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D Const 2 APELAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA FAZENDA PÚBLICA DE PERNAMBUCO
AUTOR: Luiz Augusto
RÉUS: Jacinto Jacaré, Município de Caetano do Sul e Associação dos Comerciantes de Caetano do Sul
PROCESSO Nº 000000000
Luiz Augusto, brasileiro, estado civil, comerciante, portador de RG nº 000000, e inscrito no CPF nº 00000000-00, com título de eleitor nº 123456 anexado à esta exordial, residente e domiciliado em Av. X, bairro Y, na cidade de São Caetano - Pernambuco, por sua advogada e procuradora que esta subscreve, não conformado com a r. sentença de fls. Nº. 000000, proferida nos autos da AÇÃO POPULAR movida em face de Jacinto Jacaré, brasileiro, estado civil, comerciante, portador de RG nº 000000, e inscrito no CPF nº 00000000-00, residente e domiciliado em Av. X, bairro Y, na cidade de São Caetano – Pernambuco; Município de Caetano do Sul e Associação dos Comerciantes de Caetano do sul, interpor recurso de 
APELAÇÃO 
Requer, desde já o seu recebimento no efeito suspensivo, com a imediata intimação do recorrido para, querendo, oferecer as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco para os fins aqui aduzidos.
Nestes termos, pede deferimento 
São Caetano/PE, 10 de abril de 2020
Nome Completo da Advogada
OAB/XX 00.000 
Assinado digitalmente
EXCELENTISSIMO. SRS. DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Origem: ___ Vara _____ de ________ 
Processo nº 00000000
Apelante: Luiz Augusto 
Apelado: Jacinto Jacaré, Município de Caetano do Sul e Associação de Comerciantes de São Caetano
RAZÕES DA APELAÇÃO 
I. DOS FATOS DO PROCESSO DE ORIGEM 
O apelante figurou como autor na AÇÃO POPULAR, tendo por objeto a discussão do ferimento ao princípio da obrigatoriedade de licitação, onde por meio do Decreto Municipal nº 01/2019, o apelado Jacinto Jacaré transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para a também apelada associação de comerciantes locais (Associação de Comerciantes de São Caetano – PE / ACSC), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral. Os pedidos do apelante, na ação de primeira instância, recaíram sobre a nulidade do decreto Municipal nº 01/2019 por se tratar de ato lesivo ao patrimônio público, ferindo o princípio da obrigatoriedade de licitação, assim como a devolução dos valores arrecadados indevidamente pela associação aos cofres municipais.
II. DA DECISÃO JUDICIAL
A supramencionada ação foi julgada improcedente pelo juízo de 1º grau, por entender que não seria necessária a realização da licitação, pois, na concessão, não houve custo para o município, que não precisará pagar para a associação nenhuma quantia pelo serviço de estacionamento “Zona Azul”. Além disso, fundamentou sua sentença na impossibilidade de o Poder Judiciário poder controlar o ato administrativo do Poder Executivo, ferindo o Princípio da Separação dos Poderes.
III. DO MÉRITO 
 A referida decisão do juízo a quo julgou improcedente a ação devido ao entendimento que não seria necessária a realização da licitação para a concessão, pois não houve custo para o município, além da alegação de ferimento do princípio da separação dos poderes, são totalmente descabidas, devendo a sentença ser reformada in totum. O procedimento adotado pelo referido Prefeito, além de ferir o princípio da legalidade previsto no art. 37, caput da CF/88, ainda infringe os ditames do art. 175 da CF/88, o qual prevê a realização de processo licitatório SEMPRE que houver a concessão de serviços públicos pelo o poder público (grifo nosso). Ainda no que tange à fundamentação da impossibilidade de o Poder Judiciário poder controlar o ato administrativo do Poder Executivo, ressaltamos o ditame do art. 5º, XXXV, CF/88 que versa sobre o controle jurisdicional dos atos da Administração Pública.
III.1. DO FERIMENTO AO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO
Na exordial inicial, ficou demonstrado que o Gestor Público do Município de São Caetano fez a concessão de serviço público sem o devido processo licitatório. 
Dessa forma, atentou-se contra o princípio da moralidade administrativa em que o homem público tem que ser probo e zelar pelo direito e pelos princípios da administração pública. Assim prevê o artigo 37, caput da Constituição Federal, vejamos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
 Ainda segundo nosso ordenamento jurídico pátrio, tanto para as concessões, quanto para as permissões da Administração pública se exige previamente a licitação. Observando que tal procedimento adotado pelo referido Prefeito, além de ferir o princípio da legalidade previsto no art. 37, caput da CF/88, ainda infringe os ditames do art. 175 da CF/88:
 Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Ainda em âmbito constitucional, o artigo 37, XXI, dispõe acerca da igualdade de tratamento aos concorrentes a ser observada nos processos licitatórios:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Tal princípio não foi observado pelo gestor, ignorando a proibição constitucional e o princípio da impessoalidade, se aproveitando da pessoalidade da Administração Pública, visando a coisa privada em detrimento da pública.
Desta forma, fica demonstrado notável desrespeito à CF/88, razão pela qual deve ser invalidada a concessão de serviço público já mencionada.
Nos termos do art. 2, da lei 8.666/93, in verbis:
As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões e permissões e locações da Administração pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvados hipóteses previstas nesta lei.
 O teor do artigo acima mencionado rechaça plenamente a conduta do Prefeito de São Caetano, haja vista, que as concessões de serviço público, devem ocorrer com licitação prévia. 
A licitação tem por intuito respeitar os princípios constitucionais da isonomia, a seleção de proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, assim nos mostra o teor do artigo 3 da lei 8.666/93, in verbis:
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos de legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação do instrumento convocatório, objetivo e dos que lhes são correlatos.
A postura tomada pelo Prefeito foi totalmente ilegal, pois houve o atropelamento do procedimento licitatório para a concessão do referido serviço público, de outro modo, também violou visivelmente o princípio da isonomia, pois sequer deu oportunidade de competição, para as outras empresas interessadas. Destarte, tal concessão afronta ainda o princípio da impessoalidade, posto que favorece a Associação de Comerciantes de São Caetano em detrimento de outras pessoas jurídicas interessadas.
III.2 DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A INTERVENÇÃO JUDICIAL
O art. art. 5º, XXXV da CF/88 prevê que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Desta forma, podemos observar que as autoridades jurisdicionais podem examinar todo e qualquer ato administrativo, sob o aspecto da legalidade, podendo intervir quando se achar conduta ilegal e lesiva do Poder Público, como a praticada pelo apelado, Gestor do município de Caetano do Sul e os demais apelados.
IV. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
A) a total procedência do recurso para reformar a sentença proferida e determinar a nulidade do decreto Municipal nº 01/2019, assim como a devolução dos valores arrecadados aos cofres municipais.
B) que sejam citados os réus
Termo em que, pede deferimento. 
Nestes termos, pede deferimento.
São Caetano/PE, 10 de abril de 2020
Nome Completo da Advogada
OAB/XX 00.000 
Assinado digitalmente

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