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aula Plano Real fundamentos e implantação 2017

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Fundamentos e implementação do Plano Real 
De onde vem a inflação?
	Componente externo: inflexão do crescimento econômico dos países centrais (1980-90) → elevação da taxa de juros americana (79)→ elevação da dívida externa brasileira que, graças a “geminalidade” com a dívida interna → inflação;
	Componente interno: conflito distributivo resulta do mercado oligopolizado, adoção de indexadores de correção monetária e conduz a inércia inflacionária.
Plano real: diagnóstico e medidas
	Governistas : defendiam necessidade de atacar ex-ante a causa fundamental da inflação crônica = desajuste nas contas públicas. (imposto inflacionário)
	Ajuste fiscal: geração de superávits primários → criação de poupança → pagamento dos juros da dívida externa → sustentar a âncora cambial (usufruir da liquidez internacional)
	
	
Diagnóstico e medidas
	1ª. Fase – PAI (conjuntural) equilibrar o orçamento fiscal operacional ex ante = limite de despesas com servidores em 60% da receita corrente, lei de responsabilidade fiscal, renegociação das dívidas dos estados, controle dos bancos estaduais, saneamento dos bancos federais, aperfeiçoamento do programa de privatizações;
	principal medida do PAI: emenda constitucional - Fundo Social de Emergência (cortes orçamentários, inclusive revisão do preceito constitucional de destinação de 20% de verba para a educação). 
	melhorar a arrecadação: aparelhamento da SRF, criação da CPMF resultou num aumento da carga tributária bruta de 25,3% em 1993 para 32,4% em 2002.
	
Plano real: diagnóstico e medidas
	2ª. Fase - Implantação da URV: inflação inercial, independente da causa →origem no conflito distributivo → correção monetária assincrônica dos contratos e tarifas (mecanismo doméstico de indexação contratual) → círculo vicioso. 
	Acabar com a memória inflacionária: em lugar do congelamento criou-se um superindexador →realinhamento dos preços num período de tempo. 
	Como explicar esse “paradoxo”? A dolarização seria ineficiente? Indexação generalizada → existência de substitutos da moeda protegidos da inflação evitaram a dolarização da economia
Plano real: diagnóstico e medidas
	3ª. Fase - Criação da nova moeda: 1º/06/94 criou-se o real a partir da conversão da URV (CR$2.750,00) = R$1,00/dólar = âncora cambial garantida pelos juros altos e abertura financeira e comercial
	
Plano real: diagnóstico e medidas
	Estabilização com políticas cambial e monetárias flexíveis: (bandas cambiais) sem congelamento de preços: âncoras e fluxos monetários internacionais e juros – restrição da capacidade de criação de crédito pelo sistema bancário (dallarização) – negociação 
	Estabilização sem confiscos financeiros: 
	- dúvida recaía sobre a suposta “liquidez excessiva” sustentada pelo mecanismo de defesa da moeda em sentido restrito (juros altos praticados para depósitos de curto prazo com liquidez imediata) → crescimento do déficit nominal do setor público (imposto inflacionário) → contava com enorme fundo de reservas internacionais 
	- estabilidade sem congelamento somente se sustentaria mediante esses juros altos, exceto se fosse eliminado o alimentador dessa liquidez excessiva, porém quando os juros do overnight despencaram de 50 para 8% não houve corrida ao consumo ou fuga de moeda
	- verificou-se não haver liquidez excessiva, tendo sido necessário aumentar a base monetária → governo assumiu tal custo fiscal permitindo a conversão da dívida interna a tx. de mercado para manter a confiança na moeda
Plano real: diagnóstico e medidas
	Estabilização sem recessão: aumento da demanda (aperto do crédito e redução de barreiras às importações. 
	- eliminou o imposto inflacionário que recaia sobretudo sobre as contas não remuneradas da população de baixa renda;
	- poupança menos atraente;
	- aquisição de ativos reais tornou-se mais atraente
	- redução da incerteza em relação a renda
	- incerteza quanto ao câmbio e estabilidade de preços
	- estabilidade da renda
Plano real: diagnóstico e medidas
	4ª fase (estrutural) : Ajuste fiscal, reforma do Estado e privatizações
	redução das despesas e flexibilização do orçamento por meio do FSE → Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) 
	Desvinculação de Receitas da União (DRU): gerar superávits primários
	pagar juros da dívida pública resultante da política de atração de capitais externos por meio de política monetária (tx de juros altas) e fiscal (privatizações e concessões de serviços públicos ao capital estrangeiro → reduzir a dependência por empréstimos )
	Reforma do Estado: Administrativa e previdenciária e privatizações. 
Plano Real
	Críticos : Manutenção da política fiel aos preceitos do Consenso de Washington → diagnóstico da inflação recai sobre os gastos do governo (reduzir o tamanho do Estado): i)equilíbrio orçamentário (ajuste fiscal); ii) reforma do Estado (privatizações); iii) reforma monetária (implantação da URV e nova Moeda);
	uso da âncora cambial como mecanismo estabilizador dos preços -prioridade na moeda em detrimento ao crescimento e questões sociais, dependente de um bom nível de reservas
	Ambiente externo: coincidia com uma grande liquidez internacional 
	Adaptar o ambiente interno para atrair os capitais: taxa de juros atrativa, baixo nível de endividamento, rigorosa disciplina fiscal (superávits primários), abertura da conta de capitais (flexibilidade de entrada e saída)
	Custos : baixa taxa de crescimento (juros altos); perda de competitividade da produção nacional e acúmulo de déficits externos (valorização da moeda → afluxo de capitais); concentração da renda (desemprego e acumulação de riqueza financeira)
Vicissitudes do Plano Real
	Paulino, Filgueiras: defeito congênito do Real = vulnerabilidade externa (política econômica reflexa – stop and go) turbulência externa provoca a crise cambial e déficits comerciais crescentes.
	- crise mexicana → reservas brasileiras declinaram de U$43 bi em 94 para U$31,5 bi em 95 – 25,8% →↑ tx de juros + redução do IOF + elevação do imposto sobre importações em 70%. Ao final de 1995 as reservas atingiram U$51,8 bi.
	- em 1997 com a crise asiática → reservas caem de U$63 bi para U$52 bi → ↑ tx de juros para 43% + “pacote 51” – incluindo demissão de 33 mil funcionários públicos, suspensão do reajuste do funcionalismo e ↑ de 10% das alíquotas do IRPF.
	- em 1999 crise da Rússia (moratória) → reservas ↓ de U$70 bi para U$30 bi! →↑ tx juros para 49% e editou o Programa de Estabilidade Fiscal prevendo ↑ superavit primário de 2,6% para 3% em 2001. 
	Acabou recorrendo ao FMI que concedeu empréstimo de U$ 41,5 bi. Delfim avalia que naquele momento o Fundo salvou o país.
	consequências: tx de crescimento medíocre (média de 2,1% entre 94-98 e tx de desemprego de 5,44% em 94 para 8,88% em 98
	- ainda em 1999 ataque especulativo ao real → venda de dólares + modificação das bandas de flutuação do câmbio, mas acabou em 13/01/99 adotando a flutuação do real 
	
Vicissitudes do Plano Real
	“Fim do Plano Real” ou 5ª Fase do Real: regime de metas de inflação instrumentalizado na manipulação dos juros e depósitos compulsórios retidos pelo B Central. 
	- em 1999 a inflação foi contida em virtude de dois expedientes: ausência da indexação e manipulação da tx de juros que permitiu o retorno do capital especulativo
	- entretanto, câmbio flexível + metas inflacionárias + aperto fiscal não reverteram a vulnerabilidade externa e a fragilidade financeira do setor público, inviabilizando a retomada do crescimento
Avaliação do Plano Real
	Prioridade na estabilidade macroeconômica (âncora cambial ou metas de inflação) instrumentos básicos foram i) elevadas tx de juros; ii) sobrevalorização do real e iii) abertura comercial e financeira, provocaram
	1) piora crescente nas finanças públicas (endividamento interno ↑ de 30% do PIB em 94 para 50,5% PIB em 2002);
	2) crescente vulnerabilidade externa: dívida líquida externa saltou de US$ 109,6 bi (94) para US$ 189,9 bi = 3,2 vezes o valor das exportações;
	3) padrão de crescimento medíocre: tx média de crescimento do PIB foi2,4% (95-98) e 2,1% (99-02) – stop and go, variaveis como emprego e crescimento tornaram-se variáveis de ajuste; Crescimento per capita (86-02) foi de apenas 1%;
	4) elevação da tx de desemprego: 12% em 95 variando do ponto alto de cerca de 20% em nov 2001 a cerca de 18% em 07/2002(IPEA data);

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