar uma espécie de estrutura semelhante aos ferros de uma construção. Por conseguinte, esta substância orgânica costuma acolher os elementos minerais, como o cálcio e o fósforo, cuja presença confere característica dureza aos ossos. ORGÂNICA 30% do osso é formado pela porção orgânica, fornece flexibilidade ao osso. Osso sem porção orgânica fica muito duro e quebra fácil. MINERAL 70% do osso é formado pela porção mineral, fornece resistência ao osso. Osso sem porção mineral fica muito flexível e mole. 18 Células ósseas. É possível distinguir três tipos de células especializadas no osso com uma atividade diferente: os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. Os osteoblastos são células volumosas, com um núcleo de grandes dimensões, apresentando na sua constituição finos prolongamentos. A sua missão consiste em produzir a substância osteóide, ou seja, a matriz ou a substância na qual os minerais vão sendo depositados. Os osteócitos são células mais pequenas que, na realidade, correspondem a osteoblastos maduros e envelhecidos, que entretanto diminuíram ou pararam a sua atividade. Embora estas células se encontrem "presas" no interior da substância osteóide por elas próprias fabricada, podem ser ativadas, se houver necessidade disso, com o objetivo de assumir o papel de osteoblastos. Os osteoclastos são células volumosas constituídas por inúmeros núcleos, cujo citoplasma é muito rico em organelos celulares. A missão dos osteoclastos consiste em destruir e reabsorver o osso que vai perdendo vigor com o decorrer do tempo, tendo uma participação muito ativa no contínuo processo de renovação dos ossos. Substância osteóide é formada por colágeno e por um material amorfo, o qual é basicamente composto por mucopolissacarídeos. Estes elementos, produzidos pelos osteoblastos, constituem uma espécie de pequenas lâminas que ao adoptarem uma determinada posição permite a formação das unidades funcionais do osso, denominadas sistemas de Havers. Minerais apesar de o osso ser basicamente constituído por minerais como o cálcio e o fósforo, é igualmente composto por outros elementos, tais como o magnésio, o flúor e o zinco. O cálcio e o fósforo estabelecem uma ligação de modo a compor cristais de forma hexagonal (hidroxiapatite) que, ao serem depositados na substância orgânica do osso, lhe atribuem uma rigidez característica. 19 ESTRUTURA DO OSSO Epífises – as extremidades do osso, recobertas por cartilagem; Canal ósseo – o canal onde se encontra a medula óssea; Periósteo – a membrana fibrosa que reveste externamente o osso; Diáfise – a porção do osso situada entre asepífises e envolvida pelo periósteo; Epífises – as extremidades do osso, recobertas por cartilagem; Medula óssea amarela Linha epifisária – cartilagem de crescimento; Osso esponjoso (poroso) Osso compacto 20 DIÁFISE • É o corpo do osso. • Um cilindro oco. • Osso compacto ao redor de uma cavidade medular. • Na cavidade medular está alojada a Medula óssea amarela. • A medula óssea amarela é reserva de gordura. EPÍFISE • Extremidade do osso. • Osso compacto na periferia e no centro osso esponjoso. • Nas cavidades do osso esponjoso está alojada a medula óssea vermelha. • A medula óssea vermelha produz células sanguíneas. PERIÓSTEO/ENDÓSTEO • O Periósteo reveste externamente o osso. • Periósteo apresenta dupla camada de tecido conjuntivo. • São osteogênicos. • Enviam vasos e nervos para o osso. • O endósteo reveste o canal medular do osso e as cavidades do osso esponjoso. FUNÇÕES DO PERIÓSTEO/ENDÓSTEO • Nutrição do osso. • Reparação óssea. • Crescimento ósseo em espessura. Cartilagem de crescimento Encontro da epífise com a diáfise 21 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Longo: comprimento maior que largura e espessura. Ex: fêmur, tíbia, fíbula, rádio, ulna, falanges, etc. Possui um canal central com medula óssea amarela. Alongado: externamente são ossos longos, mas diferencia-se por não possuir canal central e medula óssea amarela. Ex: costelas e clavículas. Curto: comprimento, largura e espessura se equivalem. Ex: carpo e tarso. Plano (chato ou laminar): o próprio nome já o define. Comprimento e largura maior que a espessura. Ex: escápulas, frontal, parietais, etc. Irregular: sem forma geométrica definida, ou seja, com aspecto irregular. Comprimento, largura e espessura não se equivalem. Ex: vértebras, esfenóide, etc. Sesamóide: são ossos que originam-se entre tendões e ligamentos. Ex: patela. Pneumático: ossos que apresentam cavidades aéreas no seu interior, chamadas seios paranasais por se comunicarem com a cavidade nasal. Ossos que apresentam cavidades preenchidas por ar. • Essas cavidades estão em ossos próximos à cavidade nasal, elas se comunicam com a cavidade nasal. • Estas cavidades são denominadas de seios. • Tem a função de diminuir o peso da cabeça, caixa de ressonância de som e aumentar a área de mucosa para preparar o ar que entra no pulmão. 22 DIVISÃO DO ESQUELETO APENDICULAR: composto pela cintura escapular (escápulas e clavículas), úmeros, rádios, ulnas, carpos, metacarpos e falanges. (em amarelo) AXIAL: ossos do crânio e face, coluna vertebral, costelas e o esterno. (em azul) 23 COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é formada por 33 vértebras, cujo conjunto tem a função de apoiar outras partes do esqueleto é o eixo do corpo, responsável pela produção de emacias é rígida e flexível. Cada vértebra é constituída de corpo, forame e um processo espinhoso, um prolongamento delgado da vértebra; e ligada às demais por articulações denominadas discos intervertebrais. A sobreposição das vértebras umas sobre as outras formam o canal vertebral, que segue as diferentes curvaturas da coluna. O canal vertebral é largo e triangular nas áreas em que a coluna possui maior liberdade de movimento, como nas regiões lombar e cervical, porém se torna pequeno e arredondado na medida em que chega às regiões onde há limitações dos movimentos, como a região torácica. O canal também serve de depósito para a medula espinhal do indivíduo, responsável pela comunicação com o sistema nervoso periférico por meio dos forames intervertebrais. A coluna vertebral tem suas vértebras distribuídas de acordo com a região: CERVICAL (7 vertebras) TORÁCICA (12 vertebras) LOMBAR (5 vertebras) SACRO (5 vértebras unidas/fundidas) COCCÍGEAS (4 vértebras unidas/fundidas) FUNÇÃO A coluna vertebral está ligada à medula espinhal finalizando-a e a protegendo. Ela é a responsável pela sustentação da cabeça, fixação das costelas e os músculos do dorso. Suas curvaturas são responsáveis pela força, sustentação e equilíbrio corporal. 24 CÔNCAVO Côncava ventralmente CIFOSE (Região dorsal e pélvica) CONVEXO Convexas ventralmente LORDOSE (Região cervical e lombar) 25 REGIÃO CERVICAL → CONCAVIDADE POST → CURVATURA SECUNDÁRIA → LORDOSE REGIÃO TORÁCICA → CONCAVIDADE ANT → CURVATURA PRIMÁRIA → CIFOSE REGIÃO LOMBAR → CONCAVIDADE POST → CURVATURA SECUNDÁRIA → LORDOSE REGIÃO SACROCOCCÍGEA → CONCAVIDADE ANT → CURVATURA PRIMÁRIA 26 ESTERNO Osso mediano do corpo humano dividido em 03 partes: manúbrio do esterno, corpo do esterno e processo xifóide. COSTELAS 12 pares de costelas Direção • De cima para baixo. • De trás para frente. 07 primeiros pares • Costelas verdadeiras. • Cada costela tem uma cartilagem costal que liga a costela ao osso esterno. 8°, 9°e 10°par • Costelas falsas. • Uma cartilagem costal liga as três costelas ao osso esterno. 11°e 12°par • Costelas flutuantes. • Costelas falsas. 27 • Não possuem cartilagem costal, não se ligam ao osso esterno. 28 29 CRÂNIO VISTA SUPERIOR CRÂNIO VISTA ANTERIOR 30 CRÂNIO VISTA LATERAL CRÂNIO ORBITA OCULAR VISTA ANTERIOR 31 COLUNA VERTEBTAL VERTEBRA 32 VERTEBRA TORÁCICA SACRO VISTA ANTERIOR 33 SACRO VISTA POSTERIOR SACRO VISTA LATERAL 34 CÓCCIX VISTA POSTERIOR CÓCCIX VISTA POSTERIOR CLAVÍCULA VISTA SUPERIOR CLAVÍCULA VISTA INFERIOR 35 ESCÁPULA VISTA ANTERIOR 36 ESCÁPULA VISTA POSTERIOR ESCÁPULA VISTA LATERAL 37 ÚMERO VISTA ANTERIOR E POSTERIOR 38 RÁDIO VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E MEDIAL 39 ULNA VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAL 40 MÃO VISTA ANTERIOR MÃO VISTA POSTERIOR 41 MÃO OSSOS DO CARPO 42 ILÍACO VISTA LATERAL ILÍACO VISTA MEDIAL 43 FÊMUR VISTA ANTERIOR FÊMUR VISTA POSTERIOR 44 PATELA VISTA ANTERIOR E POSTERIOR 45 TÍBIA VISTA ANTERIOR, LATERAL E POSTERIOR 46 FÍBULA VISTA LATERAL E MEDIAL 47 PÉ VISTA DORSAL PÉ VISTA PLANTAR 48 SISTEMA ARTICULAR 49 SISTEMA ARTICULAR (Articulação ou juntura) É a união funcional entre diferentes ossos que compõem o corpo humano. As articulações são responsáreis por todos os movimentos do corpo humano. FUNÇÃO - dar ao corpo humano mobilidade, garantir a estabilidade do movimento, amortecer impacto e proteger o sistema esquelético. CLASSIFICAÇÃO - às articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classifica-las em três grandes grupos. O critério para esta divisão e o da natureza do elemento que se interpõe as pecas que se articulam. • FIBROSAS • CARTILAGINOSAS • SINOVIAIS. ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSE São articulações rígidas e sem movimento, exemplo as que unem os ossos do crânio. 50 TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - tecido conjuntivo fibroso resistente. TIPOS DE ARTICULAÇÕES FIBROSAS • SUTURA • SINDESMOSE • GONFOSE SUTURAS Tem pouco tecido conjuntivo entre os ossos (crânio). GRAU DE MOVIMENTO – nulo embora permita certa elasticidade ao crânio TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - varias camadas fibrosas, sendo a união suficientemente intima de modo a limitar intensamente os movimentos. SUBDIVISÕES: Suturas Serráteis, Suturas Planas e Sutura Escamosa. Suturas serráteis - Superfície de contato serrilhada. Quando as margens dos ossos são encaixadas e unidas por uma série de saliências e reentrâncias em forma de serra. Sutura coronal - entre os ossos frontal e parietal. Sutura sagital - entre os ossos parietais. Sutura lambdoide - entre os ossos. 51 Suturas planas - entre os ossos daface. As bordas dos ossos que se articulam dispõem-se de forma retilínea. Exemplo: sutura entre os ossos nasais (sutura internasal) Sutura fronto nasal - entre o osso frontal e os ossos nasais. Sutura internasal - entre os ossos nasais. Sutura intermaxilar - entre os ossos maxilares. Sutura escamosa - Articulações que se encontram entre ossos que juntos estabelecem um encurvamento relativamente grande. Exemplo: ossos temporais e parietais, esfenóide e occipital. SINDESMOSES Membrana interóssea do antebraço e das pernas. Maior distância entre os ossos, mais tecido fibroso entre os ossos do que as suturas. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - tecido interposto é também o conjuntivo fibroso Exemplos: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. 52 GONFOSES (cavilha) Articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cemento dentário com o osso alveolar. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - tecido conjuntivo periodontal (entre os ossos e o dente) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS OU ANFIARTROSE São as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. GRAU DE MOVIMENTO - pequeno ou limitado. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - tecido de união dividido em cartilagem hialina e fibrocartilagem. TIPOS DE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS • SÍNFISE • SINCONDROSE. 53 CARTILAGEM HIALINA - Apresenta uma função estrutural junto ao esqueleto ósseo – como esqueleto cartilaginoso. FORMADA - por grande quantidade de substância amorfa e poucas fibras colágenas e elásticas. CARTILAGENS COSTAIS, peças que adiante do tórax dão continuidade às costelas até fazer contato com o esterno para completar a cavidade torácica, são de hialinas. A laringe, a traqueia e os brônquios, para manter sua forma tubular, também possuem um esqueleto semicircular de cartilagem hialina. FIBROCARTILAGEM - é formada por condrócitos dispostos em fila entre fibras colágenas bastante espessas. TIPO DE CARTILAGEM, reunindo fibras colágenas e componentes da matriz extracelular cartilaginosa, tenha uma grande capacidade de resistência à pressão mecânica, torção e tensão. ESTRUTURA bastante forte, o que explica a sua localização em locais muito sujeitos a forças físicas: discos intervertebrais, sínfise pubiana, inserção de tendões em ossos, na articulação têmporo-mandibular e na articulação coxo- femural. SINCONDROSE Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - cartilagem hialina. 54 SINFÍSE A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade adulta. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. FUNÇÃO - absorve impactos. Sínfise púbica - é uma articulação semimóvel que une o púbis formando a cintura pélvica. Disco intervertebral - é composto por um anel fibroso (externo) e um núcleo pulposo (interno). É encontrado entre uma vértebra e outra proporcionando mobilidade, união, alinhamento e também servindo como um amortecedor dos impactos constantes que a coluna sofre. 55 Hérnia de disco - degeneração do anel fibroso, protusão e em seguida uma extrusão formando um bico gerado pelo rompimento do anel. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES É o tipo mais completo de articulação, caracteriza-se pela presença de uma cápsula articular que envolve toda a articulação, formando a cavidade articular. GRAU DE MOVIMENTO –grande amplitude de movimento. TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - A parte interna da cápsula é recoberta pela membrana sinovial, que produz o líquido sinovial. Em algumas articulações desse tipo podem existir discos de cartilagem que as reforçam e estabilizam, como os meniscos do joelho. Podem existir também ligamentos, faixas de tecido fibroso que reforçam a articulação, aumentando a sua resistência. TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS • PLANA • GÍNGLIMO • TROCOIDEA • ELIPSÓIDEA • SELAR • ESFERÓIDEA 56 LIGAMENTOS São denominados segundo sua função, ligamentos de reforço (para cápsula articular), ligamentos de orientação (nos movimentos) ou ligamentos de limitação (que restringem os movimentos). 57 DISCOS OU MENISCOS ARTICULARES São estruturas constituídas de tecido conectivo colágeno e tecidas cartilaginoso fibrosas. Discos tem a função de orientar e melhorar o contato das superfícies articulares, podendo até separar a cavidade articular em duas câmaras articulares distintas, como no caso das articulações temporomandibulares e esternoclavicular. LÁBIOS ARTICULARES Os lábios articulares são formados por tecido conectivo colágeno com algumas células cartilaginosas disseminadas e servem para ampliar uma superfície articular. 58 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Cavidade Articular - espaço existente entre as superfícies articulares, estando preenchido pelo líquido sinovial. Cápsula Articular – é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial como um manguito, tem duas camadas a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por ligamentos, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Cartilagem Articular - é a cartilagem do tipo hialino que reveste as superfícies em contato numa determinada articulação (superfícies articulares), ou seja, a cartilagem articular é a porção do osso que não foi invadida pela ossificação. Em virtude deste revestimento as superfícies articulares se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada. É avascular e não possui também inervação, sua nutrição, portanto, principalmente nas áreas mais centrais e precárias, o que torna a regeneração, em caso de lesões, mais difícil e lenta. Membrana Sinovial - é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado denominado cavidade sinovial. Uma fina camada de tecido conjuntivo que tem por função básica o revestimento de estruturas como tendões, cápsulas articulares e bursas sinoviais, composta de células (células sinoviais). É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Líquido Sinovial - o líquido sinovial, também conhecido como fluido sinovial, é um líquido incolor, translúcido e viscoso, que se situa nas cavidades articulares e bainhas dos tendões, sendo delimitados pelas membranas sinoviais. Contém ácido hialurônico e albumina, serve para lubrificar a articulação. http://www.infoescola.com/anatomia-humana/liquido-sinovial/ http://www.infoescola.com/sistema-muscular/tendao/ 59 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE EIXOS Não-Axial (Anaxial) - quando apenas realiza o movimento de deslizamento de uma superfície óssea sobre a outra. A articulação úmero-ulnar é um exemplo de articulação monoaxial, pois ela realiza apenas os movimentos de flexão e extensão. Uniaxial (Monoaxial) - quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo. As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocóide ou articulação em pivô. Biaxial - quandouma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos. As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulações- biaxiais: articulações condilar e selar. Triaxial (Poliaxial) - quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos. As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do 60 quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Plana ou artródia - Articulação deslizante entre superfícies planas opostas. É o tipo menos móvel. Exemplo: as articulações entre os ossos do carpo e entre os ossos do tarso. Gínglimo ou dobradiças - Uma superfície convexa se encaixa numa concavidade. Parecem as dobradiças de porta e permitem o movimento apenas em flexão e extensão. Exemplo: as articulações interfalângincas e a articulação do cotovelo, entre o úmero e a ulna. Trocóidea ou pivô - Movimento de rotação ao redor de um eixo, geralmente tem em sua composição alguma estrutura de formato aproximadamente cilíndrico. Exemplo: a articulação atlantoaxial, que existe entre a primeira e a segunda vértebra cervicais. Elipsóidea ou condilar - Superfícies côncavas e convexas se encaixam, mas em forma de elipse, permite movimentos de flexão e extensão e adução e abdução. Exemplo: articulação do punho ou radiocárpica e as metacarpofalanginianas. Selar - Formato de sela de equitação. Nessas articulações as faces ósseas são côncavas convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar. Esferóidea - É uma articulação com uma superfície convexa e outra côncava, porém em forma de esfera, o que permite amplos movimentos em todas as direções e em rotação. Exemplo: as articulações escapuloumeral e coxofemoral. 61 SISTEMA MUSCULAR 62 SISTEMA MUSCULAR São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. FUNÇÕES DO MÚSCULO • Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. • Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. • Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. • Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. • Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 63 GRUPOS MUSCULARES Em números podem ser divididos em 9, são eles: • Cabeça • Pescoço • Tórax • Abdome • Região posterior do tronco • Membros superiores • Membros inferiores • Órgãos dos sentidos • Períneo CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS: QUANTO À SITUAÇÃO: Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam, no mínimo, uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: platisma. Profundos ou Subaponeuróticos: são músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme e, na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: pronador quadrado. 64 QUANTO À FORMA: Longos: são encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações (uni ou bi-articulares). Exemplo: bíceps braquial. Curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos têm pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: músculos da mão. Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: diafragma. QUANTO À DISPOSIÇÃO DA FIBRA: Reto: Paralelo à linha média. Ex: reto abdominal. Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: transverso abdominal. Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: oblíquo externo. 65 QUANTO À ORIGEM E INSERÇÃO Origem à extremidade do musculo presa à peça óssea que não se desloca. Por contraposição, denomina-se inserção à extremidade do musculo presa à peça óssea que se desloca. Origem e inserção são também denominadas respectivamente de ponto fixo e ponto móvel. O musculo branquial prende-se na face anterior do úmero e da ulna, atravessando a articulação do cotovelo. Ao contrair-se, executa a flexão do antebraço e consideramos sua extremidade ulmeral (proximal) como origem e sua extremidade ulnar (distal) como inserção. Origem → Fixação Proximal Inserção → Fixação Distal 66 Quanto à Função: Agonistas: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: realizar uma flexão de cotovelo, o agonista é o bíceps braquial. Antagonistas: músculos que se opõem à ação dos agonistas. Quando o agonista contrai- se, o antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. Ex: no exemplo anterior, o antagonista é o tríceps braquial. Sinergistas: são aqueles que participam auxiliando a movimentação principal ou estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: no mesmo exemplo, os flexores e extensores do punho contraem-se mantendo estáveis as articulações do punho e cotovelo. Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal. 67 QUANTO À NOMENCLATURA O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: AÇÃO: extensor dos dedos. O músculo extensor dos dedos origina-se no epicôndilo lateral do úmero e é responsável pela extensão da mão e dos dedos. AÇÃO ASSOCIADA À FORMA: pronador redondo e pronador quadrado. O músculo pronador redondo é um músculo do corpo humano, localizado principalmente no antebraço. Realiza a pronação (virando a palma da mão para baixo) juntamente com a ação do músculo pronador quadrado. 68 AÇÃO ASSOCIADA À LOCALIZAÇÃO: flexor superficial dos dedos. O músculo flexor superficial dos dedos é um músculo do antebraço. FORMA: músculo deltóide (letra grega delta). Deltoide é um músculo superficial subcutâneo cujo nome origina-se da semelhança com a letra grega "delta". Tem como origem clavícula e escápula (o que corresponde a base do triângulo), e inserção no úmero. A sua ação é a de elevar o braço (abdução). Localiza-se na face externa da articulação gleno-umeral. 69 Localização: tibial anterior. O músculo tíbia anterior é um músculo da perna. O tibial anterior é o músculo da perna que se estende lateralmenteà borda anterior da tíbia. Seu tendão pode ser observado próximo à articulação do tornozelo quando o pé faz uma dorso flexão com inversão. O músculo tibial anterior se origina na superfície lateral da tíbia e se insere no cuneiforme medial e na superfície plantar da base do primeiro metatarso. NÚMERO DE ORIGEM: bíceps femoral e tríceps braquial. O bíceps braquial está localizado no braço. O termo biceps brachii é uma frase em latim que significa "duas cabeças de um braço", em referência ao fato de que o músculo consiste em duas estruturas com um ponto de inserção comum próximo ao cotovelo. O bíceps braquial tem diversas funções, as mais importantes sendo a de flexionar o cotovelo e a de girar o antebraço. 70 TIPOS DE MUSCULOS MÚSCULO LISO OU VISCERAL - Encarrega-se do movimento das vísceras, que não depende da vontade do ser humano. As paredes das vísceras que se movem contêm esse tipo de tecido muscular, que é constituído por fibras musculares, têm, além disso, um só núcleo e são comandados pelo sistema nervoso autônomo. Estas fibras não têm as estrias próprias do músculo esquelético. São encontradas na parede de vasos sanguíneos, bexiga, intestino e útero, ou seja, estruturas ocas do corpo. A principal das funções desse músculo é a compressão do conteúdo das cavidades a que pertencem, participando, assim, de processos como digestão e regulação da pressão arterial. Suas contrações são responsáveis pela impulsão de líquidos como sangue, urina, esperma, bile, entre outros, além de produzidas de maneira automática, são suaves e mais lentas e sustentadas que as do músculo estriado. Localiza-se nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica possui ação involuntária controlada pelo Sistema Nervoso Autônomo. 71 MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO - Presente apenas no coração. Seu movimento contrátil do coração é involuntário, mas, por sua rapidez e energia, tem característica que se assemelham às do músculo esquelético. O músculo do coração, denominado também miocárdio, é formado por fibras musculares estriadas, diferentes das fibras das duas outras variedades de tecido muscular (a esquelética e a lisa). Por esse motivo, recebe uma denominação própria. É formado por uma rede de fibras conjugadas e ramificadas que compõe o miocárdio, revestimento muscular do coração. Produz contrações involuntárias, sendo controlado pelo Sistema Nervoso Vegetativo. AUTO RITMICIDADE. 72 MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO - Encarrega-se dos movimentos do esqueleto que o indivíduo faz voluntariamente e constitui a maior parte da musculatura do corpo. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal. Esses movimentos podem ser intensos, rápidos e de duração curta ou sustentada. O tecido muscular esquelético é formado por fibras musculares estriadas (músculo estriado), assim chamadas porque, vistas ao microscópio, apresentam estrias transversais formadas pelas proteínas actina e miosina. As principais funções do músculo estriado são o deslocamento e a realização de uma atividade física. Às vezes, adquire também um papel relevante na produção de calor para o corpo humano. INTRODUÇÃO À ANATOMIA NÍVEIS ESTRUTURAIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA NOMENCLATURA ANATÔMICA POSIÇÃO ANATÔMICA DIVISÃO DO CORPO HUMANO PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO TERMOS DE RELAÇÃO TERMOS DE COMPARAÇÃO TERMOS DE MOVIMENTO FUNÇÕES DO ESQUELETO COMPONENTES DO OSSO ESTRUTURA DO OSSO CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS DIVISÃO DO ESQUELETO COLUNA VERTEBRAL FUNÇÃO ESTERNO COSTELAS CRÂNIO VISTA ANTERIOR CRÂNIO VISTA LATERAL CRÂNIO ORBITA OCULAR VISTA ANTERIOR COLUNA VERTEBTAL VERTEBRA TORÁCICA SACRO VISTA ANTERIOR SACRO VISTA POSTERIOR SACRO VISTA LATERAL CÓCCIX VISTA POSTERIOR CÓCCIX VISTA POSTERIOR CLAVÍCULA VISTA SUPERIOR CLAVÍCULA VISTA INFERIOR ESCÁPULA VISTA ANTERIOR ESCÁPULA VISTA POSTERIOR ESCÁPULA VISTA LATERAL ÚMERO VISTA ANTERIOR E POSTERIOR RÁDIO VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E MEDIAL ULNA VISTA ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAL MÃO VISTA ANTERIOR MÃO VISTA POSTERIOR MÃO OSSOS DO CARPO ILÍACO VISTA LATERAL PATELA VISTA ANTERIOR E POSTERIOR TÍBIA VISTA ANTERIOR, LATERAL E POSTERIOR FÍBULA VISTA LATERAL E MEDIAL PÉ VISTA DORSAL SISTEMA ARTICULAR ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSE SUTURAS SINDESMOSES GONFOSES (cavilha) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS OU ANFIARTROSE FIBROCARTILAGEM - é formada por condrócitos dispostos em fila entre fibras colágenas bastante espessas. TIPO DE CARTILAGEM, reunindo fibras colágenas e componentes da matriz extracelular cartilaginosa, tenha uma grande capacidade de resistência à pres... SINCONDROSE Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais ... TIPO DE UNIÃO ENTRE OS OSSOS - cartilagem hialina. SINFÍSE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES LIGAMENTOS DISCOS OU MENISCOS ARTICULARES LÁBIOS ARTICULARES CARACTERÍSTICAS BÁSICAS CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE EIXOS CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS SISTEMA MUSCULAR SISTEMA MUSCULAR FUNÇÕES DO MÚSCULO GRUPOS MUSCULARES CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS: TIPOS DE MUSCULOS
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