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Cópia de Biologia, Programa da 11ª Classe - SOUDEMOZ.BLOGSPOT.COM

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Ficha Técnica 
Título: Biologia, Programa da 11ª Classe 
Edição: ©INDE/MINED - Moçambique 
Autor: INDE/MINED – Moçambique 
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique 
Arte final: INDE/MINED - Moçambique 
Tiragem: 350 Exemplares 
Impressão: DINAME 
Nº de Registo: INDE/MINED – 6249/RLINLD/2010 
 
 
 2
Prefácio 
 
Caro Professor 
 
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário 
Geral. 
 
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade 
de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se 
faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida 
continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos. 
 
As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram 
desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores 
necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o 
mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva. 
 
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem 
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, 
de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas 
instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço 
da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer. 
 
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, 
apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa 
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que 
amanhã contribuirão para o combate à pobreza. 
 
 
Aires Bonifácio Baptista Ali. 
 
Ministro da Educação e Cultura 
 3
1. Introdução 
 
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se 
enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e 
Cultura e tem como objectivos: 
 
• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos 
aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país. 
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, 
flexível e profissionalizante. 
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos 
estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego. 
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social. 
 
Constituem principais documentos curriculares: 
• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que 
contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as 
estratégias de implementação; 
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos; 
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG); 
• Outros materiais de apoio. 
 
 
1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG 
 
O Currículo do ESG, introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que 
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que 
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida. 
 
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma 
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências 
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país. 
 
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências 
do mercado cada vez mais moderno, que apela às habilidades comunicativas, ao domínio 
das Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, 
entre outros desafios. 
 
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando 
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos: 
 
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e 
estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos 
e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões 
individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida; 
 
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de 
conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a 
compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, 
económicos, políticos e naturais; 
 
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um 
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio 
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado; 
 
 4
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto 
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros 
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros. 
Agenda 2025:129 
 
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se 
organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para 
compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e 
comportar-se de forma responsável. 
 
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas 
relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e 
como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral. 
 
1.2. Os desafios da Escola 
 
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o 
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir 
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre 
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a 
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida. 
 
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na 
vida? 
 
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, 
conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza 
para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida 
quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões 
informadas, pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo 
necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores. 
 
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas 
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, 
tendo em conta a realidade do país. 
 
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as 
competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e 
escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente 
reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu 
bem estar, nomeadamente: 
 
a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa; 
b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de 
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de 
tecnologia; 
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e 
apresentação dos trabalhos; 
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica 
social do país e do mundo; 
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se 
relacionar bem com os outros; 
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos; 
g) Desenvolvimentodo civismo e cidadania responsáveis; 
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da 
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas; 
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza; 
 5
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança; 
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em 
grupo; 
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e 
crianças. 
 
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na 
prática educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer 
fazendo. 
 (...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de 
experimentar situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num 
ambiente limpo se a escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços 
escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas forem exigidas e 
cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e 
sistemática. 
PCESG:27 
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, 
solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor 
à pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e 
pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os 
momentos da vida da escola. 
 
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja 
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos 
níveis subsequentes. 
 
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, 
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem 
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas 
múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a 
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida. 
 
1.3. A Abordagem Transversal 
 
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com 
vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a 
comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na 
resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida. 
 
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos 
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas 
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a 
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam 
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer. 
 
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas 
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele 
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e 
co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar 
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores. 
 
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao 
longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas 
indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no 
texto de apoio sobre os temas transversais. 
 
 6
O desenvolvimento de projectos comuns constitui também uma estratégia que permite 
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas 
de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a 
realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, 
alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem 
significativos. 
 
 
1.4 As Línguas no ESG 
 
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. 
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas 
estrangeiras (Inglês e Francês). 
 
As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de 
todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os 
professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar 
o seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser 
uma exigência constante nas produções dos alunos em todas as disciplinas. 
 
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da 
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos 
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, 
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros 
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados 
a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre 
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação 
social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e 
a sistematizá-la. 
 
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, 
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores 
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação 
da moçambicanidade. 
 
 
1.5. O Papel do Professor 
 
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis 
na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho. 
 
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação 
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas 
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais. 
 
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais 
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos 
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais. 
 
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este 
consiga: 
 
• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus 
conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de 
soluções; 
 7
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o 
desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa 
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, 
procedimentos e experiências de outras áreas do saber; 
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-
los e corrigi-los durante o processo de trabalho; 
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o 
mundo e transformá-lo; 
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa 
perspectiva formativa. 
 
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à 
profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa 
passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. 
Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de 
interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou 
se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionaisou da 
história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo: 
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e 
correcção dos textos; 
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes; 
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região; 
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes. 
 
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em 
equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim 
para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG. 
 
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o 
desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é 
mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para 
reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e 
conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e 
pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade. 
 
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os 
recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma 
comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, 
organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos. 
 
As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de 
conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; 
entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e 
debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação profissional. 
 8
 I. O ENSINO-APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA 
 
A Biologia é uma ciência que estuda a vida, o modo e o funcionamento dos seres vivos. Ela 
investiga a origem, o desenvolvimento, a complexidade e a variedade, fenómenos e processos 
biológicos. A Biologia engloba uma enorme variedade de assuntos e inclui muitas subdisciplinas 
que tratam de aspectos particulares da vida. 
 
 
Subdisciplinas Objecto de estudo 
Citologia Estuda a estrutura e funções das células e dos seus organelos; 
Anatomia Estuda a estrutura interna (tecidos e órgãos) dos organismos; 
Morfologia Estuda a estrutura externa e interna dos organismos; 
Botânica Estuda a estrutura, o modo de vida e a reprodução das plantas; 
Zoologia Estuda a estrutura, o modo de vida e a reprodução dos animais; 
Fisiologia Estuda o funcionamento das células, tecidos, órgãos e sistemas 
com o objectivo de esclarecer as ligações entre si e a 
interdependência com o ambiente (metabolismo, sensibilidade); 
Sistemática Agrupa os seres vivos, classifica com o objectivo de formar 
grupos taxonómicos. Compara, descreve, nomeia, ordena; 
Ecologia Estuda as relações dos seres vivos entre si e entre estes e o 
ambiente; 
Genética Estuda os fenómenos e leis de transmissão hereditária dos 
caracteres, assim como as estruturas que possibilitam esta 
transmissão; 
Evolução Estuda a modificação gradual de seres vivos; 
 
Microbiologia 
Estuda a estrutura, o modo de vida, a posição taxonómica, 
assim como a importância de seres apenas visíveis ao 
microscópio (vírus, bactérias, seres unicelulares). 
 
A aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de novos métodos de investigação, em 
qualquer ciência, decorre, por um lado, uma especialização e, por outro, uma interligação cada 
vez maior entre as várias disciplinas. Daí surgem outras disciplinas como, por exemplo, a 
Bioquímica, a Biofísica, a Biomatemática, a Biogeografia, etc. 
Considerando os parâmetros aluno, sociedade, disciplina científica, características e funções da 
vida, que constituem a base de critérios para a escolha dos conteúdos, nas aulas de Biologia do 
2° Ciclo, deve-se abordar os seguintes aspectos temáticos: Biologia como ciência; Posição do 
Homem no Reino Animal; Anatomia e Fisiologia Humana; Morfologia e Anatomia das plantas; 
Fisiologia vegetal; Citologia; Metabolismo; Sensibilidade e regulação; Reprodução; Genética; 
Evolução e Ecologia. 
 
É de salientar que as aulas de Biologia pretendem não só desenvolver os conhecimentos 
relacionados com os conteúdos acima apresentados, como também desenvolver nos alunos as 
competências básicas que os levem a prosperar e aplicar na vida e na comunidade os 
conhecimentos e habilidades adquiridos. Deste modo, as aulas de Biologia devem contribuir na 
educação dos cidadãos para a sua integração na aldeia global, sem perder a sua identidade 
pessoal, comunitária e nacional. Neste contexto, surge a necessidade de incluir aspectos 
relacionados com a educação sanitária e ambiental que possibilitarão prevenir, minimizar e/ou 
resolver certos problemas, com maior destaque, no campo da saúde e ambiente. Com o estudo da 
 9
disciplina de Biologia abrem-se também horizontes para a formação técnico-profissional em 
áreas como por exemplo, medicina, veterinária, agronomia, farmácia, enfermagem, entre outros. 
Realçar a importância de aplicação dos diferentes métodos de ensino durante o processo 
de ensino e aprendizagem, é necessário substituir a aprendizagem por recepção (onde os 
conceitos, as proposições são apresentadas aos alunos por um agente independente, por exemplo 
o professor) pela aprendizagem por descoberta. No entanto, não se recomenda o total 
abandono da aplicação das funções didácticas (introdução, matéria nova, consolidação, 
controlo/avaliação), dos métodos básicos (método expositivo, elaboração conjunta, trabalho 
independente), dos clássicos (indutivo, dedutivo). Os alunos, em qualquer sistema educacional, 
merecem uma escola que os encoraje, os apoie e premei o pensamento criativo, a compreensão 
profunda e as novas maneiras de resolver problemas. 
 
A qualidade acima da quantidade, o significado acima da memorização e a 
compreensão acima do conhecimento. 
 
É igualmente importante a utilização de vários meios didácticos. Para isso, deve-se reflectir 
sobre a utilização e a aplicação correcta dos meios de ensino disponíveis, merecendo esta 
reflexão uma atenção muito especial. Sabe-se, que nem sempre o objecto real pode ser colocado 
à disposição e que certas particularidades do mesmo nem sempre podem ser estudadas. Nestes 
casos, ter-se-á de recorrer aos objectos representativos que incluem desenhos feitos pelo 
aluno/professor e figuras tiradas de livros e Internet, entre outros. Considera-se a linguagem oral 
um meio didáctico de maior abstracção e, consequentemente, aquele que exige do próprio aluno 
uma alta capacidade intelectual para perceber o respectivo conteúdo ligado a um objecto, 
fenómeno ou processo natural. 
Tendo em conta as dificuldades que a maioria das nossas escolas têm em equipamento 
didáctico, é possível adquirir ou produzir meios didácticos simples, elementares, sugestivos, 
produtos de imaginação e criatividade do professor, sem requerer avultadas somas em dinheiro. 
Conforme foi acima referido, a planificação é um elemento importante e exigido no dia-
a-dia em todas as actividades. Ela caracteriza-se por um processo de racionalização, organização 
e coordenação da acção docente em que se seleccionam e organizam estratégias do ensino-
aprendizagem. Existem três aspectos fundamentais na planificação, que são fundamentalmente 
tarefas do professor: a análise científica, a análise didáctica e a análise psico-pedagógica. 
Sublinha-se a importância da utilização e aplicação da linguagem científica nas aulas de 
Biologia. Esta precisa essencialmente de definições e exemplificações dos conceitos. Com o uso 
da linguagem científica, os alunos devem reconhecer o essencial de um determinado aspecto 
científico e desenvolver a sua capacidade de falar cientificamente. Todo o processo de ensino-
aprendizagem precisa de uma avaliação. “Avaliar não é apenas o acto de classificarou atribuir 
notas aos testes realizados. Avaliar é diagnosticar, identificar os problemas e as dificuldades do 
processo do ensino-aprendizagem que podem estar relacionados com os métodos e meios 
utilizados pelo professor, os métodos de estudo do aluno, a motivação, as matérias dadas, etc.” 
(Conceitos e Técnicas de Avaliação da Aprendizagem, INDE, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA 
 
• Contribuir para compreensão cientifica do mundo através da utilização dos 
conhecimentos biológicos na explicação da unidade e diversidade da matéria viva; 
 
• Desenvolver habilidades que lhes permitam aplicar os conhecimentos na resolução de 
problemas específicos quer da disciplina quer da vida prática social por meio de 
observações, realização de experiências, excursões, manipulação de instrumentos, 
aplicação de teorias, leis e princípios no estudo de fenómenos biológicos; 
 
• Promover comportamento responsável perante a sexualidade bem como com a saúde 
individual e colectiva a partir dos conhecimentos e fundamentos da educação para a 
saúde; 
 
• Criar nos alunos o amor pela natureza, estabelecendo relações afectivas com os 
organismos; 
 
• Contribuir para a protecção e conservação e uso sustentável dos recursos naturais, em 
especial da diversidade biológica do nosso país em beneficio da sociedade actual e futura; 
 
• Valorizar a importância da protecção e conservação do ambiente escolar através da 
responsabilidade individual e colectiva; 
 
 
• Desenvolver atitudes correctas perante os trabalhos científicos e reconhecer as 
implicações que podem ocorrer na não observância destas. 
 
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER NO 2° CICLO 
 
• Respeita diferentes opiniões perante uma determinada situação em que esteja envolvido; 
• Valoriza as opiniões da comunidade perante uma determinada situação; 
• Divulga as leis de genética e teorias de evolução na comunidade para a resolução de 
conflitos; 
• Demonstra de hábitos correctos, conduta social responsável perante a saúde individual e 
colectiva; 
• Organiza campanhas de sensibilização contra as DTS, consumo de drogas e de protecção 
do ambiente; 
• Aplica as teorias científicas para melhorar a produção agro-pecuária; 
• Comercializa produtos agro-pecuários para a melhoria da dieta da comunidade; 
• Analisa os efeitos do uso dos recursos naturais na comunidade e no país; 
• Estabelece a relação entre os fenómenos biológicos, seres vivos e o ambiente ; 
• Usa e respeita as propriedades de bem comum. 
 11
OBJECTIVOS GERAIS DO 2º CICLO 
 
Ao terminar a disciplina de Biologia no 2° Ciclo do Ensino Secundário Geral, o aluno deve ser 
capaz de: 
• Explicar os princípios de classificação dos seres vivos, as características anatómicas e 
morfológicas dos principais grupos dos seres vivos; 
• Identificar as linhas gerais da evolução das plantas e animais; 
• Mencionar a importância de determinados seres vivos para a estabilidade da natureza e 
para o Homem; 
• Interpretar e apresentar de forma oral, escrita e gráfica fenómenos biológicos; 
• Utilizar os conhecimentos biológicos na vida pessoal e da sociedade; 
• Consolidar as suas capacidades de manejar o microscópio e fazer preparações; 
• Consolidar as capacidades de planificar e realizar experiências utilizando método 
científico; 
• Consolidar as capacidades de trabalhar de forma autónoma e com a literatura científica 
sem ajuda directa do professor; 
• Desenvolver uma atitude positiva perante a vida dos organismos na natureza; 
 
• Utilizar correctamente os métodos científicos (método de observação, método 
experimental) para resolver problemas científicos; 
 
• Desenvolver atitudes e convicções que possibilitam trabalhar correctamente, observando 
as regras de segurança durante os trabalhos práticos; 
 
• Explicar as medidas de prevenção das doenças e em particular as mais comuns no nosso 
país; 
 
• Aplicar correctamente a linguagem científica; 
 
 
• Utilizar os conhecimentos da ciência biológica para melhorar as condições da vida na 
comunidade, especialmente nas áreas de saúde, agricultura. 
 
 
 12
 
III. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS DO 2º CICLO 
 
1. CONTEÚDOS DAS AULAS DE BIOLOGIA DA 11ª CLASSE 
35 semanas a 3 aulas por semana = 105 aulas por ano 
 
 
1ª Unidade: Sistemática dos seres vivos 
2ª Unidade: Diversidade e Classificação dos seres vivos do Reino Monera ao Reino 
 Plantae 
3ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos - Reino Animal 
 
 
 
2. CONTEÚDOS DAS AULAS DE BIOLOGIA DA 12ª CLASSE 
35 semanas a 3 aulas por semana = 105 aulas por ano 
1ª Unidade: Citologia 
3ª Unidade: Fisiologia vegetal 
4ª Unidade: Fisiologia animal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
IV. OBJECTIVOS DA 11ª CLASSE 
 
No final do ano lectivo de aprendizagem os alunos deverão ser capazes de: 
 
• Mencionar as características dos grupos dos seres vivos dos diferentes reinos; 
• Classificar os seres vivos nos seus diferentes reinos; 
• Explicar a morfologia, modo de vida e reprodução dos diferentes reinos; 
• Explicar as tendências evolutivas com base na adaptação, diferenciação, 
centralização e no aumento da capacidade dos diferentes órgãos e sistemas; 
• Utilizar a literatura cientifica para completar os seus conhecimentos; 
• Fazer preparações temporárias e observá-las ao microscópio; 
• Caracterizar o vírus; 
• Mencionar a importância dos vírus e as doenças que provocam; 
• Explicar o nível de organização e tendências evolutivas dos seres vivos dos 
reinos mencionados; 
• Utilizar chaves dicotómicas ao determinar a Família das plantas; 
• Fazer colecção de plantas; 
• Prevenir doenças causadas pelos organismos dos reinos estudados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14
V. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA DA 11ª CLASSE 
35 semanas à 3 aulas=105 aulas 
 
Iº Trimestre 
 
1ª Unidade: Sistemática dos seres vivos...........................................( 5 aulas) 
Sistemas de classificação dos seres vivos 
Taxonomia e nomenclatura 
Categorias básicas 
Regras de nomenclatura 
 
2ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos do Reino Monera ao Reino 
Plantae........................................................................................................... (47 aulas) 
Reino Monera 
Filos do Reino Monera 
Vírus 
Doenças causadas por vírus 
Reino Protista 
Características gerais dos filos 
Doenças causadas por protozoários 
Reino dos fungos 
 
IIº Trimestre 
2ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos do Reino Monera ao Reino 
Plantae ...............................................(continuação) 
Características gerais 
Classes do filo 
Reino das plantas 
Características gerais do reino 
Reprodução dos seres vivos 
Filos do reino das plantas 
Classes das Angiospérmicas e Gimnospérmicas 
 
 
 
 15
IIIº Trimestre 
 
3ª Unidade: Estudo e classificação dos seres vivos- Reino Animal........( 46 aulas) 
Reino animal 
Características do reino animal 
Filos do reino animal 
Animais acelomados 
Animais psudocelomados 
Animais celomados 
 
 
 
TOTAL: 63 aulas mais 7 aulas livres para a utilização do professor 
 16
VI. PLANO TEMÁTICO 
 
Unidade temática 1: Sistemática dos seres vivos 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
Descrever os critérios utilizados 
na classificação dos seres vivos 
segundo Wittaker 
 
 
Nomear os grupos taxanómicos 
de acordo com a regras 
estabelecidas 
 
Mencionar a hierarquia das 
categorias taxonónicas 
 
Aplicar as regras de 
nomenclatura 
Compreender a espécie como a 
unidade biológica fundamental 
de classificação 
 
 
Sistemas de classificação dos seres vivos (breve historial da 
sistemática e sua evolução: Lineu, Haeckel, Copeland e 
Whittaker) 
 
Taxonomia e nomenclatura (Conceitos) 
 
Categorias básicas ou grupos taxonómicos (reino, filo, classe, 
ordem, família,género e espécie); 
 
 
Regras da nomenclatura 
 
 
 
 
 
Compreende a necessidade de agrupar 
os seres vivos de acordo com as suas 
características 
 
 
Agrupa os seres usando as regras de 
nomenclatura 
 
 
 
 
 
5 
aulas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17
SUGESTÕES METODOLÓGICAS 
Nesta classe, o professor deve preparar as suas aulas considerando que os alunos já adquiriram alguns conhecimentos básicos sobre as 
características dos organismos nas classes anteriores e que neste ciclo eles irão aprofundar e ampliar esses conhecimentos. 
Ao introduzir a unidade de sistemática, o professor deve orientar os alunos a perceberem-se da necessidade de classificar os diferentes 
seres e fenómenos que ocorrem. Isto pode ser feito, por exemplo, explorando a organização da própria escola em classes, secções, turmas 
e dentro das turmas a sequência alfabética dos nomes. Poderá ainda demonstrar a diversificação usada para nomear objectos, alimentos e 
outros seres, usando línguas nacionais e internacionais. 
Com base nas ideias acima, os alunos poderão compreender como os cientístas (Biólogos) fazem a troca sistemática de informações 
sobre os seres tão diversificados e demonstrar a necessidade e importância do uso dos nomes científicos universais. 
No que diz respeito as regras de nomenclatura, é importante que os alunos entendam que a espécie é a unidade básica de classificação dos 
seres vivos. O professor poderá orientar os alunos a efectuarem o sistema de classificação do Homem: (reino – animal; filo – cordados; 
sub-filo – vertebrados; classe – mamíferos; ordem – primatas; família – hominídeos; género – Homo; espécie – Homo sapiens como 
uma forma de consolidação. 
No que diz respeito ao historial do sistema de classificação dos organismos na antiguidade (era empírica e prática) é importante fazer 
referência aos vários cientistas que estiveram envolvidos nesta classificação desde o Lineu até Whittacker. Os alunos devem entender que 
com o desenvolvimento da ciência os estudos sobre os agrupamentos dos seres vivos foram mudando. As investigações mais profundas 
das características dos organismos, incluindo as substâncias genéticas e bioquímicas em geral evoluiram na área científica permitindo a 
possiblidade do surgimento de novos agrupamentos das espécies. 
 
Indicadores de desempenho: 
• Demonstra, com base em diferentes exemplos, a hierarquia das categorias taxonómicas; 
• Agrupa os seres vivos de acordo com as suas características segundo Whittaker; 
• Descreve os critérios utilizados na classificação dos seres vivos. 
 18
 
Unidade temática: Estudo e Classificação dos seres vivos do reino Monera ao reino Plantai 
 
 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
 
 
Caracterizar seres procariótas 
Classificar as bactérias de acordo com 
a sua organização 
Distinguir as diferentes formas de 
bactérias 
Descrever a importância das bactérias 
Reino Monera – seres procariotas 
Características gerais 
 
Filos do reino monera: 
Filo Schizophyta: 
o características gerais; estrutura, formas e nutrição das 
bactérias) 
o Reprodução (divisão binária e conjugação) 
o Importância das bactérias 
o Doenças causadas por bactérias (cólera, tuberculose, 
difteria e tétano), sintomatologia e medidas de 
prevenção. 
 
Filo Cyanophyta (algas azuis) 
o Características gerais e sua importância 
 
 
 
 
 
 
Diferencia os filos do reino das 
plantas de acordo com as suas 
características 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solidariza-se com as pessoas 
infectadas e afectadas pelo 
HIV/SIDA e outras doenças 
 
 
 
 
 
Demostra hábitos correctos, 
conduta social responsável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 aulas 
Conhecer a origem dos Vírus 
Mencionar a diversidade dos Vírus 
Descrever a reprodução viral 
Identificar doenças causadas por vírus 
Descrever a sintomatologia e modo de 
transmissão, profilaxia de doença 
causadas por vírus 
Vírus 
Origem, características e reprodução 
(ciclo lítico e lisogénico ) 
 
Doenças virais (SIDA , sarampo, varicela, varíola, raiva.) 
Sintomatologia, modo de transmissão e profilaxia das doenças 
 
 19
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
 
 
Caracterizar o reino Protista 
 
Descrever as características gerais das 
algas 
 
Descrever o modo de reprodução dos 
diferentes filos 
Mencionar a importância ecológica e 
económica dos diferentes filos 
 
Identificar doenças causados por 
protozoários 
 
Descrever os modos de transmissão, 
sintomas e profilaxia de algumas 
doenças 
Reino Protista 
Características gerais e exemplos de seres unicelulares e 
eucariontes 
 
Caracteristicas gerais dos Filos: 
Pirofitas-pyrrophytas, 
Crisofitas-crysophrta, 
Euglenofitas-euglenophyta 
 
Filo protozoário: 
Caraterísticas gerais 
 
 
Classes deste filo: 
Flagellata (euglena) 
Rhizopoda (amoeba) 
Sporozoa (plasmodium) 
 
Classe sporozoa (Plasmodium vivax, Trypanossoma gambiense, 
Entamoeba dysenteriae) 
Estrutura, modo de vida, reprodução e ciclo de vida do plasmodio 
Doenças causadas por protozoários (malária, doença de sono, 
amebiase) 
 
Sintomas, modo de transmissão e profilaxia de algumas doenças 
(malária, doença de sono, amebiase) 
 
perante a sua saúde e da 
comunidade 
 
 
 
 
 
Divulga e aplica as regras de 
protecção 
 
 
 
 
 
 
Esquematiza os ciclos de vida 
dos diferentes organismos 
estudados 
 
Identifica as linhas gerais de 
evolução das plantas 
 
 
 
 
Diferencia monocotiledóneas 
 
 20
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
Mencionar as características dos 
fungos. 
Mencionar as classes do filo 
Mycophyta 
Descrever o processo da reprodução 
dos fungos. 
Dar exemplos da importância dos 
fungos para o Homem e para a 
Natureza. 
 
Mencionar doenças provocadas pelos 
fungos 
Reino dos Fungos 
Características gerais, morfologia, nutrição 
Reprodução e importância 
 
Classes do Filo Mycophyta 
– características gerais de cada classe e exemplos 
– doenças causadas por fungos 
 
Líquenes 
Características gerais e exemplos 
 
 
 
das dicotiledóneas 
 
 
 
Usa chaves dicotómica simples 
de modo a familiarizar-se com as 
principais características 
morfológicas de diferentes 
classes 
 
Caracterizar o reino das plantas; 
Descrever as características de cada 
filo 
Mencionar e correlacionar os filos com 
seus seres representativos 
 
Reino das Plantas 
Características gerais do reino das plantas 
Características gerais e exemplos dos filos Feofíceas, Rodofíceas, 
Clorofíceas 
Importância das algas 
 
 
 
Descrever a reprodução sexuada e os 
seus tipos 
Mencionar os tipos de alternância de 
gerações 
Mencionar e diferenciar as fases 
nucleares 
Reprodução dos seres vivos 
Conceitos de isogamia, anisogamia e hermafrodita 
Alternância de gerações 
 
 
 
 21
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
Descrever as características gerais das 
Gimnospérmicas e Angiospérmicas. 
 
Mencionar a importância de algumas 
espécies das gimnospérmicas e 
angiospermicas. 
 
Identificar os principais grupos das 
gimnospermicas e angiospermicas. 
 
Distinguir monocotiledóneas das 
dicotiledóneas; 
 
Dar exemplos de plantas 
monocotiledónes e dicotiledóneas 
 
Diferenciar as fases do ciclo de vida de 
uma angiospermica” 
 
Distinguir os órgãos reprodutores 
masculinos e femininos de uma 
angiospermica 
 
Descrever o ciclo biológico das 
Ginnospérmicas e Angiospérmicas 
 
Sistematizar os filos do reino das 
plantas 
 
Filo Briófitas- características gerais e exemplos 
Ciclo de vida da Funária (musgo) 
Importância dos musgos para a natureza 
 
Filo Traqueófita – características gerais e exemplo 
Sub filo pterophytina 
 
Características gerais das filicíneas e exemplo (polipódio) 
Ciclo de vida do polipódio 
 
Classe das GinnospérmicasCaraterísticas gerais e exemplos (casuarina) 
 
Classe das Angiospérmicas 
Características gerais e exemplos 
Ciclo de vida de uma Angiospermica 
Classificacao da classe das Angiospermicas: monocotiledónea e 
dicotiledónea 
Comparação entre monocotiledónea e dicotiledónea (raiz, caule, 
folhas, nº de cotilédones, e flor) 
 
Polinização, fecundação e formação do fruto 
Origem, constituição e germinação da semente 
Comparação dos ciclos biológicos das plantas (clorofíceas até as 
angiospérmicas) 
Aplicação de uma chave dicotómica simples 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
SUGESTÕES METODOLÓGICAS: 
 
Nesta unidade trata-se da abordagem de diferentes temas referentes os Reinos Monera até ao Reino Plantae. É importante que os alunos 
diferenciem as características gerais de cada um dos reinos estudados, agrupem os seres de acordo com os filos e classes de cada um dos 
reinos. 
 
No tratamento do tema doenças, sugere-se que o professor dê um trabalho de investigação aos alunos sobre as doenças causadas pelos 
diferentes organismos estudados, por exemplo, os causadores da tuberculose, cólera, tétano, HIV-SIDA, etc, seguido de apresentação e 
debate. Seria importante que os alunos pesquisassem as doenças mais comuns na sua comunidade, vias de transmissão e tratamento dado 
quer no hospital quer por meio da medicina tradicional. 
 
Na classificação do Reino Plantae é importante explicar aos alunos que as Rodofíceas (algas vermelhas), Feofíceas (algas castanhas), 
Clorofíceas (algas verdes), têm como habitat o meio aquático e as restantes no meio terrestre. Para uma melhor compreensão sugere-se 
que os alunos sob orientação do professor elaborem um quadro resumo como a seguir se apresenta: 
 
Filo Representante Clássico Habitat Substância de 
Reserva 
Pigmentos 
Feofíceas algas castanhas Exclusivamente marinhas; regiões temperadas frias Laminarina e óleo 
Clorofila a e c 
Fucoxantina 
Rodofíceas algas vermelhas Geralmente em águas marinhas, temperaturas elevadas Amido 
Clorofila a e d 
Ficobilina 
Clorofíceas algas verdes 
Geralmente aquáticas, podendo-se 
encontrar noutros habitats, na sua 
maioria na água doce 
Amido Clorofila a e b Carotenoides 
 
Para o tratamento dos outros filos (Briófitas e Traqueófitas) o professor deve ter em conta que já foram abordados alguns aspectos 
referente aos mesmos. E assim, deverá criar um espaço para o diálogo; referenciar a grande diferença entre os dois filos tendo em conta a 
sua evolução, pois, os Briófitas são plantas avasculares, isto é, sem os vasos condutores e os Traqueófitas são vasculares e explicar 
também a dependência das Briófitas em relação aos lugares húmidos. 
No Filo Traqueófitos, sendo plantas superiores, o professor deve dar um informe das características gerais, sua classificação em sub-filos, 
sendo o mais importante o filo Pterophytina, traqueífita suas características gerais e as respectivas classes: Filicíneas (polipódio), 
Gimnospérmicas e Angiopérmicas (feijoeiro). 
 23
 
Para melhor compreensão dos conhecimentos, sugere-se que o professor recomende aos alunos, a levarem consigo materiais de várias 
plantas (fetos, milho, feijoeiro, etc.). 
 
Na classificação da classe angiospérmica: mono e dicotiledóneas, sugere-se que o professor junto com os alunos elaborem um quadro 
comparativo como o que a seguir se apresenta: 
 
Quadro comparativo 
 monocotiledónea dicotiledónea 
Tipo de raiz Raiz fasciculada Raiz aprumada 
Tipo de caule Colmo ou espique tronco 
Nervação das folhas Folhas paralelinérveas Folhas não paralelinérveas 
 
Número de cotilédones Um cotilédone Dois cotilédones 
Grau de diferenciação do 
perianto Pouco diferenciado Diferenciados (com sépalas e pétalas) 
 
A este nível é importante que os alunos saibam usar a chave dicotómica para a sua classificação. 
O estudo sobre a comparação dos ciclos biológico das plantas (algas clorofíceas até as plantas), deve permitir compreender há uma 
redução progressiva da geração da gametófita que corresponde ao desenvolvimento gradual da geração esporofita, isto é, a geração 
esporófita é mais longa que a geração gametófita. 
 
De acordo com as condições materiais da escola o professor deve planificar trabalho prático nas suas aulas. Caso a escola possua o 
microscópio, os alunos deverão observar objectos preparados por eles sob a orientação do professor. Mais o exercício de fazerem as 
preparações deve ser realizados pelos próprios. 
 
Indicadores de desempenho: 
• Diferencia as características dos filos estudados do reino Monera ao Reino Plantae; 
• Menciona a importância económica, ecológica de alguns representantes dos filos estudados; 
• Identifica e descreve as doenças causadas pelos diferentes organismos estudados; 
• Identifica as linhas gerais de evolução das plantas; 
• Aplica a chave dicotómica simples no estudo de diferentes organismos. 
 24
Unidade temática: Estudo e classificação dos seres vivos - Reino Animal 
 
 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
 
Caracterizar o Reino animal; 
 
Identificar os filos do reino animal; 
 
Descrever a estrutura, modo de vida e 
reprodução dos diferentes Filos do 
reino animal; 
 
Reconhecer a importância dos corais; 
 
Relacionar a estrutura com o modo de 
vida dos diferentes animais; 
 
Descrever a reprodução e o ciclo de 
vida de alguns animais; 
 
Comparar a estrutura dos diferentes 
filos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reino animal 
Características gerais 
 
Filos do reino animal 
Animais acelomados: 
Filo Espongiários (esponja) 
Características e reprodução 
 
Filo Celenterado (Hidra da água doce) 
Características e reprodução 
Importância dos corais 
 
Filo Platelmintes (Tenia sp) 
Características 
Adaptação ao parasitismo 
Exemplo de classes das Platelmintes 
Ciclo de vida da Ténia 
 
 
Animais pseudocelomados: 
Filo Nematelmintes (Ascaris lumbricoide ) 
Características 
Classes dos Nematelmintes e exemplos 
Ciclo de vida Ascaris lumbricoide 
 
Animais celomados: 
Filo anelídeo 
Características gerais 
Reprodução da Minhoca 
Importância ecológica 
Comparação dos planos básicos em diferentes filos 
 
Diferencia os filos do reino 
dos animais de acordo com as 
suas características 
 
 
 
 
 
Demonstra hábitos correctos, 
conduta social responsável 
perante a sua saúde e da 
comunidade 
 
 
 
 
 
Divulga e aplica as regras de 
protecção contra doenças 
 
 
 
 
 
 
Esquematiza os ciclos de vida 
dos diferentes organismos 
estudados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46aulas 
 25
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
Identificar a relação biótica entre o 
homem e nematelmintes; 
 
Relacionar o modo de vida da minhoca 
com a fertilidade do solo; 
 
 
 
 
 
Mencionar a importância dos 
diferentes filos do reino animal; 
 
Desenvolver a actividade pratica 
relacionada com a morfologia dos 
insectos de algumas regiões; 
 
 
 
 
 
 
Mencionar os grupos taxanómicos dos 
vertebrados; 
 
 
Diferenciar peixes cartilagíneos dos 
peixes ósseos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filo Artrópodes 
Características gerais do filo 
Classes do filo dos artrópodes: centípedes, milipedes, crustáceos, insectos e 
aracnídeos 
Características gerais das classes e seus representante 
Importância dos artrópodes 
 
Trabalho prático 
Estudo e comparação da morfologia dos insectos mais importantes da região 
 
Filo Moluscos 
Características gerais do filo 
Classes do filo molusca: gastrópodes, bivalves e cefalópodes 
Características gerais das classes e seus representante 
Importância dos moluscos 
 
Filo Equinodermes 
Características gerais do filo 
Classes do filo e seus representantes 
 
Filo Cordados: 
Características gerais 
 
Vertebrados 
Características gerais 
Super-classes: 
 Peixes (cartilagíneos e ósseos): 
 características gerais 
 reprodução e importância 
 
Tetrapodes (anfíbios, repteis, aves e mamíferos) 
 
Classe dos anfíbios 
característicasgerais 
reprodução e importância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Menciona a importância de 
alguns animais estudados 
 
 
 26
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências Básicas 
O aluno: 
Tempo 
 
 
 
 
Mencionar as características dos 
répteis e das aves; 
 
Descrever o modo de vida e 
reprodução dos Mamíferos. 
 
 
 
Classe répteis 
Características gerais 
Reprodução e importância 
 
Classe aves 
Características gerais 
Reprodução e importância 
 
Classe mamíferos 
Características gerais 
Reprodução e importância 
 
 27
SUGESTÕES METODOLÓGICAS 
 
Nesta unidade os alunos irão utilizar os conhecimentos já adquiridos nas classes anteriores , aprofundando e alargando as possibilidades e 
critérios de classificação dos seres vivos. 
 
Sugere-se que o professor peça aos alunos para mencionarem as características gerais (habitat, modo de vida, estrutura externa e 
exemplos) do reino animal podendo ser acrescentadas as seguintes características: São seres heterotróficos, pluricelulares, tamanho e 
forma fixa, as células não possuem parede celular e a maioria digere o alimento numa cavidade interna e armazenam, como reservas, o 
glicogénio e gorduras. Algumas destas características já foram estudadas nas classes anteriores com destaque na 8ª classe. 
 
Posteriormente poderá indicar os 9 filos deste reino: Espongiários, celenterados, platelmintes, nematelmintes, anelídeos, artropodes 
moluscos, equinodermes e cordados. 
E importante que o professor introduza os conceitos diblásticos ou diplobláticos (existência de duas camadas de células-endoderme e 
ectoderme), triblásticos ou triploblásticos (existência de três camadas de células-endoderme, mesoderme e ectoderme), acelomados (não 
possuem celoma-cavidade no interior da mesoderme), pseudocelomados (cavidade entre a endoderme e a mesoderme, representando um 
estado de evolução para celoma) e celomados (Cavidade no interior da mesoderme que caracteriza todos os animais de nível de 
organização superior). 
 
Na abordagem dos diferentes filos o professor poderá utilizar os meios didácticos ao seu dispor (livros, mapas, modelos, entre outros) 
para ilustrar os seres representativos dos filos ou irá orientar os alunos para trazerem exemplares ou produzam os materiais para uma 
melhor visualização. No final os alunos deverão agrupar os seres dos diferentes filos nas suas respectivas classes. 
 
No tratamento do tema Doenças, sugere-se que o professor dê um trabalho de investigação aos alunos sobre as doenças causadas pelos 
diferentes organismos estudados, por exemplo, os causadores da ténia, lombrigas, malária ou ainda da importância de alguns animais 
seguido de apresentação e debate. Seria importante que os alunos pesquisassem as doenças mais comuns na sua comunidade, vias de 
transmissão e tratamento dado quer no hospital quer por meio da medicina tradicional. 
 
 
Em relação aos Filos dos artrópodes, moluscos e vertebrados sugere-se que no final, os alunos elaboram um quadro comparativo de cada 
uma destas classes como a que a seguir se indica: 
 
 
 28
Filo dos artrópodes 
Classes Principais Características 
Centípedes Corpo comprido e achatado, segmentos todos iguais com excepção do cefálico que possui um par de antenas, cada segmento possui um par de patas. Ex.: Centopeias. 
Milipedes 
Corpo comprido e cilíndrico, segmentos iguais com excepção do cefálico que apresenta um 
par de antenas e um par de mandíbulas e os restantes segmentos possuem dois pares e patas 
cada um. Ex: Maria café. 
Crustáceos 
Corpo diferenciado em cefalotórax e abdómen, presença de numerosos apêndices com 
varias funções, exoesqueleto impregnado de sais de cálcio; a maioria são aquáticos. Ex.: 
Lagosta. 
Insectos 
(alados-com asas; apteros-sem asas) 
Corpo diferenciado em cabeça, tórax e abdómen, possuem um par de antenas, três pares de 
patas locomotoras, traqueias como órgãos respiratórios, dominam em todos os ambientes, 
exceptuando o aquático, sofrem metamorfoses. Ex.: Mosca . 
Aracnídeos Corpo diferenciado em cefalotórax e abdómen, não possuem antenas nem mandíbulas, podem apresentar queliceras, pedipalpos e quatro pares de patas. Ex.: Aranha. 
 
Filo dos Moluscos 
 
Classes Características Principais 
Gastrópodes 
Concha univalve ou sem concha, massa visceral e concha enrolada em espiral que altera a simetria 
bilateral, cabeça bem diferenciada, com olhos nas extremidades de tentáculos, pé em forma de palmilha, 
língua coberta de rádula. Ex: Caracol 
Bivalves Concha bivalve, cabeça não diferenciada, pé em forma de quilha, brânquias com forma de quilha, sem rádula. Ex: amêijoa. 
Cefalópodes Não possuem concha ou com concha reduzida, pé em volta da cabeça dividida em tentáculos, com rádula. Ex: Polvo. 
 
 
 
 
 
 29
Indicadores de desempenho: 
 
• Diferencia as características dos filos estudados no Reino Animal; 
• Menciona a importância económica, ecológica de alguns representantes dos filos estudados; 
• Identifica e descreve as doenças causadas pelos diferentes organismos estudados; 
• Aplica a chave dicotómica simples no estudo de diferentes organismos. 
 30
VIII. AVALIAÇÃO 
 
A avaliação é uma tarefa didáctica, necessária, contínua e sistemática do trabalho do 
professor, em todo o processo de ensino e aprendizagem na escola. 
É através desta, que se pode acompanhar passo a passo o domínio das matérias pelos 
educandos e, não só, obter resultados que vão surgindo no decorrer do trabalho 
interactivo professor-aluno e aluno-professor. 
A avaliação é uma tarefa muito complexa que não pode ser entendida e nem resumida 
simplesmente com provas e atribuição da nota ao aluno. 
 
Alguns estudos feitos mostraram que no actual sistema de ensino existe uma 
discrepância entre o nível de transmissão pedagógica e o nível de recepção sendo a 
maior preocupação dos professores o cumprimento dos programas no fim do ano, sem 
no entanto, certificarem se a maioria dos alunos aprendeu o que se esperava que 
aprendesse. 
 
Poucos professores preocupam-se pelas múltiplas funções que a avaliação escolar 
cumpre no processo de ensino aprendizagem (didáctico pedagógica, diagnóstica, de 
controle e outras). 
Na construção deste programa definitivo de Biologia, tem-se como base o ensino 
centrado no aluno. É assim que a avaliação deve ser uma componente essencial e 
sistemática, tendo como finalidades: 
• Avaliar as competências dos alunos através de trabalhos ou exercícios 
práticos. 
• Avaliar o grau de assimilação da matéria pelos alunos através de perguntas 
orais ou testes escritos (sistemáticos ou finais). 
• Avaliar o cumprimento dos objectivos, a aquisição e o desenvolvimento de 
competências básicas propostas no programa de ensino. Para isso, o professor, 
sempre que prepare as aulas, testes e outros trabalhos, deve consultar o 
programa de ensino. 
• A avaliação deve funcionar como termómetro para a medição dos esforços do 
professor para a obtenção de informações sobre o desenvolvimento do seu 
próprio trabalho com os alunos (auto-avalição) 
 
No ensino secundário o professor precisa de saber o que é avaliar e o que vai 
avaliar; embora todos os conteúdos tenham sua importância, não é tudo que deve 
ser avaliado, senão aqueles objectivos que correspondem directamente as 
competências básicas da classe como são: 
 
• Aplicar as regras de nomenclatura; 
• Mencionar as características dos diferentes filos desde o Reino Monera ao 
Reino Animal; 
• Descrever as doenças e importância de alguns organismos dos reinos 
estudados. 
 
Estes objectivos podem ser avaliados de diferentes formas, nas provas sistemáticas, 
trimestrais, de forma oral , escrita e em trabalhos práticos. 
O professor deverá fazer perguntas que permitam que os alunos respondam aos 
objectivos acima mencionados. 
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Não devem ser perguntas reprodutivas. Elas devem dar possibilidades aos alunos para 
aplicarem os conhecimentos relacionados com a vida diária. 
Os outros conteúdos servirão para enriquecero nível de conhecimentos dos alunos. 
 
PROPOSTA DE ACTIVIDADES PRÁTICAS PARA SEREM AVALIADAS 
NA 11ª CLASSE. 
 
 1-Actividades práticas: 
Herbário, uso da chave dicotómica. 
 
2- Demonstrações: 
Germinação da semente, culturas de bolores 
 
3- Debate 
Formas de transmissão, prevenção e tratamentos de doenças