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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Prof. Ma. Sarah Cordeiro
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O sistema nervoso autônomo (SNA) é uma divisão do sistema nervoso periférico que controla a musculatura lisa e as glândulas e, portanto, influencia a função dos órgãos internos.
Trata-se de um sistema de controle que atua inconscientemente e regula funções corporais em geral, como a frequência cardíaca, a digestão, a frequência respiratória, a resposta pupilar, a micção e a excitação sexual. No sistema nervoso central é o hipotálamo que coordena o SNA.
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O SNA é dividido em dois subsistemas: 
O sistema nervoso simpático. 
O sistema nervoso parassimpático.
Fármacos colinérgicos e anticolinérgicos
Os fármacos que afetam o sistema nervoso autônomo parassimpático são chamados de colinérgicos ou anticolinérgicos, pois agem em receptores de acetilcolina. 
A acetilcolina é um neurotransmissor que é liberado quando ocorre a estimulação dos neurônios parassimpáticos e também é usada na junção neuromuscular - em outras palavras, é a substância química que os neurônios motores do sistema nervoso liberam para ativar os músculos.
Receptores Muscarínicos
M1 – células parietais. 
M2 – células cardíacas e músculo liso.
M3 – bexiga, músculo liso e glândulas exócrinas.
Ação direta (agonista): 
Betanecol – agonista muscarínico. 
Indicação: relaxamento dos esfíncteres da bexiga, aumentando a pressão de micção e causando a expulsão da urina.
É indicado nos casos de retenção urinária não obstrutiva no pós-parto ou pós-operatório. 
Efeitos adversos: estimulação colinérgica generalizada (diaforese, salivação, rubor, diminuição da pressão arterial, náuseas, dor abdominal, diarreia e broncoespasmos).
Pilocarpina – agonista muscarínico. 
Indicação: a pilocarpina quando administrada nos olhos promove rápida miose e contração do músculo ciliar e, portanto, indicada para tratamento de glaucomas. 
Efeitos adversos: por ter efeito central pode causar distúrbios cerebrais.
Ação direta (agonista): 
A enzima acetilcolinesterase é responsável por degradar a acetilcolina quando esta é liberada nas fendas sinápticas. 
Dessa forma, fármacos que inibem ou bloqueiam essa enzima aumentarão a sobrevida da acetilcolina nas sinapses, prolongando ou potencializando os efeitos colinérgicos.
Ação indireta (inibidor de acetilcolinesterase): 
Neostigmina: indicado para miastenia grave, estimulante da bexiga e do TGI. Efeitos adversos: estimulação colinérgica generalizada (diaforese, salivação, rubor, diminuição da pressão arterial, náuseas, dor abdominal, diarreia e broncoespasmos). 
Tacrina, donepezila, rivastigmina e galantamina: indicados para tratamento da doença de Alzheimer, pois nessa patologia há perda de neurônios colinérgicos no sistema nervoso central. Esses fármacos serão mais estudados no capítulo de doenças neurodegenerativas. Efeitos adversos: distúrbios do TGI, entre outros.
Os antagonistas colinérgicos (ou bloqueadores colinérgicos ou, ainda, parassimpatolíticos) ligam‑se aos receptores colinérgicos bloqueando-os e impedindo a ligação da acetilcolina. Os efeitos da estimulação parassimpática são interrompidos e as ações da estimulação impática ficam sem oposição. Esses fármacos podem ser seletivos para os receptores nicotínicos ou seletivos para os receptores muscarínicos.
Antimuscarínicos: 
Atropina: indicado como antiespasmódico do TGI (hiosciamina), antissecretor para cirurgias (saliva e suor) e para causar midríase (pupila dilatada) em exames oftalmológicos. Efeitos adversos: xerostalmia, visão borrada, taquicardia e constipação. 
Escopolamina: indicada como anticinestósico (bloqueia as doenças do movimento, como a cólica), bloqueio da memória de curta duração. Efeitos adversos: semelhantes ao da atropina.
Ipratrópio e tiotrópio: indicados para o tratamento de manutenção do broncoespasmo associados com a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquites crônicas, enfisema e asma. Efeitos adversos: esses fármacos são pouco absorvidos e causam poucas reações adversas. 
Oxibutinina: indicação para tratamento da doença da bexiga superativa. Esse efeito deve-se ao fato de diminuir a pressão intravesicular e aumentar a capacidade vesical e diminuir a frequência de contração da bexiga. Efeitos adversos: xerostalmia, visão borrada e constipação.
Fármacos que atuam na junção neuromuscular
Os fármacos que atuam na junção neuromuscular geralmente são bloqueadores dessa transmissão colinérgica. São análogos à acetilcolina e atuam com o antagonistas nicotínicos (não despolarizantes) ou agonistas nicotínicos (despolarizantes) na placa motora da junção neuromuscular. Esses fármacos são bastante utilizados para se obter uma paralisia muscular durante um procedimento cirúrgico ou para facilitar a intubação na traqueia.
Pancurônio, atracúrio, vecurônio, rocurônio, cisatracúrio: são antagonistas nicotínicos indicados como adjuvantes de anestesia durante a cirurgia para relaxar os músculos esqueléticos e em cirurgias ortopédicas. Efeitos adversos: em geral, apresentam boa segurança, mas eventualmente podem aumentar a frequência cardíaca. 
Succinilcolina: 1 – Mecanismo de ação: bloqueador neuromuscular despolarizante agonista de receptores nicotínicos (isso se deve ao fato de esse fármaco ter efeito semelhante ao da acetilcolina porém não ser degradado pela acetilcolinesterase, permanecendo, portanto, na junção neuromuscular); 
2 – Indicação: intubação endotraqueal rápida; 
3 – Efeitos adversos: hipertermia, apneia e hiperpotassemia.
Fármacos adrenérgicos e antiadrenérgicos
Os fármacos adrenérgicos e antiadrenérgicos atuam em receptores que são estimulados pela noradrenalina (norepinefrina) ou pela adrenalina (epinefrina). Os neurônios adrenérgicos liberam noradrenalina como neurotransmissor primário. Esses neurônios são encontrados no sistema nervoso central e no sistema nervoso simpático, onde servem de ligação entre os gânglios e os órgãos efetores.
Receptores adrenérgicos
Os receptores adrenérgicos (ou adrenoceptores) são uma classe de receptores acoplados a proteínas G que são alvos das catecolaminas, especialmente a norepinefrina (noradrenalina) e a epinefrina (adrenalina). Muitas células possuem esses receptores, e a ligação de uma catecolamina ao receptor irá geralmente estimular o sistema nervoso simpático. Como vimos anteriormente, o sistema nervoso simpático é responsável pela resposta de luta ou fuga, que inclui dilatação das pupilas, aumento da frequência cardíaca, mobilização de energia e desvio do fluxo sanguíneo de órgãos não essenciais para o músculo esquelético.
São divididos em dois grupos principais de receptores: α (alfa) e β (beta), com vários subtipos.
Receptores adrenérgicos: Alfa 1 – músculo liso de vaso, olhos, útero, ureter e ductos deferentes. 
Alfa 2 – neurônio pré-sináptico. 
Beta 1 – músculo cardíaco. 
Beta 2 – músculo liso dos pulmões, músculo liso de vaso e TGI.
Fármacos adrenérgicos: 
Agonista de ação indireta: Tiramina. 
Cocaína. 
Agonista de ação mista: Efedrinas. 
Pseudoefedrinas.
Fármacos antiadrenérgicos:
Bloqueadores alfa: 
Fenoxibenzamina: antagonista alfa não seletivo (bloqueio do alfa 1 e alfa 2); indicado para o tratamento do feocromocitoma. Efeitos adversos: hipotensão postural, congestão nasal, náuseas e êmese, taquicardia reflexa. 
Prazosina, terazosina, doxazosina, tansulosina: são bloqueadores competitivos dos receptores alfa 1; indicados para hipertensão arterial, hipertrofia prostática benigna. Efeitos adversos: para tratamento de hipertensão, a primeira dose do fármaco pode levar à hipotensão ortostática e à síncope (desmaio), tontura, falta de energia, congestão nasal, cefaleia, sonolência.
Fármacos antiadrenérgicos: 
Bloqueadores beta: 
Propranolol: beta-bloqueador não seletivo (beta 1 e beta 2); indicado para hipertensão arterial sistêmica (redução do débito cardíaco), enxaqueca, hipertireoidismo (principalmenteno hipertireoidismo aguda na prevenção dos efeitos da tempestade tireoidea), angina pectoris (diminui a necessidade de oxigênio no coração) e infarto do miocárdio. Efeitos adversos: broncoconstrição (sendo contraindicado para asmáticos), arrtimias, comprometimento sexual, distúrbios metabólicos, depressão, tonturas, letargia, fadiga e fraqueza.
Bloqueadores beta: 
Timolol: beta-bloqueadores não seletivo (beta 1 e beta 2) mais potente que o propranolol; indicados para o tratamento do glaucoma, pois diminui a pressão intraocular e diminui a produção de humor aquoso nos olhos. Efeitos adversos: devido a administração ser de uso tópico, os efeitos adversos são reduzidos.
Bloqueadores beta: 
Atenolol, metoprolol, bisoprolol, betaxolol, nebivolol: são beta-bloqueadores beta 1 seletivos; indicados para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica. Efeitos adversos: frio nas extremidades, entre outros. 
Labetalol e carvedilol: são beta-bloqueadores seletivos beta 1 e antagonista de receptores alfa 1 e promovem vasodilatação periférica; indicados para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica quando se deseja promover concomitantemente vasodilatação periférica. Efeitos adversos: hipotensão ortostática e tonturas.

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